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EQUIPAS DE NOSSA SENHORA GUIA EQUIPA RESPONSÁVEL INTERNACIONAL 1.ª edição 2001

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    EQUIPAS DE NOSSA SENHORA

    GUIA

    EQUIPA RESPONSVEL INTERNACIONAL

    1. edio 2001

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    NDICEI INTRODUO .........................................................................

    1 As Origens ......................................................................2 O Reconhecimento das Equipas de Nossa Senhora .........3 O Padre Caffarel .............................................................4 Os sinais dos tempos .......................................................

    II A CARTA ...............................................................................

    III A RAZO DE SER DAS EQUIPAS DE NOSSA SENHORA

    1 O objectivo das Equipas de Nossa Senhora ....................2 Porqu Equipa? ...........................................................3 Porqu Equipa de Nossa Senhora? ..............................

    IV O ESPRITO DAS EQUIPAS DE NOSSA SENHORA .......

    1 Vem e segue-me ...........................................................2 O carisma das Equipas de Nossa Senhora .......................3 A mstica das Equipas de Nossa Senhora .........................

    V A PROPOSTA DAS EQUIPAS DE NOSSA SENHORA ...

    1 Uma comunidade de casais cristos .................................2 Em comunho com a Igreja Catlica ................................3 As Equipas inseridas no mundo ........................................

    VI OS MEIOS DAS EQUIPAS DE NOSSA SENHORA ..........

    1 As Orientaes de Vida ...................................................2 Os Pontos Concretos de Esforo .....................................3 Uma Vida de Equipa .......................................................

    VII A ORGANIZAO DAS EQUIPAS DE NOSSA SENHORA

    1 O esprito da organizao ................................................2 A Equipa ........................................................................3 As instncias de responsabilidade e de animao ...........

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    DOCUMENTAO ANEXA

    VIII OS SERVIOS NO MOVIMENTO ...................................

    1 A Responsabilidade: Um servio ......................................2 A Ligao .......................................................................

    IX AS EQUIPAS NOVAS NO MOVIMENTO ..........................

    1 A Expanso do Movimento ............................................2 A Informao ..................................................................3 A Pilotagem ....................................................................4 As Experincias de Caminhada .......................................

    X A VIDA DAS EQUIPAS DE NOSSA SENHORA COMOMOVIMENTO ........................................................................

    1 As Reunies/Encontros de Sector, de Regio, de Supra--Regio .........................................................................

    2 As Sesses de Formao ................................................3 Os Encontros Internacionais ............................................

    XI A MISSO .............................................................................

    1 Misso do Movimento .....................................................2 Misso dos Equipistas .....................................................

    XII TEXTOS DE REFERNCIA .................................................

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    AnexoAnexoAnexoAnexoAnexo

    A Carta das Equipas de Nossa Senhora 1947 ....... Carta do Cardeal Feltin 1960 ................................... Decreto de reconhecimento 1992 ............................ O que uma Equipa de Nossa Senhora? 1976 .......... O Segundo Flego 1987 ..........................................

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    I - INTRODUO

    Os casais cristos, unidos pelo Sacramento do Matrimnio,so chamados a seguir Cristo no caminho do Amor, da Felicidadee de Santidade. As Equipas de Nossa Senhora, dom do EspritoSanto, so oferecidas aos casais do mundo inteiro para os ajudara desenvolver e viver a sua espiritualidade conjugal.

    1 AS ORIGENS

    As Equipas de Nossa Senhora (ENS) nasceram de maneiramuito simples. Em 1938, um jovem padre de Paris, o Padre HenriCaffarel recebeu uma senhora jovem que lhe queria falar da suavida espiritual. Alguns dias depois conheceu o marido dela e essecasal apresentou-o a outros trs casais. assim lanado o projectode se reunirem para reflectirem juntos sobre o matrimnio cris-to. Foi no dia 25 de Fevereiro de 1939 que os casais se tornarama encontrar com o Padre Caffarel. Nesse dia e dessa forma nasce aprimeira equipa do Movimento.

    Em 1947, terminada a guerra, os grupos de casais esto naordem do dia e multiplicam-se. O padre Caffarel teme que oscasais sejam tentados a um certo relaxamento, na euforia da pazreencontrada e no conforto das velhas amizades confortveis. Ha-via uma crise ...

    O que seria necessrio fazer para que a crise dos nossosgrupos pudesse resultar em factor de progresso? Procurei des-cobrir uma explicao para o facto de que a santidade nuncadeixou de florescer e reflorescer nas ordens religiosas ao lon-go dos sculos, apesar das crises exteriores e interiores e com-preendi que um dos factores essenciais da solidez e da vitali-dade dessas ordens era a sua Regra.

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    Porqu, perguntei-me ento, no propor uma regra aoscristos casados, desejosos de progresso espiritual? No umaregra de monges, mas uma regra para leigos casados.

    (A misso do Casal Cristo, Henri Caffarel Roma 1959)

    A partir da inspirao e da reflexo do Padre Caffarel com osprimeiros membros dos Grupos Caffarel, vai-se desenvolven-do progressivamente um mtodo comum para os casais desejososde viver o seu amor mais profundamente enraizado em Cristo.

    Novos Grupos se formam, o seu nmero cresce e uma orga-nizao criada pouco a pouco. O Padre Caffarel e os respons-veis do Movimento elaboram ento, sustentados pela orao, umdocumento fundador que chamado a Carta das Equipas deNossa Senhora, a qual contm o essencial da Regra do Mo-vimento. Essa Carta foi promulgada no dia 08 de Dezembro de1947, na igreja de Saint Augustin, em Paris (ver anexo I).

    2 O RECONHECIMENTO DAS EQUIPAS DE NOSSASENHORA

    O primeiro reconhecimento oficial do Movimento das Equi-pas de Nossa Senhora, feito pela Igreja, data de 1960, atravs deuma carta do Cardeal Feltin, Arcebispo de Paris (ver anexo II).Em 1975, o Conselho Pontifcio para os Leigos confere s Equi-pas de Nossa Senhora o reconhecimento como Associao Cat-lica Internacional. Finalmente, em 1992, publicado por esseConselho um Decreto de Reconhecimento (ver anexo III), comouma Associao de Fiis de Direito Privado.

    3 O PADRE CAFFAREL

    O reconhecimento oficial da Igreja , de alguma maneira, umaconsagrao da obra considervel do Padre Caffarel e dos casais

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    com quem ele caminhava. O nosso fundador morreu no dia 18 deSetembro de 1996, em Troussures, em Frana, com a idade de93 anos.

    O Movimento das Equipas de Nossa Senhora deve ao Pa-dre Caffarel o privilgio de ter aprendido com ele o sentidoprofundo do sacramento do matrimnio, de ter descoberto o va-lor e a riqueza das pequenas comunidades crists e de lhes termostrado o caminho da contemplao nas suas vidas cheias deactividade.

    Uma das maiores figuras dadas por Deus sua Igrejaneste sculo. (Cardeal Lustiger, 27-09-1996)

    4 OS SINAIS DOS TEMPOS

    Os membros das Equipas de Nossa Senhora vivem no mundode hoje, fazem plenamente parte dele e querem ser fermento namassa. por isso que precisam de discernir continuamente ossinais dos tempos para descobrir a nova realidade e as necessida-des que ela implica para os casais de hoje. Devem tambm pro-curar factores de esperana num mundo que parece cada vez maishostil f crist e onde os valores fundamentais do casamento eda famlia esto ameaados.

    As Equipas de Nossa Senhora trazem esse sinal de esperanaaos casais, Igreja e ao mundo.

    A sade da pessoa e da sociedade, tanto humana comocrist, est estreitamente ligada ao progresso da comunidadeconjugal e familiar. Por isso, juntamente com todos aquelesque tm em grande estima essa comunidade, os cristos ale-gram-se sinceramente com os vrios meios pelos quais os ho-mens progridem, hoje, na promoo dessa comunidade deamor. (Gaudium et Spes 47)

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    II - A CARTA

    Os princpios fundadores da Carta foram elaborados afim de guardar a fidelidade inspirao original do Movi-mento e de fazer propostas concretas s Equipas. Estamoshoje em condies de julgar o efeito de uma tal deciso ede realizar como ela essencial para o desenvolvimento doMovimento.

    Com a publicao da Carta aparece a denominao defi-nitiva do Movimento: EQUIPAS DE NOSSA SENHORA...Os Grupos existentes so convidados a aderir a ele e, as-sim, a entrar para as Equipas de Nossa Senhora.

    A Carta, escrita na linguagem da poca, permanece comoo documento vital de referncia e a pedra angular do Movi-mento. Vrias modificaes foram feitas no documento deorigem, ao longo dos anos, para chegar verso final pu-blicada em Maio de 1972. Esta data coincide com o fimdo perodo em que o Padre Caffarel esteve presente no Mo-vimento.

    A Carta tornou-se o nosso patrimnio comum. Hoje, ins-pirados pelo mesmo ideal e utilizando os mesmos mtodospara tentar cumpri-lo, milhares de casais em todo o mundo,falando diferentes lnguas e tendo culturas diversas, descobrematravs do seu Matrimnio a riqueza de um amor de Deusmais profundo.

    S depois de vrios anos da elaborao da Carta, o PadreCaffarel, homem prudente, afirmava: Devo reconhecer quena criao das Equipas houve alguma coisa mais do que aminha prpria inspirao e a inspirao dos casais; houveuma inspirao do Esprito Santo.

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    Outros documentos complementares foram surgindo:O que uma Equipa de Nossa Senhora? (1977), que

    redefine o ideal e os mtodos do Movimento numa apresen-tao actualizada e que desenvolve o conceito da equipa comocomunidade (ver anexo IV).

    O Segundo Flego (1988), que tem por objectivoajudar as Equipas a encontrar novos motivos de encorajamentoe orientaes para viver as aspiraes das Equipas de NossaSenhora, com a esperana e a vitalidade de um segundo fle-go. Este documento (ver anexo V) pretende tambm apro-fundar alguns aspectos do carisma das Equipas de Nossa Se-nhora que no tinham sido at ento redigidos com a clarezanecessria; particularmente a abnegao inspirada pelo amor,o sentido humano e cristo da sexualidade e a misso dasENS na Igreja e no mundo, como Movimento de casais.

    Pela graa do Esprito Santo e sob a Sua Inspirao, arenovao do Movimento prossegue. Na orao e na refle-xo, os membros da Equipa Responsvel Internacional e osresponsveis das Supra-Regies decidiram elaborar um guiacompleto sobre o Movimento, baseado na riqueza dos do-cumentos anteriores.

