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FICHA PARA CATALOGO
PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: Soroban: Uma Proposta Pedagógica para Inclusão Dos Deficientes Visuais No Ensino Da Matemática.
Autor Christiane Maria Ribas Volaco Dornelles
Escola de Atuação Colégio Estadual “ Presidente Costa E Silva”.E.F.M.
Município da escola Sengés
Núcleo Regional de Educação Wenceslau Braz
Orientadora Profª Dra. Luciane Grossi Bombacini
Co-orientadora Profª Ms. Rosni Troyner
Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual De Ponta Grossa
Disciplina/Área Matemática
Produção Didático-pedagógica Unidade Didática
Público Alvo
Professores de Matemática
Localização
Colégio Estadual “Presidente Costa e Silva”.E.F.M
R: Prefeito Daniel Jorge, 657.
Apresentação:
A inclusão de alunos deficientes visuais é uma realidade no ambiente escolar, porém, professores da área de Matemática não foram capacitados a agir e a ensinar com tal situação. O presente trabalho tem como principal meta auxiliar os docentes na construção de metodologias utilizando o Soroban como recurso pedagógico para o atendimento diferenciado com deficientes visuais, especificamente na área de Matemática. Serão estabelecidas algumas estratégias: palestra com especialista da APADEVI, oficinas para a construção e utilização do Soroban ao ensino da Matemática. Espera-se que os professores do Colégio Estadual “ Presidente Costa e Silva”, situado no município de Sengés, ao final desse projeto, estejam familiarizados com a forma de pensar e interagir de um portador de deficiência visual, além de ter habilidade para usar o Soroban como suporte pedagógico no ensino da matemática. Desta forma, espera-se que sintam-se seguros ao se depararem com deficientes visuais e que a inclusão de fato aconteça.
Palavras-chave Deficientes Visuais - Soroban - Matemática
2
“Posso admitir que o deficiente seja
vítima do destino! Porém não
posso admitir que seja
vítima da indiferença”.
John Kennedy
3
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 01: Ilustração do modo de contar digital dos Sumérios. ............................ 9
FIGURA 02: Objetos antigos ,utilizados pelo homem pra fazer registros................... 9
FIGURA 03: Abaco Romano..................................................................................... 10
FIGURA 04: Suan pan.............................................................................................. 10
FIGURA 05: Soroban japonês................................................................................... 11
FIGURA 06: Conta Elípitica....................................................................................... 12
FIGURA 07: Conta Losangular................................................................................. 12
FIGURA 08: Transformação do ábaco japonês........................................................ 13
FIGURA 09: Cubarítimo............................................................................................ 15
FIGURA 10: Descrição do Soroban.......................................................................... 17
FIGURA 11: Soroban................................................................................................ 18
FIGURA 12: Utilizando o polegar.............................................................................. 18
FIGURA 13: Utilizando o dedo indicador.................................................................. 18
FIGURA 14: Representação dos numerais de 0 a 9............................................... 19
FIGURA 15: Representação do número 45............................................................. 19
FIGURA 16: Representação do número 349............................................................ 20
FIGURA 17: Representação do número 2257.......................................................... 20
FIGURA 18: Representação do número 14776........................................................ 20
FIGURA 19: Adição................................................................................................... 21
FIGURA 20: Adição ................................................................................................... 21
FIGURA 21: Adição ................................................................................................... 21
FIGURA 22: Adição ................................................................................................... 22
FIGURA 23: Adição ................................................................................................... 22
FIGURA 24: Adição. .................................................................................................. 22
FIGURA 25: Adição. .................................................................................................. 23
FIGURA 26: Adição. .................................................................................................. 23
FIGURA 27: Adição. .................................................................................................. 23
FIGURA 28: Adição. .................................................................................................. 24
FIGURA 29: Adição ................................................................................................... 24
FIGURA 30: Adição ................................................................................................... 24
FIGURA 31: Adição ................................................................................................... 25
4
FIGURA 32: Adição ................................................................................................... 25
FIGURA 33: Adição ................................................................................................... 25
FIGURA 34: Adição. .................................................................................................. 26
FIGURA 35: Adição ................................................................................................... 26
FIGURA 36: Adição ................................................................................................... 27
FIGURA 37: Adição ................................................................................................... 27
FIGURA 38: Adição ................................................................................................... 27
FIGURA 39: Adição ................................................................................................... 28
FIGURA 40: Adição .................................................................................................. 28
FIGURA 41: Adição ................................................................................................... 28
FIGURA 42: Adição ................................................................................................... 29
FIGURA 43: Adição ................................................................................................... 29
FIGURA 44: Adição ................................................................................................... 29
FIGURA 45: Subtração. ............................................................................................ 30
FIGURA 46: Subtração. ............................................................................................ 30
FIGURA 47: Subtração. ............................................................................................ 30
FIGURA 48: Subtração. ............................................................................................ 31
FIGURA 49: Subtração. ............................................................................................ 31
FIGURA 50: Subtração. ............................................................................................ 31
FIGURA 51: Subtração. ............................................................................................ 32
FIGURA 52: Subtração. ............................................................................................ 32
FIGURA 53: Subtração. ............................................................................................ 33
FIGURA 54: Subtração. ............................................................................................ 33
FIGURA 55: Subtração. ............................................................................................ 33
FIGURA 56: Subtração. ............................................................................................ 34
FIGURA 57: Subtração. ............................................................................................ 34
FIGURA 58: Subtração. ............................................................................................ 34
FIGURA 59: Subtração. ............................................................................................ 35
FIGURA 60: Subtração. ............................................................................................ 35
FIGURA 61: Subtração. ............................................................................................ 35
FIGURA 62: Subtração. ............................................................................................ 36
FIGURA 63: Subtração. ............................................................................................ 36
FIGURA 64: Subtração. ............................................................................................ 36
FIGURA 65: Subtração. ............................................................................................ 37
5
FIGURA 66: Subtração. ............................................................................................ 37
FIGURA 67: Multiplicação ......................................................................................... 38
FIGURA 68: Multiplicação ......................................................................................... 38
FIGURA 69: Multiplicação ......................................................................................... 38
FIGURA 70: Multiplicação ......................................................................................... 39
FIGURA 71: Multiplicação ......................................................................................... 40
FIGURA 72: Multiplicação ......................................................................................... 40
FIGURA 73: Multiplicação ......................................................................................... 40
