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GUIA SIMPLIFICAÇÃO
Ministério do Planejamento, Orçamento e GestãoSecretaria de Gestão
Brasília2005
Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva
Vice-Presidente da República José Alencar Gomes da Silva
Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão Paulo Bernardo Silva
Secretário Executivo Nelson Machado
Secretário de Gestão Valter Correia da Silva
Diretor do Departamento de Programas de GestãoPaulo Daniel Barreto Lima
5
GUIA SIMPLIFICAÇÃO
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO ORÇAMENTO E GESTÃOSECRETARIA DE GESTÃO ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS, BLOCO K – 4º ANDARCEP: 70.046-900 – Brasília – DFE-MAIL: [email protected]
Guia elaborado pelo Departamento de Programas de Gestão da Secretaria de Gestão.
Coordenadores do trabalho:Gustavo Pereira AngelimNivia Leichtveis Carapeba
Equipe Técnica:Aline Rodrigues Marcelino de PaulaAna Beatriz CabralClaudia Silva Prates FrançaJosé Francisco da Silva NetoKarina Lima de MouraLeila de MoraisLilia Soares RamosLúcia Müssnich Barreto AlvesLuciano Rodrigues Maia PintoSérgio Farias de Albuquerque
É permitida a reprodução total ou parcial desde que citada a fonte.Tiragem 1500 exemplares
NORMALIZAÇÃO: DIBIB/CODIN/SPOA
Brasil. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Gestão.
Guia D simplificação. / Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Gestão. – Brasília : MPOG/SEGES, 2005.
300 p.
1. Desburocratização – Descrição. 2. Administração Pública – Descrição – Brasil. I. Título.
CDU 35.072.1
Apresentação 07
Base Conceitual 11
Planejamento da Simplificação
1 - Pré-requisitos da Simplificação 17
2 - Elaboração do Plano de Trabalho 25
Mapeamento do Processo
3 - Levantamento de atividades e normas 31
4 - Identificação dos elementos do processo 43
5 - Desenho dos fluxogramas atuais 49
Análise e Melhoria dos Processos
6 - Árvore de Soluções 55
7 - Modelagem do Processo 61
8 - Sistema de Medição de Desempenho 71
Implementação das Melhorias
9 - Proposta de Simplificação 79
10 - Implementação do Novo Processo 83
Glossário 89
Anexo – Ferramentas 92
Anexo – Formulário 105
Transparências para Curso do Guia “d” 111
Sumário
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GUIA SIMPLIFICAÇÃO
O Programa Nacional de Desburocratização, criado em 1979 por Helio Beltrão, e retomado em 2000, explicitou a necessidade de o Estado combater os excessos das exigências formais, muitas vezes, desnecessárias que atrasam ou muitas vezes impedem os cidadãos de receberem serviços e terem seus direitos garantidos.
Em 2005, a criação do Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocra-tização - GESPÚBLICA, resultado da fusão do Programa Qualidade no Serviço Público e Programa Nacional de Desburocratização, ratificou a necessidade de ações voltadas à desburocratização, e uniu esforços ao antigo Programa da Qualidade no Serviço Público, na busca da melhoria da qualidade dos serviços públicos prestados aos cidadãos e no aumento da competitividade do País.
Nesse contexto, a Desburocratização passou a assumir duas vertentes de ações. A primeira, voltada ao seu sentido original de desregulamentação de normas (leis, decretos, portarias, atos normativos etc) que interferem de ma-neira exagerada nas relações de direito e obrigações entre Estado e cidadão. A segunda, voltada à simplificação de processos, procedimentos, rotinas ou atividades, gerando fluxos desconexos na tramitação de documentos que não agregam qualquer valor ao serviço prestado pelo Estado.
O presente Guia “d” Simplificação Administrativa foi elaborado para auxi-liar qualquer organização pública interessada em simplificar seus processos e normas, de forma a proporcionar a melhoria da qualidade de seus serviços.
O Guia deve ser entendido como uma ferramenta de trabalho, emi-nentemente prática, para realizar a análise e melhoria de processos orga-nizacionais.
Para tanto, procurou-se condensar, de maneira didática, todas as eta-pas relevantes para a condução desse tipo de trabalho. No entanto, dois aspectos merecem destaque:
1 - a aplicação de cada uma das etapas do Guia dependerá do conhe-cimento prévio, de cada equipe, a respeito do tema a ser tratado. Portanto, caso a equipe entenda conveniente, será possível avançar em determinadas etapas;
Apresentação
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2 - O Guia não deve ser entendido como um documento normativo ou obrigatório, pois existem outras metodologias que podem ser utilizadas para resolver o mesmo problema. Portanto, se for o caso, é plenamente possível adaptar qualquer uma das etapas de acordo com as necessidades da organização.
O presente documento está organizado em uma seqüência lógica de 10 etapas, subdivididas em 4 grandes conjuntos.
I - Planejamento da Simplificação: trata do arranjo das condições para iniciar o trabalho de simplificação como formação e capacitação da equipe e mobilização da organização, e ainda, da elaboração do Plano de trabalho que deverá desembocar no processo de trabalho priorizado a ser analisado.
II – Mapeamento do Processo: trata do início do trabalho de simplifi-cação, em que serão levantadas as atividades e normas e desenhado o atual fluxo do processo.
III - Análise e Melhoria dos Processos: trata da análise do fluxo atual e de outras condições que o influenciam para identificar possíveis soluções. Ao mesmo tempo, será ainda trabalhada a formatação do novo fluxo e dos indicadores que servirão para monitorar o desem-penho do processo.
IV - Implementação das Melhorias: trata da etapa final da simplifica-ção, que consiste em dispor as condições necessárias para a efetiva implementação do novo processo.
Para auxiliar a execução de cada uma das etapas, foram sugeridas técnicas de condução de trabalhos em grupo e priorização, denomina-dos de ferramentas, e também, formulários que auxiliam no registro das informações geradas.
Ao mesmo tempo, de maneira a facilitar a disseminação do Guia, foram sugeridas transparências, especificas para realização de treinamento, que estão organizadas em tópicos para cinco dias de curso, com carga horária de 40 horas. Ressalta-se, porém, que trata-se apenas de uma recomendação, uma vez que cada equipe poderá reduzir ou aumentar a carga horária, bem como o conteúdo, a depender do seu interesse.
Com o apoio do material aqui proposto, espera-se que os interessados tenham efetivamente condições de desenvolver trabalhos de simplificação no âmbito dos seus respectivos órgãos. Ao mesmo tempo, tão importante
quanto aplicar o conhecimento disposto no Guia, espera-se que os envol-vidos com esse trabalho possam ceder parte do seu tempo para multi-plicar esse conhecimento e capacitar outras organizações interessadas. Para tanto, bastará solicitar a participação como consultor da Rede Nacional de Gestão Pública por meio do endereço eletrônico a seguir: [email protected].
Parabéns pela iniciativa e bom trabalho.
Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização - GESPÚBLICA
11
GUIA SIMPLIFICAÇÃO
Base Conceitual“Todo trabalho importante realizado nas empresas faz parte de
algum processo. Não existe um produto ou um serviço oferecido por uma empresa sem um processo empresarial.”
José Ernesto Lima Gonçalves
Toda organização desenvolve, no seu cotidiano, inúmeros procedimentos (tarefas ou atividades) rotineiras, que levam à produção dos mais variados resultados na forma de produtos e serviços. Tais procedimentos, devido à sua natureza e à dos resultados gerados, podem ser enquadrados na forma de processos organizacionais. Tais processos, de forma integrada, trabalham no sentido de promover a consecução dos objetivos principais da organização, esses diretamente relacionados a sua missão.
Organização
Insumos ProdutosProcessos
Missão
Na concepção mais freqüente, processo é qualquer atividade ou conjunto de atividades que toma um input (insumos), adiciona valor a ele e fornece um output (produto/serviço) a um cliente específico¹. Dessa forma, pode-se entender que os recursos organizacionais são alocados nos processos, a fim de se gerar resultados para os clientes.
Esse conceito traz a idéia de processo como fluxo de trabalho - com insumos e produtos/serviços claramente definidos e tarefas que seguem uma seqüência lógica e que dependem umas das outras numa sucessão clara - denotando que os processos têm início e fim bem determinados.
1. Categoria de Processos
Os processos organizacionais podem ser classificados em três categorias:
1.1 - Processos Finalísticos
Ligados à essência do funcionamento da organização. São aqueles que caracterizam a atuação da organização e recebem apoio de outros processos
¹ GONÇALVES, José Ernesto Lima in As Empresas são Grandes Coleções de Processos, RAE - Revista de Administração de Empresas - Jan./Mar. 2000 (adaptado).
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internos, gerando o produto/serviço para o cliente externo. Os processos organizacionais enquadrados nesta categoria estão diretamente relaciona-dos ao objetivo maior da empresa. Os seus produtos e serviços se carac-terizam por terem, como clientes, principalmente, elementos pertinentes ao ecossistema da organização. Em um Órgão Público, um típico processo finalístico poderia ser o de Prestação de Serviços ao Cidadão. Exemplos de processos de prestação de serviços ao cidadão: emissão de certidões e/ou documentos, concessão de aposentadoria, benefícios, etc.
1.2 - Processos de Apoio
Geralmente, produzem resultados imperceptíveis ao cliente externo, mas são essenciais para a gestão efetiva do negócio. Esses processos centra-lizados na organização viabilizam o funcionamento coordenado dos vários subsistemas da organização em busca do melhor desempenho, garantindo o suporte adequado aos processos de negócio. Estão diretamente relacio-nados à gestão dos recursos necessários ao desenvolvimento de todos os processos da instituição. Os seus produtos e serviços se caracterizam por terem como clientes, principalmente, elementos pertinentes ao próprio sistema (ambiente) da organização. Exemplos de processos de apoio: contratação de pessoas, aquisição de bens e materiais, desenvolvimento de tecnologia da informação e execução orçamentário-financeira.
1.3 - Processos Gerenciais
São processos de informação e decisão. Focalizados na atuação dos gerentes e suas relações, incluem as ações de medição e ajuste do de-sempenho organizacional. Os processos organizacionais enquadrados nesta categoria estão diretamente relacionados à formulação de políticas e diretrizes para o estabelecimento e consecução de metas; bem como ao estabelecimento de métricas (indicadores de desempenho) e formas de avaliação dos resultados alcançados interna e externamente à organização. Os seus produtos e serviços se caracterizam por terem como clientes, principalmente, elementos pertinentes ao próprio sistema (ambiente) da organização. Planejamento estratégico, gestão por processos e gestão do conhecimento são exemplos de processos gerenciais.
Ecossistema
Organização
Missão
ProcessosGerenciais
Processosde Apoio
ProcessosFinalísticos
Características básicas das três categorias de processo.
Para a consecução de cada tipo de processo da organização, é necessária a articulação de diversas ações que podem se desdobrar na execução de subprocessos, atividades ou tarefas. Diante disso, poder-se-ia dizer que existe uma hierarquia entre processos, subprocessos e atividades, como mostrado no desenho a seguir:
Essa hierarquia fica melhor representada em forma de um sistema, dado que um processo organizacional pode ser visto como um sistema da organização composto por subsistemas (subprocessos), que, por sua vez, são formados de sub-subsistemas (atividades) absolutamente interligados.
Finalísticos Apoio Gerenciais
Processo Organizacional
Subprocesso
Atividades
14 15
GUIA SIMPLIFICAÇÃO
A aplicação do Guia de Simplificação pode-se dar em qualquer uma das categorias de processo mencionadas, a depender do escopo de atuação definido pelos responsáveis pelo trabalho.
A ação de simplificação pode abranger:
• apenas o nível dos Processos Organizacionais (finalísticos, de apoio e gerenciais), sem se preocupar em como estão subdivididos no nível dos subprocessos de trabalho;
• os processos organizacionais e detalhá-los até o nível dos subprocessos de trabalho; ou
• além dos processos organizacionais e seus subprocessos, as respectivas atividades.
Nos exemplos apresentados neste documento, adotou-se o grau de maior detalhamento que abrange o nível das atividades. Para tanto, foi considerado um processo organizacional da categoria processo de apoio pertinente a todos os Órgãos e Entidades Públicos denominado Processo de Licitação, subdividindo-se tal processo em subprocessos, por exemplo, o de Cadastramento no SICAF”, para o qual foram identificadas as respectivas atividades, o que pode ser visualizado da seguinte forma:
LICITAÇÃO
CADASTRAMENTO NO SICAF
• Protocolar recebimento dos formulários;• Cadastrar dados do Fornecedor;• Cadastrar dados do Representante;• Publicar cadastramento no D.O.U.
Portanto, na aplicação do Guia, quando o Órgão optar por um nível de detalhamento diferente do exemplificado, basta transportar os conceitos apresentados para o nível do processo e/ou subprocesso, de forma que se garanta o entendimento acerca do que se pretende mapear.
Assim, essa abordagem conceitual propicia tão somente uma visão sistêmica dos processos organizacionais para a equipe que desenvolverá as etapas da Simplificação Administrativa, de forma a fornecer subsídios para a definição do nível de detalhamento dos trabalhos de simplificação a serem executados, a partir das diretrizes deste documento.
ORGANIZAÇÃO
Processo
Processo
Processo
subprocessoatividades
subprocessoatividades
subprocessoatividades
subprocessoatividades
subprocessoatividades
subprocessoatividades
Essa visão sistêmica somente será possível quandoa simplificação administrativa ocorrer em toda a organização.
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GUIA SIMPLIFICAÇÃO
1 Pré-requisitos daSimplificação
Simplificação Administrativa
Planejam
ento
daSimplificação
Mapeamento
doProcesso
AnáliseeMelhoria
doProcesso
Implem
entação
daMelhorias
Pré-requisitos daSimplificaçãoAdministrativa
Mapeamento doProcesso
Levantamentodas Atividadese Normas
Árvore deSoluções
Proposta deSimplificação
Implementaçãodas Melhorias
Fim
Análise e Melhoriado Processo
Elaboraçãodo Plano deTrabalho
Identificação dosElementos deIteração doProcesso
Modelagem doProcesso
Implementaçãodo NovoProcesso
Desenho dosFluxogramas
Atuais
Sistema deMedição deDesempenho
Painel de Bordo- Resultados: equipe “d” formada e capacitada para implementaçãodo Guia e Órgão mobilizado
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GUIA SIMPLIFICAÇÃO
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1. PRÉ-REQUISITOS DA SIMPLIFICAÇÃO.
1.1. Macro Visão da Etapa.
Entradas Processo Entradas
• Informaçõesbásicas sobre a estruturaorganizacional e seusprocessos;
• Nomes deinteressados e/ouindicados para compora equipe;
• Quadro deperfil e atribuições.
• nomes dosparticipantes do curso decapacitação;
• materialdidático;
• conteúdo sobrePrograma deDesburocratização e sobreSimplificação Administrativa;
E1-PDS:
E2-PDS:
E3-PDS:
E4-PDS:
E5-PDS:
E6-PDS:
Saídas
• : Equipe “d''formada;
• participantescapacitados:
- Equipe “d”: para utilizaçãoe implementação do Guia
.- Outros interessados: parafavorecer a SimplificaçãoAdministrativa no Órgão.
• conhecimentosbásicos sobre o Programade Desburocratização esobre a SimplificaçãoAdministrativa disseminados;
S1, S2 e S3-PDS
S4 e S5-PDS:
(E1-EPT)
S6-PDS:
FormarEquipe “d”
CapacitarEquipe “d”
Mobilizar aOrganização
Fim
Legenda:
1 - Enº: entrada, número da entrada;2 - PDS: Pré-requisitos da Simplificação;3 - EPT: Elaboração do Plano de Trabalho;4 - Snº: saída, número da saída.
Exemplo:
• E1-PDS: entrada 1 da etapa de Pré-requisitos da Simplificação
1.2. O que são os pré-requisitos da Simplificação Administrativa?
Para o sucesso da Simplificação Administrativa, é importante que se atente para o cumprimento de tais condições, sem as quais inviabiliza-se todo o processo, são elas:
• Formação da Equipe “d”: consiste em instituir o grupo de facilitadores responsável pela condução dos trabalhos de simplificação no órgão, aplicando cada uma das etapas apresentadas neste Guia;
• Capacitação da Equipe “d”: consiste em tornar os membros da equipe “d” hábeis na implementação das etapas de Simplificação Adminis-trativa apresentadas neste Guia;
• Mobilização da Organização: consiste na realização de ações para compartilhamento dos conceitos acerca do Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização e para despertar nos servidores a disposição e a abertura para atuarem de forma participativa na consecução das etapas de Simplificação Administrativa.
1.3. Como atingir os pré-requisitos da Simplificação Administrativa?
Por meio da formação da equipe “d”, da capacitação dessa equipe e da mobilização da organização. Processos que serão descritos a seguir.
1.3.1 Formação da Equipe
São três as formas de se identificar os colaboradores que formarão a Equipe “d”:
• por escolha da alta administração; ou
• por verificação daqueles que mais se identificam com os papéis a serem desempenhados; ou
• pelo setor que esteja engajado com a Simplificação Administrativa.
1.3.2 Perfil dos membros da equipe
Os membros da Equipe “d” são agentes fundamentais e facilitadores do processo de Simplificação Administrativa. Durante a condução das ações de Simplificação, terão o importante papel de atuar junto a pessoas que executam as atividades relacionadas direta ou indiretamente com o processo que será simplificado.
São as condições necessárias que devem ser criadas paraque se possa iniciar o processo de Simplificação Administrativa.
Os componentes da equipe “d” têm o importante papel de atuaremcomo entusiastas da Simplificação Administrativa, despertandoo interesse dos demais colaboradores do Órgão e disseminandoos benefícios que o processo de Simplificação pode trazer paraeles próprios e para o cidadão, estando sempre alerta para servir
como fonte de recebimento e disseminação de informações,mesmo após a implementação do Guia de Simplificação.
