Hidrolato de Pau Rosa (Aniba rosaeodora duckei Kostermans) como insumo...
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Hidrolato de Pau Rosa (Aniba rosaeodora duckei Kostermans) como insumo para
cosméticos
Erick Max Mourão Monteiro de Aguiar1, Liliam Gleicy de Souza Oliveira2, Valdir Florêncio da
Veiga Junior3
Submetido 07/07/2016 – Aceito 16/11/2016 – Publicado on-line 16/11/2016
Resumo
O pau rosa, Aniba duckei Kostermans, pertence à família Lauraceae. Esta espécie fornece óleo essencial de
alto valor agregado, bastante conhecido por possuir atividades biológicas e aplicação nas indústrias químicas,
cosméticas e alimentícias. O linalol é o constituinte majoritário do óleo de pau rosa. Os óleos essenciais são
misturas complexas de substâncias voláteis. Durante o processo de extração do óleo essencial, a água que
arrasta os constituintes voláteis fica aromatizada. Esta água aromatizada é chamada de hidrolato. Algumas
empresas de extração de óleo essencial da Amazônia rejeitam o hidrolato, causando desperdício deste
resíduo e, caso descartado, possíveis danos à fauna e ecossistemas nos ambientes onde essa atividade
industrial é realizada. Visto também que há cheiro agradável do óleo essencial no hidrolato, acredita-se no
seu potencial uso em formulações nas áreas de cosmética, larvicida e outras.
Palavras-chave: Pau rosa, óleo essencial, hidrolato.
Pau Rosa hydrolate (Aníba duckei Kostermans) as an input for cosmetics Rosewood, Aniba
duckei Kostermans, belongs to the Lauraceae family. This species provides essential oil of high value-added,
well known to possess biological and application activities in the chemical, cosmetic and food industries.
The linalool is the major constituent of rosewood oil. Essential oils are complex mixtures of volatile
substances. During the essential oil extraction process, the water that draws the volatile constituents is
flavored. This flavored water is called hydrolate. Some essential oil extraction Amazon companies reject
hydrolate, causing waste and this waste if discarded, possible damage to wildlife and ecosystems in
environments where this industrial activity is performed. We observed that there is also pleasant smelling
essential oil in hidrolact, it is believed in its potential use in cosmetic formulations areas, larvicidal and
others.
Keywords: Rosewood, essencial oil, hydrolate.
1 Acadêmico de Engenharia Química pelo Centro Universitário Luterano de Manaus. Avenida Carlos Drummond de
Andrade, 1460 - Conjunto Atílio Andreazza - Japiim II. Manaus, Amazonas, Brasil. E-mail: [email protected] 2 Professora do Curso de Engenharia Química do Centro Universitário Luterano de Manaus. Avenida Carlos Drummond
de Andrade, 1460 - Conjunto Atílio Andreazza - Japiim II. Manaus, Amazonas, Brasil. E-mail:
[email protected] 3 Professor do Departamento de Química da Universidade Federal do Amazonas. Av. Gal. Rodrigo Octávio, 3.000,
Coroado II, Manaus, Amazonas, Brasil. E-mail: [email protected]
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1. Introdução O pau rosa, Aniba duckei Kostermans,
pertence à família Lauraceae, a qual possui 52
gêneros e cerca de 2500 a 3000 espécies. Sua
ocorrência se dá em regiões tropicais e
subtropicais do planeta. Esta espécie fornece óleo
essencial de alto valor agregado, bastante
conhecido por possuir atividades diversas na área
biológica; assim, tem aplicação nas indústrias
cosméticas, de alimentos e química. O linalol é o
constituinte majoritário do óleo de pau rosa.
Possui várias atividades biológicas já descritas na
literatura e tem sido pesquisado continuamente
(SOUZA et al., 2007; TELES, 2009).
Os óleos essenciais são misturas
complexas de substâncias voláteis, lipofílicas,
odoríferas e líquidas e são obtidos, normalmente,
por hidrodestilação e arraste a vapor, onde o
arraste a vapor d’água é o mais utilizado nas
indústrias (CHAAR, 2000). Durante o processo de
extração do óleo essencial, a água que arrasta os
constituintes voláteis fica aromatizada, a qual é
chamada de hidrolato (RODRIGUES et al., 2011).
