Fosseis Como Evidencia Na Evolucao Final
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FÓSSEIS COMO EVIDÊNCIA DE
EVOLUÇÃO Autoras: Junia Freguglia
Marina Fonseca
Tópico n.º 13 do CBC de Ciências Habilidade Básica recomendadas no CBC:
• Relacionar informações obtidas através do estudo dos fósseis a características da
Terra no passado, seus habitantes e ambientes.
Organização do texto:
• Informação
• História
• Atividades
• Projetos
Menino examina fóssil de Arthopleura pustulatus, em comparação com uma barata atual. Imagem retirada da reportagem “Descoberto maior fóssil de barata conhecido
Inseto de 9 centímetros viveu há 300 milhões de anos, muito antes dos dinossauros” de autoria de Caroline Vilas Bôas, publicada na revista Ciência Hoje On-line.
http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/2610
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Trechos e imagens da reportagem de Caroline Vilas Bôas, publicada na Revista Ciência Hoje On-line
http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/2610
Introdução
Quando falamos em fósseis,
as imagens que normalmente
nos vem à cabeça são de
ossos gigantes, especialmente
dos dinossauros. De fato este
é um assunto que pode "dar
asas" à imaginação das
pessoas: pensar que já
existiram seres no planeta
muito diferentes dos que
existem hoje.
Mas não se tratam apenas de dinossauros, de preguiças gigantes e outros seres
que nos parecem exóticos e até mesmo "bizarros". Uma simples barata também tem
sua história evolutiva. Isso significa que já existiram outros seres com características
similares e que deram origem a barata, tal como a conhecemos hoje. No caso da
barata o similar também era uma barata “gigante” (nem tão gigante assim, mas com
o dobro do tamanho das baratas mais comuns dos dias de hoje).
Descoberto maior fóssil de barata conhecido
Inseto de 9 centímetros viveu há 300 milhões de anos, muito antes dos dinossauros
“O fóssil impressionou os
cientistas pela quantidade de
detalhes preservados. É possível
identificar, por exemplo, partes
da boca, patas e antenas,
nervuras e finas saliências que
cobriam a superfície das asas da
barata, que media 9 centímetros.
A semelhança do fóssil com
insetos que vivem atualmente
nos trópicos é grande. Apesar de
Barata atual de quase 4 cm, comparada com fóssil duas vezes maior encontrado nos EUA.
Jornalistas observam ossos de dinossauro gigante encontrado na China. http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2007/06/13/296152929.asp
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ele ser duas vezes maior que a maioria das baratas norte-americanas, algumas espécies modernas
dos trópicos são conhecidas por medir 10 centímetros ou mais”.
A barata foi encontrada junto com diversos outros fósseis de plantas e animais. Os
paleontólogos normalmente encontram fósseis de animais com ossos ou conchas,
porque a constituição mineral destes favorece sua preservação. Mas, no caso do
sítio arqueológico no qual a barata foi encontrada, algo incomum ocorreu, permitido
preservar também outros animais. Os fósseis encontrados em sítios arqueológicos
como este podem ajudar os paleontólogos a conhecer e a compreender a
diversidade da vida no planeta ao longo da sua história evolutiva.
O fato de que muitos seres encontrados no passado tinham dimensões maiores do
que eu seres encontrados hoje tem uma explicação. E esta explicação passa pelas
características encontradas por tais seres na Terra.
Houve um período em que as características da atmosfera do planeta favoreceram a
vida em abundância, seres vivos de dimensões maiores do que as que conhecemos
hoje. E houve também períodos em que a vida era apenas microscópica.
Os registros fósseis e o trabalho de paleontólogos
e outros cientistas ajudam a construir uma história
para o Planeta. Estes profissionais se empenham
para contar a história natural de um passado muito
longínquo, do qual apenas podem acessar algumas
pistas, para tentar compreendê-lo.
