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Formação Pedagógica Inicial de Formadores
Módulo 5. Recursos Didáticos e Multimédia
Sub-Módulo 5.1 – EXPLORAÇÃO DE RECURSOS
DIDÁTICOS
Formação Pedagógica de Formadores Exploração de Recursos Didáticos
2
EXPLORAÇÃO DE RECURSOS DIDÁTICOS
Formação Pedagógica de Formadores Exploração de Recursos Didáticos
3
Índice
Competências a adquirir 4
Conteúdos Programáticos 4
Público-Alvo 4
Benefícios de Utilização 5
Condições de Utilização 5
Introdução 6
1. Recursos Didáticos 7
2. Seleção dos Recursos Didáticos 9
3. Classificação dos Recursos Didáticos 10
4. Recursos Visuais 12
5. Recursos Auditivos 22
6. Recursos Audiovisuais 23
7. Outros Recursos 35
8. Gestão do Espaço de Formação/Cenários Pedagógicos 39
9. Condições da Sala de Formação 46
Conclusão Final 48
Bibliografia 49
Anexos 50
Formação Pedagógica de Formadores Exploração de Recursos Didáticos
4
Competências a Adquirir
No final deste sub-módulo de formação, deverá ficar apto a:
Selecionar os recursos mais adequados ao contexto de formação;
Identificar as regras de utilização dos principais recursos didáticos, as suas vantagens e
limitações;
Selecionar, conceber e adequar os meios pedagógico-didáticos em função da estratégia
pedagógica adotada;
Adaptar o cenário/sala de formação aos objetivos pretendidos.
Conteúdos Programáticos
Definição de “Recurso Didático”;
Classificação dos Recursos Didáticos (Visuais, Auditivos, Audiovisuais, outros recursos);
Fatores a considerar na seleção dos Recursos Didáticos;
Vantagens e desvantagens dos Recursos Didáticos;
Cuidados a ter na utilização dos recursos didáticos;
Gestão do espaço de formação (disposição da sala);
Condições da sala de formação.
Público-Alvo
Este manual destina-se a candidatos a formadores, formadores, gestores de formação, e outros
profissionais que por inerência das suas funções tenham necessidade de adquirir ou desenvolver
competências nesta área da formação.
5
Formação Pedagógica de Formadores Exploração de Recursos Didáticos
´
Benefícios de Utilização
Considerando que os recursos didáticos se constituem como ótimos auxiliares de apoio ao formador,
não só por facilitarem a transmissão dos conteúdos, como também por permitirem uma melhor
interiorização da mensagem, cumpre a quem os utiliza, saber utilizá-los da forma mais correta em
contexto de formação.
Ao longo deste manual, procuramos indicar-lhe os recursos mais visados na formação, as vantagens
e desvantagens de cada um, bem como as regras de exploração de cada um deles, por forma a tirar
maior partido de cada recurso e a adaptá-lo a cada estratégia pedagógica.
Estamos certos de que, com as dicas que lhe deixamos ao longo deste manual, poderá selecionar os
recursos mais adequados a cada tema/objetivo e usufruir eficazmente de cada recurso.
Condições de Utilização
Este manual destina-se quer a formação presencial quer a formação desenvolvida num modelo de
formação mista que concilia módulos presenciais com módulos em bLearning.
Na segunda modalidade este recurso encontra-se disponível em plataforma de eLearning,
possibilitando que o participante tenha um fácil acesso aos conteúdos, e que faça uma gestão da sua
aprendizagem de acordo com as suas disponibilidades e necessidades. Poderá ser consultado em
tempo real ou guardado em formato digital para utilização posterior.
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Formação Pedagógica de Formadores Exploração de Recursos Didáticos
Introdução
Neste submódulo são apresentados os recursos mais comuns e que nem sempre são bem
explorados em formação, bem como as principais regras de utilização e exploração pedagógicas a
eles associadas. É também feita uma leve referência a alguma tecnologia de ponta menos usual.
Embora alguns dos recursos apresentados se encontrem em desuso, não podemos esquecer que em
contexto formativo nem sempre dispomos da última tecnologia, daí que tenhamos que nos adaptar
aos recursos existentes e utilizá-los da melhor forma possível.
Por fim, identificam-se outros recursos que podem ser utilizados no contexto formativo, bem como
diferentes formas de disposição e cenários que pode atribuir à sala de formação.
As dicas que apresentamos são apenas alguns conselhos, para uma correta utilização dos recursos
didáticos em formação. Contudo, há exceções à regra, que dependem muitas das vezes do próprio
espaço de que se dispõe para dar formação e dos recursos existentes. Nessas situações, cabe-lhe a
si, enquanto formador, adotar as estratégias que lhe parecem mais adequadas para a utilização dos
recursos sem comprometer a aprendizagem dos formandos.
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Formação Pedagógica de Formadores Exploração de Recursos Didáticos
1. Recursos Didáticos
Entende-se por recurso didático todo o equipamento ou material que auxilia e facilita o processo de
aprendizagem. Outro termo também corrente na Formação Profissional é o de auxiliar/suporte
pedagógico.
Alguns autores utilizam a designação de meios audiovisuais. Contudo, esta terminologia pode induzir
em erro, uma vez que tomada à letra abrange apenas as formas de comunicação ou transmissão de
informação que façam apelo ao sentido da audição e da visão ou a ambos, excluindo todos em que
intervêm outros sentidos. Qualquer recurso utilizado na formação deve ter como características ser:
Adequado Conciso
Simples Necessário
Atrativo Manejável
A RETER
Vantagens dos
Recursos Didáticos
Limites dos
Recursos Didáticos
Suscitam maior interesse e atenção;
Objetivam o conteúdo das palavras;
Facilitam a compreensão e a troca de ideias/discussão;
Facilitam a retenção na memória;
Ajudam a concretizar e a consolidar os conhecimentos;
Diminuem o tempo de formação;
Superam limitações físicas ou de segurança.
Reduzem o papel do formador;
Podem dificultar o diálogo;
Podem despersonalizar a mensagem;
Não deixam espaço à imaginação.
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Formação Pedagógica de Formadores Exploração de Recursos Didáticos
1.1 PREPARAÇÃO DOS RECURSOS DIDÁTICOS
Na preparação dos recursos/auxiliares deve assegurar-se, à partida, que correspondem aos
objetivos que foram definidos para a sessão, e que:
Ajudem os formandos a aprender;
Ajudem a explicação do formador;
Sejam adequados e estejam relacionados com a sessão;
Sejam simples e contenham a informação essencial;
Constituam um complemento e não uma substituição do papel
do formador.
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Formação Pedagógica de Formadores Exploração de Recursos Didáticos
1.2. UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS DIDÁTICOS
Na utilização é essencial uma familiarização com o equipamento ou material, sendo aconselhável a
sua experimentação prévia.
Recorrer a diversos recursos (ex: quadro branco, apresentações, filmes, etc.) pode ser uma estratégia
para manter o interesse dos formandos, mas a sua utilização deve ser feita no momento oportuno,
realizada com moderação e acessível a todos.
Ao utilizar os recursos didáticos o formador não se deve esconder atrás dos equipamentos, para que
estes não constituam um obstáculo à comunicação.
2. Seleção dos Recursos Didáticos
Apesar das reconhecidas vantagens dos auxiliares pedagógicos, o seu uso deve obedecer a uma
escolha criteriosa.
As Sessões de Formação não se devem transformar em "Feiras de audiovisuais".
