Frank Lloyd Wright

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Frank Lloyd Wright Equipe: Bárbara Delgado Débora Holzmann Erika Tavares Teoria e História da Arquitetura Turma: M35AB

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Frank Lloyd Wright

Equipe: Bárbara Delgado Débora Holzmann Erika Tavares

Teoria e História da Arquitetura

Turma: M35AB

Page 2: Frank Lloyd Wright

Sumário

Introdução......................................................1Biografia.........................................................2Contribuição Teórica......................................4.Principais Projetos Design... ..........................5Principais Projetos Arquitetura e Urbanismo..................................................9Obra Analisada...............................................18Comparação...................................................23Conclusão.......................................................24Bibliografia.....................................................25

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Introdução

Este trabalho teve como objetivo ampliar o nosso conhecimento de técnicas,

estilos e conceitos, através da história e da análise das principais obras e projetos de

um dos grandes arquitetos e teóricos da primeira geração do modernismo, Frank Lloyd

Wright, além de comparar uma de suas obras com outra de nossa escolha,

desenvolvendo nosso olhar para uma maior fonte de ideias para futuros projetos a

serem desenvolvidos durante nossa vida profissional.

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Page 4: Frank Lloyd Wright

BiografiaFrank Lloyd Wright, um dos arquitetos da vertente modernista orgânica, filho

de William Carey Wright e Anna Lloyd Jones, nasceu no dia 8 de junho de 1867 em

Richland Center, Wisconsin. Durante a sua infância teve a oportunidade de crescer em

um ambiente mais natural, que posteriormente essa experiência despertaria em

Wright um estilo próprio baseado em uma arquitetura voltada para o tempo presente,

para o lugar onde se mora e para quem a habita.

Aos 18 anos, Frank se matricula na Universidade de Wisconsin e trabalha em

tempo parcial como desenhista para o reitor da Universidade no departamento de

engenharia. Dois anos depois, Wright deixa Madison e vai para Chicago, onde estagia

em um escritório local antes de ser contratado por Adler e Sullivan sendo muito

influenciado pelo segundo, mais adiante, buscava, assim como Sullivan, criar um estilo

propriamente americano.

O tempo que passou trabalhando com Sullivan, Wright acompanhou de perto o

desenvolvimento da nova arquitetura apoiada fortemente pelos princípios da

engenharia e pela a utilização de novos materiais como as estruturas metálicas e o

concreto armado. O escritório de Sullivan era bastante requisitado para realizar

diferentes projetos e aos poucos todos os projetos residenciais ficaram subordinados a

Wright. Nesse momento, Frank consegue ousadamente criar uma nova forma de

arquitetura residencial iniciada com a construção de sua própria casa, conhecida como

Oak Park, que posteriormente seria reconhecida pelo mundo como praire style.

O praire style, que pertence às casas de pradarias feitas por Wright, é um estilo

onde transforma a tradicional casa com a planta quadrada e cúbica em uma casa de

formato prismático, de formas alongadas, sobreposição de volumes, telhados

sutis,mas generosos beirais. Além da inovação volumétrica, Wright se preocupava em

fazer uma residência adaptada às necessidades de cada cliente.

Já casado com Catherine Lee Tobin e com o seu primeiro filho de seis, Wright

monta seu próprio escritório e inicia uma nova etapa na sua carreira.

Em 1909 Wright deixa sua esposa e filhos, fecha o escritório e embarca para

Berlim juntamente com um novo amor, Mamah Borthwick Cheney e aproveita para

expor seus projetos e publicar um portfólio no Wasmuth. Essa iniciativa proporcionou

um reconhecimento internacional do seu trabalho e desencadeou influências a outros

arquitetos.

Frank Lloyd Wright

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Page 5: Frank Lloyd Wright

BiografiaDe volta aos Estados Unidos, Wright repleto de conhecimentos adquiridos

durante a viagem, constrói em Wisconsin a sua residência Taliesin, cuja palavra gaulesa

significa cume brilhante referindo-se ao local onde está implantada. A casa Taliesin,

além de moradia, é utilizada para abrigar um novo empreendimento idealizado por

Wright, uma escola de arquitetura unido arte e agricultura.