FIGURA 74: Multiplicação ......................................................................................... 41
FIGURA 75: Multiplicação ......................................................................................... 41
FIGURA 76: Multiplicação ......................................................................................... 42
FIGURA 77: Multiplicação ......................................................................................... 42
FIGURA 78: Multiplicação ......................................................................................... 42
FIGURA 79: Multiplicação ......................................................................................... 43
FIGURA 80: Multiplicação ......................................................................................... 43
FIGURA 81: Multiplicação ......................................................................................... 43
FIGURA 82: Multiplicação ......................................................................................... 44
FIGURA 83: Multiplicação ......................................................................................... 44
FIGURA 84: Multiplicação ......................................................................................... 44
FIGURA 85: Divisão .................................................................................................. 45
FIGURA 86: Divisão .................................................................................................. 45
FIGURA 87: Divisão .................................................................................................. 46
FIGURA 88: Divisão .................................................................................................. 46
FIGURA 89: Divisão .................................................................................................. 46
FIGURA 90: Divisão .................................................................................................. 47
FIGURA 91: Divisão .................................................................................................. 47
FIGURA 92: Divisão .................................................................................................. 48
FIGURA 93: Divisão .................................................................................................. 48
FIGURA 94: Divisão .................................................................................................. 48
FIGURA 95: Divisão .................................................................................................. 49
FIGURA 96: Divisão .................................................................................................. 49
FIGURA 97: Divisão .................................................................................................. 50
FIGURA 98: Divisão .................................................................................................. 50
FIGURA 99: Divisão .................................................................................................. 50
6
FIGURA 100: Divisão ................................................................................................ 51
FIGURA 101: Divisão ................................................................................................ 51
FIGURA 102: Divisão ................................................................................................ 52
FIGURA 103: Divisão ................................................................................................ 52
FIGURA 104: Divisão ................................................................................................ 53
FIGURA 105: Divisão ................................................................................................ 53
FIGURA 106: Divisão ................................................................................................ 53
FIGURA 107: Divisão ................................................................................................ 54
FIGURA 108: Materiais para construção do Soroban. .............................................. 59
FIGURA 109: Medidas para construção da moldura. ................................................ 59
FIGURA 110: Colocação das hastes e as contas. .................................................... 60
FIGURA 111: Colocação das hastes e as contas. .................................................... 60
FIGURA 112: Colocação do papelão. ....................................................................... 60
FIGURA 113: Colocação da fita adesiva. .................................................................. 61
FIGURA 114: Representação da separação das ordens. ......................................... 61
FIGURA 115: Soroban finalizado. ............................................................................. 61
FIGURA 116: Materiais ............................................................................................. 62
FIGURA 117: Passando as linhas. ............................................................................ 62
FIGURA 118: Colocação dos emborrachados de EVA. ............................................ 63
FIGURA 119: Colocação dos emborrachados de EVA. ............................................ 63
FIGURA 120: Soroban finalizado. ............................................................................. 64
7
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................... 8
2 UM POUCO DE HISTÓRIA ...................................................................................... 9
3 ADAPTAÇÕES DO SOROBAN ............................................................................. 12
4 SOROBAN NO BRASIL ........................................................................................ 14
5 ADAPTAÇÕES DO SOROBAN PARA OS DEFICIENTES VISUAIS ................... 15
6 SOROBAN E A SUA APLICABILIDADE .............................................................. 17
6.1NOMENCLATURA ............................................................................................... 17
6.2. MANUSEIO DO SOROBAN ................................................................................ 17
6.3 REPRESENTAÇÃO DOS ALGARISMOS........................................................... 19
6.3.1Números de 0 a 9 ............................................................................................. 19
6.3.2 Representação dos números ....................................................................... 19
6.4 OPERAÇÕES COM NÚMEROS NATURAIS ...................................................... 21
6.4.1 Adição de números naturais ......................................................................... 21
6.4.2 Subtração de números naturais .................................................................... 30
6.4.3 Multiplicação de números naturais .............................................................. 37
6.4.4 Divisão de números naturais ........................................................................ 45
7 SUGESTÕES DE ATIVIDADES ............................................................................ 54
7.1 ATIVIDADE 1 ...................................................................................................... 55
7.2 ATIVIDADE 2 ...................................................................................................... 55
7.3 ATIVIDADE 3 ...................................................................................................... 56
7.4 ATIVIDADE 4 ...................................................................................................... 56
7.5 ATIVIDADE 5 ...................................................................................................... 57
8 CONSTRUÇÃO DO SOROBAN ............................................................................ 58
8.1 SOROBAN (1) ..................................................................................................... 62
8.2 SOROBAN COM CAIXA DE SAPATO (2) ........................................................... 62
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 65
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 66
ANEXO - SUGESTÕES DE PESQUISA SOROBAN ................................................ 69
8
1 APRESENTAÇÃO
A Matemática sempre foi, tanto por opinião dos alunos, como de professores,
uma matéria complexa de ser transmitida e mais ainda de ser compreendida.
Considerando que para quem possui todos os sentidos já é penoso de compreender
a lógica do raciocínio matemático, é ainda mais árduo para quem perdeu a visão, o
mais importante dos nossos sentidos.
A inclusão dos deficientes visuais nas salas de aulas é uma realidade nos
dias atuais, contudo a maioria das escolas não está preparada para receber tais
alunos principalmente para trabalhar os conteúdos de matemática com os mesmo.
Os professores enfrentam o problema de falta de materiais apropriados, além da
carência de cursos de capacitação nos quais possam ter contato com materiais de
apoio para o ensino da matemática. O Soroban, instrumento vindo do Japão,
utilizado para fazer contas em escolas, trabalhos em casas de família japonesas, e
posteriormente adaptadas pelo professor Joaquim Lima Moraes para o uso dos
deficientes visuais, é a proposta de material de apoio apresentado nesse trabalho.
Além de um ótimo estimulador da memorização, concentração e proporcionar
rapidez no raciocínio, o Soroban é uma possibilidade palpável para transmitir os
conhecimentos matemáticos. Depois de aprender seus fundamentos, a pessoa que
o utiliza passa a realizar operações matemática em questão de segundos. Também
é um material que é possível de ser confeccionado com materiais de baixo custo,
podendo ser feito pelos professores e até mesmo alunos em qualquer escola onde
estude ou não algum portador de necessidade especial.
Diante do difícil tarefa, que é ensinar matemática para deficientes visuais, os
professores necessitam de materiais pedagógicos alternativos, pois muitas vezes
não são preparados pela escola e nem capacitados para trabalhar com estes alunos.
Esse trabalho busca ajudá-los a respeito da inclusão dos alunos deficientes visuais
nas aulas de matemática, pois além de apresentamos aqui duas formas de
confecção do Soroban com materiais de baixo custo, descrevemos como é o
manuseio do soroban para realizar as operações matemáticas com o mesmo. Desta
forma, pretende-se preparar o professor para que posteriormente ele possa trabalhar
os conceitos matemáticos com seu aluno.
