GESTÃO DA ESCOLA E CONSTRUÇÃO DA …1271 Palavras-chave: Condições locais. Gestão da escola....
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GESTÃO DA ESCOLA E CONSTRUÇÃO DA QUALIDADE NA
EDUCAÇÃO: UMA REFLEXÃO SOBRE CONDIÇÕES E DESAFIOS D E
GESTORES ESCOLARES DA MESORREGIÃO OESTE
CATARINENSE
REBELATTO, Durlei Maria Bernardon1 - Unoesc
TEDESCO, Anderson Luiz2 - Unoesc
Grupo de Trabalho: Políticas Públicas, Avaliação e Gestão da Educação Agência Financiadora: CAPES
Resumo O presente artigo articula-se a uma pesquisa com apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes, vinculada ao Programa de Mestrado em Educação da Unoesc. Neste recorte, buscou-se investigar as condições e os desafios à gestão da escola dos dezoito municípios pesquisados na mesorregião do Oeste de Santa Catarina, com base nos dados dos questionários socioeconômicos diretor dos Microdados 2011, do sítio do Inep, considerando-se o contexto das reformas educacionais, as quais ocasionaram mudanças na gestão educacional. Levantaram-se as condições evidenciadas à qualidade na educação. A partir das informações, foi possível analisar os limites e as possibilidades presentes no contexto educacional da região, referente à gestão educacional, à construção de uma educação de qualidade. Evidencia-se um cenário inquietante, com avanços ainda tímidos no tocante à construção da qualidade na educação, com desafios prementes que necessitam entrar na agenda de prioridades da gestão educacional. Conclui-se, apontando a necessidade de priorizar as condições que consolidam a qualidade social almejada na educação, em um contexto de crescente tendência ao uso de informações predominantemente quantitativas na formulação de políticas educacionais. Parece que o grande desafio à mudança inclui um olhar para a realidade escolar brasileira, e principalmente para a nossa região, de modo a refletir conscientemente sobre a natureza dos problemas que atravessam a escola e sua gestão. Orientados pelo projeto de uma escola para todos, com qualidade social e pelo conteúdo da reflexão, aqui referida, será possível expressar-se um movimento que se oponha ao conformismo, comprometendo-se com a transformação.
1 Mestranda em Educação pela Universidade do Oeste de Santa Catarina. Bolsista do Observatório em Educação (Obeduc) – Capes. E-mail: [email protected] 2 Mestre em Educação pela Universidade do Oeste de Santa Catarina. Professor da Universidade do Oeste de Santa Catarina. Bolsista do Observatório em Educação (Obeduc) – Capes. E-mail: [email protected]
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Palavras-chave: Condições locais. Gestão da escola. Qualidade (social) na educação.
Introdução
Entendida como um campo de formulação e implementação de políticas da educação e
da organização do trabalho educativo, a gestão educacional é um processo que se dá com base
em orientação política, traçada a partir de um contexto dinâmico de relações intra e
extrainstitucionais.
Segundo Bordignon e Gracindo (2011), a gestão da educação é um processo político-
administrativo contextualizado, em que a prática social da educação é organizada, orientada e
viabilizada. Essa prática, sob a orientação democrática, implica a participação de pessoas nos
processos de decisão em um fazer coletivo permanente. Assim, além de mudanças
organizacionais, trata-se de mudanças de concepções que fundamentam a educação, as quais,
conforme Bordignon e Gracindo (2011, p. 148), estão baseadas “[…] nos paradigmas
emergentes da nova sociedade do conhecimento, que, por sua vez, fundamentam a concepção
de qualidade na educação e definem também, a finalidade da escola.”
Ocorre que, a partir das mudanças no âmbito do Estado brasileiro, consoantes à
reforma da década de 1990, houve um redimensionamento nas finalidades educativas,
principalmente na educação básica, modificando seus objetivos e prioridades com ênfase às
demandas do mercado e valores importados do campo econômico. Nesse sentido, a escola, de
quase esquecida, passa a ser prioridade das políticas governamentais (VIEIRA, 2011).
A partir desse cenário constituído pelas reformas educacionais, situando a gestão e as
mudanças proporcionadas por ela e seus reflexos à escola, insere-se o presente trabalho,
verificando: quais as condições e os desafios à gestão da escola dos dezoito municípios
pesquisados na mesorregião do Oeste de Santa Catarina?
