GRANDE ORIENTE DO BRASIL GOB A. R. L. S. GENERAL MAC ... · uma das forma de etiqueta maçônica 5....
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GRANDE ORIENTE DO BRASIL – GOB
A. R. L. S. GENERAL MAC ARTHUR 2724
ETIQUETA MAÇÔNICA
Glauco Lima - M∴M∴
CURITIBA, Julho de 2019.
2
APRESENTAÇÃO
O Venerável Mestre Michel Karpe, da
Augusta e Respeitável Loja Simbólica
General Mac Arthur, nº 2724, no
exercício de suas atribuições maçônicas,
gentilmente abre espaço na agenda para
apresentação desta compilação de
conteúdos que tratam da etiqueta
maçônia. A motivação surge durante
sessões ritualísticas regulares da Loja,
quando o debate sobre diferentes
procedimentos adotados pelos próprios
IIr∴ do quadro da Loja trazem o tema a
tona.
O resultado das pesquisas é o que
abaixo se apresenta .
3
Sumário
APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................... 2
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 4
ETIQUETA MAÇÔNICA ........................................................................................................ 5
ANTESSALA ........................................................................................................................... 8
VESTUÁRIO ............................................................................................................................ 9
VISITAS ................................................................................................................................. 10
TRATAMENTO ..................................................................................................................... 11
USO DA PALAVRA .............................................................................................................. 13
RITUAL................................................................................................................................... 15
CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 16
4
INTRODUÇÃO
A etiqueta trata de regras e normas que estabelecem o comportamento
socialmente aceito em diferentes ocasiões, seja no trato de formalidades em
momentos cerimoniais ou mesmo na convivência comum.
Os estudos sobre etiqueta sempre trazem este conceito associado ao
processo de desenvolvimento da civilidade, e seu estudo demostra como
alguns comportamentos tidos como naturais, de fato baseiam-se na maneira
como os indivíduos que formam uma sociedade são educados e orientados a
se portar.
Através da etiqueta hábitos indesejados são suprimidos pelos indivíduos
mais polidos, corteses e educados. A etiqueta é vista socialmente como sinal
de boa educação e possui carga de “status” social, o qual é atribuído tanto
àquele que não a tem quanto àquele que possui etiqueta refinada. 1
Dentro do ambiente maçônico há o hábito perene de que os maçons
tenham um guia de protocolo, especialmente se escrito por uma autoridade, e
possa ser usado para resolver a maioria dos assuntos de conduta que possam
surgir dentro e fora da Loja.
Infelizmente no que tange à etiqueta maçônica há pouquíssimo
conteúdo disponível, especialmente em língua portuguesa. O que se
estabelece é reflexo muitas vezes da cultura e etiqueta local, e muitas vezes
inclusive em conflito direto a legislação e determinações formais,
principalmente pela falta de uma compilação e divulgação do código de
conduta esperado. 1 https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/etiqueta.htm pesquisado em 22/07/2019.
5
ETIQUETA MAÇÔNICA
A Etiqueta Maçônica é, por definição, algo que não deve ser deixado a
um indivíduo para ver ou realizar de acordo com seu próprio gosto durante os
eventos maçônicos. O Irmão deve se submeter ao que foi formalmente adotado
e convencionado como um requisito para um comportamento aceitável, veja o
indivíduo uma boa razão para fazê-lo ou não 2.
A maçonaria não busca impor regras vazias e sem sentido,
arbitrariamente impostas apenas para realizá-las. Adota-se regras porque
precisamos delas para realizar nossas boas obras em uma atmosfera de
harmonia. Lembremo-nos que as regras que nos chegam em geral foram
testadas pelo tempo e funcionam.3
Algumas das etiquetas básicas estão contidas desde os antigos
manuscritos conhecidos como “Old Charges”. Exemplo: "Vocês devem saudar
um ao outro de maneira cortês, como você será instruído, chamando um ao
outro Irmão. Livremente darão instrução mútua sem serem supervisionados ou
dirigidos, e ao mesmo tempo sem invadir o espaço do outro, conforme o
respeito que é devido a qualquer Irmão, mesmo que ele não seja um maçom.” 4
O ponto é que a tradição maçônica deve ser respeitada. Se um Mestre
está em dúvida sobre a forma correta de etiqueta para alguma ocasião
particular, ele utilize as várias fontes autorizadas de informação para dirimir
suas dúvidas. Ainda, caso persista a dúvida, ele pode conversar com seus
2 http://www.themasonictrowel.com/education/others_files/masonic_etiquette_protocol.htm pesquisa
em 23/07/2019. 3 OKORAFOR pesquisa em23/07/2019
4 OKORAFOR pesquisa em23/07/2019
6
membros mais antigos, como Past Masters, que geralmente tiveram
experiência do tipo necessário nesta ocasião.
