Grupo PET Agora urn pouco Grandes nomes Parasitologia de...
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Schistosoma mansonio Schistosoma mansoni, ea especie responsavel pelaesquistossomose no Brasil,tambem conhecida, popular-mente, como xistose, barrigad'agua ou mal-do-caramujo.
Fagina 01
Grupo PETParasitologiao PET-Parasitologiae 0 primeiro grupo PET(Program a de EducayaoTutorial) nos Centros deCiencias da Saude e de Cien-cias Bio16gicas da UFPE.
Fagina 02
Agora urn poucode CiemciaAspectos fisico-quimicose bio16gicos relacionados aocorrencia de Biomphalariagl~brata em focos litoraneosda esquistossomoseem Pernambuco
Grandes nomesManuel Augusto Pirajada Silva nascido em 28 dejaneiro de 1873 em Camamuna Bahia, formou-se emmedicina aos 23 anos pelaFaculdade de Medicina daBahia.
Fagina 03
Jogo dos sete errosDivirta-se com 0 cicloevolutivo do Schistosomamansoni.
As doenc;:asde que trata a parasitologia sao, em sua maioria, negligenciadas. Podemoscitar a esquistossomose, malaria, doenc;:ade Chagas, leishmanioses, filarioses e as hel-mintiases intestinais, elas afetam as populac;:oes mais empobrecidas nos paises menosdesenvolvidos e, portanto, nao constituem urn mere ado lucrativo para as industriasfarmaceuticas. Para se ter urn exemplo, apenas 1,3% dos medicamentos disponibiliza-dos entre 1975 e 2004 foram para as doenc;:asnegligenciadas, apesar de representarem12% da carga global de doenc;:as. Assim sendo, os pacientes continuam sofrendo esendo tratados com medicamentos ultrapassados, ineficientes e muitas vezes toxicos.
Apesar dos mecanismos de transmissao das doenc;:as parasitarias serem bemconhecidos, poucas endemias tern merecido atenc;:aopor parte de programas de con-trole efetivos. Esta situac;:aoaliada a fatores como 0 aumento demografico, sobretudoentre as populac;:oes de baixa renda; os baixos investimentos na saude, saneamentobasico e educac;:ao da populac;:ao; a resistencia dos parasitos aos medicamentos; 0 de-senvolvimento de parasitos oportunistas e a desinformac;:ao da maioria da populac;:ao
sobre as questoes de saude e riscos existentes sao determinantes na manutenc;:ao daprevalencia dessas doenc;:as.
E diante desse contexto que a Organizac;:ao Mundial da Saude tern soliotado as or-ganizac;:oesgovernamentais e nao governamentais a fomentarem projetos voltados abusca de novos farmacos, novos metodos de diagn6stico e, sobretudo novas medidasde controle visando melhorar 0 perfil epidemiol6gico dessas doenc;:asque assolam eflagelam a humanidade desde tempos remotos.
o jornal, Parasitologia e Noticia, uma iniciativa do Grupo PET Parasitologia, terncomo objetivo a divulgac;:aode temas relacionados as endemias parasitarias. Escritopelos integrantes do grupo, 0 jornal traz conhecimentos sobre as doenc;:asnegligen-ciadas a fim de despertar visao critica e responsabilidade social. Destinado a todos lei-tores, esse jornal, aliado a saude publica no enfrentamento as doenc;:asnegligenciadas,fornecera conhecimentos que, com certeza, contribuirao com a formac;:ao de profis-sionais mais conscientes e uma populac;:ao conhecedora das medidas de prevenc;:aoecontrole dessas doenc;:as.
Schistosoma mansoni:o causador da esquistosso-mose no Brasil
o Schistosoma manson! e a espeCle respon-savel pela esquistossomose no Brasil, popu-larmente conhecida como xisto\e, barrigad'agua ou mal-do-caramujo. E endemic aem uma vasta area localizada principal-mente na regiao Nordeste e em Minas Ge-rais. Estima-se que 0 Brasil possua de 6 a 8milhoes de portadores, sendo Pernambucourn dos estados que exibem uma das maisaltas taxas de prevalencia. Somente em 2010foram registrados 8.282 casos positivos, com186 obitos. Esses dados foram divulgadosem maio durante 0 Forum de Mobiliza~aopara Enfrentamento das Doen~as Negli-genciadas em Pernambuco, cuja propostapretende reduzir a prevalencia no estado.