Fósseis são marcas deixadas por seres vivos que
já existiram no passado. Estas marcas podem ser
restos de seus corpos ou vestígios, tais como
pegadas ou seus excrementos, que ficaram
preservados. Esta preservação pode ser em gelo, em resinas, em sedimentos ou em
rochas. Os paleontólogos são os profissionais que se especializam em encontrar
estes registros e em interpretá-los. Assim, tentam compreender quais eram as
conformações anteriores da terra, que seres existiam e em que condições. A partir
http://cienciahoje.uol.com.br/60705
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Atividade adaptada e imagens da reportagem de Nelio Bizzo, publicada na Revista Ciência Hoje On-line http://cienciahoje.uol.com.br/128008
do conjunto destes trabalhos, baseados no estudo dos fósseis encontrados, os
pesquisadores vão tentando contar a história natural do planeta Terra.
Neste módulo vamos conhecer mais sobre os fósseis, sobre o que eles indicam a
respeito das espécies que já existiram, suas características e as relações destas
com as condições ambientais do planeta nas suas diferentes eras geológicas.
Atividade 1: Fóssil de mentira, descoberta de verdade
Não é possível ver as grandes mudanças da evolução acontecendo, porque elas
ocorrem muito lentamente. Entretanto, os fósseis nos fornecem pistas de como se
dá a evolução dos seres vivos. Isso porque os fósseis permitem que seres vivos do
passado sejam comparados com os seres vivos atuais. Os fósseis são vestígios
seres que já viveram na Terra. Podem ser dentes, ossos, pegadas e muitos outros
tipos de vestígios. Nesta prática você vai aprender a fazer um vestígio deste tipo, só
que de brincadeira.
Você vai precisar de:
- jornal;
- um pouco de cimento (para
fazer dois fósseis, meio quilo é
suficiente);
- água;
- luvas descartáveis;
- copos descartáveis (200
mililitros);
- um jardim;
- uma fonte confiável para identificação de plantas (pode ser um livro ou mesmo um
dos seus professores).
- uma tesoura ou uma faca (sem ponta!).
Cada grupo de alunos vai para um jardim escolher uma folha de planta que caiba
dentro de um copo descartável (sem que seja rasgada, dobrada ou amassada).
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Identifique a espécie de árvore à qual folha pertence. Mas não mostre a ninguém
nem conte de onde a folha foi recolhida.
Forre o chão ou uma mesa com
o jornal para evitar sujeira.
Coloque as luvas para proteger
as mãos. Coloque cimento em
um copo descartável até a
metade do copo. Acrescente
água até virar uma massa
molhada. Depois que tiver uma
massa homogênea preenchendo todo o copo, coloque a folha escolhida sobre a
massa. Depois coloque só um pouquinho de cimento misturado com água, apenas o
suficiente para cobrir levemente a folha. Use bem pouco cimento e cubra somente a
folha. Deixe secar por uma semana.
Após uma semana...
Retire o seu fóssil de mentira de dentro do copo de plástico. Quebre levemente a
camada de cimento que recobre a folha, usando uma tesoura ou faca sem ponta.
Tendo seu fóssil de mentira em mãos troque de fóssil com outro grupo.
Primeiro imaginem como deve ser a planta olhando apenas para o fóssil. Busquem
no fóssil, pistas sobre a disposição da folha no galho, sobre o tamanho da planta.
Façam um desenho de como vocês imaginam que seja a planta, a partir do fóssil
que tem em mãos.
Depois de feito o desenho, todos devem seguir para o local onde foram recolhidas
as folhas para identificar qual planta deu origem ao fóssil que receberam.
Depois de identificada a espécie de árvore à qual pertence o fóssil que você
recebeu, confirme com um grupo que fez aquele fóssil de mentira, para saber se
você acertou. Compare e discuta com
os colegas as suas previsões (feitas
apenas a partir do fóssil) e a planta
identificada.
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Existem muitos tipos de
fósseis e este dessa
prática os paleontólogos
chamariam de
preservação por
moldagem, se fosse de
verdade, é claro.
Fósseis deste tipo, de
verdade, se formam
através de vegetais e
animais que foram
soterrados por
sedimentos.
Tais sedimentos, tais como areias e lamas, endurecem e se transformam em rochas.