O hidrolato possui as características semelhantes
às do seu óleo essencial, pois contém, geralmente,
de 0,05 a 0,20 g de óleo essencial por litro. De
igual modo do óleo essencial, o hidrolato de pau
rosa possui atividades biológicas contra Aedes
aegypti e Artemia frasciscana (TELES, 2009;
SOUZA et al., 2007).
Algumas empresas de extração de óleo
essencial da Amazônia rejeitam o hidrolato,
causando desperdício deste resíduo e, caso
descartado, possíveis danos à fauna e
ecossistemas nos ambientes onde essa atividade
industrial é realizada (TELES, 2009).
Visto também que há cheiro agradável do
óleo essencial no hidrolato, acredita-se no seu
potencial uso em formulações nas áreas de
cosmética, larvicida e outras. Por isso, há a
necessidade de desenvolver um processo para
obtenção dos constituintes do hidrolato de pau
rosa.
Neste trabalho pretendeu-se apresentar
como os hidrolatos tem grande utilização, tal que
o hidrolato de Aniba duckei Kostermans venha a
ser utilizado como insumo para cosmético.
2. Material e Método Foi pesquisado em artigos, dissertações,
teses e outras publicações várias informações das
utilizações de diversos hidrolato. Assim, foram
agrupadas neste trabalho tais informações.
3. Resultados e Discussão
3.1 Pau rosa A espécie Aniba duckei Kostermans,
pertencente à família Lauraceae, também
conhecida pelo nome de pau rosa, foi descoberta
no Brasil em Juriti Velho, no estado do Pará, em
1925 (CORREA et al., 1975; SIANI et al., 1999).
A família Lauraceae é distribuída,
normalmente, nas regiões tropicais e subtropicais
do planeta (Figura 1). É composta por 52 gêneros
e espécies variando em 2500 a 3000 (RIBEIRO et
al., 1999).
Figura 1. Região onde é distribuída a família Lauraceae . Fonte: http://www.mobot.org/mobot/research/apweb/orders/lauralesweb.htm
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As espécies do gênero Aniba destacam-se
pelo alto valor econômico, pela constituição do
seu óleo essencial, o qual é encontrado em grande
quantidade principalmente no lenho e na casca
(SUDAM, 1971).
A ocorrência da A. duckei Kost., tem sua
maior ocorrência pelo oeste do Amapá, às
margens do Rio Amazonas, havendo também
grande concentração em Curuá-Uma (perto de
Santarém – PA) para a fronteira peruana, ao Sul e
do rio Trombetas para a Colômbia, ao Norte.
Também é encontrado ao redor de Belém e na Ilha
de Marajó, ambos no estado do Pará (SUDAM,
1972).
Sua árvore atinge em torno de 30 metros
de altura e seu tronco 2 metros de diâmetro,
possui casca pardo-avermelhada. O tipo de
vegetação onde ocorre é de floresta tropical úmida
e terra firme (SAMPAIO, 2000). Seu óleo
essencial tem ampla utilização na área de
perfumaria e é um dos três produtos da flora
amazônica de grande exportação nos últimos
oitenta anos.
A exploração do Pau Rosa para extração
de seu óleo essencial ocorre desde 1911
(AZEREDO, 1958), por haver alta concentração
de linalol na sua constituição química, sendo
considerado na época a principal fonte mundial
dessa substância.
Atualmente, menos de 15% do óleo de
Pau Rosa é industrializado no Brasil, seu restante
é exportado para os Estados Unidos, Japão,
França, Holanda, Inglaterra e Suíça (TELES,
2009).
3.2 Óleos essenciais Segundo Simões et al., (2007), os óleos
essenciais (OEs) são definidos pela International
Standard Organization (ISO) como os “produtos
obtidos de partes de plantas através de destilação
por arraste de vapor d’água, bem como os
produtos obtidos por expressão dos pericarpos de
frutos cítricos. São misturas complexas de
substâncias voláteis, lipofílicas, odoríferas e
líquidas. Também são chamados de óleos etéreos,
termo referente à aparência oleosa à temperatura
ambiente, daí a designação “óleo”. Outros
métodos de extração são: enfloração (enfleurage),
arraste por vapor d’água, extração com solventes
orgânicos, prensagem (ou espressão), extração por
CO2 supercrítico (CHAAR, 2000) e
hidrodestilação (onde a amostra fica imersa na
água), sendo que a indústria utiliza o método por
arraste por vapor d’água, por ser mais simples e
haver menos contato com a água, ser menos
acentuada a hidrólise dos ésteres e a
polimerização de outros constituintes, em
particular dos aldeídos (SIMÕES et al., 2007).
