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Faculdade de Tecnologia SENAI Belo Horizonte Pós-graduação: Gestão em Processos Metalúrgicos Prof.: William Xavier d’Alcântara NÚCLEO DE COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS TECNOLOGIA DA USINAGEM

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Faculdade de Tecnologia SENAI Belo Horizonte Pós-graduação: Gestão em Processos Metalúrgicos. NÚCLEO DE COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS TECNOLOGIA DA USINAGEM. Prof.: William Xavier d’Alcântara. MOVIMENTOS NO PROCESSO DE USINAGEM A) Movimentos que causam diretamente a saída do cavaco: - PowerPoint PPT Presentation

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Faculdade de Tecnologia SENAI Belo Horizonte

Pós-graduação: Gestão em Processos Metalúrgicos

Prof.: William Xavier d’Alcântara

NÚCLEO DE COMPETÊNCIAS ESPECÍFICASTECNOLOGIA DA USINAGEM

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GRANDEZAS FÍSICAS NO PROCESSO DE CORTE

MOVIMENTOS NO PROCESSO DE USINAGEMA) Movimentos que causam diretamente a saída do

cavaco:• Movimento de corte: movimento entre a peça e a

ferramenta, no qual sem o movimento de avanço, origina uma única retirada do cavaco;

• Movimento de avanço: movimento entre a peça e a ferramenta que juntamente com movimento de corte origina a retirada contínua de cavaco;

• Movimento efetivo: movimento resultante dos movimentos de corte e avanço realizado ao mesmo tempo.

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Direção dos movimentos de corte, de avanço e efetivo, no torneamento

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B) Movimentos que não tomam parte direta na formação do cavaco:

• Movimento de aproximação;

• Movimento de ajuste;

• Movimento de correção;

• Movimento de recuo.

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DIREÇÃO DOS MOVIMENTOS

• Direção de corte: direção instantânea do movimento de corte:

• Direção de avanço: direção instantânea do movimento de avanço;

• Direção efetiva do movimento de corte;

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Direção dos movimentos de corte, de avanço e efetivo no fresamento discordante

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PERCURSO DA FERRAMENTA

Deve-se distinguir o percurso de corte, o percurso de avanço e o percurso efetivo de corte.

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Percurso de corte (lc) - É o espaço percorrido sobre a peça pelo ponto de referência da aresta cortante, segundo a direção de corte;

Percurso de avanço (lf) - é o espaço percorrido pela ferramenta, segundo a direção de avanço.

Percurso efetivo de corte (Ie) - é o espaço percorrido pelo ponto de referência da aresta cortante, segundo a direção efetiva de corte

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Fresamento tangencial com fresa cilíndrica. Percurso de corte lc, percurso efetivo de corte Ie; percurso de avanço lf (Os dentes 1 e 2 mostram o movimento da fresa).

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VELOCIDADES

Velocidade de corte (vc) - é a velocidade instantânea do ponto de referência da aresta cortante, segundo a direção a sentido de corte. Velocidade de avanço (vf) - é a velocidade instantânea da ferramenta segundo a direção e sentido de avanço.Velocidade efetiva de corte (ve) - é a velocidade instantânea do ponto de referência da aresta cortante, segundo a direção efetiva de corte.

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Avanço (f) - é o percurso de avanço em cada volta ou em cada curso.Profundidade ou largura de corte (ap) - é a profundidade ou largura de penetração da aresta principal de corte, medida numa direção perpendicular ao plano de trabalho.Espessura de penetração (e) - é de importância predominante no fresamento e na retificação. É a espessura de corte em cada curso ou revolução, medida no plano de trabalho numa direção perpendicular à direção de avanço.

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Fresamento tangencial. Largura de corte ap; espessura de penetração e

Fresamento frontal. Profundidade de corte ap; espessura de penetração e.

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Aplainamento. Profundidade de corte ap; avanço f=fc.