Desta forma os vestígios destes seres ficam preservados por milhões de anos. Mas
este é um processo raro de acontecer naturalmente. Isto porque a preservação por
moldagem exige que plantas e animais sejam soterrados rapidamente, de uma
forma que não ocorra a sua decomposição, processo que acontece normalmente
com os seres mortos, sob a ação dos decompositores.
Discuta com seu grupo as seguintes questões:
- Como foi possível identificar a planta que deu origem ao fóssil “de mentira”?
- Quais dificuldades foram encontradas pelo grupo para identificar a planta que deu
origem ao fóssil?
- Se fosse um pedaço de galho e não uma folha que tivesse sido preservado seria
possível identificar a planta de origem? Como?
- A partir das percepções sobre esta atividade, discutam sobre que dificuldades que
os paleontólogos devem encontrar em seu trabalho e como eles podem conseguir
superar tais dificuldades.
Fóssil por moldagem de vegetal, comparado ao similar atual. http://dias-com-arvores.blogspot.com/2005/07/um-murmrio-do-passado.html
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Tipos de Fósseis: Restos ou Vestígios
Os fósseis podem ser partes dos animais que ficaram preservadas, que são
chamadas restos. Os restos podem ser de partes duras dos organismos, tais como
conchas, ossos ou partes rígidas de uma planta (compostas por celulose); Ou
podem ser de partes moles, que ficaram congeladas ou preservadas em resinas.
Outro tipo de fósseis são os vestígios, tecnicamente chamados de icnofósseis ou
fósseis traço. Os vestígios são marcas deixadas pelos organismos, tais como
pegadas e excrementos.
Pegadas de ornitópode - um dinossauro grande que existiu durante o final do Período Triássico até o fim do Cretáceo. http://www.achetudoeregiao.com.br/noticias/noticias.gif/pegadas_sauropodes.jpg
Coprólitos são fósseis de fezes. Coprólitos de herbívoros (esq.) são reconhecidos pelo formato oval; os de carnívoros (dir.) têm padrão mais cilíndrico (fotos: P.R. Souto) http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/1437
Fóssil de Amanonite (molusco extinto) Período: Devoniano ao Cretáceo (408 a 65 milhões de anos) Foto: Cesar Rodrigues http://www2.igc.usp.br/museu/images/fosseis.jpg
Fóssil de peixe de 380 milhões de anos, descoberto
na Austrália. Este fóssil apresenta carcaterísticas
importantes dos futuros anfíbios e pode elucidar
mais sobre a evolução dos vertebrados terrestres. http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2006/10/19/286156493.asp
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Trechos e imagens da reportagem de Helena Aragão, publicada na Revista Ciência Hoje On-line
http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/1546
Atividade 2 – A seguir são apresentados pequenos trechos e imagens de oito
reportagens sobre fósseis que foram publicadas nos site de Ciência Hoje On-line.
Após a leitura cuidadosa dos trechos e observação das imagens você deverá
responder às questões relacionadas aos mesmos. Escreva as respostas com suas
palavras.
1. A causa da transição do cambriano
Cientistas tentam entender surgimento da vida pluricelular há 540 milhões de anos
“Há cerca de 540 milhões de anos, a
história da vida na Terra passou por uma
revolução única: após organismos
unicelulares reinarem no planeta por 3
bilhões de anos, diversos seres
pluricelulares surgiram no período
relativamente curto de 40 milhões de anos.
O evento, ocorrido na era paleozóica, é
conhecido como transição do período
cambriano. A aparição de seres
macroscópicos - plantas, animais
herbívoros e carnívoros - afetou
radicalmente todos os ecossistemas,
modificando, por exemplo, sua dinâmica e
seus fluxos de energia”
• Qual o tempo estimado para o surgimento da vida pluricelular no Planeta?
• Qual foi a mudança que ocorreu no Planeta no período Cambriano?
• Porque os cientistas escolheram a região de Cuatro Cienegas, no México,
para estudar o período Cambriano?