    Na sua Carta Apostlica Tertio Millennio Adveniente,o Papa Joo Paulo II lembra que na histria da Igreja, ovelho e o novo aparecem sempre entrelaados entre si.O novo surge do velho; o velho encontra no novouma explicao mais plena. (Captulo 18)

    Foi considerando essas palavras do Papa que, no alvordo terceiro milnio da era crist, foi concebido e realizadoeste documento, O Guia das Equipas de Nossa Senhora.

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    III - A RAZO DE SERDAS EQUIPAS DE NOSSA SENHORA

    A razo de ser das Equipas de Nossa Senhora ajudar oscasais a descobrir as riquezas do sacramento do Matrimnioe a viver uma espiritualidade conjugal. Atravs do seu exem-plo, os casais das Equipas de Nossa Senhora querem ser umtestemunho do casamento cristo na Igreja e no mundo.

    As Equipas de Nossa Senhora, um Movimento de es-piritualidade conjugal da Igreja Catlica, so constitudaspor casais que acreditam no ideal do casamento cristo equerem:

    * Permanecer fiis s promessas de seu baptismo;

    * Colocar Cristo no corao das suas vidas;

    * Construir a sua vida conjugal e familiar com base noEvangelho;

    * Procurar conhecer melhor a vontade de Deus sobre ohomem e mulher, para poder cumpri-la;

    * Testemunhar, pela sua vida, o amor de Deus;

    * Levar ao mundo a mensagem de Cristo;

    * Dar testemunho dos valores cristos na sua vida sociale profissional;

    * Dar o seu apoio activo Igreja, aos bispos e ao clero;

    * Fazer das suas actividades uma colaborao com Deuse um servio aos outros;

    * Promover o casamento e a vida de famlia na sociedade.

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    Os casais das ENS contam com a ajuda daqueles quepartilham o seu ideal e comprometem-se a fazer equipa,porque conhecem a dificuldade de viver como cristos eporque esto conscientes da prpria fraqueza e da insufi-cincia de seus esforos.

    1 O OBJECTIVO DAS EQUIPAS DE NOSSA SENHORA

    O objectivo das Equipas de Nossa Senhora o de ajudaros casais a viverem plenamente o seu sacramento do Matri-mnio.

    As Equipas de Nossa Senhora tm por objectivo essen-cial ajudar os casais a caminhar para a santidade. Nem mais,nem menos. (Padre Henri Caffarel)

    2 PORQU EQUIPA ?

    * Porque a palavra equipa exprime claramente o esp-rito e a unidade necessrias para a busca de um objec-tivo comum;

    * Porque em conjunto que os casais das ENS queremfazer os seus esforos, ajudando-se mutuamente e preo-cupando-se uns com os outros, com o seu progressoespiritual e humano.

    3 PORQU EQUIPA DE NOSSA SENHORA ?

    O Movimento colocado sob a proteco de Maria, por-que ela conduz a Cristo que o centro da vida espiritual dosequipistas. Pela sua submisso vontade de Deus, Maria para eles um exemplo perfeito da docilidade ao Esprito Santo.

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    IV - O ESPRITODAS EQUIPAS DE NOSSA SENHORA

    1 VEM E SEGUE-MECristo dirige este apelo a cada baptizado, convidando-o a

    abrir-se cada vez mais ao seu amor e a ser testemunho dele.Cristo dirige tambm este apelo ao casal cristo. Os cnjugesso chamados a encontrar Deus no corao de seu amor con-jugal. Assim, o amor humano uma imagem do amor divino.

    2 O CARISMA (1) DAS EQUIPAS DE NOSSA SENHORA

    As Equipas de Nossa Senhora, movimento de espiri-tualidade conjugal, so consideradas como um dom de Deusa todos os casais que delas fazem parte.

    A espiritualidade conjugal

    Pelo casamento cristo a vida do casal marcadapelo sacramento, sinal profundo do compromisso rec-proco dos esposos e sinal da Graa de Deus. O amorconjugal e o amor de Deus completam-se. da essn-cia da unio entre esses dois amores que nasce a es-piritualidade conjugal.

    O desejo de conhecer e de fazer a vontade de Deus,em todas as circunstncias normais da vida, e a buscada Sua presena ajudam a desenvolver e a aprofundara espiritualidade conjugal.

    (1) A palavra carisma vem do grego charisma que significa dom gra-tuito e tem a mesma raiz que a palavra charis, graa. A graa um dom doEsprito. H tambm graas excepcionais chamadas carismas dons que devem serutilizados para o bem comum.

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    O amor divino encontra a sua expresso no amorhumano quando a vida quotidiana preenchida com aateno e a solicitude dos esposos, um em relao aooutro, com a ajuda e a fidelidade absoluta, com a com-preenso e o respeito mtuo, com a harmonia de cora-o e de esprito. Quando as mais simples tarefas soimpregnadas de amor, o Senhor l est, no meio e nocorao do casal; a espiritualidade , ento, uma reali-dade vivida.

    O casal unido pelo sacramento do Matrimnio pre-tende viver essa espiritualidade ao longo dos dias. Pode,no entanto, ser difcil agir de acordo com as exignciasdo amor. Cometemos erros, ferimo-nos; mas precisoprosseguir e voltarmo-nos sempre um para o outro; tambm nesses momentos que encontramos Cristo.

    Existe uma espiritualidade conjugal que orientaa vida do casal. As Equipas de Nossa Senhora ofere-cem um meio de a conseguir.

    (A caminho da Espiritualidade Familiar Padre Manuel Iceta)

    3 A MSTICA DAS EQUIPAS DE NOSSA SENHORA

    A mstica o esprito que d sentido a propostas concre-tas de vida, intuio que abre o que est oculto ao espritohumano, a orientao que faz da vida uma contnua busca decomunho com Deus.

    a) Reunidos em nome de Cristo

    Pois, onde dois ou trs estiverem reunidos em meunome, eu estou a, no meio deles. (Mt 18, 20)

    Uma equipa mais do que uma comunidade huma-na; ela rene-se em nome do Cristo. Quando Cristoapareceu aos discpulos depois da ressurreio, as Suas

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    palavras permitiram-lhes compreender as Escrituras econhecer a sua mensagem. Do mesmo modo, Cristoest presente nas reunies de equipa. Reunidos em Seunome, o Seu Esprito alimenta e faz crescer a f.

    b) A ajuda mtua

    Carreguem os fardos uns dos outros (Gl 6, 2) uma coisa normal, til e motivadora pedir ajuda

    aos amigos; por isso que os casais de uma equipa seajudam material e espiritualmente.

    Os membros de uma equipa procuram satisfazer asquatro reivindicaes do amor fraternal: dar, recebere, o que mais difcil, pedir e saber recusar.

    z A ajuda mtua conjugal

    O casamento uma aliana que evolui desde osprimeiros instantes do Sim at aos ltimos momen-tos, quando da volta para o Pai. Esse caminho dosesposos no amor poder ser percorrido de forma du-radoura, se a ajuda mtua conjugal for uma realidadequotidiana. Assim, cada um, no casamento, crescer,tirando o melhor partido das diferenas e da comple-mentaridade do casal.

    z A ajuda mtua no caminho da santidade

    Os casais que entram nas Equipas de Nossa Se-nhora desejam:

    - Percorrer os caminhos que os levem a uma maisprofunda unio com Deus.

    - Procurar a santidade na sua vida familiar e atra-vs dela.

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    Para viver numa harmonia cada vez maior comDeus e conhecer a Sua vontade, os casais unidos pelomatrimnio precisam de ajustar as suas vidas ao Evan-gelho.

    Atravs duma melhor compreenso e de pr real-mente em prtica a Palavra de Deus na sua vida decasal, e porque procuram em conjunto, em equipa, aforma de o fazer, os membros das Equipas de NossaSenhora ajudam-se mutuamente no caminho que levaao reino anunciado por Cristo.

    z A ajuda mtua na orao

    Digo-vos ainda isto: se dois de vs se uniremsobre a terra para pedir seja o que for, consegu-lo-ode meu Pai que est nos cus. (Mt 18, 19)

    Confortados por esta promessa da presena de Cris-to no meio deles, os membros das Equipas de NossaSenhora rezam juntos, uns com os outros e uns pe-los outros, com alegria e confiana.

    As Equipas escolheram o Magnificat como ora-o comum, que deve ser rezado diariamente em uniocom todos os membros do Movimento, como ora-o de intercesso por todos os casais do mundo.

    z A ajuda mtua para o aprofundamento da f

    Da mesma maneira que no pode haver vida cris-t sem uma f viva, tambm no pode haver f vivae activa, sem reflexo e sem meditao. Na prtica,muitos casais cristos renunciam aos esforos neces-srios para estudar e meditar, quer porque no com-preenderam a sua importncia, quer por falta de tem-po, de treino ou de orientao. Em consequncia, a

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    sua f continua imatura e fraca e o seu conhecimentoda vontade de Deus e dos ensinamentos da Igrejapermanece superficial e incompleto.

    Os casais de uma equipa tentam, portanto, apro-fundar os seus conhecimentos e prosseguir esse ob-jectivo com os outros membros da equipa e a ajudade um conselheiro espiritual.

    z A ajuda mtua nas diferentes etapas do casamento

    As necessidades e as aspiraes dos casais sodiferentes, segundo a sua idade e o tempo de casa-mento. As respostas que as Equipas de Nossa Senhoralhes trazem devem levar em conta essa realidade.

    Nos primeiros anos do casamento, o casal pro-cura descobrir as implicaes da sua mudana recen-te de vida e tem necessidade de nascer numa comu-nidade que o apoie As Equipas de Nossa Senhorapodem trazer o calor, o suporte e a ajuda de umagrande famlia.

    Em seguida, a vida pe prova o ideal do amor.Confrontados com as exigncias da famlia, da vidaprofissional, da insegurana de emprego e das pres-ses de uma sociedade cada vez mais materialista, oscasais necessitam de um lugar para a troca de ideias,para a releitura dos acontecimentos que os atingem ...A compreenso e a experincia da equipa permitemao casal partilhar abertamente, com toda a confiana,as suas preocupaes e as suas descobertas.