Num primeiro momento, aponta-se como pano de fundo o contexto das reformas
educacionais e os implicadores para a gestão da educação. Num segundo momento, analisam-
se as condições reveladas com base nos dados dos questionários diretores 2011 que compõem
os microdados do sítio do Inep, a gestão da escola na construção da qualidade na educação, na
mesorregião do oeste de Santa Catarina, e finaliza-se apontando os desafios prementes a
serem priorizados e superados para que seja alcançada a qualidade social da educação na
região.
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Reformas educacionais e os implicadores à gestão da educação
A partir das mudanças ocorridas no âmbito do Estado brasileiro, consoantes à reforma
da década de 1990, houve um redimensionamento nas finalidades educativas, principalmente
na educação básica. Por meio das “[…] reformas políticas e educativas, os estabelecimentos
educacionais têm modificado seus objetivos e prioridades, tendo em vista interesses,
demandas e valores próprios do campo econômico […]” (OLIVEIRA; FONSECA, 2005, p.
57). A implementação das reformas educativas tem claro objetivo de subordinar a formação
escolar às demandas e exigências do mercado, pautando-se, consensualmente, nas
determinações dos organismos multilaterais, representantes legítimos do capital mundial, que
estabelece diretrizes, metas e ações voltadas para uma política educacional globalizante. Na
afirmação de Silva Junior (2002, p. 206, grifo do autor):
[…] as reformas educacionais na América Latina, particularmente no Brasil, são uma intervenção consentida realizada pelas autoridades educacionais nos moldes das agências multilaterais, no contexto da universalização do capitalismo, direcionada por uma razão instrumental e pela busca de consenso social geral, que se constitui no epicentro de um processo de mercantilização da esfera política, em geral, em particular da esfera educacional – locus privilegiado para o Estado de formação do ser social, portanto, de construção de um novo pacto social.
Esse novo consenso de ideias reformistas foi sendo absorvido pelo Estado brasileiro
através de mecanismos de avaliação, currículo, formação, financiamento e gestão dos
sistemas de ensino. Assim, a gestão educacional cumpre um papel de destaque dessa nova
“cultura”, tendo a avaliação como o instrumento desse ideário, nomeadamente por ser
instrumento de controle e mobilização para a qualidade da educação escolar.
As mudanças estruturais trazidas pelas reformas à educação pública, fundadas
retoricamente na técnica e na agilidade administrativa, foram implementadas de forma
gradativa no campo educativo. Os conceitos de produtividade, eficácia, excelência e
eficiência foram transpostos das teorias administrativas para o campo da educação, sob os
modelos de organização e de administração empresarial. A lógica da eficiência incorporada à
educação, de viés mercadológico, justifica-se pela crise do Estado, na sua legitimidade em
não conseguir responder quantitativa e qualitativamente às demandas em torno da educação
pública, identificadas no início da década de 1980.
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Nessa década, a questão da oferta de vagas já não era mais aspecto determinante da
qualidade do ensino. O fracasso escolar, as altas taxas de repetência e evasão constituíam
problema a ser resolvido, pois os indivíduos, na sua grande maioria, tinham acesso à escola,
mas não conseguiam permanecer nela. Para os gestores públicos, o problema estava vinculado
à questão econômica e administrativa. Havia recursos à educação, porém não estavam sendo
eficientemente geridos pelas redes de ensino públicas, as quais não cumpriam seus objetivos
educacionais em vista da má gestão. A solução estaria na racionalização administrativa. O
contexto das reformas do Estado, que tomou corpo nos anos de 1990, foi favorável à adoção
da racionalidade administrativa com parâmetro para as mudanças da gestão da educação
pública (OLIVEIRA, 2010).
Com isso, o Estado atribuiu maior centralidade à gestão da educação na reformulação
das políticas públicas educacionais, tornando-a lócus das mudanças propositadas. A visão
gerencial do mercado, atribuída ao Estado, que tem como eixo a descentralização e a
regulação, também é transferida à educação. Sobre o assunto, escrevem Oliveira e Fonseca
(2005), a descentralização é o meio de transferir para a escola a responsabilidade pela
eficiência e eficácia do ensino. Assim, a educação assumiu o discurso modernizador “[…] da
gerência, da descentralização, da autonomia escolar, da competitividade, da produtividade, da
eficiência e da qualidade dos sistemas educativos, da escola e do ensino, na ótica do
desenvolvimento de competências para atender às novas exigências produtivas e do mercado
em geral.” (OLIVEIRA; FONSECA, 2005, p. 59).