O estudo do ecossistema acima pode ajudar a entender a causa da transição do cambriano (foto: W.L. Minckley/Arizona
State University) A pesquisa vai estudar uma área desértica próxima a Cuatro Cienegas, no México. A região tem várias nascentes e piscinas naturais com condições
térmicas e químicas peculiares e seres vivos que evoluíram para sobreviver nesse meio. Segundo os cientistas, essas
condições extremas podem ajudar a entender as circunstâncias em que surgiram formas complexas de vida. Estudando o ecossistema aquático de Cuatro Cienegas, os cientistas pretendem formular um modelo para a dinâmica
da evolução da biosfera no início do cambriano.
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Trechos e imagens da reportagem de Renata Moehlecke, publicada na Revista Ciência Hoje On-line http://cienciahoje.uol.com.br/3244
Trechos e imagens da reportagem deThaís Fernandes, publicada na Revista Ciência Hoje On-line http://cienciahoje.uol.com.br/135791
2. A fera terrível de Minas Gerais
Crocodilo pré-histórico reforça hipótese de união da América e África há mais de 70
milhões de anos.
“O estudo do material, publicado na revista Gondwana
Research, elucidou questões sobre a evolução e
comportamento dos crocodilomorfos – grupo de animais
contemporâneos dos dinossauros e parentes distantes
dos crocodilos e jacarés atuais. A descoberta permitiu
ainda inferências sobre a configuração das massas
terrestres que compunham o antigo supercontinente
Gondwana na época em que o animal viveu”.
• Qual a relação entre o estudo dos
crocodilomorfos e o estudo sobre
conformação dos continentes do
planeta em outros períodos?
3. As mais antigas penas já registradas
Estruturas primitivas são identificadas em fósseis de dinossauro de 125 milhões de
anos na China
Situado no topo da cadeia alimentar, U.
terrificus foi um dos maiores predadores da era Mesozóica e se alimentava de diversos animais, inclusive pequenos dinossauros. (arte: Ariel Milani
Martine)
Penas no mais primitivo estágio de desenvolvimento (indicadas pelas setas
amarelas na imagem da esquerda) foram identificadas em fóssil de dinossauro
do gênero Beipiaosaurus com 125 milhões de anos. No detalhe da direita, veem-
se as penas primitivas no pescoço do animal (fotos: PNAS).
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Trechos e imagens da reportagem de Bárbara Marcoline, publicada na Revista Ciência Hoje On-line http://cienciahoje.uol.com.br/143445
“Pesquisadores chineses acabam de identificar penas em seu estágio de desenvolvimento mais
primitivo. As estruturas, semelhantes a alfinetes, foram detectadas no crânio, pescoço e membros
dianteiros de um fóssil de dinossauro de 125 milhões de anos encontrado na formação Yixian, na
China.
A análise do fóssil dá suporte à hipótese de que as penas evoluíram e se diversificaram inicialmente
em terópodes não avianos (grupo de dinossauros bípedes do qual descende a maioria das aves)
antes da origem dos pássaros e da evolução do vôo”.
• O que é a presença de penas em estágio primitivo nos dinossauros indica
sobre o parentesco entre aves e répteis e sobre a evolução dos vertebrados?
4. Da terra para o mar
Fóssil de 24 milhões de anos preenche lacuna na evolução da família de focas e leões-
marinhos
Focas e leões-marinhos têm de fato um ancestral
terrestre, conforme sugeriu Charles Darwin há 150
anos. A confirmação veio com a descoberta no
Canadá de grande parte do esqueleto de um
animal que viveu há cerca de 24 milhões de anos.
A espécie, batizada de Puijila darwini, representa
provavelmente uma transição dos mamíferos
terrestres para o mar. Embora o Puijila tivesse o
corpo mais parecido com o de uma lontra do que
com o das focas e leõs-marinhos modernos, sua
descoberta confirma a hipótese de que a família
desses animais (denominados pinípedes) teria um
ancestral que passou a maior parte da vida em
terra. Até hoje, o fóssil mais antigo da família dos
pinípedes conhecido era o Enaliarctos, que já
apresentava boa adaptação à vida marinha. Essa espécie viveu no início do Mioceno, entre 20 e 24
milhões de anos atrás.