Para cada situação certos meios são mais apropriados do que outros, mas é preciso ter presente
quenão há “eleitos” e que não existem recursos didáticos universais.
A RETER
Na seleção dos recursos devem ser analisados e ponderados fatores como:
Os objetivos da Formação;
Os destinatários;
O conteúdo;
As condicionantes materiais;
As condicionantes de espaço;
O tempo disponível e o horário da sessão;
A relação custo / benefício.
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Formação Pedagógica de Formadores Exploração de Recursos Didáticos
3. Classificação dos Recursos Didáticos
Os recursos didáticos têm a grande virtude de apelarem aos vários sentidos. Este facto rentabiliza a
capacidade dos formandos e facilita a sua aprendizagem.
É habitual que no nosso processo de aprendizagem se privilegie mais um sentido relativamente aos
restantes (Visual, Auditivo, Cinestésico). Estudos realizados para saber a percentagem de informação
retida no processo de aprendizagem sugerem que retemos aproximadamente:
10% do que lemos;
20% do que ouvimos;
20% do que vemos;
50% do que vemos e ouvimos simultaneamente;
80% do que dizemos;
90% do que dizemos enquanto fazemos
algo em que refletimos e participamos
pessoalmente.
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Formação Pedagógica de Formadores Exploração de Recursos Didáticos
A RETER
São os seguintes os recursos didáticos mais frequentemente usados na formação:
Recursos Visuais:
- Não Projetáveis:
- Quadros
- Modelos e Maquetas
- Documentos Gráficos
- Recursos do Meio Ambiente
- Projetáveis:
- Retroprojetor
Recursos Auditivos:
- Rádio
- Leitor de CD
- Gravador
- Leitor de MP3
Recursos Audiovisuais:
- Filmes Pedagógicos (VHS, CD, DVD)
- TV e Vídeo
- Câmara de Vídeo
- Multimédia
- Outros
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4. Recursos Visuais
Os recursos visuais dividem-se em não Projetáveis (de observação direta, sem recurso a aparelhos
óticos ou eletrónicos) e Projetáveis (projeção da imagem num ecrã).
4.1. RECURSOS VISUAIS NÃO PROJETÁVEIS
Esta categoria engloba um extenso conjunto de meios e de recursos, sendo os mais importantes:
Quadros – constituem-se como um dos auxiliares mais usados pelo formador.
Modelos e Maquetas – em formação a melhor situação é mostrar o objeto real, mas sempre que
o tamanho é muito grande (ex: avião) ou muito pequeno (ex: célula), ou o objeto é muito
complexo (ex: motor de explosão) ou perigoso (ex: armas), as maquetas e os modelos (com
indicação da escala para não induzir em erro) são o recurso ideal.
Documentos Gráficos – como organogramas, diagramas, esquemas, gráficos, fotografias,
desenhos, cartazes, livros, manuais, fotocópias, etc. Estes completam de forma simples e
prática a informação apresentada e apelam a técnicas variadas como: letra, a utilização da cor,
o desenho, o recorte, a colagem e a fotografia. Têm ainda a vantagem de implicarem um baixo
custo, serem de fácil adaptação aos conteúdos, transporte, utilização e preparação.
Recursos do Meio Ambiente – como museus, bibliotecas, empresas, instalações fabris, feiras,
exposições, a própria natureza ou outros recursos que permitam ligar as aprendizagens às
realidades concretas.
Deste vasto conjunto, os mais usuais em formação são os QUADROS. Existem diferentes tipos de
quadros:
Quadro preto (ardósia), em desuso;
Quadro verde (sintético);
Quadro branco ou cerâmico;
Quadro de papel, quadro de conferência ou flipchart;
Quadro magnético;
Quadro de afixação (cortiça).
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Formação Pedagógica de Formadores Exploração de Recursos Didáticos
Os mais utilizados são o quadro branco/magnético e o quadro de papel, também designado por
flipchart. No quadro branco normalmente regista-se a informação geral e no quadro de papel a
informação síntese.
Apesar da sua extrema simplicidade, existe um conjunto de regras de utilização do quadro que, a não
serem seguidas pelo formador, podem pôr em risco a própria eficácia da Formação. O formador, na
utilização do quadro, deve considerar que:
UMA APRESENTAÇÃO DEVE SER:
- Limpa - Organizada
- Agradável
Fig. 1: Quadro branco
Para isso, torna-se necessário, em primeiro lugar, proceder a um planeamento que seja o ponto de
partida do assunto a tratar. Existem temas que, por si só, podem dispensar a utilização de auxiliares
pedagógicos e outros onde se torna necessária a associação a um meio audiovisual.
Aspetos a considerar na utilização do quadro:
O tipo de mensagem a inscrever: desenhos, gráficos, frases;
A durabilidade da mensagem;
A utilização durante toda a sessão, ou apenas numa parte;
A quantidade de participação dos Formandos (aspeto que condiciona o espaço de
ocupação do quadro e que é difícil de prever).
Ao escrever no quadro, o Formador deve ter em atenção que existem alguns fatores que
influenciam a atenção e o nível de aprendizagem dos formandos. São eles:
o tamanho da letra, deve ser de forma a que seja legível pelo participante mais distante. A
distância entre as letras também é importante;
o estilo de letra, deve ser simples, sem grandes "floreados";
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o tipo de letra, as frases não devem ser escritas em maiúsculas, porque o tamanho idêntico
de todas as letras prejudica a legibilidade, situação que não acontece com as minúsculas;
a espessura, deve ser proporcional à altura dos caracteres;
A disposição da informação em linhas horizontais e regulares;
o espaçamento, entre letras e palavras;
a repetição oral do que se escreve, de modo a tornar mais fácil a compreensão e fixação
dos conceitos, por parte dos formandos;
A utilização de diferentes cores, como fator facilitador da atenção e aprendizagem. A
utilização de diferentes cores permite ao formador dar uma maior ênfase a determinados
temas, criar relações entre ideias, enfim, tornar mais rica e agradável a sua apresentação;
não estar de costas para o grupo, mas ligeiramente de lado, para que o contacto visual
com os formandos se possa manter e para que seja mais fácil a projeção da sua voz;
não "escrevinhar", ao redor do quadro, frases ou palavras que pela sua importância não
devem ficar "escondidas" entre outras mensagens;
apagar o quadro, a menos que se necessite de voltar a abordar o assunto.
Como é evidente, esta última situação não se aplica ao quadro de papel. No entanto, e com as
devidas adaptações, diremos que é aconselhável mudar de folha, sempre que o tema ou o assunto a
abordar seja diferente do anterior.
O Quadro Branco
O quadro branco serve
essencialmente para registar
informações importantes que
vão sendo abordadas ao
longo das sessões.
Fig. 2: Quadro fixo e Quadro giratório
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Para além do quadro fixo, pode ainda ser utilizado o quadro giratório que reúne outras vantagens, tais
como: possuir dois espaços para escrever, conter um ângulo de rotação de 360º que permite fixá-lo
na posição desejada, e poder ser deslocado de um espaço para outro.
No quadro branco deve escrever-se com marcadores não permanentes. Se por lapso se utilizarem
marcadores permanentes (para quadro de papel) deve utilizar-se um pano branco limpo ou um
algodão embebido em álcool e limpar em movimentos não circulares. Nunca embeber o apagador em
álcool pois o efeito é ainda pior.
Para além da escrita direta o quadro branco tem ainda como funções:
Servir de quadro magnético;
Servir de ecrã de projeção, tendo cuidado com o eixo de projeção
(encadeamento); Permitir o preenchimento de grelhas, legendas ou esquemas
projetados.