Aqui vale realçar o papel que cumpre o desenvolvimento de competências, a chamada
“pedagogia das competências", que tem como proposta dotar o indivíduo de comportamentos
flexíveis, ajustáveis às condições de uma sociedade que não garante mais as necessidades
básicas de sobrevivência. A satisfação deixa de ser compromisso coletivo, passando a ser de
responsabilidade dos próprios sujeitos, individualmente, que se encontram submetidos à mão
invisível do mercado (SAVIANI, 2011).
Com efeito, o mercado de trabalho exige um novo perfil de trabalhador, mais flexível,
polivalente e capaz de se adaptar às mudanças tecnológicas e organizacionais, bem como
participar ativamente e de modo competente dele. O capital agora tem interesse não só pela
força física do trabalhador, mas também pelas suas qualidades intelectuais, emocionais e
afetivas (FRIGOTTO, 2009). Por isso, o discurso apelativo e emotivo dirigido ao trabalhador
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são formas “criativas” de escamotear a perversidade que o capitalismo vem impondo sobre o
ser humano, para se manter e atingir maiores metas de lucratividade.
Como agravante, há um afastamento do Estado em assegurar, nas escolas, a
preparação dos sujeitos a um mercado que outrora se expandia em direção ao pleno emprego.
Agora, a responsabilidade de formação recai sobre o sujeito, com a exaltação do indivíduo
(individualismo). A educação passa a ser vista como um investimento individual, que oferece
condições às pessoas à competição dos empregos disponíveis, que não é o acesso ao emprego,
mas a conquista da chamada empregabilidade (SAVIANI, 2011). Diante desse quadro,
percebe-se razoavelmente a dimensão dos desafios postos à educação e à gestão educacional,
especialmente se pensados na perspectiva das transformações almejadas pela população em
termos de uma escola pública de qualidade social para todos. Como dar conta das demandas
exigidas pelo mercado, em que o sujeito é apenas o objeto de produção, e ao mesmo tempo,
garantir uma educação de qualidade a todos? Como pensar uma educação para além dos
fundamentos que orientaram as reformas educativas?
Iniciam-se as reflexões acerca dessas questões, considerando que as reformas atuaram
(e ainda atuam) fortemente na organização escolar, impactando nas formas de ensinar e
avaliar e também na organização do trabalho escolar, exigindo um reordenamento nas
atividades dos trabalhadores na instituição escolar3, e uma nova organização da gestão
educacional4 a partir de medidas descentralizadoras por parte do Estado. Krawczyk (2010, p.
63), pontua que esse novo modelo de gestão dos sistemas educacionais “[…] exclui, dentre os
princípios de organização da educação pública, o sentido político de sua associação com o
Estado nacional e, ao mesmo tempo, propõe uma organização descentralizada, “de solução
simples e eficientes” […]” que tende à redução dos espaços e instituições e delegando
competências ao setor privado.
Essas medidas de descentralização têm como referências a gestão pautada no modelo
gerencial, sob o fetiche da modernidade e da democratização. A educação declarada como um 3 De acordo com Oliveria (2010), a organização do trabalho escolar refere-se à divisão do trabalho na escola, a
forma como o trabalho do professor e demais trabalhadores é organizada na instituição escolar, visando a atingir os objetivos da escola ou do sistema. Já a organização escolar refere-se às condições objetivas sob as quais o ensino está estruturado. Ambos os conceitos são distintos, porém, interdependentes.
4 É necessário compreender o termo gestão educacional, que vem substituindo o termo administração escolar e mesmo o termo gestão escolar. Há um entendimento, entre pesquisadores da área, de que o termo gestão é mais amplo e aberto que o termo administração, sendo que o segundo tem um conotação mais técnica e predominou nas décadas anteriores como orientação para as escolas. Já a gestão implica participação, e com isso, a presença política na escola. No caso, o termo escolar vem sendo substituído pelo educacional, pela compreensão de que a educação não se realiza só na escola e assim, os sistemas não são escolares, mas educacionais. Ou seja, gestão educacional abrange tanto a gestão da escola como dos sistemas.
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direito social e baseada em princípios, dentre eles, a gestão democrática passa a ser
fundamental para consolidação da educação ao desenvolvimento do ser humano e à
construção da democracia, que ainda ensaia seus primeiros passos, sendo um processo a ser
construído e fortalecido, dado o legado histórico que constitui nossa sociedade. Ocorre, no
entanto, contraditoriamente a esse discurso, a efetivação de políticas de gestão para a
educação a partir de ações de cunho gerencial, que associa a gestão a um paradigma
conservador. Nesse modelo, o gestor passa a ser um gerente da escola ou sistema,
intensificando seu caráter administrativo e tecnocrático, em detrimento de seu caráter de
educador, indicando um esgotamento do viés político (KRAWCZYK 2010), passando a
escola ou o sistema a prestador de serviços educacionais; e o aluno ou família, cliente
consumidor desses serviços.