CONHE<;:A0 CICLO EVOLUTIVO DO S. mansoniPara completar sua evolu~ao 0 S. mansoninecessita de dois hospedeiros: caramujos dogenero Biomphalaria e 0 homem. 0 homemquando esta parasitado elimina ovos madu-ros junto as fezes. Em contato com a agua,os ovos liberam os miraddios, os quais iraQpenetrar nos caramujos para nestes iniciara reprodu~ao assexuada com forma~ao dascercarias, larvas infectantes para 0 homem.Quando 0 corpo cercariano vence a barreiradermica, passa a ser denominado esquis-tossomulo. Estes ganham a circula~ao venosa,alcan~am varios orgaos e se estabelecem nosistema porta hepatico, local onde garantiraoa matura~ao sexual. Vermes machos e femeascopulam e seguem acasalados para ovipornos vasos mesentericos. Os ovos, apos pas-sarem para a luz intestinal, sao eliminadosjunto as fezes. Da penetra~ao cutanea dascercarias ate 0 aparecimento dos ovos nasfezes decorrem aproximadamente 45 dias.
EA DOEN<;:A?
A patogenia da doen~a esta ligada a varios
sitaria adquirida, idade, estado nutricional eresposta imune da pessoa parasitada.
Os ovos que nao forem eliminadoscom as fezes, poderao desencadear uma res-posta inflamatoria com forma~ao de granulo-ma. 0 processo inflamatorio e desencadeadopelos antigenos secretados no interior dosovos e se disseminam nas circunvizinhan~asdestes. Sao os elementos fundamentais na for-ma~ao da rea~ao granulomatosa e, portanto,da doen~a. 0 processo da forma~ao do granu-loma deve ser considerado nas fases aguda ecronic a da esquistossomose.
COMO SE APRESENTA A FASE AGUDA?
Com a oviposi~ao, come~a a haver a libera~aodos antigenos dos ovos a me did a que estes vaGamadurecendo. Na parede do intestino, areasde necrose levam a enterocolite aguda e, nofigado, provo earn a forma~ao de granulomas,caracterizando a forma toxemica que podeapresentar-se com febre, sudorese, calafrios,emagrecimento, fenomenos alergicos, diar-reia, colicas, tenesmo, hepato-esplenomega-lia, linfadenia, leucocitose com eosinofilia,e altera~oes discretas das fun~oes hepaticas.
E A FASE CRONICA?
Essa fase pode apresentar gran des varia~oesclinicas, dependendo se sao altera~oes pre-dominantemente intestinais, hepatointesti-nais ou hepatoesplenicas.o paciente com altera~oes intestinais podeapresentar diarreia mucossanguinolenta, dorabdominal, tenesmo. Em casos mais gravespode haver fibrose da al~a retossigmoide,levan do a diminui~ao do movimento intesti-nal e constipa~ao constante.No figado, os granulomas hepaticos iraocausar fibrose periportal, a qual provocaraobstru~ao dos ramos intra-hepaticos da veiaporta. Esta obstru~ao trara como conseqiien-
da esquistossomose, a hipertensao portal re-sponsavel por desencadear a esplenomegalia,varizes e ascite (barriga d'agua). Esse estagioda doen~a e consider ado grave e representaa principal causa de morte entre os pacientescronicos.
• Anamnese detalhada do caso do paciente,consider ando seus habitos de vida.
• Exame direto atraves de analisemicroscopica das fezes.
• Exames indiretos atraves de metodos imu-nolo gicos e de imagem.
COMO E FEITO 0 TRATAMENTO DA DOEN<;:A?
o tratamento antiparasitario e indi-cado a todos os pacientes que apre-sentarem ovos do parasito nas fezes.Atualmente 0 Praziquantel e a droga de es-colha. Mas, aten~ao! Todo medicamento so I 01deve ser utilizado apos prescri~ao medica!
a QUE FAVORECE A MANUTEN<;:A.ODO SCHIS-
TOSOMA MANSONI EM AREAS ENDEMICAS?
As condi~oes inadequadas de saneamentobasico sao 0 principal fator responsavel pelapresen~a de focos de transmissao, pois a es-quistossomose e uma doen~a tipicamenterelacionada ao padrao socioecon6micoprecario. Soma-se a isso a falta de conheci-mento sobre os aspectos ecologicos que en-volvem esta parasitose.
