Fraternidade e a Vida no Planeta

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Fraternidade e a Vida no Planeta. 1. Apontamentos bíblicos sobre a preservação da natureza. 1.1. O nosso Deus é o Deus da vida Deus dá à terra o poder de gerar frutos, árvores, sementes, ervas e verduras ( Gn 1,12). “E Deus viu que era bom”. - PowerPoint PPT Presentation

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1. 1. Apontamentos Apontamentos bíblicos sobre a bíblicos sobre a preservação da preservação da naturezanatureza

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1.1. O nosso Deus é o Deus da vida

Deus dá à terra o poder de gerar frutos, árvores, sementes, ervas e verduras (Gn 1,12)

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“E Deus viu que era bom”.

“E Deus viu tudo quanto havia feito, e era muito bom” (Gn 1,31)

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Mas houve quem entendesse que o ser humano era dono absoluto do planeta porque o texto também diz:

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“Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a! Dominai sobre os peixes do mar, as aves do céu e todos os animais que se movem pelo chão” (Gn 1,28)

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A palavra dominar vem do latim dominus, que significa “senhor”.

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O exercício do senhorio, ou a dominação, por parte do ser humano deve significar respeito à ação criativa divina,

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contribuir com o crescimento e a evolução da natureza em todas as suas dimensões, cuidado com o meio ambiente e fazer dele uma fonte de bênçãos.

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No texto bíblico podemos notar que os animais da terra são colocados sobre o mesmo espaço em que se encontram os seres humanos.

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É evidente que há uma diferença entre os seres humanos e os animais.

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1.2. O lugar do ser humano na criação

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“o fizeste só um pouco menor que um deus, de glória e honra o coroaste” (Sl 8,6)

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“Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou. Homem e mulher os criou” (Gn 1,27)

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Sobre isso o documento Gaudium et spes do Concílio Ecumênico Vaticano II diz:

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“O homem foi criado à ‘imagem e semelhança de Deus’, capaz de conhecer e amar o seu criador, e por este constituído senhor de todas as criaturas terrenas,

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para as dominar e delas se servir, dando glória a Deus”.(GS, n. 12)

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O saudoso Papa João Paulo II inseriu a seguinte pergunta em sua Encíclica Redemptor Hominis, n. 15:

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“Todas as conquistas alcançadas até agora, bem como as que estão projetadas pela técnica para o futuro, estão de acordo com o progresso moral e espiritual do homem?”

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1.3. A atualidade da advertência aos primeiros pais no paraíso (Gn 3,1-24)

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Se por um lado, o progresso científico e econômico, político e social da modernidade trouxe contribuições para o bem da humanidade,

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de outro introduziu muitas situações que atentam contra a vida em sua dimensão planetária.

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Em certos setores da sociedade, indo na contramão da história e do princípio básico da cientificidade, a palavra “científico” transformou-se numa espécie de ídolo

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diante do qual todos devem dobrar os joelhos.

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Assim, o apossar-se dos frutos da árvore da vida está significando caminhos para o apossamento das pessoas e da natureza,

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sem avaliar as consequências deste ato e sem considerar uma justa hierarquia de valores que deve reger as relações das pessoas entre si, com a natureza e com o Criador.

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1.4. O descanso e o sentido autêntico da criação

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O que Deus acrescentou com o descanso às obras da Criação se já a havia concluído no sexto dia?

O que ainda faltava para a criação, se já se encontrava acabada?

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A resposta é o próprio descanso, do qual emergem a bênção e a santificação do sétimo dia, ou seja, Deus concluiu a criação com a sua bênção.

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1.5. O cuidado com a vida e suas fontes

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Dt 22,6-7: “Se encontrares em teu caminho, não importa se sobre uma árvore ou no chão, um ninho com passarinhos, ou com ovos, e a mãe

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deitada sobre os passarinhos ou sobre os ovos, não pegarás a mãe com seus filhotes: deves deixar livre a mãe, e poderás pegar os filhotes para ti.

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Assim serás feliz, e prolongarás os teus dias”.

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“quando sitiares uma cidade... não destruas as árvores a golpes de machado; porque poderás comer dos frutos. Não derrubes as árvores.

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Ou as árvores do campo seriam porventura homens para fugirem de tua presença por ocasião do cerco?”(Dt 20,19)

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“as árvores que souberes não frutíferas, poderás destruí-las e derrubá-las para as obras do cerco contra a cidade inimiga”(Dt 20,20)

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“Fora do acampamento terás um lugar onde te possas retirar para as necessidades. Levarás no equipamento uma pá para fazeres uma fossa... Antes de voltar, cobrirás os excrementos.” (Dt 23,13-14)

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“Teu acampamento deve ser santo, para que o Senhor não veja em ti algo de inconveniente e te volte as costas”(Dt 23,15b)

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Sl 115,16: “Os céus são os céus do Senhor, mas a terra ele a deu aos filhos de Adão”.