Vantagens
Desvantagens
Baixo custo de aquisição;
Facilidade de utilização;
Utilização de cores;
Elevada durabilidade;
Polivalência: escrita, ecrã, quadro magnético;
Versatilidade.
Posição tendencial do utilizador (de costas);
Legibilidade limitada com traço fino;
Canetas específicas;
Informação não reutilizável (apagando a informação, esta desaparece). Contudo, através de um processo eletrónico podem reproduzir-se cópias em papel da informação escrita no quadro.
~
Flipchart
Montado num cavalete que pode ser regulado
em altura e inclinação, a parte superior do
quadro tem uma barra de suporte e fixação do
conjunto de folhas.
Fig. 3: Utilização do Flipchart
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A principal função é o registo da informação síntese, para que a qualquer momento se possam
relembrar as ideias-chave. Pode ter ainda como funções:
Servir de ecrã de projeção;
Substituir o quadro magnético, recorrendo a fita-cola.
Vantagens
Desvantagens
Fácil utilização;
Baixo custo de aquisição;
Preparação prévia (a informação pode já estar pronta ou com um rascunho a lápis);
Conservação e utilização posterior;
Utilização de cores;
Diversos materiais de escrita (lápis de cera, lápis de cor, carvão);
Posição do utilizador (de lado).
Área de escrita muito limitada;
Carácter permanente da informação (o que implica que qualquer emenda provoque rasuras).
4.2. RECURSOS VISUAIS PROJETÁVEIS (MEIOS E RECURSOS)
O Retroprojetor
O retroprojetor é um aparelho que permite a projeção a curta
distância de documentos transparentes, produzindo uma boa imagem.
O seu uso em ações de formação tornou-se bastante popular, sendo,
até há pouco tempo, um dos equipamentos base presentes numa sala
de formação. Atualmente, devido à preferência por meios
audiovisuais, este equipamento já não é tão utilizado. No entanto, se
preferir a sua utilização, pode recorrer a retroprojetores portáteis,
extremamente leves e compactos, que se transportam numa pasta de
reduzidas dimensões. Fig. 4: Retroprojetor portátil
Os procedimentos para garantir um visionamento em boas condições são os seguintes:
Ligue a ficha de alimentação elétrica à tomada;
Coloque o acetato no porta-documentos;
Acione o interruptor de funcionamento, o que fará acender a lâmpada. Caso isso não
aconteça é possível que a mesma esteja fundida. Deve então substitui-la por uma nova
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sem tocar diretamente na mesma (utilize um lenço ou um pano), abrindo o retroprojetor.
Tenha cuidado para que o vidro do porta-documentos não se descole e se parta por
acidente;
Regule o tamanho e a posição da imagem, aproximando ou afastando o retroprojetor do
ecrã de projeção e elevando ou baixando o espelho de orientação;
Foque a imagem rodando o manípulo de focagem (geralmente próximo do espelho).
Cuidados a ter
Apesar do retroprojetor ser um auxiliar pedagógico simples e de fácil manuseamento,
existem muitos formadores que mantêm um "relacionamento" difícil com ele.
Assim, indicamos-lhe alguns princípios que podem facilitar esse "relacionamento":
1. O formador deve estar sempre numa posição frontal em relação ao grupo, de modo a não
perder o contacto visual com os formandos;
2. O retroprojetor deve estar à direita do formador;
3. Deve evitar a leitura exaustiva do acetato mas, se tiver que o ler, não o deve fazer no ecrã
de projeção, mas sim diretamente no acetato;
4. Caso necessite de apontar alguma informação relevante, poderá com o auxílio de uma
caneta apontar diretamente no acetato, não deve apontar na tela de projeção;
5. Deve evitar qualquer tipo de movimento na frente da luz de projeção, já que com isso
criará sombras no ecrã;
6. Quando o tema a expor tiver vários pontos-chave, não deve apresentar o acetato na sua
totalidade, podendo utilizar uma "Máscara" progressiva ou seletiva, que permite que os
conteúdos vão sendo “descobertos”;
7. O retroprojetor só deve ser ligado após ter sido aberto o espelho e colocado na superfície
de projeção o acetato a apresentar;
8. Seja imaginativo, sirva-se de desenhos, esquemas, caricaturas, ou elabore exercícios que
tenham posteriormente que ser completados pelos participantes;
9. Evite a luz branca, e não deixe o aparelho ligado em permanência. Desligue-o para trocar
de transparência ou para solicitar a intervenção dos participantes;
10. Por último, não desligue o retroprojetor da corrente antes da ventoinha/turbina de
arrefecimento parar.
Se usar algo para apontar, pouse-o quando já não precisar dele. Antes do início de cada sessão e de
acordo com o Plano de Sessão, o formador deverá ordenar os acetatos seguindo a sequência
prevista para a sua apresentação. Os acetatos devem ser utilizados apenas se servirem para apoiar,
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Formação Pedagógica de Formadores Exploração de Recursos Didáticos
ilustrar e sistematizar os temas expostos. Para além disso, não devem ser utilizados em excesso e
devem conter apenas a informação necessária, ou tópicos de leitura que servirão de base à
apresentação do formador. O acetato não substitui o formador, ele é apenas um mero auxiliar para a
sua exposição.
Vantagens
Desvantagens
Baixo custo;
Utilização de cores;
Economia de tempo (escrita prévia à sessão);
Durabilidade do documento;
Reutilização dos documentos;
Escrita direta;
Revelação progressiva da informação;
Utilização combinada com outros meios, ex. quadro branco;
Não há obscurecimento da sala.
Ruído durante o funcionamento;
Exige preparação prévia.
O Acetato
Os suportes de informação destinados à retroprojeção são conhecidos, na linguagem corrente, como
acetatos ou transparências.
Embora quase em desuso, este suporte é muitas vezes utilizado como um recurso de emergência, ou
um recurso alternativo.
A construção de um Acetato pode seguir 3 vias:
Produção Direta - elaborado manualmente pelo formador, com canetas apropriadas ou outros
materiais;
Produção Indireta - obtém-se através da fotocopiadora ou da impressora a partir do computador;
Produção Mista - envolve ambas as produções anteriores.
Existem acetatos específicos para serem utilizados em fotocopiadoras (lisos) e em impressoras
(rugosos, se forem para impressoras a jato de tinta, ou lisos para impressoras a laser).
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Formação Pedagógica de Formadores Exploração de Recursos Didáticos
A não utilização de acetatos adequados à produção indireta, põe em risco a operacionalidade dos
equipamentos (o acetato derrete no interior das fotocopiadoras), ou produz resultados desastrosos (a
não aderência da tinta, nas impressoras).
É fundamental que o acetato
contenha um conjunto de
características:
- Legibilidade - Clareza
- Simplicidade
Fig. 5: Características que um acetato deverá conter.
Para que isto aconteça, deverá realizar sempre um trabalho de planeamento, no qual serão
ponderados os seguintes aspetos:
1. Que assuntos vou abordar?
2. Que desenhos, ilustrações ou outros materiais vou utilizar?
3. Que tipos de letra e cores vou selecionar?
4. Que sequência vou dar aos acetatos que criei?
Regras de elaboração de um acetato (regras também aplicáveis à elaboração de
diapositivos em PowerPoint)
Um título;
Um assunto por acetato;
Não colocar demasiada informação e texto;
Três ideias-chave no máximo;
Se o conteúdo for muito complexo é preferível dividi-lo por vários acetatos;
Não deve escrever mais de 7 linhas por acetato. Cada linha não deve conter
mais de 7 palavras;
Uso de quatro cores, no máximo;
Letras legíveis;
O tamanho das letras é importante assim como a distância entre elas;
Palavras sempre completas.