Bakkali et al., (2008) afirma que os OEs
são formados por uma mistura de 20 a 60
constituintes.
Pela extração por fluido supercrítico
consegue-se recuperar os aromas naturais de
vários tipos não somente óleo essencial, de modo
bastante eficiente e, atualmente, é um dos
métodos de escolha para extração industrial de
óleos essenciais. Nenhum traço de solvente
permanece no produto obtido, tornando-o mais
puro do que aqueles obtidos por outros métodos.
Para tal extração, o CO2 é primeiramente
liquefeito por compressão e, em seguida, aquecido
a uma temperatura superior a 31 ºC. Nessa
temperatura, o CO2 atinge um quarto estado, no
qual sua viscosidade é análoga a de um gás, mas
sua capacidade de dissolução é elevada como a de
um líquido. Uma vez efetuada a extração, faz-se o
CO2 retornar ao estado gasoso, resultando na sua
total eliminação (SIMÕES & SPITZER, 2003).
Em água, os óleos essenciais solubilizam
limitadamente, mas o suficiente para aromatizar
suas soluções aquosas, os chamados hidrolatos
(TELES, 2009).
Os constituintes dos óleos essenciais
variam desde hidrocarbonetos terpênicos, onde os
compostos terpênicos mais frequentes nos óleos
essenciais são os monoterpenos
(aproximadamente 90% dos óleos essenciais) que
se divide em três sub-grupos: monocíclicos,
bicíclicos e acíclicos (PEREIRA et al., 2014).
Também possuem álcoois simples e terpênicos,
aldeídos, cetonas, fenóis, ésteres, óxidos,
peróxidos, furanos, ácidos orgânicos, lactonas,
cumarinas, até compostos com enxofre (figura 2).
Na mistura, tais compostos apresentam-se em
diferentes concentrações; normalmente, um deles
é um composto majoritário, existindo outros em
menores teores e alguns em baixíssimas
quantidades (traços) (SIMÕES et al., 2007).
Os terpenos possuem a capacidade de
romper e penetrar na estrutura lipídica da parede
celular das bactérias, levando à desnaturação de
proteínas e à desorganização da membrana
celular, com o extravasamento do citoplasma e
lise celular (DORMAN, 2000).
A gênese dos OEs é dada por células
especiais, glândulas ou ductos localizados em um
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órgão particular ou distribuídos em várias partes
da planta sendo encontrados na forma de
pequenas gotas. As funções principais desses
óleos são de proteger as plantas de doenças e
parasitas, auxiliar na polinização além, de ajudá-
las na adaptação às mudanças que acontecem no
meio ambiente (LAVABRE, 1993).
Figura 2. Constituintes gerais dos óleos essenciais. Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/1792268/
A composição química dos OEs, pode
sofrer influência de vários fatores, como por
exemplo, durante o cultivo das plantas aromáticas:
o ambiente, o tipo de solo, o cultivo, a
temperatura, a umidade relativa, o tempo de
exposição ao sol, entre outros (VALMORBIDA et
al., 2006).
Os óleos essenciais possuem propriedades
farmacológicas, por exemplo: ação carminativa
(contra gases intestinais); ação antiespasmódica;
ação estimulante; ação cardiovascular; ação sobre
o Sistema Nervoso Central; ação anestésica
tópica; ação anti-inflamatória; além da ação
antisséptica, uma vez que alguns óleos voláteis
inibem crescimento de vários tipos de bactérias,
fungos e insetos, devido à presença de compostos
fenólicos, aldeídos e álcoois (SIMÕES et al.,
2007). Logo, tem aplicação nas indústrias de
perfumaria, cosmética, alimentos, químicas, etc.
São empregados também para mascarar
odores desagradáveis em ambientes de trabalho e
instalações sanitárias, além de serem usados como
insumos em diversos produtos das indústrias de
plásticos, tintas, borrachas, inseticidas e outras.