    Depois, bem depressa, chega o outono da vida,esse tempo cada vez mais longo de um retorno a umarelao a dois. Esse tempo, em que os esposos pas-sam mais tempo juntos, pode ser um tempo de reno-vao, de ultrapassagem dos nossos prprios limites.Pode ser tambm um tempo de algumas dificuldades

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    e de etapas importantes (reforma, doena, morte dooutro...). O aprofundamento da vida crist do casal,em equipa, vai enriquecer esses ltimos anos passa-dos juntos.

    c) O testemunho

    Nos Actos dos Apstolos so assim descritos os pri-meiros cristos:

    A multido dos fiis era um s corao e uma salma. (At 4, 32)

    As Equipas de Nossa Senhora esto convencidas deque outros casais se sentiro chamados para Cristo epara o sacramento do matrimnio se virem o exemplode casais cristos que se amam de verdade e se ajudammutuamente na busca de Deus e no servio prestadoaos seus irmos e irms.

    nesse esprito que os casais procuram dar um sen-tido autntico sua vida conjugal encontraro, na fra-ternidade e na ajuda mtua dos equipistas, uma fonteimportante de apoio e encorajamento.

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    V - A PROPOSTADAS EQUIPAS DE NOSSA SENHORA

    As Equipas de Nossa Senhora desejam ajudar os casaisunidos pelo matrimnio a viver plenamente segundo o Evan-gelho, com o apoio dos membros de uma equipa e a fora detodo um Movimento.

    1 UMA COMUNIDADE DE CASAIS CRISTOS

    As Equipas propem a cada casal:

    * Uma maneira de viver como casal cristo no mundo dehoje, segundo os ensinamentos de Cristo;

    * Mtodos para conseguir viver em casal;

    * Uma comunidade de casais que possuem o mesmo ideal;

    * Uma ajuda mtua fraterna ao mesmo tempo espiritual,humana e material;

    * Uma oportunidade para estudar e para reflectir juntos,que conduza ao aprofundamento da f e ajuda naformao da conscincia pessoal;

    * Orientaes de vida para ajudar a progredir no amor deDeus e dos outros;

    * Uma organizao para promover a animao e a unida-de do Movimento em todo o mundo;

    * Uma comunidade de casais cristos unidos pelo sacra-mento do Matrimnio, assistida por um conselheiro es-piritual.

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    Uma equipa de Nossa Senhora , portanto, uma comuni-dade de casais unidos pelo sacramento do Matrimnio. Elarene-se em nome de Cristo e quer ajudar os seus mem-bros a melhor responder ao apelo do Senhor.

    2 EM COMUNHO COM A IGREJA CATLICA

    As Equipas de Nossa Senhora encorajam os seus mem-bros a aprofundar, em equipa, o amor pela Igreja e a ajudar--se mutuamente para se tornarem membros activos do Povode Deus, em comunho com os seus pastores.

    Em muitas ocasies eles so estimulados pelo magistrioa defender o ideal do casamento cristo.

    Obrigado, porque no nos deixastes sozinhos a pro-clamar a beleza do amor, a grandeza do casal unido e fe-cundo. Obrigado a vs todos, da parte de todos os pastoresda Igreja. A vossa tarefa importante pois vs sois, emgrande parte, a credibilidade da Igreja.

    (Cardeal Daneels, 40. aniversrio da Carta Belga)

    3 AS EQUIPAS INSERIDAS NO MUNDO

    A caridade paciente, a caridade benigna. A cari-dade no invejosa, no se ufana, no se ensoberbece. Acaridade nada faz de inconveniente, no busca os seus pr-prios interesses, no se irrita. (I Cor 13, 4-5)

    este o amor que tentamos viver, graas aos mtodosdas Equipas de Nossa Senhora.

    Devido s transformaes que se produziram na socieda-de, o casamento sofreu mudanas histricas. grande o n-mero de casamentos que se desfazem e provocam prejuzosconsiderveis aos esposos e aos filhos.

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    Os casais das ENS procuram testemunhar que o casa-mento fonte de amor, de felicidade e de santidade, bemcomo uma realizao humana; vivendo no mundo com osvalores do Evangelho, querem ser o fermento na massa eestar presentes em todas as actividades da sociedade.

    Os casais, hoje, tm necessidade do testemunho de ou-tros casais, cujo amor duradouro e vivido na segurana deum futuro razoavelmente previsvel. Desde a poca de Jesus, essa a caracterstica do casamento cristo. Os casais dasEquipas de Nossa Senhora querem ser as testemunhas desseamor e do casamento cristo, a fim de serem sinais de espe-rana para os seus irmos.

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    VI - OS MEIOSDAS EQUIPAS DE NOSSA SENHORA

    As Equipas de Nossa Senhora no impem a seus mem-bros uma certa espiritualidade. Querem somente ajud-los acomprometer-se, como casal, no caminho traado por Cristo.Para isso, propem-lhes:

    1 As Orientaes de Vida;2 Os Pontos Concretos de Esforo;3 Uma Vida de Equipa.

    Os casais vivem esses meios, levando em conta trs li-nhas mestras:

    a) A gradualidade: o Senhor toma cada um no estadoem que se encontra; trata-se ento de querer progre-dir, passo a passo, na direco de um crescimento es-piritual.

    b) A personalizao: a caminhada ao mesmo tempopessoal e de casal: cada um ter o seu prprio ritmo e asua prpria maneira de viver as propostas do Movi-mento.

    c) O esforo: no existe converso pessoal e em casalsem a deciso de transformar o nosso desejo de pro-gresso em aces concretas, precisas e determinadas.

    1 AS ORIENTAES DE VIDA

    Crescer no amor de Deus tarefa para toda a vida. Paraajudar os seus membros nessa tarefa, as Equipas de NossaSenhora propem-lhes orientaes de vida:

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    ENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENS

    a) Para se ajudarem mutuamente a progredir no amor de Deus:

    * Dar um lugar importante orao na sua vida;

    * Frequentar regularmente a Palavra de Deus e esfor-ar-se por viv-la cada vez melhor;

    * Aprofundar, constantemente, os seus conhecimentosda f;

    * Aproximar-se com frequncia dos sacramentos, prin-cipalmente da Eucaristia.

    * Esforar-se por avanar no conhecimento e na pr-tica da ascese crist. (2)

    b) Para se ajudarem mutuamente a progredir no amor ao prximo:

    * Viver uma autntica ajuda mtua conjugal (escuta,dilogo, partilha) em todos os campos e em particularno espiritual;

    * Ter a preocupao constante da educao, humana ecrist, dos seus filhos;

    * Praticar amplamente, em casal, o acolhimento e ahospitalidade;

    * Testemunhar no concreto o amor de Cristo, princi-palmente atravs de um ou vrios trabalhos na Igrejae na comunidade crist.

    (2) Ascese: A palavra ascese vem da palavra grega que significa exercitar-se uma palavra que evoca o exerccio que se faz para ter boa sade. Da mesma maneira, ocasal que se exercita na vida crist, conjugal e familiar, tem oportunidade de praticar aascese: exercitar-se, para amar sem egosmo. Os pontos concretos de esforo so osmeios propostos pelo movimento das Equipas de Nossa Senhora, para encorajar ealimentar esse treinamento para amar sem egosmo. Os atletas abstm-se de tudo: eles,para ganhar uma coroa perecvel; e ns, para ganharmos uma coroa imperecvel

    (1 Cor 9, 25)

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    ENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENS

    c) As orientaes do Movimento propostas nos EncontrosInternacionais:

    Por ocasio dos Encontros Internacionais, o Movi-mento prope orientaes que so as suas prioridadespara os anos seguintes. Estas orientaes, definidasa partir da observao da realidade e das necessidadesdos casais, vo guiar o conjunto dos equipistas numamesma direco comum.

    2 OS PONTOS CONCRETOS DE ESFORO

    Seguir uma direco de crescimento espiritual e humanosupe iniciar um itinerrio lgico e usar os meios para seguirfielmente essa direco.

    A experincia mostra que, sem certos pontos de aplica-o precisos, as orientaes de vida arriscam-se muito a fi-car letra morta. (O que uma Equipa de Nossa Senhora?)

    As Equipas de Nossa Senhora deram o nome de Pon-tos Concretos de Esforo a esses pontos de aplicao pre-cisos.

    Os Pontos Concretos de Esforo so uma caractersticaessencial do Movimento. Correspondem a atitudes interioresque precisam ser despertadas e assimiladas e que vo condu-zir a uma nova maneira de viver. Incentivam a uma disciplinaque ajuda os casais das Equipas de Nossa Senhora a pr oEvangelho em prtica na sua vida quotidiana.

    O empenhamento nesses seis Pontos Concretos de Es-foro vai transformando, pouco a pouco, os esposos, desen-volvendo uma vida espiritual conjugal que os aproximar deDeus, do seu cnjuge e dos outros.

    Em plena liberdade, assumimos como obrigao fa-zer esforos sobre pontos concretos.

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    A deciso de viver os Pontos Concretos de Esforocorresponde a uma adeso do corao e concretiza-se comoum esforo da vontade.

    Atravs de cada ponto concreto, esse esforo tende atornar os casais capazes de acolher o Esprito Santo, que ageinteriormente e os faz crescer.

    Os Pontos Concretos de Esforo exigem da parte de cadaum dos esposos, assim como do casal, um empenhamento svezes difcil de sustentar. Eles no so impostos e cada umcompromete-se voluntariamente a pratic-los. Uma pessoa so-zinha seria tentada a abandonar o esforo; por isso que cadaum pede a ajuda e o encorajamento do seu cnjuge e da suaequipa.

    Os Pontos Concretos de Esforo so um convite a:

    * Escutar regularmente a Palavra de Deus;* Encontrar-se, todos os dias, com Senhor, numa pre-

    ce silenciosa: a meditao;* Rezar juntos, marido e mulher, todos os dias: a ora-

    o conjugal e, se possvel, em famlia: a oraofamiliar;

    * Encontrar cada ms um tempo para um verdadeirodilogo conjugal: o dever de se sentar;

    * Fixar para si esforos pessoais: a regra de vida;* Fazer todos os anos um retiro.

    a) A Escuta da Palavra: escutar regularmente a Palavrade Deus.

    A Palavra de Deus viva e eficaz. (Hb 4, 12)

    Deus fala aos homens porque os ama. Quer estabe-lecer com eles, com cada um deles, uma relao deamor, uma relao de pessoa a pessoa. Ele fala para sefazer conhecer por eles, para lhes revelar o seu grande

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    projecto de amor; para lhes comunicar os seus pensa-mentos, a sua vontade em relao a eles; para lhespropor a sua Aliana.

    Deus fala pelas Escrituras, pela Criao, pelas suasintervenes na histria humana, pelos profetas e, sobre-tudo, por seu filho Jesus.