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Formação Pedagógica de Formadores Exploração de Recursos Didáticos
Poderá ainda conciliar diferentes cores de forma a obter efeitos de:
SUAVIDADE E HARMONIA, quando se utilizam cores análogas, isto é, as que têm em comum uma
cor base, variando a sua proporção.
Exemplo: amarelo, laranja, verde.
EFEITOS DE CONTRASTE E DE CHAMADA DE ATENÇÃO, quando se utilizam cores
complementares – cores opostas.
Exemplo: laranja, azul.
EFEITOS DE SUAVIDADE E MONOTONIA, quando se utiliza uma variação de intensidade de uma
mesma cor.
Exemplo: vermelho, vermelho escuro, etc.
As Telas
Os recursos visuais projetáveis necessitam de telas,
que permitem que a imagem projetada do aparelho
seja refletida na sua superfície.
Relativamente à posição da tela na sala de formação deve ter
presente as seguintes regras:
O ângulo entre o eixo de projeção e a tela deverá ser de
aproximadamente, 90º para evitar distorções geométricas na imagem (Fig. 7);
O eixo de projeção da imagem deve coincidir com o centro da tela;
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Formação Pedagógica de Formadores Exploração de Recursos Didáticos
O retroprojetor e a tela não constituem as "peças" mais importantes da sala de formação, devendo por
isso ocupar um lugar discreto na sala, de modo a permitir uma fácil movimentação quer do formador
quer do grupo;
Igualmente, aquando da sua instalação na sala, deverá assegurar-se de que todos os elementos
do grupo ficarão em posição de observar a imagem na tela, sem obstáculos e sem esforços;
A superfície da tela deve estar sempre bem esticada; No fim da projeção deve enrolar-se a tela de forma a proteger a superfície de potenciais danos e
sujidade.
Quanto à distância, o formador deverá ter presente o seguinte princípio:
Quanto maior for a distância entre o aparelho e a tela, maior a imagem projetada. Adquire-se assim
maior visibilidade embora se possa perder a nitidez da imagem. Se for o caso – a perda de nitidez –
poder-se-á sempre proceder à focagem das imagens através do manípulo localizado no braço do
retroprojetor.
Fig. 7: Posição do retroprojetor relativamente à tela
Fig. 8: Posição correta do retroprojetor em relação a uma tela inclinada
Fig. 9: Posição incorreta do retroprojetor Relativamente à tela vertical
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Formação Pedagógica de Formadores Exploração de Recursos Didáticos
5. Recursos Auditivos
Os recursos auditivos englobam todos os meios que utilizam unicamente o som como veículo para
transmissão da informação.
Há milhares de anos que o Homem transmite os seus conhecimentos através de um meio sonoro - a
voz humana. Para além disso, os recursos auditivos apresentam a vantagem de estarem muito
vulgarizados visto uma grande percentagem da população possuir rádio, gravador e sistemas de alta-
fidelidade.
Os documentos auditivos utilizáveis como recursos didáticos vão desde a música, entrevistas,
discursos de figuras públicas, “livros falados”, até às gravações resultantes de situações de formação
(ex: role-play).
Os vários documentos auditivos podem ser trabalhados pelos seguintes meios:
Rádio
Gravador
Leitor de CD
Leitor de MP3
O rádio e o gravador podem revelar-se de excelente
utilidade em situações de formação na área do
Atendimento Telefónico ou de aprendizagem de
Línguas Estrangeiras, podendo treinar aspetos como
a dicção, a respiração, a construção das frases ou o
tom de voz.
Fig. 10: Gravador
Com efeito a gravação das vozes dos formandos e a sua posterior audição, permite uma análise
crítica – individual ou coletiva – a diversos níveis, nomeadamente, dicção, entoação e/ou correção de
palavras.
Também o leitor de CD e o leitor de MP3
apresentam grandes vantagens como a qualidade
do registo sonoro, o acesso instantâneo às faixas,
facilidade e comodidade de operação devido à sua
pequena dimensão, durabilidade, possibilidade de
fazer cópias sem perda de qualidade e
compatibilidade informática.
Fig. 11: Leitor MP3
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Formação Pedagógica de Formadores Exploração de Recursos Didáticos
Ligando este equipamento a um computador com colunas poderá enriquecer a formação com
músicas selecionadas por si tendo em conta a prossecução dos objetivos da mesma.
6. Recursos Audiovisuais
Os recursos audiovisuais, tal como o nome indica, são aqueles que associam a imagem (animada ou
não) ao som. Os principais recursos audiovisuais são:
O Filme Pedagógico
A Televisão/Vídeo/Leitor de DVD
A Câmara de Vídeo
Os Multimédia
Na utilização dos filmes e vídeos deve haver:
Uma seleção criteriosa do suporte;
Um visionamento prévio, para se familiarizar com o assunto e assegurar que os comentários
a fazer se aplicam à imagem;
Uma apresentação do suporte aos formandos, explicando-lhes o que vão ver;
Identificação dos pontos principais, devendo o formador começar por colocar as questões que
preparou anteriormente.
6.1. O FILME PEDAGÓGICO
Os filmes pedagógicos constituem-se como ótimos recursos para dinamizar as sessões de formação.
No entanto, a exploração de um filme requer por parte do formador uma preparação prévia, uma vez
que a sua exploração obedece a regras pedagógicas específicas.
Assim, na exploração pedagógica de um filme deverão ser tidos em conta os seguintes fatores:
A. A sua Duração;
B. O seu Conteúdo/Estrutura;
C. O seu Enquadramento/Função na ação.
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Formação Pedagógica de Formadores Exploração de Recursos Didáticos
A. Duração Habitualmente o tempo médio de duração de um filme pedagógico oscila entre 15 e 30 minutos.
No caso dos filmes de maior duração é aconselhável a divisão da sua apresentação em "partes" de
conteúdo independente, de forma a permitir uma integração e assimilação progressiva dos
conhecimentos, por parte dos formandos. Ao optar por essa segmentação, torna-se possível
promover exercícios ou reflexões sobre os conteúdos abordados e, eventualmente, propor a revisão
de algumas das imagens mais importantes do filme.
Em filmes de curta duração, torna-se aconselhável o visionamento por inteiro, aparecendo o momento
da reflexão e realização de exercícios apenas no seu final. Nestes casos é também possível ao
formador explorar pedagogicamente o filme através de um novo visionamento, procurando então
chamar a atenção, por exemplo através da função "Pausa", para os aspetos mais importantes do seu
conteúdo.
B. Conteúdo/Estrutura
O conteúdo de um filme pode diferenciar-se, para além do tema específico que versa, pela forma de
abordagem que o mesmo promove.
Assim, um filme pode ser estruturado segundo uma forma predominantemente reflexiva, isto é,
colocando ao longo do seu visionamento questões diversas, questões essas que podem, por
exemplo, ser aproveitadas pelo formador para fazer paragens e para propor um debate ou uma
reflexão aos formandos.
Se por outro lado a estrutura do filme for predominantemente descritiva e sequencial em termos de
apresentação de conceitos, torna-se difícil a sua separação em diferentes módulos, devendo então
optar-se pelo seu visionamento integral.
A título de exemplo, deixamos-lhe em anexo uma proposta de exploração do filme “Assertividade”, e
uma sugestão do modo como poderia dinamizá-lo numa sessão de formação.
