Gerenciamento de Riscos Ambientais Aula 4 Alexandre Martins Fernandes [email protected]...
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Gerenciamento de
Riscos Ambientais
Aula 4
Alexandre Martins [email protected]
SorocabaFevereiro 2010
Curso de Pós-Graduação Lato Sensu
MBA em Gestão, Auditoria e Perícia Ambiental
Análise de vulnerabilidade
É um estudo realizado por intermédio de modelos matemáticos para a previsão dos impactos danosos às pessoas, instalações e ao meio ambiente.
É baseado em limites de tolerância estabelecidos através do parâmetro Probit para os efeitos de sobrepressão advinda de fenômenos por um curto período de tempo.
Análise de vulnerabilidade
Parâmetro Probit Serve para relacionar a intensidade de fenômenos (como explosões, radiações térmicas decorrentes de incêndios e efeitos tóxicos advindos da exposição a uma alta concentração de substâncias químicas), com os danos que podem causar.
O PROBIT (unidade de probabilidade) é uma variável randômica com média 5 e variância 1.
O seu valor é relacionado a uma determinada porcentagem através de curvas ou tabelas.
Análise de vulnerabilidade
Parâmetro Probit para substâncias tóxicas
Casos de liberações contínuasvalor de referência:
• concentrações tóxicas para a probabilidade de 1% e
50% de fatalidade,
• tempo de exposição de pelo menos 10 minutos.
Análise de vulnerabilidade
Parâmetro Probit para substâncias tóxicas
Casos de liberações instantâneasvalor de referência:
• Mantêm-se as concentrações tóxicas para a
probabilidade de 1% e 50% de fatalidade,
• Tempo de exposição: tempo de passagem da nuvem,
se menor que 10 minutos.
Análise de vulnerabilidade
No contexto de um estudo de risco, o dano de maior
interesse é aquele provocado pela exposição a uma
alta concentração de produto por um curto período
de tempo. Os efeitos que uma liberação tóxica pode
apresentar são: morte, danos não letais e irritação.
Análise de vulnerabilidade
Exemplo: radiação térmica.Pessoas e materiais expostos a um incêndio. Possíveis danos
associados ao nível de radiação:
• Se for suficientemente alto, pode ignizar (queimar) outros materiais
• Danos podem ser calculados através da dose de radiação recebida.
• Efeitos sobre as pessoas: percentagem de mortes ou diferentes graus de queimaduras.
Análise de vulnerabilidade
A elaboração de estudos quantitativos de análise de riscos requer a estimativa:
• das freqüências de ocorrência de falhas de equipamentos relacionados com as instalações ou atividades em análise.
• da probabilidade de erros do homem.
Esses dados são normalmente difíceis de serem estimados.
Análise de vulnerabilidade
Para o cálculo das freqüências de ocorrência dos
cenários acidentais podem ser utilizadas, entre
outras, as seguintes técnicas:
• Análise por Arvore de Falhas (AAF)
• Análise por Árvore de Eventos (AAE)
Análise por Árvore de Falhas
Desenvolvida pelos Laboratórios Bell Telephone (1962), a pedido da Força Aérea Americana, para uso no sistema do míssil balístico intercontinental MINUTEMAN.
Excelente para o estudo dos fatores que podem causar um efeito indesejável (falha ou risco crítico).
Análise por Árvore de Falhas
Etapas do método
1. Selecionar o evento ou falha (com a probabilidade
determinada);
2. Revisão de todos os fatores intervenientes (ambiente, dados
de projeto, etc) que podem contribuir para a ocorrência do
evento
3. Preparar a árvore, diagramando os eventos e falhas de modo
sistemático...
Análise por Árvore de Falhas
Etapas do método
3. Preparar a árvore, diagramando os eventos e falhas de modo
sistemático (em níveis)...
Interrelacionamento entre eventos e o evento “topo” (em estudo),.
Primeiro nível – podem causar o fato diretamente;
Segundo nível - ....
Análise por Árvore de Falhas
Etapas do método
4. Desenvolver expressões matemáticas para cada “entrada” da
árvore (Álgebra Booleana) – comportas lógicas que podem
ser traduzidas em ações de adição ou de multiplicação.
5. Determinar a probabilidade de cada evento
6. Calcula-se a probabilidade de ocorrência do evento
indesejado (expressão matemática simplificada = modelo)
Análise por Árvore de Falhas
Permite:
a) Determinar a sequência mais crítica ou provável de eventos,
dentre os ramos, que levam ao “topo”
b) Identificar falhas singulares ou localizadas, importantes no
processo
c) Descobrir elementos sensores cujo desenvolvimento possa
reduzir a probabilidade de ocorrência do evento.
