Filosofia medieval slide
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FILOSOFIA MEDIEVAL
Componentes: Cristiane Tonus, Graziella
Manara, Islena Gonçalves, Kamila Czys
Turma: 23mp
Filosofia Medieval é a forma comodenominamos a filosofia que aconteceu na Europa,entre os séculos V e XV, no que historicamente éconhecido como a idade média, por isso é chamadode medieval, para fazer alusão a época em que elaaconteceu.
Uma grande característica deste período é ainterferência da Igreja Católica em todas as áreas doconhecimento, e por esse motivo tornou-se comumencontrarmos tanto temas religiosos como ospróprios membros da igreja fazendo parte dosfilósofos que vieram a dar vida a este momento dahistória da filosofia.
CARACTERÍSTICAS Assim como a filosofia antiga, a filosofia
medieval possuía suas características próprias, o quecontribuía para que ela pudesse ser analisada nãoapenas por uma época diferente, mas também por umaforma de pensar mais analítica, que em sua grandemaioria, era ligada a um mesmo foco, a religiosidade. Asprincipais questões debatidas pelos filósofos medievaiseram:O A relação entre a razão e a fé;O A existência e a natureza de Deus;O Fronteiras entre o conhecimento e a liberdade
humana;O Individualização das substâncias divisíveis e
indivisíveis.
Em resumo, o que vemos é que os principaistemas estão relacionados a fé, o que prova oargumento da intervenção da igreja neste períododa filosofia. Relacionar a fé, que é algo sem umaexplicação lógica ou científica com a razão, quebusca o entendimento das coisas, era uma formaque a igreja tinha de tentar explicar o que até ali nãotinha explicação. A existência e a natureza de Deus,para a filosofia, era algo complexo, pois se partirmosdo pressuposto de que a filosofia busca explicar ascoisas desde o seu início, buscando formas deprovar o que está sendo apresentado, agora erauma obrigação filosófica explicar a existência deDeus.
Neste período não era difícil encontrar pensadores que defendessem a tese de que fé e religião não deveriam estar subordinadas uma a outra, de que o indivíduo não precisaria ter sua fé ligada diretamente as racionalidades com as quais está acostumada a viver, porém, um nome se destacou em meio aos filósofos quanto a buscar uma forma racional de justificar as crenças. Conhecido como Santo Agostinho, esse filósofo cristão desenvolveu uma ideia de que todo homem possui uma consciência moral e um livre arbítrio, que todos temos a consciência do que é certo e errado, do mesmo jeito que temos o direito de escolha, para fazer ou não cada coisa, mesmo sabendo que acarretarão consequências.
PERÍODOÉ um período que se caracteriza pelo resultado dos
esforços dos apóstolos (João e Paulo) e dos primeiros Padres daIgreja para conciliar a nova religião com o pensamento filosóficomais corrente da época entre os gregos e os romanos. Nãoobstante, tomou como tarefa a defesa da fé cristã, frente asdiversas críticas advindas de valores teóricos e morais dos“antigos”. Os nomes mais salientes desse período são os deJustino Mártir, Tertuliano, Clemente de Alexandria, Orígenes,Gregório de Nazianzo, Basílio de Cesareia, Gregório de Nissa. Elesrepresentam a primeira tentativa de harmonizar determinadosprincípios da Filosofia grega (particularmente do Epicurismo, doEstoicismo e do pensamento de Platão) com a doutrina cristã. (...)
Eles não só estavam envolvidos com a tradição culturalhelênica como também conviviam com filósofos estóicos,epicuristas, peripatéticos (sofistas), pitagóricos e neoplatônicos. Enão só conviviam, como também foram educados nesse ambientemultiforme da Filosofia grega ainda antes de suas conversões"(SPINELLI, Miguel. Helenização e Recriação de Sentidos.
O Filosofia Medieval (VIII d.C – XIV d.C)
Período bastante influenciado pelopensamento socrático e platônico (conhecido aquicomo neoplatonismo, vindo da filosofia de Plotino).Ocupou-se em discutir e problematizar QuestõesUniversais. É nesse período que o pensamentocristão firma-se como "Filosofia Cristã", que maistarde se torna [Teologia].
O Renascença (XIV d.C – XVI d.C)
É marcada pela descoberta de obras dePlatão desconhecidas na Idade Média e novasobras de Aristóteles, ainda temos a recuperaçãode trabalhos de grandes autores e artistas gregose romanos. São quatro as linhas de pensamento:Neoplatonismo e Hermetismo; Pensamentosflorentinos e por fim o Antropocentrismo iniciático(homem dono do seu destino).
