MÉTODOS QUANTITATIVOS submódulo 2 - ESTATÍSTICA GRADUAÇÃO Pós Gestão inovadora da empresa gráfica.
GESTÃO FINANCEIRA 9ª. Aula AVALIÇÃO DE EMPRESAS E DE PROJETOS DE INVESTIMENTO 18/10/2008...
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GESTÃO FINANCEIRA9ª. Aula
AVALIÇÃO DE EMPRESAS E DE PROJETOS DE INVESTIMENTO 18/10/2008
GRADUAÇÃOPós
Gestão inovadora da empresa gráfica
1. Projetos de investimento
Já conceituamos, anteriormente nesse curso, investimento como sendo todo o gasto em bens mantidos no ativo, visando a geração de benefícios em períodos futuros.
Nesse módulo, vamos focar os investimentos em ativos permanentes, ou seja, aqueles destinados a gerar resultados no longo prazo, dentre eles:
• Máquinas e equipamentos
• Edifícios e instalações
• Pesquisa e desenvolvimento de produtos ou processos
• Participações em empresas controladas ou coligadas.
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1. Projetos de investimento
Dada a natureza desses ativos, os montantes necessários para investimento são, em geral, de grande relevância.
Ainda, uma vez tomada uma decisão, caso os resultados gerados pelos investimentos realizados fiquem aquém das expectativas, medidas corretivas tendem a produzir efeitos também a prazos mais longos.
Por exemplo, a decisão sobre a construção de uma fábrica (melhor local, necessidade de área construída, tipo da construção, lay out etc), quando não traz os resultados planejados (ou desejados), requer ações que, em geral, não surtem efeitos imediatos.
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1. Projetos de investimento
Diante da importância de tomadas de decisão dessa natureza, alguns métodos de avaliação de investimento permitem, aos gestores ou investidores, decisões mais conscientes e com maior grau de segurança.
Para todos os métodos que analisaremos a seguir, pressupõe-se a elaboração de um fluxo de caixa do projeto, compreendendo as saídas (investimento inicial) e as entradas de dinheiro (ou a redução de despesas, em alguns casos) geradas pelo investimento realizado.
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2. Fluxo de caixa
Consideremos o seguinte exemplo:- a aquisição de um equipamento no valor de R$ 1 milhão- vida útil estimada – 10 anos- R$ 50 mil de valor residual (ao final da vida útil)- aumento da capacidade de produção e venda, com conseqüente aumento do lucro anual em R$ 160 mil.
O fluxo de caixa fica assim representado:
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R$ 1 milhão
R$ 260 mil(*)
Ano 0
Ano 1
R$ 260mil R$ 260 mil R$ 310 mil(**)
Ano 2 Ano 9 Ano 10..................
..................
(*) R$ 260 mil = R$ 160 mil de lucro + R$ 100 mil de depreciação
(**) R$ 310 mil = R$ 260 mil + R$ 50 mil de valor residual
3. Métodos de avaliação de investimento
Estudaremos, nesse curso, os seguintes métodos de avaliação de investimento:
• payback
• valor presente líquido - VPL
• taxa interna de retorno – TIR
O VPL e a TIR baseiam-se no conceito de fluxo de caixa descontado, ou seja, levam em consideração o valor do dinheiro no tempo em que ocorrem as entradas e saídas de caixa.
Nenhum dos métodos pode ser apontado como o melhor. Eles não devem ser encarados como excludentes, mas complementares.
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4. PaybackPayback consiste no período (anos ou meses) em que ocorre a recuperação do investimento inicial, ou seja, é o tempo necessário para que o fluxo de caixa fique positivo (ou, atinja o breakeven). No nosso exemplo, temos o seguinte fluxo...
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O payback se dá antes do final do 4º. Ano.
Admitindo-se que as entradas líquidas ocorrem de maneira uniforme durante o ano, fazemos:
220.000 x 12 = 10,1 meses
260.000
O payback é, portanto, de 3 anos e 10 meses.
4. Payback
O payback é um método muito simples de avaliação e muito fácil de se calcular.
Porém, tem limitações para tomada de decisão por não considerar:
• o valor do dinheiro no tempo, nem
• o fluxo de caixa após o payback, o que não permite a avaliação ao longo de todo o período do projeto.