C. Enquadramento/Função
Ao elaborar o seu plano de sessão vai prever a utilização dos diferentes meios audiovisuais e outros
instrumentos pedagógicos que lhe permitam atingir os objetivos que previamente definiu.
A par dessa escolha, deve ponderar igualmente os momentos apropriados à intervenção desses
mesmos meios.
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Formação Pedagógica de Formadores Exploração de Recursos Didáticos
Assim, a apresentação de um filme pode ser feita nos seguintes momentos:
MOMENTO
DA SESSÃO
OBJETIVO
INÍCIO
Terá como objetivo principal a sensibilização dos formandos para o tema a
tratar.
DECURSO
Já a sua utilização no decurso da ação, poderá servir para outros objetivos,
nomeadamente:
Apresentação dos principais conceitos;
Suporte de análise de casos, tendo em vista a discussão e reflexão dos
formandos.
FIM
Se se pretender sintetizar e apresentar as conclusões relativas aos temas e
conceitos abordados, a apresentação do filme deverá surgir no final da ação.
Como vantagens e desvantagens dos filmes pedagógicos, indicamos:
Vantagens
Desvantagens
Qualidade da imagem e do som;
Reprodução do movimento;
Durabilidade. Quando corretamente acondicionados podem durar dezenas de anos;
Reparação fácil do suporte, por colagem (para o formato VHS).
Elevado custo de produção;
Custo elevado do equipamento de filmagem; Exige conhecimentos específicos;
Exige preparação prévia;
Não permite atualizações de conteúdo, sem o recurso a software especializado.
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6.2. A TELEVISÃO, O VÍDEO E O LEITOR DE DVD
A utilização da televisão e do vídeo em ações de formação é bastante frequente, seja através da
apresentação de filmes pedagógicos, seja através do visionamento de situações de aprendizagem
como, por exemplo, autoscopias, estudos de caso e role-play.
Na verdade, estes recursos audiovisuais permitem não só uma exploração pedagógica dos conteúdos
dos filmes, como também a reprodução instantânea do trabalho previamente realizado (por exemplo,
em situações de filmagens). Os filmes em VHS, apesar de estarem a ser absorvidos pelos DVD,
ainda têm alguma representatividade, em virtude de muitos dos suportes formativos de referência se
encontrarem ainda neste formato. A tendência presente e futura já não comporta a produção e
comercialização de filmes em formato analógico, devido às mais valias introduzidas pelos DVD. Mas,
enquanto não for realizada na íntegra a conversão das obras de referência produzidas no passado, de
VHS para DVD, continuarão a ter alguma utilização na formação, embora sem predominância a
médio/longo prazo.
Fig. 12 Vídeo e Televisão
Quanto ao leitor de DVD, e tendo em conta a
transição inexorável que se está a verificar do
formato VHS para o formato digital, apresenta-
se como o grande herdeiro do vídeo.
Fig. 13: Leitor de DVD
Em qualquer dos casos, a utilização deste tipo de equipamentos requer alguns conhecimentos
técnicos por parte do formador.
Ao nível dos cuidados técnicos a ter antes do início de cada sessão, destaca-se:
Verificação do funcionamento do equipamento;
Sintonização da televisão no canal adequado (vídeo ou leitor de DVD);
Controlo da distância entre a televisão e os formandos;
Controlo do volume de som;
O cuidado para não haver reflexos de luz ou outras interferências no ecrã do aparelho.
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6.3. A CÂMARA DE VÍDEO
A utilização da câmara de vídeo em sessões
de formação surge, nomeadamente, associada
à filmagem de situações de role-play,
simulações e/ou autoscopias.
Durante a filmagem deve: Fig. 14: Câmara de filmar
Procurar fixar as expressões e gestos dos formandos que,
pela sua correção ou incorreção, possam ser aproveitadas
pedagogicamente, na altura do seu visionamento;
Evitar qualquer fonte de encandeamento (nunca se deve
posicionar em frente a uma fonte de luz, mas procurar um
ângulo de 30 a 45 graus);
Colocar-se num espaço que tenha boa visibilidade e que ao
mesmo tempo não interfira na visibilidade do grupo de
formandos;
Recorrer sempre que possível a um tripé, para fixar a
câmara (melhora a qualidade das filmagens e alivia o
esforço do formador);
Fig. 15: Tripé Manter uma presença discreta para que a utilização
deste equipamento não seja alvo de
atenção/preocupação excessiva.
28
Formação Pedagógica de Formadores Exploração de Recursos Didáticos
As vantagens deste recurso audiovisual são já reconhecidas a nível global, sobretudo ao nível de
ações de formação na área comportamental, nomeadamente:
Autoscopias
Liderança
Técnicas de Vendas
Atendimento ao Público
Técnicas de Negociação
etc.
6.4. OS MULTIMÉDIA
Os recursos multimédia, hoje em dia, são indispensáveis para um trabalho rápido, atual e de
qualidade. Apresentam vantagens para a formação como, por exemplo, a motivação que geram, a
flexibilidade e o respeito pelo ritmo individual de aprendizagem. São ao mesmo tempo fonte e meio
para uma ampla criatividade e inovação.
O desenvolvimento tecnológico atual é rápido, implicando mudanças e adaptações permanentes a
novas oportunidades na área de Multimédia, oferecendo muitas possibilidades em termos de
quantidade de recursos a utilizar, bem como no modo de exposição dos conteúdos. Vejamos, então,
exemplos de alguns suportes multimédia que poderão ser utilizados em formação:
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6.4.1. Materiais suporte:
CD Rom (Compact Disk Read Only Memory) – São os suportes mais comuns e baratos, mas
têm a desvantagem de só poderem ser gravados uma única vez. Um CD-R de 12 cm é capaz
de armazenar entre 650 e 800 Mb de informação visual e auditiva (entre 74 a 90 minutos de
música num CD áudio);
CD RW (Compact Disk Rewritable) – Possibilitam múltiplas gravações. Inicialmente eram
extremamente caros, mas atualmente já estão disponíveis por valores bastante acessíveis;
DVD-ROM (Digital Versatile Disc - Read Only Memory) – Semelhante ao CD, tem igualmente
um diâmetro de 12 cm. Varia na capacidade de armazenamento de 4,7 GB por camada e por
lado, podendo conter um máximo de 4 camadas (duas por cada lado) num total de 17 GB, o
que permite a criação de DVD Vídeo. Quando se utilizam duas camadas, o tamanho do pit
(longa espiral formada por depressões onde são armazenados os dados) cresce 10%, razão
pela qual a capacidade total máxima de um DVD de dois lados e duas camadas por lado não é
de 4 x 4,7 GB;
DVD RW (Digital Versatile Disc - Rewritable) – À semelhança do que acontece com o CD
RW, este tipo de DVD também permite realizar múltiplas gravações;
DVD VIDEO (Digital Versatile Disc - Video) – Capacidade para armazenar um filme de longa-
metragem (superior a 2h) em formato digital MPEG-2, conjuntamente com legendas até trinta e
dois idiomas e uma banda sonora dobrada até oito idiomas em seis canais de som (dolby
digital 5.1.);
BD-ROM (Blu-ray) vs. HD-DVD (Hi-Definition Discs) – Estes dois formatos constituem a
tecnologia da próxima geração compatível com DVD. Rivalizam o papel principal no futuro
próximo dos suportes a comercializar, podendo alcançar capacidades de armazenamento na
ordem dos 50 GB;
CD ROM XA (CD ROM Extended Arquitecture) – Com grande capacidade de arquivo de som,
texto, imagens, gráficos, e sua apresentação em simultâneo;
CD-I (CD Interactive) – Sistema multimédia interativo com áudio digital, imagens e gráficos
animados;
DV-I (Digital Video Interactive) – Tecnologia multimédia com extraordinária capacidade de
arquivo de informação;
SATÉLITE – Telecomunicação por satélite abrange vastas áreas e tem grandes possibilidades
de exploração na formação.