9
2 UM POUCO DE HISTÓRIA
Os povos antigos utilizavam as partes do corpo, principalmente os dedos da
mão, para fazer a contagem, surgimento assim a base decimal. Quando as
quantidades de contagem começaram a ficar maiores, perceberam que os dedos
não eram suficientes, criando assim, outras formas para representar, como pedras,
riscos no chão, ossos e madeiras.
FIGURA 01: Ilustração do modo de contar digital dos Sumérios. FONTE: Portofólio Reflexivo de Aprendizagem, 2011.
FIGURA 02: Objetos antigos , utilizados pelo homem pra fazer registros. FONTE: Ebah, 2011.
A partir do momento que o homem começou a viver em sociedade, passou a
desenvolver a pecuária, cultivar lavoura, praticar o escambo (trocas de mercadorias)
e fazer medições de terras, estas representações ficaram bem complexas e a
maneira antiga de representar não era mais adequada. Daí o surgimento de
instrumentos que pudessem retratar simplificadamente a contagem. Surge então o
ábaco, deriva do grego abax ou abakon, que significa “tabuleiro de areia”, onde
podiam fazer os seus cálculos matemáticos.
10
Com o passar do tempo essas bandejas de areia foram substituídas por
painéis de madeira com pedrinhas (em latim calculus), deslizando em entalhe que
representavam os números. Com o tempo, os povos perceberam que precisavam
criar ábacos com materiais mais resistentes e substituíram os materiais por mármore
e metal.
FIGURA 03: Abaco Romano. FONTE :Abacus Online Museum,2011.
O ábaco era usado pelos antigos egípcios, gregos, romanos, hindus e
pessoas de quase todo oriente. E segundo Davis (1992 apud PEIXOTO;
SANTANA;CAZORLA,2009, p.14) o ábaco era muito utilizado pelos ocidentais e foi
considerada a máquina de calcular.
De acordo com Imenes (2006, p.10), “o ábaco foi usado por muitas
civilizações antigas do Ocidente e do Oriente, existindo muitos tipos diferentes de
ábacos, porém em principio todos eles sejam equivalentes.”
No séc. VI d.C., o ábaco já era conhecido na China como Suan pan ou tábua
aritmética.
FIGURA 04: Suan pan. FONTE: Abacus Online Museum, 2011.
11
No século XVII o estudioso e pesquisador Kambei Moori (japonês), foi a China
conhecer um pouco sobre a cultura que era famosa pelo seu desenvolvimento
porém, como naquele momento a China estava passando por problemas políticos,
foi obrigado a voltar ao Japão. Conseguiu, apesar disso, pesquisar um pouco sobre
o aparelho de cálculo que usavam, o suan pan, e trouxe o instrumento de cálculo e
um manual. Chegando ao Japão, em 1622, Kambei Moori começou a estudar o
aparelho, chamado agora de soroban, e começou ensinar vários estudantes,
comerciantes, escolas, empresas e casas familiares tornando um instrumento
indispensável para fazer cálculos.
A educação nesta época era muito rígida e tinha como lema “ler, escrever e
contar”, daí a necessidade de realmente aprender o manuseio do Soroban. A
educação japonesa passou por muitas mudanças no setor educacional e
principalmente no final da 2ª Guerra Mundial (1939-1945), sob influência norte
americana, o soroban sofreu muitas críticas destrutiva e muitas vezes foram
deixadas de lado, enfatizando as vantagens da calculadora eletrônica.
Entretanto professores que acreditavam no benefício que o soroban trazia ao
desenvolvimento mental, na concentração, memorização e no processamento mais
rápido de informações, contestavam a sua não utilização. Assim, após unirem-se em
prol da causa com muito esforço e empenho, a partir de 1946, o Soroban foi
reconhecido como um material de muita importância, e considerado no setor
educacional a ponto de se tornar uma matéria obrigatória até os dias atuais. Todas
as crianças japonesas estudam seu uso dos 5 aos 8 anos.
FIGURA 05: Soroban japonês. FONTE: Abacus Online Museum, 2011.
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3 ADAPTAÇÕES DO SOROBAN
O suan pan, foi introduzido no Japão por Kambei Moori e tinha a seguinte forma:
- duas (2) contas na parte superior da haste;
- cinco (5) contas na parte inferior da haste;
- contas eram elípticas, separadas por uma barra horizontal.
FIGURA 06: Conta Elípitica. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
A primeira transformação ocorreu em 1868, na época dos samurais, apenas
na forma das contas, que eram elípticas e passaram a ser losangulares; A mudança
facilitava a movimentação e isso poupava tempo.
FIGURA 07: Conta Losangular. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
A segunda transformação foi na época do Imperador Meije (1967-1912), onde
houve a exclusão de uma das contas na parte superior de cada haste; Mudança que
ocorreu devido a adaptação do sistema decimal japonês.
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FIGURA 08: Transformação do ábaco japonês. FONTE: Japanese School House Soroban Abacus, Meiji, 2011.
A terceira e última mudança (1935 e 1940) foi a eliminação de uma conta
inferior de cada haste, pois percebeu-se que não havia necessidade de
representar o numeral dez (10), sendo necessário apenas nove ( 9). Assim nasceu
o Soroban moderno, utilizado até os dias atuais.
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4 SOROBAN NO BRASIL
O Soroban foi introduzido no Brasil, por imigrantes japoneses em 1908, para
suas atividades profissionais e uso próprio. Em 1953 o professor Fukutaro Kato,
publicou o 1º livro onde relatava sobre a arte de calcular “shuzan” - “Soroban pelo
Método Moderno”. Ele começou a divulgar, em 1956, o Soroban a grupos
interessados como filhos de japoneses, doutores em análises, economistas,
dentistas e inspetores escolares. Teve bastante dificuldade no começo, devido a
adaptação e assimilação do Soroban, mas com bastante determinação conseguiu
divulgá-lo a ponto de organizar cursos em São Paulo por ter vários adeptos.
Também fundou a associação Cultural Shuzan do Brasil (ACSB) com sede
em São Paulo, tendo como objetivo a realização de campeonatos anuais, divulgação
e apresentação em escolas, firmas comerciais; além de oferecer cursos aos
simpatizantes.
15
5 ADAPTAÇÕES DO SOROBAN PARA OS DEFICIENTES VISUAIS
O professor brasileiro, Joaquim Lima Moraes, foi a primeira pessoa a se
preocupar com o ensino de cálculos para deficientes visuais. Quando era jovem
adquiriu uma miopia progressiva, que o impediu de continuar seus estudos. Após 25
anos, em 1947, resolveu complementar seus estudos numa Associação de
alfabetização do Sistema em Braille. A Matemática era sua matéria favorita, e o
instrumento, até então, utilizado por alunos cegos e com baixa visão para fazer
cálculos era o cubarítimo. Porém, Moraes começou observar algumas dificuldades
ao realizar cálculos, pois as pecinhas eram pequenas e muitas vezes caíam no
chão, dificultando a ação de calcular, desanimando muitas vezes os que ali estavam
para aprender.