    A escuta regular da Palavra permite aos equipistas,no somente conhecer a Deus, mas, acima de tudo,enraizar-se melhor no Evangelho. Essa escuta faz comque cada pessoa do casal entre em contacto directocom a pessoa de Cristo. Esse contacto pessoal o pilarde toda a vida espiritual pois A ignorncia das Escri-turas a ignorncia de Cristo. (Joo Paulo II)

    A Palavra criadora de Deus sempre uma fonteindispensvel de motivao e de energia para o nossocrescimento pessoal, para o nosso crescimento comocasal e para a construo de um mundo melhor.

    por isso que as Equipas de Nossa Senhora convi-dam cada um a ouvir, diariamente, a palavra de Deus,reservando um tempo para ler uma passagem da B-blia, em particular dos Evangelhos, e reflectir sobre essapassagem, em silncio, para melhor compreender o queDeus diz atravs das Escrituras.

    b) A Meditao: encontrar o Senhor, todos os dias, numaprece silenciosa.

    Sede perseverantes e vigilantes na orao, acom-panhada de aces de graas. (Col 4, 2)

    Somos chamados a dar o nosso tempo ao Senhor,para uma conversa pessoal com Ele e a viver a suapresena.

    A meditao diria desenvolve em ns a capacidadede escuta e de dilogo com Deus. Ela consiste em ter

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    ENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENS

    um tempo para estar a ss com Aquele que nos ama. um tempo de escuta silenciosa, de corao a cora-o, um tempo de descoberta e de acolhimento do pro-jecto que Deus tem para ns.

    No existem regras rgidas para rezar. Cada pessoadecide o que apropriado para si (quando, onde ecomo). O mais importante para desenvolver essa pro-funda unio com Deus parece ser a perseverana e aregularidade.

    Na orao mental as palavras no so discursosmas acendalhas que alimentam o fogo do amor.

    (Catecismo da Igreja Catlica, 2717)

    c) A Orao Conjugal: Rezar juntos, marido e mulher, to-dos os dias.

    Eu neles e tu em mim, para que sejam perfeitosna unidade. (Jo 17, 23)

    Cristo est presente de uma maneira muito especialquando os esposos rezam juntos. No somente elesrenovam o seu sim a Deus, mas atingem essa unida-de profunda que s se consegue atravs da unio doscoraes e dos espritos no sacramento do Matrimnio.

    A orao conjugal torna-se a expresso comum deduas oraes individuais e deve nascer naturalmentede uma vida partilhada. Se cada um dos esposos tem oseu estilo de orao, importante que tentem desen-volver uma maneira comum de rezar, para descobrir eviver uma nova dimenso da sua vida conjugal. A suaorao em comum ser mais fcil, mais autntica e pro-funda quando a escuta da Palavra de Deus e a oraosilenciosa forem uma prtica regular dos dois esposos.

    O Magnificat, a orao de todas as Equipas de NossaSenhora, pode fazer parte dessa prece quotidiana.

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    ENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENS

    Quando o casal tem filhos, importante que um temposeja reservado para a orao em famlia. O casal ,para os filhos, o primeiro lugar de aprendizagem. Cabeaos pais transmitir-lhes a f e agir de tal maneira que asua casa seja um lugar onde eles se sintam bem a rezar.As crianas, que esto num processo de crescimento,podem aspirar a uma relao mais pessoal com Deus,mas mesmo assim alguns continuam disponveis parapartilhar um momento de orao em famlia, antes darefeio, por exemplo.

    d) O Dever de se Sentar: encontrar cada ms um tempopara um verdadeiro dilogo conjugal.

    Sujeitai-vos uns aos outros no temor de Cristo.(Ef 5, 21)

    O dever de se sentar ajuda-nos a revelarmo-nos,pouco a pouco, ao nosso cnjuge.

    um tempo que marido e mulher passam juntos,sob o olhar do Senhor, para dialogar com sinceridade,num ambiente tranquilo. Esse tempo de manifestaodos sentimentos e dos pensamentos entre os esposospermite um melhor conhecimento e uma ajuda mtua.Permite fazer um balano do passado, analisar a vidaconjugal e familiar, fazer planos para o futuro e con-versar sobre o ideal que escolheram.

    O dever de se sentar evita a rotina da vida conjugale mantm jovem e vivo o amor e o casamento. O seuvalor apreciado por todos os casais que o praticam,que reconhecem nesse encontro uma oportunidade parase amarem ainda mais.

    sempre bom comear o dever de se sentar comum tempo de orao ou de silncio para tomar cons-cincia da presena de Deus. O silncio aprofunda o olhar

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    de um sobre o outro, aproxima de Deus e cria umaatmosfera favorvel.

    e) A Regra de Vida: fixar para si esforos pessoaisProcurai fazer sempre o bem diante de todos os

    homens ... (Rom 12, 17)

    A regra de vida consiste em fixar o ou os pontossobre os quais cada membro do casal decide pessoal-mente concentrar os seus esforos para seguir melhor asua direco de crescimento e responder com alegria aoapelo que o amor de Deus lhe dirige.

    Escolher e assumir uma regra de vida ajuda cadaum a aderir mais pessoalmente e de maneira concretaao projecto que Deus tem para cada cnjuge e para ocasal. uma atitude ou diversas atitudes prticas quese tomam para progredir na direco de um crescimen-to espiritual e humano. No se trata de querer multiplicarobrigaes, mas pedido que se reforce, pouco a pouco,com tenacidade, alguns dos pontos fracos ou que semelhore algumas qualidades.

    Atravs da reflexo sobre os aspectos da vida pes-soal, conjugal, familiar e da vida de cristo, cada umdeve procurar a verdade sobre si mesmo, a fim de en-contrar aquilo que se ope vontade de Deus.

    Como se trata de um caminho espiritual, o avanono linear e preciso estar sempre a recomear. Estaregra deve ser regularmente revista.

    f) O Retiro Anual: fazer todos os anos um retiro.Vinde parte para um lugar despovoado e descan-

    sai um pouco. (Mc 6, 31)

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    ENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENS

    Reservar todos os anos um tempo suficiente para seisolar diante do Senhor, se possvel em casal, num re-tiro que permita uma reflexo sobre a sua vida, na pre-sena de Deus.

    O retiro um tempo privilegiado de paragem, deescuta, de orao e uma oportunidade de renovaoespiritual. tambm um tempo forte para se voltarpara dentro de si mesmo e fazer uma reviso geral devida, sobretudo sobre o seu caminho de crescimento.

    , muitas vezes, uma possibilidade de melhorar oconhecimento do pensamento divino, que entendidode uma maneira fragmentria ou sumria, nas leiturasda Palavra e na vida do dia a dia.

    Os casais das Equipas de Nossa Senhora so encora-jados a tirar proveito da atmosfera especial dos retirospara se renovarem. So convidados a deixar os locaisonde vivem e onde trabalham para que possam escutarDeus e entender o plano que Ele tem para o casal.

    3 UMA VIDA DE EQUIPA

    A equipa no um fim em si mesma, mas um meio aoservio dos seus membros, que lhes permite:

    * Viver tempos fortes de orao em comum e de partilha;

    * Ajudar-se mutuamente de maneira eficaz a caminharpara o Senhor e a ser um testemunho de seu amor.

    Na vida de qualquer comunidade crist, podemos distin-guir, esquematicamente, trs aspectos:

    * Com Cristo a equipa volta-se para o Pai para acolhero seu amor;

    * Em Cristo - a equipa partilha esse amor: Eles eramum s corao e uma s alma;

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    * Impelidas pelo Esprito de Cristo - a equipa envia osseus membros ao mundo para revelar esse amor.

    Nenhum casal obrigado a entrar nas Equipas ou nelaspermanecer. Mas pede-se, queles que dela fazem parte, alealdade para com os outros membros e a prtica da mstica eda pedagogia do Movimento, bem como que permaneamactivos e fiis ao Esprito.

    a) A reunio de equipa

    A reunio de equipa o ponto mais alto da vidadessa pequena comunidade.

    um momento privilegiado de partilha num ambi-ente de caridade e de amor fraternal. Um amor verda-deiro de um pelo outro exigente e no pode ser resul-tado de uma atitude passiva. Essa partilha, entre todos,supe um clima de confiana mtua e de discrio daparte de cada um dos membros da equipa.

    A equipa rene-se todos os meses na casa de umdos casais. muito importante que todos os membrosda equipa estejam presentes, para favorecer a harmo-nia e preservar a unidade da equipa.

    A reunio compe-se de cinco partes, devendo serdado tempo suficiente a cada uma delas:

    * Refeio;* Orao;* Partilha sobre os Pontos Concretos de Esforo;* Pr em Comum;* Troca de impresses sobre o Tema de Reflexo.

    Esta ordem pode mudar, de acordo com a vontade daequipa.

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    33333 REFEIO

    ... e, partiam o po, nas casas e tomavam acomida com alegria e simplicidade de corao.

    (At 2, 46)

    A reunio comea geralmente por uma refeio. importante que ela seja simples. Cada casal pode levaralgo, de forma a que todos participem e possam aju-dar os que tiverem pouco tempo ou poucos meios.

    33333 PR EM COMUM

    Antes de tudo mantende entre vs mtua e cons-tante caridade porque a caridade cobre a multidodos pecados. (I Pd 4, 8)

    um dos tempos fortes da ajuda mtua. O pr emcomum pode comear durante a refeio. uma parteda reunio durante a qual os casais falam dos aconte-cimentos importantes que viveram depois da ltimareunio. Nessa altura, pe-se em comum as preocupa-es da vida quotidiana, os compromissos apostli-cos, as alegrias, esperanas e preocupaes.

    da escuta atenciosa de cada pessoa que podenascer uma amizade autntica e fraterna entre os mem-bros da equipa. O pr em comum reflecte a vida dosmembros da equipa que se rene.

    33333 ORAO

    props-lhes Jesus uma parbola para mostrarque necessrio orar sempre, sem jamais deixar defaz-lo. (Lc 18, 1)

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    ENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENSENS

    A orao o dilogo pessoal do indivduo e dacomunidade com Deus.

    (Agenda do Papa Joo Paulo II para o terceiro milnio)

    A orao um elemento essencial na vida de cadaequipa. o centro e o ponto alto da reunio e pode, svezes, desde que tenha sido pedida uma autorizaoprvia, tomar a forma de uma celebrao eucarstica.

    O tempo de orao comea pela leitura lenta, emvoz alta, de um texto das Escrituras, seguida por umtempo de silncio para acolher interiormente e medi-tar a palavra do Senhor. Cada um expressa, em se-guida, o seu pensamento sobre o texto, em forma deorao partilhada. Deus que nos fala pela voz dosnossos irmos. O silncio, aps cada meditao, tambm orao. Vivemos ento a escuta da Palavrana ecclesiola (pequena Igreja), que a equipa.

    Cada um apresenta depois as suas intenes deorao, a fim de que todos se possam juntar para dargraas e pedir luz, fora, perdo ou intercesso.