Muitos oferecem compostos de partida para
sínteses de outras substâncias úteis às indústrias
químicas, farmacêuticas e, mais recentemente, na
conservação de alimentos (SIMÕES e SPITZER,
2003).
Devido a essa versatilidade, os óleos
essenciais vêm sendo utilizados em diversas
aplicações comerciais, sejam como fixadores na
indústria de perfumes ou como conservantes na
indústria de alimentos (HOLLEY e PATEL, 2005;
SANTOS et al., 2003).
No meio científico, pesquisas apontam
sua potencialidade como atrativo de insetos
(MONTEIRO, 2008), como estomáquicos
(WEYERSTAHL et al., 1999), antioxidantes
(MORAIS et al., 2006), analgésicos (HEJAZIAN,
2006), antipiréticos e anti-inflamatórios (ABENA,
et al., 2003), como agentes antibacterianos
(COSTA et al., 2008) e fungicidas (LETESSIER
et al., 2001; OXENHAM et al., 2005), bem como
a sua ação repelente, larvicida e propriedade
inseticida contra mosquitos, a exemplo do
mosquito da dengue (COSTA et al., 2008;
SOUZA et al., 2007; TELES, 2009).
3.3 Óleo essencial de Pau Rosa O óleo essencial de pau rosa amazônico,
como é conhecida popularmente a A. duckei
Kostermans, caracteriza-se por seu forte odor,
incoloração e densidade inferior à da água,
solubilidade em solventes orgânicos usuais e
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álcool 70° GL (SUDAM,1972; CHAAR, 2000;
TELES, 2003). O óleo essencial de pau rosa foi o
primeiro extraído em larga escala e exportado
pelo Brasil. Este óleo possui cerca de 70-90% de
linalol, um monoterpeno amplamente utilizado na
indústria cosmética mundial (SILVA et al., 2001).
O OE das folhas possui cerca de 81% de linalol,
quantidade semelhante à encontrada na madeira,
com 85% (ZELLNER et al., 2006). A produção de
OE teve um rendimento maior a partir de galhos e
folhas do que através da madeira (SAMPAIO et
al., 2005). O rendimento médio do OE extraído da
madeira fica em torno de 1%, sendo possível
aumentar para 1,2% no setor industrial (MAY e
BARATA, 2004).
No que diz respeito a testes de atividade
antibacteriana, Hammer et al., (1999) analisaram
52 óleos essenciais, dentre os quais o pau rosa,
frente a dez diferentes bactérias, incluindo
Enterococcus faecalis e Klebsiella pneumoniae.
Os autores apontaram que o poder de inibição do
óleo desta planta frente a todos os microrganismos
testados foi eficiente, sobretudo, para esses dois
gêneros. Segundo AMAZONAS (2012), o OE de
pau rosa também teve ação contra Staphylococcus
epidermidis, Streptococcus pyogenes, sendo eficaz
contra bactérias Gram-positivas.
Santos (2004), em seu estudo acerca do
pau rosa, descreve que o óleo essencial da espécie
apresentou excelente ação antibacteriana frente à
Escherichia coli, Staphylococcus aureus e
Salmonella sp, semelhante resultado obteve
Nascimento (2004) e seu trabalho para as duas
últimas bactérias. Contudo, quando o óleo testado
frente a Pseudomonas aeruginosa não
proporcionou atividade, o que pode ser atribuído
ao fato dessa bactéria ser mais resistente.
Ademais, o acetato de linalila não apresentou
nenhuma inibição frente a essas bactérias.
O óleo essencial extraído de galhos da
espécie A. duckei Kostermans apresentou as
seguintes propriedades físico-químicas (TELES
2009), (Tabela 1).
Tabela 1. Propriedades físico-químicas do óleo
essencial de A. duckei Kostermans. Propriedades físico-químicas Óleo essencial
Densidade (g/mL) 0,86
Solubilidade em álcool a 70% (v/v) 1:2
Índice de refração (ND 25º) 1,46
Cor Amarelo
Aparência Límpido Fonte: TELES, 2009.