Retificação frontal. Profundidade de corte ap; espessura de penetração e.

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Brochamento

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Retificação plana tangencial. Largura de corte ap; espessura de penetração e. Furação. Largura de corte ap=d/2.

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CONSIDERAÇÕES SOBRE A Vc

• Os valores da Vc são encontradas em tabelas fornecidas pelos fabricantes de ferramentas de corte;

• Os valores de rpm e gpm são ajustados nas máquinas-ferramentas antes do início da usinagem. Em máquinas CNC os valores da Vc tem variação contínua;

• A Vc é parâmetro de corte mais influente na vida das ferramentas.

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Fatores que influenciam na Vc

• Tipo de material da ferramenta;

• Tipo de material a ser usinado;

• Condições de refrigeração;

• Condições da máquina-ferramenta

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CONSIDERAÇÕES SOBRE O AVANÇO (f) :

• É o parâmetro mais influente na qualidade do acabamento superficial da peça;

• Para ferramentas multicortantes (fresas), distingui-se o avanço por dente fz e o valor de f (f = fz .z; onde z= número de dentes);

• Os valores de “f” ou “fz” são fornecidos pelos catálogos de fabricantes de ferramenta de corte;

• Geralmente: Vf <<< Vc, somente nos processos de roscamento Vf assume valores razoáveis.

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PLANOS EM UMA FERRAMENTA DE CORTE

Plano de Referência (Pr): passa pelo ponto de corte escolhido e é perpendicular à direção de corte. No torneamento este plano é paralelo ao plano de apoio da ferramenta;• Plano de Trabalho (Pf): passa pelo ponto de corte contém as direções de avanço e de corte;• Plano de Corte:

*Principal (Ps): passa pelo ponto de corte escolhido, é tangente à aresta principal de corte e perpendicular ao plano de referência da ferramenta;

*Secundário (Ps'): Plano que passando pelo ponto de corte escolhido, é tangente à aresta secundária de corte e perpendicular ao plano de referência da ferramenta.• Plano Ortogonal (ou Plano de Medida) (Po): Plano que passando pelo ponto de referência da aresta de corte é perpendicular aos planos de referência e ao plano de corte da ferramenta;

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Planos do Sistema de Referência da Ferramenta

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GEOMETRIA DAS FERRAMENTAS DE CORTE

A geometria da ferramenta de corte exerce influência, juntamente com outros fatores, a usinagem dos metais. É necessário, portanto, definir a ferramenta através dos ângulos da “cunha” para cortar o material.

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Princípio da Cunha Cortante

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Somente o ângulo de cunha não garante que o material seja cortado com sucesso, outros ângulos também assumem papel importante e estão relacionados com a posição da ferramenta em relação a peça. Eles são os ângulos de folga(α), e de saída(γ).

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Definição da geometria de corte no fresamento tangencial

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κ = ( capa ) Ângulo de posiçãoε = ( epsolon) Ângulo de pontaα = ( alfa) Ângulo de folgaβ = (beta) Ângulo da cunhaγ = (gama) Ângulo de saída

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Cunha de corte

É a cunha formada pelas superfícies de saída e de folga da ferramenta.

Através do movimento relativo entre peça e ferramenta, formam-se os cavacos sobre a cunha de corte.

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Superfície de Saída (Aγ): é a superfície da cunha de corte sobre o qual o cavaco desliza.

Superfície de folga (Aα): é a superfície da cunha de corte, que determina a folga entre a

ferramenta e a superfície de usinagem. Distinguem-se a superfície principal de folga Aα e a superfície secundária de folga Aα’.

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Torneamento. Superfície principal e lateral de corte

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Arestas de corte: são as arestas da cunha de corte formadas pelas superfícies de saída e de folga. Deve-se distinguir a aresta principal de corte S e a aresta secundária de corte S’.Ponta de corte: parte da cunha de corte onde se encontram a aresta principal e a arestasecundária de corte.Ponto de corte escolhido: ponto destinado à determinação dos planos e ângulos da cunha de corte, ou seja, as definições se referem a um ponto da ferramenta, dito ponto de corte escolhido ou “Ponto de Referência”.