Trata-se de um modelo que informa um novo centralismo da gestão, em que a escola é
um negócio que precisa se autogerir, que tem o gestor como responsável, controlador e
avaliador da escola, concentrando todas as decisões e responsabilidades pelos erros e acertos.
Essas mudanças ocasionam dificuldades em delegar responsabilidades, e sobretudo,
exigências na busca de soluções criativas junto à comunidade para atender às necessidades da
escola (OLIVEIRA, 2010). Não menos grave é o fato desse modelo, em consonância com
certo senso comum, sinalizar o gestor escolar como personificação da gestão educacional,
desconsiderando a dimensão e contingência que abrangem esse campo.
Essa forma de gestar ocasionou uma dicotomia entre quem faz e quem manda,
comprometendo o coletivo da escola, que tem na participação dos profissionais da educação e
da comunidade os princípios da gestão democrática. Oliveira (2010) adverte que essas
propostas gerencialistas forçam necessidades de competência técnica nas redes públicas de
ensino, que sobrecarregam o diretor de rotinas burocráticas e acabam servindo de desestímulo
a investimentos na dimensão pedagógica.
E nesse contexto é que as avaliações externas à escola5 operam, em grande medida, na
geração de condicionamentos à promoção desse modelo de gestão da educação. Isso porque
5 Elas emergem como iniciativas de promover um ensino de melhor qualidade, auxiliando os governos nas
decisões e no direcionamento de recursos técnicos e financeiros, bem como a comunidade escolar na priorização de metas e ações, sejam elas administrativas ou pedagógicas, visando tal objetivo. As características destacadas nessas avaliações são: ênfase nos resultados; premiação a alunos, instituições ou redes de ensino; dados de desempenho resultando em classificação; dados predominantemente quantitativos e destaque a avaliação externa. (SOUSA, 2009).
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os resultados das avaliações são tornados públicos e, dentre outras funções, parametrizam a
desenvoltura dos gestores das escolas.
O resultado dessas avaliações tem ampla divulgação na mídia, induzindo a
classificação e a comparação de resultados entre as instâncias avaliadas, sejam escolas ou
sistemas, como forma de prestação de contas à comunidade, e de responsabilização, processo
também chamado de accountability6, o qual vem se inserindo nas produções acadêmicas e
nos debates recentes.
Vê-se um Estado, agora, avaliador e regulador, e a noção de qualidade baseada no
princípio de competição. A ideia de quase mercados em educação, com os quais novas
formas de oferta, regulação e financiamento da educação são dinamizadas, é referida por
Afonso, com base em definição de Le Grand, “[…] quase mercados são mercados porque
substituem o monopólio dos fornecedores do Estado por uma diversidade de fornecedores
independentes e competitivos; são quase porque diferem dos mercados convencionais em
aspectos importantes. (AFONSO, 1999, p. 143 apud GRAND, 1991, p. 1259).
O curso das mudanças propositadas pelas reformas dos anos 1990, na educação
brasileira, contrastam com as bandeiras empunhadas pelos movimentos sociais, na década de
1980, dos quais também participaram muitos educadores. Esses movimentos foram
responsáveis pela promoção de um profícuo debate político sobre a escola pública, com o
qual foram apontadas novas formas de organização e gestão da escola pública, pautada por
princípios democráticos e pela promoção de um ensino de qualidade.
Essa concepção de gestão assenta no projeto educacional dos movimentos sociais
continua a ser referência, inclusive como uma alternativa ao modelo erigido pelas reformas.
Como apontam Oliveira e Fonseca (2005, p.62), trata-se de uma concepção que busca
superar a “gestão dos meios e produtos” valendo-se de iniciativas orientadas por valores mais
humanos, considerando as vivências e experiências dos sujeitos escolares. Incentiva a
qualificação dos professores por meio de aportes que “[…] possibilitem maior criatividade na
sua prática de sala de aula e promovam a satisfação das expectativas cognitivas e afetivas dos
alunos. Valoriza mais o saber construído pela própria escola do que a capacidade de
especialistas que lhe são exteriores.”
6 Frequentemente esse termo é traduzido como prestação de contas, porém corresponde a um conceito com
significados e amplitudes plurais. Para aprofundamento , ver Afonso (2009, Grifo nosso).
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A discussão sobre a gestão da educação é uma temática complexa que envolve
concepções, perspectivas e cenários complexos em disputas, sendo necessária sua análise
articulada a processos amplos, além da realidade intraescolar. (DOURADO, 2007).