Entretanto, esse método permite avaliar a velocidade com que ocorre o retorno do investimento, particularmente importante quando o foco é a liquidez.
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5. Valor presente líquido - VPL
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O cálculo do VPL consiste em se apurar em uma mesma data (em geral no início do projeto) o valor de todas as saídas e entradas de caixa.
Faz-se, portanto, o cálculo do valor presente das entradas e saídas, aplicando-se a seguinte fórmula para cada fluxo futuro:
VPL = Fluxo futuro
(1+i)
Sendo,
i = taxa de desconto (ou custo do capital)
n = número do período em que ocorre o fluxo futuro (mês ou ano)
n
5. Valor presente líquido - VPL
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No nosso exemplo, considerando-se uma taxa de desconto de 20% ao ano, o valor presente líquido do projeto é de R$ 92.833
= 260.000 ÷ 1,20 1
= 310.000 ÷ 1,20 10
.
.
.
.
.
5. Valor presente líquido - VPL
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A taxa de desconto (i) significa o valor mínimo de retorno que o investidor está disposto a obter para aquele projeto.
Portanto, se para a taxa de desconto estabelecida, o VPL for menor que zero, significa que o projeto deve ser recusado, pois o montante a ser investido poderá ter um retorno superior em outras alternativas de aplicação.
6. Taxa interna de retorno - TIR
A taxa interna de retorno é a taxa de desconto que faz com que o a soma dos fluxos das entradas seja igual ao das saídas.No nosso exemplo, se considerarmos uma taxa de desconto de 23% obteremos VPL negativo.
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Isso significa que a TIR está entre 20% e 23%.
Nesse caso, a TIR é de 22,82% ao ano.
7. Avaliação de empresas
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7. Avaliação de empresas
Para que se realize a compra ou venda de um negócio ou a fusão, cisão ou incorporação de empresas é necessário que se apure o seu valor.
“O que é valor?
Publius definiu valor no século I a.C: ‘Todas as coisas valem aquilo que o comprador pagar por elas’.”
Fonte: Guia da Ernest&Young para administração de fusões e aquisições. Rio de Janeiro: Record, 1992. pág. 65. Publius: foi um consul romano, que morreu em 503 aC.
A determinação do valor de uma empresa é um dos processos que mais subjetividade carrega, em diversas de suas etapas.
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8. Métodos de avaliação
Inúmeros são os métodos de avaliação de empresas. A seguir detalharemos os seguintes:
• Patrimonial Contábil
• P/L - Relação Preço/Lucro
• Múltiplos de faturamento
• Fluxo de caixa livre descontado
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Balanço Patrimonial
Investimento Total
Capital próprio
Capital de terceiros
ATI VO PASSI VO + PLCirculante - até 360 dias Circulante - até 360 dias
Disponível Fornecedores a pagarContas a receber Funcionários a pagarEstoque Impostos a pagarDespesas Antecipadas Empréstimos a pagar
Não Circulante Passivo não circulanteRealizável a longo prazoPermanente Patrimônio Líquido
Investimento Capital SocialImobilizado ReservasDiferido Lucros acumulados
9. Método Patrimonial Contábil
Utiliza os dados do Balanço Patrimonial:
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Valor da empresa = Ativos (-) Passivos Exigíveis = Patrimônio Líquido
Método de uso restrito pois só se aplica quando:
• Os ativos não divergem muito de seus valores de mercado e
• a empresa não tem um goodwill significativo.
Goodwill é o valor intangível de um negócio, decorrente da imagem da empresa ou de seus produtos, da carteira de clientes, da tecnologia desenvolvida etc.
10. Método P/L
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P/L = Preço da ação ÷ lucro por ação
Para cálculo do valor da empresa, multiplica-se o P/L de empresas similares pelo lucro da própria empresa.
Exemplo:
Empresa A cujo preço por ação é de R$ 100, apurou um lucro por ação de R$ 20. O P/L é, portanto, de 5.
Empresa B, do mesmo segmento, com as mesmas características de A, apurou lucro de R$ 1,5 milhão. Seu valor seria, portanto, de R$ 7,5 milhões = R$ 1,5 milhão x 5
Principal limitação: não considera o valor do dinheiro no tempo.