• O que a descoberta do fóssil de Puijila darwini indica acerca da evolução dos
mamíferos marinhos?
Reconstituição artística do Puijila darwini, que marca uma transição dos mamíferos terrestres para ambientes aquáticos. Seus membros mais curtos e achatados facilitavam a busca de alimentos em rios
e lagos (arte: Mark A. Klingler / Museu Carnegie de História Natural).
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Trechos e imagens da reportagem de Liza Albuquerque publicada na Revista Ciência Hoje On-line http://cienciahoje.uol.com.br/1414
Trechos e imagens da reportagem de Cástor Castelli publicada na Revista Ciência Hoje On-line http://cienciahoje.uol.com.br/114418
5. Encontrado mais antigo osso de 'braço'
Fóssil esclarece transição das barbatanas dos peixes para os membros dos anfíbios
Um fóssil encontrado no estado da
Pensilvânia (EUA) pode ajudar a
determinar uma incógnita na história da
vida no planeta: a época exata em que
alguns animais deixaram a água para
viver na terra. Com mais de 365 milhões
de anos, o osso pertencia ao membro
anterior de um quadrúpede parecido com uma salamandra. Trata-se da evidência mais antiga da
transição que levaria aos primeiros
passos da vida terrestre dos vertebrados.
• O que a reportagem indica
sobre a evolução dos vertebrados em relação aos ambientes ocupados por
este grupo?
• Que conclusões podemos tirar a partir da leitura das reportagens 4 e 5 para
explicar a evolução dos mamíferos aquáticos e terrestres?
6. O dente adequado para cada um
Estudo da dentição de animais extintos ajuda a entender como diferentes grupos surgiram e
evoluíram
A dentição dos animais extintos ajuda os cientistas a
desvendar como os grupos diferentes surgiram e evoluíram
ao longo da história da vida na Terra, pois o tipo e as
características dos dentes fornecem informações preciosas.
Além disso, devido à sua constituição resistente, em muitos casos só os dentes de animais extintos
foram preservados até os dias atuais. O estudo da dentição
de vários mamíferos já extintos que viveram na América do
Sul mostra como esse grupo era diversificado e revela
aspectos surpreendentes dessa fauna.
As variações e adaptações nos dentes dos mamíferos, ao
longo da evolução, são numerosas e surpreendentes. É
O fóssil e seu equivalente em peixes e humanos. Há cerca de 365 milhões de anos, ele evoluiu para sustentar um membro em vez de uma barbatana
Porção de crânio e mandíbula da preguiça gigante Eremotherium
laurillardi, extinta há 10 mil anos, mostrando, à direita, que não há dentes na região correspondente ao focinho. O desgaste em forma de zigue-zague ocorria porque há dois tipos de dentina, e a mais dura, disposta em duas cristas, desgastava a mais mole (foto: C. Cartelle).
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Trechos e imagens da reportagem de Juliana Marques publicada na Revista Ciência Hoje On-line http://cienciahoje.uol.com.br/131098
como se a natureza lançasse mão de contínuas ‘invenções’ para facilitar e ampliar o que para todo
ser vivo é essencial: sua dieta. A conformação dos dentes indica o cardápio possível das espécies:
cascas de árvores, peixes, insetos, frutos, folhas, sementes, crustáceos, néctar, carne, grama e
assim por diante. Para cada prato, mesmo os mais sofisticados ou inusitados, existe um tipo de
dente. Alguns mamíferos até os ‘dispensaram’, em função de sua dieta bem diferente”.
• Que tipo de informações podem ser obtidas sobre animais extintos, através
de sua dentição?
7. O mistério da crista do lambeossauro
Estrutura do crânio era usada para comunicação entre indivíduos, indica tomografia
computadorizada
A função da crista na cabeça dos
lambeossauros, répteis herbívoros que
viveram há cerca de 75 milhões de
anos, sempre intrigou os
paleontólogos. Para que servia ela,
afinal? Agora, com a técnica de
tomografia computadorizada, cientistas
dos Estados Unidos e do Canadá
chegaram mais perto de uma resposta:
a estrutura tinha função de
comunicação entre indivíduos, sugere
o estudo.