FIGURA 09: Cubarítimo. FONTE: INFORMAUSILI, 2011.
Então, Moraes buscou outros instrumentos que fossem mais ágeis e
acessíveis, e se tornasse prazeroso quanto a resolução de cálculos matemáticos.
Assim descobriu o soroban, ábaco japonês.
Logo nos primeiros contatos com o Soroban, Moraes já notou a dificuldade
que os deficientes visuais teriam ao manipular, pois com um toque dos dedos as
contas deslizavam pelas hastes e os cálculos não eram efetuados corretamente.
Logo, preocupou-se com a adaptação do soroban, e com a ajuda de dois japoneses
conseguiram chegar a solução; colocaram uma borracha compressora que permitia
empurrar as contas com mais segurança e autonomia e assim, os cálculos eram
efetuados corretamente.
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Atualmente o Prof. Moraes tem divulgado o uso do Soroban aos deficientes
visuais, como sendo uma alternativa didática, e escreveu um manual em braile
explicando a manipulação Soroban, com apoio da Fundação Dorina Nowill para
Cegos. As primeiras divulgações foram feitas na escola onde aprendeu o Sistema
Braille, e como os resultados foram satisfatórios, a escola convidou o professor a
ministrar a disciplina de matemática utilizando o Soroban para os alunos deficientes
visuais.
As divulgações não foram feitas apenas nas escolas próprias para o
tratamento de alunos cegos, foram além, no ensino regular e até mesmo em outros
países, sempre contando com o apoio da professora Dorina Nowill, que autorizou a
tradução de seu manual para o inglês.
Desde, o dia 10 de maio de 2006, o uso do Soroban, tem recebido apoio do
Ministério da Educação e Secretaria da Educação Especial (MEC/SEESP), como um
instrumento facilitador aos deficientes visuais no processo do ensino da Matemática
no ensino regular e também quando se submetem a qualquer exame que seja
necessário a execução de cálculos matemáticos.
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6 SOROBAN E SUA APLICABILIDADE
6.1NOMENCLATURA
FIGURA 10: Descrição do Soroban. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
1- Contas Superiores – valor 5 ( cinco);
2- Contas Inferiores- valor 1 ( um );
3- Haste onde deslizam as contas;
4- Ponto de referência indica a ordem das unidades de cada classe;
5- Barra horizontal divisória, separa as contas de valor 1 e 5;
6- Moldura pode ser de madeira ou plástico.
6.2 MANUSEIO DO SOROBAN
1º Utilizamos apenas dois dedos, o indicador e polegar da mão direita;
2º A mão esquerda dá o apoio para segurar o Soroban para que ele não deslize;
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3º Primeiro é preciso zerar o soroban, as contas inferiores e superiores devem estar
afastadas da barra horizontal (central);
FIGURA 11: Soroban. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
4º O polegar é utilizado para arrastar as contas inferiores, quando queremos
demonstrar os numerais 1, 2,3 e 4.
FIGURA 12: Utilizando o polegar. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
5º O indicador é utilizado para retirar as contas sejam elas superiores ou inferiores.
FIGURA 13: Utilizando o dedo indicador. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
6º O indicador e o polegar são usados ao mesmo tempo para representar os
numerais 6,7,8 e 9 pois são utilizadas as contas inferiores e superiores.
19
6.3 REPRESENTAÇÃO DOS ALGARISMOS
6.3.1 Números de 0 a 9
Na figura abaixo se tem a representação dos numerais de 0 a 9, para
simplificar estão todos em uma sequência.
FIGURA 14: Representação dos numerais de 0 a 9. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
É importante salientar que a classe das unidades é a primeira haste à direita
do soroban, e é o lugar onde as unidades devem ser representadas. Lembrando
também que como a última é a classe das unidades, a penúltima é das dezenas a
antepenúltima das centenas, e assim por diante. Ficará mais fácil a compreensão
após a visualização dos exemplos abaixo na seção 6.3.2.
6.3.2 Representação dos números
a) 45
FIGURA 15: Representação do número 45. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
20
b) 349
FIGURA 16: Representação do número 349. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
c) 2257
FIGURA 17: Representação do número 2257. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
d) 14776
FIGURA 18: Representação do número 14776. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
21
6.4 OPERAÇÕES COM NÚMEROS NATURAIS
6.4.1 Adição de números naturais
Exemplo 1: 2+7
a)
FIGURA 19: Adição. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
b)
FIGURA 20: Adição FONTE: Pesquisa própria, 2011.
c)
FIGURA 21: Adição FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Coloque no Soroban, na
haste das unidades, o
número 2.
Adicione 7 unidades
ao número 2.
O resultado está pronto!
O total é de 9 unidades.
22
Exemplo 2: 11+8
a)
FIGURA 22: Adição FONTE: Pesquisa própria, 2011.
b)
FIGURA 23: Adição FONTE: Pesquisa própria, 2011.
c)
FIGURA 24: Adição. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Coloque no Soroban
o número 11.
Adicione 8 unidades
ao número 11.
Você terá como
resultado o número
19.
23
Exemplo 3: 27+6
a)
FIGURA 25: Adição. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
b)
FIGURA 26: Adição. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
c)
FIGURA 27: Adição. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Coloque no Soroban
o número 27.
Você tem que
adicionar 6 unidades
a 27, porém na
haste das unidades
só existem 2 livres,
então adicione 1
dezena.
Quando adicionar 1 dezena,
você terá que retirar 4
unidades, pois 6= 10-4. Mas
para retirar as 4 unidades,
basta retirar 5 e adicionar 1
unidade.
24
d)
FIGURA 28: Adição. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Exemplo 4: 75+36
a)
FIGURA 29: Adição FONTE: Pesquisa própria, 2011.
b)
FIGURA 30: Adição FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Você terá como
resultado o número 33.
Coloque no Soroban o
número 75.
Você tem que adicionar 3
dezenas a 75, porém na haste
das dezenas só existem 2
livres, então adicione 1
centena e retire 7 dezenas,
pois 30= 100-70.
25
c)
FIGURA 31: Adição FONTE: Pesquisa própria, 2011.
d)
FIGURA 32: Adição FONTE: Pesquisa própria, 2011.
e)
FIGURA 33: Adição FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Você também deve
adicionar 6 unidades a
105, porém na haste das
unidades só existem 4
livres, então adicione 1
dezena.
