Guy Brett

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Luiz Daniel C. Falcão Pires AN6BAV Resenha de ‘Um Salto Radical’ de Guy Brett Centro Universitário Belas Artes de São Paulo São Paulo – outubro/2008  Trabalho apresenta do na disciplina de Arte Brasileira e Latino Americana II, do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, Ministrada pel o Prof. Nelson Rodrigues

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Luiz Daniel C. Falcão PiresAN6BAV

Resenha de

‘Um Salto Radical’ de Guy Brett

Centro Universitário Belas Artes de São PauloSão Paulo – outubro/2008

 Trabalho apresentado nadisciplina de Arte Brasileira e

Latino Americana II, doCentro Universitário BelasArtes de São Paulo,Ministrada pelo Prof. NelsonRodrigues

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Guy Brett escreve o Capítulo 12 do livro  Arte na Mérica Latina, a era

Moderna, de Dawn Ades. Trata-se de um panorama da arte produzida

na américa Latina (e no Brasil) nas décadas de 1950 e 1950, com foco

no trabalho individual dos artistas mais relevantes do período. Neste

sentido, Brett parte de uma idéia de particularização: para ele, a arte

produzida na américa Latina, ainda que se relacione com as categorias

comuns da arte do período, não estão contidos nestas definições. Ou

seja, não se trata de uma simples “participação” nas correntes

artísticas do exterior, mas apresentam um caráter próprio,

independente.

Para o autor, é importate sim atentar para o contato que existiu entre

esses artistas latino-americanos e os artistas da Europa e Estados

Unidos, mas experimentação (e não filiação) é, para ele, a palavra

chave para o entendimento do período.

Como parte de seu esforço para a não-nivelação desses artistas, Brett

considera o próprio termo “Latino-Americano” uma simplificação, mas

o emprega, até mesmo para uma distanção que parece bastanteimportante entre a arte da europa e a nossa: lá, existia um certo clima

de pessimismo, em oposição ao otimismo verificável na América

Latina, segundo ele, nessas décadas. Também se refere ao recorte

realizado como concretista e cinético, mas faz isso sem no entanto

delimitar fronteiras claras ou qualquer tipo de padrão rígido de

comparação.

O autor se detém na obra de diversos artistas, examinando suas

particularidades e o diálogo de suas obras com conceitos e discussões

universais para depois identificar na arte latino-americana do período

uma dicotomia. Rgionalismo e universalismo, internacional e local,

ordem e desordem. Atenta também para uma convergência, ou

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colaboração mútua, de linguagens: artes visuais, poesia, música,

arquitetura.... Aí, enxerga também um caráter social na arte que,

segundo ele, “dificilmente poderia tomar caminhos mais diferentes” –

seja numa preocupação poética, seja na forma de encomendas para o

espaço público, onde se relaciona com a arquitetura.

Por fim, Brett aponta que arte do período divergiu para dois caminhos

principais: o de uma obra “fechada”, onde o objeto ainda é visto como

autônomo e encontra-se para apreciação em uma galeria ou museu (e

destaca como exermplo Sérigo Camargo) e a “aberta”, como a de Ligia

Clark ou Hélio Oiticica, que questiona esses limites, partilhando com o

espetador a criação/construção da obra. E se olharmos bem,

facilmente encontraremos essas duas correntes na arte hoje,

convivendo às vezes mais, às vezes menos pacificamente (e com

outras ainda).