Infelizmente em 1914, um empregado incendeia Taliesin destruindo boa parte

da casa e matando sete pessoas, incluindo sua atual esposa, Mamah e os dois filhos de

Wright, que se encontrava em Chicago projetando Midway Gardens. Após esse fato,

Wright consegue superar a tragédia, reconstrói Taliesin e se dedica aos novos projetos.

Um desses projetos é o Imperial Hotel, no Japão.

Em 1915, Wright vai para o Japão juntamente com a sua nova esposa Mirian

Noel e abre um escritório em Tóquio. Ao mesmo tempo em que trabalha no projeto do

Hotel, vai constantemente à Los Angeles para acompanhar outros projetos.

Quando retorna do Japão, em 1922 Wright inicia um fase muito inventiva e

bem diferente, porém a maioria dos projetos desse período não são construídos,

dentre os quais podemos citar o National Life Insurance Building (Chicago, 1924),

o Gordon Strong Automobile Objective (Sugarloaf Mountain, Maryland, 1925), o San

Marcos-in-the-Desert resort (Chandler, Arizona, 1928) e St. Mark’s-in-the-Bowerie

apartment towers (New York City, 1928).

Nesse mesmo período, Wright juntamente com sua nova esposa Olga Lazovich

deram continuidade ao projeto da escola de arquitetura em Taliesin, que estava

parado desde o incêndio.

Após 1929, devido a grande crise Wright teve que adaptar o estilo das praire

houses a nova realidade. Buscou eliminar o desnecessário com a diminuição dos

ornamentos e conjugando os ambientes, a cozinha perto da sala de jantar que divide o

mesmo espaço com a sala de estar. Para esse período onde todos estariam

compartilhando a mesma situação, Wright usa o termo usonian houses para designar a

sua arquitetura adaptada.

Após esse período de conseqüências da crise, grandes projetos foram

requisitados, como a sede da Johnson & Sen Company em Racine, Wisconsin e a

famosa casa Falling Water em Bear Run, Pensilvânia como também um projeto pessoal

de mais uma escola de arquitetura no Arizona, a Taliesin West . Além desses projetos,

Wright inovou fazendo uma arquitetura de ficção científica, representada pelo Museu

Guggenheim em Nova York e a Marin Country Courthouse, Califórnia.

Em 1959, Wright ainda trabalhando em seus projetos falece aos 92 anos.

Deixando um enorme legado que tanto influência ainda hoje.

Frank Lloyd Wright

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Contribuição TeóricaWright foi um arquiteto que além de fazer edifícios, produziu diversos livros e

ministrou várias palestras.

1896

Palestra “Architecture, Architect, and Client” e o credo “Work Song”.

1900

Palestra com o título “The Architect” na Segunda Convenção Anual da Liga

Arquitetônica da América.

Palestras “A Philosophy of Fine Art” e “What is Architecture?”.

Artigos sobre a cultura japonesa.

1901

Palestra “The Art and Craft of the Machine” em Hull House, Chicago.

1923

Publica o livro “Experimenting with Human Lives”.

1927

Artigos intitulados “In the Cause of Architecture”.

1930

Ministra e publica a palestra “Modern Architecture”.

1931

Publica o livro “The Hillside Home School of the Allied Arts: Why we Want This School”.

1932

Publica uma autobiografia e um livro “The Disappearing City”.

1937

Juntamente com Baker Brownell publica o livro “Architecture and Modern Life”.

1939

Palestra em Londres e publica com o título “ An Organic Architecture”.

1943

Publica uma edição revisada de sua autobiografia e um livro “Book Six: Broadacre

City”.

1945

Publica o livro “When Democracy Builds”.

1945

Publica o livro “Genius and the Mobocracy”.

1953

Publica o livro “The Future of Architecture”.

1955

Publica um livro juntamente com Edgar Kaufmann Jr. “An American Architecture”.

1956

Publica o livro “The Story of the Tower”.

1958

Publica o livro “The Living City”.

1959

Começa escrever um livro de arquitetura para adolescents intitulado

“The Wonderful World of Architecture”.