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Ângulo de saída (γ): ângulo entre a superfície de saída e o plano de referência da ferramenta. • Influi decisivamente na força e na potência necessária ao corte, no acabamento superficial e no calor gerado;• Quanto maior for o ângulo γ menor será o trabalho de dobramento do cavaco;• O ângulo γ depende principalmente de :- Resistência do material da ferramenta e da peça a usinar;- quantidade de calor gerado pelo corte;- velocidade de avanço.

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• O ângulo γ negativo é muito usado para corte de materiais de difícil usinabilidade e em cortes interrompidos, com o inconveniente da necessidade de maior força de e potências de usinagem e maior calor gerado pela ferramenta, geralmente o ângulo γ está entre –10° e 30°.

• O ângulo de saída pode ser positivo, nulo ou negativo.

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Ângulo de saída (γ) para uma ferramenta de torno

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O ângulo γ deve ser:

⇒ Maior para materiais que oferecem pouca resistência ao corte. Se γ (ângulo de saída) aumenta, o β (ângulo de cunha da ferramenta) diminui;

⇒ Menor (e as vezes até negativo) para materiais mais duros e com irregularidades na superfície. Se o ângulo γ diminui, o β (ângulo de cunha da ferramenta) aumenta;

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Ângulo de cunha da ferramenta (β)

Ângulo formado entre a superfície da saída e a de folga

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Ângulo de folga (α): ângulo entre a superfície de folga e o plano de corte (Ps - plano que contém a aresta de corte e é perpendicular ao plano de referência, veja a Figura 3.8 ). O α (ângulo de folga) possui as seguintes funções e características:

⇒ Evitar o atrito entre a peça e a superfície de folga da ferramenta;

⇒ Se α é pequeno ( o ângulo β aumenta): a cunha não penetra convenientemente no material, a ferramenta perde o corte rapidamente, há grande geração de calor que prejudica o acabamento superficial;

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⇒ Se α é grande (o ângulo β diminui) : a cunha da ferramenta perde resistência, podendo soltar pequenas lascas ou quebrar;

⇒ α depende principalmente da resistência do material da ferramenta e da peça a usinar.

⇒ Geralmente o ângulo α esta entre 2° e 14°.

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Ângulos de folga (α), de cunha (β) e de saída (γ)

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Ângulos de folga (α), de cunha (β) e de saída (γ) na fresa

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ÂNGULOS MEDIDOS NO PLANO DE REFERÊNCIA (Pr)

Ângulo de posição ( χ ): ângulo entre o plano de corte (Ps) e o plano de trabalho (Pf). O ângulo de posição possui as seguintes funções e características:

⇒ Influi na direção de saída do cavaco; ⇒ Se χ diminui, o ângulo de ponta (ε) aumenta,

aumentando a resistência da ferramenta e a capacidade de dissipação de calor;

⇒ O controle de χ reduz as vibrações, uma vez que as forças de corte estão relacionadas com este ângulo. Geralmente o ângulo χ está entre 30° e 90°;

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Ângulo de ponta (ε): ângulo entre os planos principal de corte (Ps) e o secundário (P’s);

Ângulo de posição secundária (χ’): ângulo entre o plano secundário de corte (P’s) e o plano de trabalho.

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Ângulos medidos no plano de referência (Pr) χ, χ’ e ε.

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ÂNGULOS MEDIDOS NO PLANO DE CORTE (Ps)

Ângulo de inclinação (λ): ângulo entre a aresta de corte e o plano de referência. Funções do ângulo “λ”:

⇒ controlar a direção de saída do cavaco;

⇒ proteger a quina da ferramenta contra impactos;

⇒ atenuar vibrações;

⇒ geralmente λ (ângulo de inclinação) tem um valor de –4° a 4°.