Ao adicionar 1 dezena,
você terá que retirar 4
unidades, pois 6= 10-4. E
para retirar 4 unidades
basta retirar 5 e adicionar 1
unidade.
Assim irá obter como
resultado o número
111.
26
Exemplo 4: 75+36
a)
FIGURA 34: Adição. FONTE: Pesquisa própria, 2011. b)
FIGURA 35: Adição FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Observe que a ordem como se realiza a
adição (da esquerda para a direita ou da
direita para a esquerda) é indiferente, e
chegará ao mesmo resultado, desde que
se façam os devidos reagrupamentos.
Veja o exemplo 4 sendo operado da
direita para a esquerda!
Coloque no Soroban o
número 75.
Você tem que adicionar 6
unidades a 75, porém na
haste das unidades só
existem 4 livres, então
adicione 1 dezena.
27
c)
FIGURA 36: Adição FONTE: Pesquisa própria, 2011.
d)
FIGURA 37: Adição FONTE: Pesquisa própria, 2011.
e)
FIGURA 38: Adição FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Você tem que adicionar 3
dezenas a 81, porém na
haste das dezenas só existe
1 livre. Então adicione 1
centena e retire 7 dezenas,
pois 30= 100-7
Você terá como
resultado o número
111.
Logo, você terá que
retirar 4 unidades, pois
6 = 10 - 4. Porém na
haste das unidades só
existem 5, então retire
5 unidades e adicione
1 unidade.
28
Exemplo 5: 345+789
a)
FIGURA 39: Adição FONTE: Pesquisa própria, 2011.
b)
FIGURA 40: Adição FONTE: Pesquisa própria, 2011.
FIGURA 41: Adição
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Coloque no Soroban
o número 345.
Você tem que adicionar
7 centenas a 345, porém
na haste das centenas
só existem 6 livres,
então adicione 1 unidade
de milhar e retire 3
centenas, pois
700= 1000-300
Você também deve
adicionar 8 dezenas, porém
na haste das dezenas só
existem 5 livres, então
adicione 1 centena e retire
2 dezenas, pois
80= 100-20
29
c)
FIGURA 42: Adição FONTE: Pesquisa própria, 2011.
d)
FIGURA 43: Adição
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
e)
FIGURA 44: Adição FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Você terá como
resultado o número
1134.
Você ainda tem que
adicionar 9 unidades
a 1125, porém na
haste das unidades só
existem 4 livres, então
adicione 1 dezena.
Como você adicionou 1
dezena, terá que retirar
1 unidade, pois 9= 10-1.
Para isto basta retirar 5
e adicionar 4 unidades.
30
6.4.2 Subtração de números naturais
Exemplo 1: 8-3
a)
FIGURA 45: Subtração. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
b)
FIGURA 46: Subtração.
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
c)
FIGURA 47: Subtração. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Coloque no Soroban
o número 8.
Retire 3 unidades.
Seu resultado está
pronto! São 5
unidades.
31
Exemplo 2: 21-13
a)
FIGURA 48: Subtração.
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
b)
FIGURA 49: Subtração.
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
c)
FIGURA 50: Subtração. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Coloque no Soroban
o número 21.
Retire 1 dezena.
Você deve retirar 3
unidades, mas na
haste das unidades
só existe 1 livre, e
como não é possível
subtrair 3 de 1, retire
1 dezena.
32
d)
FIGURA 51: Subtração. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
e)
FIGURA 52: Subtração.
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Você terá como
resultado o número
8.
Ao retirar 1 dezena,
você deverá adicionar 7
unidades, pois
10-3 =7.
Agora observe o mesmo
exemplo da direita para a
esquerda.
33
Exemplo 2: 21-13
a)
FIGURA 53: Subtração.
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
b)
FIGURA 54: Subtração. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
c)
FIGURA 55: Subtração. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Coloque no Soroban
o número 21.
Você deve retirar 3
unidades, porem na haste
das unidades só existe 1
livre. E como não é
possível subtrair 3 de 1,
retire 1 dezena.
Ao retirar 1 dezena, você
deve adicionar 7
unidades, pois 10-3 =7
34
d)
FIGURA 56: Subtração. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
e)
FIGURA 57: Subtração. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Exemplo 3: 63-7
a)
FIGURA 58: Subtração. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Coloque no Soroban o
número 63.
Basta retirar 1
dezena.
Você terá como
resultado o número
8.
35
b)
FIGURA 59: Subtração. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
c)
FIGURA 60: Subtração. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
d)
FIGURA 61: Subtração.
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Você terá como
resultado o número
56.
Você deve retirar 7
unidades, porém na
haste das unidades só
existem 3 livres, e como
não se subtrai 7 de 3,
retire 1 dezena.
Ao retirar 1 dezena,
você deve adicionar 3
unidades, pois 10-7 =3.
E para somar 3
unidades, adicione 5 e
retire 2 unidades, pois
3= 5-2.
36
Exemplo 4: 156-27
a)
FIGURA 62: Subtração.
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
b)
FIGURA 63: Subtração. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
c)
FIGURA 64: Subtração.
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Coloque no Soroban o
número 156.
Você deve retirar 2
dezenas, e para isso
retire 5 dezenas e
adicione 3 dezenas,
pois 30= 50-20.
Falta subtrair 7
unidades, porém na
haste das unidades
só existem 6, e
como não é possível
subtrair 7 de 6,
retire 1 dezena.
37
d)
FIGURA 65: Subtração. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
e)
FIGURA 66: Subtração.
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
6.4.3 Multiplicação de números naturais
Você terá como
resultado o número
129.
Ao retirar 1 dezena, você
deverá adicionar 3 unidades,
pois 10-7 =3.
Para começar a multiplicar com o Soroban, é importante ter
conhecimento da tabuada, e saber que o processo utilizado
vai ser a decomposição. Ex: 52 x 3 = (3 x 50) + (3 x 2).
38
Exemplo 1: 32 x 3
FIGURA 67: Multiplicação
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
FIGURA 68: Multiplicação
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
FIGURA 69: Multiplicação
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Coloque no Soroban o multiplicador 3 e o
multiplicando 32 (sempre do lado esquerdo).
Decomponha: (3 x 30) + (3 x 2).
(3 x 30) - O primeiro resultado será 90,
coloque-o do lado direito do Soroban.
39
FIGURA 70: Multiplicação
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Exemplo 2: 24 x 13
Agora você deve multiplicar pela
unidade, o número 2. Adicione ao
90, o resultado 6.
Você terá como resultado
final o número 96.
