Guy Brett
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7/15/2019 Guy Brett
http://slidepdf.com/reader/full/guy-brett 1/3
Luiz Daniel C. Falcão PiresAN6BAV
Resenha de
‘Um Salto Radical’ de Guy Brett
Centro Universitário Belas Artes de São PauloSão Paulo – outubro/2008
Trabalho apresentado nadisciplina de Arte Brasileira e
Latino Americana II, doCentro Universitário BelasArtes de São Paulo,Ministrada pelo Prof. NelsonRodrigues
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Guy Brett escreve o Capítulo 12 do livro Arte na Mérica Latina, a era
Moderna, de Dawn Ades. Trata-se de um panorama da arte produzida
na américa Latina (e no Brasil) nas décadas de 1950 e 1950, com foco
no trabalho individual dos artistas mais relevantes do período. Neste
sentido, Brett parte de uma idéia de particularização: para ele, a arte
produzida na américa Latina, ainda que se relacione com as categorias
comuns da arte do período, não estão contidos nestas definições. Ou
seja, não se trata de uma simples “participação” nas correntes
artísticas do exterior, mas apresentam um caráter próprio,
independente.
Para o autor, é importate sim atentar para o contato que existiu entre
esses artistas latino-americanos e os artistas da Europa e Estados
Unidos, mas experimentação (e não filiação) é, para ele, a palavra
chave para o entendimento do período.
Como parte de seu esforço para a não-nivelação desses artistas, Brett
considera o próprio termo “Latino-Americano” uma simplificação, mas
o emprega, até mesmo para uma distanção que parece bastanteimportante entre a arte da europa e a nossa: lá, existia um certo clima
de pessimismo, em oposição ao otimismo verificável na América
Latina, segundo ele, nessas décadas. Também se refere ao recorte
realizado como concretista e cinético, mas faz isso sem no entanto
delimitar fronteiras claras ou qualquer tipo de padrão rígido de
comparação.
O autor se detém na obra de diversos artistas, examinando suas
particularidades e o diálogo de suas obras com conceitos e discussões
universais para depois identificar na arte latino-americana do período
uma dicotomia. Rgionalismo e universalismo, internacional e local,
ordem e desordem. Atenta também para uma convergência, ou
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colaboração mútua, de linguagens: artes visuais, poesia, música,
arquitetura.... Aí, enxerga também um caráter social na arte que,
segundo ele, “dificilmente poderia tomar caminhos mais diferentes” –
seja numa preocupação poética, seja na forma de encomendas para o
espaço público, onde se relaciona com a arquitetura.
Por fim, Brett aponta que arte do período divergiu para dois caminhos
principais: o de uma obra “fechada”, onde o objeto ainda é visto como
autônomo e encontra-se para apreciação em uma galeria ou museu (e
destaca como exermplo Sérigo Camargo) e a “aberta”, como a de Ligia
Clark ou Hélio Oiticica, que questiona esses limites, partilhando com o
espetador a criação/construção da obra. E se olharmos bem,
facilmente encontraremos essas duas correntes na arte hoje,
convivendo às vezes mais, às vezes menos pacificamente (e com
outras ainda).