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GRUPO ETERNOS [email protected]
www.juraemprosaeverso.com.br17 de novembro de 2011
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Caminhando sobre as águas
Um certo brâmane eremita construiu sua cabana próximo a um grande rio. Todos os dias uma jovem ordenhadora atravessava o rio numa barcaça para lhe levar o leite que ela mesma ordenhava de suas ovelhas na outra margem do rio.
Às vezes ela se atrasava e isso deixava o brâmane aborrecido.
A ordenhadora se desculpava dizendo que muitas vezes tinha de esperar
pela barcaça que estava do outro lado do rio.
"Que grande bobagem", esbravejou o brâmane com desdém."
Mas que barcaça que nada. E em seguida disse: com certa
hesitação: "
Filha , uma criatura de fé, com o nome de Deus no coração e nos lábios, é capaz de caminhar
sobre as águas de um mar revolto e infinito, de mortes e renascimentos inumeráveis, até a
mais distante praia. Será que as pobres águas de um rio podem
deter os pés de quem tem fé?"
A jovem ordenhadora ficou diante do homem santo envergonhada e em silêncio. Em seguida, curvou-se diante dele, tomando um pouco da poeira dos seus pés e colocando-a sobre sua testa.
No dia seguinte, a ordenhadora chegou bem
cedo e na hora certa e, assim, também todos os
dias que se seguiram.
O brâmane estava encantado com o seu zelo e, finalmente, perguntou-
lhe: " O que aconteceu que você agora
tornou-se tão pontual?" A garota respondeu: "
Mestre, estou fazendo, aquilo que o senhor me recomendou que fizesse. Com o nome de Deus nos lábios e no coração, eu caminho sobre as águas;
meus pés não afundam, nem tampouco preciso da barcaça para me atravessar.
O brâmane ficou silenciosamente encantado diante do poder
miraculoso de Deus na boca e no coração de uma criança tão simples; mas não demonstrou nada do que
sentia, apenas disse:
"Você faz muito bem em agir assim.
Irei com você e observarei o seu caminhar sobre as águas, e eu mesmo caminharei ao seu lado quando atravessarmos o rio.
Ele queria observar o milagre acontecendo para a garota; se aquela coisinha jovem podia fazê-lo, então, com certeza, o milagre iria acontecer com ele também.
Quando chegaram à margem do rio, os lábios da garota se moviam
silenciosamente; olhando para a frente ela sussurrava constantemente o nome de Deus e flutuava leve como
uma pluma sobre a água.
O rio fluía apressado sob seus pés sem salpicar-lhe as vestes. A sola de seus pés não pareciam tocar as águas. O brâmane, impressionado com o que via, apressou-se em levantar um pouco a bainha de sua túnica e começou a murmurar o nome de Deus à medida que se aproximava da água.
Mas não conseguiu acompanhar a menina, que estava sempre adiante como se fosse uma pluma e voasse como um pássaro, e se viu prestes a
afundar.
A garota notou que isto ia acontecer e começou a rir alegremente, ao mesmo tempo que se distanciava
cada vez mais dele, dizendo:
"Não me admira, Mestre, que o senhor está afundando!
Como é que o nome de Deus vai conseguir sustentá-lo sobre as águas quando no próprio ato de invocar o
Seu nome o senhor levanta a barra da túnica com medo que ela se molhe?"
"Não adianta falar, tem que PENSAR. Não adianta pensar tem que FAZER!!!“
Façamos uma poderosa reflexão sobre a historinha que acabamos de contar e sobre a fé do brâmane e a
nossa fé.
GRUPO ETERNOS APRENDIZES:TEXTO: Autor ignorado
FORMATAÇÃO: JURA EM PROSA E VERSOFOTOS: Rios e Pontes – Fotos da Internet –
Os créditos, quando constavam nas fotosForam mantidos.
MÙSICA: Circle Of Life