A Maçonaria não solicita a nenhum homem que se junte a ela, assim
como não permite ao indivíduo que faça inovação em seus princípios e
Landmarks. O maçom deve manter e suportar o sistema ao qual entrou,
incluindo o que lhe chega por tradição, usos e costumes, além é claro das leis,
regulamentos e Constituição formais. A reverência e respeito a este sistema é
uma das forma de etiqueta maçônica 5.
Em princípio, a Etiqueta Maçônica pertence ao império das boas
maneiras, que é o código pelo qual os cavaleiros governam sua conduta. O
alinhamento às estas etiquetas entre os maçons é torna-se uma manifestação
do respeito manifesto pela Arte Real como um todo, e por outro lado é também
uma forma de cortesia para os indivíduos. 6
Anteriormente aqui se citou as “Old Charges”, mas é possível também
achar códigos de etiqueta dispersos em Rituais, preleções, Leis e regimentos,
que em geral se repetam nas várias fontes. Além disso, boa parte da etiqueta é
mais que nada baseada em usos e costumes locais e tradicionais da região, o
que pode inclusive inviabilizar a “importação” de códigos de etiqueta completos,
sob pena de extinção de uma cultura local, ou de criar uma desarmonia devido
ao desrespeito à tradição da Loja.
Assim, salvo as referências às Leis específicas do GOB e regimentos
das Lojas citadas, as formas de etiqueta aqui expostas NÃO devem ser
consideradas como propostas de regulamento ou procedimento. Muitas
informações tem como fonte principalmente textos estrangeiros, e que podem
não ter uma aplicação direta aos costumes locais. Objetivo aqui é apenas
exemplificar o tipo de conduta como estão dispostos em materiais escritos
sobre o tema.
Inclusive, o leitor destes parágrafos iniciais pode se questionar: “Mas
afinal, qual é essa etiqueta? O que ela cobre? ”. Graham Redman em sua obra
de 2009 “Masonic Etiquette Today: A Modern Guide to Masonic Protocol”
5 GRAND LODGE OF FLORIDA, 2010
6 GRAND LODGE OF FLORIDA, 2010
7
aborda os mais diversos tópicos de conduta dentro e fora da Loja, como:
vestuário; jóias; filiação; votação; eleições; precedência; assentos; continência;
procedimentos gerais; visitas; comportamento e dificuldades; questões
administrativas e etiqueta no jantar. Ele é uma autoridade reconhecida em
questões de protocolo maçônico inglês do ritual do Craft, mas infelizmente esta
sua obra não está traduzida para o português.
Vejamos então nas páginas que seguem, onde etiqueta maçônica
explica-se através da apresentação de exemplos de práticas para várias
ocasiões.
8
ANTESSALA
A antessala é uma parte da sala da Loja, e portanto o decoro e a
etiqueta da própia Loja também se aplicam aí. O Guarda Externo tem
atribuição de verificar que essa etiqueta é observada.
Os Irmãos não devem falar em voz alta, brincar, fazer barulho e mover-
se desnecessariamente, isso são comportamentos considerados inapropriados.
O Guarda Externo deve ter especial cuidado se algum Candidato estiver
presente sendo preparado para a cerimônia, de maneira a não lhe dar a
impressão de que condutas vulgares, leviandade, brincadeiras práticas ou
outras formas de desrespeito são apoiadas pela Arte Real. Isso passa uma
representação errada da Loja e é peculiarmente uma descortesia para com o
Venerável Mestre, que é o anfitrião do Candidato em nome de sua Loja. 7
O Guarda Externo deve se apresentar a um Irmão visitante no momento
em que ele entrar na sala de espera, e deve providenciar para que ele tenha
um assento caso ele deva esperar antes de entrar na Loja ou enquanto espera
pela comissão examinadora. Este é o momento adequado também para instruir
o Irmão sobre a etiqueta da Loja, uso da fala, assentos e demais informações
para que a sessão transcorra em harmonia.