Foi um período marcado por umaefervescência teórica prática, alimentadaprincipalmente por descobertas marítimas e crisespolitico-culturais que culminaram em profundascríticas à Igreja Católica, que logo evoluíram paraReforma Protestante (a Igreja Católica respondecom a Contra-Reforma e com a Inquisição).
FILÓSOFOS – SANTO AGOSTINHO
Santo Agostinho foi um grande retórico, umgrande filósofo e um grande santo da Igreja. Suaobra, ao mesmo tempo vasta e profunda, exerceu eexerce muita influência em toda a cultura ocidental.
Nasceu na região norte da África em 354 emorreu em 430.
Viveu num monastério por um tempo. Em395, passou a ser bispo, atuando em Hipona.Escreveu diversos sermões importantes. Em “ACidade de Deus”, Santo Agostinho combate àsheresias e a paganismo. Na obra “Confissões” fezuma descrição de sua vida antes da conversão ao
cristianismo.
Santo Agostinho analisava a vida levando emconsideração a psicologia e o conhecimento danatureza. Porém, o conhecimento e as ideias eram deorigem divina.
Para o bispo, nada era mais importante do que afé em Jesus e em Deus. A Bíblia, por exemplo, deveriaser analisada, levando-se em conta os conhecimentosnaturais de cada época. Defendia também apredestinação, conceito teológico que afirma que a vidade todas as pessoas é traçada anteriormente por Deus.
As obras de Santo Agostinho influenciarammuito o pensamento teológico da Igreja Católica naIdade Média.
Morreu em 28 de agosto de 420, durante umataque dos vândalos ao norte da África.
Santo Agostinho é considerado o santo
protetor dos teólogos, impressores e
cervejeiros. Seu dia é 28 de agosto, dia de sua
suposta morte.
Frase: "Se dois amigos pedirem para
você julgar uma disputa, não aceite, pois você
irá perder um amigo. Porém, se dois estranhos
pedirem a mesma coisa, aceite, pois você irá
ganhar um amigo”.
SÃO TOMAS DE AQUINOSão Tomás de Aquino nasceu na cidade de
Roccasecca (Itália) em 1225. Foi um importanteteólogo, filósofo e padre dominicano do século XIII.Foi declarado santo pelo papa João XXII em 18 dejulho de 1323. É considerado um dos principaisrepresentantes da escolástica. Foi o fundador daescola tomista de filosofia e teologia.
Tomás de Aquino buscou utilizar a filosofiagrecolatina clássica para compreender a revelaçãoreligiosa do cristianismo.
Morreu na cidade de Fossanova (Itália) em 7de março de 1274.
Frase: "O primeiro degrau para a sabedoriaé a humildade."
RAZÃO E FÉ NO PENSAMENTO MEDIEVAL
A teologia (estudo de Deus) é a tentativa deconciliar fé religiosa e pensamento racional.
Para santo Tomás de Aquino "Crer é imediatamente umato do entendimento, porque seu objeto é a verdade,que propriamente pertence a este". "A fé é uma posseantecipada do que se espera, um meio de demonstrar asrealidades que não se vêem"
Essa convicção se baseia não na evidência ouraciocínio, mas num profundo sentimento íntimo decerteza. A fé é sobretudo um estado de ser, no qual ohomem se envolve irresistivelmente com o objeto de suacrença, convencendo-se da realidade invisível por meiode uma experiência existencial profunda fé tem porfundamento a própria palavra de Deus e não otestemunho humano
É atribuído a um período medieval em quese travava um confronto entre os adeptos da boanova, isto é, a religião cristã, e seus adversáriosmoralistas gregos e romanos, na tentativa deimporem seus pontos de vistas. Para estes, omundo natural ou cosmos era a fonte da lei, daordem e da harmonia, entendendo com isso que ohomem faz parte de uma organização determinadasem a qual ele não se reconhece e é através dológos que se dá tal reconhecimento. Já para oscristãos, a verdade revelada é a fonte dacompreensão do que é o homem, qual é suaorigem e qual o seu destino, sendo ele semelhantea Deus-pai, devendo-lhe obediência enquanto sualiberdade consiste em seguir o testamento.
Fé e razão representa apenas ummomento localizado na história. A filosofia, tendocomo característica a radicalidade, ainsubordinação, a luta para superar pré-conceitose estabelecer conceitos cada vez mais racionaisatravés da história, mostra que, desde seu início,esta relação tem seus momentos deestranhamento e reconciliação. O pensamentocontra a fé cega que mantinha os homens naignorância das trevas e reclamava o direito à luznatural da razão. A expressão máxima dessemovimento foi o Iluminismo que compreendia asuperação total das crenças e superstiçõesinfundadas e prometia ao gênero humano diasmelhores a partir da evolução e do progresso.