Segundo Teles (2009), outros
componentes identificados CG-EM na amostra de
óleo essencial de galhos da espécie A. duckei
Kostermans foram: Limoneno (136.24 g/mol); 1,8
Cineol (154.249 g/mol); Cis-óxido de linalol
(170.25 g/mol); trans-óxido de linalol (170.25
g/mol); Linalol (154.25 g/mol); a-Terpineol
(154.25 g/mol); a-copaeno (); a-Patchuleno
(165.266 g/mol); Cariofileno (204.36 g/mol).
Destaque para a porcentagem de área normalizada
do linalol que foi de 89,34%. O pico
cromatográfico do linalol tem o tempo de retenção
de 18,60 min, com massa molecular igual a 154 u.
O monoterpeno óxido de linalol é um
álcool monocíclico que pode ocorrer naturalmente
em OEs de plantas aromáticas, frutas e méis
florais (SHIMODA et al., 1996; NISHIKITANI et
al., 1999; HILMER e GATFIELD, 2004;
MACHADO et al., 2007; ALCÂNTARA et al.,
2010). Segundo SOUTO-MAIOR (2011), após
testes em camundongos, este álcool tem perfil de
substância depressora do Sistema Nervoso
Central, pelas vias intraperitoneal e inalatória sem,
no entanto, causar prejuízos à coordenação motora
dos animais, perfil de substância ansiolítica, pela
via inalatória e atividade antinociceptiva, por via
intraperitoneal.
Esta espécie possui linalol, cujo nome
científico é 3,7-dimetil-oct-1,6-dien-3-ol e suas
fórmulas, estrutural e molecular, encontram-se na
Figura 3 (A e B), é o constituinte majoritário do
óleo da Aniba duckei Kostermans (TELES, 2009).
Empregado na composição de perfumes
sofisticados, como também apresenta atividade
anti-inflamatória (QUEIROGA et al., 2006). É
utilizado por populações locais da Amazônia para
o tratamento de doenças reumáticas e de outras
naturezas. Na indústria cosmética é muito
utilizado (SILVA et al., 2001). Conforme descrito
por Peana et al., (2003 e 2004a), a administração
do linalol induz efeito antinociceptivo e anti-
inflamatório em diferentes modelos
experimentais.
Figura 3. Estruturas do linalol: estrutura (A) e
molecular (B). Fonte: TELES, 2009
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Dependendo da dose o linalol, apresenta
efeitos anticonvulsivantes por ser agonista de
receptores ionotrópicos de N-metil D-Aspartato
(BRUM et al., 2001). Estudos em humanos
comprovaram que a estimulação olfatória pela
inalação do chá de jasmim, rico em linalol induz
uma bradicardia e tem efeito sedativo sendo este
constituinte responsável por tal ação (KUDORA
et al., 2005). A estimulação olfatória com o linalol
em ratos anestesiados reduz a pressão arterial via
ativação dos receptores histaminérgicos H3
centrais (TANIDA et al., 2006).
Segundo Rodrigues (2010), a
administração de linalol nas doses de 10 e
20mg/kg induziram dois períodos de hipotensão e
bradicardia em ratos normotensos. Todos estes
efeitos, assim como os efeitos in vitro são
parcialmente reversíveis, excluindo a
possibilidade de estarem relacionados a um efeito
tóxico do linalol. O linalol, também, apresentou
efeito relaxante sobre o acoplamento
eletromecânico e farmacomecânico, ou seja,
apresentou efeito antiespasmódico independente
do agente contraturante (K80 ou FE 0,1μM).
Carson e Riley (1995), ao investigar a
atividade antimicrobiana de Melaleuca
alternifolia Cheel, observaram que o linalol
apresentava atividade contra micro-organismos
como Candida albicans, Escherichia coli e
Staphylococcus aureus. Também atividade
antimicrobiana frente à Shigella sonnei e
Salmonella flexneri (BAGAMBOULA et al.,
2004).
O linalol possui peso molecular 154,3
com densidade 0,86 g/ml (SIGMA –ALDRICH,
2015), tendo ponto de ebulição de
aproximadamente 198° a 199ºC.