A conclusão foi tirada a partir da
análise de um modelo digital tridimensional do crânio do lambeossauro. O modelo revelou aos
cientistas detalhes sobre como era o cérebro desse réptil pré-histórico. “Pela primeira vez a estrutura
cerebral e a cavidade interna do ouvido de um lambeossauro puderam ser visualizadas,” disse à CH
On-line o paleontólogo Larry Witmer.
• De que forma os avanços tecnológicos contribuem para a interpretação dos
dados que podem ser obtidos por registros fósseis?
Representação artística de um lambeossauro, réptil herbívoro que viveu na América do Norte há cerca de 75 milhões de anos. Ele tinha cerca de 15 metros de comprimento e pesava cerca de 25 toneladas, e chamava a atenção pela crista em seu crânio, que tinha provavelmente função comunicativa (arte: Michael Skrepnick).
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Trechos e imagens da reportagem de Thais Fernandes publicada na Revista Ciência Hoje On-line http://cienciahoje.uol.com.br/111579
8. O mais antigo morcego conhecido
Habilidade de voar desses animais é anterior à orientação por sonar, mostra fóssil
A nova espécie, batizada de Onychonycteris finneyi, é
provavelmente uma forma intermediária entre
morcegos e seus ancestrais mamíferos que não
voavam. O animal tinha asas completamente
desenvolvidas e um vôo poderoso, mas a morfologia
da região do ouvido sugere a ausência da capacidade
de ecolocalização. A forma das suas asas indica um
estilo de voar ondulante incomum, que alternava entre
bater asas e planar, e as características de seus
membros mostram que ele pode ter sido um ágil
escalador, que empregava locomoção quadrúpede e
se pendurava sob os galhos de árvores.
• O que o fóssil apresentado na reportagem 8 indica sobre o desenvolvimento
das estruturas para vôo e para ecolocalização (os sonares) dos morcegos?
Qual delas teria surgido primeiro?
• De que forma os fósseis, como os apresentados nas reportagens, podem
esclarecer sobre características do Planeta em diferentes períodos?
• Faça uma lista de Eras e Períodos geológicos que foram citados ao longo de
todas as reportagens.
O esqueleto quase completo do Onychonycteris
finneyi, o mais antigo morcego conhecido, foi
encontrado na formação de Green River, em
Wyoming, nos EUA (foto: Royal Ontario Museum).
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Fósseis: evidências da evolução ao longo do tempo.
Atualmente a noção de que os seres vivos mudam ao longo do tempo está bastante
difundida na sociedade. Entretanto, há 200 anos as idéias sobre este tema eram
bastante diferentes. Predominava entre as pessoas a noção de que os seres vivos
foram criados tal como são por um poder divino. Esta era uma visão criacionista do
universo e da vida. E que, a partir da criação permaneceram tal como foram criados,
imutáveis. Este tipo de pensamento era chamado de Fixismo.
O Fixismo começou a ser questionado quando alguns naturalistas começaram a
encontrar fósseis. Estes fósseis apresentavam características muito diferentes
daquelas encontradas nos seres vivos atuais. Principalmente os fósseis de animais
gigantes apontavam para o fato de que existiram no planeta seres que foram
extintos. A partir desta observação surgiu a hipótese conhecida como Catastrofismo.
A hipótese catastrofista foi proposta para explicar como as espécies existentes em
outros períodos geológicos do planeta teriam sido extintas. Esta hipótese dizia que
uma sucessão de catástrofes geológicas teria destruído as espécies que eram
encontradas nos estudos fósseis, que não tinham correspondências com seres
encontrados vivos no planeta.
Desde os primeiros registros fósseis encontrados, a noção de que os seres vivos
sofrem mudanças ao longo do tempo foi ganhando força. Tal idéia se opunha à
noção criacionista para explicar a diversidade da vida no planeta.
Desde a formação do planeta, sua superfície já teve diferentes configurações. A
conformação dos oceanos, dos continentes, a temperatura e a distribuição de gases
na atmosfera já sofreu grandes variações ao longo do imenso tempo de existência
da Terra.
http://cienciahoje.uol.com.br/128004
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Uma grande dificuldade para
entendermos as informações a
respeito do desenvolvimento do
Planeta é a questão do tempo.