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GUIA SIMPLIFICAÇÃO
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1.3.2.1 Atribuições dos membros da equipe
Atribuições dos Membros da Equipe “d”
• Planejar e conduzir as ações de mobilização da organização para implementação das etapasde Simplificação Administrativa;
• Viabilizar a realização das etapas de Simplificação Administrativa previstas no Guia;
• Articular com a Alta Administração do Órgão e demais áreas, buscando apoio paraimplementação das etapas previstas no Guia;
• Promover a capacitação da Equipe “d”, para aplicação do Guia, ou buscar apoio, senecessário, para realização da capacitação;
• Compartilhar os conhecimentos adquiridos nas etapas de Simplificação com outros órgãosinteressados;
• Identificar “casos de sucesso” da Simplificação em outros órgãos e disseminar junto aosmembros da equipe “d”;
• Analisar propostas de correção aos rumos do projeto;
• Providenciar os recursos físicos, didáticos e audiovisuais necessários para a realização dasações e das reuniões de trabalho;
• Planejar a condução das reuniões de trabalho, tendo em mente os objetivos a seremalcançados, a formação de subgrupos de trabalho e a estética adequada para fixação decartelas nos painéis, a topografia ideal ;
• Providenciar a digitação do material produzido nas reuniões de trabalho;
• Cuidar da guarda da memória das reuniões;
• Planejar a melhor forma de divulgação dos resultados alcançados;
(lay out)
1.3.2.2 Participação de Colaboradores
É importante lembrar que a proposta de Simplificação Administrativa pretende lançar um olhar cuidadoso sobre os aspectos de análise e melhoria dos processos, que revelam não apenas sua dimensão operacional, mas também, e, principalmente, seus conteúdos mais intrínsecos, agregando valor aos conhecimentos disponíveis.
Quando se propõe a suscitar e desenvolver conteúdos dessa ordem, não se pode pensar em fazê-lo sozinho, pois eles são diversos e podem extrapolar a competência e a esfera de atuação de quem pretende trabalhar com eles.
Nesse contexto, será necessária a atuação de representantes das diversas áreas que influenciam direta ou indiretamente sobre os processos de tra-balho que serão estudados. Esses representantes desempenharão o papel de apoio à Simplificação junto à Equipe “d”. Algumas áreas que podem contribuir são a: jurídica, a de informática, a financeira, dentre outras.
Formada a Equipe “d”, deve-se promover a legitimação de seus membros perante os colaboradores do Órgão, uma vez que eles desem-penharão suas atividades mantendo contato direto com toda estrutura organizacional.
1.3.3 Capacitação da Equipe “d”
A implantação da Equipe “d” e sua conseqüente legitimação para as ações de Simplificação Administrativa são efetivadas após seus membros passarem por um curso de capacitação que deverá ser oferecido pela Se-cretaria de Gestão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
1.3.3.1 Quem deve participar do Curso?
Devem participar do curso de capacitação:
• todos os membros da Equipe “d”;
• qualquer outro colaborador ou interessado.
O público-alvo do curso é a Equipe “d”, portanto, todos os seus mem-bros devem ser capacitados.
Outros colaboradores interessados pela Simplificação Administrativa podem querer participar do curso, eles também podem ser incluídos na capacitação. Isso facilitará a inserção dos novos conceitos na cultura organizacional.
No próximo quadro, está discriminado o perfil exigido e o desejado para os membros da equipe.
Perfil dos membros da Equipe “d”
Exigido Desejado
Recomenda-se a identificação de um coordenador para a condução dos trabalhos.
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1.3.4 Mobilização da Organização
1.3.4.1 Articulação política e motivação
Um dos papéis decisivos a ser desempenhado pela Equipe “d” é o de articuladora e motivadora do desenvolvimento das ações de Simplificação Administrativa, no sentido de compartilharem experiências e casos de su-cesso para fortalecer as iniciativas de desburocratização no órgão e envolver os interessados. Para tanto, várias atividades podem ser desenvolvidas pela equipe, tais como:
• Iniciar uma campanha de divulgação interna no órgão;
• Realizar um seminário para compartilhamento das informações e motivação dos interessados;
• Preparar cartazes, folders e/ou mensagens pela internet/intranet;
• Formar grupos de discussão (virtuais ou não), etc.
O princípio fundamental que irá reger os trabalhos de Simplificação Ad-ministrativa será o da Construção Conjunta. A Equipe ”d”, durante todas as etapas do trabalho, deverá desempenhar o importante papel de disseminar tal princípio.
Assim, todos na organização podem e devem participar, colaborando com informações e experiências adquiridas acerca do processo que será simplificado.
Desse modo, pretende-se estabelecer, no órgão, um ambiente favorável à introdução das etapas de Simplificação Administrativa, oferecendo opor-tunidades aos servidores para ampliação de sua compreensão a respeito do tema desburocratização e mobilizando-os para que se tornem agentes da mudança organizacional, no que diz respeito à implementação das etapas do Guia.
Quanto maior o número de colaboradores capacitados, maioresas chances de implementação das melhoriais necessárias.
As ações conjuntas visam proporcionar o ambiente favorável àparticipação de todos os indivíduos da organização, de forma que,ao exporem suas idéias, sintam-se respeitados e incluídos no
processo e que, ao final dos trabalhos, vejam suas contribuiçõesrefletidas no resultado alcançado pelo grupo.
1.4. Conclusão da Etapa
Os resultados desta etapa são:
• Equipe “d” formada e capacitada; e
• nivelamento dos conhecimentos básicos acerca da Simplificação Administrativa entre os colaboradores do Órgão, como meio de des-pertar seu interesse pela implementação das ações de Simplificação Administrativa no âmbito de seu campo de atuação.
Com os pré-requisitos estabelecidos, poder-se-ão iniciar os trabalhos de Simplificação Administrativa no órgão, a partir da implementação da etapa de Elaboração do Plano de Trabalho.
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GUIA SIMPLIFICAÇÃO
2 Elaboração do Planode Trabalho
Simplificação Administrativa
Planejam
ento
daSimplificação
Mapeamento
doProcesso
AnáliseeMelhoria
doProcesso
Implem
entação
daMelhorias
Pré-requisitos daSimplificaçãoAdministrativa
Mapeamento doProcesso
Levantamentodas Atividadese Normas
Árvore deSoluções
Proposta deSimplificação
Implementaçãodas Melhorias
Fim
Análise e Melhoriado Processo
Elaboraçãodo Plano deTrabalho
Identificação dosElementos deIteração doProcesso
Modelagem doProcesso
Implementaçãodo NovoProcesso
Desenho dosFluxogramas
Atuais
Sistema deMedição deDesempenho
Painel de Bordo- Formulário: cronograma ou Plano de Trabalho- Resultados: Plano de Trabalho da Simplificação Administrativa do Órgão elaborado
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2. ELABORAÇÃO DO PLANO DE TRABALHO
2.1 Macro Visão da Etapa
Entradas Processo EntradasSaídas
Priorizar Processoa ser Simplificado
Definir Escopode Atuação
Elaborar Planode Trabalho
Fim
Legenda:
1 - Enº: Entrada, número da entrada;2 - EPT: Elaboração do Plano de Trabalho;3 - LAN: Levantamento de Atividades e Normas;4 - Snº: Saída, número da saída.
2.2 O que é a elaboração do plano de trabalho?
O plano de trabalho é o documento único que deve refletir na íntegra o que será realizado e que direcionará todas as ações da Equipe “d”. É, na verdade, o planejamento tático e estratégico de implementação das etapas de Simplificação Administrativa.
Além de servir como instrumento de controle gerencial, o plano deverá ser validado por parte da direção do órgão e das pessoas-chave para que as ações de simplificação da Equipe “d” tenham legitimidade e, de fato, possam ser implementadas.
2.3 Como elaborar o plano trabalho?
Um plano de trabalho deve contemplar as tarefas necessárias para se obter o resultado final, com referências claras aos prazos estimados para a execução de cada tarefa, bem como aos recursos humanos e materiais alocados.
2.3.1 Priorização da Simplificação Administrativa
O principal critério de priorização é a constatação de alguma oportu-nidade de melhoria relativa a um processo, que a alta-administração tem manifestado interesse em aprimorar e/ou inovar.
Se já existirem tais oportunidades identificadas e/ou definidas, elas deverão, necessariamente, ser priorizadas, não necessitando da utilização de nenhuma técnica e/ou ferramenta específica para isso. Acontecendo de o órgão não ter clareza sobre o que deve ser priorizado, a Equipe “d” poderá proceder a priorização da Simplificação utilizando-se do método G.U.T, associado à técnica de moderação por cartelas. Vide instruções de uso nos anexo de Ferramenta do Guia.
2.3.2 Definição do escopo de atuação
Quando da discussão dos processos de trabalho a serem priorizados é importante começar a delimitar a abrangência da ação de Simplificação a ser executada. Aqui, deve-se considerar se o processo será trabalhado inte-gralmente ou em partes específicas. Ainda, deve-se verificar se o processo priorizado tem impacto em outros órgãos, por exemplo, estaduais e munici-pais, tornando necessária a articulação com tais agentes, na busca de apoio para a Simplificação, ou então, que se desconsidere o que for pertinente a eles e se trabalhe, apenas, no âmbito de governabilidade do órgão.
Consiste no planejamento de ações a serem desenvolvidas, visandoformalizar e acompanhar o processo de implementação da SimplificaçãoAdministrativa no Órgão.
A Equipe “d” é a responsável imediata pela elaboração do plano de trabalho,podendo ainda ser acompanhada pelos colaboradores envolvidos,
direta ou indiretamente, nos processos de trabalho.
É a escolha consensual, do(s) processo(s) organizacional(is) que deverá(ão)ser simplificado(s), priorizando os casos mais críticos, que necessitemde uma intervenção imediata.
Cabe ressaltar que o trabalho de priorização não deve focar problemas,mas sim os Processos Organizacionais, pois entende-se que aqueles
são uma conseqüência de um processo mal definido e/ou mal desenhado.Logo, a partir do momento em que se identifica o processo de trabalho
que deverá ser submetido à análise de simplificação, pressupõe-seque os problemas dele decorrentes serão tratados à medida
que se implementa a Simplificação Administrativa.
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GUIA SIMPLIFICAÇÃO
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2.3.3 Elaboração do Plano de Trabalho
Basicamente, o Plano de Trabalho deverá tratar das seguintes questões:
I - Objetivo: mostra em que consiste e qual é o objetivo da Simplifi-cação Administrativa a ser aplicada no caso concreto, ou seja, processo organizacional priorizado e escopo de atuação definido;
II - Justificativa: explica a importância do processo de Simplificação Administrativa, indicando qual foi o processo priorizado e o porquê ele foi escolhido, apresentando os fatos que levaram a tal priorização. Neste tópico, podem ser apresentados dados estatísticos (históricos), que consubs-tanciem a priorização do processo. Pode-se dizer que é a venda da idéia, pois, na justificativa que se explicitam os motivos pelos quais se optou por fazer a Simplificação Administrativa do processo priorizado;
III - Cronograma de Ação: neste item, são definidos os responsáveis e os prazos para execução. Deve contemplar cada uma das etapas de Sim-plificação propostas no Guia;
IV - Estimativa de Custo: é importante que se apresente quais os custos de implementação da Simplificação Administrativa. Deve-se considerar a necessidade de contratação ou não de equipe externa, tanto para atender em caráter consultivo quanto para execução dos trabalhos; além dos custos com aquisição de materiais, com viagens, se for o caso, com melhoria das condições de trabalho, etc.
2.3.4 Aprovação
Terminada a elaboração do Plano, a Equipe “d” deverá submetê-la à alta administração do órgão para que seja aprovado, o que permitirá o início dos trabalhos de implementação do plano e sua divulgação.
Lembre-se de que: um processo organizacional abrange várias áre-as/departamentos/setores do órgão, logo, há que se mobilizar todos os envolvidos com o processo, para que se alcance sucesso com a Simplificação.
Uma experiência piloto é recomendável, posto que, além de possibilitaro aprimoramento da metodologia de Simplificação, com a troca de vivências,agrega conhecimento e desenvolve habilidades na Equipe “d” e em todos osagentes envolvidos, além de possibilitar a visualização de todo o processo
de Simplificação, por meio da implementação rápida de suas etapas.
2.4 Conclusão da etapa
O resultado desta etapa é a composição do Plano de Trabalho. Após sua aprovação, a Equipe “d” procederá à preparação da etapa de Levanta-mento das Atividades e Normas, que é a primeira etapa da primeira Fase da Simplificação Administrativa, o Mapeamento do Processo de Trabalho.
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GUIA SIMPLIFICAÇÃO
3 Levantamento dasAtividades e Normas
Simplificação Administrativa
Planejam
ento
daSimplificação
Mapeamento
doProcesso
AnáliseeMelhoria
doProcesso
Implem
entação
daMelhorias
Pré-requisitos daSimplificaçãoAdministrativa
Mapeamento doProcesso
Levantamentodas Atividadese Normas
Árvore deSoluções
Proposta deSimplificação
Implementaçãodas Melhorias
Fim
Análise e Melhoriado Processo
Elaboraçãodo Plano deTrabalho
Identificação dosElementos deIteração doProcesso
Modelagem doProcesso
Implementaçãodo NovoProcesso
Desenho dosFluxogramas
Atuais
Sistema deMedição deDesempenho
Painel de Bordo- Formulário: cronograma ou Plano de Trabalho- Resultados: Plano de Trabalho da Simplificação Administrativa do Órgão elaborado
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GUIA SIMPLIFICAÇÃO
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3. LEVANTAMENTO DAS ATIVIDADES E NORMAS
3.1 Macro Visão da Etapa
Entradas Processo Entradas
• Plano de trabalhoelaborado e aprovado,contendo (S1-EPT):- Processo Priorizado- Escopo de Atuação daequipe “d”;- Nomes dos colaboradoresenvolvidos com o processopriorizado
• Informações sobrea incidência ou não de normalegal, sobre o processopriorizado.
E1-LAN
E2-LAN
Saídas
• Sub-procesosidentificados, com suasatividades agrupadas eordenadas (E1-IEI);
• Relação das normaslegais aplicáveis ao processode trabalho (E1-ARS);
• Relação dassugestões de melhoriaidentificadas durante a etapa(E2-ARS).
S1-LAN
S2-LAN
S3-LAN
Levantar asAtividades
Agrupar asAtividades
Levantar asNormas
Fim
Legenda:
1 - Enº: entrada, número da entrada;2 - LAN: Levantamento de Atividades e Normas;3 - EPT: Elaboração do Plano de Trabalho;4 - IEI: Identificação dos Elementos de Interação do Processo;5 - ARS: Árvore de Soluções;6 - Snº: saída, número da saída.
3.2 O que é o levantamento?
Esta etapa é de fundamental importância, pois é nela que se inicia o processo de conhecimento acerca do que se faz. Tem o objetivo de possibilitar a visualização das atividades por quem as executa, bem como a observação das normas que norteiam o trabalho, de forma a abrir um espaço de reflexão no tocante ao fazer diário relacionado com o processo organizacional que foi estabelecido como prioridade.
A maneira mais prática de se alcançar os objetivos desta etapa é res-
pondendo às perguntas:
• Quais as atividades que você executa para dar conta de desen-volver o processo priorizado? e;
• Quais as normas que norteiam o processo priorizado?
Além disso, é nesta etapa que se identificam os sub-processos de tra-balho, por meio do agrupamento das atividades levantadas.
3.3 Como fazer o levantamento?
3.3.1 Preparação
Para executar o levantamento das atividades e normas, a Equipe “d” do órgão deverá reunir todos os colaboradores que executam as atividades relacionadas ao processo organizacional priorizado, bem como represen-tantes de outras áreas ou órgãos que possam sofrer ou exercer influência sobre tal processo, a partir de agora, denominados “Grupo de Trabalho” ou simplesmente “GT”.
As discussões do GT deverão ser orientadas tomando por base o Plano de Trabalho desenvolvido na fase anterior para explicar qual o processo a ser tratado e qual o escopo de atuação do trabalho.
Para condução da reunião, poderão ser utilizados como apoio os pas-sos descritos sobre – Técnica de Moderação por Cartelas, no Anexo de Ferramentas do Guia.
3.3.2 Levantamento das Atividades
A ferramenta de apoio sugerida para auxiliar o Levantamento das Atividades é a Técnica de Moderação por Cartelas (ver Anexo de Ferramentas do Guia).
O levantamento consiste na identificação das atividades que compõemo processo organizacional priorizado, bem como das normasutilizadas em seu desenvolvimento, culminando na identificação dossub-processos que compõem o processo de trabalho em estudo.
Vale ressaltar que o Levantamento de Atividades tem duração de, normalmente,3 (três) encontros, a depender da complexidade do processo a ser trabalhado.
Portanto, é importante lembrar que se deve ter flexibilidade quanto aoagendamento das reuniões, uma vez que sempre há a
possibilidade de se aumentar ou diminuir o número de encontros.
Técnica de Moderação por Cartelas: é uma metodologia de trabalhoque tem o objetivo de facilitar os processos grupais, com base naconstrução conjunta do conhecimento.
34
GUIA SIMPLIFICAÇÃO
35
Outro aspecto importante a observar, quando do registro das atividades, está relacionado aos verbos ENVIAR e RECEBER. Esses são especialmente perigosos, pois eles denotam FLUXO.
Ocorre que fluxo é algo que aparece no desenho do encadeamento das atividades. Registrar atividades que denotam fluxo é, então, inócuo e contribui para expressivo aumento na lista de atividades que requerem análise. Logo, recomenda-se evitar o uso de tais verbos no registro das ati-vidades, substituindo-se o verbo por um outro que denote ação geradora de produto/serviço.
Sabendo-se que toda atividade deve ser geradora de produto/serviço, ou seja, que a ação humana nela embutida deve agregar valor à medida que é realizada, uma forma de confirmar se uma frase formulada representa realmente uma atividade e não um fluxo é pensar sobre que produto/ser-viço ela gera/produz.