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6.4.2. Equipamentos multimédia:
Computador
Projetor multimédia
Quadro interativo
Vídeo interativo
Vídeotexto interativo
Simulador
Redes de informática
O computador constitui uma poderosa tecnologia que permite fazer apresentações com grande
facilidade, através da utilização de diversos programas. Com este equipamento poderá produzir um
recurso de grande qualidade, criar e manipular imagens, e construir suportes formativos à sua medida.
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Na utilização do computador em formação deve:
Planear a sua aplicação
em conformidade com os
objetivos da sessão;
Familiarizar-se com o
equipamento (se não for o
seu) antes da apresentação
em sala;
Assegurar-se da
compatibilidade dos vários
equipamentos
(computador, impressora,
etc.);
Simular no local antes da
chegada dos formandos;
Manter um design simples
e elegante;
Ter sempre um plano B
para o caso de avarias ou
vírus: fazer cópias de
segurança dos trabalhos e
levar outro suporte com a
mesma informação.
Colocar o equipamento de
forma a não criar barreiras
aos participantes e garantir
a visão em toda a sala de
formação;
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Na sua aplicação mais avançada, o computador pode transformar-se numa ferramenta de animação e
simulação, produzindo cor e efeitos especiais como, por exemplo, a simulação de voo de um avião
747 num exercício de aprendizagem em computador.
Para apresentações animadas e dinâmicas existem projetores que reproduzem o conteúdo do
monitor, permitindo uma visão ampliada (ex. projetor de vídeo ou projector multimédia). Em caso de
utilização de colunas, tenha cuidado em regular o volume do som no início das apresentações.
O projetor de vídeo (videoprojetor ou projetor
multimédia) permite a projeção direta dos conteúdos
audiovisuais do computador e do leitor de DVD para
uma tela de projeção. Permite igualmente a projeção
direta de outros suportes como fotografias de
máquinas fotográficas digitais ou filmes de câmaras
de filmar digitais.
Fig. 17: Funcionamento do projetor
multimédia
Vantagens
Desvantagens
Excelente qualidade da imagem e do som;
Produção rápida e relativamente fácil;
Novas capacidades de animação, simulação, efeitos de cor e transformação de folhas de cálculo e números em gráficos; Produção de apresentações mais interessantes.
Custo elevado do equipamento;
Exige conhecimentos específicos;
Exige preparação prévia;
Vulnerabilidade a avarias e a
vírus.
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Para a sua correta utilização será necessário:
Fazer as ligações necessárias entre o projetor de vídeo e o suporte utilizado
(computador, câmara de filmar, outro);
Controlar o botão de standby (consumo mínimo) e de permuta da ligação com
o suporte utilizado;
Posicionar o projetor de vídeo de forma central; colocando lateralmente o
recurso/suporte utilizado de forma a assegurar um acesso fácil;
Colocar-se junto do suporte para efetuar a “leitura” da informação, sempre
que possível, mas sem perder ou diminuir muito o contacto visual com os
formandos;
Usá-lo por períodos de tempo não muito longos, pois apesar de ser um
recurso muito apelativo pode conduzir a uma excessiva passividade dos
formandos.
Como ligar o projetor multimédia ao computador:
1. Ligar o cabo de transmissão de dados entre o
computador e o projetor;
2. Ligar os cabos de alimentação das máquinas e
dar início ao funcionamento das mesmas;
3. Retirar a proteção da lente e ajustar a altura do
projetor em relação ao ecrã (90º);
4. Ajustar a focagem e o zoom da projeção, se
necessário.
Fig. 18: Projetor multimédia
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O quadro interativo é outro recurso que pode
utilizar em contexto formativo. Este quadro
funciona como um ecrã de projeção, que
permite uma interação direta entre os
conteúdos projetados e os participantes.
Fig.19 Quadro interativo Fonte: smarttech.com/business/meetings
/interactive.asp
Tudo isto resulta da conjugação de 3 componentes:
Computador
Projetor multimédia
convencional
Software que controla todo o
sistema
Estes componentes são totalmente interativos. É disponibilizada uma caneta específica que permite
escrever, fazer esquemas e gráficos, ou destacar informações/conceitos importantes sobre a
aplicação que esteja a ser projetada.
Este recurso é de fácil utilização, uma vez que é compatível com os sistemas operativos mais
utilizados. Por outro lado, tem a vantagem da informação poder ser reutilizada, visto poder ser
guardada e editada a qualquer momento. Disponibiliza ainda tecnologia wireless e sistema
videoconferência, sendo a transferência da informação realizada em tempo real.
Semelhante a outros recursos, este equipamento possui ainda a vantagem de poder ser movível,
podendo ser deslocado para diferentes espaços, ou simplesmente fixado na parede.
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Como requisitos obrigatórios são necessários:
Computador com ligação USB ou com cabo série;
Um projetor de dados e um cabo RGB.
Nota: Poderá consultar mais informações em http://www.smarttech.com
O vídeo interativo apresenta exemplos e demonstrações, motivando através do som e das imagens.
O videotexto interativo é a forma eficaz e económica de difundir a (in)formação, através de
terminais que utilizam o telefone.
O simulador proporciona a aprendizagem em segurança e é menos oneroso do que certas tarefas
complexas.
As redes de informática proporcionam a difusão de material pedagógico concebido centralmente
através dos vários terminais dos formandos.
6.5. POWER POINT
Diapositivos em PowerPoint
O powerpoint é uma das ferramentas mais utilizadas em formação. A utilização deste software
permite-lhe tornar a apresentação dos conteúdos mais atrativa, podendo recorrer a diferentes layouts,
No módulo seguinte iremos abordar o modo como poderá conceber apresentações em PowerPoint.
7. Outros Recursos
O material de que dispõe para realizar a formação não se restringe unicamente ao equipamento que
anteriormente apresentámos. Pode usufruir de uma série de outros recursos para dinamizar as suas
sessões, despertar a curiosidade e o interesse dos participantes e desenvolver-lhes competências
nos diferentes domínios.
Em síntese:
Aceda agora à 1.ª parte do filme “Recursos didáticos na formação” disponível nos
anexos – filme n.º 1.
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Vejamos alguns dos recursos a que pode recorrer:
Revistas /
Livros
Jornais
Plasticina
Imagens simbólicas
/
Caricaturas
Papel de
cor / Cartões /
Cartolinas
Outros acessórios (peças de
vestuário) etc.
Balões
Lápis e Canetas de cor
Lego
Puzzle
Linhas /
Lã / Corda
Bolas
Fig. 20: Exemplo de recursos
Pode utilizar estes recursos para desenvolver atividades de grupo e jogos pedagógicos em que os
participantes tenham de, por exemplo, “construir legos ou puzzles”, “moldar peças em plasticina”,
“elaborar cartazes apelativos em cartolina ou papel de cor”, “selecionar informação em livros e
revistas”, “efetuar dobragens em papel”, ou mesmo “transpor obstáculos” utilizando cordas ou outros
recursos para o efeito, etc.