11. Múltiplos de faturamento
Apura-se o valor do negócio apenas com a multiplicação do faturamento por um número aceito pelo segmento.
Mais comum em pequenos empreendimentos, como padarias, farmácias etc.
Foi também amplamente empregado no auge das empresas “ponto.com”, que tinham faturamentos crescentes mas operavam com prejuízo.
Algumas se consolidaram e se tornaram lucrativas. Outras, vendidas por valores elevadíssimos, faliram. Nesses casos, os investidores tiveram enormes perdas.
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12. Fluxo de caixa descontado
É o método que melhor expressa o valor de um negócio, apesar de alguns elementos subjetivos.
Por esse método:
1. projeta-se o fluxo de caixa livre – FCL (ou free cash flow – FCF) para um período de longo prazo, em geral entre 5 e 10 anos
2. estima-se uma taxa de desconto (custo de oportunidade)
3. calcula-se o valor presente do fluxo de caixa
4. calcula-se o valor da perpetuidade (fluxo de caixa não explícito, após o período de 5 ou 10 anos projetado)
5. calcula-se o valor presente da perpetuidade.
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12. Fluxo de caixa descontado
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Na etapa 1, várias premissas são estabelecidas para que sejam projetadas as receitas e despesas futuras, havendo, portanto, um elevado grau de subjetividade na elaboração do fluxo de caixa livre.
Também na etapa 2, a fixação da taxa de desconto não é fundamentada em critérios inquestionáveis, sendo objeto de negociação entre comprador e vendedor.
Quanto maior a taxa, menor o valor do negócio apurado (significa que maior é o risco). O comprador tende, portanto, a propor taxas de desconto mais elevadas que o vendedor.
12. Fluxo de caixa descontado
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Fluxo de Caixa Livre – Composição
Receitas Líquidas de Vendas
(-) Custos dos produtos vendidos e despesas operacionais
(=) Lucro operacional
(+) Depreciação e amortização
(-) Investimento no imobilizado
(-) Capital de giro líquido
(=) Fluxo de caixa livre
12. Fluxo de caixa descontado
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1. Fluxo de Caixa Livre
Exemplo extraído de Ching, pág. 262 (1a. Edição)
12. Fluxo de caixa descontado
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2. Taxa de desconto estimada (i) – 18,4% ao ano
3. Cálculo do Valor presente do FCL
Período explícito do fluxo de caixa
12. Fluxo de caixa descontado
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4. Cálculo da perpetuidade
O valor da perpetuidade é aquele que o negócio terá após o período projetado (período explícito).
Em geral, é calculado com base no fluxo de caixa livre do último período projetado (t), no nosso exemplo = 4.491.
Perpetuidade = FCL em t
i (-) g
i = taxa de desconto (18,4%, no nosso exemplo)
g = taxa de crescimento estimada (0, no nosso exemplo)
Perpetuidade = 4.491 ÷ 0,184 = 24.408
12. Fluxo de caixa descontado
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5. Cálculo do VPL da perpetuidade
24.407 ÷ (1,184) = 10.490
6. Valor total do negócio:
R$ 7.548 = VPL do fluxo de caixa explícito(+)R$ 10.490 = VPL da perpetuidade
R$ 18.038 = Valor do negócio
5
13. EBITDA
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EBITDA – Earning Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization
O mercado adotou o EBITDA como indicador de desempenho e, em muitos casos, base para avaliação dos negócios.
Traduzindo, é o
Lucro (Earning)antes de (Before)Despesas ou receitas financeiras (Interest),Impostos sobre o lucro – IR e Contribuiçao Social (Taxes),Depreciação e amortização (Depreciation and Amortization)
13. EBITDA
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O EBITDA significa a geração de caixa operacional, porque exclui as despesas que não afetam caixa (depreciação e amortização) e os itens não operacionais – receitas financeiras (não são objetivos da empresa) e despesas financeiras (decorrem do estrutura de financiamento adotado pela empresa e não das operações).
Em algumas transações de compra e venda de empresas, utiliza-se o EBITDA calculado a valor presente ou um múltiplo dele, como base para fixação do valor da operação.
Leitura recomendadaCapítulos 9 e 10
Ching, Marques e PradoContabilidade e Finanças para não
especialistas