    O tempo de orao termina por uma orao li-trgica: um Pai Nosso, o Magnificat, um cntico, umsalmo, etc.

    33333 PARTILHA SOBRE OS PONTOS CONCRETOS DE ESFORO

    Amai-vos, pois, uns aos outros, ardentemente edo fundo do corao. (I Pd 1, 22)

    A partilha um tempo forte de ajuda mtua espiri-tual. Esta responsabilizao de uns pelos outros faz-sepromovendo trs atitudes:

    - Procura assdua da vontade de Deus;- Procura da verdade sobre ns mesmos;- Experincia do encontro e da comunho.

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    Concretamente, cada pessoa convidada a parti-lhar a sua vivncia dos Pontos Concretos de Esforodurante o ms que passou.

    A partilha sobre os Pontos Concretos de Esforo no um exame de conscincia, nem a constatao de umsucesso ou de um fracasso, mas uma releitura dos es-foros necessrios para se progredir na vida espiritual.

    Numa equipa, cada um est num estado diferentena sua vida espiritual e evolui no ritmo que lhe prprio. importantssimo que se aceite essa diver-sidade, para que todos possam falar de si e de suavida com confiana e liberdade. As experincias, osprogressos ou as dificuldades, podem ajudar os ou-tros a seguir o seu caminho prprio na f.

    A partilha dos Pontos Concretos de Esforo fei-ta aps o tempo de meditao e orao e dentro damesma atmosfera.

    33333 TROCA DE IMPRESSES SOBRE O TEMA DE REFLEXO

    essencial, para cada casal cristo, reforar eaprofundar os seus conhecimentos da f. esse opapel do Tema de Reflexo ou de Estudo.

    Os temas de reflexo pedem uma actividade nos intelectual, mas tambm espiritual animada peloEsprito Santo no estudo pessoal, na troca de ideiasentre o casal, antes da reunio, e na troca de impres-ses em equipa. O tema provoca na reunio um con-fronto de reflexes que deve ajudar no aprofun-damento da f e repercutir-se na vida de cada um. Atroca de impresses uma oportunidade para osequipistas desenvolverem e formarem a sua cons-cincia pessoal.

    A reunio pode terminar com a orao adoptadapelo Movimento, o Magnificat, que os casais se com-

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    prometem a rezar todos os dias, em comunho comos membros das Equipas do mundo inteiro.

    b) A vida de equipa fora da reunio mensalA vida de equipa no se limita reunio mensal. A

    orao, em unio com os outros membros da equipa epelas intenes que formularam na reunio, o dilogo, apartilha e a ajuda mtua (espiritual e material) prosseguemdurante todo o ms, da maneira escolhida por cada equipa.O Casal Responsvel deve velar para que isso acontea.

    importante que os casais da equipa beneficiem daamizade profunda que caracteriza uma Equipa de Nos-sa Senhora e que, fora da reunio mensal, eles se sin-tam ligados equipa, como a uma grande famlia.

    c) A reunio de balanoA ltima reunio do ano (normalmente antes do tem-

    po de frias) uma reunio de balano. Ela proporcio-na, a todos os componentes da equipa, a oportunidadede reflectir e fazer o ponto de situao, abertamente ecom esprito cristo, sobre o seu itinerrio, os seus pro-gressos ao longo do ano que termina e tambm prepa-rar o ano seguinte.

    No se pode esquecer que o mais importante pro-curar a vontade de Deus para o casal e para a equipa ediscernir o seu apelo para viver, mais autenticamente, oamor dagap, que a alma de toda a comunidade crist.

    d) O compromissoDe tempos em tempos, os equipistas so convida-

    dos a renovar o seu compromisso de seguir lealmente oesprito e os mtodos do Movimento. Isso pode serfeito numa cerimnia simples, na prpria reunio deequipa ou num evento mais alargado, a nvel do Sectorou da Regio.

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    VII - A ORGANIZAODAS EQUIPAS DE NOSSA SENHORA

    1 O ESPRITO DA ORGANIZAO

    Uma Equipa de Nossa Senhora no pode viver isolada.As Equipas pertencem a um Movimento que tem uma orga-nizao destinada a coordenar, animar, ligar, apoiar, servir asequipas, e tambm a manter a unidade.

    Uma equipa de base funciona, em primeiro lugar, graasao empenhamento dos seus membros e, depois, porque ajuda-da e sustentada pelo Movimento, com o qual vive em comunho.

    A unidade conseguida pelo desejo de progredir juntos, nafidelidade ao esprito e aos mtodos das Equipas de NossaSenhora.

    A pertena dos membros, no somente equipa mas tam-bm ao Movimento, exprime-se e concretiza-se por:

    * Orao do Magnificat todos os dias, em unio comos outros membros das Equipas de todo o mundo;

    * Leitura das Cartas Mensais das Equipas de NossaSenhora, publicadas nos diferentes escales do Movi-mento;

    * Participao nas manifestaes e celebraes organiza-das pelos Sectores ou a nvel Regional, Supra-Regionale Internacional;

    * Acolhimento e hospitalidade aos outros membros das Equi-pas de Nossa Senhora, quando houver oportunidade;

    * Aceitao de responsabilidades ou participao na or-ganizao e na animao do Movimento;

    * Contribuio para a vida material do Movimento.

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    importante que os membros das Equipas de Nossa Se-nhora contribuam com uma quantia anual (quotizao) de acordocom suas posses, a fim de que o Movimento possa cumprir asua misso junto aos casais. difcil avaliar a quantia a dar; noentanto, sugere-se que se contribua, por ano, com o equiva-lente a um dia de trabalho do casal. A ausncia de meios finan-ceiros no deve jamais ser um impedimento participao dequem quer que seja nas actividades do Movimento.

    Vendiam as suas propriedades e os seus bens e divi-diam-nos por todos, segundo a necessidade de cada um.

    (At 2,45)

    2 A EQUIPA

    Uma equipa constituda por cinco a sete casais, assisti-dos por um sacerdote conselheiro espiritual.

    Os membros das Equipas de Nossa Senhora so cristosunidos pelo Sacramento do Matrimnio e casados validamenteaos olhos da Igreja que:

    * Exprimem a sua vontade de pertencer ao Movimento.* Aceitam tomar parte na vida comunitria da Equipa e

    do Movimento.* Empenham-se em ser fiis ao esprito e a pr em prti-

    ca os mtodos das Equipas de Nossa Senhora.* Respeitam a liberdade de conscincia dos outros equi-

    pistas e as suas diferenas humanas e sociais.* Procuram viver na fidelidade ao Papa, de acordo com a

    doutrina da Igreja.

    As vivas e o os vivos, quando perdem os seus cnju-ges, podem continuar nas suas equipas.

    a) O casal responsvelCada equipa elege todos os anos, um casal respon-

    svel. A sua funo consiste em encorajar e reforar o

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    empenhamento dos membros da equipa em relao aessa pequena comunidade, para que a ajuda mtua sejaa efectiva e cada um se sinta verdadeiramente aceite,reconhecido e amado.

    O casal responsvel vela para que todos participemactivamente na reunio mensal da equipa e a prepa-rem; informa os outros membros sobre a vida do Mo-vimento e motiva-os para terem uma participao acti-va nas reunies promovidas pelos diferentes nveis dasua organizao.

    b) O conselheiro espiritualCada equipa deve contar com a colaborao de um

    sacerdote. Na equipa, comunidade de Igreja, ele no somente um conselheiro espiritual, mas cumpre a suafuno sacerdotal. Ele torna presente Cristo como Ca-bea do Corpo. (Snodo dos Bispos de 1971)

    O sacerdote tem, assim, esse papel que permite sEquipas enriquecerem-se com o encontro dos dois sa-cramentos: o da ordem e o do matrimnio.

    Se uma equipa no puder contar com a participaode um sacerdote conselheiro espiritual, cabe aos respon-sveis do Sector, fiis s linhas mestras do Movimento,fazer com que ela tenha um acompanhante espiritualtemporrio.

    3 INSTNCIAS DE RESPONSABILIDADE E DE ANIMAO

    a) O SectorO Sector uma comunidade de Equipas que que-

    rem caminhar juntas e ajudar-se mutuamente nesse

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    caminho. Formam normalmente uma unidade geogr-fica de cinco a vinte equipas, aproximadamente, pe-quena bastante para permitir uma fcil comunicaoentre elas, mas com equipas suficientes para assegurar aanimao.

    A responsabilidade do Sector confiada pelo Movi-mento a um casal chamado Responsvel de Sector,ajudado por uma Equipa de Sector. Esta equipa cons-tituda por alguns casais e um sacerdote, o ConselheiroEspiritual do Sector. O Casal Responsvel de Sector chamado ao servio pelo Casal Responsvel da Regiopor um perodo de trs anos.

    As funes da Equipa de Sector so: a animaoespiritual, a ligao, a formao, a organizao de acti-vidades, a difuso do Movimento.

    b) A Regio

    A Regio agrupa vrios Sectores quase sempre vizi-nhos, com o objectivo da ajuda mtua. um lugar decomunicao e de comunho entre os casais respons-veis de Sector, os membros das Equipas de Sector eoutros casais que assumam um servio. Um casal es-colhido como Casal Responsvel da Regio por qua-tro anos. Com a ajuda de uma Equipa e de um Conse-lheiro Espiritual de Regio, ele responde a um objectivocomum de animao, de ligao, de formao, de difu-so, de reflexo, de discernimento e de construo daunidade entre as equipas da Regio.

    O Casal Responsvel da Regio chamado ao ser-vio pelo Casal Responsvel da Supra-Regio ou pelaERI, em concertao com os Responsveis de Sectordessa Regio.

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    c) A Supra-Regio

    A Supra-Regio agrupa as Regies de um pas, ouas Regies de pases vizinhos. A experincia mostraque 200 Equipas constituem uma boa base para permi-tir o funcionamento de uma Supraregio.

    A responsabilidade confiada a um casal escolhidopara ser o Casal Responsvel da Supra-Regio, quechama outros casais e um sacerdote para o acompa-nhar no seu servio de reflexo, discernimento e ani-mao das Regies que lhe so confiadas.

    Eles constituem, juntos, a Equipa de Supra-Regionum esprito de colegialidade, de co-responsabilidade ede comunho. O Casal Responsvel de Supra-Regioexerce o seu servio por um perodo de cinco anos.