Dessa forma, verbos do tipo enviar, receber, visualizar são ações hu-manas, mas não se constituem em atividades dentro de um processo de trabalho, pois não geram produtos/serviços tangíveis.
Assim, uma frase do tipo “receber formulário de dados cadastrais de fornecedor”, que denota fluxo de informação, poderia ser substituída por “registrar dados cadastrais de fornecedor”, por exemplo.
Considerando esses apontamentos, o registro das atividades deve ob-servar o seguinte:
• a frase deve ser escrita com verbo no infinitivo + complemento, por exemplo:
- especificar produto a ser adquirido
- registrar planilha financeira
- elaborar edital de licitação
• usar frases auto-explicativas
• evitar palavras isoladas
O trabalho de levantamento deve ser orientado pela seguinte questão básica:
• Quais são as atividades executadas para dar conta de desenvolver o processo priorizado?
Utilizando o exemplo do capítulo 02, a pergunta seria:
• Quais são as atividades executadas para dar conta de desenvolver o processo de “Licitação”?
Nesta etapa, a correta descrição das atividades é a chave para o melhor entendimento da realidade do processo em estudo, o que envolve dois elementos básicos: a precisão e a concisão dos registros das atividades.
Ser preciso no registro significa identificar com clareza e exatidão a atividade, considerando o que é executado e produzido.
Ser conciso no registro significa alcançar um grau de síntese necessário ao mapeamento rápido e simplificado das atividades, sem prejuízo do entendimento do contexto.
Dessa forma, há que se observar que verbos como CONTROLAR, ADMI-NISTRAR, GERENCIAR e TRATAR retratam ações demasiado genéricas. Via de regra, expressam ações que podem ser divididas em atividades menores, como no exemplo a seguir:
• Controlar pedido de aquisição de material de consumo - pode ser um agrupamento das seguintes atividades:
1 - Verificar a existência de pedidos de aquisição
2 - Registrar inconsistência do pedido em caso de conter algum material que não é de consumo
3 - Notificar ao solicitante a ocorrência de inconsistência
4 - Submeter pedidos aos critérios de priorização
5 - Registrar o envio do pedido ao Departamento de Compras
É recomendável evitar a utilização de verbosque denotam ações muito genéricas.
O verbo corresponde à ação que é desenvolvida dentrodo processo em estudo. A frase completa é a atividade.
36
GUIA SIMPLIFICAÇÃO
37
Relação das Atividades Identificadas
• Elaborar edital de licitação;• Especificar equipamentos a serem adquiridos;
adastrar “Dados do Representante”, se for caso;erificar cadastro do proponente no SICAF;nalisar “Proposta de Inclusão de Linha de Fornecimento”;brir prazo para recebimento de recursos contra análise das propostas;efinir cálculo de pontuação técnica;efinir cálculo de pontuação preço;nalisar propostas técnicas;rotocolar recebimento dos formulários “Dados Cadastrais do Fornecedor” e “Dados
Cadastrais do Representante”anter check-list da documentação necessária à habilitação parcial;nalisar “Proposta de Inclusão de Linha de Fornecimento”;tualizar a linha de fornecimento;brir prazo para recebimento de recursos contra termos do edital;
• C• V• A• A• D• D• A• P
• M• A• A• A
• D• I• C• P• P• P• D• D• D• D• A• R• P• D• D• A• A
ivulgar edital de licitação;dentificar necessidade de aquisição de equipamentos;
adastrar Dados do Fornecedor;ublicar cadastramento no Diário Oficial da União;rotocolar propostas recebidas;rotocolar recebimento da documentação do fornecedor;efinir modalidade de licitação;efinir Comissão de Licitação;ivulgar resultado da análise dos recursos;ivulgar resultado da Habilitação Parcial.nalisar recursos;evisar minuta de edital de licitação;rovidenciar ações definidas no julgamento dos recursos;ivulgar resultado prévio da licitação;ivulgar resultado da análise da “Proposta de Inclusão de Linha de Fornecimento”;nalisar documentação recebida;nalisar propostas comerciais.
O produto desta fase do trabalho é uma relação contendo as ativida-des desenvolvidas dentro do processo priorizado, sem, necessariamente, ordená-las em uma seqüência lógica, pois a intenção neste momento é efetuar um brainstorm que possibilite o despertar do processo criativo do grupo de trabalho. Tem por objetivo exercitar a capacidade de identifi-cação de cada uma das atividades, sem delimitar seu campo de reflexão com preocupações do tipo: qual atividade é feita antes? qual atividade vem depois?
Então, para um processo de “Licitação”, poder-se-ia ter, por exemplo, a seguinte relação de atividades:
Exemplo:
Observação: o exemplo acima é apresentado como resultado parcial de um levantamento de atividades do processo “Licitação”, pois, como dito anteriormente, não é intenção do Guia esgotar o tema escolhido como exemplo, mesmo porque a complexidade do processo “Licitação” não se permitiria pretender tal tarefa.
3.3.3 Agrupamento das Atividades
Caso se tenha um número reduzido de atividades, a etapa de agrupa-mento poderá ser realizada imediatamente após o levantamento das ativi-dades e normas, ou seja, na mesma reunião de trabalho. Em processos que contemplem uma grande quantidade de atividades ou que suas atividades sejam consideradas muito complexas, aconselha-se tratar o agrupamento em momento separado do levantamento.
Assim, a partir do resultado do Levantamento, o GT, orientado pela equipe “d”, deve buscar identificar as atividades que são de natureza se-melhante, e que podem ser entendidas como integrantes de um mesmo conjunto, que será denominado sub-processo.
À medida que os sub-processo forem validados, o GT deverá identificar um título para cada um deles, de forma a relacioná-los adequadamente com as atividades neles inseridas.
Após a identificação do sub-processo, o GT poderá então verificar como as atividades estão encadeadas umas com as outras, de forma a colocá-las numa seqüência lógica de acontecimento das atividades.
Uma vez agrupadas e seqüenciadas as atividades, tem-se a identifica-ção dos sub-processos de trabalho, o que possibilitará a visualização da organicidade das atividades do órgão, para o desenvolvimento do processo organizacional priorizado.
É importante lembrar que, a partir desta etapa, podemsurgir idéias de melhoria e de transformação das práticas erotinas atuais, que deverão ser registradas à parte, pois
poderão ser utilizadas na etapa de “Modelagem dos Processos”.
Consiste em agrupar as atividades levantadas em conjuntosde atividades que sejam similares, de forma a possibilitara identificação dos sub-processos de trabalho que integram oprocesso organizacional priorizado.
Cada conjunto de atividades representará umsub-processo de trabalho.
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GUIA SIMPLIFICAÇÃO
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Dessa forma, a relação de atividades, quando agrupadas, poderia ficar da seguinte forma:
1º Conjunto de Atividades
1 - Protocolar recebimento dos formulários “Dados Cadastrais do Fornecedor” e “DadosCadastrais do Representante”;
2 - Cadastrar Dados do Fornecedor;3 - Cadastrar “Dados do Representante”, se for caso;4 - Publicar cadastramento no Diário Oficial da União.
Sub-processo Cadastramento no SICAF
2º Conjunto de Atividades
1 - Manter check-list da documentação necessária à habilitação parcial;2 - Protocolar recebimento da documentação do fornecedor;3 - Analisar documentação recebida;4 - Divulgar resultado da Habilitação Parcial.
Sub-processo Habilitação Parcial
3º Conjunto de Atividades
1 - Analisar “Proposta de Inclusão de Linha de Fornecimento”;2 - Divulgar resultado da análise da “Proposta de Inclusão de Linha de Fornecimento”;3 - Atualizar a linha de fornecimento.
Sub-processo Inclusão de Linha de Fornecimento
4º Conjunto de Atividades
1 - Identificar necessidade de aquisição de equipamentos;2 - Especificar equipamentos a serem adquiridos;3 - Definir modalidade de licitação;4 - Definir cálculo de pontuação técnica;5 - Definir cálculo de pontuação preço;6 - Elaborar minuta edital de licitação;7 - Revisar minuta de edital de licitação;8 - Definir Comissão de Licitação;9 - Divulgar edital de licitação;10 - Abrir prazo para recebimento de recursos contra termos do edital;11 - Analisar recursos opostos contra termos do edital;12 - Divulgar resultado da análise dos recursos opostos contra termos do edital.
Sub-processo Abertura de Licitação
5º Conjunto de Atividades
1 - Protocolar propostas recebidas;2 - Verificar cadastro do proponente no SICAF;3 - Analisar propostas técnicas;4 - Analisar propostas comerciais;5 - Divulgar resultado prévio da licitação;6 - Abrir prazo para recebimento de recursos contra análise das propostas;7 - Analisar recursos opostos contra análise das propostas;8 - Divulgar resultado da análise dos recursos opostos contra análise das propostas;9 - Providenciar ações definidas no julgamento dos recursos.
Sub-processo Análise das Propostas
3.3.4 Levantamento das Normas
A identificação das normas que norteiam o processo de trabalho prio-rizado poderá ser feita simultaneamente ao Levantamento das Atividades, ou, poder-se-á destinar tempo específico para sua realização. Essa decisão será tomada levando-se em consideração o grau de interferência da norma sobre o processo e a disponibilidade imediata dos envolvidos.
O Grupo de Trabalho deverá definir quem são as pessoas que irão desem-penhar tal tarefa. Devem participar pessoas que possuam conhecimento dos processos de trabalho, das normas e da legislação que regem a organização.
Para tanto, sugere-se que sejam convidadas pessoas das áreas de infor-mática, recursos humanos, jurídica, financeira, controle interno e de outras áreas pertinentes.
Informações a serem observadas para a identificação de normas:
• Legislação vigente e infra-legais utilizadas para a execução do trabalho (Lei, Decreto, Resolução, Portaria, Norma de Serviço etc);
• Número do instrumento normativo;
• Ano da publicação;
• Esfera de criação (federal, estadual, municipal, interna);
• Sumário resumido do conteúdo;
• Indicação do grau de influência da norma no desenvolvimento do pro-cesso (alto, médio ou baixo). A medição da influência será apreciada pelo próprio GT que poderá verificar dentre outros aspectos: nível em-perramento do processo; norma aplicada em várias partes do processo; interpretações variadas da norma; etc.
40
GUIA SIMPLIFICAÇÃO
41
Alguns casos pedem a realização de uma pesquisa mais aprofundada quanto à identificação das normas. Nada impede de se agregar mais itens de análise, a depender do interesse do órgão. Tal pesquisa servirá de subsídio para tomada de decisão por parte dos gestores do órgão, principalmente no que tange à necessidade de definição de novos procedimentos/normas.
Abaixo, estão destacadas algumas dificuldades bastante comuns que podem surgir durante a Simplificação Administrativa e algumas maneiras de superá-las.
3.4 Conclusão da Etapa
O resultado desta etapa será um documento com as seguintes infor-mações:
• relação dos sub-processos com as respectivas atividades identificadas, agrupadas e seqüenciadas;
• relação das normas aplicáveis ao processo de trabalho;
• sugestões de melhoria identificadas durante a etapa.
Esses resultados servirão de subsídio para a próxima etapa que é a de Identificação dos Elementos de Iteração do Processo.
Considerando-se esses dados, para o exemplo de “Licitação”, o produto do Levantamento de Normas poderia ser o seguinte:
Norma/Ano Esfera deCriação Ementa Grau de impacto
no processo
Lei 8.666/93 Federal
Estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administra-tivos pertinentes a obras, serviços (inclusive de publicidade), com-pras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dosEstados, do Distrito Federal e dos Municípios.
ALTO
Lei 9.069/95 FederalDispõe sobre o Plano Real, o Sistema Monetário Nacional, Estabe-lece as Regras e Condições de Emissão do REAL e os Critériospara Conversão das Obrigações para o REAL, e dá outrasProvidências.
BAIXO
Lei 10.520/02 Federal
Institui, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios,nos termos do art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, modali-dade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens eserviços comuns, e dá outras providências.
ALTO
Decreto1.054/94 Federal Regulamenta o reajuste de preços nos contratos da Administração
Federal direta e indireta e dá outras providências. BAIXO
InstruçãoNormativa08/98
Federal
Dispõe sobre a regulamentação dos procedimentos licitatórios e decontratação de fornecimentos processados pelo Sistema deRegistro de Preços, no âmbito dos órgãos e entidades integrantesdo Sistema de Serviços Gerais - SISG. (registro de preços)
ALTO
Portaria57/2003 Federal
Dispõe sobre atualização de dados no Sistema Integrado de Admi-nistração de Serviços Gerais - SIASG, pelos órgãos e entidadesintegrantes do Sistema de Serviços Gerais - SISG, no âmbito daAdministração Pública federal, para efeito de subsidiar políticaspúblicas de contratações de serviços.
ALTO
Resolução02/2001 Federal
Estabelece diretriz para a implementação de modificações nos sis-temas de informação gerenciados no âmbito do Sistema deServiços Gerais - SISG.
ALTO
Dificuldades
- Não saber expressar o que sabe/o que faz;- Falta de clareza acerca das atividades que desenvolve;- Medo da mudança;- Medo de perder espaço / poder;- Insegurança / instabilidade / incerteza;- Falta de confiança no resultado desse trabalho;- Falta de compromisso com o trabalho;- Falta de identificação com as atividades que desenvolve;- Timidez.
Como superá-las
- Estabelecer relações de confiança com o grupo;- Favorecer abertura de espaço emocional, reforçando, sempre, a importância da participaçãode cada um e o valor do trabalho que executa;- Escutar o outro, dando atenção a cada comentário/sugestão;- Legitimar o outro, ressaltando o valor do que cada um expressar, citando o nome da pessoaque apresentar uma boa idéia;- Valorizar as diferenças;- Combater o dominare (assenhorar-se do outro), evitando postura de domínio sobre o grupo ea condução das idéias deste;- Evitar postura arrogante;- Agir com ética;- Buscar a simplicidade;- Respeitar o grupo.
43
GUIA SIMPLIFICAÇÃO
Simplificação Administrativa
Planejam
ento
daSimplificação
Mapeamento
doProcesso
AnáliseeMelhoria
doProcesso
Implem
entação
daMelhorias
Pré-requisitos daSimplificaçãoAdministrativa
Mapeamento doProcesso
Levantamentodas Atividadese Normas
Árvore deSoluções
Proposta deSimplificação
Implementaçãodas Melhorias
Fim
Análise e Melhoriado Processo
Elaboraçãodo Plano deTrabalho
Identificação dosElementos deIteração doProcesso
Modelagem doProcesso
Implementaçãodo NovoProcesso
Desenho dosFluxogramas
Atuais
Sistema deMedição deDesempenho
4 Identificação dosElementos do Processo
Painel de Bordo- Formulário: Identificação dos Elementos do Processo- Resultado: Identificação dos elementos essenciais dos sub- processosde trabalho
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GUIA SIMPLIFICAÇÃO
45
4. IDENTIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS DO PROCESSO
4.1 Macro Visão da Etapa
Entradas Processo EntradasSaídas
Identificar entradas /fornecedores / saídas /
clientes dossub-processos
PreencherFormulário deIdentificação dosElementos
Validarinformaçõescom o GT
Fim
Legenda:
1 - Enº: entrada, número da entrada;2 - IEI: Identificação dos Elementos de Interação do Processo;3 - LAN: Levantamento das Atividades e Normas;4 - DFA: Desenho dos Fluxogramas Atuais;5 - ARS: Árvore de soluções;6 - Snº: saída, número da saída.
4.2 O que é a identificação dos elementos do processo?
Fornecedor Entrada Processo Saída Cliente
Para melhor compreensão, pode-se dizer que:
1 - Fornecedor É a pessoa/área/instrumento de trabalho, que envia/fornece/disponibiliza oinsumo necessário para a realização de determinada atividade.
2 - Entrada/Insumo É a informação/documento/material necessário para que se desenvolva aatividade, sem o qual não é possível realizá-la.
3 - Saída/Produto É a informação/documento/material produzido pelo executor da atividade.É o resultado do trabalho.
4 - Cliente É a pessoa/área/instrumento de trabalho a quem se destina o resultado dotrabalho. Aquele (aquilo) que receberá o que foi gerado pelo executor daatividade.
4.3 Como fazer a identificação dos elementos do processo?
4.3.1 Preparação
Para realizar esta etapa, é necessária a participação de todos os colaboradores, com a respectiva orientação da Equipe “d”, em reunião de trabalho que poderá ser organizada com uso da Técnica de Moderação por Cartelas - (Anexo Ferra-mentas). Ressalta-se a necessidade de disponibilizar para todos os participantes uma lista com todos os sub-processos identificados na etapa anterior.
O foco desta etapa é tão somente a identificação dos elementos do processo (fornecedores, entradas/insumos, saídas/produtos e clientes) que possibilitará mais tarde, ao seu executor, enxergar as inter-relações que são estabelecidas entre a sua atuação e a de outros agentes organizacionais (internos e/ou externos).
Para tanto, o Grupo de Trabalho poderá identificar os elementos com a simples observação das perguntas abaixo para cada atividade de cada sub-processo.
Pergunta explicativa Elemento do Processo
O que é preciso para executar a atividade? Quais as informações,recursos e/ou materiais que são as entradas para a atividade?O que entra para que seja processada? “O que vem?”
Fornecedor
Quem envia essas informações, recursos e/ou materiais para queeu execute minha tarefa? Quem é meu fornecedor dessas coisasnecessárias para minha tarefa? “De onde vem?”
Entrada/Insumo
O que eu produzo com a minha tarefa? Qual é o resultado daexecução da minha tarefa? O que é gerado? “O que sai?”
Saída/Produto
A quem se destina o resultado da minha tarefa? Quem recebe oproduto que gerei? “Para onde vai?”