Coloque no Soroban o multiplicador 13 e o multiplicando
24.Decomponha: (3 x 4) + (3 x 20) + (10 x 4) + (10 x 20)
40
FIGURA 71: Multiplicação
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
FIGURA 72: Multiplicação FONTE: Pesquisa própria, 2011.
FIGURA 73: Multiplicação
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Primeiro multiplique a unidade do
multiplicador pela unidade e dezena do
multiplicando. E vá acrescentando os
resultados em suas devidas ordens.
41
FIGURA 74: Multiplicação FONTE: Pesquisa própria, 2011.
FIGURA 75: Multiplicação
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Agora multiplique a dezena do multiplicador pela
unidade e dezena do multiplicando. E vá
acrescentando os resultados nas suas devidas
ordens.
Ao adicionar 4 dezenas, lembre-se que
você terá que adicionar 1 centena e retirar
6 dezenas (4 = 10-6), pois a haste das
dezenas só possuía 2 livres.
Seu resultado já está pronto! É o
número 312.
42
FIGURA 76: Multiplicação
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Exemplo 3: 651 x 23
FIGURA 77: Multiplicação
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
FIGURA 78: Multiplicação FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Coloque no Soroban o multiplicador 23 e o multiplicando 651.
Decomponha: (3 x 1) + (3 x 50) + (3 x 600) + (20 x 1) + (20 x 50) +
(20 x 600)
Primeiro multiplique a unidade do multiplicador pela
unidade, dezena e centena do multiplicando. E vá
acrescentando os resultados nas suas devidas
ordens.
43
FIGURA 79: Multiplicação FONTE: Pesquisa própria, 2011.
FIGURA 80: Multiplicação
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
FIGURA 81: Multiplicação FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Agora multiplique a dezena do
multiplicador pela unidade, dezena e
centena do multiplicando. E vá
acrescentando os resultados nas suas
devidas ordens.
44
FIGURA 82: Multiplicação
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
FIGURA 83: Multiplicação
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
FIGURA 84: Multiplicação FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Você chegará ao resultado final,
que é 14973.
45
6.4.4 Divisão de números naturais
Exemplo 1: 124 / 5
FIGURA 85: Divisão FONTE: Pesquisa própria, 2011.
FIGURA 86: Divisão
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Na divisão é importante compreender o
processo, e não fazer mecanicamente.
Coloque no Soroban o dividendo e o
divisor (sempre do lado esquerdo), e
depois o quociente será registrado do
lado direito. Caso a divisão tenha resto,
ficará no lugar do dividendo.
Como não é possível dividir 1 centena por 5
unidades, e obter centena, divide-se 12
dezenas por 5 unidades, que dará 2 dezenas.
Registre do lado direito do Soroban.
46
FIGURA 87: Divisão
FONTE: Pesquisa própria, 2011. .
FIGURA 88: Divisão
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
FIGURA 89: Divisão
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Agora multiplique 2 dezenas por 5
unidades (20X 5), chegando no resultado
10 dezenas (100) e subtrair do dividendo,
sobrando apenas 24 unidades.
Depois divida 24 unidades por 5 unidades, que resultará
4 unidades, que será registrada ao lado direito.
47
FIGURA 90: Divisão FONTE: Pesquisa própria, 2011.
FIGURA 91: Divisão
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Exemplo 2: 832/32
Multiplique 4 unidades por 5 unidades,
dando um total de 20 unidades. Depois
subtraia do dividendo sobrando um
resto de 4.
Coloque no Soroban o dividendo e o
divisor (sempre do lado esquerdo).
O resultado da sua divisão é 24, com
um resto de 4 unidades.
48
FIGURA 92: Divisão
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
FIGURA 93: Divisão
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
FIGURA 94: Divisão FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Como não dá para dividir 8 centenas por
32 unidades e obter centena, divida 83
dezenas por 32 unidades, e obterá o
resultado de 2 dezenas.
Agora multiplique 2 dezenas por duas
unidades (20 x 2), que dará 40 unidades, e
subtraia esse valor do dividendo.
49
FIGURA 95: Divisão FONTE: Pesquisa própria, 2011.
FIGURA 96: Divisão
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Como não existem 4 dezenas livres na haste
das dezenas, tire 1 centena e acrescente 6
dezenas, pois 40 = 100-60
Depois multiplique 2 dezenas por 3 dezenas
(20 x 30), que dará 600, e subtrair esse
valor do dividendo.
Divida 192 unidades por 32 unidades,
chegando ao resultado de 6 unidades.
50
FIGURA 97: Divisão
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
FIGURA 98: Divisão FONTE: Pesquisa própria, 2011.
FIGURA 99: Divisão FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Multiplique as 6 unidades por 2 unidades, e
subtraia o seu resultado, 12 unidades, do
dividendo.
Para finalizar multiplique 6 unidades por 3 dezenas
(6 x 30) e subtraia o resultado, 180 unidades, do
dividendo.
51
Exemplo 3: 5742/87
FIGURA 100: Divisão
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
FIGURA 101: Divisão FONTE: Pesquisa própria, 2011.
O resultado da sua divisão será 26 e não
sobrará resto.
Coloque no Soroban o dividendo e o divisor
(sempre do lado esquerdo).
Como 5 unidades de milhar não dá para dividir por 87
unidades e dar unidade de milhar, e 57 centenas
também não dá para dividir por 87 unidades e dar
centena, divida 574 dezenas por 87 unidades, que
será igual a 6 dezenas.
52
FIGURA 102: Divisão FONTE: Pesquisa própria, 2011.
FIGURA 103: Divisão FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Agora multiplique 6 dezenas por 7 unidades
(60 x 7) e subtraia o resultado, 420 unidades,
do dividendo.
Como não possui na haste das centenas 4 centenas
disponíveis, retire 5 centenas e adicione 1 centena, pois
400 = 500 – 100, retire o resto do resultado da haste das
dezenas.Depois multiplique 6 dezenas por 8 dezenas e
subtraia o resultado, 4800 unidades, do dividendo.
Como não possui na haste das unidades de milhar, 4 disponíveis,
retire 5 unidades de milhar e acrescente 1 unidade de milhar, pois
4000 = 5000 – 1000. Como na haste das centenas também não
possui 8 centenas livres, retire uma unidade de milhar. Porém
você ainda deve acrescentar 2 centenas, pois 1000 = 800 + 200, e
como não possui 2 centenas livres na casa das centenas,
acrescente 5 centenas e diminua 3 centenas, pois 200 = 500 –
300.
53
FIGURA 104: Divisão FONTE: Pesquisa própria, 2011. .
FIGURA 105: Divisão
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
FIGURA 106: Divisão FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Divida 522 unidades por 87
unidades, resultando 6 unidades.