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Principais Projetos - Design

APOIO DE MADEIRADO LAKE GENEVA HOTEL

SURPORTE PARA REVISTA DO LAKE GENEVA HOTEL

LUMINÁRIA DO LAKE GENEVA HOTEL

CADEIRA MIDWAY GARDENS

JANELA MIDWAY GARDENS MESA MIDWAY GARDENS

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JANELAS DA ROBIE HOUSE

LUMINÁRIA DA ROBIE HOUSE

SURPORTE PARA REVISTADA ROBIE HOUSE

CADEIRA DA ROBIE HOUSE

Principais Projetos - Design6

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Principais Projetos - Design

JANELAS DA AVERY COONLEY PLAYHOUSE

LUMINÁRIA DA AVERY COONLEY PLAYHOUSE

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Principais Projetos - Design

CADEIRAS DA TALIESINCADEIRAS DA TALIESIN MESA DA TALIESIN

LUMINÁRIAS DA TALIESIN

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Principais Projetos - Arquitetura e Urbanismo

Oak Park Home and Studio, Chicago.

Larkin Administration Building, Bufalo, New York. Hotel Imperial, Tóquio.

Johnson Administration Building, Wisconsin.

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Principais Projetos - Arquitetura e Urbanismo

Taliesin, Wisconsin. Taliesin West, Arizona.

Jacobs House, Wisconsin.

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Projeto Broadacre City (não construído)

Principais Projetos - Arquitetura e Urbanismo11

Plano de Bagdá (não construído)

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A Casa da Cascata foi projetada para a família Kaufmann em um terreno de

aproximadamente 650 hectares nas montanhas Allghery na Pensilvânia em 1935-1937,

Wright escolheu um local onde existia uma pequena cachoeira e quis construir a casa

“de acordo com a música do riacho”.

A casa tem pilares e paredes organizados de forma ortogonal como estrutura e

vários platôs de concreto armado, Wright usou também os materiais naturais, usou as

pedras locais para que a casa lembrasse a superfície das rochas e a apoiou em uma

grande rocha junto ao riacho, onde se localiza a lareira, o lugar de encontro nas suas

casas de pradaria, também fez com que uma das vigas formasse um semicírculo para

contornar o tronco de uma árvore, destacando-a, a iluminação também é feita

naturalmente com o uso de várias aberturas e vidro.

Wright procurou unir a casa construída à natureza existente, criando uma casa

que faz parte da paisagem e que interage com o seu ambiente, trabalhando com o

concreto e a pedra, transformando a casa em natureza e a natureza em casa e

ampliando as possibilidades na arquitetura moderna da época e das gerações futuras.

Casa Da Cascata 1935-1937

Croqui da Casa da Cascata

Planta baixa Croqui da Casa da Cascata

Corte da Casa da Cascata

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Casa Da Cascata 1935-1937

Detalhe do uso das pedras do local

Detalhe dos balanços da Casa da Cascata Interior da Casa da Cascata

A casa apoiada na Rocha

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Frank Lloyd Wright foi escolhido para fazer o projeto do templo da Unidade em Illinois

nos Estados Unidos, pois era um dos membros da Igreja Unitarista de Oak Park.

“A crença dos unitaristas colocava quase tanta ênfase na razão quanto na fé”, devido a

isso propôs um auditório quadrado para reuniões ao entorno do pastor, revivendo a

antiga forma dos templos.

Criou também a Casa da Unidade para atender às atividades sociais e educacionais da

congregação. Sendo localizada em uma esquina movimentada, a planta é voltada para

o interior, criando assim uma maior privacidade, assim como fazia nos seus projetos de

casas de pradarias.

Foi nesse projeto que Wright sentiu que, pela primeira vez, o espaço interno aparecia

como o princípio fundamental da arquitetura, criou um contraste entre o interno e o

externo, o interior remove a sensação de “peso” promovida pelas grandes paredes de

concreto, utilizando também a luz de maneira engenhosa para criar sensações e ideais,

isso pode ser visto na sua ideia de usar claraboias de vidro amarelado procurando

“produzir na sala a sensação de um alegre dia sem nuvens”.

