FABRICACAO Cimento

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fabricação de cimento

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FABRICAODECIMENTO 1)HISTRICO A procura por segurana e durabilidadeparaasedificaesconduziu ohomemexperimentaodediversosmateriaisaglomerantes.Os romanos chamavam esses materiais de "caementum", termo que originou a palavra cimento. O engenheiro John Smeaton, por volta de 1756, procurava um aglomerante que endurecesse mesmo em presena de gua, de modo a facilitar o trabalho de reconstruo do farol de Edystone, na Inglaterra. Em suas tentativas, verificou que uma mistura calcinada de calcrio e argila tornava-se, depois de seca, to resistente quanto as pedras utilizadas nas construes. 1 Coube, entretanto, a um pedreiro, Joseph Aspdin, em 1824, patentear a descoberta, batizando-a de cimento Portland, numa referncia Portlandstone, tipo de pedra arenosa muito usada em construes na regio de Portland, Inglaterra. No pedido de patente constava que o calcrio era modo com argila, em meio mido, at se transformar-se em p impalpvel. A gua era evaporada pela exposio ao sol ou por irradiao de calor atravs de cano com vapor. Os blocos da mistura seca eram calcinados em fornos e depois modos bem finos. 2 Poucos anos antes, na Frana, o engenheiro e pesquisador Louis Vicat publicouoresultadodesuasexperinciascontendoateoriabsicapara produo e emprego de um novo tipo de aglomerante: o cimento artificial. Aquele produto, no entanto, exceto pelos princpios bsicos, estava longe do cimento Portland que atualmente se conhece, resultante de pesquisas que determinam as propores adequadas da mistura, o teor de seus componentes, o tratamento trmico requerido e a natureza qumica dos materiais. OcimentoPortlanddesencadeouumaverdadeirarevoluona construo,peloconjuntoinditodesuaspropriedadesdemoldabilidade, hidraulicidade (endurecer tanto na presena do ar como da gua), elevadas resistnciasaosesforoseporserobtidoapartirdematrias-primas relativamente abundantes e disponveis na natureza. A criatividade de arquitetos e projetistas, a preciso dos modernos mtodos de clculo e o genialidade dos construtores impulsionaram o avano das tecnologias de cimento e de concreto, possibilitando ao homem transformar o meio em que vive, conforme suas necessidades. A importncia deste material cresceu em escala geomtrica, a partir do concreto simples, passando ao concreto armado e finalmente, ao concreto protendido. A descoberta de novos aditivos, como a slica ativa, possibilitou a obteno de concreto de alto desempenho (CAD), com resistncia compresso at 10 vezes superiores s at ento admitidas nos clculos das estruturas. Obras cada vez mais arrojadas e indispensveis, que propiciam conforto, bem-estar - barragens, pontes, viadutos, edifcios, estaes de tratamento de gua, rodovias, portos e aeroportos- e o contnuo surgimento de novos produtos e aplicaes fazem do cimento um dos produtos mais consumidos da atual idade, conferindo uma dimenso estratgica sua produo e comercializao.

2)MATRIAS-PRIMAS Lavra de calcrio a cu aberto -CALCRIO -ARGILA -MINRIO DE FERRO -AlUMNIO -GESSO