Pesquisas têm sido realizadas com o
linalol como composto de partida para várias
sínteses importantes, como a do acetato de
linalila, e testado como acaricida, bactericida e
fungicida. Na medicina tem sido aplicado, com
sucesso, como sedativo e estão sendo analisadas
suas propriedades anticonvulsivas. Assim, o
linalol possui uma larga aplicação em várias áreas
do conhecimento humano, sendo necessária sua
produção em quantidades sempre crescentes. Uma
característica singular do linalol no óleo é a
presença do carbono assimétrico na sua estrutura,
que constitui um fator determinante nas suas
propriedades (SILVA et al., 2001).
O linalol, é um monoterpeno alcoólico
terciário de cadeia aberta. É uma substância
importante e de grande aplicação na indústria de
aromas, utiliza-se como um dos substitutos para o
óleo de lavanda francesa ou da bergamota, pois
sua forma levorrotatória possui odor similar a
estes óleos. O linalol ocorre naturalmente em
forma de dois estereoisômeros, o 3R-(-)-linalol
(Figura 4, A) e o 3S-(+)-linalol (Figura 4 B), que
possuem odores distintos. O isômero
levorrotatório (lincareol) possui um aroma de
lavanda e flores frescas, com notas de lírio-do-
vale, enquanto o dextrorrotatório (coriandrol)
possui um cheiro herbáceo, com tom de folhas
envelhecidas, frequentemente descritas como uma
nota cítrica (KOPPENHOEFER et al., 1994;
SIANI et al., 2002; SIANI et al., 2005).
Figura 4. Estruturas enantioméricas do linalol: (A) 3R-
(-)-linalol ou lincareol; (B) 3S-(+)-linalol ou
coriandrol. Fonte: TELES, 2009.
Pesquisas realizadas por Pereira (2009),
com misturas do óleo essencial de A. duckei Kost.
e Pimenta dioica Lindl apresentaram eficiência
biológica. Esse autor realizou testes contra várias
bactérias obtendo bons resultados antibacterianos
com a mistura de óleos, padrões eugenol, linalol e
outros antibióticos.
É sabido que o eugenol é mais eficiente
que o linalol em termos de atividade
antibacteriana. Entretanto, ao serem misturadas,
estas propriedades têm um ganho considerável a
nível microbiológico. Este ganho pode ser
atribuído principalmente, a presença do β-mirceno
que é citado na literatura mesmo na condição
minoritária. Desta forma, essa mistura pode
oferecer uma alternativa natural e de baixo custo
no combate às doenças causadas pelas bactérias
patogênicas estudadas (PEREIRA, 2009).
Numa mistura de 1:1 do óleo essencial
das espécies Pimenta dioica Lindl e A. duckei
Kostermans na concentração de 150μg mL–1, a
atividade larvicida (de Aedes aegypti) atingiu a
mortalidade de 100% dos indivíduos testados, ou
seja, 10 larvas (PEREIRA et al., 2014).
3.4 Hidrolato Hidrolato é o líquido resultante do
processo de extração de óleo essencial por arraste
a vapor (figura 5), o qual apresenta geralmente
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compostos voláteis hidrossolúveis (LAVABRE,
1993) e possui grande quantidade de princípios
ativos como ácidos, aldeídos e aminas, contendo
também, geralmente, de 0,05 a 0,20 g de óleo
essencial por litro (RODRIGUES et al., 2011).
Os hidrolatos (também conhecidos como
“hidrossóis”, águas florais ou águas aromáticas)
consistem em soluções aquosas contendo
principalmente a água da destilação (ou água
proveniente de outros processos, como
prensagem) e traços do óleo volátil. Apesar do
baixo teor de óleo volátil nessa solução, é
suficiente para lhe conferir um forte aroma. Tais
soluções apresentam larga utilização mundial, nos
mais diversos setores, tais como perfumaria,
culinária e terapêutica, destacando-se nesta
última, a sua aplicação em aromoterapia. Alguns
hidrolatos apresentam odor desagradável, mesmo
que seu óleo volátil não o apresente. Alguns
autores consideram como hidrolatos apenas a água
residual do processo, sem qualquer tipo de
tratamento. A denominação hidrossóis, de acordo
com esses autores, é dada a suspensões de óleos
voláteis em água (SOUZA et al., 2007).
Figura 5. Extração de óleo essencial a vapor. Fonte:
http://serenocuidadosholisticos.blogspot.com.br/2015/03/metodos-de-extracao-dos-oleos.html
A utilização dos hidrolatos de plantas é
inúmera e variada. Desde biológicas a agrônomas.