Templo da Unidade 1905-1908

Templo da Unidade

Planta Baixa do Templo da Unidade

Corte do Templo da Unidade

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Templo da Unidade 1905-1908

Detalhe das luminárias do Templo da Unidade

Templo da Unidade

Interior do Templo da Unidade

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A Casa Robie foi projetada para Frederick Robie, o terreno usado, no sul de Chicago,

era mais estreito que os lotes que Wright já tinha trabalhado, para ele, a casa

representava a evolução mais radical e conclusiva dos seus projetos de casa de

pradaria. Com esse projeto propôs a “destruição da caixa, articulando os planos e

desfazendo o fechamento sólido”.

Foram construídos três andares, sendo um pavimento térreo quase invisível, mas ela

aparenta ter apenas um único andar com uma pequena parte emergindo do telhado.

Como o terreno era mais estreito que os outros, Wright reforçou a horizontalidade

nessa casa, “ele via a ‘poderosa linha da terra’ como expressão do lar e símbolo da

liberdade na paisagem americana”, pode-se perceber essa horizontalidade pelo padrão

dos tijolos, pelos arremates no topo dos muros e pelos imensos platôs.

Foi projetada para manter a privacidades de seus moradores, porém, sem abrir mão

dos espaços livres, do vidro e das várias esquadrias para o maior aproveitamento da

luz natural e conforto ambiental.

Casa Robie 1908

Casa RobieCorte da Casa Robie e esquema do planejamento da privacidade

Vista da Casa Robie

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Casa Robie 1908

Detalhe do material utilizado Entorno da Casa Robie

Interior da Casa Robie

Vista da Casa Robie

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Escolhemos o Museu Guggenheim de Nova York, pois foi o último edifício a ser

construído por Wright e por ser um projeto com aparência diferente do que ele

costumava criar e se localizar em um grande e movimentado centro urbano, que

Wright particularmente não apreciava tanto.

A história do museu começa com Salomon R. Guggenheim que era um dos

homens mais ricos dos Estados Unidos e também um colecionador de artes, ele

conheceu a artista Hilla Rebay ,que acabou sendo sua esposa, uma baronesa alemã

muito próxima ao modernismo. Rebay acabou acompanhando os Guggenheims à

Europa e assim trouxeram as primeiras obras de Kandisky, Mondrian, Monholy Naggy

e Bauer, entre outros. Salomon disponibilizou dinheiro para Rebay para construir um

museu que fosse “um santuário sublime, calmo e cheio de paz para aqueles que

precisam de uma vida cultural.”. Wright foi escolhido para esse projeto, mas era nítido

seu desprezo pela arte moderna, porém sua arquitetura orgânica era a que mais se

identificava com as ideia de Rebay.

Inicialmente, antes mesmo de encontrarem um terreno para essa construção,

Wright pensou em um edifício horizontal no alto de uma colina com vista para o Rio

Hudson, mas o terreno escolhido foi um na Quinta Avenida em frente ao Central Park e

próximo ao Metropolitan Museum.

Obra Analisada- Museu Guggenheim 1943-1959

N

Localização do Museu GuggenheimMuseu Guggenheim

Maquete do Museu Guggenheim

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Museu Guggenheim 1943-1959Wright procurou fazer uma ligação estética da volumetria do edifício à fluidez,

luz e continuidade que as obras de arte de Rebay expressavam, procurou criar uma

forma que não fosse só mais uma entre os arranha céus de Nova York, uma forma que

parecesse ser incompatível com a malha urbana, mas que criasse uma relação com as

pinturas e com a natureza, então procurou se inspirar em suas obras passadas, mais

precisamente o GORDON STRONG AUTOMOBILE OBJECTIVE (1924-1925), e sua forma

final escolhida foi um zigurate circular invertido, as formas curvas em concreto

contrastam com a rigorosa geometria do modernismo rompendo a caixa simétrica e

fechada, então esse edifício gerou muitas críticas e polêmicas na época de sua

construção. O edifício tem aproximadamente 35 metros de altura e a parte superior

circular tem aproximadamente 45 metros de diâmetro.

Ao contrário da forma tradicional dos museus em que passamos de uma sala à

outra, os quadros são exibidos ao decorrer de uma rampa contínua de concreto em

balanço que circulam o edifício, sendo iluminados pela luz natural provinda de um

domo envidraçado no topo do edifício, “as pinturas ficaram livres das molduras e

vidro, foram inclinadas na direção do observador e ‘libertadas’ no espaço pela parede

curva.”, possibilitando uma ligação entre a arte, o ambiente e as pessoas.