Condições e desafios de gestores escolares da mesorregião oeste catarinense
Importante perceber, com base no exposto até aqui, que a gestão educacional se
apresenta como articuladora dos processos das instituições educacionais “[…] com
capacidade de interlocução, diálogo e abertura para os novos desafios que se apresentam.”
(SÁ, 2011, p. 34). É necessário considerar os esforços dos gestores em superar os desafios
que imperam na cultural escolar.
O projeto “Indicadores de qualidade do ensino fundamental na mesorregião do oeste
de Santa Catarina: estratégias e ações na rede municipal de ensino (2010 a 2014)”, vinculado
ao Programa de Mestrado em Educação da Universidade do Oeste de Santa Catarina, Unoesc,
vem ao encontro dessa proposta, já que se propõe a refletir conscientemente sobre a natureza
dos problemas pelos quais passa a escola de ensino fundamental de nossa região.
O esforço dos autores deste artigo consiste em verificar as condições e os desafios que
os gestores encontram na região oeste de Santa Catarina, com base nos microdados do sítio do
Inep, especificamente, os questionários socioeconômicos dos diretores de 20117. Assim,
buscou-se refletir as condições escolares, no que diz respeito à escola e sua gestão, enfim, a
construção da qualidade social da educação. Dentre os vários aspectos dos questionários,
optou-se em tratar de alguns dados que, por ora, priorizam-se necessários ao avanço da
democratização, perspectivando a gestão democrática, que se denominou, aqui, como
categoria “ mecanismos/espaços de participação.”
Um dos itens dos questionários dos diretores refere-se ao provimento de escolha dos
diretores das escolas. Os dados apresentados chamam atenção. Nota-se que 61% dos
diretores foram escolhidos por indicação política; apenas 11% por eleição; outros 17%
apontaram outras formas de indicações, mas não se sabe quais.
7 Os questionários diretores reportam-se às 18 escolas de ensino fundamental de 18 municípios da mesorregião do oeste de Santa Catarina, que fazem parte da pesquisa.
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Gráfico 1- Escolha de diretores
Fonte: Questionários socioeconômicos dos diretores - Microdados do Inep 2011.
Esses dados levam a refletir sobre a forma de provimento de diretores. A crítica tecida
pela indicação política de diretores é que essa prática intenciona interesses político-partidários
como prática clientelistas (PARO, 2001), ficando o diretor à mercê dos interesses de favores
de quem indicou e inibindo as “[…] posturas universalistas reforçadoras da cidadania.”
(PARO, 2001, p. 65).
Importante perceber que o papel da gestão escolar está intimamente ligado à
democracia e que a eleição para diretor tem sido apontada como a forma de provimento que
mais favorece a gestão democrática, não como a única forma, pois a democracia precisa se dar
pela construção coletiva dos sujeitos envolvidos no interior da escola. Porém, ela cria canais
de participação da comunidade na gestão escolar, uma vez que o diretor eleito pela
comunidade articula os interesses da escola e condiciona o compromisso com os usuários da
escola, a comunidade.
O que se tem evidenciado é que o Estado tem deixado aquém “[…] a universalização
de um ensino de boa qualidade. Há, pois, a necessidade permanente de se exercer essa pressão
sobre o Estado, para que ele se disponha a cumprir com seu dever.” (PARO, 1998, p.17).
Nesse sentido, a importância da participação da comunidade no espaço escolar como forma de
pressão e de partilha de poder, como afirma Paro (1998, p.17) “[…] Sem ela, não se fará uma
escola verdadeiramente universal e de boa qualidade no Brasil.”
Assim sendo, percebe-se que, em nossa região, praticamente não se avançou nesse
aspecto, já que o percentual é de apenas 11%. Nota-se uma prática centralizadora, pautada em
decisões com raízes clientelistas e de favorecimento. Apesar do tempo e regulamentação do
papel da gestão escolar, percebe-se, a partir do aspecto do provimento de diretor, que a prática
da gestão continua sendo um desafio que se impõe na região. Ao tratar da qualidade social da
educação, é preciso ter presente esses condicionantes que sinalizam avanços ou limitações,
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pois o espaço escolar está direcionado por condições estabelecidas pelas relações com a
comunidade, alunos e outros profissionais “[…] tendo em vista a resolução de problemas, o
planejamento e os processos de tomada de decisão. […] a gestão democrática participativa na
escola apresenta-se como um dos aspectos fundamentais das condições de oferta de ensino
com qualidade.” (DOURADO; OLIVEIRA; SANTOS, 2007, p. 22, grifo do autor). Esses são
elementos referenciais que ajudam a avaliar o avanço na qualidade social da educação da
nossa região.