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Quando a ponta da ferramenta for:

* mais baixa em relação a aresta de corte λ será ⇒positivo (usado nos trabalhos em desbaste

nos cortes interrompidos nos materiais duros)

*mais alta em relação a aresta de corte λ será ⇒negativo (usado na usinagem de materiais macios, de baixa dureza);

*da mesma altura da aresta de corte λ será nulo ⇒(usado na usinagem de materiais duros, exige menor potência no corte).

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Ângulo de inclinação “λ”

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ESTUDO DOS CAVACOS

• Cavaco é o material removido do tarugo (Billet) durante o processo de usinagem, cujo objetivo é obter uma peça com forma e/ou dimensões e/ou acabamento definidas.

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Etapas de mecanismo de formação de cavaco

1 - Recalque, devido a penetração da ferramenta na peça;

2 - O material recalcado sofre deformação plástica, que aumenta progressivamente, até que tensões cisalhantes se tornem suficientemente grandes para que o deslizamento comece;

3 - Ruptura parcial ou completa, na região de cisalhamento, dando origem aos diversos tipos de cavacos;

4 - Movimento sobre a superfície de saída da ferramenta.

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Tipos de cavacos

• Cisalhado (segmentado);

• De ruptura (descontínuo);

• Contínuo;

• Cavaco contínuo com aresta postiça de corte (APC)

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Tipos de cavaco

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Mecanismo de Formação do Cavaco

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CAVACO CONTÍNUO

• Mecanismo de Formação: O cavaco é formado continuamente, devido a ductilidade do material e a alta velocidade de corte;

• Acabamento Superficial: Como a força de corte varia muito pouco devido a contínua formação do cavaco, a qualidade superficial é muita boa.

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CAVACO CISALHADO

• Mecanismo de Formação: O material fissura no ponto mais solicitado. Ocorre ruptura parcial ou total do cavaco. A soldagem dos diversos pedaços (de cavaco) é devida a alta pressão e temperatura desenvolvida na região. O que difere um cavaco cisalhado de um contínuo (aparentemente), é que somente o primeiro apresenta um serilhado nas bordas.

• Acabamento Superficial: A qualidade superficial é inferior a obtida com cavaco contínuo, devido a variação da força de corte. Tal força cresce com a formação do cavaco e diminui bruscamente com sua ruptura, gerando fortes vibrações que resultamn uma superfície com ondulações.

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CAVACO DE RUPTURA (ARRANCADO)

• Mecanismo de Formação: Este cavaco é produzido na usinagem de materiais frágeis como o ferro fundido, bronze duro e latão. O cavaco rompe em pequenos segmentos devido a presença de grafita (FoFo), produzindo uma descontinuidade na microestrutura.

• Acabamento Superficial: Devido a descontinuidade na microestrutura produzida pela grafita ( no caso do FoFo), o cavaco rompe em forma de concha gerando uma superfície com qualidade superficial inferior.

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Quanto à forma, os cavacos são classificados como:

• Em fita;

• Helicoidal;

• Espiral;

• Em lasca ou pedaços.

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Formas de cavacos produzidos na usinagem dos metais

a) Em fita;b) Helicoidal;c) Espiral;d) Em lasca ou pedaços

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Cavaco contínuo

a) Em fita b)transição c) Cisalhado

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Cavacos arrancados

Figuras d e e mostram cavacos arrancados, em pedaços, obtidos na usinagem de ferro fundido.

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Classificação segundo a norma ISO 3685

fragmentado

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Efeitos indesejáveis dos cavacos do tipo contínuos (em fita):

• Pode ocasionar acidentes, visto que eles se enrolam em torno da peça, da ferramenta ou dos componentes da máquina;

• Dificulta a refrigeração direcionada, desperdiçando o fluido de corte;

• Dificulta o transporte (manuseio), ocupa muito volume;• Ele prejudica o corte, no sentido de poder afetar, o

acabamento, as forças de corte e a vida útil das ferramentas.

