Filosofia da linguagem e Ciência da informação
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IBICT- Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
UFF- Universidade Federal Fluminense
PPGCI – Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação
Tese de Doutorado
Filosofia da linguagem e Ciência da informação:
jogos de linguagem e ação comunicativa no contexto das ações de informação em tecnologias virtuais
Luciana de Souza Gracioso
Orientador: Dra. Maria Nélida González de Gómez
Rio de Janeiro, 29 de agosto, 2008
FILOSOFIA DA LINGUAGEM E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO:JOGOS DE LINGUAGEM E AÇÃO COMUNICATIVA NO CONTEXTO DAS AÇÕES DE
INFORMAÇÃO EM TECNOLOGIAS VIRTUAIS
(LANCASTER, 2004)
InformationSeeking
Informaçãocientífica
Sistema
Instituições
Empirismo
Positivismo
Lógica
Filosofiaanalítica
Controle
Linguagemideal
Informaçãodescritiva
Garantias
CI
Sujeitos
AGIR PRAGMATISMO
USO PRÁTICO
PRAGMÁTICA
FLEXIBILIDADE
INFORMAÇÃOCOMO AÇÃO
INFORMAÇÃOCOTIDIANA
RIZOMAJOGOS
BUSCA ABERTA
LINGUAGEM COTIDIANA
?
WEB
WEB 2.0http://www.youtube.com/watch?v=87LG-MQrEu0&feature=related
• Novas possibilidades de uso cotidiano da linguagem.
• Abertura, interatividade, cooperação.
• Critérios seletivos “autônomos”.
• Multiculturalismo.
• Polofonia, Polinonimia.
• Deliberação.
• Folks. Etinografias.
• Filtros sociais.
• Interoperabilidade.
• Colaboração.
• Redes de afinidades.
• Usuário/leitor/autor/editor = ator.
Pontos de partida epistemológicos prévios seriam redutores na conjuntura
Informacional na Web.
Ampliar a matriz cognitiva da Ciência da
Informação
A inserção do Sujeito nos estudos da Linguagem
Primeira Virada Lingüística: Nosso conhecimento de mundo não se radicaria nas idéias que fazemos. Ele se resguardaria nos enunciados que a linguagem nos permite construir para representar o mundo (IBÁÑEZ GRACIA, 2004).
Transição para a Segunda Virada Lingüística: Até então houvera uma redução do sujeito social a um comunicador, e em seguida a um informador, como se a intersubjetividade (ou co-subjetividade) fosse equivalente à comunicabilidade e toda comunicação, a uma transferência da informação (PARRET, 1997).
Segunda Virada Lingüística: O conhecimento tem o estatuto de instrumento a serviço do esclarecimento dos problemas reais construído para a ação; o conhecimento não têm uma relação copiativa com o real, não teria pretensões de verdades absolutas, seria provisório e sujeito a retificações. Em lugar de verdade, se fala de aceitação e validade.
Pragmática
Sintaxe: relação entre os signos
Semântica: relação entre os signos com os objetos e fatos que o remetem
Pragmática: sintaxe + semântica + relação do signo com as pessoas que os utilizam
A Pragmática seria, consequentemente, uma experiência concreta com a linguagem em uso, em diferentes contextos de comunicação, envolta em variações e em heterogeneidades imprevisíveis logicamente.
L. Wittgenstein (1889-1951)Investigações filosóficas (1953)
... like a lump of sugar in water.
L. Wittgenstein:a linguagem é o seu uso
• Liberdade.• Desenfeitiçar.• Labirintos.• Significação viva.
L. Wittgenstein:a linguagem é o seu uso
• Jogos de linguagem• Regras
• Gramática• Semelhança de
família• Formas de vida
Os jogos de linguagem são ações sociais de uso da linguagem
• Não há aleatoriedade, relativismo, ou casualidade na significação. Ela tem
sempre um ponto de partida em uma forma de vida. A questão é que
esse ponto não é fixo.
• O significado é uma construção prática. Não há um fundamento
único que possa alinhavar todas as possibilidades de significação. Seria
como se pudéssemos alinhavar todas as possibilidades das ações sociais.
As regras dinâmicas e muitas vezes imprevisíveis evolvidas nas ações
sociais, em formas de vida, conduziriam a significação da
linguagem, e uma gramática seria gerada concomitante a esse processo
de significação. E isto, são Jogos.
Jogo de linguagem
HABERMAS, J. TEORIA DA AÇÃO COMUNICATIVA, 1981.
• Oferece uma propedêudica para explicar uma teoria de ação social que enfatiza o papel do uso da linguagem como constitutiva da ação comunicativa e a ação
comunicativa como constitutiva das ações sociais.
MUNDO DA VIDA
FORÇA EMANCIPATÓRIA
RAZÃO COMUNICATIVA
AÇÕES COMUNICATIVAS
BUSCA DE ENTENDIMENTO MÚTUO E CONSENSO.
Conhecimento e verdade são construídos pragmaticamente a partir do uso da linguagem
em ações comunicativas.
SISTEMA
RAZÃO INSTRUMENTALAÇÕES ESTRATÉGICAS
BUSCA DE SUCESSO
Conhecimento e verdade são relativamente direcionados.
Arranjos comunicativos
Aproximação das subjetividades
Democracia
Atmosfera Pragmática
Força emancipatória
Demanda de autenticidade
Racionalidade comunicativa
Ideal de consenso
Compromisso ilocucionário
Situação ideal de fala
Pretensões de validade
Jogos de linguagem
Atos de fala Critérios de validade
Relações com o mundo
Perlocucionários Justificabilidade Objetivo
Constatativos Verdade Objetivo
Regulativos Inteligibilidade Social
Expressividade Veracidade Subjetivo
• A meta do entendimento é a produção de um acordo que desencadeie uma comunidade
intersubjetiva de compreensão mútua.
Pretensão de
validade
- Situação ideal de fala- Atos de fala
-Racionalidade comumunicativa-Ideal de consenso
-Compromisso ilocucionário
-Atmosfera pragmática-Força emancipatória
-Demanda de autenticidade
As interações comunicativas que se expressam na Internet seriam a manifestação da força emancipatória que nos impulsiona a querer conhecer, logo, nos estimula a agir comunicativamente e a procurar por trilhas que nos levem a um entendimento.
Busca-se, antes da informação, uma interlocução com outros buscadores, a partir do uso da linguagem em atos de fala, como critério sobre o buscado.
A interlocução entre atores na rede, enquanto filtros sociais informacionais, é a Garantia Comunicativa dos conteúdos virtuais.
Essa condição comunicativa humana de compartilhar subjetividades multiculturais é explicada por Habermas e é o que nos parece se manifestar nos Jogos da rede.
A ação comunicativa como critério de validação informacional em plataformas tecnológicas virtuais
Obrigada pela Atenção!
Luciana de Souza Gracioso