Cliente
Esta etapa consiste na identificação e na visualização dos 4 (quatro)elementos essenciais dos processos de trabalho (fornecedor, entrada,saída e cliente) que são encadeados seqüencialmente como mostra afigura que segue.
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GUIA SIMPLIFICAÇÃO
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Esta é uma oportunidade de se rever o levantamento feito anteriormen-te. Pode acontecer de as frases registradas para representarem as respectivas atividades do processo serem melhoradas, alteradas, complementadas, reduzidas, etc. Agora, está-se diante de um detalhamento que possibilitará enxergar as diversas interfaces entre os nossos sub-processos de trabalhos e/ou deles com os das demais áreas do órgão, outros processo organiza-cionais ou outros agentes externos.
Lembre-se: o importante neste trabalho é ter a clareza de que esteé um processo de construção conjunta do conhecimento acerca
do fazer, e que tudo o que for construído em equipe estarásempre aberto a novas formulações, quando necessário.
4.3.2 Desenvolvimento
Para facilitar o trabalho, recomendamos que a identificação dos ele-mentos do processo seja feita por meio do Formulário de Identificação dos Elementos do Processo (Anexo Formulários do Guia).
Formulário de Identificação dos Elementos do Processo:modelo de formulário, em formato de tabela, que contém oscampos para preenchimento das informações sobre os elementosessenciais do processo.
O resultado do trabalho da Equipe “d” deverá ser validado com GT, em reunião que deverá ser oportunamente agendada.
SUB-PROCESSO: CADASTRAMENTO NO SICAF
Atividades:
1 - Protocolar recebimento dos formulários “Dados Cadastrais do Fornecedor” e Dados Cadas-trais do Representante “;
2 - Cadastrar Dados do Fornecedor;3 - Cadastrar Dados do Representante”, se for caso;4 - Publicar cadastramento no Diário Oficial da União.
Uma vez identificados “De onde vem?”, “O que vem?”, “O que sai?” e “Para onde vai?”, começará a se ter um pouco mais de clareza acerca das diversas possibilidades de interações/interfaces dos processos.
Pode acontecer de se identificar, para uma atividade, várias entradas - “O que vem?” – e vários fornecedores - “De onde vem?”. O mesmo pode acontecer com os elementos produto/saída - “O que sai?” – e clien-te - “Para onde vai?”. Nessa ocasião, faz-se necessário ter o cuidado de se identificar (numericamente) as “entradas” e “saídas” com relação à atividade analisada, na tentativa de garantir o entendimento em leituras posteriores.
Ao se analisar o conjunto de atividades (sub-processo), pode ocorrer de se identificar que uma atividade depende de uma entrada - “O que vem?” – advinda de um outro sub-processo, ou que a saída de um sub-processo - “O que sai?” – é destinada, também, a um outro sub-processo.
FORNECEDORDe onde vem?
Fornecedorde Produtos
ENTRADA/ INSUMOO que vem?
PROCESSOO que você faz
com isso?(Nº da frase)
PRODUTOO que sai?
CLIENTEPara onde
vai?
E1 - formulário de “DadosCadastrais do Fornecedor”e “Dados Cadastrais doRepresentante” preenchidos.
1 S1 - recibo de Solicitaçãode Serviço gerada
Fornecedorde Produtos
Formuláriode “DadosCadastrais doFornecedor”
E2 .- dados do fornecedor 2 S2.
- dados do fornecedorregistrados
SICAF
Formuláriode “DadosCadastrais doRepresentante”
E3 .- dados do fornecedor 3 S3 - dados dorepresentantecadastrados
SICAF
SICAF E4 - Informação sobre oscadastros realizados
4 S4 - ofício com asinformações doscadastros realizados,para publicação
ImprensaNacional
Utilizando o sub-processo “Cadastramento no SICAF” identificado no exemplo do capítulo anterior, o preenchimento do “Formulário de Identi-ficação dos Elementos do Processo” poderia ficar da seguinte forma:
48 49
GUIA SIMPLIFICAÇÃO
Assim, poderá ocorrer de se concluir que para a execução de uma tarefa, seja necessário receber algo – uma entrada – que foi produzido/gerado em outro conjunto de atividades, bem como de se observar que o que fora produzido em um processo de trabalho pode ser uma saída para a execução de outras tarefas.
É aqui que se identifica onde, quando e como os processos organiza-cionais interagem, quais são as suas interfaces existentes.
4.4 Conclusão da Etapa
A conclusão da etapa dar-se-á com a validação, pelo GT, dos Formu-lários de Identificação dos Elementos do Processo Formulários feita pela a Equipe “d”.
Ao final da execução desta etapa, deve-se cuidar para que as informa-ções que foram anotadas manualmente no Formulário sejam digitadas e documentadas, para que possam ser divulgadas e utilizadas na próxima etapa - a de Desenho dos Fluxogramas Atuais.
5 Desenho dos Flugramas AtuaisSimplificação Administrativa
Planejam
ento
daSimplificação
Mapeamento
doProcesso
AnáliseeMelhoria
doProcesso
Implem
entação
daMelhorias
Pré-requisitos daSimplificaçãoAdministrativa
Mapeamento doProcesso
Levantamentodas Atividadese Normas
Árvore deSoluções
Proposta deSimplificação
Implementaçãodas Melhorias
Fim
Análise e Melhoriado Processo
Elaboraçãodo Plano deTrabalho
Identificação dosElementos deIteração doProcesso
Modelagem doProcesso
Implementaçãodo NovoProcesso
Desenho dosFluxogramas
Atuais
Sistema deMedição deDesempenho
Painel de Bordo- Ferramenta: Fluxograma- Resultado: Representação gráfica dos processos de trabalho
50
GUIA SIMPLIFICAÇÃO
51
5. DESENHO DOS FLUXOGRAMAS ATUAIS
5.1 Macro Visão da EtapaEntradas Processo EntradasSaídas
Sequenciar ossub-processos
Indentificaros atores
Desenhar umfluxograma para
cada sub-processo
Fim
Validar osdesenhos com
o GT
Legenda:
1 - Enº: entrada, número;2 - DFA: Desenho dos Fluxogramas Atuais;3 - IEI: Identificação dos Elementos de Interação do Processo;4 - ARS: Árvore de Soluções;5 - MDP: Modelagem do Processo;6 - Snº: saída, número.
5.2 O que é fluxograma?
Além de permitir a interpretação conjunta do processo, apresenta as seguintes vantagens:
• Visão integrada do processo de trabalho;
• Visualização de detalhes críticos do processo de trabalho;
• Identificação do fluxo do processo de trabalho, bem como das inte-rações entre os sub-processos;
• Identificação dos potenciais pontos de controle;
• Identificação das inconsistências e pontos frágeis.
5.3 Como desenhar os fluxogramas?
De posse dos Formulários de Identificação dos Elementos do Pro-cesso, que foram construídos para todos os sub-processos, a equipe “d”, em conjunto com GT, deverá observar, se há uma seqüência entre os sub-pro-cessos identificados. Caso haja, deverão ser colocados em ordem de forma a permitir uma visão global de todo o processo a ser trabalhado.
5.3.1 Sequenciamento dos Processos
Procede-se à analise da seqüência entre os sub-processos de forma que se visualize a ordem do processo como um todo.
5.3.2 Identificação dos atores
Deve ainda ser identificado quem é o ator responsável pela atividade, podendo ser representado, dentre outros, por:
• um setor do próprio órgão (diretoria de administração, coordenação de informática; serviço de capacitação institucional);
• uma outra organização (órgão externo);
• um grupo de pessoas (equipe técnica, equipe de apoio);
• uma função exercida por um grupo de pessoas (agentes de saúde, analistas judiciários);
• nome de uma profissão (gestor, médico, promotor, engenheiro);
• um sistema de informação (sistema de contabilidade, sistema finan-ceiro, sistema de cadastro de fornecedores - SICAF);
• outro sub-processo de trabalho.
Um fluxograma é um desenho gráfico feito com símbolos padronizados,que mostra a seqüência lógica dos passos de realização de umprocesso de trabalho.
É importante ressaltar que será desenhado um fluxograma para cadasub-processo de trabalho identificado, de forma a permitir uma
visão global de todo o processo a ser trabalhado.
Lembre-se de que: Todas as informações contidas nos Formuláriosde Identificação dos Elementos do Processo são importantes,
nenhuma delas pode ser desprezada.
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GUIA SIMPLIFICAÇÃO
53
Sendo que:
1 - atores: representados pelos bonecos na cor laranja, à esquerda do desenho;2 - atividades: representadas pelas caixas dispostas na respectiva linha de cada ator;3 - seqüência das ações: representada pelas setas, que indicam o fluxo das ações.
Feitos os desenhos de todos os fluxogramas, a Equipe “d” deverá reunir com o GT , para a validação do resultado.
Caso sejam muitos fluxogramas, a Equipe “d” e o GT podem se dividir em subgrupos de trabalho e distribuir os desenhos entre si, para otimizar o tempo. Caso contrário, poderá apenas distribuir as cópias dos fluxogramas a todos, e, com apoio de um instrumento visual, mostrar os desenhos e discutir cada passo.
Após a validação, a Equipe “d”, procederá à correção dos fluxogramas, conforme as sugestões/observações dadas.
5.3.3 Desenho do Fluxograma
Existe uma infinidade de modelos que podem ser utilizados para o desenho dos fluxogramas de processo de trabalho.
Para efeito deste Guia, foi escolhido um modelo simplificado (ver Anexo de Ferramentas), que possibilita um rápido entendimento de seus elementos constitutivos, bem como a utilização de ferramenta de uso comum e de fácil manuseio.
Nada impede a escolha de outro modelo, se for julgado ser esse o de melhor entendimento e de mais fácil utilização.
O desenho inicial dos fluxogramas poderá ser feito, em um primeiro momento, pela Equipe “d”, para só então, apresentar ao GT, que validará o desenho, revisando-o, a partir da verificação da coerência com processo desenvolvido no dia a dia.
Para o desenho, sugere-se a utilização de um software de apresentação, pois tal ferramenta possui formas e objetos que facilitam a construção dos fluxos.
Desse modo, tomando por base o sub-processo “Cadastramento no SICAF”, utilizado como exemplo, teríamos o seguinte fluxograma:
Cadastramento no SICAF
Fornecedor
Técnico deCadastramento
SICAF
PreencherFormulário de
“Dados Cadastraisdo Fornecedor”
Guardar Recibode Solicitaçãode Serviços
PreencherFormulário de
“Dados Cadastraisdo Representante”
Protocolar orecebimento dos
formulários
Cadastrar dadosdo Fornecedor e/oudo Representante
Publicarcadastramentos
no D.O.U.
Manter dadosCadastrais
Todo o histórico deve ser guardado. Logo, não se devedescartar as versões anteriores, até o final do processo.
5.4 Conclusão da Etapa
A conclusão da etapa dar-se-á com a validação do desenho dos flu-xogramas feita pela Equipe “d”, suas respectivas correções e a divulgação dos resultados.
O Desenho dos Fluxogramas Atuais é a última etapa da Fase de Ma-peamento dos Processos de Trabalho. Finalizada esta fase, a Equipe “d” começará a preparação da próxima fase - a de Análise e Melhoria dos Processos de Trabalho, que se inicia com a Árvore de Soluções.
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GUIA SIMPLIFICAÇÃO
6 Árvore de SoluçõesSimplificação Administrativa
Planejam
ento
daSimplificação
Mapeamento
doProcesso
AnáliseeMelhoria
doProcesso
Implem
entação
daMelhorias
Pré-requisitos daSimplificaçãoAdministrativa
Mapeamento doProcesso
Levantamentodas Atividadese Normas
Árvore deSoluções
Proposta deSimplificação
Implementaçãodas Melhorias
Fim
Análise e Melhoriado Processo
Elaboraçãodo Plano deTrabalho
Identificação dosElementos deIteração doProcesso
Modelagem doProcesso
Implementaçãodo NovoProcesso
Desenho dosFluxogramas
Atuais
Sistema deMedição deDesempenho
Painel de Bordo- Ferramentas: Técnica de Moderação por Cartelas- Formulário: Cronograma de Encaminhamentos- Resultado: Cronograma de ações para soluções de problemas
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GUIA SIMPLIFICAÇÃO
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6. ÁRVORE DE SOLUÇÕES
6.1 Macro Visão da Etapa
Entradas Processo EntradasSaídas
Identificar osProblemas
Fazer Análise deCausa e Efeito
Detalhar as Causasdos problemas, se
for o caso
Fim
Fazer Análise ePriorização de
Solução
Legenda:
1 - Enº: entrada, número;2 - DFA: Desenho dos Fluxogramas Atuais;3 - IEI: Identificação dos Elementos de Interação do Processo;4 - ARS: Árvore de Soluções;5 - MDP: Modelagem do Processo;6 - Snº: saída, número.
6.2 O que é a árvore de soluções?
Esta etapa inicia a 2ª fase da Simplificação Administrativa, que é a Fase de Análise e Melhoria dos Processos.
6.3 Como fazer a árvore de soluções?
Para o desenvolvimento desta etapa, propõe-se a realização dos se-guintes passos:
- Identificação do problema;
- Análise de causa e efeito;
- Detalhamento das causas dos Problemas; e
- Análise e Priorização de Solução.
Nesta etapa, recomenda-se o uso da Técnica de Moderação por Car-telas – Anexo Ferramentas, de forma a facilitar as discussões do Grupo de Trabalho para a realização de todos os passos descritos acima.
Como subsídio para realização desta etapa, deverão ser utilizados os re-gistros das contribuições dadas ao longo das etapas anteriores, são eles:
• registros das sugestões de melhoria dadas no decorrer de todas as etapas;
• levantamento das normas que norteiam o desenvolvimento do pro-cesso em análise;
• desenho dos fluxogramas atuais.
6.3.1 Identificação do Problema:
A Equipe “d”, em conjunto com os colaboradores, identificará os pro-blemas que afetam o processo de trabalho, a partir do questionamento:
• Qual o problema encontrado no dia a dia, na execução do pro-cesso de trabalho em estudo?
Para isso, sugere-se a utilização do Anexo Ferramentas – Técnica de Moderação por Cartelas
EXEMPLO:
Utilizando o processo priorizado no Guia:
• Qual o problema encontrado no dia a dia, na execução do pro-cesso de LICITAÇÃO?
Nesse momento, pode-se optar por fazer as perguntas direcionadas aos sub-processos de trabalho, uma vez que, utilizando a decomposição, pode-se facilitar a análise. Assim, a pergunta poderia ser:
• Qual o problema encontrado no dia a dia, na execução do sub-processo “Cadastramento no SICAF”?
A Equipe “d” deverá registrar todos os problemas e, junto com os co-laboradores, analisar o significado de cada um deles, agrupando-os con-
A Árvore de Soluções consiste na identificação dos principaisproblemas que afetam um determinado processo de trabalho,com o respectivo encaminhamento para sua solução.
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GUIA SIMPLIFICAÇÃO
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forme a similaridade do conteúdo. Pode ser que se observem problemas repetidos e, portanto, deverão permanecer apenas aqueles que o GT julgar pertinente. Podem ainda aparecer problemas dúbios ou que necessitem de maiores esclarecimentos. Neste caso, a equipe “d” poderá proceder aos seguintes questionamentos:
• O que você entende sobre isso?
• O que você está querendo dizer é ...?
• Veja se eu entendi bem!
• Qual a melhor forma de expressarmos tal idéia?
6.3.2 Análise de Causa e Efeito
Todo problema deve ser entendido como sendo o efeito de uma ou várias causas geradoras, portanto, solucionar problemas é atuar nas suas respectivas causas e não nele diretamente.
Então, após a identificação dos problemas deve-se analisá-los de forma a compreender corretamente se são efeitos (problema) ou se são causas geradoras.
Para tanto, pode-se lançar ao GT a seguinte pergunta de esclarecimento:
• Este é o problema ou a origem do problema é algo que vem antes disso acontecer?
Conforme o GT for construindo a compreensão acerca dos problemas expostos, pode-se optar por organizá-los de maneira que se separem os problemas (efeitos), das suas respectivas causas, permitindo, desta maneira, a visualização da cadeia de causas que gera um determinado problema.
6.3.3 Detalhamento das causas dos problemas
Depois de identificados, validados e organizados os problemas e suas respectivas causas, pode ocorrer a necessidade de explorar em maior detalhe algum problema que ficou com nenhuma ou poucas causas identificadas. Para tanto, pode-se lançar algumas perguntas como:
• O que provoca esse problema? ou Qual é causa de sua ocorrência?
É aconselhável que, para cada problema, sejam identificadas soluções de curto, médio e longo prazos, conforme o caso. Tais soluções podem ser consideradas da seguinte forma:
• Correções: ações tomadas para resolver o problema de imediato, são as de curto prazo;
• Ações corretivas: aquelas que têm o objetivo de eliminar a causa do problema. Atuam sobre o fato gerador do problema, de forma a evitar que ele ocorra novamente. Geralmente, são adotadas em médio e/ou em longo prazo;
• Ações preventivas: são ações adotadas com o intuito de eliminar a causa de um potencial problema ou de uma possível situação inde-sejável. Também são adotadas em médio e/ou em longo prazo;
• Ações de encaminhamento: são ações que visam dar andamento à solução de determinado problema que está fora do âmbito de responsabilidade do GT. São, geralmente, ações de articulação e/ou negociação. Podem ser de curto, médio ou longo prazo.
Definidas as soluções, o Facilitador deverá proceder à priorização, perguntando:
• Qual é o problema que deve ser tratado com maior prioridade?
Para isso, podem-se adotar os conceitos básicos da matriz G.U.T (gravidade, urgência e tendência), conforme instruções do item 2.3.1, do capítulo 2 deste Guia.
Priorizados os problemas, prossegue-se com a indicação de responsáveis e definição de prazos para a implementação das soluções, de acordo com
É fundamental também que sejam registrados os pontos fortesdo processo de trabalho, para valorizar e manter o que há de bom.