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A utilização destes recursos em diferentes atividades, pode auxiliá-lo na exploração de alguns
conteúdos ou conceitos importantes como: “Liderança”, “Trabalho em Equipa”, “Cooperação”,
“Competição”, “Comunicação”, “Assertividade”, etc.
Vejamos três situações diferentes:
1. Imagine que pretende explorar um determinado conceito.
Para isso, distribui barras de plasticina aos formandos e
solicita que moldem uma peça em plasticina que
corresponda à perceção que eles têm desse mesmo
conceito. Posteriormente, cada formando poderá partilhar a
sua perceção e debater a sua opinião sobre o tema.
2. Vamos supor que tem como objetivo explorar os
conceitos de “Trabalho em Equipa”, “Liderança”, “Divisão
de Papéis” etc. Pode dividir o grupo em vários subgrupos
e solicitar que se organizem internamente de forma a
efectuarem o máximo de barcos de papel, no menor
tempo possível. Para o efeito pode recorrer a papel de
cor.
No decorrer da atividade certamente poderá observar se
algum dos elementos assume a liderança, se os
elementos funcionam ou não em equipa, se se organizam
internamente dividindo papéis/funções, e qual a
importância da aplicação desses conceitos no
desempenho final do grupo.
3. Tem como objetivo explorar o conceito de “Cooperação”.
Para isso propõe ao grupo que se divida em subgrupos,
tendo como recurso uma corda (colocada a uma altura
superior a 1,5m) e pede a cada subgrupo que transponha
todos os seus elementos de um lado para o outro da corda.
No desenrolar do jogo pedagógico pode analisar se existe
efetivamente cooperação entre os membros de cada
subgrupo.
Formação Pedagógica de Formadores Exploração de Recursos Didáticos
38
Após a exploração da atividade, pode aproveitar
para decorar a sala com os objetos produzidos
pelos formandos, ou mesmo forrar as paredes da
sala com trabalhos ou com outros elementos
necessários ao desenrolar da sessão.
Fig. 21: Afixação de cartazes em sala
Pode ainda utilizar em algumas atividades,
desde que não prejudique a concentração dos
participantes, música em sala para criar um
ambiente favorável e descontraído.
Fig. 22: CD de música
Para além destes recursos, há ainda cursos que necessitam de recursos técnicos específicos,
como é por exemplo dos cursos de Técnico Superior de Higiene e Segurança no Trabalho e de
Técnico de Higiene e Segurança no Trabalho (homologados pela Autoridade para as
Condições no Trabalho). Nestes cursos, o formador deve demonstrar recursos como:
Equipamentos de proteção individual: luvas, máscaras, visores, óculos de proteção, etc.
Mala de primeiros socorros
Extintores móveis de diversos tipos de agente extintor
Outros equipamentos: Luxímetro, Higrómetro, Anemómetro, Tubos detetores de gases
e bombas de aspiração, Sonómetro, Dosímetro de ruído e de radiação, Acelerómetro,
Detetores de incêndio, Explosivímetro, Detetores de gases etc.
Em síntese:
Veja a 2.ª parte do filme “Recursos didáticos na formação”– filme n.º 2 nos anexos.
Formação Pedagógica de Formadores Exploração de Recursos Didáticos
39
8. Gestão do Espaço de Formação / Cenários Pedagógicos
Disposição da Sala de Formação
Tal como a diversificação dos recursos pode influenciar o dinamismo incutido às sessões de
formação, também a diferença de cenário pode constituir um elemento diferenciador no processo de
aprendizagem. Para além disso, optar por colocar a sala mediante certas e determinadas disposições
permite-lhe enquanto formador ter um maior controlo sobre o desempenho dos formandos, e facilitar
a interação entre os diferentes elementos do grupo.
O modo como vai dispor a sala, colocar as cadeiras e as mesas, depende essencialmente do espaço
que possui, dos objetivos que pretende atingir e das estratégias de formação que definiu.
Assim, deixamos-lhe algumas sugestões sobre o modo como pode dispor a sala de formação:
Disposição em “U”: é sem dúvida o cenário
mais utilizado em formação, porque é versátil
e adapta-se a qualquer circunstância. Esta
disposição pode ser utilizada para a aquisição
de conhecimentos e competências, onde o
formador pode assumir ora o papel de orador,
ora o de animador/moderador de grupos.
Fig. 23: Disposição em U
Disposição em redor do objeto: é muitas
vezes utilizada para atividades de carácter
demonstrativo. Pode utilizar-se esta disposição
quando se pretende desenvolver habilidades
psicomotoras, que exijam a realização de
atividades práticas por parte dos formandos.
Os elementos do grupo colocam-se em redor
do objeto que vai ser alvo de utilização, de
modo a que todos possam visualizar
corretamente o que está a ser demonstrado.
Fig. 24: Disposição em redor
do objeto
Formação Pedagógica de Formadores Exploração de Recursos Didáticos
40
Sempre que utilizar esta disposição deve ter em conta que a mesma não pode ser utilizada com
muitos formandos porque vai exigir da sua parte um grande controlo sobre as atividades que estão a
ser realizadas, para que a qualquer momento possa corrigir possíveis erros.
Disposição em círculo: pode ser utilizada
para realização de trabalhos em grupo,
discussões, debates, etc. Esta posição
permite aos participantes discutirem temáticas
abordadas no curso, partilharem ideias,
experiências, e chegarem a conclusões
importantes.
Formador
Fig. 25: Disposição em círculo
Este cenário pode ser também utilizado em dinâmicas de grupo em que seja necessário ter alguns
participantes como meros observadores dos restantes subgrupos.
Vejamos agora algumas aplicações práticas das diferentes disposições da sala.
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Técnica “Philips 6/6”
Está recordado da técnica “Philips 6/6” abordada no Manual de Métodos e Técnicas Pedagógicos?
Pois bem, esta técnica implica que o grupo seja fracionado em subgrupos de 6 elementos, e que se
reúna várias vezes para chegar a um consenso.
Cada subgrupo elege um porta-voz que, perante os outros participantes e sob orientação do
formador, elaborará uma síntese das opiniões expressas. Terminado esse debate, haverá novas
reuniões até se chegar a um acordo conjunto.
As variantes desta técnica são numerosas, e terá de existir alguma imaginação e inovação no modo
de fracionamento dos subgrupos e disposições da sala. Assim, poderia optar por diferentes cenários,
tais como:
Primeiro Cenário:
Fig. 26: Técnica “Philips 6/6” - Cenário 1
Segundo Cenário:
Fig. 27: Técnica “Philips 6/6” - Cenário 2
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Terceiro Cenário:
Fig. 28: Técnica “Philips 6/6” - Cenário 3
Técnica “Cochicho”
A técnica do “Cochicho” também ela abordada no Manual de Métodos e Técnicas Pedagógicos,
permite utilizar diferentes disposições. O grupo é dividido em pequenos subgrupos de dois elementos
cada, em que cada elemento dialoga com o companheiro mais próximo, de forma a chegarem a uma
opinião sobre um tema.
Como disposições propomos:
Primeiro cenário:
Fig. 29: Técnica “Cochicho” - Cenário 1
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Segundo cenário:
Fig. 30: Técnica “Cochicho” - Cenário 2
Técnica “Trabalho de Grupo”
Recorda-se da atividade pedagógica que atrás abordamos sobre como explorar os conceitos de
“Trabalho em Equipa”, “Liderança” e “Divisão de Papéis”, em que os participantes reunidos em
subgrupos tinham que realizar o maior número possível de barcos de papel?