7 GRAND LODGE OF FLORIDA, 2010
9
VESTUÁRIO
Usando como referencia o Ritual do GOB, é determinado que o Irmão
que se apresenta para participar das Cerimônias Aprovadas do Rito de York
deve fazer uso do traje maçônico completo. O Ritual impresso determina que
não é aceito, pelos Irmãos do quadro, o uso de balandrau8.
Sendo assim fica ainda aberta a possibilidade do uso de balandrau por
Irmãos visitantes. No entanto a etiqueta de uso do balandrau está regida pelo
Regulamento Geral da Federação (RGF-GOB):
Art. 110 – Os Maçons presentes às sessões magnas estarão
trajados de acordo com o seu Rito, com gravata na cor por ele
estabelecida, terno preto ou azul marinho, camisa branca, sapatos e
meias pretas, podendo portar somente suas insígnias e
condecorações relativas aos graus simbólicos.
§ 1o – Nas demais sessões, se o rito permitir, admite-se o uso
do balandrau preto, com gola fechada, comprimento até o tornozelo
e mangas compridas, sem qualquer símbolo ou insígnia estampados.
Algumas bibliografias citam ainda que o Irmão deverá estar
completamente vestido ao adentrar na Loja, e não deve ajustar suas
vestimentas após passar pelo cobridor. Isso porque, em respeito às
formalidades da Loja, os oficiais esperam que os Irmãos tenham a cortesia de
entrar completamente vestidos e prontos para o trabalho 9.
8 GOB RITUAL: Cerimônias Aprovadas do Rito de York, 2009
9 OKORAFOR pesquisa em23/07/2019
10
VISITAS
Conforme rege o RGF-GOB, o Maçom regular tem o direito de ser
admitido nas sessões que permitem visitantes até o grau simbólico que possuir.
Determina ainda que o visitante está sujeito à disciplina interna da Loja que
vista e o admite em seus trabalhos, e que deve ser recebido no momento
determinado pelo Ritual da respectiva Loja.
O visitante deverá apresentar seu CIM (Cédula de Identificação
Maçônica), e se submeterá às formalidades de praxe conforme o ritual. Após
garantido o acesso será recebido também em conformidade com o Ritual
adotado pela Loja que visita.
Se um comitê de exame for designado para examinar o visitante, ele
deve lidar com ele de maneira gentil e atenciosa, lembrando que está falando e
agindo em nome do Venerável Mestre de sua Loja. Pegadinhas, tentativas de
enganá-lo por truques, ou qualquer tentativa do examinador de “mostrar” seu
próprio conhecimento a fim de humilhar o visitante, não são atitudes maçônicas
em espírito, bem como é falta de boas maneiras em geral. O único dever de um
examinador é assegurar-se de que o estranho é um Maçom em boa posição
em alguma Loja regular, e ir além disso é exceder sua autoridade. 10
Uma vez admitido, o Irmão visitante deve ser instruído pelo examinador,
ou mesmo conduzido pelos diáconos ou em comitiva se aplicável, até o seu
assento. Se o visitante for o Grão Mestre, o RGF-GOB determina à esta a
competência de presidir qualquer sessão de Loja em que estiver presente.
§ 1o – O Ritual garantirá ao Grão-Mestre a competência de
presidir, se quiser, todas as sessões de Lojas maçônicas de que
participar.
10
GRAND LODGE OF FLORIDA, 2010
11
TRATAMENTO
A legislação do GOB prevê a etiqueta de tratamento formal entre os
Irmãos, a qual deve seguir as ordens de precedência estabelecidas. Esta
ordem terá impacto na recepção do Irmão em Loja, eventualmente exigindo
formalidades de acordo com o Rito.
§ 2o – O Ritual não poderá alterar a ordem de precedência
prevista neste Regulamento:
I – 1a Faixa – Veneráveis; Mestres Instalados;
Conselheiros dos Conselhos de Contas; Deputados Honorários da
Assembleia Federal; Deputados Honorários das Assembleias
Estaduais e do Distrito Federal; Juízes dos Tribunais de Justiça
Estaduais e do Distrito Federal; Juízes Eleitorais Estaduais e do
Distrito Federal; Beneméritos.
II – 2a Faixa – Membros dos Conselhos Estaduais e do
Distrito Federal; Subprocuradores Estaduais; Deputados Estaduais
e do Distrito Federal; Presidentes dos Tribunais Eleitorais
Estaduais e do Distrito Federal; Ministros do Superior Tribunal de
Justiça Maçônico; Presidentes dos Conselhos de Contas Estaduais
e do Distrito Federal; Presidentes dos Tribunais de Justiça
Estaduais e do Distrito Federal; Grandes Beneméritos da Ordem.