6.3.4 Análise e Priorização de Solução
Identificadas e validadas as causas dos problemas, repete-se o proces-so de discussão dos colaboradores, em conjunto com a Equipe “d” para descobrir possíveis soluções. Para tanto, pode-se perguntar por exemplo: O que pode ser feito para eliminar a causa do problema? ou O que pode ser feito para minimizar o problema de imediato?
Observe que as soluções estão diretamente relacionadas com as causas do problema. Portanto, a partir da solução das causas, conseqüentemente, estar-se-á atuando no próprio problema.
Na solução de problemas, a tendência é de se ficar muito focado nos problemasem si e não se vislumbrar soluções. É necessário que o Facilitador
estimule o debate sobre as soluções, evitando as explicações e justificativas.
60 61
GUIA SIMPLIFICAÇÃO
a ordem de priorização, de forma que, ao final, esteja pronta a Árvore de Solução.
Concluídos esses passos, o resultado poderá ser montado no painel da seguinte forma:
Árvore de Soluções
Causas Problema Soluções Responsáveis Prazo ResultadosEsperados
Observe que, nem sempre, o GT terá governabilidade para atuar na imple-mentação das soluções sugeridas, porém, há que se considerar que, na maioria das vezes, é possível a adoção de medidas que, pelo menos, amenizem os impactos do problema no dia a dia. Além do que, mesmo que o GT não possa implementar ação de solução, deve-se definir uma ação de encaminhamento da solução, tendo em vista que o problema deve ser resolvido e os responsáveis pela solução devem ser informados disso, pois, muitas vezes, eles podem, até mesmo, desconhecer a ocorrência de tais problemas.
6.4 Conclusão da etapa
Os resultados obtidos nesta etapa são registrados em forma de um cro-nograma de encaminhamento (ver Anexo de Formulários), que deverá ser compartilhado com todos os interessados, cabendo à Equipe “d” a tomada dessas providências e a articulação com outros envolvidos nas soluções dos problemas.
Finalizada esta etapa, dar-se-á início à etapa de Modelagem do Processo, na qual serão discutidos e analisados todos os resultados alcançados até agora. É a fase onde se promovem as melhorias do processo em estudo.
7 Modelagem doProcesso
Simplificação Administrativa
Planejam
ento
daSimplificação
Mapeamento
doProcesso
AnáliseeMelhoria
doProcesso
Implem
entação
daMelhorias
Pré-requisitos daSimplificaçãoAdministrativa
Mapeamento doProcesso
Levantamentodas Atividadese Normas
Árvore deSoluções
Proposta deSimplificação
Implementaçãodas Melhorias
Fim
Análise e Melhoriado Processo
Elaboraçãodo Plano deTrabalho
Identificação dosElementos deIteração doProcesso
Modelagem doProcesso
Implementaçãodo NovoProcesso
Desenho dosFluxogramas
Atuais
Sistema deMedição deDesempenho
Painel de Bordo
- Ferramenta: Técnica de Moderação por Cartelas e Fluxograma- Formulário: Diagrama de Interação do Processo- Resultado: Novo Desenho do Processo
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GUIA SIMPLIFICAÇÃO
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7. MODELAGEM DO PROCESSO
7.1 Macro Visão da EtapaEntradas Processo EntradasSaídas
Identificar ascondições deRealização dosSub-processos
Fazer Análise deCoesão e
Acoplamento
Fazer Análise doCliclo PDCA
Fim
Desenhar oNovo Processo
� Formuláriode Identificação dosElementos de Interaçãodo Processopreenchidos ;
: Fluxogramasatuais desenhados
;
Cronogramade Encaminhamentos
;
Resultado daavaliação da Aplicaçãodos Indicadores
E1-MDP:
(S1-IEI)
E2-MDP
(S1-DFA)
E3-MDP:
(S1-ARS)
E4:
(S3-SMD).
�
�
�
�
�
S1-MDP:
(E1-SMD)
S2-MDP:
(E2-SDM)
Diagrama deInteração do ProcessoDesenhado ;
Desenho do NovoProcesso, incluindo o cicloPDCA; ;
Legenda:
1 - Enº: entrada, número da entrada;2 - MDP: Modelagem do Processo;3 - IEI: Identificação dos Elementos de Interação do Processo;4 - DFA: Desenho dos Fluxogramas Atuais; 5 - ARS: Árvore de Soluções;6 - SMD: Sistema de Medição de Desempenho;7 - Snº: saída, número da saída.
7.2 O que é a modelagem?
A modelagem possibilita a visualização integral do processo em estudo.
7.3 Como fazer a Modelagem?
Após a realização da etapa de elaboração da Árvore de Soluções, a equipe “d” tem condições de identificar diversas causas geradoras de problemas acerca do processo de trabalho.
Todas essas causas serão objetos de análise que subsidiarão o desen-volvimento das tarefas desta etapa, que deverá ser executada junto ao
GT, podendo, para isso, ser utilizada a Técnica de Moderação por Carte-las (ver Anexo de Ferramentas do Guia). Assim, a etapa de Modelagem compreende:
I - Identificação das Condições para Realização dos Sub-Processos
a) definição da finalidade dos sub-processos;
b) identificação das principais necessidades dos clientes; e
c) identificação dos recursos necessários a cada sub-processo (pro-fissionais, máquinas, softwares, etc.).
II - Análise e Melhoria dos Sub-Processos
a) análise de coesão e acoplamento; e
b) análise do ciclo PDCA.
III - Desenho do Novo Processo
7.3.1 Identificação das Condições para Realização dos Sub-Processos
7.3.1.1 Definição da Finalidade dos Sub-processos
Consiste em se definir, de forma descritiva e sucinta, qual é o objetivo de cada um dos sub-processos de trabalho.
EXEMPLO: A partir do exemplo utilizado no Guia, a finalidade do sub-processo “Cadastramento no SICAF” poderia ser:
A partir dessa constatação, avalia-se a real importância do sub-processo, podendo-se verificar se ele é necessário ou não ao órgão. Caso o processo seja finalístico, deve-se verificar se está alinhado com as estratégias insti-tucionais.
7.3.1.2 Identificação das Principais Necessidades dos Clientes
Um processo de trabalho, para atender a sua finalidade, deve gerar um resultado que satisfaça o seu cliente. Assim, é importante que se faça um levantamento dos resultados que são esperados pelos clientes com a execução do processo.
É o momento de examinar os diversos aspectos do processo detrabalho de maneira que possibilite a implementação de melhorias.
Finalidade:
Manter cadastro de fornecedores passíveis de participação nos processos licitatórios.
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GUIA SIMPLIFICAÇÃO
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7.3.1.3 Identificação dos Recursos Necessários aos Sub-Processos
Para a plena execução do processo de trabalho, é necessário o aten-dimento a determinadas condições, que podem ser definidas como os recursos necessários ao desenvolvimento do processo.
Esses recursos podem ser categorizados da seguinte forma:
• Competências: são os conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias aos profissionais para a execução do sub-processo;
• Tecnológicos: dizem respeito ao elemento da informática que serve de suporte ao desenvolvimento do processo. São eles equipamentos, software e outras tecnologias da informação;
• Materiais: estão relacionados à infra-estrutura básica, sistema de insta-lações, equipamentos e serviços necessários para a operação do órgão, tais como: ambiente de trabalho, local para armazenamento, telefone, fax, equipamento de limpeza, etc.; e
• Informacionais: são os relativos a informações, documentos, manuais, normas, etc.
Pode ocorrer de, durante esse levantamento, se observar que faltam ou que sobram recursos. Logo, é necessário que se proceda à análise de ade-quação desses mecanismos, de forma que se registrem as condições ideais para o trabalho.
A partir dos resultados dessas análises realizadas, a Equipe “d” deverá pro-ceder à consolidação de todas informações mediante o desenho dos Diagramas de Interação do Processo (ver Anexo de Ferramentas do Guia).
O Diagrama de Interação facilita a implementação das melhorias, pois ele engloba todas as informações acerca dos sub-processos de forma clara e concisa, o que possibilita a rápida recuperação e a pronta atualização das informações.
O preenchimento dos Diagramas de Interação do Processo de LICITAÇÃO contemplaria um diagrama para cada sub-processo identificado. Utilizando o exemplo do sub-processo “Cadastramento no SICAF”, um dos diagramas poderia ser o seguinte:
Dessa forma, sugere-se que o GT responda a seguinte pergunta:
• Quais são as necessidades dos clientes referentes ao sub-pro-cesso de trabalho?
No caso do exemplo do Guia:
• Quais as necessidades dos clientes referentes ao sub-processo “Cadastramento no SICAF”?
Uma vez identificadas tais necessidades, a Equipe ”d” poderá fazer o registro das informações da seguinte maneira:
Necessidades dos Clientes
Automatização do processo
Rapidez no cadastramento
Confiabilidade na atualização dos dados
Acesso, via internet, para acompanhamento do processo.
Então, para o exemplo dado, o registro poderia ficar da seguinte forma:
Recursos Necessários:
3 técnicos de cadastramento;
3 micro computadores;
sistema de protocolo;
sistema de cadastro;
acesso à Internet;
acesso sistema de publicação on-line da Imprensa Nacional;
mesas e cadeiras;
manual do usuário do SICAF;
modelo dos formulários de “Dados Cadastrais do Fornecedor”e “Dados Cadastrais do Representante”;
legislação aplicável.
Finalidade:
- Manter cadastro de fornecedores passíveis de participação nos processos licitatórios- Efetuar habilitação parcial, antecipada, dos fornecedores passíveis de participaçãonos processo licitatórios.- Incluir linha de fornecimento no cadastro dos fornecedores, para fins de licitação.
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GUIA SIMPLIFICAÇÃO
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Entradas Sub-Processo EntradasSaídas
CADASTRAMENTONO SICAF
Necessidades do Cliente Recursos Saídas
•
•
•
•
Automatização doprocesso;Rapidez nocadastramento;Confiabilidade naatualização dos dados;Acesso, via internet,para acompanhamentodo processo;
• 3 Técnicos de cadastramento;• 3 micro computadores;• sistema de protocolo;• sistema de cadastro;• acesso à Internet;• acesso sistema de publicaçãoon-line da Imprensa Nacional;• mesas e cadeiras;• manual do usuário do SICAF;• modelo dos formulários de“Dados Cadastrais doFornecedor” e “Dados Cadastraisdo Representante”;• legislação aplicável.
• Este campo será preenchidoquando da Análise do PDCA(item 7.3.2.2, deste capítulo)
Os Diagramas de Interação do Processo, auxiliarão na construção da propo-sição de melhorias, que será representada no Desenho do Novo Processo.
7.3.2 Análise e Melhoria dos Sub-Processos
A análise de melhoria consiste em verificar as possibilidades de refor-mulação do sub-processo, de modo que se produza o máximo de resultado ao menor custo possível.
A Equipe “d” deverá apoiar-se nas informações obtidas quando da análise das condições de realização do sub-processo, para então examinar o seu fluxo.
Para isso, serão utilizados os “Desenhos dos Fluxogramas Atuais”, que serão analisados conforme o que se segue:
7.3.2.1 Análise de Coesão e Acoplamento
A análise dos sub-processos, visando a melhorias, requer o tratamento adequado das atividades à luz de dois conceitos: coesão e acoplamento.
Coesão significa interdependência entre atividades, sendo que uma não é executada, em hipótese alguma, sem a ligação com a outra. Percebe-se a coesão claramente quando, na mudança de algum aspecto relacionado com a execução de uma atividade, ocorre um impacto grande em outra atividade.
Para essa análise, a Equipe “d” deverá, a partir dos Fluxogramas Atuais, observar o seguinte:
• a incidência de atividades de vai-e-volta;
• existência de sobreposições ou omissões de atividades; e
• a ausência ou irregularidade na seqüência das atividades.
Acoplamento significa interdependência entre agrupamentos de ativida-des, ou seja, entre sub-processos de trabalho. O baixo grau de acoplamento entre sub-processos vai permitir que sejam feitas alterações em um deles, ocorrendo pouco, ou nenhum, impacto sobre o outro. A fronteira entre sub-processos com baixo grau de acoplamento é perfeitamente identificada e visualizada, facilitando a distribuição de responsabilidades e cargas de trabalho, além de permitir um controle e uma gestão mais precisos.
Na análise do acoplamento, deve-se observar o seguinte:
• a existência de muita dependência de um sub-processo em relação a outro;
• a existência de sobreposições ou omissões de sub-processos; e
• a ausência ou irregularidade nas interações entre sub-processos,
Apesar de o grau de acoplamento dever ser minimizado, ele não deve ser nulo, pois deve haver um mínimo de interação entre os sub-processos, o que é observado a partir das interfaces entre eles (as saídas de um sub-processo serão as entradas de outro, o sub-processo seguinte, conforme a ordem lógica de ação).
O resultado da análise da coesão e do acoplamento será registrado no Desenho do Novo processo, uma vez que será a expressão das melhorias das atividades desenvolvidas para a consecução dos resultados do processo como um todo.
Tão importante quanto essa analise é a verificação da agregação de valor que cada atividade e sub-processo é capaz de gerar. Portanto, de
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GUIA SIMPLIFICAÇÃO
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7.3.2.2 Análise do Ciclo PDCA
Durante a análise dos fluxogramas dos sub-processos, a Equipe “d” deve estar atenta ao cumprimento do ciclo PDCA (Planejamento-Desenvolvimen-to-Controle-Ação Corretiva), que deve estar presente em qualquer processo de trabalho, onde:
• Planejamento: atividades de planejamento do trabalho a ser realizado, ou seja, planejamento das atividades desenvolvidas no sub-processo;
• Desenvolvimento: atividades de execução são as que realizam o trabalho planejado, ou seja, de realização do sub-processo;
• Controle: atividades de medição, de avaliação e acompanhamento do trabalho que foi executado, ou seja, do sub-processo; de forma a identificar a diferença entre o que foi realizado e o que foi plane-jado. Especial atenção deve ser dada aos Pontos de Controle que são aqueles que geram regras ou restrições quanto à execução do processo de trabalho. Eles podem ser:
- Temporais: data de retorno, prazo de entrega, tempo de espera, período para realização do serviço, etc.;
- Numéricos: índice de reclamação, grau de satisfação do cliente, etc.;
- De Ação: controle da qualidade, verificação automática pelo sistema, verificação pelo usuário, buscas automáticas, etc.
Utilizando o exemplo do sub-processo Cadastramento no SICAF, os Pontos de Controle poderiam ser os seguintes:
posse da análise das condições de realização do sub-processo e da coesão e acoplamento, torna-se possível visualizar com mais clareza a possibilidade de eliminação de alguma atividade ou sub-processo que, eventualmente, não agregue valor ao produto/serviço gerado.
A melhoria do novo processo requer a máxima coesãoentre as atividades e o mínimo acoplamento entre os sub-processos.
Pontos de Controle
Tempo de espera para cadastramento;
Prazo para publicação;
Índice de Retrabalho (dados cadastrados errados);
Verificação, pelo usuário, dos dados cadastrados;
Controle da perfeição dos dados digitados;
Qualidade da informação gerada.
Os pontos de controle identificados aqui deverão servir de subsídio para orientar a construção dos indicadores que serão objeto da próxima etapa - Sistema de Medição de Desempenho do sub-processo.
• Ação Corretiva: agir corretivamente sobre a diferença identificada. Tal atuação pode ser sobre o que foi feito (retrabalho, reparo, ajuste, etc.) ou sobre o que foi planejado.
Diante da constatação da ausência ou da insuficiência das ações do ciclo PDCA, a Equipe “d” deve propor a sua inclusão e/ou melhoramento nos sub-processos. Dessa forma, o ciclo PDCA será parte integrante do sub-processo e, portanto, também deverá ser representado no Desenho dos Novos fluxogramas.
7.3.3 Desenho do Novo processo
De posse dos Diagramas de Interação do Processo e das análises de Co-esão e Acoplamento e do Ciclo PDCA, o GT terá os elementos necessários à construção da proposição de melhorias dos sub-processos de trabalho, que serão retratadas no Desenho do Novo Processo.
Ao iniciar o Desenho do Novo processo, a Equipe “d” deverá ter emmente que o fluxo que será desenhado, representará a forma como
o processo passará a funcionar a partir das melhorias propostas.
Após desenhar todos os fluxogramas referentes ao Novo processo, a equipe “d” terá em mãos uma sugestão de melhoria que deverá ser sub-metida à validação pelas áreas pertinentes.
Durante a validação, deve-se considerar:
• sugestões passíveis de implementação imediata;
• sugestões que, para sua implementação, é necessária articulação/ne-gociação com outros agentes institucionais;
• sugestões que dependem de suporte da Tecnologia da Informação;
• sugestões infactíveis.
Após tal validação, deverá ser feita à revisão dos desenhos apresentados, com base nas sugestões/observações do GT, podendo ser gerados desenhos alternativos, para a implementação das melhorias.
Nesse caso, poderão surgir duas alternativas de desenhos:
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GUIA SIMPLIFICAÇÃO
• Fluxo ideal: é o melhor resultado alcançado pela equipe para a exe-cução do novo sub-processo, mas depende de fatores que impedem sua implementação imediata.
• Fluxo implementável: é o desenho que considera parte das melhorias recomendadas pelo desenho ideal, e que tornam possível a implemen-tação imediata da nova forma de funcionamento do sub-processo.
7.4 Conclusão da Etapa
O resultado desta etapa é o desenho do Diagrama de Interação do Processo e o Desenho do Novo Processo de trabalho, com as propostas de melhoria.
Com esses desenhos prontos, inicia-se a etapa de definição do Sistema de Medição de Desempenho.