Agora multiplique 6 unidades por 7
unidades (6 x 7), e diminua o
resultado, 42, do dividendo.
54
FIGURA 107: Divisão FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Como na haste das dezenas não possui 4
disponíveis, retire uma centena e acrescente 6
dezenas, pois 40 = 100 – 60. Porém na haste das
centenas não possui apenas 1 livre, então retire 5
centenas e acrescente 4 centenas, pois 100 = 500 –
400. Retire também duas unidades.
Agora multiplique 6 unidades por 8 dezenas, e retire
o resultado, 480, do dividendo.
O resultado da divisão é 66 e não sobrará
resto.
55
7 SUGESTÕES DE ATIVIDADES
Será apresentado a seguir sugestões de atividades que possam ser aplicadas
para melhor compreensão e manipulação do Soroban. O importante é desenvolver
a capacidade de abstração e aos poucos consigam resolver qualquer operações
sem o uso do instrumento..
7.1 ATIVIDADE 1
Objetivo Geral:
Compreender e representar as quantidades no Soroban.
Objetivo Específico:
Compreender o valor posicional dos números e registrar corretamente os
valores que estão posicionadas de acordo com cada haste.
Represente os valores abaixo no seu soroban:
a) 245 b) 27 c)1452 d) 25.697 e) 132.698
7.2 ATIVIDADE 2
Objetivo Geral:
Compreender corretamente o algorítimo da adição de números naturais.
Objetivo Específico:
Calcular o algorítmo da adição e desenvolver o cálculo mental.
56
Com o uso do Soroban , faça as seguintes adições :
a) 25+ 9 = b) 32+ 43= c) 256+628= d)1326+7489
e) 8 + 35= f) 24+77 g) 536+645= h) 4365+1498
7.3 ATIVIDADE 3
Objetivo Geral:
Compreender corretamente o algorítimo da subtração de números naturais.
Objetivo Específico:
Calcular o algorítmo da subtração de acordo com a grau de dificuldade e
desenvolvendo o raciocínio lógico.
Com o uso do Soroban , faça as seguintes subtrações:
a) 25- 8 = b) 57- 48= c) 756-128= d)832- 489
e) 901 -375 = f) 124-77 g) 45.536- 7 645=
7.4 ATIVIDADE 4
Objetivo Geral:
Compreender corretamente o algorítimo da multiplicação de números
naturais.
Objetivo Específico:
57
Calcular o algorítmo da multiplicação de acordo com a grau de dificuldade e
desenvolvendo o raciocínio lógico.
Com o uso do Soroban , faça as seguintes multiplicações:
a)12 x 3 = b) 57 x 8 = c) 756 x 9 = d) 8489 x 5=
e) 7 4 x45 = f) 34x 12= g) 345 x 56 = h) 123x35 =
7.5 ATIVIDADE 5
Objetivo Geral:
Compreender corretamente o algorítimos da divisão de números naturais.
Objetivo Específico:
Calcular o algorítmo da divisão de acordo com a grau de dificuldade e
desenvolvendo o raciocínio lógico.
Com o uso do Soroban , faça as seguintes divisões:
a) 96 / 3 = b) 59 / 8 = c) 776 / 5 = d) 1489 / 7=
e) 7 54 / 45 = f) 343 / 12= g) 7345 / 46 = h) 5123 / 25 =
58
8 CONSTRUÇÃO DO SOROBAN
Considerando que as aquisições de soroban por parte das escolas dependem
de licitações e algumas burocracias para aquisição de material, apresentamos aqui
duas formas de construção do soroban com materiais de baixo custo e acessível a
todos os professores e alunos. Esta atividade também proporciona uma socialização
entre os colegas.
8.1 SOROBAN (1)
Foi criado pelo professor Edson Nunes do Amaral, Bacharel em Sistema de
Informação, no estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de auxiliar o ensino da
Matemática aos deficientes visuais e por ser de baixo custo.
Atividade I: Construção de um Soroban
Objetivo: Propor as pessoas que queiram utilizar o soroban, para auxiliar nas
atividades que envolvem cálculos, e não possuem recursos suficientes para adquiri-
los, que construam o seu próprio Soroban.
Materiais:
- Pasta de arquivo polionda;
- Emborrachado de Eva;
- Contas de 5mm para o soroban ( lojas de bijuterias);
- Para haste, cotonetes ou arames;
- Miçangas pequenas (lojas de bijuterias);
- Papelão;
- Agulha e linha de costurar;
- Fita crepe e fita adesiva larga.
- Tesoura ou estilete
59
FIGURA 108: Materiais para construção do Soroban. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Moldura
1º Passo: Pegue a pasta polionda e faça uma moldura retangular com as medidas:
22 cm x 7cm.
2º Passo: Depois recorte a abertura interna com as medidas que aparecem abaixo:
FIGURA 109: Medidas para construção da moldura.
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
3º Passo: as hastes são feitas de arame ou cotonete de 7 cm. Para este tamanho
de moldura;
4º Passo: coloque as 21 hastes nos orifícios da pasta de polionda e depois as
contas na parte superior, 1 em cada haste;
60
FIGURA 110: Colocação das hastes e as contas.
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
5º Passo: coloque 4 contas na parte inferior em cada haste e finalize está parte do
soroban;
FIGURA 111: Colocação das hastes e as contas. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
6º Passo: coloque o emborrachado E.V.A. e a base de papelão.
FIGURA 112: Colocação do papelão. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
7º Passo: Com um pedaço de fita crepe fixe o EVA e o papelão e depois faça o
acabamento com a fita adesiva .
61
FIGURA 113: Colocação da fita adesiva.
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
8º Passo: Com a ajuda de linha e agulha coloque as miçangas, de três em três
hastes, para indicar a separação das ordens (milhar, milhão, etc.), e cada haste
representará uma classe, como unidade, dezena, centena, e assim por diante.
Essas miçangas são importantes, pois serão pontos de referencia do Soroban.
FIGURA 114: Representação da separação das ordens. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
9º Passo: Está pronto seu Soroban. Use a sua criatividade, mudando as cores das
contas, do EVA e da pasta polionda.
FIGURA 115: Soroban finalizado.
FONTE: Pesquisa própria, 2011.
62
8.2 SOROBAN COM CAIXA DE SAPATO (2)
Materiais:
- Caixa de sapato;
- Círculos feitos com Emborrachado de Eva;
- barbante ou linha de pescar (grossa).
FIGURA 116: Materiais FONTE: Pesquisa própria, 2011.
1º Passo: Pegue a caixa de sapato para fazer a moldura. A caixa que aparece na
figura, tem as medidas 28 x17x 6,5 (Comprimento x largura e altura).