Quando das condições para o exercício do cargo de diretor, percebeu-se nas respostas
dos diretores, que 14 deles, equivalente a 67%, apontaram não sofrer interferências externas
na gestão, e 2 diretores, equivalente a 22%, apontaram haver alguma influência externa, como
se pode notar, na sequência.
Gráfico 2 – Condições para o cargo de diretor
Fonte: Questionários socioeconômicos dos diretores - Microdados Inep 2011
Não se tem clareza do que seja essa interferência externa, no entanto, como o gráfico 1
aponta que 61% dos diretores são eleitos por indicação política, não deixa de ser uma
interferência externa às condições da gestão, inibindo a autonomia da escola e da comunidade
na condução do processo democrático. Evidentemente, que a eleição de diretores tão somente
não garante um processo efetivo de democracia, ele precisa estar ancorado na efetiva
participação dos vários segmentos escolares, sendo necessário construir uma cultura de
participação, mas a eleição acaba por ser uma das ações de participação.
Com relação ao apoio das instâncias superiores, conforme exposto no gráfico 2,
analisando-se pelo campo da equivalência da porcentagem, 89% dos diretores apontaram que
tem apoio, e 83% responderam terem apoio também da comunidade. Aqui, vislumbra-se um
caminho interessante e estratégico ao desenvolvimento de ações mais participativas na prática
educativa. Krawczyk (1999) assinala o papel articulador a ser exercido pela gestão escolar,
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entre as metas e traçados político-educacionais e a sua materialização na prática educativa, em
vista de uma educação de qualidade. Para autora, “[...] é possível pensar a gestão escolar
como um espaço privilegiado de encontro entre o Estado e a sociedade civil na escola.”
(KRAWCZYK, 1999, p. 117).
A participação dos sujeitos da e na escola representa avanço na qualidade da educação,
quando do seu envolvimento nos processos pedagógicos e organizacionais. Porém, a
participação democrática não acontece espontaneamente, ela é um processo que precisa se dar
coletivamente e motivada por espaços e mecanismos institucionais que viabilizem práticas
participativas no interior da escola pública (PARO, 1998). O Conselho Escolar é um desses
espaços de participação de todos os setores da escola “[…] educadores, alunos, funcionários e
pais – nas decisões sobre seus objetivos e seu funcionamento, haverá melhores condições para
pressionar os escalões superiores a dotar a escola de autonomia e recursos.” (PARO, 1998,
p.12).
Com base nos questionários respondidos pelos diretores, percebe-se que os Conselhos
são compostos pelo que o autor apontou: professores, alunos, funcionários e pais, como se
pode notar no gráfico.
Gráfico 3 – Composição do Conselho Escolar
Fonte: Questionários socioeconômicos dos diretores - Microdados Inep 2011
Com relação à frequência com que o Conselho Escolar se reúne, 61% apontaram que
fazem reunião três ou mais vezes ao ano; 11% não responderam à questão. Mas, o que chama
a atenção é que 28% dos diretores apontaram não existir Conselho Escolar, equivalente a
cinco das escolas pesquisadas. Essa constatação evidencia a falta de comprometimento da
participação dos atores escolares e não é difícil deduzir os implicadores dessa opção nos
processos decisórios da escola, uma vez que é um instrumento, um espaço que existe e
necessita ser aperfeiçoado, quanto mais a sua não existência. Paro (1998, p. 12) lembra que o
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Conselho escolar “[…] precisa ser aperfeiçoado com vistas a que se torne o embrião de uma
verdadeira gestão colegiada que esteja articulada com os interesses populares da escola.”
Gráfico 4 – Reunião do Conselho Escolar
Fonte: Questionários socioeconômicos dos diretores - Microdados Inep 2011
Outro espaço de participação é o Conselho de Classe, que aparece em 83% das escolas
pesquisadas. Esse conselho, formado por todos os professores que lecionam em cada turma ou
série, trata de questões mais pontuais das práticas pedagógicas do ensino-aprendizagem. Em
72% das escolas, esse conselho se reúne de três a mais vezes por ano, geralmente, a prática de
reunião é no final da cada período letivo, seja bimestre, que é o mais prevalecente em nossas
escolas, ou a cada trimestre. E em 11% das escolas, ele se reúne duas vezes por ano, e 6% das
escolas, que corresponde a uma escola, apontou não existir conselho.
Gráfico 5 – Reunião do Conselho de Classe.