a)CALCRIOS SoconstitudosbasicamentedecarbonatodeclcioCaCO3e dependendo da sua origem geolgica podem conter vrias impurezas, como magnsio, silcio, alumnio ou ferro.O carbonato de clcio conhecido desde pocas muito remotas, soba forma de minerais tais como a greda, o calcrio e o mrmore. Ocalcrioumrochasedimentar,sendoaterceirarochamais abundantenacrostaterrestreesomenteoxistoeoarenitosomais encontrados. Oelementoclcio,queabrange40%detodoocalcrio,oquinto maisabundantenacrostaterrestre,apsooxignio,silcio,alumnioeo ferro. De acordo com o teor de Magnsio o calcrio se classifica em: -calcrio calctico (CaCO3) O teor de MgO varia de 0a 4%. Devido maior quantidade de clcio a pedraquebracommaiorfacilidadeeemsuperfciesmaisuniformese planas.Estecalcrio,tambmporTermenorquantidadedecarbonatode magnsio exige maior temperatura para descarbonatar. -calcrio dolomtico (CaMg(CO3)2) O teor de MgO acima de 18% e por isso possui uma temperatura de descarbonatao ainda menor do que o calcrio magnesiano. -calcrio magnesiano (MgCO3) O teor de MgO varia de 4 a 18%. A presena maior de carbonato de magnsio faz com que este calcrio tenha caractersticas bem diferentes do calctico: - uma pedra mais dura, quebrando sempre de forma irregular, formando conchas de onde vem o nome de pedra cascuda. O calcrio magnesiano necessita de menos calor e uma temperatura menor para descarbonatar do que o calctico. ideal para fabricao de cal. Obs.: Apenas o calcrio vem sendo utilizado na fabricao do cimento. O uso de calcrio com alto teor de MgO causa desvantagens na hi dratao do cimento: MgO+H2O Mg(OH)2 Isso provoca o aumento do volume e produz sais solveis que enfraquecem o concreto quando exposto a lixiviao. b)ARGILASo silicatos complexos contendo alumnio e ferro como ctions principais e potssio, magnsio, sdio, clcio, titnio e outros. A escolha da argila envolve disponibilidade, distncia, relao slica/alumnio/ferro e elementos menores como lcalis. A argila fornece os componentes Al2O3, Fe2O3 e SiO2. Podendo ser utilizado bauxita, minrio de ferro e areia para corrigir, respectivamente, os teores dos componentes necessrios, porm so pouco empregados. c) GESSO o produto de adio final no processo de fabricao do cimento, com o fim de regular o tempo de pega por ocasio das reaes de hidratao. encontrado sob as formas de gipsita (CaSO4. 2H2O), hemidratado ou bassanita (CaSO4.0,5H2O) e anidrita (CaSO4). Utiliza-se tambm o gesso proveniente da indstria de cido fosfrico a partir da apatita: Ca3(PO4)2+ 3H2SO4+6H2O 2H3PO4+3(CaSO. 2H2O) ANLISE TPICA DE MATRIAS PRIMAS NA NATUREZA COMPOSTOSGIZARGILA CALCRIO ARDSIA MARGA MISTURA CRUA SiO21,1460,482,1655,6716,8612,85 Al2O30,2817,791,0921,503,383,24 Fe2O30,146,770,549,001,112,11 CaO54,681,6152,720,8942,5841,35 MgO0,483,100,682,810,623,28 SO30,070,210,030,300,080,18 P. F.43,0460,6542,394,6534,6636,12 K2O0,042,610,264,560,660,33 Na2O0,090,740,110,820,120,10 3)PROCESSO DE FABRICAODOCIMENTO 3.1) Preparao da mistura crua (Moagem de cru) Os componentes que mais interessam na fabricao do cimento so: CaO, SiO2. Fe2O3, Al2O3. OCalcrioeargilasomisturadosemodosafimdeseobteruma mistura crua para descarbonatao e clinquerizao. O processo de moagem desta mistura envolve a pesagem do calcrio e argila na proporo que atenda as seguintes relaes dos componentes: Mdulo de Slica (MS) =SiO2 ______________ Al2O3 +Fe2O3 Mdulo de alumina (MA) =Al2O3

__________Fe2O3

Fator de Saturao da cal (FSC) =CaO X100 ________________________________ 2,81SiO2+1,18Al2O3+0,65Fe2O3

O material cru modo a uma granulomtrica de 3% retida na peneira ABNTno. 100 (0,150mm) e a 13% na ABNT 170 (0,088mm).O processo de moagem consiste na entrada dos materiais dosados, num moinho de bolas ou de rolos, onde a moagem ocorre com impacto e por atrito.

No processo de moagem o material entra no moinho encontrando em contracorrenteoarougsquente(~220C),propiciandoasecagemdo material.Omaterialqueentracomumidadeemtornode5%saicom umidade em torno de 0,9% a uma temperatura de final de 80 graus. Depois de modo o material estocado em silos onde pode ser feito a homogeneizao do mesmo.

3.2)Processo de clinquerizao No processo de clinquerizao oscombustveis mais utilizado para elevar a temperatura de clinquerizao (~1400C) so: leo pesado, coque de petrleo, carvo mineral ou vegetal. Interior do fornoem operao Para que ocorra o aquecimento do material cru, o mesmo lanado numa torre de ciclones onde em fluxo contrrio, corre os gases quentes da combusto. Nos ciclones ocorrem a separao dos gases e material slido. Os gases so lanados na atmosfera aps passarem por um filtro eletrosttico onde as partculas, ainda presentes dos gases so precipitadas e voltam ao processo. Aps passagem pelos ciclones o material entra no forno rotativo onde ocorrem as reaes de clinquerizao. Aps a clinquerizao o clnquer formado bruscamente resfriado com ar frio em contra corrente. O clnquer da estocado em silos para a produo do cimento.

3.2.1 Etapas do processo de clinquerizao

a)Evaporao da gua livre Ocorre em temperaturas abaixo de 100C. Ocorre no primeiro estgio de ciclones. H2O lquido (100C)H2O vapor (100C)- 539,6 cal/g

b)Decomposio do carbonato de magnsio A decomposio da dolomita em MgO e CO2 tem incio em 340C, porm a medida que o teor de clcio aumenta, tambm se eleva a temperatura de decomposio. MgCO3 (slido)(340C) MgO (slido)+CO2 (gasoso)- 270 cal/g O MgO liberado vai dissolver-se na fase lquida (fundida), formada durante a queima e em parte formar solues slidas com as fases mais importantes do clnquer. Na temperatura de clinquerizao o MgO no se combina com os demais xidos presentes, ficando livre na forma de periclsio. c) Decomposio do carbonato de ClcioEsta reao tem incio em temperatura acima de 805C, sendo 894C a temperatura crtica de dissociao do carbonato de clcio puro a 1 atm de presso. CaCO3 (slido) CaO (slido)+CO2(gs)- 393 cal/g Esta reao de descarbonatao uma das principais para obteno do clnquer, devido ao grande consumo de energia necessria sua realizao e influncia sobre a velocidade de deslocamento de material no forno. Nos fornos com pr-calcinadores cerca de 94% da descarbonatao ocorre no pr-calcinador e o restante no forno. Em fornos sem pr-calcinadores cerca 60% ocorre nos ciclones IV. imprescindvel que a descarbonatao esteja completa para que o material penetre na zona de alta temperatura no forno (zona de clinquerizao).