8 Sistema de Mediçãode Desempenho
Simplificação Administrativa
Planejam
ento
daSimplificação
Mapeamento
doProcesso
AnáliseeMelhoria
doProcesso
Implem
entação
daMelhorias
Pré-requisitos daSimplificaçãoAdministrativa
Mapeamento doProcesso
Levantamentodas Atividadese Normas
Árvore deSoluções
Proposta deSimplificação
Implementaçãodas Melhorias
Fim
Análise e Melhoriado Processo
Elaboraçãodo Plano deTrabalho
Identificação dosElementos deIteração doProcesso
Modelagem doProcesso
Implementaçãodo NovoProcesso
Desenho dosFluxogramas
Atuais
Sistema deMedição deDesempenho
Painel de Bordo- Formulário: Cadastro de Indicadores- Resultado: Sistemática de medição e Indicadores formulados
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GUIA SIMPLIFICAÇÃO
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8 SISTEMA DE MEDIÇÃO DE DESEMPENHO
8.1 Macro Visão da Etapa
Entradas Processo EntradasSaídas
ConstruirIndicadores
AplicarIndicadores
AvaliarResultados
Fim
AperfeiçoarProcessos
AjustarIndicador
Legenda:
1 - Enº: Entrada, número da entrada;2 - SMD: Sistema de Medição de Desempenho;3 - MDP: Modelagem do Processo; 4 - Snº: Saída, número da saída.
8.2 O que é o Sistema de Medição de Desempenho
Para a formulação dos indicadores, deverão ser considerados os pontos de controle delineados, conforme a análise do ciclo PDCA na Modelagem do Pro-cesso, que estejam relacionados com a eficiência e a eficácia do sub-processo.
Eficiência se define como a capacidade de empregar da melhor maneira a relação entre os meios disponíveis para obtenção do efeito que se deseja.
Está relacionada com os recursos utilizados no sub-processo.
Eficácia se define como a capacidade de obter o efeito que se deseja (os meios não são considerados). Está relacionada com ao resultado gerado pelo sub-processo.
Exemplos de indicadores:
1 – Indicador de eficácia do sub-processo “Cadastramento no SICAF” = quantidade de fornecedores com cadastros válidos para participar de licitação em relação ao total de fornecedores cadastrados.
2 – Indicador de eficiência do sub-processo “Cadastramento no SICAF” = total de fornecedores cadastrados por mês.
É necessário associar o indicador a uma faixa de aceitação. A faixa de aceitação baliza a aceitação dos resultados obtidos com a aplicação do in-dicador. Valores obtidos que estão dentro da faixa são aceitáveis, enquanto valores fora da faixa indicam que é necessário investigar as condições que redundaram no resultado.
Exemplos de faixas de aceitação para os indicadores:
1 – Faixa de Aceitação do Indicador de eficácia do sub-processo “Cadastramento no SICAF” – entre 60 e 80 % de fornecedores com cadastros válidos.
2 – Faixa de Aceitação do Indicador de eficiência do sub-pro-cesso “Cadastramento no SICAF” – entre 20 e 40 fornecedores cadastrados por mês.
8.3 Como Implementar o Sistema de Medição de Desempenho?
O Sistema de Medição de Desempenho é realizado em três etapas: Construção, Aplicação e Avaliação.
8.3.1 Construção do Sistema de Medição de Desempenho
Na Construção, serão formulados os indicadores de cada sub-processo e os responsáveis por sua medição e acompanhamento.
Para a construção de cada indicador, as seguintes informações devem ser registradas:
É a denominação que se dá à atividade sistemática e contínuade medir e avaliar a eficiência e a eficácia dos processos,por meio da aplicação de indicadores previamente formulados.
Indicadores são definidos e escritos com o uso da linguagem matemáticae servem de parâmetros de referência para medir a eficiência e a eficáciados sub-processos
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GUIA SIMPLIFICAÇÃO
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• Nome do sub-processo;
• Qual a área a que pertence o sub-processo;
• Quem será o responsável pela definição dos indicadores;
• Nome do Indicador;
• Unidade de Medida do Indicador;
• Tipo do Indicador - se ele mede a eficiência ou a eficácia;
• Descrição do Indicador – descrição sucinta do que o indicador mede ou demonstra;
• Fórmula de Cálculo – detalhamento da fórmula de cálculo, com descrição dos seus elementos constituintes e respectivas unidades de medida, inclusive se algum elemento for outra fórmula, descrevê-la por completo;
• Origem dos Componentes da Fórmula de Cálculo – indicação da fonte de onde será retida a informação para cada elemento da fórmula;
• Faixa de Aceitação – definição da faixa de aceitação do indicador (limites inferior e superior da faixa);
• Interpretações Possíveis – descrição de como interpretar os valores obti-dos pela aplicação do indicador (colocar exemplos quando possível);
• Periodicidade de Aplicação – definição da periodicidade de aplicação do indicador ( semanal, quinzenal, mensal, etc).
Cadastro de Indicadores
Nome do Sub-processoCadastramento no SICAF
Área ResponsávelDepartamento de Compras
Nome do ResponsávelGerente de Compras
Nome do IndicadorCadastros de fornecedores
válidos
Unidade de MedidaPercentual de cadastros
válidos
TipoEficácia
Versão(dd/mm/aaaa)22/02/2005
Descrição do Indicador
Mede a quantidade defornecedores com cadastrosválidos para participarem delicitação.
Fórmula de Cálculo
QCV =
TCF =
quantidade decadastros válidos
total de cadastros defornecedores
QCVTCF
Origem dos componentesda fórmula de cálculo
Sistema de Cadastro deFornecedores - SICAF
Interpretações Possíveis
Valores até 60% indicam que se está em uma faixa de risco,pois pode inviabilizar futuros processos licitatórios.
• O número de cadastros válidos pode ser insuficiente paraa abertura de um certame.
Valores entre 60 e 80 % indicam que se está em uma faixaaceitável
• O número de cadastros válidos é suficiente para aberturade certame
Valores acima de 80% indicam aumento de eficáciado processo.
• Quanto maior o número, mais eficaz é o processo.
Faixa de Aceitação
Valores maiores ou iguais a60% e menores ou iguaisa 80%.
Periodicidade de Aplicação
Antes do lançamento de cada edital.
Periodicidade de Avaliação
Após a realização de 10 editais.
O instrumento de apoio a ser utilizado será o formulário Cadastro de Indicadores, disposto no anexo de Formulários.
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GUIA SIMPLIFICAÇÃO
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8.3.3 Avaliação do Sistema de Medição de Desempenho
As constantes transformações nos ambientes organizacionais, associadas à aplicação sistemática e contínua dos indicadores, auxiliam na criação de um quadro amplo sobre a evolução do sub-processo em termos de efici-ência e eficácia. Esse quadro só é possível de se obter após certo período de tempo, quando já existe algum histórico de resultados.
O histórico de resultados obtidos é então avaliado, subsidiando ações de aperfeiçoamento do próprio sub-processo, ou de ajuste nos indicadores (ca-libragem). Na avaliação, os executores dos sub-processos devem buscar:
• Observar a tendência dos resultados: indica a evolução temporal do que tem acontecido no período considerado;
• Comparar com alguma referência externa: permite estabelecer a posição em relação ao ambiente externo representado pelo benchmark, pela concorrência, se for o caso, ou outra fonte suficientemente confiável de referência, em relação a algum processo ou sub-processo similiar
Aperfeiçoar o processo sub-processo significa redesenhá-lo, implementan-do melhorias que foram percebidas como resultado do monitoramento. Assim, poderá orientar um novo ciclo de aplicação do Guia de Simplificação.
A calibragem consiste em ajustar a faixa de aceitação dos indicadores, alargando ou reduzindo o intervalo contido entre o limite superior e o inferior (i.e. significa ajustar a tolerância dos resultados), uma vez que estes poderiam estar muito rigorosos ou benevolentes. Diversos fatores intrínsecos aos processos podem justificar a calibragem, como a melhoria ou a piora da eficiência ou da eficácia do processo (ou sub-processo) e condições sazonais (férias de servido-res, picos não previstos de carga de trabalho, entre outras), por exemplo.
Constituir um histórico de resultados é fundamental para “aprender” com a aplicação dos indicadores. Sendo assim, não é recomendável pro-mover ajustes nos limites de aceitação em intervalos curtos de tempo.
8.3.2 Aplicação do Sistema de Medição de Desempenho
O acompanhamento dos indicadores deve se constituir numa atividade regular, estando inserida no contexto dos sub-processos. Portanto, o prin-cipal responsável por realizar essa atividade é o próprio responsável pela execução do sub-processo.
Quando a medição aponta para problemas (necessidades ou dificuldades), torna-se necessário tecer consideração acerca do resultado obtido, para tanto, é necessário investigar as causas, analisar conseqüências e apresentar propostas para que ações de ajuste/correção sejam desencadeadas no curto prazo.
As seguintes informações devem ser registradas em cada ocorrência de aplicação do indicador:
• Data da aplicação;
• Resultado obtido – indicação do valor obtido em relação à faixa de aceitação;
• Considerações acerca do resultado obtido – categorização do problema (condições internas ou externas) e descrição sucinta das causas, conse-qüências e proposições.
A ferramenta de apoio para o registro de ocorrência de aplicação do indicador é o formulário Aplicação de Indicadores, disposto no Anexo Formulário do Guia e deve ser preenchido como no exemplo abaixo.
Formulário Aplicação de Indicadores
Nome doSub-processo
Cadastramentono SICAF
Área Responsável
Departamentode Compras
Nome do Responsável
Gerente de Compras
Data da Aplicação
22/05/2005
Resultado
QCV = 45 = 64,29%TCF 70
Considerações
Valor encontrado na faixade aceitação, porém,próximo ao limite inferior.Talvez esteja indicandoque empresas nãomanifestaram grandeinteresse em participardo certame.
O que fazer
Aumentar adivulgação doedital de licitação. A aplicação contínua e sistemática dos indicadores
garante elementos mais consistentes para o aperfeiçoamentodos processos (ou sub-processos) e para a calibragem dos indicadores.
8.4 Conclusão da Etapa
Os resultados desta etapa são:
• Cadastro de Indicadores preenchido;
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GUIA SIMPLIFICAÇÃO
9 Proposta deSimplificação
Simplificação Administrativa
Planejam
ento
daSimplificação
Mapeamento
doProcesso
AnáliseeMelhoria
doProcesso
Implem
entação
daMelhorias
Pré-requisitos daSimplificaçãoAdministrativa
Mapeamento doProcesso
Levantamentodas Atividadese Normas
Árvore deSoluções
Proposta deSimplificação
Implementaçãodas Melhorias
Fim
Análise e Melhoriado Processo
Elaboraçãodo Plano deTrabalho
Identificação dosElementos deIteração doProcesso
Modelagem doProcesso
Implementaçãodo NovoProcesso
Desenho dosFluxogramas
Atuais
Sistema deMedição deDesempenho
Painel de Bordo- Resultados: Proposta de Simplificação validada
• Formulário Aplicação de Indicadores preenchido;
Com o Sistema de Medição de Desempenho definido, encerra-se a fase de Análise e Melhoria do Processo e inicia-se a fase de Implementação das Melhorias, devendo a Equipe “d” iniciar a etapa de elaboração da Proposta de Simplificação.
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GUIA SIMPLIFICAÇÃO
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9. PROPOSTA DE SIMPLIFIÇÃO
9.1 Macro Visão da Etapa
Entradas Processo Entradas
• E1-PRS: Resultadosalcançados com aimplementação dasetapas da Simplificação.
Saídas
• S1-PRS: Proposta deSimplificação elaboradaElaborar Proposta
de Simplificação
Validar Propostacom o GT
Fim
Submeter àAprovação da
Autoridade Competente
Legenda:
1 - Enº: entrada, número da entrada;2 - PRS: Proposta de Simplificação;3 - Snº: saída, número da saída.
9.2 O que é a Proposta de Simplificação?
9.3 Como fazer a Proposta de Simplificação?
A Proposta de Simplificação deve conter argumentos suficientes para justificar as melhorias que se propõem, portanto, além de conter a apresen-tação do Novo Desenho do Processo, deverá ainda apresentar os pontos de melhorias que foram passíveis de implementação ao longo do processo de análise para a simplificação do processo, sugestões de encaminhamento para soluções de curto, médio e longo prazos e benefícios resultantes da implementação do novo processo. Então, uma possível estruturação da proposta poderia ser a seguinte:
• Objetivo: apresenta a finalidade da proposta que é, fundamentalmente, servir como documento de referência para que o novo processo de trabalho seja aprovado pela autoridade competente e implementado pelas áreas envolvidas;
• Novo Desenho do Processo: com base na análise realizada a partir da Modelagem do Processo surgiu a proposta de uma nova forma de reali-zar o processo de trabalho. Neste item, poderão ser apontadas as ações que devem ser incluídas, excluídas e/ou alteradas em sua seqüência de realização; os atores que deverão ou não participar do novo processo, a junção ou desmembramento de sub-processos, inclusão de indicadores para monitoramento e assim por diante;
• Pontos de Melhoria implementados: as melhorias que foram passíveis de implementação imediata e que ocorreram ao longo dos trabalhos de simplificação do processo priorizado devem ser apontadas neste item, utilizando-se, se possível, de dados comparativos (antes e depois da simplificação);
• Sugestões de Melhorias para encaminhamento: as melhorias que ainda não foram implementadas e o porquê, pois o fluxo de trabalho ideal pode depender de fatores que impedem sua implementação imediata. Assim, as melhorias que dependem de suporte da Tecnologia da Informação, de articulação política interna e/ou externa, bem como as condições e pres-supostos necessários para a implementação do novo processo (recursos, decisões, etc.) deverão ser detalhados aqui;
Benefícios da implementação do Novo Desenho do Processo: os dados resultantes da análise feita na etapa de Modelagem dos processos poderão subsidiar a elaboração deste item e serão elementos para os indicadores. Aqui, verificações como: redução de tempo para execução da tarefa, redução de retrabalho, otimização de recursos humanos e tecnológicos e outras vantagens anteriormente observadas pela Equipe “d”, devem ser descritas.
9.4 Conclusão da etapa
Uma vez apresentada e aprovada a implementação do Novo Desenho do Processo pela autoridade competente, a Equipe “d” estará apta a iniciar a Implementação do Novo Desenho do Processo.
É o documento que apresenta a síntese do Novo Desenho doProcesso de trabalho e tem como objetivo sua submissão à apreciaçãoda autoridade competente para que seja aprovada e implementada.
IMPORTANTE: uma redação cuidadosa do texto da proposta auxiliará o leitora ter uma compreensão clara das proposições ora apresentadas.
Se possível, acrescentar dados comparativos que retratem a realidade do antese a evolução do processo a partir da implementação das etapas de simplificação.
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GUIA SIMPLIFICAÇÃO
10 Implementação doNovo ProcessoSimplificação Administrativa
Planejam
ento
daSimplificação
Mapeamento
doProcesso
AnáliseeMelhoria
doProcesso
Implem
entação
daMelhorias
Pré-requisitos daSimplificaçãoAdministrativa
Mapeamento doProcesso
Levantamentodas Atividadese Normas
Árvore deSoluções
Proposta deSimplificação
Implementaçãodas Melhorias
Fim
Análise e Melhoriado Processo
Elaboraçãodo Plano deTrabalho
Identificação dosElementos deIteração doProcesso
Modelagem doProcesso
Implementaçãodo NovoProcesso
Desenho dosFluxogramas
Atuais
Sistema deMedição deDesempenho
Painel de Bordo- Resultado: Manual de Procedimentos elaborado, profissionais treinadose novos processos divulgados
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GUIA SIMPLIFICAÇÃO
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Entradas Processo EntradasSaídas
Elaborar Manual deProcedimento
Treinar osenvolvimentos com
o Processo
Fim
Divulgar o novofuncionamento
do Processo
10. IMPLEMENTAÇÃO DO NOVO PROCESSO
10.1 Macro Visão da Etapa
Legenda:
1 - Enº: entrada, número da entrada;2 - INP: Implementação do novo Processo;3 - MDP: Modelagem do Processo;4 - SMD: Sistema de Medição de Desempenho;5 - Snº: saída, número da saída.
10.2 O que é a Implementação do Novo Processo?
Compreende as ações necessárias para que o novo funcionamentodo processo de trabalho seja introduzido na rotina organizacional.
10.3 Como realizar a Implementação do Novo Processo?
A simplificação administrativa introduz elementos novos no fluxo de trabalho, e, por conseguinte, altera a forma como todos os colaboradores estavam acostumados a desenvolver suas atividades. Portanto, a imple-mentação de um novo processo necessita de um esforço organizado e persistente para alcançar a mudança planejada.
Para tanto, a equipe “d”, juntamente com o grupo de trabalho execu-tor do processo, deverá realizar, pelo menos, três ações que os auxiliarão nesse trabalho. São elas:
• elaboração do Manual de Procedimentos;
• treinamento dos envolvidos no Novo Processo de Trabalho;
• ampla divulgação do novo funcionamento do processo de trabalho e dos benefícios gerados.
10.3.1 Elaboração do Manual de Procedimentos
O Manual de Procedimentos representa a etapa de documentação formaldo processo simplificado e orientará a ação dos envolvidos no processo.Nele, devem estar representados, na forma escrita e gráfica, todos ospassos de execução do processo de trabalho.
O primeiro passo é identificar quantos e quais procedimentos podem ser redigidos a partir dos sub-processos que foram melhorados na etapa de Modelagem do Processo.
Os procedimentos devem conter toda a sistemática de trabalho esta-belecida, de forma que possibilite ao leitor a compreensão acerca do que deve ser feito e do como fazê-lo.
Sendo assim, é necessário que se defina um padrão de documentação, bem como, um controle de versão do que está sendo documentado, de modo a garantir que todas as informações acerca do procedimento estejam disponíveis e acessíveis na versão mais atual.
