Grupos Focais

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Metodologia Qualitativa de A a Z Coordenadora: Profa. Dra. Maria Sylvia de Souza Vitalle Aluno: Mestre Marco Antonio Kulik

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Metodologia Qualitativa de A a Z

Coordenadora: Profa. Dra. Maria Sylvia de Souza Vitalle

Aluno: Mestre Marco Antonio Kulik

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Grupos focais

Coordenadora: Profa. Dra. Maria Sylvia de Souza Vitalle

Aluno: Mestre Marco Antonio Kulik

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Desafios analíticos

Coordenadora: Profa. Dra. Maria Sylvia de Souza Vitalle

Aluno: Mestre Marco Antonio Kulik

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Interações e Dinâmicas de Grupo

para vantagem analítica• Qual o objetivo de desenvolver grupos focais?• Capturar a interação entre os participantes.• Muitos dados podem ser conseguidos ao se

observar e registrar um momento de interação.• O todo pode ser infinitamente maior que a soma das

partes

• Atenção: a apresentação dos dados pode simplificar o conteúdo.

• Se a tendência é uma concordância, cuidado para não simplificar as respostas.

• Há uma importante diferença entre relatar o conteúdo de concordância atingido e presumir que todos os membros compartilham do mesmo pensamento.

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Comparações Constantes

• Diferenças inter e intragrupos• É comum pesquisadores procurarem

orientações sobre a extensão na qual eles devem realizar análises ao nível do grupo.• A resposta é subjetiva• O foco no indivíduo é útil na determinação

da extensão do quanto é coletiva uma perspectiva.

• É a comparação constante que faz com que os dados extrapolem.

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Identificação de Padrões

• Contagem de padrões• Análise por tabelas (depende do uso de tabelas para

identificação dos padrões de dados).• Muitas vezes há necessidade de criação de mais de uma

tabela.• Pode-se utilizar em um diagrama/tabela iniciais de nomes

e resultar em mais teorizações.• O uso de tabelas previne avaliações impressionadas se

infiltrando na análise.

• Muitas vezes a equipe de pesquisa entrevista o moderador imediatamente após cada discussão • Isso é importante para o enriquecimento de detalhes.

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Composição do Grupo• Explica diferenças.• Diferenças na composição dos grupos algumas vezes podem fornecer uma explicação para diferenças observadas na ênfase ou conteúdo das discussões.

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Dinâmicas de Grupo• A composição do grupo serve de recurso de análise.• As dinâmicas de grupo servem para que possamos extrair o maior número de informações dentro da complexidade do grupo focal, incluindo explicações, justificativas e hipóteses provisórias adiantadas pelos participantes da pesquisa.• Temos que ter em mente que é muito importante fazermos um bom planejamento para que inclusive as dinâmicas de grupo sejam previstas e possamos extrair o máximo de informações possível de um grupo focal.

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Participantes como Coanalistas

• Existem pessoas que são bastante habilidosas em se tratando de ambiente grupo, elas facilmente engajam-se na discussão assumindo o papel informal de “comoderadores” e mesmo de “coanalistas”.• O moderador deve estar atento para possíveis questões

propostas entre os participantes e a pertinência delas no trabalho.

• Com o grupo focal nós temos condição de avaliar o quanto um grupo está apto a falar, discutir e defender um determinado tema.

• Os grupos focais podem encorajar as pessoas a olharem suas próprias perspectivas e comportamentos por lentes ligeiramente diferentes, mais analíticas.

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Aceitação da Complexidade

•A análise dos dados do grupo focal nunca é algo simples e claro. •Desde o planejamento, passando pela execução, análise de dados e divulgação dos dados, há uma complexidade envolvida em todo trabalho que devemos trabalhar a nosso favor.

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Similaridades entre os Grupos

• Questionamento das surpresas• A similaridades entre os grupos podem ser tão esclarecedoras quanto as diferenças, e pode-se obter vantagens analíticas.• Os grupos focais podem ter sido convocados com o propósito direto de salientar as diferenças, nestes casos as similaridades podem vir como uma surpresa, porém, deve ser feito o questionamento minucioso dos resultado.

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Silêncios •“aquilo que não é dito pode ser tão importante quanto o que é dito “.• Alguns silêncios podem ter sido criados pelo pesquisador cortando a discussão ou se omitindo de fazer perguntas essenciais.• Existem os “silêncios de estranhamento”ou “silêncios de familiaridade”.