    A sua misso deve ser vivida na fidelidade ao ca-risma fundador, vocao e misso do Movimento.Neste quadro, o Casal Supra-Regional tem a responsa-bilidade de transmitir s Equipas as grandes orienta-es do Movimento e de velar pelo cumprimento dasua pedagogia e dos seus mtodos; tambm respon-svel pela unidade e comunho e ainda pela formaodos quadros e dos equipistas da Supra-Regio.

    O Casal Supra-Regional membro do Colgio In-ternacional do Movimento. chamado ao servio pelaEquipa Responsvel Internacional, em concertao comos responsveis das Regies da Supra-Regio.

    Para certas Supra-Regies em que o nmero de Equi-pas muito grande, pode existir uma estrutura intermdia,do tipo Provncia, que rene algumas Regies. Umcasal ento escolhido para ser Casal Responsvel deProvncia por um perodo de quatro anos e chamadoao servio pelo responsvel da Supra-Regio.

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    d) A Equipa Responsvel Internacional (ERI)

    A Equipa Responsvel Internacional a instnciade responsabilidade geral do Movimento. A ERI, quetrabalha em colegialidade, composta por cinco ou seiscasais e um sacerdote Conselheiro Espiritual, dispon-vel para todo o Movimento.

    A escolha dos membros da ERI inspira-se no carac-ter internacional do Movimento. Estes casais compro-metem-se a ttulo pessoal e no como representantesdo seu pas de origem.

    O tempo de servio de cada casal na ERI geral-mente de seis anos. A Equipa Responsvel Internacio-nal assume, em colegialidade, a responsabilidade geraldo Movimento e exerce esse servio em unio estreitacom os casais Supra-Regionais.

    Entre os seus membros, a ERI convida um casalpara ser responsvel da equipa. A sua tarefa a degarantir a animao e a comunho no seio da ERI e doColgio Internacional. Esse casal o representante ofi-cial do Movimento e o seu tempo de responsabilidade de seis anos.

    responsabilidade e misso da ERI:

    * Animar o Movimento no seu todo;

    * Manter o Movimento em ligao Igreja universal;

    * Velar pela fidelidade s intuies fundadoras doMovimento;

    * Exercer um planeamento a longo prazo;

    * Garantir a unidade do Movimento;

    * Desenvolver o Movimento; implant-lo particular-mente nos pases onde ele ainda no est presen-te, fora das zonas de difuso das Supra-Regies.

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    e) O Colgio Internacional

    O Colgio Internacional uma instncia de reflexoe de troca de ideias, destinada a favorecer, a nvel in-ternacional, um exerccio colegial da responsabilidadegeral do Movimento; ter a preocupao da unidade eda comunho entre todos os membros. O Colgio Inter-nacional composto pela ERI e pelos casais Supra-Re-gionais.

    Periodicamente, os Casais Responsveis das RegiesIsoladas e das Coordenaes so convidados a partici-par na reflexo do Colgio.

    f) Casos Particulares

    * O Sector Isolado

    Recebe o nome de Sector Isolado aquele que nopode ser integrado, nem participar da vida de umaRegio porque est geograficamente isolado. A res-ponsabilidade define-se e exerce-se da mesma manei-ra que a de um Sector integrado numa Regio. A liga-o de um Sector Isolado feita por um membro deuma equipa Regional, de uma equipa de Coordenaoou da ERI. O casal responsvel deste tipo de Sector nomeado pelo casal responsvel pela ligao daquelarea.

    * A Regio Isolada

    Assim chamada uma Regio que no est inte-grada numa Supra-Regio e que possui um nmero deequipas insuficiente para se tornar numa Supra-Regio.

    A responsabilidade de uma Regio Isolada defi-ne-se e exerce-se da mesma maneira que a de umaRegio integrada numa Supra-Regio.

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    g) As Estruturas Intermdias TemporriasEm certas circunstncias, geralmente por razes de

    ordem geogrfica, nomeadamente quando as distnciasso muito grandes, podem-se formar estruturas inter-mdias e temporrias para favorecer a animao e aexpanso do Movimento.

    * O Pr-Sector e a Pr-Regio

    Os casais animadores destes escales intermdiostm uma responsabilidade e um tempo de serviosemelhante do casal responsvel de Sector ou docasal Regional, respectivamente.

    * A Coordenao Regional e Inter-Regional

    D-se este nome a uma estrutura intermdia e tem-porria que agrupa um conjunto heterogneo de enti-dades dispersas numa zona geogrfica determinada(Regies, pr-Regies, Sectores, pr-Sectores, Secto-res isolados, Equipas isoladas) e que no dispem deum nmero suficiente de Equipas para ter a organiza-o de uma Regio isolada ou de uma Supra-Regio.

    A responsabilidade de uma Coordenao Regio-nal ou Inter-Regional confiada pelo Movimento aum Casal Coordenador. A sua nomeao feitapela ERI e o seu tempo de servio de quatro anos.

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    VIII - OS SERVIOS DO MOVIMENTO

    Cada um de vs ponha disposio dos outros o domque recebeu assim um ministrio, para exerc-lo com umafora divina. (1 Pd 4, 10-11)

    1 A RESPONSABILIDADE: Um servio

    Uma responsabilidade espiritual s pode ser recebidado Senhor e ningum se pode apropriar dela. Isto quer dizerque preciso manter-se em unio com Aquele que nos con-fiou essa responsabilidade. (Padre Roger Tandonnet)

    este o esprito da responsabilidade nas Equipas de Nos-sa Senhora. Muita vezes, entre os homens, responsabilida-de sinnimo de fora e de poder. Quando Cristo lavou osps dos seus discpulos, mostrou-nos uma outra maneira deexercer a responsabilidade nas Equipas: pondo-nos ao serviodos nossos irmos e irms. Nas Equipas, a responsabilidade um convite a um amor maior e todas as responsabilidades soapelos ao servio.

    A responsabilidade nas Equipas de Nossa Senhora exer-cida por casais, isto , os dois cnjuges em conjunto. Elesexercem-nas com a ajuda de outros casais, com uma equipa deservio, assistida por um sacerdote conselheiro espiritual, numclima de co-responsabilidade, colegialidade e comunho.

    Assumir um servio implica um bom conhecimento doobjectivo desse trabalho e do Movimento. Toda a responsa-bilidade que se exerce no Movimento tem um tempo limita-do: a durao varia segundo os diferentes escales.

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    As diversas responsabilidades so explicadas num do-cumento, A Responsabilidade nas Equipas de Nossa Se-nhora. No entanto, neste Guia apresentado um resumo doque so essas responsabilidades.

    2 A LIGAO

    Uma equipa no caminha sozinha. A ligao indispen-svel para a construo de um esprito de comunidade e uni-dade, para dar o sentido de pertena ao Movimento e defidelidade aos seus objectivos e ao carisma fundador. aligao que permite a comunicao das Equipas entre si ecom o Movimento.

    A ligao indispensvel em todas as instncias de res-ponsabilidade e particularmente importante entre as Equipas eo Sector, que a estrutura essencial para a vida das Equipas.

    A forma de ligao ser adaptada para responder s situa-es particulares. Deve ser pessoal e implica o encontro entrepessoas quando tal for possvel. A ligao deve ser feita numesprito de orao e amizade.

    Os casais de ligao devem assegurar-se para que os ca-sais das Equipas que ligam recebam o apoio necessrio paraviver a sua espiritualidade conjugal, com a ajuda dos meiospropostos pelo Movimento.

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    IX - AS EQUIPAS NOVAS NO MOVIMENTO

    1 A EXPANSO DO MOVIMENTO

    O Movimento das Equipas de Nossa Senhora, como umpresente do Esprito Santo, confiado aos bons cuidados detodos os seus membros; a responsabilidade do seu desenvol-vimento de forma a permitir que outros casais vivam essedom de Deus de todos e de cada equipista sem excepo.

    Os que pertencem s ENS pretendem torn-las mais co-nhecidas porque esto convencidos que elas podem ajudarmuitos casais, nos dias de hoje, a descobrir e seguir Cristo.

    Entretanto, cabe a cada Sector a responsabilidade de coor-denar e organizar a expanso e as reunies de informao so-bre as Equipas de Nossa Senhora. A maneira de proceder podevariar de um Sector para outro, em funo do contexto local edos carismas prprios dos casais encarregados dessa tarefa.

    2 A INFORMAOO trabalho de informao tem como finalidade explicar,

    com toda a clareza e objectividade, o que o Movimento,suas riquezas e suas exigncias.

    Trata-se de apresentar as Equipas de Nossa Senhora, os seusobjectivos, a sua proposta, os seus meios e os seus mtodos,apoiando-se nos documentos do Movimento; trata-se tambm demostrar o que elas so hoje e como esto inseridas na Igreja.

    Cada Sector deve organizar a actividade de informaoem funo da realidade local.

    3 A PILOTAGEM

    essencial que se tenha muito cuidado na formao deuma nova equipa. A equipa de base a clula mais importan-

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    te do Movimento. Da sua vitalidade depende o Movimento,como um todo.

    Um casal, chamado Casal Piloto, acompanha a novaequipa durante alguns meses; ele transmite aos casais o co-nhecimento, o esprito e os mtodos do Movimento, de for-ma gradual, explicando nova equipa, em diferentes fases, asua pedagogia. O casal piloto utiliza documentos especficospara realizar este servio.

    No fim da pilotagem, organizado um encontro de fimde semana ou um retiro de formao para as novas Equipas,de tal maneira que os seus membros possam aprofundar oconhecimento do Movimento, encontrarem-se com outrosnovos casais e ficarem mais ligados ao Movimento.

    4 AS EXPERINCIAS DE CAMINHADA

    Enriquecidos e sustentados pela vida do Movimento, oscasais das ENS so incentivados a envolver-se nas necessida-des da sua comunidade paroquial, ao servio da Igreja.

    Perante a urgncia da tarefa de evangelizao, as ENStomaram conscincia da necessidade de permitir a outros ca-sais, quer a possibilidade de descobrir a f crist, quer a derecomear uma vida de Igreja.

    Esta preocupao tem dado origem a vrias iniciativaspara ajudar os casais que no fazem parte das Equipas deNossa Senhora, dando-lhes a oportunidade de se reuniremem grupo para se ajudarem mutuamente na busca de umavida de empenhamento espiritual.

    Durante alguns meses, casais das equipas partilham comum grupo de outros casais a sua vivncia e conhecimento davida crist, da vida conjugal e familiar, como tambm da vidaem comunidade.

    No fim da experincia, as Equipas de Nossa Senhora soapresentadas ao grupo, como uma opo para aqueles que te-nham o desejo de continuar a fazer parte de uma comunidade.

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    X - A VIDA DAS EQUIPASDE NOSSA SENHORA COMO MOVIMENTO

    Os membros das Equipas so convidados a integrar-se ea colaborar na vida do Movimento e nas suas estruturas, pres-tando uma colaborao gratuita e leal.