Para nós é fácil pensar em dias,
anos, minutos. Mas quando
falamos em milhões de anos fica
difícil ter uma dimensão exata do
que se trata.
Por isso, muitas vezes são usadas
comparações para apresentar a
ocorrência dos processos
geológicos e da evolução da vida
ao longo das Eras, de modo que
possamos compreender tais
eventos através de uma escala de
tempo acessível para nós.
As Eras são períodos dentro da linha do tempo que vai do presente de volta à
formação da Terra. Tais eras são determinadas com base em grandes eventos que
ocorreram na história do Planeta. As Eras geológicas são subdivididas em Períodos,
para organizar as informações sobre quais eram as características dos continentes e
dos oceanos; quais eram as condições climáticas; e as características dos seres
vivos que estavam presentes em outras épocas.
Representação da evolução da vida desde a origem até o surgimento do homem na escala de 24h.
http://www.enem.coc.com.br/images/sim-enem0_B5.jpg
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O Período em que vivemos é chamado de Holoceno. Os restos e vestígios de
organismos que datam de mais de 10 mil anos, são considerados fósseis. E o
estudo destes fósseis é importante para geólogos e biólogos.
http://www2.igc.usp.br/replicas/menu.htm
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Os fósseis são importantes para os geólogos porque permitem identificar aspectos
referentes ao movimento dos continentes e ao clima da Terra. Além disso, podem
indicar também onde estão localizados hoje os combustíveis fósseis, que tem
grande valor econômico e importância para nossa sociedade. Já os biólogos vêem
nos fósseis evidências que lhes permitem compreender como surgiu e como se
modificou a vida na Terra
ao longo de milhões de
anos.
Um exemplo de fóssil
famoso e importante para a
compreensão da evolução
dos seres vivos é o fóssil
de animais conhecidos
como Archaeopteryx do
período Jurássico. Muitos
paleontólogos afirmam que
estes seres pertencem a
uma linhagem extinta de
dinossauros que possuíam
penas. Este fóssil indicou
que as aves descendem de
um grupo de dinossauros
que não se extinguiu. Por
isso, as aves foram
consideradas como
"representantes vivos" dos
dinossauros no planeta.
Mas a descoberta de outros
fósseis pode mudar a forma como esta história vem sendo contada. A paleontologia
é uma ciência muito dinâmica e instigante, porque a todo momento são descobertos
novos fósseis que reabrem o debate sobre a história natural no Planeta.
Fóssil e reconstrução do Archaeopteryx no Museu de História Natural de Genebra http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Archeopterix-img_0293.jpg
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Se não fosse pela presença dos fósseis, que evidenciam a estrutura e as relações
dos organismos com ambiente, o passado da Terra seria totalmente misterioso para
o ser humano. A sucessão de fósseis nas camadas de sedimentos indica como se
deu a evolução dos seres vivos ao longo do tempo geológico. Por exemplo, nas
rochas pré-cambrianas não existem restos de conchas ou de carapaças. Já nas
rochas sedimentares dos primeiros períodos da era paleozóica é possível encontrar
restos de vestígios de todos os grupos de invertebrados. Os mamíferos só aparecem
como uma fauna comum e abundante um após o desaparecimento dos dinossauros,
o que significa que apesar da coexistência de mamíferos e dinossauros, os primeiros
só vieram a se tornar predominantes a partir da extinção dos dinossauros.
Algumas linhagens de seres vivos foram totalmente extintas. Este foi o caso do
Trilobites que eram artrópodes marinhos muito abundantes no Planeta. Pelos
registros fósseis encontrados é possível concluir que os trilobites formavam um
grupo de animais com hábitos de vida e estratégias de sobrevivência bastante
variadas.