III – 3a Faixa – Deputados Federais, Grão-Mestres
Adjuntos Estaduais e do Distrito Federal; Grandes Secretários
Estaduais e do Distrito Federal; Membros do Conselho Federal;
Delegados do Grão-Mestre Geral; Presidente do Superior
Tribunal de Justiça Maçônico; Ministros do Superior Tribunal
Eleitoral; Ministros do Tribunal de Contas; Procuradores
Estaduais e do Distrito Federal; Subprocuradores Gerais; Grandes
Dignidades Estaduais e do Distrito Federal Honorárias;
Portadores de Condecoração da Estrela de Distinção Maçônica.
IV – 4a Faixa – Grão-Mestres Estaduais e do Distrito
Federal; Grandes Secretários-Gerais; Chefe de Gabinete do Grão-
12
Mestre Geral; Presidente do Tribunal de Contas; Presidente do
Superior Tribunal Eleitoral; Ministros do Supremo Tribunal
Federal Maçônico; Grande Procurador Geral; Portadores da Cruz
de Perfeição Maçônica; Dignidades Federais Honorárias;
Garantes de Amizade; Presidentes das Assembleias Legislativas
Estaduais e do Distrito Federal; o Primeiro Vigilante do Conselho
Federal.
V – 5a Faixa – Grão-Mestre Geral Adjunto; Presidente da
Assembleia Federal Legislativa; Presidente do Supremo Tribunal
Federal Maçônico; Detentores da Condecoração da Ordem do
Mérito D. Pedro I.
VI – 6a Faixa – Grão-Mestre Geral.
VII – Os demais serão tratados indistintamente como
irmãos e recebidos no momento previsto no Ritual.
Além disso as faixas também estabelecem os pronomes de tratamento
formal a serem utilizados para cada faixa:
Art. 220 – O tratamento das autoridades de que trata o
artigo anterior é o seguinte:
I – 1a Faixa – Ilustre Irmão, com exceção do Venerável,
cujo tratamento é o de Venerável Mestre;
II – 2a Faixa – Venerável Irmão;
III – 3a Faixa – Poderoso Irmão;
IV – 4a Faixa – Eminente Irmão;
V – 5a Faixa – Sapientíssimo;
VI – 6a Faixa – Soberano.
13
USO DA PALAVRA
As regras de ordem na Maçonaria não permitem discussões paralelas. O
membro que tem algo a dizer para a Loja, seja para entrar em discussão ou
para fazer uma réplica, deve levantar-se, esperar ser reconhecido e, em
seguida dirigir-se ao Venerável Mestre.
O Irmão com a palavra deve falar sobre o assunto em questão com o
menor número de palavras possíveis, não usando da oportunidade para fazer
um mero discurso de seu próprio interesse. A Loja Gal. MacArthur 2724 tem
em seu regimento interno definido o limite de 3 (três) minutos para o uso da
palavra, salvo concessão especial do Venerável Mestre.
A proposição de temas e falas mais demoradas devem ser previamente
acordadas com o Venerável Mestre, por uma questão de respeito, e também
porque o Venerável Mestre pode ter seus próprios planos para a sessão,
mantendo assim a ordem e sequência que havia planejado. Obviamente
conforme descrito em Ritual, a etiqueta maçônica proíbe a proposição de
temas políticos, religiosos e raciais para discussão em Loja.
Nas Lojas do GOB, durante os levantamentos, é costume que os
visitantes saudem fraternamente os Irmãos que os recebem. Tais saudações
podem ser dadas pelo represente mais graduado dentre os Irmãos visitantes,
inclusive representando todas as Lojas visitantes em sua fala, ou pode estar
restrita a manifestação pessoal do Irmão.
Se você é visitante, vale a pena perguntar ao seu anfitrião qual é a
forma de levantar-se e falar, já que a saudação à luzes, autoridades e retenção
ou não de sinal durante a fala pode variar de Loja para Loja. Se você é o
14
anfitrião, antes de cobrar uma postura de um Irmão, tenha certo de que este foi
devidamente instruído na antessala.