    Alm das reunies de equipa e das reunies de trabalhodos diversos escales, outras actividades mais formais ou ofi-ciais so organizadas, tais como:

    1 AS REUNIES/ENCONTROS DE SECTOR, DE RE-GIO, DE SUPRA-REGIO

    Uma vez por ano, pelo menos, uma reunio/encontro organizada em cada Sector, Regio ou Supra-Regio, para con-gregar todos os casais com responsabilidades especficas noMovimento. uma oportunidade para rezar juntos, construir aunidade e a comunho, propor orientaes, formar, encontraros responsveis locais do Movimento e trocar informaessobre a evoluo a nvel regional, nacional e internacional.

    2 AS SESSES DE FORMAO

    As sesses de formao so tempos importantes na vidadas Equipas. O seu objectivo formar os equipistas ou apro-fundar os seus conhecimentos sobre o esprito e os mtodosdo Movimento. Esta oportunidade dada aos equipistas, paraaprofundar a proposta de vida das Equipas de Nossa Senhora,torna-os mais seguros no seu empenhamento, ficando a vivermelhor o Movimento e, portanto, mais habilitados a desempe-nhar as suas responsabilidades.

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    Uma sesso de formao , normalmente, fechada; dura,no mnimo, um fim de semana. Esses dias, imersos no am-biente das equipas, passados com casais de outras equipas,so um tempo forte de formao, de amizade e de partilha.

    O programa consiste numa sucesso de tempos de ora-o, de conferncias e de troca de ideias que vo enriquecer emelhorar a vida dos participantes.

    Uma sesso internacional rene equipistas de diferentespases. Esse perodo de formao enriquecido pela troca deideias entre casais de meios e culturas diferentes, que vive-ram experincias diversas.

    As sesses de frias so uma combinao de sesses deformao e de frias. Criam uma oportunidade nica paratoda a famlia viver um tempo espiritual partilhado. O progra-ma inclui actividades para as crianas e tempos de repousoem famlia.

    3 OS ENCONTROS INTERNACIONAIS

    O Movimento organiza encontros internacionais a interva-los regulares. So tempos fortes de orao, de troca de ideias ede orientao para as Equipas de Nossa Senhora, na sua univer-salidade.

    As Orientaes, para o conjunto de equipistas, repre-sentam as prioridades do Movimento para os anos seguintes,propostas a partir da observao da realidade e das necessida-des dos casais.

    Um Encontro Internacional um sinal importante de uni-dade de esprito e rene milhares de casais do mundo inteironum ambiente de alegria e de louvor a Deus.

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    XI - A MISSO

    As Equipas de Nossa Senhora so um Movimento queajuda os casais, seus membros, a serem activos na Igreja e nomundo.

    O Movimento, como tal, pode participar a pedido daIgreja, na pastoral que ela organiza, nomeadamente, no do-mnio dos casais e da famlia.

    1 MISSO DO MOVIMENTO

    As Equipas de Nossa Senhora tm um objectivo espec-fico e directo: ajudar os casais a viver plenamente o seu sa-cramento do Matrimnio.

    Tm, simultaneamente, um objectivo missionrio: anun-ciar ao mundo os valores do casamento cristo, pela pala-vra e pelo testemunho de vida. (O Segundo Flego - 1988)

    2 MISSO DOS EQUIPISTAS

    A sociedade contempornea tem particular necessida-de do testemunho de casais que perseveram no seu casa-mento, como um Sinal eloquente (apesar das dificuldadesenfrentadas) da nossa condio humana e do constante amorde Deus. (Joo Paulo II, Agenda para o Terceiro Milnio)

    Se as Equipas de Nossa Senhora no forem um viveirode homens e de mulheres prontos a assumir, corajosamente,todas as suas responsabilidades na Igreja e na cidade, per-dem a sua razo de ser. (Padre Henri Caffarel)

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    a) Misso no Movimento

    Os equipistas devem pr os dons que receberam deDeus ao servio da sua prpria equipa, do seu Sector eda sua Regio:

    * Participando num esforo comum para viverplenamente a comunidade e aumentar a ajudamtua;

    * Dando apoio queles que respondem chamadapara um servio e aceitam uma responsabilidade;

    * Contribuindo para as novas iniciativas que solanados em resposta s crescentes aspiraes doscasais.

    A ningum permitido permanecer inactivo.

    (Joo Paulo II, Christifidelis Laici)

    b) Misso na Igreja

    As Equipas, enquanto tais, no se empenham numaaco de conjunto e determinada, pois cada casal devedescobrir o apelo que o Senhor deseja que ele responda.

    Mas essa liberdade, muito fecunda na variedade decompromissos, no deve fazer esquecer que o Movi-mento tem um carisma que lhe prprio e que nopode furtar-se aos seus semelhantes e aos apelosespecficos dos bispos no campo da pastoral familiar.

    Importa tambm que as Equipas:

    * Se abram a outros meios sociais e se preocupemcom as necessidades do seu pas, de prefernciacom aquelas que so assinaladas pelas Igrejaslocais. (O Segundo Flego 1988)

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    * Respondam ao apelo da Igreja para uma novaevangelizao, fundada no amor e na vida de fa-mlia. Hoje, a Igreja tem mais necessidade deleigos casados com uma boa formao, em quea f e a vida se alimentam mutuamente. Os ca-sais cristos tm tambm um dever missionrioe um dever de ajuda em relao aos outros ca-sais, aos quais desejam transmitir a sua expe-rincia e manifestar que Cristo a fonte de todaa vida conjugal.

    (Joo Paulo II 50. aniversrio da CARTA)

    c) Misso no mundo

    Os casais so chamados a ser fermento de renova-o, no somente na Igreja, mas tambm no mundo ea mostrar, atravs de seu testemunho, que:

    * O casamento est ao servio do amor;* O casamento est ao servio da felicidade;* O casamento est ao servio da santidade.

    Muitos lares vos ficaro gratos pela ajuda queassim lhes haveis dado. Evidentemente, hoje, a maiorparte dos casais tem necessidade de ser ajudados.

    (Paulo VI s ENS 1976)

    Para realizar a sua misso, os casais das ENS de-vem sempre sustentar as suas aces na orao.

    No a orao a fora que nos tira para fora dens mesmos e nos lana ao servio dos outros? atra-vs dela que os meios humanos alcanam sua plenaeficcia, e ela que continua a poder, quando os meiosmais nada podem fazer.

    (Padre Henri Caffarel)

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    XII - TEXTOS DE REFERNCIA (Para uma consulta mais profunda)

    A Carta das Equipas de Nossa Senhora 1947 edio 1972 (Anexo I)Carta do Cardeal FELTIN 1960 (Anexo II)Decreto de Reconhecimento 1992 (Anexo III)O que uma Equipa de Nossa Senhora? 1976 (Anexo IV)O Segundo Flego 1987 (Anexo V)* As Equipas de Nossa Senhora, P.e Caffarel (1988)* Henri Caffarel Um homem arrebatado por Deus (1997)* A Reunio de equipa (1985)* A Partilha (2001)* A Regra de Vida (1999)* Escutar a Palavra de Deus (1985)* Meditao: Uma conversa quotidiana com Deus (2001)* A Orao do Casal (1996)* O Dever de se Sentar* O Retiro Espiritual (1982)* A Responsabilidade nas Equipas de Nossa Senhora (1993)* O Padre Conselheiro Espiritual (1993)* O Casal Responsvel de Equipa (1978)* O Casal Responsvel de Sector (1993)* O Casal Informador (1979)* O Manual de Pilotagem (2001)* O Manual do Casal de Ligao (1994)* As ENS ao servio do Mandamento Novo* As ENS face ao Atesmo* Reunidos em nome de Cristo

    Nota: Todos estes documentos esto disponveis no SecretariadoInternacional e a maior parte deles tambm no Secretariado daSupra-Regio de Portugal, mediante uma contribuio material, equi-valente aos custos dos documentos e eventuais despesas de correio.

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    DOCUMENTAOANEXA

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    ANEXO I

    A CARTA DAS EQUIPAS DE NOSSA SENHORA - 1947 (*)

    PORQU AS EQUIPAS DE NOSSA SENHORA

    Vivemos numa poca de contrastes: por um lado o di-vrcio, o adultrio, a unio livre e o neo-malthusianismotriunfam; por outro lado, multiplicam-se os casais que aspi-ram a uma vida integralmente crist; alguns destes casaisfundaram as Equipas de Nossa Senhora.

    Eles ambicionam levar at ao fim os compromissos doseu baptismo:

    Querem viver com Cristo, por Cristo e para Cristo. Entregam-se a Ele sem condies. Entendem dever servi-Lo sem discutir. Reconhecem-No como Chefe e Senhor do seu lar. Fazem do Evangelho a carta da sua Famlia. Querem que o seu amor, santificado pelo sacramento

    do Matrimnio, seja um louvor a Deus - um testemu-nho aos homens, provando-lhes, com toda a evidncia,que Cristo salvou o Amor - uma reparao pelos peca-dos contra o Matrimnio.

    Entendem dever ser, por toda a parte, os missionriosde Cristo.

    (*) A ltima edio foi publicada no ano de 1972, ainda no tempo do Padre Caffarel.

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    Devotados Igreja, querem estar sempre prontos a res-ponder aos apelos do seu Bispo e dos seus Padres.

    Querem ser competentes na sua profisso.

    Querem fazer de todas as suas actividades uma colabo-rao com a obra de Deus e um servio prestado aoshomens.

    Porque conhecem a sua fraqueza e os limites das suasforas, que no da sua vontade ...

    Porque sentem cada dia como difcil viver como cris-tos num mundo pago ...

    E porque tm f indefectvel no poder da ajuda fra-ternal ...

    Decidiram formar equipa:

    As equipas no servem de refgio para adultos bemintencionados mas, pelo contrrio, so grupos de com-bate compostos por voluntrios.

    Ningum obrigado a ingressar nelas, nem a nelas per-manecer, mas os que ficam devem fazer jogo franco.

    SENTIDO DA DENOMINAO

    A palavra equipa, preferida entre todas, implica a ideiade uma finalidade bem determinada, que se procuraatingir activamente e em comum.

    As equipas colocam-se sob a proteco de Nossa Se-nhora. Com isso sublinham a sua vontade de A servir eafirmam que no h melhor guia para chegar at JesusCristo do que a Sua prpria Me.