Nesse procedimento, deve ser definido o corpo padrão dos procedi-mentos do órgão, podendo seguir o seguinte exemplo:
1 - Título do Procedimento: é a designação do procedimento;
2 - Número do Procedimento: pode ser criado um código que identifique a área/setor responsável pelo procedimento e um número seqüencial de controle;
3 - Controle de versão: campo que indica a versão e a data de sua elaboração, bem como o(s) responsável(is) pela elaboração e aprovação do documento. A cada alteração do documento, a versão deve ser atualizada;
4 - Objetivo: deve dizer a que se destina tal procedimento;
5 - Aplicação: informa onde e quando se aplica o procedimento, que áreas/setores devem utilizá-lo e em que circunstâncias;
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GUIA SIMPLIFICAÇÃO
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6 - Responsável: indica que área/setor é responsável por manter o procedimento atualizado e por disseminar o procedimento no órgão, bem como por promover os treinamentos relativos a ele;
7 - Glossário: apresenta as siglas e ou códigos que aparecerão no corpo do documento com seus respectivos significados;
8 - Entradas: informa as entradas/insumos necessárias à execução do procedimento;
9 - Descrição: é a decodificação dos fluxogramas e da modelagem, é onde se escreve passo-a-passo o(s) procedimento(s);
10 - Saídas: informa os resultados gerados com o desenvolvimento do(s) procedimento(s);
11 - Fluxograma: mostra a representação gráfica do(s) procedi-mento(s);
12 - Referências: relaciona os instrumentos de trabalho (formulários, sistemas de informação, normas) que são mencionados no corpo do documento, indicando onde e como encontrá-los;
13 - Anexos: apresenta o modelo dos instrumentos de trabalho (formulários, sistemas de informação) que servem de apoio à execução do(s) sub-processo(s) com suas respectivas instruções de preenchimento.
O Manual deverá conter ainda informações acerca do processo de trabalho como um todo, tais como: as metas a serem alcançadas e as autoridades e responsabilidades dos executores do processo.
10.3.2 Treinamento dos envolvidos no Novo Processo de Trabalho
Consiste em ensinar o novo processo de trabalho aos envolvidos,de acordo com o que está estabelecido no Manual de Procedimentos,de modo a garantir a sua perfeita execução e gestão.
Durante esta etapa, devem ser apresentados o novo desenho do pro-cesso, as novas regras do trabalho definidas no Manual de Procedimentos, bem como os instrumentos que apoiarão as tarefas, tais como: formulários, normas e sistema de medição de desempenho do processo.
Todos aqueles que estão diretamente ligados ao processo de traba-lho simplificado devem participar do treinamento. Às vezes, podem-se
identificar pessoas que, apesar de não apresentarem ligação direta com o processo, necessitem de treinamento quanto à nova dinâmica, em virtude da relação estreita de suas atividades frente ao novo processo.
O treinamento deve ser ministrado com aulas expositivas e partici-pativas. Deve-se montar um programa de aulas que comporte todo o conteúdo do Manual de Procedimentos considerando que tudo isso deve ser transmitido aliado a exercícios práticos.
Após o treinamento, os participantes devem estar aptos a aplicar, na prática diária, os conhecimentos adquiridos e a analisar criticamente o desempenho do processo, de forma que possibilite a sua melhoria con-tínua.
10.3.3 Divulgação do Novo Funcionamento do Processo
Consiste na divulgação da sistemática de funcionamento do Novo Processode Trabalho que fora simplificado e que, agora, necessita ser conhecido pelosdemais colaboradores do Órgão e/ ou pelos cidadãos de forma que garantavisibilidade e disseminação do trabalho desenvolvido.
A Equipe “d” deverá se reunir para definir a estratégia de divulgação e os possíveis canais de comunicação que poderá utilizar para fazer com que o objetivo da ação seja alcançado. Nesse momento, deverá ter em mente alguns aspectos a serem considerados:
• O que divulgar: Deverão ser divulgados os resultados obtidos com a Sim-plificação Administrativa, apresentando o passo-a-passo para a realização do Novo Processo de Trabalho, bem como resultados do tipo: índices de melhoria do processo, novos padrões de qualidade, redução de tempo e recursos utilizados para a realização do processo, diminuição de idas e vindas de documentos, tempo de espera, retrabalho, filas e outros.
• Para quem divulgar: definir qual o público-alvo a ser atingido pela campanha e qual a amplitude da ação, se esta deverá limitar-se aos colaboradores da instituição ou deverá ser extendida ao cidadão;
• Meios para a divulgação: é a verificação das ferramentas e tecnologias que poderão ser utilizadas para tornar pública e acessível à informação. Para o caso de divulgação junto aos colaboradores internos, pode-se realizar seminários;
• Periodicidade: a depender do meio de divulgação escolhido, definir se as informações deverão ser difundidas diariamente, semanalmente, mensal-mente, etc.
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A divulgação, além de cumprir o princípio da transparência, também estimulao surgimento de novas idéias para a simplificação do órgão, as quais devem,
no decorrer do seminário, ser anotada pela equipe “d”.
10.4 Conclusão da etapa
Esta é a etapa final da Simplificação Administrativa e encerra a primeira rodada de melhoria dos processos. Uma vez melhorados os processos, pode-se gerar outras demandas de Simplificação, as quais deverão ser planejadas e implementadas em novos ciclos de aplicação das etapas do Guia.
• Qualidade da informação: observar para que a informação a ser divul-gada, obedeça a requisitos como: ser precisa, completa, econômica, flexível, confiável, relevante, simples, em tempo e verificável.
Somente a divulgação em si, não garante o acesso. A Equipe “d” terá o desafio de definir uma estratégia de divulgação que desperte em seu público alvo o estímulo para que acessem as informações que serão transmitidas.
Para motivar o acesso à informação, a Equipe “d” deverá trabalhar com “chamadas” que despertem a curiosidade do público-alvo e que possibilite identificarem no Novo Processo, benefícios concretos para a melhoria de seu trabalho e de sua vida, quebrando as barreiras que os impedem de conhecer e se apropriarem do novo.
11 Glossário1 - Ação: O que é feito por cada ator.
2 - Área de TI: compreende todos os setores e subprocessos de trabalho inerentes a esta unidade administrativa.
3 - Atividade Gerencial: É aquela que envolve comando e aferição de resultados.
4 - Atividade Operacional: É aquela que envolve ações pré-progra-madas e que fera produtos palpáveis.
5 - Atores: Quem executa alguma ação no sub-processo.
6 - Atuação integrada: consiste na articulação e envolvimento das diversas áreas na tentativa de inovar a gestão e colocar em prática as teorias gerenciais, possibilitando a realização de propostas e ideais ainda não implementadas na solução de problemas que dificultam o andamento dos trabalhos.
7 - Benchmarking: é um processo contínuo de medição de produtos, serviços e práticas (processos), em relação aos concorrentes mais competitivos, ou às empresas reconhecidas como líderes.
8 - Brainstorming: é uma técnica de criatividade em grupo, na qual se busca a geração de idéias que isoladamente ou associadas, estimulem novas idéias e subsídios direcionados à solução de um problema.
9 - Checklist: são simples e poderosas ferramentas para listar, relacio-nar, comparar, verificar ou lembrar fatores importantes relativos às atividades.
10 - Ciclo PDCA: é uma ferramenta que busca a lógica para fazer certo desde a primeira vez, e cuja as iniciais são P – Plan (planejar), D – Do (fazer), C – Control (controlar) e A – Action (atuar correti-vamente).
11 - Diagrama de interação do Processo: é uma ferramenta de identificação e de visualização dos elementos essenciais dos sub-processos de trabalho (fornecedor, entrada/insumo, saída/produto
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e cliente), que foram formados a partir das atividades levantadas e agrupadas.
12 - Efetividade: atividade real, resultado verdadeiro.
13 - Metaplan: É o nome registrado de uma empresa alemã, que desenvolveu em meados dos anos 70 integração entre as técnicas de visualização e moderação em um conjunto de procedimentos para o trabalho participativo em grupo, que vem tendo desde então tendo aceitação cada vez maior tanto no setor público como junto à iniciativa privada.
14 - Modelagem do Processo: é a observação de todo o fluxo do processo na organização.
15 - Norma NBR ISO-9000: norma que apresenta padrões mundiais de qualidade.
16 - Ontologia da Linguagem: Estudo da linguagem humana para uma reflexão a respeito do sentido abrangente do ser, como aqui-lo que torna possível as múltiplas existências [Opõe-se à tradição metafísica que, em sua orientação teológica, teria transformado o ser em geral num mero ente com atributos divinos.]
17 - Organização: grupo de instalações e pessoas com conjunto de responsabilidades, autoridades e relações.
18 - Ponto de controle: são aqueles que geram regras ou restrições quanto à execução do processo de trabalho.
19 - Processo: conjunto de atividades inter-relacionadas que trans-formam insumos (entradas) em produtos (saídas).
20 - Rastreabilidade da informação: capacidade de recuperar o histórico, a aplicação ou localização daquilo que esta sendo considerado.
21 - Retrabalho: ação implementada sobre um produto não-con-forme, a fim de transformá-lo conforme os requisitos estabele-cidos.
22 - Satisfação do Cliente: percepção do cliente do grau no qual os seus requisitos foram atendidos.
23 - SICAF: Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores
é um sistema automatizado de informações através do qual os fornecedores se cadastram gratuitamente, com a finalidade de fornecer materiais ou prestar serviços para os órgãos da Admi-nistração Pública Federal Direta, Autarquias e Fundações. Este cadastro possui validade em todo o território nacional.
24 - Sistema de monitoramento: qualquer entidade (processo, produto, equipamento, pessoa, grupo, organização ou outros) que seja objeto de nossa observação.
25 - Subprocesso: subdivisões dos processos.
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GUIA SIMPLIFICAÇÃO
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1. TÉCNICA DE MODERAÇÃO POR CARTELAS
1.1 O que é a Técnica?
O uso desta técnica pode:
• estimular a participação e a integração do grupo;
• favorecer a liberdade de expressão;
• agilizar o levantamento de opiniões;
• reduzir a repetição de debates sobre temas já acordados e concluídos;
• assegurar os materiais necessários à documentação, mantendo-se a fidelidade ao resultado apresentado.
1.2 Condições para a aplicação da Técnica
Para a aplicação da técnica, é importante que a equipe “d” do Órgão atente para alguns aspectos, como: definição do Facilitador; preparação das reuniões de trabalho; preparação do material necessário à moderação; e as regras de escrita.
1.2.1 Papel do Facilitador
É importante a definição de uma pessoa que atuará como facilitador. Este atuará como catalisador das diversas idéias que poderão emergir do Grupo durante as reuniões de trabalho. É importante que possua visão sistêmica do que vai ser simplificado e que tenha legitimidade perante a organização.
A postura do Facilitador, frente ao Grupo, é de fundamental importân-cia. Sua atuação visa proporcionar o debate participativo na medida em que busca estimular os participantes a contribuírem com informações e experiências acerca do tema tratado.
Dessa maneira, o Facilitador deverá estabelecer um espaço de respeito e confiança, para que todos os participantes se sintam incluídos no pro-cesso, expondo bem suas idéias e ouvindo, com esmero, as colaborações do Grupo.
O Facilitador, portanto, deverá estar sempre receptivo às idéias apresen-tadas e, atento ao comportamento do GT. Todas as idéias são importantes e devem ser respeitadas. Não cabe ao Facilitador fazer críticas e, sim, pos-sibilitar a reflexão sobre sua validade. Uma postura equilibrada fará com que o Facilitador não se precipite frente a situações de negativa.
Dessa forma, ele possibilitará a estabilização de um espaço emocional que propicie a criatividade e a abertura par o novo, além de aumentar a autoconfiança do Grupo e a credibilidade nos trabalhos.
1.2.2 Preparação das reuniões de trabalho
A equipe “d” do Órgão deverá preparar as reuniões de trabalho, pro-videnciando o ambiente físico e os materiais necessários à consecução de cada uma das etapas de Simplificação Administrativa.
Algumas providências para preparação das reuniões de trabalho deverão ser tomadas pela equipe “d”, tais como:
• montar a agenda de trabalho com dia, hora, duração do(s) encontro(s);
• confirmar a participação de cada um dos envolvidos, via telefone ou pessoalmente, de forma a garantir o sucesso dos encontros.
• reservar o local, observando: número de participantes e topografia da sala (lay out). Sugere-se a disposição das mesas ou carteiras em formato de “u”;
• providenciar os recursos áudios-visuais necessários (cartelas coloridas, pincéis atômicos, painel, papel, canetas, alfinetes, computador, data-show e apresentação em power-point sobre a etapa a ser trabalhada e a técnica a ser adotada para realizar o trabalho);
• divulgar a agenda aos participantes; e
• designar um dos membros da equipe “d”, para ser o facilitador da reunião.
A Técnica de Moderação por Cartelas é uma metodologia utilizadapara condução de trabalhos em grupo. Tem como objetivo tornar maisparticipativos e eficientes os processos de discussão e de construçãoconjunta do conhecimento.
Durante o processo de mudança, o Facilitador tem o papel fundamental deestimular os participantes à abertura para o novo, propiciando um espaço
de aprendizagem e de confiança para a construção de uma nova realidade.
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GUIA SIMPLIFICAÇÃO
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As cartelas utilizadas no processo de moderação têm variadas cores e formatos. Cores fortes são usadas para registro de títulos, tons pastéis para registro das perguntas e respostas. É indicado o uso de, no máximo, três cores de cartelas por painel, evitando torná-lo visualmente confuso.
Os formatos das cartelas podem ser:
As retangulares são utilizadas para o registro das respostas e, se unidas e coladas, podem se transformar em tiras compridas para o registro de títulos e perguntas.
As redondas servem para numerar, destacar ou priorizar algo no painel como também, para registro de títulos curtos.
As cartelas de formato ovalada e hexagonal servem para distinguir tra-balhos elaborados em subgrupos daqueles elaborados pelo grande grupo, ou para qualquer outra diferenciação que se queira estabelecer.
1.2.4 Regras de Escrita
Ao registrar suas idéias nas cartelas, o GT deverá ser orientado a seguir as seguintes regras de escrita:
1.3 Aplicação da Técnica
É fundamental que o Facilitador faça o planejamento da reunião, con-siderando os seguintes aspectos:
• retangular • ovalado; e
• redondo • hexagonal
• Escrever de forma legível, de preferênciacom letra de forma • Evitar o uso de palavras soltas
• Utilizar no máximo 4 linhas por cartela • Vale o que está escrito
• Escrever só uma idéia por cartela • Erros gramaticais não serão corrigidos,nem criticados.
• as perguntas que serão feitas ao GT • os formatos e cores das cartelas que irá utilizar;
• os resultados a serem alcançados • a melhor forma de distribuí-las no painel; e
• a forma como explicitará os objetivos dareunião e a forma de condução do trabalho
• as informações que deverá transmitir ao Grupo,como: regras de escrita, objetivo da reunião,forma de trabalho em grupo ou subgrupos e outras.
O Facilitador poderá estabelecer com o grupo algumas regras de condu-ta, para o bom andamento dos trabalhos. Ele poderá solicitar ao GT que:
• respeite o horário de início e término das reuniões;
• não fume no local da reunião;
• mantenha os celulares desligados;
• durante a exposição das idéias, uma pessoa fala de cada vez; e
• respeite todas as idéias apresentadas.
É possível que ocorram situações em que pessoas mais comunicativas, por algum momento, dominem o debate. Esse é um momento que requer habilidade do Facilitador, que, ao observar tal comportamento, tome ini-ciativas no sentido de inserir os demais participantes na discussão. Uma maneira de agir é convidar nominalmente os menos participativos para que apresentem suas opiniões sobre o tema em questão.
Os trabalhos iniciar-se-ão, sempre, com uma breve apresentação pessoal do Facilitador, bem como da equipe “d” e de cada membro do Grupo de Trabalho. Em seguida, o Facilitador deverá apresentar ao grupo os materiais de moderação necessários para aplicação da técnica, esclarecendo dúvidas e curiosidades dos participantes.
O próximo passo será a orientação quanto às Regras de Escrita a serem consideradas para a elaboração das cartelas, veja no item 1.2.4.
Geralmente o processo de moderação inicia-se quando o Facilitador lança ao GT uma pergunta sobre determinado tema. O tema ou título da discussão deverá ser escrito previamente, numa cartela retangular (se necessário, colar uma cartela na outra, para ficar maior), de cor forte (laranja/vermelho) e fixada na margem superior esquerda ou no centro do painel.
• painéis fixos como quadros-negros ouquadros brancos ou
• paredes onde possam ser afixados painéisde papel kraft
• painéis móveis próprios para processosde moderação; ou
• Alfinetes; fita crepe; pincéis de duas oumais cores; cola.
• cartelas de diversas cores e formatos
1.2.3 Material necessário à moderação
Para aplicação da Técnica de Moderação por Cartelas, podem ser utilizados seguintes materiais:
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A pergunta a ser lançada ao GT poderá ser escrita numa cartela de tom pastel (amarelo, verde, rosa, azul, branco), pois cansam menos a vista e facilitam a leitura. Deverão ser distribuídas, ao GT, cartelas com o mesmo tom utilizado para o registro da pergunta, para que sejam registradas as respectivas respostas.
O Facilitador distribuirá pincéis e cartelas a cada membro do GT. É indicado que os pincéis sejam da mesma cor, buscando, assim, evitar um visual poluído e rebuscado do painel. Deve ser dado o tempo necessário, ao Grupo, para o registro das respostas.
Uma vez preenchidas, as cartelas serão recolhidas pelo Facilitador e fixadas no painel com alfinetes ou fita crepe. Nesse momento, especial cuidado deve ser dado à estética do painel. As cartelas devem ser afixadas de tal modo que fiquem retas, e com a mesma distância entre uma e outra e de preferência disponibilizadas em colunas.
A partir do momento em que o conjunto de cartelas estiver exposto no painel, para visualização de todo o grupo, o Facilitador poderá iniciar a valida-ção das cartelas, buscando, juntamente com o GT, compreender o significado de cada uma delas. Dessa forma, o Facilitador deve evitar ficar na frente do painel, para que todos enxerguem as cartelas que estão sendo validadas.