•Servem para destacar temas significativos que de outra forma podem passar sem serem notados.•o moderador atento e sensibilizado pela teoria pode se dar conta desses silêncios durante uma discussão e pode ser capaz de se aproveitar dessa oportunidade para trazer a questão novamente.

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Contextos Pessoais e Profissionais

• A separação entre as próprias idéias e os dados é o que alertará o pesquisador para ênfases e ausências.• A equipe pode ser um recurso valioso na análise.

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Desenvolvimento de Grupos Focais

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Limitações e Possibilidades

-apos o pesquisador ter estudado os padrões (tabelas - ritchie e Spencer (1994) começa a tarefa de produzir uma explicação.

Barbour (2003) identificou que há poucas evidências da “análise por tabela”.

Ritchie e Spencer => pensar indutiva e interpretativamente é uma habilidade muito mais difícil de ser capturada.

Os grupos focais geram dados muito ricos e portanto diferenças, processos e dimensões podem ser trabalhados.

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Apresentação dos Achados

-Wilkinson em 1998 revisou estudos com grupos focais realizados entre 1946 e 1996 e constatou que a maioria deles era apresentado como entrevistas simples individuais, as interações entre participantes não foram relatadas, quem dirá analisadas.

-O propósito do grupo focal é analisar o todo de informação conseguida com as discussões.

- devido ao número restrito de palavras de algumas revistas, pode haver uma tendência do pesquisador de publicar relatos individuais que representem o todo.

-pode dar a dúvida no porque os grupos focais foram utilizados.

-pode existir a dúvida entre publicar um resumo em um periódico;

-Os grupos focais podem gerar uma quantidade tamanha de dados.

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Transferibilidade -pensar na amostragem pode gerar uma vantagem ao se contextualizar os achados da pesquisa.-grupos focais são ótimos para explorar questões “por que não ...?”.-também podemos encontrar problemas se obtivermos uma amostra por déficit -Usar o potencial comparativo das bases de dados-a convocação 2 ou 3 grupos focais na maioria das vezes é suficiente.

-combinação de novos grupos focais.-pessoas com potencial para participar do primeiro grupo

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Potencial para Novos Desenvolvimentos

-Projeção da pesquisa com grupos focais depende:-Da questão da pesquisa,-Do tipo de dados visados,-Do paradigma teórico,-Das habilidades e pressupostos epistemológicos que o pesquisador emprega no tópico,

-Da ambientação na qual a pesquisa está sendo realizada,-Da disponibilidade e características demográficas dos participantes em potencial,

-Do financiamento disponível,-Do prazo da pesquisa.

-Grupos focais para o entendimento de identidades coletivas

-HABITUS

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Grupos Focais “Virtuais”-Síncrono -Assíncrono -Úteis ao se pesquisar populações remotas-Menor chance de indivíduos dominarem discussões-Pontos positivos:

-Economia -Transcrição

-Podem ser pontos negativos:-Cansativo -Perde o controle sobre informações pessoais e situacionais

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Grupos Focais “Virtuais”-Ética

-Deve-se preparar o ambiente virtual e os participantes para que seja garantido o anonimato

-Campbell 2001 e Underhill 2003 online e presenciais produzem quantidade semelhantes de dados

-Schenider 2002 contribuições online são mais curtas; participação era mais uniforme.

-Campbell 2001 amostragens feitas por computador:-Mais jovens-Mais educados -Rendas mais altas

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Grupos Focais “Virtuais”-Franklin e lowery 2001 online reduz habilidade do moderador.

- Bloor 2001 assíncrona é mais fácil de moderar.-Online não é o futuro, mas oferece um segmento útil

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Considerações Finais-podem “atingir pontos que outros métodos não podem”.-É um método qualitativo.-Existem desafios: 1- planejamento, 2- execução, 3- análise dos dados, mas as recompensas fazem valer o esforço.-Não há respostas prontas

-Altamente flexíveis -É um método multidisciplinar

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Grato pela atenção.“Espero que você aceite esse desafio criativa mas rigorosamente, enquanto explora as estimulantes possibilidades apresentadas pelos grupos focais como um método - qualquer que seja sua disciplina, nível de experiência com pesquisa, ou tópico de pesquisa”.

Rosaline Barbour