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Fatores que influenciam a forma do cavaco:

1 - O material da peça (principal fator);

2- vc (velocidade de corte);

3 - f (avanço);

4 - γ (ângulo de saída);

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Influência dos parâmetros de corte na formação do cavaco.

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Apesar das condições de corte poderem ser controladas para evitar ou pelo menos reduzir a tendência de formação de cavacos longos em fita. O método mais efetivo, no entanto, para produzir cavacos curtos é o uso de quebra-cavacos.

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Tipos mais comuns de quebra-cavacos

• ) Quebra-cavaco fixado mecanicamente; b) Quebra-cavaco usinado diretamente na ferramenta; c) Quebra-cavaco em pastilha sinterizada.a

b

c

a) Quebra-cavaco fixado mecanicamente;

b) Quebra-cavaco usinado diretamente na

ferramenta;.

c) Quebra-cavaco em pastilha sinterizada

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Vantagens do uso de quebra-cavacos:

• Redução de transferência de calor para a ferramenta por reduzir o contato entre o cavaco e ferramenta;

• Maior facilidade de remoção dos cavacos;• Menor riscos de acidentes para o operador;

• Obstrução menor ao direcionamento do fluido de corte sobre a aresta de corte da ferramenta.

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TEMPERATURA DE CORTE

Principais causas do aumento de temperatura no corte:

- Deformação da raiz do cavaco

- Atrito entre peça e ferramenta - Atrito entre cavaco e ferramenta

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Principais fontes de Dissipação de Calor na usinagem

•Cavaco•Peça•Ferramenta•Meio ambiente

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Os valores das proporções variam com:

- O tipo de usinagem: torneamento, fresamento, brochamento, etc.;

- O material da ferramenta e da peça;

- A forma da ferramenta;

- As condições de usinagem.

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FORÇA DE USINAGEM

A força de usinagem F se decompõe em:

- Força de corte Fc;

- Força de avanço Ff ;

- Força passiva Fp,

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O conhecimento da força de usinagem F é necessário para:

– Para o projeto de uma máquina ferramenta (dimensionamento das estruturas, acionamentos, fixações, etc.);

– Para a determinação das condições de corte em condições de trabalho;

– Para a avaliação da precisão de uma máquina ferramenta, em certas condições de trabalho (deformação da ferramenta, máquina e peça);

– Para a explicação de mecanismos de desgaste.

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• Os componentes da força de usinagem (Fc, Ff e Fp) diminuem com o aumento da velocidade de corte vc devido à diminuição da resistência do material com o aumento da temperatura.

• Os componentes da força de usinagem aumentam com o aumento da profundidade de corte ap de uma forma proporcional (só vale para ap maior que o raio de quina).

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POTÊNCIA DE USINAGEM• A potência de corte Pc é a potência disponível no gume da ferramenta

e consumida na operação de remoção de cavacos. É ela que interessa no cálculo de forças e pressões específicas de corte.

• A potência de acionamento Pa é a potência fornecida pelo motor à máquina-ferramenta. Ela difere da potência de corte pelas perdas que ocorrem por atrito nos mancais, engrenagens, sistemas de lubrificação e refrigeração, sistema de avanço, etc.

• A potência de avanço, embora seja uma parcela utilizada na operação de corte, é muito pequena em relação à potência de corte, sendo mais prático reuni-la no grupo das “perdas”.

• A potência em vazio Po é a potência consumida pela máquina-ferramenta ligada, com o mecanismo de avanço funcionando, porém sem que tenha lugar qualquer operação de corte.

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A força principal de corte Fc é a base para o cálculo da potência de usinagem. No caso do torneamento, pode-se estabelecer a seguinte relação entre a força de corte e a área da seção de usinagem:

 

onde, kc é a pressão específica de corte em [N/mm2].