Em caso de dúvidas relativas ao conteúdo das cartelas, o Facilitador poderá lançar perguntas de esclarecimento, tais como:
• o que você entende sobre isso?
• o que você está querendo dizer é...?
• veja se eu entendi bem!
• qual a melhor forma de expressarmos esta idéia?
Havendo a necessidade de se fazer alguma alteração nas cartelas, o Facilitador deverá observar os seguintes aspectos:
• exclusão, reformulação ou adição de texto, deverá ser feita na pre-sença e com o consentimento de todos os participantes do grupo;
• nenhuma cartela, por mais que pareça conter uma idéia incômoda ou supérflua, poderá desaparecer e,
• nenhuma cartela poderá ser eliminada da discussão sem a permissão dos participantes.
É o GT que deverá decidir quando a discussão estará finalizada e, a partir desse momento, nenhuma cartela poderá ser alterada ou retirada do(s) painel(is).
Sugere-se que, uma vez finalizado o trabalho, o painel não seja des-montado, pois servirá de apoio para as próximas reuniões. Se houver tal necessidade, o Facilitador poderá colar as cartelas em papel kraft, tomando o devido cuidado para que se mantenha a posição em que se encontram as cartelas.
A documentação das reuniões de trabalho é o registro do conteúdo dos painéis já discutidos e encerrados pelo grupo. A digitação do conteúdo das cartelas poderá ser feita em formato textual ou em tabela. Todos os envolvidos na Simplificação Administrativa deverão receber este documento que também poderá ser disponibilizado na intranet.
Levantamento de Atividades e Normas
Quais são as atividades que você executa, para darconta de desenvolver o processo de “Licitação”?
Elaborar edital de licitaçãoEspecificar equipamentos
a serem adquiridosProvidenciar a atualizaçãoda linha de fornecimento
Verificar cadastro doproponente no SICAF
Preencher o formulário“Proposta de Inclusão deLinha de Fornecimento”
Exigir da Unidade Cadastradorao “Recibo de Solicitação
de Serviço”
Analisar “Proposta de Inclusãode Linha de Fornecimento”
Procurar a Unidade Cadas-tradora, caso não tenha sidopublicado no prazo de 7 dias
Abrir prazo para recebimentode recursos contra análise
das propostas
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2. Método GUT ( gravidade, urgência e tendência)
2.1 O que o Método?
O quadro a seguir apresenta a matriz G.U.T. e seus componentes, quais sejam:
• a lista de processos a serem priorizados;
• os três critérios de análise: gravidade, urgência e tendência; e
• a pontuação geral obtida em cada processo organizacional analisado.
PROCESSO
MATRIZ GUT
GGravidade
UUrgência
TTendência Pontos
Os valores definidos para avaliar as três dimensões são os seguintes:
Pontos Gravidade Urgência Tendência
5 Os prejuizos oudificuldades são
extremamente graves
É necessária umaação imediata
Se nada for feito, haveráum grande e imediato
agravamento doproblema
3 Os prejuizos oudificuldades são graves
É necessária umaação o mais cedo
possível.
Se nada for feito,haverá um grande umagravamento em médio
prazo.
1 Os prejuizos oudificuldades não
são graves
Não há pressa para agir Se nada for feito,não haverá agravamento,podendo até melhorar.
A pontuação de cada processo é obtida pela multiplicação dos pontos (1, 3 ou 5) atribuídos à gravidade à urgência e à tendência.
A coluna ‘PONTOS’ indicará a priorização estabelecida, sendo que o processo com maior prioridade será aquele que, na opinião dos partici-pantes, atingir a maior pontuação.
O método de GUT é uma ferramenta de auxilio na priorização de ações,especialmente quando elas não apresentam dados quantificáveis.
Esse método deve ser desenvolvido em grupo, podendo os pesos serem atribuídos por consenso. O consenso se estabelece quando há concordância, obtida a partir de uma argumentação lógica, entre os membros do grupo, acerca do grau de gravidade, urgência e tendência dos processos em análise.
Gerar consenso em processos grupais a partir de argumentação lógica não é tarefa simples. Todavia, pode-se utilizar a Técnica de Moderação por Cartelas como ferramenta de facilitação dessa construção, uma vez que ela possibilita a participação democrática, considerando a opinião de todos os participantes sem deixar que se perca o foco em discussões, muitas vezes, inócuo e sem resultados.
2.2 Aplicação da Técnica de Moderação por Cartelas ao método GUT
Lançar a pergunta que conduzirá a priorização do processo a ser tra-balho, como por exemplo: Qual o processo organizacional que demanda maior atenção neste momento? ou Que processo organizacional apresenta os maiores gargalos e dificuldades? ou ainda Qual o processo organizacional que deve ser aprimorado?
Para se responder à pergunta, é necessária uma reflexão acerca dos objetivos e metas organizacionais, com vistas a orientar os trabalhos de Simplificação, para o alcance dos resultados esperados pelo Órgão; de forma que possibilite uma visão geral dos processos que norteiam o trabalho e, até mesmo, de como ele está hierarquizado.
Dessa forma, a equipe “d” do órgão deverá reunir todos os envolvidos com a Simplificação, propiciando um espaço de reflexão conjunta, com o intuito de descobrir o processo organizacional com maior prioridade para a Simplificação Administrativa.
Lançada a pergunta, os participantes registrarão suas idéias nas cartelas, seguindo as orientações necessárias, que deverão lhes ser apresentadas no início da reunião.
Uma vez preenchidas as cartelas, o facilitador realizará a leitura de cada uma delas, de forma a esclarecê-las, eliminar repetições e/ ou adicionar car-telas com idéias novas que surgirem ao longo do período de validação.
Lembre-se de que: qualquer alteração, descarte ou inclusãode idéias deve partir de um consenso do grupo.
Com as idéias expostas no painel, o facilitador conduzirá a discussão, com o objetivo de definir, dentre o que fora apresentado, o processo de
100
GUIA SIMPLIFICAÇÃO
101
maior prioridade, utilizando os conceitos da Matriz G.U.T. (gravidade, urgência e tendência).
• G (gravidade): diz respeito ao custo, ao quanto se perderia pelo fato de não se melhorar determinado processo de trabalho ou adotar determinadas medidas de inovação deste processo;
• U (urgência): refere-se ao prazo necessário para implementar me-lhorias ao processo, em que espaço de tempo o processo deve ser melhorado, sob o risco de causar danos;
• T (tendência): refere-se à inclinação do processo em piorar, o grau de propensão em tornar-se problemático ou em agravar sua situação.
Para tanto, utilizará adesivos coloridos para representar cada um dos conceitos da matriz, por exemplo:
GravidadePreto
UrgênciaCinza
TendênciaBranco
Para a análise de cada cartela, serão feitas as seguintes perguntas, de acordo com a tabela de valores do item 2.1 mencionado anteriormente:
I - Qual a gravidade do prejuízo ou dificuldade: extremamente graves, graves ou não graves?
II - Qual a urgência da ação: imediata, o mais cedo possível ou não há pressa?
III - Qual a tendência de agravamento do problema: agravamento imediato, de médio prazo ou não há tendência de agravamento, podendo ocorrer melhoria.
Assim, cada participante receberá um adesivo de cada cor, os quais serão colados na(s) cartela(s) que contiver(em) a idéia que o participante julgar mais “grave”, mais “urgente” e de maior “tendência”.
Alguns aspectos devem ser considerados neste momento, tais como:
• eventuais pesquisas internas (indicadores de processos, satisfação
dos colaboradores, alcance de metas, etc.) e externas (satisfação do usuário, percepção do mercado, posicionamento do Órgão na defini-ção de Políticas Públicas, etc.) podem apontar para uma necessidade premente de atender a um determinado problema específico;
• o histórico institucional pode demonstrar que alguma questão impor-tante deve ser resolvida com prioridade;
• a identificação dos Fatores Críticos de Sucesso, que são as variáveis que, quando devidamente gerenciadas, podem ter um impacto sig-nificativo sobre o sucesso da simplificação dos processos.
Fatores críticos de sucesso: são condições fundamentais que precisam,necessariamente, ser satisfeitas para que a instituição ou a estratégia tenhasucesso, tais como: credibilidade; compromisso e aceitação. Dois pontosimportantes devem ser considerados na identificação dos fatores críticos desucesso:I - ser um fator crítico de sucesso não significa ser um problema, pode ser um
ponto forte da organização;II - o que é próprio para que uma tarefa seja realizada, dinheiro, pessoas,
instalações, por exemplo, não devem ser considerados como fator críticode sucesso.
Após isso, proceder-se-á à contagem dos pontos, que levará em con-sideração o seguinte:
Cartela Adesivo Dimensão Pontos
Com maior númerode adesivos.
Pretos
Cinzas
Brancas
Gravidade (extremamente grave)
Urgência (o mais cedo possível)
Tendência (agravamento imediato)
Com o segundo maiornúmero de adesivos.
Pretos
Cinzas
Brancas
Gravidade (extremamente grave)
Urgência (não há pressa)
Tendência (médio prazo)
5
5
5
3
3
3
Com o terceiro maiornúmero de adesivosou abaixo.
Pretos
Cinzas
Brancas
Gravidade (não grave)
Urgência (imediata)
Tendência (sem tendência depiorar, podendo ocorrer melhoria)
1
1
1
Observação: em caso de empate, considerar a mesma pontuação. O desempate pode ser obtido pela consideração relativa de um novo G.U.T., apenas entre os processos empatados.
102
GUIA SIMPLIFICAÇÃO
103
Exemplo:
Painel com as cartelas:Estabelecimentode prioridades
ConcursoPúblico 1 1 1 1
Capacitação 3 3 3 27
Cidadãoon-line 1 5 3 15
Licitação 5 5 5 125
O processo “Licitação” é considerado o de maior prioridade!
Concurso Público
Capacitação
Cidadão on-line
Licitação
Processos Gravidade Urgência Tendência Pontos
Matriz G.U.T:
O exemplo apresenta o processo de LICITAÇÃO como sendo o de maior prioridade para a Simplificação Administrativa, então, é com ele que a equipe “d” trabalhará, no sentido de promover as melhorias necessárias, simplificando-o e buscando as soluções para os prováveis problemas dele decorrente.
3. FLUXOGRAMA
3.1 O que é um Fluxograma?
O fluxograma é a representação gráfica de um processo de trabalho e neledevem estar contidas informações que possibilitem a visualização doscaminhos por onde percorrem o processo, as ações que devem serdesenvolvidas para que seja realizado o trabalho, assim como osresponsáveis/atores que desempenham tais ações.
3.2 Como o Fluxograma está estruturado?
Para efeito do Guia, foi escolhido um modelo simplificado de fluxogra-ma. Para facilitar a leitura, faz-se necessário à compreensão dos elementos que o compõe, são eles:
Símbolo Denominação Descrição
ATOR Aquele que executa alguma ação noprocesso/subprocesso .(quem faz)
Nome do Ator
AÇÃOÉ aquilo que o ator realiza, é expressa emforma de frases iniciados com o verbo no
infinitivo + complemento (o que faz)
Sequência das AçõesRepresenta o fluxo em que é realizado
o processo/subprocesso .(em que ordem faz)
CÉLULA DE TRABALHOLimite de atuação do ator, é onde se representa
desenvolvida o processo/subprocesso.quem, o que e em que ordem é
104 105
GUIA SIMPLIFICAÇÃO
3.3
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1. MODELO DE CRONOGRAMA
1.1 O que um Cronograma?
Um cronograma é a representação gráfica da previsão da execução deum trabalho, na qual se indicam os prazos que se deverão cumpriras suas diversas ações.
Um cronograma é geralmente desenvolvido no formato de uma tabela ou de uma planilha onde são descritas as principais ações para implemen-tação de um plano, projeto ou proposta e tem como objetivo acompanhar as ações para atingimento das metas estabelecidas.
É uma ferramenta que auxilia no gerenciamento da implementação de ações estabelecidas em um plano. Por meio dele, é possível visualizar as ações, prazos, responsáveis e resultados a serem alcançados, servindo também como instrumento de controle e acompanhamento.
No decorrer do acompanhamento de um cronograma, algumas altera-ções poderão ser necessárias para se corrigir rumos ou ajustar prazos que muitas vezes se tornam inviáveis por motivos diversos. Contudo, deve ser gerenciado para que não se perca a evolução e comprometimento com o trabalho proposto.
A utilização de um cronograma pode apresentar vantagens como:
• agilizar a implementação de um projeto, plano ou proposta, à medida que as ações são identificadas e registradas;
• possibilitar o acompanhamento da situação/status das ações a serem implementadas;
• promover a responsabilização dos envolvidos com o trabalho;
• evitar a sobreposição de tarefas;
• assegurar maior comprometimento com os prazos e metas estabele-cidas.
São dois os tipos de cronograma propostos no Guia:
1) Cronograma de Encaminhamentos – ferramenta de apoio na defi-nição de ações de curto prazo, para a implementação de soluções e/ou encaminhamentos dessas. Neste tipo de cronograma devem ser definidos os responsáveis pelas ações bem como os resultados esperados e seus receptivos indicadores.
106
GUIA SIMPLIFICAÇÃO
107
2) Cronograma de Ações – ferramenta de planejamento, que apoia na consecução de planos de ação de médio e longo prazos.
1.2. MODELO DE CRONOGRAMA DE ENCAMINHAMENTOS
Ações Responsáveis Prazo Resultados Esperados Indicador de Resultado
1.3. MODELO DE CRONOGRAMA DE AÇÕES
99999999Ano
Mês 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
Ação
Macro Ações
1) Ação
2) Ação
3) Ação
2. F
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Muitasvezes,oresultadodomeutrabalhopodese
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amim/minhaáreamesm
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comonome
domeucargo(técnicoSECIN,porexemplo)oudooutro
Contextodeatividade.(verOBS2)
(nom
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sub-
proc
esso
)
Frases:
1-Verbonoinfinitivo
+complemento
4-Verbonoinfinitivo
+complemento
Forn
eced
or: Q
uemmeenviaonecessáriop/aexecuçãodaminhatarefa.
Podeacontecerdeumfornecedorserumoutro“Contexto”deatividade,
quandodeveremosidentificá-locomonomedoContexto.
2-Verbonoinfinitivo
+complemento
5-Verbonoinfinitivo
+complemento
3-Verbonoinfinitivo
+complemento
6-Verbonoinfinitivo
+complemento
ODafrase
representa
aAÇÃO,overbodarespectiva
Nº
Deondevem?
Oquevem?
Oquevocê
faz
comisso?
(Nºdafrase)
Oquesai?
Para
ondevai?
Fornecedor
E1
Entrada+número
daentrada
S1
Saída+número
dasaída
Cliente
Nº
Servidor
E2
Entrada+número
daentrada
S2
Saída+número
dasaída
ClienteA
Nº
S2
Saída+número
dasaída
Cliente
B
E1:
E=entrada:oquepreciso
p/queexecute
minhatarefa.
1=número
daseqüêncianumérica
daentrada.
Para
cadafrase
(atividade)haverá
pelomenos1entrada,
podendoseridentificadasmaisentradas,adependerdo
quesejanecessáriopara
aexecuçãodatarefa.
S1:
S=saída:oquegero
comminhaatividade,oresultado,oproduto
doquefaço.
1=número
daseqüêncianumérica
dasaída(deve
estaremconsonânciacoma
respectivaentrada).
Para
cadafrase
(atividade)haverá
pelomenos1saída.Existirãoatividadesque
gerarãomaissaídas,essasdeverãoseridentificadascomomesm
onúmero,
comonoexemploacima:duassaídasS2,independente
dosclientesquea
estejamrecebendo.
Ações:Oquefaz.
108
GUIA SIMPLIFICAÇÃO
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3. DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO DO PROCESSO
Entradas Processo EntradasSaídas
Finalidade
Recursos Necessidades dos Clientes Pontos de Controle
4. CADASTRO DE INDICADORES
Cadastro de Indicadores
Nome do Sub-processo Área Responsável Nome do Responsávelindicador
Nome do Indicador
Nome de Identificaçãodo Indicador
Unidade de Medida
Medida do Indicador
Tipo
Eficiência ouEficácia
Versão(dd/mm/aaaa)
Descrição do Indicador
Descrição sucinta do que oindicador mede ou demonstra.
Fórmula de Cálculo
Detalhamento da fórmula decálculo, com descrição dosseus elementos constituintese respectivas unidades demedida, inclusive se algumelemento for outra fórmula,descrevê-la por completo.
Origem dos componentes dafórmula de cálculo
Indicação da origem de cadaelemento da fórmula, se dealguma publicação, sistemainformatizado ou outra origemqualquer.
Interpretações Possíveis
Descrição de como interpretar os valores obtidos pela aplicaçãodo indicador. Colocar exemplos quando couber.
Faixa de Aceitação
Definição da faixa deaceitação do indicador.
Periodicidade de Aplicação
Definir um período para a aplicação doindicador (exemplos: no dia 15 de cada mês,ao final de uma determinada atividade, etc).
Periodicidade de Avaliação
Definir um período para a divulgação daavaliação (exemplo: após a ocorrência detrês aplicações).
5. APLICAÇÃO DE INDICADORES
Formulário Aplicação de Indicadores
Nome do Responsável
Nome de quem aplicou.
Nome do Sub-processo
Nome do processo a sermedido.
Data da Aplicação
(dd/mm/aaaa)
Nome do Sub-processo
Nome do processo a sermedido.
Resultado
Medição do indicador nomomento da aplicação.
Considerações
Indicar o valor obtido emrelação à faixa de aceitaçãoe categorização do problema(condições internas ouexternas) e descrição sucintadas causas, conseqüênciase proposições
O que fazer
Ação a sertomada emfunção daanálise doresultado doindicador