Fonte: Questionários socioeconômicos dos diretores - Microdados Inep 2011.
Um conceito que expressa a concepção e as prioridades da escola é o seu projeto
educativo. A escola é lugar da concepção, da realização e da avaliação do seu projeto
educativo, por isso ela dever ser a responsável pela sua construção, mas como adverte Saviani
(2008, p. 15), o que óbvio “[…] acaba sendo esquecido ou ocultado, na sua aparente
simplicidade, problemas que escapam à nossa atenção. Esse esquecimento e essa ocultação
acabam neutralizando os efeitos da escola no processo de democratização.” Assim, o projeto é
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o que “[…] confere consistência, amplitude e sentido à prática pedagógica, porque é através
dele que se congregam as energias, se traçam expectativas e se organiza o processo de
trabalho na escola.” (OLIVERIA, 2012, p. 41).
Conforme o autor, o Projeto Político-Pedagógico da escola deve estar fundamentado
na dimensão política, considerando a educação como um ato político, da formação do sujeito
histórico; e considerando a dimensão pedagógica, presente no processo ensino-aprendizagem,
em que a construção e sistematização do conhecimento e dos saberes viabilizados através da
ação pedagógica, “[…] a gestão, a organização do processo de trabalho, a prática docente, as
ações coletivas, a cultura organizacional, o envolvimento da comunidade são
espaços/instâncias pedagogizados.” (OLIVEIRA, 2012, p.41). Trata-se de duas dimensões
intrinsecamente relacionadas e em constante interlocução.
Veja-se, na sequência, o gráfico com os resultados acerca da elaboração do Projeto
Pedagógico.
Gráfico 6 – Elaboração do Projeto Pedagógico
Fonte: Questionários socioeconômicos dos diretores - Microdados Inep 2011
Com base nesse gráfico, observa-se que, nas escolas pesquisadas, 33% apontaram que
o Projeto Político Pedagógico foi elaborado pelos professores, pais, servidores, estudantes e
pelo diretor; 28% assinalaram ter sido elaborado por uma equipe de professores e o diretor;
para 11%, foi elaborado pelo diretor e apresentado aos professores para versão final; 6%
usaram modelo proposto pela Secretaria de Educação; 6% elaboraram-no de outra forma, sem
explicar de que modo; e 6% responderam não existir Projeto Pedagógico na escola, o que
causa certa estranheza a despeito da determinação do que a própria LDB prevê. O que será
que prevê e orienta a ação pedagógica dessa escola?
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Ainda se tratando dos dados, vê-se que é preciso avançar na questão da elaboração do
PP. Nota-se que apenas 33% dos PPs foram elaborados por uma equipe composta pelos
diversos sujeitos envoltos à escola, as demais não, o que denota a fragilidade nesse aspecto
da gestão democrática.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB – no Art. 3, inciso VIII,
trata da gestão democrática como um princípio do ensino público, e no Art. 14, aponta a
responsabilidade dos sistemas de ensino na definição das normas da gestão democrática na
educação básica, nos seguintes princípios: “I - participação dos profissionais da educação na
elaboração do projeto pedagógico da escola; II - participação das comunidades escolar e local
em conselhos escolares ou equivalentes.” (BRASIL, 1996). Comparando o que diz a lei da
educação com os dados, vê-se o frágil avanço na gestão democrática, no que diz respeito ao
princípio I, considerando-se que somente 33% das escolas elaboraram o PP com uma equipe
que vai além dos profissionais da educação. Avançou-se timidamente naquilo que prepondera
na lei, e no contemplar as dimensões presentes no PP, conforme apontado acima, revelando
que a escola “[…] precisa ter compromisso com a qualidade, enquanto um atributo que a leva
a ser reconhecida, como uma instituição que se produz […] entre a transmissão de
conhecimento historicamente construído e a produção de novos conhecimentos/saberes.”
(OLIVEIRA, 2012, p.41).
No item que trata da relação escola e comunidade, percebe-se que os espaços da escola
estão disponíveis à comunidade, sendo que apenas 11% não os disponibilizam à comunidade;
33% dos diretores apontaram que esses espaços são utilizados quando do planejamento feito
pela escola; e 45% assinalaram que os espaços escolares são utilizados quando do
planejamento conjunto entre escola e a comunidade, como se pode notar com base no gráfico.