Infelizmente, Guggenheim e Wright morreram antes do museu ser

completamente terminado, faltando apenas alguns detalhes para sua conclusão, em

1959, ‘O fato mais marcante sobre o Museu Guggenheim é que ele representa,

literalmente, o somatório de quase tudo que Wright tentou fazerem sua vida.’ (em

CHANCHANI, 2000, p. 162).

Corte do Museu Guggenheim Planta Baixa do Museu Guggenheim

Croqui do Museu Guggenheim

Croqui do Gordon Strong Automobile Objective

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Museu Guggenheim 1943-1959

Vista do Museu Guggenheim

Iluminação natural no Átrio do Museu

Rampas de exposição do Museu

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A obra escolhida para a análise e comparação com a obra de Wright foi o museu

Guggenheim de Bilbao projetado pelo arquiteto Frank Gehry.

O edifício é uma construção mais atual, concluída em 1997, é localizado na Baía da

Biscaia nas margens do Rio Nevión, a construção do Museu Guggenheim de Bilbao

gerou um grande atrativo turístico por ter características estéticas muito diferentes e

requalificou uma região da cidade que era subutilizada. São encontrados três espaços

diferentes no museu de Bilbao, com mais de 11 galerias para exposições de arte

contemporânea.

O museu de Bilbao tem formas curvas e assimétricas e é uma edificação com

aspectos desconstrutivistas, gerando uma volumetria orgânica, além disso, sua

localização faz com que haja uma relação com a natureza, pois está implantado às

margens de um rio, os materiais utilizados na construção foram materiais mais

plásticos para a modelagem das várias curvas encontradas no edifício, para isso foi

utilizado o titânio e estruturas metálicas, mas também foi utilizado materiais da região

como a pedra calcária.

Podemos ver semelhanças com o museu de Wright, a ideia organicista é

reencontrada na obra de Frank Gehry, com as curvas e proximidade com a natureza, os

materiais não são os mesmos, mas é possível perceber a finalidade deles, para

conseguir trabalhar as várias curvas de ambos os projetos era necessário usar

materiais que permitissem ser moldados, assim, no projeto de Gehry foi usado o

titânio e no de Wright foi usado o concreto. Gehry se preocupou assim como Wright

em iluminar naturalmente o local, então ambos tiveram a ideia de usar um átrio para

captação de luz natural nos seus projetos e diferentemente de Wright, Gehry divide o

museu em galerias enquanto Wright cria um ambiente com uma rampa em espiral que

abrange todas as obras de arte. Ambos receberam várias críticas pois suas obras não

seguem a mesma malha urbana das cidades, Gehry foi alvo de várias críticas por não

utilizar a cultura local no seu projeto.

Comparação - Museu Guggenheim Bilbao 1997

Croqui do Museu Guggenheim de Bilbao

Vista do Museu Guggenheim de Bilbao

Átrio do Museu Iluminado Naturalmente

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Conclusão22

Wright era um arquiteto completo, que pensava no interior e exterior, nos

sentimentos e impressões que suas obras causariam nas pessoas, planejava de forma

sistemática a promover o bem estar, e, além disso, pensava na natureza e como projetar de

forma a aproveitar os recursos da natureza e unir suas construções ao meio em que teria que

se implantar.

Concluímos que todas essas contribuições de Wright foram muito importantes para a

arquitetura de hoje, que suas teorias e práticas influenciaram no modo de projetar de muitos

arquitetos em todo o mundo e que suas ideias permanecem atuais.

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Bibliografia23WESTON, Richard, Plantas cortes e elevações: Edifícios-chave do século XX, Editorial

Gustavo Gili, SA

Frampton, Kenneth. História Crítica Da Arquitetura Moderna, Editora Martins Fontes, São Paulo, 2000

Montaner, Joseph Maria, A modernidade Superada, Barcelona 2001

Benévolo, Leonardo, História da Arquitetura Moderna, São Paulo 4ª edição, Editora Perspectiva,2006.

Ferraz, Rodrigo Marcondes, Revista Arquitetura e Urbanismo, Março 2008, São Paulo, página

67 à 71.