2º Passo: Corte 50 círculos de EVA, depois faça um furo no meio de todos, onde
será passado o fio. O círculo que aparece na figura 2, tem 3 cm de diâmetro.
3º Passo: Na caixa foram feitos 10 furos na lateral, com a distância de 2,5 cm entre
eles, como aparece na figura 4, para passar o fio, faça isso também no outro lado.
FIGURA 117: Passando as linhas. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
63
4º Passo: Passe os fio de uma lateral para outra e em cada fio coloque 5 círculos.
Como aparece na figura 5.
FIGURA 118: Colocação dos emborrachados de EVA. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
Obs.: É importante lembrar que o fio deve ser inteiro, para fazer até o acabamento
final.
5º Passo: Depois separe os círculos, fazendo com que fiquem 4 para um lado e 1
para o outro. Finalmente passe um fio na horizontal, que será a barra central.
FIGURA 119: Colocação dos emborrachados de EVA. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
7º Passo: Está pronto seu Soroban. Mude as cores dos círculos e da caixa, depois é
só praticar!
64
FIGURA 120: Soroban finalizado. FONTE: Pesquisa própria, 2011.
65
9 Considerações Finais
No intuito de promover a todos os envolvidos, no ensino e na formação
matemática dos deficientes visuais, foi elaborado esta Unidade Didática, para que
este seja fonte de informação e suporte, pesquisa e apoio, na tentativa de nortear o
ensino e a inclusão dos deficientes visuais ao mundo da exatidão mágica da
Matemática.
Esta unidade didática é apenas uma sugestão de uma metodologia aplicada
aos deficientes visuais, existem várias, mas o Soroban em particular é um recurso
que fará com que este aluno tenha um ótimo desempenho em sala de aula.
66
REFERÊNCIAS ABACO Romano. Disponível em: <http://www.tertisco-alexandru.com/abacus_project.html>. Acesso em: 03 jul. 2011. AZEVEDO, Orlando César Siade de. Operações matemáticas com o soroban (ábaco japonês). Disponível em: <http//: http://www.ucb.br/sites/100/103/TCC/22006/OrlandoCesarSiadedeAzevedo.pdf>. Acesso em: 03 jul. 2011. BRANDÃO,Jorge.Vivenciando a matemática.São Paulo:Scortecci,2009. ______.Matemática e deficiência visual.São Paulo:Scortecci,2006. BRASIL,Ministério da educação.Diretrizes nacionais para educação especial na educação básica/Secretaria de Educação Especial-MEC;SEESP,2001.Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/diretrizes.pdf>. Acesso em: 30 out. 2010. BRASIL.Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394/96. Brasília, 1996. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/leis/lein9394.pdfhttp>. Acesso em: 20 ago. 2010. CAIADO, Katia Regina Moreno. Aluno deficiente visual na escola: lembranças e depoimentos. 2 ed. Campinas,SP: PUC, 2006. CUBARÍTIMO. Disponível em:<http://www.emedea.it/informausili/contents/servizi/ausili/comunicazione/ produzione.php>. Acesso em: 03 jul. 2011. FERNANDES, Cleonice Terezinha. et al. A construção do conceito de número e do pré – soroban. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2006. ILUSTRAÇÃO do modo de contar digital dos Sumérios. Disponível em:< http://www.portofolio.netau.net/?page_id=35 >.Acesso em: 03 jul. 2011.
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IMENES,L.M. A numeração indo-arábica.São Paulo:Scipione,2006.48p. MASI, Ivete de. Deficiente visual educação e reabilitação. Programa Nacional de Apoio à Educação de Deficientes Visuais. Ministério da Educação Secretaria de Educação Especial. Formação do professor. Brasília, DF, 2002. OBJETOS antigos , utilizados pelo homem pra fazer registros. Disponível em:< http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAxfAAF/livro-didatico-publico-matematica>.Acesso em: 03 jul. 2011. PARÂMETROS Curriculares Nacionais: Adaptações Curriculares / Secretaria de Educação Fundamental .Secretaria de Educação Especial. - Brasília : MEC / SEF/SEESP,1998.Disponívelem:<http://www.educacaoonline.pro.br.parâmetros-curriculares-nacionais-adaptacoes-curriculare> Acesso em:17 nov.2010 PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Matemática para Educação Básica. Curitiba: SEED, 2008. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para construção de um currículo Inclusivo .Curitiba: SEED,2006 Disponível em: <http://www.nre.seed.pr.gov.br/londrina/arquivos/File/dce_ed_especial(1)>. Acesso em: 03 out. 2010. PEIXOTO, Jurema Lindote Botelho. SANTAN, Eurivalda Ribeiro dos Santos. CAZORLA, Irene Maurício. Soroban: uma ferramenta para compreensão das quatro operações. Itabuna: Via Literarum, 2009. SÁ, Elisabet Dias. CAMPOS, Izilda Maria de. SILVA, Myrian Beatriz Campolina. Atendimento Educacional Especializado: deficiente visual. Brasília, DF: SEESP, SEED, MEC, 2007. SOROBAN japonês. Disponível em: <http://www.hh.schule.de/metalltechnikdidaktik/museum/abakus/japan/ jap.htm>. Acesso em: 03 jul. 2011. SOUZA, Roberta Nara Sodré de. Soroban – uma ferramenta para ajudar a pensar, contribuindo na inclusão de alunos portadores de necessidades visuais. In: VIII Encontro Nacional de Educação Matemática, 2004 Recife. Anais eletrônicos ...Recife: Universidade Federal de Pernambuco, 2004. Disponível em: http://www.sbem.com.br/files/viii/pdf/03/MC84642289968.pdf. Acesso em: 10 maio 2011.
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SUAN pan. Disponível em: <http://www.syssrc.com/html/museum/html/abacus.html>. Acesso em: 03 jul. 2011. TEJÓN, Fernando. Soroban: manual par o uso do ábaco japonês. Ponferrada: Krayono, 2007. TRANSFORMAÇÃO do ábaco japonês. Disponível em: <http://jcollector.wordpress.com/2010/07/06/283/>. Acesso em: 03 jul. 2011.
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ANEXO – SUGESTÕES DE PESQUISA
Videos
http://www.youtube.com/watch?v=-5kdRMByzWc&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=wWRVhbJMk_w&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=s5G6hfBIxwo&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=-lCapHSl9MI&feature=related
Textos
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/pre_soroban.pdf
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/pre_soroban.pdf
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2509-6.pdf
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/modules/noticias/article.php
?storyid=880
http://escolaheisei.g12.br/portal/cursos/ensino-fundamental/
http://www.projetospedagogicosdinamicos.com/soroban.htm