Utilizam-se os hidrolatos para preparação de
xaropes e em cosmetologia (TESKE e
TRENTINI, 1997). São poucas as informações do
seu emprego no controle de doenças em plantas.
Um dos poucos trabalhos nesse sentido relata a
inibição no desenvolvimento dos fungos
fitopatogênicos Botrytis alli e Sclerotium
cepivorum por hidrolatos de alho (Allium sativum)
e cebola (Allium cepivorum) (FRANZENER et al.,
2006). Hidrolatos de Helietta apiculata, Conya
nardus e C. canadensis, ainda que em baixas
concentrações, possuem compostos
antibacterianos, antifúngicos e elicitores de
fitoalexinas (FRANZENER et al., 2006). O
bioinseticida, à base dos hidrolatos de Lippia
sidoides e Cymbopogon winterianus, diluído em
água na proporção 1:5 (v/v) é um produto eficaz e
econômico para o controle do vetor adulto da
dengue, sem causar danos ao meio ambiente e ao
homem (BORGES et al., 2005). O hidrolato de
Mentha villosa Huds mostrou-se efetivo no
controle de larvas de nematoides gastrointestinais
de bovinos em teste in vitro (NASCIMENTO et
al., 2008).
O hidrolato oriundo da extração de folhas
secas, na concentração 15% inibiu em 30% o
crescimento da Septoria lycopersici, sendo mais
eficiente que o de folhas frescas, que na mesma
concentração inibiu 22% do crescimento, quando
comparado à testemunha. O hidrolato de capim-
limão mostrou-se eficaz no controle de S.
lycopersici (ALENCAR et al., 2012). A inibição
total ou parcial do crescimento micelial de
Colletotrichum gloeosporioides, in vitro,
evidenciou a existência de compostos
biologicamente ativos, com efeito fungitóxico no
hidrolato e óleo essencial de cravo-da-índia. Isto
indica uma aplicação potencial no controle
alternativo da antracnose em frutos de mangueira
(RODRIGUES et al., 2011); O hidrolato de
laranja não apresentou toxicidade ao
microcrustáceo Artemia salina.
Estudos apontam ação moliscicida do
hidrolato em moluscos aquáticos, o fato de não
apresentar toxicidade em Artemia confere que o
hidrolato de laranja pode apresentar uma possível
ação tóxica seletiva e, portanto, viabiliza a
possível utilização do extrato no meio ambiente
como interventor de caramujos invasores
(SANTOS, 2011).
O hidrolato da Alpinia purpurata
apresenta atividade larvicida (SILVA et al., 2011).
No controle de Fusarium oxyxporum, o extrato de
pimenta do reino, seguido pelo extrato de canela,
extrato de gengibre e hidrolato de alfavaca cravo
foram os mais eficientes no controle desse
patógeno. Ademais, o extrato de pimenta do reino
controlou 100% a presença desse fungo nas
sementes, sendo igual ao fungicida. Com relação
aos fungos de armazenamento, Aspergillus sp e
Penicillium sp, observa-se uma semelhança
quanto à eficiência no controle, ou seja, o
hidrolato de capim santo e hidrolato de alfavaca
cravo, e o extrato de gengibre e extrato de cravo
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da índia, não diferiram estatisticamente entre si,
sendo também igual ao controle com fungicida. Já
o hidrolato de alecrim pimenta e o extrato de
canela, foram eficientes no controle desses
fungos, apresentando controle igual ao tratamento
testemunha. Para a variável germinação, houve
diferença estatística apenas entre os hidrolatos de
alecrim pimenta e hidrolato de alfavaca cravo
tanto para primeira, quanto para segunda
contagem da percentagem de sementes
germinadas, ou seja, foram os únicos tratamentos
que interferiram na germinação das sementes de
mamona (CATÃO et al., 2010).
O hidrolato de pau-d’alho tem efeito
sobre a quebra de dormência de gemas de videiras
cv. Benitaka, semelhantes ao tratamento
convencional com cianamida hidrogenada,
produzindo aumento no número de gemas
brotadas e também aumento na produtividade. O
hidrolato de pau-d’alho, em doses entre 100 e
150mL L-1, é uma alternativa promissora para o
manejo de videiras cv. Benitaka, principalmente
para sistemas de produção orgânica (MAIA et al.,
2013). O hidrolato de alecrim pimenta apresentou
sensibilidade ao dermatófito M. canis (MARTINS
et al., 2005).