COMO EVITAR A ESQUISTOSSOMOSE
• Evitar 0 contato com aguas de lagos,a~udes e rios em regioes onde a esquistos-somose e endemica.
• Utilizar agua tratada no banho e ao prepa-rar alimentos.
• Em caso de exposi~ao acidental rapida a
Um pouco de CienciaASPECTOS FISICO-QUIMICOS E BIOLOGICOS
RELACIONADOS A OCORRENCIA DE BIOM-
PHALARIA GLABRATA EM FOCOS LITORANE-
OS DA ESQUISTOSSOMOSE EM PERNAMBUCO.
Petronildo Bezerra da Silva; Constanc;a Simoes Barbosa;
Otavio Pieri; Antonio Travassos.
Resumo original do artigo: Este estudo analisaas caracteristicas fisico-quimicas e parametrosbiol6gicos de ambientes aqwiticos de aguadoce em areas litoraneas do Estado de Per-nambuco, Brasil, onde foram registrados fo-cos de caramujos veto res da esquistossomose.Os testes foram realizados utilizando metodosnormalizados e os sedimentos foram analisa-dos utilizando a tecnica de fluorescencia deraios-x. As micro-algas examinadas atravesde microscopia convencional. Os elementosquimicos mais abundantes nos sedimentosforam Fe, Ca, Si e Al e havia alta concentrayaode eletr6litos, em comparayao com os dadospublicados na literatura. Os valores mediosde salinidade (7,7 g/L) e sulfato (489mg/L)foram muito maiores do que 0 normal paraambientes de agua doce. As micro-algas iden-tificadas sao aquelas que habitam ambientescom altos niveis de salinidade. 0 caramujoBiomphalaria glabrata parece, portanto, sermais toler ante a ambientes salinos e issoconstitui urn risco de propagayao da esquis-tossomose.
A pesquisa foi realizada em areas litoraneasque apresentavam varios casos de infecyao,nas proximidades das praias de Itamaraca,Porto de Galinhas (Ipojuca) e na Lagoa OlhoD'Agua (Jaboatao dos Guararapes), tendonesta ultima urn resultado surpreendente: 0vetor foi encontra do vivendo em aguas com
concentrayoes salinas 15 vezes maiores queas admitidas por autores anteriores. Alemdesse fator foram detectadas, tambem, altasconcentrayoes de calcio, estroncio e ferro, im-portantes para a sobrevivencia dos caramujos.Como se nao bastasse, a variedade nas espe-cies de micro algas tambem e de fundamentalimportancia nesse processo pois elas sao uti-lizadas como alimento pelos moluscos.
Os resultados obtidos no artigo mostrama dificuldade no controle dos vetores comomedida profilatica para a esquistossomose,devido it significativa adaptayao destes aosmeios aquaticos contendo concentrayoesfisico-quimicas extremamente distintas, alemde condiyoes biol6gicas favoraveis. Todavia,como a parasitose se desenvolve ao longo deurn cido, isso significa que existe urn outroponto na sequencia de eventos que, uma veztrabalhado, impossibilite seu fechamento.Este ponto alternativo e a nao exposiyao defezes contaminadas aos caramujos.
Ao discutirmos esse fator somos obriga-dos a admitir que s6 existam duas saidas paraessa questao: a primeira delas e 0 tratamentocorreto do esgoto, 0 qual consiste numa reali-dade distante das familias que residem nestasregioes endemicas. A segunda e promover itpopulayao uma serie de medidas educativasque abordem a importancia de atitudes sani-tarias basicas (como 0 de nao defecar em riose lagoas) na prevenyao da parasitose. Nessesentido e de fundamental importancia umaayao conjunta entre 0 governo estadual e apopulayao. 0 primeiro oferecendo meiosdignos de habitayao, enquanto 0 segundo,estando ciente de sua participayao crucial noexito desse processo.
se vigorosamente com toalha pode ajudar aprevenir que a cercaria penetre na pele.
Grupo PET Parasitologiao PET-Parasitologia eo primeiro grupo PET(Programa de Educayao Tutorial) nos Cen-tros de Ciencias da Saude e de Ciencias Bi-016gicas da UFPE.