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1.6. No deserto, uma lição de consumo responsável

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“Eis que o Senhor vos mandou: recolhei a quantia que cada um de vós necessita para comer, um jarro de quatro litros por pessoa”(Ex 16,6a)

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“alguns, porém, desobedeceram a Moisés e guardaram o maná para o dia seguinte; mas ele bichou e apodreceu”(Ex 16,20)

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1.7. Entrando na terra prometida

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“Entre estes se repartirá a terra em herança, de modo proporcional ao número de pessoas”(Nm 26,53)

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“As terras não se venderão a título definitivo, porque a terra é minha, e vós sois estrangeiros e meus agregados”(Lv 25,23)

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1.8. Jesus vence as tentações

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“Se és filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães”(Mt 4,3)

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A tentação de usar Deus em benefício próprio é muito arraigada na religiosidade, e se difunde no contexto de nossa sociedade consumista.

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“O país está abatido e seus cidadãos estão murchos. Os animais silvestres, as aves do céu e até os peixes do mar estão desaparecendo”(Os 4,3)

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1.9. O que pode nos afastar de Deus

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“concede-me apenas minha porção de alimento. Isto para que, estando farto, eu não seja tentado a renegar-te e comece a dizer: ‘Quem é o Senhor?’ ” (Pr 30,8b-9a)

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Jesus disse: “onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração”(Mt 6,21)

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1.10. A voz de Deus na natureza

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Mesmo antes de inspirar a escrita dos textos bíblicos, Deus se comunicou com a humanidade através do LIVRO DA NATUREZA.

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O Salmo 8, por exemplo, expressa o lugar que o ser humano ocupa no conjunto da criação.

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“A quem muito foi confiado, dele será exigido muito mais” (Lc 12,48)

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2. 2. Considerações Considerações acerca da acerca da criaçãocriação

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2.1. A abordagem teológica

A origem do universo e da vida.

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Cosmogonias e teogonias.

Nenhum povo ou religião deixou de abordar tais temas.

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Santo Agostinho diz:“Entendo para crer; creio para entender”(Sermão 43,9)

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A criação como dom do Pai

O Criador se revela em atitude de diálogo e comunhão.

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O diálogo pode se realizar de diferentes maneiras:

- No centro da interioridade, como expressou Santo Agostinho;

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-Nos acontecimentos da história, como na experiência do povo bíblico;

-Ou na contemplação da própria obra da criação.

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A criação e a Igreja

A criação em Cristo, pelo Pai e no Espírito é reflexo do amor de Deus, exprime sua bondade.

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E a esta, Deus enviou o seu Filho, segundo o desígnio amoroso de Deus para que esta obra alcance a plenitude.

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A criação e a Eucaristia

O venerável Papa João Paulo II diz que a Eucaristia, mesmo quando celebrada sobre um altar de uma Igreja de aldeia,

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esta celebração se realiza sobre o altar do mundo e, ali se entrelaçam o céu e a terra, de modo que toda a criação é impregnada por aquele ato.

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3. O pecado e a 3. O pecado e a dimensão dimensão ecológicaecológica

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A libertação da natureza, manipulada abusivamente pelo ser humano, está incluída na libertação

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do pecado humano para a vivência da liberdade concretizada no amor-serviço.

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Hoje, fica cada vez mais claro que a salvação do ser humano é inseparável da salvação da criação toda.

O destino de ambos está intimamente unido.

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4. O cuidado4. O cuidado

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Em nossos dias, se coloca um rosto atualíssimo, o do próprio planeta, pois, “a criação geme como em dores de parto” (Rm 8,22),

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clamando por cuidados com seus distúrbios climáticos, para os quais o modo de viver impulsionado pelo sistema organizacional de nossas sociedades, baseado no consumismo cooperou.

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5. São Francisco 5. São Francisco e a criaçãoe a criação

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É necessário resgatar a sobriedade no consumo dos bens necessários à dinâmica da vida e evitar desperdícios.

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São Francisco soube cultivar esta sobriedade no uso das criaturas, como podemos ver no fato de mandar o lenhador cortar apenas

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os galhos secos das árvores para que continuassem produzindo.

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São Francisco, disse um de seus biógrafos, descobriu os segredos do coração das criaturas, às quais chamava de irmãs,

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porque já parecia gozar a liberdade gloriosa dos filhos de Deus.

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