Gráfico 7- Espaço escolar e comunidade
Fonte: Questionários socioeconômicos dos diretores - Microdados Inep 2011
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Além disso, nota-se um frágil envolvimento da comunidade e escola, na ocasião da
promoção de campanhas de solidariedade desenvolvidas no ano de 2011, propostas pela
escola. Em 61% das escolas, não ocorrem campanhas solidárias que envolvessem a ajuda da
comunidade, só apontadas por 28% das escolas. Também quando perguntados do
envolvimento da comunidade em mutirão para manutenção da estrutura física da escola, 67%
apontaram que não houve campanhas nesse sentido e 22% apontaram que houve esse tipo de
campanha.
Gráfico 8 – Envolvimento escola e comunidade
Fonte: Questionários socioeconômicos dos diretores - Microdados Inep 2011
Aqui, é interessante abrir um parêntese com relação à autonomia escolar entendida
como autonomia pedagógica e autonomia administrativa, e nesta última está inclusa a
autonomia financeira (PARO, 2001). Quando no questionário é apontado o envolvimento da
comunidade em campanhas para manutenção da estrutura escolar, aborda-se a questão da
autonomia administrativa, que significa a possibilidade de gerir os recursos da forma mais
adequada aos fins educativos da realidade de uma determinada escola. Ocorre que essa
prática da autonomia é confundida com a prática governamental neoliberal “[…] que consiste
em negar recursos às escolas e estimulá-las a ir buscá-los entre os usuários chamando a isso
de autonomia financeira/administrativa porque estes gerariam os recursos que eles mesmos
proveram.” (PARO, 2001, p. 115). Tal prática demonstra a ausência do Estado para com a
escola. Ao agir assim, “[…] o Estado não está dando autonomia à escola, mas abandonado-a
a sua sorte, abstendo-se de provê-la dos mínimos recursos que é seu dever prover.” (PARO,
2001, p. 115). É uma prática incorporada por muitas escolas, embora não seja comum nas
escolas estudadas, item que apresentou 22%.
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Considerações finais No contexto da realidade vivenciada pela gestão da escola, é necessário observar o
paradoxo existente, de um lado, avanços democráticos, e de outro, retrocessos. Deve-se estar
atento “[…] o quão distante de uma cultura democrática e autônoma, envolvendo a
participação de todos, estão as escolas públicas brasileiras.” (OLIVEIRA, 2010, p.143).
Dourado (2007, p. 924) chama atenção para a “[…] implementação de processos de
participação e decisão nessas instâncias, balizados pelo resgate do direito social à educação e
à escola, pela implementação da autonomia nesses espaços sociais.”
De modo geral, a situação apresentada pelos dados dos questionários socioeconômicos
dos diretores 2011 revela a fragilização das condições de participação direta das pessoas em
espaços de promoção coletiva, também se mostraram frágeis as possibilidades de avanços na
gestão democrática do ensino público no âmbito pesquisado, afinal democratizar a escola
“[…] implica repensar a sua organização e gestão, por meio do redimensionamento das
formas de escolha do diretor e da articulação e consolidação de outros mecanismos de
participação.” (DOURADO, 2012, p. 8). Garantindo, nesse processo, a construção coletiva
“[...] do projeto pedagógico, a consolidação dos conselhos escolares e dos grêmios estudantis,
entre outros mecanismos. Isso quer dizer que a cultura e a lógica organizacional da escola só
se democratizarão se todos que vivenciam seu cotidiano contribuírem para esse processo de
mudança.” (DOURADO, 2012, p. 8).
Assim sendo, faz-se importante compreender o processo de mudanças que vem
ocorrendo na sociedade atual e que impacta nas políticas de gestão e de regulação da
educação, seja no âmbito de Brasil ou de região, interferindo na organização da escola e nos
papéis dos diversos atores sociais que dela fazem parte, construindo seu cotidiano. Essa
compreensão é um desafio posto à comunidade escolar.
Em vista do exposto, parece que o grande desafio para a mudança inclui um olhar à
realidade escolar brasileira, e principalmente para nossa região, de modo que se possa refletir
conscientemente sobre a natureza dos problemas que atravessa a escola e sua gestão,
perspectivando uma realidade posta, mas não consumada, podendo mudá-la, tornando-a
humana, solidária e promotora da inclusão de todos, de forma qualitativa.
Percebe-se a necessidade de priorização das condições que consolidam a qualidade
social almejada na educação, em um contexto de crescente tendência ao uso de informações
predominantemente quantitativas na formulação de políticas educacionais.
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Orientados pelo projeto de uma escola para todos, com qualidade social, e pelo
conteúdo da reflexão aqui referida, será possível expressar um movimento que se oponha ao
conformismo e que esteja comprometido com a transformação.
REFERÊNCIAS
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