Os grupos PET sao coordenados pela Sec-retaria de Educayao Superior do Ministerioda Educayao e apoiados pelas Instituiyoes deEnsino Superior. Trata-se de urn programade longo prazo que visa realizar, dentro dauniversidade brasileira, 0 modelo de indisso-ciabilidade do ensino, da pesquisa e da exten-sao. 0 objetivo geral esta em promover a for-mayao ampla e de qualidade academica dosalunos de graduayao envolvidos direta ou in-diretamente com 0 programa, estimulando afixayao de val ores que reforcem a cidadania ea consciencia social de todos os participantese a melhoria dos cursos de graduayao.
Formado em dezembro de 2010 0 PET-Parasitologia integra estudantes dos cursosde Biomedicina, Farmacia, Enfermagem eNutriyao com tutoria da professora MonicaCamelo Pessoa de Azevedo Albuquerque do
Departamento de Medicina Tropical. A in-terdisciplinaridade que envolve as atividadespropostas pretende oferecer recurs os que iraoamp liar os conhecimentos e experiencias dosestudantes apoiados nas recomendayoes dasDiretrizes Curriculares Nacionais dos Cursosde Saude, as quais afirmam: "alem das pr<iti-cas especificas a cad a profissao,. a formayaodo profissional deve dota-Io de conhecimen-tos para 0 exercicio de competencias e habi-lidades gerais, como: atenyao it saude, toma-das de decisoes, acessibilidade it populayao,lideranya, conhecimento de administrayaoe gerenciamento, e educayao permanente".Desta forma, os estudantes, no exercicio dasatividades propostas de ensino, pesquisa e ex-tensao, estarao se capacitando para trans for-mar 0 cenario das doenyas parasitarias, aju-dando na promoyao da saude da populayao,em sua pr<itica individual ou coletiva, des-pertando valores eticos, de responsabilidadesocial e de cidadania.
Grandes nomes
ORGANIZA~AoMonica Camelo Pessoa de AzevedoAlbuquerqueCoordenadoraVlaudia Maria Assis CostaVice-coordenadora
Manuel Augusto Piraja da Silva, nascido em28 de janeiro de 1873, em Camamu, na Bahia,formou-se em medic ina, aos 23 anos, pelaFaculdade de Medicina da Bahia, no entanto,sete anos mais tarde comeyou a atuar na pes-quisa microsc6pica dedicando-se aos estudosparasitol6gicos.
Foi atraves de analises microsc6picasde fezes de pacientes e realizando estudosem cadaveres que Piraja se consagrou: foi 0
primeiro estudioso brasileiro a identificar, emfezes, 0 ovo provido de espiculo lateral, alemde identificar uma nova especie de Schis-tosoma, 0 Schistosoma mansoni, ao estudare descrever 0 verme adulto. Suas realizayoesforam publicadas no Brazil Medico, urnperi6dico da epoca, sob 0 titulo: "Con-tribuiyao para 0 estudo da Schitosomiase naBahia':
Piraja da Silva morou por longo tempona Franya e Alemanha. Sempre em contatocom estudiosos da Medicina Tropical man-tinha correspondencia com pesquisadores dediversos paises: na Franya, com Blanchard eBrumpt, na Alemanha, com Rocha Lima, emLondres, com Leiper e Manson. Tambemmantinha contato com estudiosos brasileiros,como Adolfo Lutz, Afranio do Amaral, ArturNeiva, Carlos Chagas e Osvaldo Cruz. Pirajamorreu cego, devido a uma catarata, aos 88anos em Sao Paulo.
BiomedicinaAntonio Francisco de Oliveira FilhoAurenice Arruda Dutra de MercesGabriela Calixto Ribeiro de HolandaHianna Arely Milca Fagundes SilvaJoicy Kelly Alves da SilvaMaria da Concei~ao SilvaMaria Francielly Vieira Laranjeira
EnfermagemAdelia Karla Falcao SoaresBianca Rafaela CorreiaDenize Ferreira RibeiroMirella Katiane Leite da Rocha
Jogo dos 7 erros I Ciclo evolutivo do S. mansonl
"O'l •••MlraCldlO
Espa~o do leitor
• Miracidio
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Nutril;aoFernanda Aparecida Gon~alves da SilvaGabriela Maria Pereira FloroIsabelle Priscila Espirito Santo de Assun~ao ~iL
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