Exemplares fósseis de Trilobites
http://hazen.ciw.edu/trilobites
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Os fósseis são importantes não só para compreender a dinâmica da vida, como
também os fenômenos geológicos e as mudanças de clima que já ocorreram no
Planeta Terra. Por exemplo, o fato de que fósseis de determinado grupo de répteis
foram encontrados em rochas do período Premiano tanto no Brasil como na África,
aliado a constituição similar das rochas, indica que a América do Sul e África
formavam um único continente.
Os fósseis podem indicar as características da vida existente em determinado
território e com isto evidenciar qual era o clima neste território, ajudando a
compreender a dinâmica do movimento das placas tectônicas e dos continentes no
planeta.
Contar a história
da evolução da
vida na Terra
significa
compreender as
condições que os
seres vivos
encontravam, os
recursos que
tinham disponíveis
no ambiente para
sobreviver e se
reproduzir.
Estes recursos se
referem às
características da atmosfera, proporção dos gases, temperatura e etc. E também
aos recursos alimentares, ou seja, quais seres vivos existiam e que podiam servir de
alimento para outros. Trata-se de compreender como os seres conseguiram
sobreviver em determinadas condições climáticas e obter energia nessas mesmas
condições, seja através de alimentos que outros seres vivos produzem, seja
captando a energia do sol e produzido seu próprio alimento. Contar esta história
significa compreender as relações de parentesco entre os diversos grupos de
organismos que já habitaram o Planeta. Compreender quais características os
fizeram permanecer ou ser extintos em determinadas condições ambientais.
Exposições como a do Carnegie Museum of Natural History, apresentam ao grande público a História Natural, conforme contada pelos estudiosos.
http://www.pittsburghpanoramainc.net/images/natural_history_museum.jpg
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A história natural, revelada pelos fósseis, pode ser contada ao grande público,
através de livros e exposições, como as do Museu de Ciências Naturais da PUC
Minas, que estão retratadas nas quatro imagens apresentadas anteriormente.
Imagens das exposições do Museu de Ciências Naturais da PUC Minas http://www.pucminas.br/museu/index_padrao.php?pagina=216
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Atividade 3 – Pesquisa sobre os Períodos Geológicos.
A turma deve ser dividida em pequenos grupos, de três componentes. Cada grupo
irá pesquisar sobre um Período geológico:
Toda a Era Pré Cambriana.
Da Era Paleozóica: Cambriano; Ortoviciano; Siluriano; Devoniano; Carbonífero;
Permiano.
Da Era Mesozóica: Triássico; Jurássico; Cretáceo
Da Era Cenozóica: Terceário; Quaternário
Cada grupo e irá pesquisar sobre os seguintes aspectos referentes ao seu Período:
- Como era a conformação dos continentes. (Neste item o ideal é que os grupos
representem a conformação dos continentes sobre o mesmo suporte. Por exemplo,
usar o formato de um mapa-mundi único para toda a turma para que os alunos usem
o mesmo espaço e tenham uma idéia da movimentação das placas tectônicas ao
longo do tempo geológico, após a elaboração feita por todos os grupos).
- uma descrição do clima do período;
- uma descrição das formas de vida existentes,
- representação dos tipos de seres vivos mais abundantes.
Após a pesquisa, os alunos devem fazer uma representação das características do
período através de maquetes, desenhos ou outros recursos para a representação
(quadrinhos, tecnologias de comunicação ou teatro) para apresentar para toda turma
o resultado da sua pesquisa.
A ordem das apresentações deve seguir preferencialmente a do tempo geológico
(do surgimento da Terra aos dias atuais ou o contrário). Pode ser feita também uma
única linha do tempo geológico para toda a turma, em que os alunos marquem o
período ao qual estão se referindo.
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Sites indicados:
• Oficina de réplicas do Museu de Geociências da USP
http://www2.igc.usp.br/replicas/abertura.htm
• Revista Ciência Hoje das Crianças___ http://cienciahoje.uol.com.br/235
• Revista Ciência Hoje On Line ____http://cienciahoje.uol.com.br/view
• Sessão de Assistência ao Ensino do Museu Nacional
http://www.museunacional.ufrj.br/SAE.htm
• Setor de Paleovertebrados do Museu Nacional
http://acd.ufrj.br/mndgp/pv/