No momento em que são distribuídos os elementos por subgrupos, pode também fazer a seleção de
alguns participantes que terão a missão de observar o desempenho dos colegas, o que vai influenciar
a disposição do espaço de trabalho. Os observadores não devem ser integrados no grupo que estão
a observar, mas colocados a uma certa distância dos participantes que estão a observar, para que
possam anotar o desempenho desses elementos.
Proposta de cenário:
Fig. 31: Proposta de Técnica “Trabalho de Grupo”
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Técnica “Discussão”
Após a exposição de um tema, pode solicitar aos participantes que discutam esse mesmo tema.
Nesse caso pode propor aos participantes que se posicionem em mesa redonda (disposição em
círculo).
Se considerar importante para o objetivo que pretende alcançar, pode ainda trabalhar com dois
grupos de trabalho: “Grupo de Discussão” e “Grupo de Observadores”. O grupo de discussão ficará
reunido em mesa redonda/círculo a debater o tema proposto, podendo ser ou não
monitorizado/liderado por um participante. O segundo grupo, o que contempla os observadores, ficará
numa posição mais discreta, mantendo alguma distância face ao grupo de discussão, de forma a
fazer as anotações do que está a ser discutido. Os observadores apenas tiram notas, não podendo
intervir na discussão.
Como disposições propomos:
ou
Fig. 32: Propostas de Técnica “Discussão”
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Técnica “Painel”
Com o objetivo de aprofundar um determinado tema e partilhar experiências, pode convidar alguns
especialistas/peritos no assunto, com o intento de abordarem e debaterem o tema visado em frente
de um auditório composto pelos formandos. Os elementos que constituem o Painel (grupo de
especialistas e formador) devem estar bem posicionados, para que possam ser vistos pelos restantes
participantes.
Proposta de cenário:
Formador
Especialistas
Fig. 33: Proposta de Técnica
Outra variante da técnica “Painel” consiste em selecionar alguns dos participantes para interrogar
esses especialistas, mantendo-se assim uma conversação um pouco mais informal.
Caso pretenda, pode ainda optar por constituir um outro grupo, designado por “Sintetizadores”, ou
seja, um grupo que vai anotando as ideias mais importantes e fazendo a síntese do que foi abordado
ao longo da conversação.
Proposta de cenário:
Grupo de
Interrogadores
Formador Grupo de
Especialistas
Grupo de
Sintetizadores
Fig. 34: Proposta de Técnica “Painel” - Sintetizadores
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9. Condições da Sala de Formação
Anteriormente abordámos o modo como pode usufruir do espaço de formação, dispondo a sala de
múltiplas formas, em função dos objetivos que pretende atingir. Lembramos-lhe que o bom formador
também é o que consegue trabalhar com as condições que tem. Contudo, é muito importante que
antes de iniciar uma sessão de formação estejam garantidas as condições físicas essenciais para um
bom aproveitamento pedagógico. Qualquer participante cujo bem-estar físico não seja o melhor, ou
não se encontre confortável, terá uma menor predisposição para aprender.
Assim, aquando da preparação da sala de formação, deve ter em conta:
Condições logísticas:
Dimensão da sala: é aconselhável que a sala de formação tenha 2m2
de
dimensão/participante, para que formador e formandos possam circular livremente pelo
espaço.
Características do mobiliário: as mesas devem ter espaço suficiente para escrever e as
cadeiras devem ser confortáveis. É ainda aconselhável que se utilize mobiliário de baixo
nível refletor.
Condições ambientais:
Temperatura ambiente: temperaturas demasiado elevadas podem provocar dores de
cabeça, irritabilidade, fadiga e, por sua vez, a diminuição do desempenho, etc. Por outro
lado, temperaturas demasiado baixas podem provocar dificuldades de concentração e
atenção. A temperatura confortáve l para um contexto de formação deve situar-se entre
20 a 26 graus centígrados.
Iluminação: evite que os formandos se sentem muito próximos de fontes de luz, de forma a
que a intensidade da mesma não provoque encadeamentos e possíveis casos de
desconforto. O encadeamento pode ocorrer quando a iluminação artificial não está
devidamente protegida, as janelas não estão protegidas da luz solar, ou quando existe
mobiliário e equipamento brilhante.
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Condições Técnicas
Cabos e fios: Os cabos, fios do equipamento que vão ser utilizados no decurso da
formação, bem como outro tipo de equipamentos, devem estar devidamente arrumados e
mantidos de forma discreta na sala, de modo a que ninguém tropece e se mantenham as
condições de segurança essenciais.
Para terminar:
Estamos certos de que neste momento se encontra ciente da importância dos auxiliares pedagógicos
e da construção de um “cenário” para o desenvolvimento da formação.
A RETER
O Bom formador sabe utilizar adequadamente os recursos didáticos e
gerir espaços de formação. O Bom formador nunca se queixa da falta
de recursos ou das condições da formação. O Bom formador sabe que
os recursos podem falhar e por isso tem sempre preparadas outras
soluções.
Formação Pedagógica de Formadores Exploração de Recursos Didáticos
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Conclusão Final
Os recursos didáticos constituem um importante auxiliar pedagógico para o formador. A sua
utilização em ações de formação concorre para uma aprendizagem mais facilitada, organizada e
sistematizada por parte dos formandos, ganhando-se assim, no seu todo, uma maior eficácia na
Formação.
Como formador deve estar ciente da importância de uma abordagem profissional no planeamento,
preparação e utilização dos recursos para melhorar as suas sessões. Isso passa essencialmente
pelo conhecimento das vantagens e desvantagens dos vários auxiliares pedagógicos e pela
capacidade de fazer deles um uso inteligente e imaginativo.
Os recursos didáticos devem surgir naturalmente como um dos auxiliares que terá à sua disposição
para o desenvolvimento da sessão de formação, mas no sentido restrito de "auxiliar" e não de
"muleta" ou "tábua de salvação". Os recursos didáticos servem para facilitar a aprendizagem e não
para substituir a figura do formador ou a falta / pouca qualidade do conteúdo,
ofuscando / deslumbrando os formandos.
Finalmente, tenha em conta que, como em tudo na vida, deve utilizar os recursos didáticos com
moderação para evitar efeitos negativos.
Formação Pedagógica de Formadores Exploração de Recursos Didáticos
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Bibliografia
Delgado, P.P. (1998), “Formación de Formadores”, Ediciones Pirámide
Lebel, P. “Audio-Visual et Pedagogie – films, diapositive et magnetoscope”, Enterprise - Moderne
D’edition
Machado, A. R. “Guia Prático para o uso do retroprojector”, Colecção Aprender – I.E.F.P.
Minicucci, A. (1987), “Técnicas do Trabalho de Grupo”, Editora Atlas,
S. Paulo
Nérici, I. G. (1992), “Metodologia do Ensino – Uma Introdução”, Editora Atlas, S. Paulo
Parra, N. & Parra, I. C. “Técnicas Audiovisuais de Educação”, Biblioteca Pioneira de Ciências Sociais
Pereira, A. J. “O Retroprojector e a produção de transparências”, Colecção Formar
Pedagogicamente, I.E.F.P.
Ribeiro, C. P.; Dias J. P. & Relvas, L. “Os meios Audiovisuais na Formação”, Colecção Aprender -
I.E.F.P.
Adaptado a partir de um trabalho elaborado por Adelaide Franco e José Afonso Oliveira
Formação Pedagógica de Formadores Exploração de Recursos Didáticos
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ANEXOS
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FILMES
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