Geologia 11 rochas sedimentares - história da terra - fósseis
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Nuno Correia 12 - 13 2
Muitos dos fenómenos da história da Terra ficam registados nos sedimentos, nomeadamente os restos ou vestígios dos organismos que habitaram o nosso
planeta e que atualmente se encontram extintos.
Nuno Correia 12 - 13 3
Reconstituir o passado do nosso planeta implica assim:
compreender como se formaram as diferentes rochas;
conhecer as alterações que ocorreram nas rochas
desde a sua formação até à atualidade;
datar a formação das rochas;
estudar as formas de vida que habitavam o nosso
planeta nos tempos geologicamente remotos.
Nuno Correia 12 - 13 4
O estudo das rochas sedimentares, principalmente a composição e
textura (dimensão dos grãos, etc), fornece dados importantes sobre as
rochas iniciais que sofreram meteorização e erosão, além de permitirem
caracterizar o tipo de transporte e as condições ambientais em que
ocorreu a deposição e a diagénese.
Neocatastrofismo
Nuno Correia 12 - 13 7
Esta nova teoria reconhece o
uniformitarismo como o guia principal que
permite entender os processos
geológicos, mas não exclui que
fenómenos catastróficos ocasionais
tenham contribuído para eventuais
alterações localizadas na superfície
terrestre. Esta conceção procura
interpretar os efeitos de alguns
fenómenos catastróficos, como acontece
com os impactos meteoríticos, baseando-
se em dados geológicos.
O que é um fóssil?
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Fóssil (substantivo masculino): Todo e qualquer
vestígio identificável, corpóreo ou de actividade
orgânica, de organismos do passado, conservado em
contextos geológicos, isto é, nas rochas (do latim
fossile < fossu, cavado, retirado do chão cavando).
Tipos de fóssil
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Somatofóssil: Fóssil de restos
somáticos (isto é, do corpo) de
organismos do passado.
Icnofóssil: Fóssil de vestígios
de actividade biológica de
organismos do passado.
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Jazida da Pedreira do Avelino (Zambujal, Sesimbra)
Foto: Carlos Marques da Silva
Interesse científico dos fósseis
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A utilização dos fósseis, em Geologia, está muito dirigida
para a reconstituição de paleoambientes (ambientes
antigos) e para a geocronologia, em que são usados na
datação das rochas e de acontecimentos geológicos.
Fósseis de Fácies
Nuno Correia 12 - 13 30
Identificam os ambientes de
formação das rochas em que
se encontram, no que respeita,
nomeadamente, à
profundidade, temperatura,
luminosidade, energia,
oxigenação e salinidade,
porque correspondem a seres
que viviam em condições
ambientais bem definidas.
Exemplos
Nuno Correia 12 - 13 31
Os carvões, que caracterizam ambientes redutores
(sem oxigénio disponível), de águas doces ou
salobras, geralmente continentais e de climas
húmidos;
Exemplos
Nuno Correia 12 - 13 32
Os corais, que identificam ambientes marinhos
pouco profundos, de águas límpidas, quentes,
agitadas e bem oxigenadas.
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Os fósseis de fácies são, portanto, especialmente
esclarecedores em relação aos ambientes de
formação das rochas sedimentares.
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Mina de Carvão (Svalbard –
Noruega)
Nuno Correia 12 - 13 35
Recifes de coral
Os recifes de coral são comunidades
constituídas por uma grande variedade de seres
vivos.
Os corais, animais que pertencem ao mesmo filo
que as hidras, estabelecem uma relação de
simbiose com algas unicelulares. Os esqueletos
dos animais mortos constituem a base do recife.
Os recifes de coral são edificados em águas
tropicais quentes, pouco profundas e com pouca
carga de sedimentos. Os recifes mais comuns
são agrupados em três categorias: recifes de
franja, recifes barreira e atóis (recifes circulares
que emergem de águas profundas e que
circundam uma lagoa). A existência de atóis em
águas oceânicas profundas intrigou os
naturalistas do século XIX. Em 1842, Charles
Darwin publicou uma explicação para a
formação de atóis no oceano Pacífico, baseada
nas observações que fez nas ilhas do
arquipélago da Sociedade. De acordo com
Darwin, recifes de franja, recifes barreira e atóis
constituiriam, respetivamente, etapas
consecutivas da evolução dos recifes que se
encontram associados a ilhas vulcânicas.
A hipótese de Darwin só foi
comprovada em 1952,
quando foram efetuadas
sondagens no atol de
Eniwetok, no oceano
Pacífico. Por baixo de cerca
de 1400 m de calcário
recifal, os cientistas
encontraram basalto
(associado a vulcanismo
intraplacas).
Fósseis de Idade
Nuno Correia 12 - 13 36
Os fósseis de idade são fósseis de organismos cujas espécies
tiveram uma breve passagem pela Terra e que, por isso,
caracterizam bem a idade das rochas onde fossilizaram.
Diz-se que evoluíram rapidamente e que a sua distribuição
estratigráfica, isto é, nos estratos das diversas idades, é
pequena .
Para que a utilização científica dos fósseis de idade e dos
fósseis de fácies seja generalizada, é necessário que se
trate de fósseis abundantes, o que decorre da abundância
dos próprios organismos e da sua facilidade de fossilização.