Análise por Árvore de Falhas
Evento topo
Evento ou falha primária
Evento esperado, a menos que ocorra falha
Comporta OU
Evento não desenvolvido
Condição limitante
Perdas de Produção
Perdas por parada
Perdas por redução de ritmo
Abordagem QualitativaÁrvore de Falhas de Perdas de Produção na
Indústria
Análise por Árvore de Falhas
Evento topo
Evento ou falha primária
Evento esperado, a menos que ocorra falha
Comporta OU
Evento não desenvolvido
Condição limitante
Perdas de Produção
Perdas por parada
Perdas por redução de ritmo
Abordagem QuantitativaÁrvore de Falhas de Perdas de Produção na
Indústria
A1
A2
A3
A5A4
A6
A7 A8X1
X3 X4 X5 X6
X8 X9 X10 X11
X2
X7
An = adição
Xn = entrada ou falha primária
Análise por Árvore de Falhas
As falhas e defeitos dos equipamentos e sistemas descritos podem ser agrupados em três classes:
1.Falhas e defeitos primários
2.Falhas e defeitos secundários
3.Falhas e defeitos de comandos
Análise por Árvore de Falhas
1. Falhas e defeitos primáriosOcorrem no sistema devido ao mal funcionamento de equipamentos que podem ocorrer no ambiente e condições para o qual o equipamento foi projetado.
As falhas primárias são de responsabilidade específica do equipamento e não podem ser atribuídas a outras causas ou condições externas.
Exemplo: um selo de bomba centrífuga que se rompe nas condições normais de operação da bomba
Análise por Árvore de Falhas
2. Falhas e defeitos secundáriosOcorrem no sistema devido ao mal funcionamento de equipamentos que podem ocorrer em ambientes para o qual o equipamento NÃO foi projetado.
Essas falhas são atribuídas a causas ou condições externas.
Exemplo: um selo de bomba centrífuga que se rompe por excesso de pressão devido a que a bomba ficou funcionando com a descarga bloqueada
Análise por Árvore de Falhas
3. Falhas e defeitos de comandosOcorrem no sistema devido ao mal funcionamento do equipamentos no qual o comando opera, mas em tempo ou local errado
Exemplo: um alarme de alta temperatura que não funciona devido a uma
falha no sensor de temperatura no processo.
A falha do alarme é uma falha de comando
A falha do sensor é uma falha primária.
Análise por Árvore de Falhas
Etapas na construção de uma árvore de falhas:
1.Definição do problema
2.Construção da árvore de falhas
3.Solução da árvore de falhas
4.Determinação do conjunto mínimo
Análise por Árvore de Falhas
1. Definição do problema
• Definir o EVENTO PRINCIPAL, objeto da análise
• Definir as condições limites:• Eventos não considerados
• Eventos considerados
• Limites físicos do sistema
• Nível de resolução
• Outras suposições
Análise por Árvore de Falhas
2. Construção da árvore de falhas
Inicia-se com o EVENTO PRINCIPAL e continua, nível por nível,
até que todos os eventos relacionados com o evento
principal tenham sido desenvolvidos até suas causas
básicas (EVENTOS BÁSICOS)
Análise por Árvore de Falhas
2. Construção da árvore de falhasRegras básicas:a) Registrar o evento de falha
- escrever o evento dentro do símbolo correspondente; em separado escrever como, onde e quando aconteceu.
b) Avaliação do evento de falha- “Essa falha pode ser causada pelo mal funcionamento do
equipamento?”- SIM = falha no estado do equipamento- NÃO = falha do sistema
Análise por Árvore de Falhas
2. Construção da árvore de falhasRegras básicas:c) Regra “sem milagres”
- o funcionamento normal do equipamento provoca uma sequência de falhas, então o equipamento funciona normalmente.
d) Regra “complete toda entrada de cada vez”- todas as entradas necessárias para que aconteça um evento devem
ser analisadas e registradas antes de se passar para um outro evento.
- Completar cada nível antes de iniciar a análise do próximo nível
Análise por Árvore de Falhas
2. Construção da árvore de falhasRegras básicas:
e) Regra “não há entrada de evento para evento”
- as entradas devem ser adequadamente definidas como
eventos de falhas e estarem ligadas sempre através de um
portão lógico.
Análise por Árvore de Falhas
3. Solução da árvore de falhas
• Dificilmente será possível identificar diretamente na árvore de falhas
todas as combinações de falhas que levam ao acidente
• Assim, elas podem ser resolvidas por modelos matemáticos (álgebra de
Boole) ou resolução de matrizes
• Resultam nas séries de cortes mínimos que indicam as combinações de
falhas de equipamentos ou sistemas que podem resultar no evento
principal.
Análise por Árvore de Falhas
3. Solução da árvore de falhasMétodo geral:
a) Identificar exclusivamente todas as entradas ou eventos
básicos
b)Simplificar todas as entradas nos eventos básicos
c) Retirar os eventos duplicados da árvore
d)Suprimir todas as superséries (série que contém outra
série)
Análise por Árvore de Falhas
4. Determinar o conjunto mínimo• Pelos passos anteriores é possível chegar ao conjunto
mínimo da árvore de falhas.• Estabelece-se uma hierarquização:
– Erro humano– Falhas nos equipamento ativos– Falhas nos equipamento passivos
Análise por Árvore de Falhas
Evento topo
Evento ou falha primária
Comporta OU
Perdas de
Produção
Árvore SimplificadaÁrvore de Falhas de Perdas de Produção na
Indústria
A1
Análise por Árvore de Falhas
Valor numérico da probabilidade de ocorrência do evento indesejado
= A1
0,1001