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    MSTICA DAS EQUIPAS

    I Ajuda mtua

    1 No h vida crist sem uma f viva. No h f vivae progressiva sem reflexo. Com efeito, a grande maioria doscristos casados renuncia a todo o esforo de estudo e medi-tao, por no lhe reconhecer importncia e, igualmente, porfalta de tempo, de orientao e de treino.

    Da a sua f medocre e frgil; o seu conhecimento dopensamento divino e dos ensinamentos da Igreja torna-se su-mrio e fragmentado. Conhecem mal os caminhos que con-duzem a Deus. No tm seno uma ideia muito superficialdas realidades familiares: casamento, amor, paternidade, edu-cao, etc ...

    Consequncias: pouca vitalidade religiosa, uma irradia-o muito limitada sobre os que os rodeiam.

    Os casais das equipas querem reagir. Portanto esfor-am-se por aprofundar os seus conhecimentos religiosos epor medir as exigncias de Cristo, a fim de Lhe poderemsubordinar toda a sua vida. em comum que desenvolvemesse esforo.

    2 No se trata somente de conhecer Deus e osseus ensinamentos, mas de O encontrar: ao estudo ne-cessrio acrescentar a orao. Nas Equipas de Nossa Se-nhora os casais ajudam-se mutuamente tanto no estudo comona orao. Rezam uns COM os outros; rezam uns PELOSoutros.

    Em verdade vos digo: onde dois ou trs se renem eumeu nome, EU estou entre eles. (Mt 18, 19-20)

    Fortalecidos pela promessa do Senhor, os casais das Equi-pas esforam-se por no perder de vista a presena de Cristo

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    entre eles e entregam-se com alegria e confiana oraoem comum.

    3 No ser ilusrio pretender ajudar os amigos a levaruma vida espiritual, se os no ajudarmos primeiro a vencer assuas preocupaes?

    por isso que os casais das Equipas de Nossa Senhorapraticam largamente a ajuda mtua, tanto no plano materialcomo no moral, obedecendo magnfica recomendao deSo Paulo: Carregai os fardos uns dos outros, e assimcumprireis a Lei de Cristo (Gal 6, 2).

    Esforam-se por satisfazer a qudrupla exigncia da ami-zade fraternal: dar, receber e (mais difcil que dar) pedir(mais difcil ainda) e saber recusar.

    A simplicidade de pedir no pode existir onde no haja asimplicidade de recusar o servio pedido, quando este nopuder ser prestado seno com dificuldade excessiva.

    A ajuda mtua dever dar-lhes a legtima segurana quetantos outros esperam do dinheiro.

    II Testemunho

    Diante dos primeiros cristos, dos quais os Actos dosApstolos (4-32) nos dizem: ... eram um s corao e umas alma!, os pagos admiravam-se: Vede como eles seamam!. E a admirao arrastava a adeso.

    A caridade fraternal teria perdido no sculo XX o poder deirradiao e de seduo que possua nos primeiros tempos daIgreja?

    As Equipas de Nossa Senhora pensam que, hoje comoento, os no crentes sero conquistados para Cristo, se vi-rem lares cristos amarem-se verdadeiramente e ajudarem-se

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    mutuamente na procura de Deus e no servio aos seus ir-mos. Assim, o amor fraternal, ultrapassando a ajuda, torna-setestemunho.

    DISCIPLINA NAS EQUIPAS

    A mstica das Equipas, para ser viva e duradoira, exigeuma regra. Mstica e regra, como alma e corpo, no se po-dem dispensar uma outra; a mstica deve ser a alma daregra; a regra, o suporte e a salvaguarda da mstica.

    A regra deve ser suficientemente leve para no entravar apersonalidade e a misso de cada casal, e suficientementedura para os defender da monotonia e da indiferena.

    I A Equipa

    A equipa compe-se de 4 a 8 casais. Um deles ser oCasal Responsvel (RE). muito importante no ultrapassareste nmero, pois, para alm dele, a intimidade mais difcilde realizar e perde em qualidade.

    II A Reunio Mensal

    A amizade resiste mal separao prolongada, exige en-contros. por isso que a equipa se rene, pelo menos umavez por ms. A assistncia reunio mensal obrigatria. (*)

    Eis o esquema de uma reunio mensal:

    1. Refeio comum

    muito aconselhvel iniciar o encontro mensal poruma refeio em comum, ora em casa de um, ora emcasa de outro (na medida do possvel, evidentemente).

    (*) escusado dizer que, tanto esta obrigao, como outras, podem ser dispensadas,em caso de impedimento grave.

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    Os homens ainda no inventaram nada melhor doque as refeies para se reunirem e estreitarem os la-os de amizade. No s refeies que se agrupa afamlia? No a refeio eucarstica que rene os fi-lhos de Deus? Os Actos dos Apstolos contam-nos queos primeiros cristos repartiam em conjunto o po,em suas casas, e tomavam em conjunto os alimentos,com alegria e simplicidade de corao (Act 2, 46).

    2. Orao em comum

    A Orao em comum o grande meio de nos en-contrarmos em profundidade, de adquirirmos uma almacomum, de tomarmos conscincia da presena de Cristono meio de ns. Mas ela no opera tudo isto senoquando, suficientemente prolongada, nos ajuda a afas-tar as preocupaes, a fazer silncio, a ficar tranquilo.Deve-se-lhe consagrar pelo menos um quarto de horaantes do inicio da discusso do tema.

    Antes da orao, os casais pem em comum as suasintenes. Para que elas sejam verdadeiramente adop-tadas por todos, o seu enunciado deve ser circunstan-ciado e deve mostrar que vm do corao dos que asrecomendam.

    Depois, para serem igualmente adoptadas na ora-o, evocam-se as intenes actuais da grande famliacatlica (por exemplo: cristos perseguidos, algumamisso em dificuldade, determinado esforo de aposto-lado, as vocaes sacerdotais, etc).

    Para que esta orao em comum dilate os coraese os faa pulsar ao ritmo da Igreja compreender sal-mos, oraes e hinos do brevirio e do missal que se-ro propostas s Equipas pela Carta Mensal.

    Uma outra parte da orao consistir em deixar cadaum exprimir em voz alta as reflexes e sentimentos que

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    lhe tero sido sugeridos pelo texto da Escritura indica-do pela Carta Mensal.

    Dever-se- tambm prever uns momentos de siln-cio a fim de permitir, a cada um, ter um contacto maisntimo e pessoal com Deus.

    3. Partilha - Reviso de Vida

    Nas reunies mensais deve ser reservado um mo-mento (pode ser a refeio) para a troca de impressessobre as preocupaes familiares, profissionais, cvicas,sucesso ou insucessos, descobertas, tristezas e alegrias.

    Depois da orao consagra-se um momento Par-tilha (exame) sobre as obrigaes da Carta. Cadacasal diz, com toda a franqueza, se durante o ms de-corrido observou as obrigaes que lhe competiam.

    H, bem entendido, um domnio ntimo e pessoalque seria erro desvendar, sob o pretexto da amizade.Nas equipas reage-se contra esse impudor, hoje muitofrequente, de casais que no hesitam em descobrir atoda a gente os problemas mais ntimos da sua vida con-jugal. Mas, feita esta reserva, como surge bem dentroda linha da verdadeira caridade evanglica, a prtica destapartilha e o apelo, com toda a simplicidade, ajuda fra-terna! Quantos lares sero salvos da mediocridade e dodesastre no dia em que deixaram de lutar sozinhos! ...

    4. Discusso do Tema

    As conversas que no se realizam na presena deDeus, arriscam-se a cair em diletantismo: os espritosjogam com as ideias, os coraes recusam a sua aten-o s verdades que exigem uma transformao. NasEquipas esforamo-nos por ser de uma lealdade abso-luta: toda a verdade melhor conhecida deve inscrever-sena vida.

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    As discusses s so fecundas na medida em queforem preparadas. Assim, marido e mulher devem es-tudar, em conjunto, o Tema de Estudo e enviar porescrito as suas reflexes ao casal designado para diri-gir a prxima discusso do tema, alguns dias antes dareunio.

    Esta obrigao, que lhes imposta cada ms, de umtempo de reflexo em comum, tem-se revelado muitofrutuosa para os casais.

    No plano de estudo, a ajuda mtua exige que o temaseja preparado por todos: ela mesmo mais necessrianeste plano do que no material, onde, no entanto, cadaum teria escrpulo de receber sem contribuir.

    Os assuntos dos temas de estudo para as reuniesno so deixados livre escolha da equipa. So dadospela Equipa Responsvel, no em nome de um au-toritarismo arbitrrio, mas com o fim de ajudar as equi-pas a adquirir uma viso to completa quanto possveldo pensamento cristo e de as iniciar numa autnticaespiritualidade conjugal e familiar.

    Os trs primeiros anos so consagrados a temas fun-damentais, relacionados com o Amor, o Casamento, a Es-piritualidade Conjugal. Depois destes trs primeiros anosas equipas podem escolher entre vrios assuntos, havendosries de temas e sendo-lhes fornecido, como para osoutros, o plano de trabalho, questionrios e referncias.

    Escusado ser dizer que se podem organizar encon-tros suplementares, seja para novas discusses de te-mas, seja simplesmente para alimentar a Amizade.

    5. Obrigaes de cada Casal

    Como vimos, os Casais vm procurar ajuda nasEquipas, mas no so, por isso, dispensados de se es-forarem.

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    para ajudar e orientar os seus esforos que asequipas lhes pedem:

    a) Que fixem eles prprios uma Regra de Vida(a grande diversidade de casais no permite pro-por a mesma para todos). Sem regra de vida, afantasia preside muitas vezes vida religiosa doscasais e torna-a catica. Esta regra de vida (escusa-do ser dizer que cada cnjuge deve ter a sua)no mais do que a determinao dos esforosque cada um entende impor-se para respondermelhor vontade que Deus tem a seu respeito.

    No se trata de multiplicar as obrigaes, masde as definir a fim de escorar a vontade e deevitar a deriva. O conselho e controle de um Pa-dre so desejveis, a fim de evitar a sobrecargaou a facilidade. No existe obrigao de dar aconhecer equipa a regra de vida adoptada, nema maneira como observada. Notemos, no en-tanto, que alguns casais se deram muito bem como facto de levar a ajuda mtua at esse ponto.

    b) Rezar em conjunto e com os filhos uma vezpor dia, na medida do possvel, porque a fam-lia, como tal, deve culto a Deus e porque a ora-o em comum tem um grande poder.

    c) Rezar diariamente a Orao das Equipas, emunio com todos os casais dessas equipas.

    d) Exercer mensalmente o Dever de se Sentar. a ocasio para cada casal fazer o exame da suavida.

    e) Estudar, a dois, o Tema de Estudo Mensal eenvi