3.5 Hidrolato de Pau-Rosa O hidrolato puro do óleo essencial,
inclusive das destilarias, poderá ser usado para
fins larvicida contra o Aedes aegypti, o que daria
para este produto uma finalidade, evitando, dessa
forma, seu desperdício (TELES, 2009).
Figura 6. Molusco Artemia franciscana. Fonte:
http://www.aquaportail.com/fiche-invertebre-2685-
artemia-franciscana.html
Segundo Souza et al., (2007), a
quantificação do linalol presente no hidrolato de
folhas (subproduto da extração do óleo volátil)
apresentou uma concentração de 0,09% (6mM).
Apresentou que o hidrolato de pau rosa tem
letalidade significativa frente às larvas de Artemia
franciscana (figura 6), como expresso na Tabela
3.
Segundo Souza et al., (2007), todos os
hidrolatos a concentrações de teste de 50 e 25%,
independentemente da parte de planta extraída,
apresentaram forte e rápido efeito sobre as larvas
de Artemia franciscana, levando à morte de todas
as larvas na hora da aplicação (não após 24h,
período de avaliação padrão utilizado
normalmente). Para o hidrolato a 12,5%, foram
observados, além de larvas mortas, vários
exemplos de larvas ainda vivas, mas obviamente
intoxicadas / debilitadas (ataxia, falta de
movimentos espontâneos característicos) após
24h.
Tabela 2. Mortalidade em Artemia franciscana
provocada pelo hidrolato de A. duckei Kostermans
(SOUZA et al., 2007).
Parte Concentração
de Teste
Mortalidade
(%)
Folhas
50 e 25 %
100
Galhos 100
Tronco 100
Destilaria 100
Folhas
12,5 %
60
Galhos 57
Destilaria 72
Fonte: Souza et al., 2007.
Custódio (2013), realizou pesquisas com
o hidrolato de pau rosa. Ela realizou os seguintes
processos: Liofilização, Centrifugação do
hidrolato (para separar a fase oleosa) e separação
dos constituintes do hidrolato por Coluna de
XAD-4. Os óleos obtidos por Centrifugação de
três hidrolatos foram analisados por CG-DIC e
CG-EM e foram encontrados os constituintes
apresentados na Figura 7.
Custódio (2013) não encontrou em suas
análises espectrométricas nenhum alcaloide
presente em suas frações alcaloídicas. Das frações
oleosas do hidrolato, não houve atividade positiva
frente às cepas bacterianas: Bacillus subtilis
subsp. subtilis, Escherichia coli, Salmonella
enterica subsp. entérica serovar Enteriditis,
Shigella flexneri, Listeria monocytogenes,
Staphylococcus aureus, Streptococcus oralis,
Streptococcus pyogenes grupo A tipo 1,
Enterococcus faecalis (Streptococcus faecalis),
Staphylococcus aureus.
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4. Conclusões Há uma grande diversidade de hidrolatos,
provenientes de várias partes de plantas, que
possuem atividades biológicas contra bactérias, e
também são utilizados na indústria, a dizer:
agrônomas.
Portanto, o hidrolato de Pau Rosa, por
possuir atividades biológicas específicas, deve ser
pesquisado para ser utilizado em âmbito
industrial.
Figura 7. Componentes encontrados nas frações oleosas obtidas por centrifugação dos resíduos industriais líquidos
(hidrolatos) 1, 2 e 3. Fonte: CUSTÓDIO, 2013.
Agradecimentos
Agradeço primeiramente à Deus, à
família, à minha mãe Adna Mourão, à minha
esposa Marina Mourão, aos meus
orientadores e ao Grupo de Pesquisa Q-
Bioma.
Divulgação
Este artigo é inédito e não está sendo
considerado para qualquer outra publicação. Os
autores e revisores não relataram qualquer conflito
de interesse durante a sua avaliação. Logo, a
revista Scientia Amazonia detém os direitos
autorais, tem a aprovação e a permissão dos
autores para divulgação, deste artigo, por meio
eletrônico.
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