Em geral nas saudações realizadas nos levantamentos, você fica de pé,
saúda obrigatoriamente ao Venerável Mestre, e em algumas Lojas também aos
Vigilantes e autoridades, e diz algo como: “Venerável Mestre em nome do
Irmão Michel Karpe, Venerável Mestre da Loja Gal. MacArthur número 2724,
federada ao Grande Oriente do Brasil e jurisdicionada ao Grande Oriente do
Brasil Paraná, trazemos o nosso tríplice e fraternal abraço”. Em algumas Lojas
o corte do sinal é dado após a saudação, enquanto em outras pode ser
requerido que você mantenha o sinal até que o VM comande este gesto.
15
RITUAL
Não haverá conversas, sussurros ou risos ou quaisquer perturbações
durante o trabalho do Grau. Não deve haver movimento desnecessário. Os
oficiais que participam nunca devem sair de seus papéis, manter conversas,
fazer comentários privados, ou fazer comentários sobre o candidato. Nada fora
do trabalho padrão ensinado pela Grande Loja será substituído em qualquer
parte. 11
Os visitantes de uma Loja, especialmente os que praticam o mesmo rito,
esperam que os trabalhos ocorram como esperado. No GOB o conteúdo do
Ritual é decretado por força de Lei, e a prática de rituais paralelos pode criar
situações de desconforto ao surpreender os visitantes com falas e
procedimentos não esperados.
O ritual estipula os processos a serem seguidos enquanto a Loja está
em trabalho, e o Venerável Mestre é quem exerce controle sobre o
funcionamento. Não se deve atrapalhar o trabalho dos oficiais com sussuros e
correções aos trabalhos. O Venerável Mestre é o único que tem poderes para
delegar funções a qualquer um dos irmãos. 12 No Rito de York a incumbência
de eventuais correções nas falas é do Past Master, não cabendo aos Irmãos
qualquer participação neste sentido sob a pena de desconcentrar os oficiais, ou
mesmo de atrapalhar a percepção simbólica da cerimônia.
11
http://www.themasonictrowel.com/education/others_files/masonic_etiquette_protocol.htm pesquisa em 23/07/2019. 12
http://www.themasonictrowel.com/education/others_files/masonic_etiquette_protocol.htm pesquisa em 23/07/2019.
16
CONCLUSÃO
Vimos acima alguns usos para a etiqueta maçônica. De fato a literatura
e principalmente a sua discussão em Loja são escassas, mas certamente a
discussão destas normas serviria para evitar alguns desconfortos e situações
as quais já vivenciei.
Já ouvi casos em que o Irmão, ao visitar uma Loja, foi corrigido em Loja
aberta ao não saudar todas as Luzes da Loja, ou mesmo por não reter o sinal
até orientado pelo VM. Certamente a aplicação de uma etiqueta de recepção
de visitantes por parte da Loja, ou do próprio Irmão em se identificar e
questionar os procedimentos teria evitado o desconforto.
Casos em que o Irmão tem o costume rotineiro de visitar uma Loja, mas
ao obter um cargo de alta precedência, espera obter a admissão conforme sua
nova posição, mas nem a Loja nem o Irmão adotam um protocolo de visitação
e identificação gerando desconforto.
Fato é que precisamos debater e divulgar as regras para realizar nossas
boas obras em uma atmosfera de harmonia. Mas as discussões mais ferrenhas
ainda são sobre a própria definição da etiqueta, pois em geral toca na revisão
de tradições, e sabemos que isso é algo extremamente sensível na etiqueta
maçônica.
17
REFERENCIAS
GRANDE ORIENTE DO BRASIL (GOB). Ritual: Cerimônias Aprovadas
do Rito de York (Ritual de Emulação Praticado no GOB). Grande
Oriente do Brasil (GOB), São Paulo/SP, 2009.
GRANDE ORIENTE DO BRASIL (GOB). Regulamento Geral da
Federação. Grande Oriente do Brasil, 2015.
Grand Lodge of Florida. Masonic Etiquette - THE LODGE SYSTEM OF
MASONIC EDUCATION, 2010. Consultado em -
https://grandlodgefl.com/docs/GLF_Publications/GL%20208%20%20Mas
onic%20Etiquette%20Booklet.pdf (23/07/2019).
Concord Lodge #307 Vienna - Virginia, Masonic Etiquette: Protocol
And Decorum Information On Masonic, 1995 Consultado em -
http://www.themasonictrowel.com/education/others_files/masonic_etiquet
te_protocol.htm (23/07/2019).
OKORAFOR, Chris A., MASONIC ETIQUETTE: A TESTAMENT ON
SOME, Consultado em - http://www.freemasons-
freemasonry.com/masonic_etiquette.html#_ednref18 (23/07/2019).