d)DESIDROXILAO DAS ARGILAS As primeiras reaes de formao do clnquer iniciam-se em 550C, com a desidroxilao da frao argilosa da farinha (cru). A argila perde a gua combinada, que oscila entre 5 e 7%, dando origem a silicatos de alumnio e ferro altamente reativos com o CaO que estsendo liberado pela decomposio do calcrio. A reao entre os xidos liberados da argila e o calcrio, lenta e a princpio os compostos formados contm pouco CaO fixado. Com o aumento da temperatura a velocidade da reao aumenta e os compostos enriquecem em CaO.

e)Formao do 2CaO.SiO2 A formao do 2CaO.SiO2 tem incio em temperatura de 900C onde mesmo slica livre e CaO j reagem lentamente. Na presena de Ferro e Alumnio esta reao acelerada. 2CaO+SiO2 (1200C) 2CaO.SiO2= silicato diclcico f)Formao do3CaO.SiO2 O silicato triclcico inicia sua formao entre 1200C e 1300C a 1400C os produtos de reao so 3CaO.SiO2, 2CaO.SiO2, 3CaO.Al2O3 e 4CaO.Al2O3.Fe2O3 e o restante de CaO no combinado. 2CaO.SiO2 +CaO(1260 a 1450C)3CaO.SiO2 = silicato triclcico

g)Primeiro resfriamento A complementao das reaes de clinquerizao podem ser afetadas pelo resfriamento sofrido pelo clnquer. Um resfriamento lento leva a um cimento de baixa qualidade. O primeiro resfriamento ocorre dentro do forno, aps o clnquer passar pela zona de mxima temperatura. Nesta etapa pode ocorrer a decomposio do 3CaO.SiO2 segundo a reao: 3CaO.SiO2 2CaO.SiO2 + CaO livre

h)Segundo resfriamento O segundo resfriamento ocorre abaixo de 1200C, j no resfriador . Este resfriamento lento tambm provoca uma maior corroso dos cristais de 3CaO.SiO2 pela penetrao desta fase, nas bordas dos cristais, auxiliando a formao de 2CaO.SiO2. O magnsio no combinado ter sua cristalizao nesta etapa. Quanto mais lento for o resfriamento, maior ser o desenvolvimento dos cristais de MgO, aglutinando em zonas. i) Termoqumica da calcinao A formao dos compostos do clnquer consome pouca caloria e os principais valores da formao a 1300C so: 2CaO+SiO2 2CaO.SiO2 - 146 cal/g 3CaO+SiO23CaO.SiO2 - 111 cal/g 3CaO+Al2O3 3CaO.Al2O3- 21 cal/g 4CaO+Al2O3 + Fe2O3 4CaO.Al2O3.Fe2O3 - 25 cal/g j)PRINCIPAIS REAES NA FABRICAO DO CLNQUERTEMPERATURAPROCESSOCALOR TROCADO 100CEvaporao da gua livreEndotrmico 340CDecomposiodoCarbonatode Magnsio Endotrmico 550CDesidroxilao da argilae reao do SiO2, Al2O3 e Fe2O3 com o calcrio Exotrmico 305C a 1000CDecomposiodocarbonatode clcio Endotrmico 1000Ca 1200C Formaodo2CaO.SiO2 desaparecimento do SiO2 livre Endotrmico 1250Ca 1280C Incio da formao de lquido Endotrmico CALORLIBERADOEABSORVIDONAFABRICAODE1KgDE CLINQUERCALOR ABSORVIDO (REAES ENDOTRMICAS)Kcal/Kg Aquecimento da matria prima de 20C a 450C+ 170 Desidroxilao de argilas a 450C+ 40 Aquecimento do material de 45C a 900C+ 195 Decomposio do material carbontico+ 475 Aquecimentodomaterialcarbonticode900Ca 1400C + 125 Calor de fuso+ 25 Sub Total....1.030 CALOR LIBERADO (REAES EXOTRMICAS)Cristalizao exotrmica de argilas desidratas-10 Calorexotrmicodaformaodecomponentesdo clnquer - 100 Resfriamento do clnquer de 1400C a 20C- 360 Resfriamento do CO2 DE 900C a 20C- 120 Vaporderesfriamentode450Ca20C,incluindoa condensao da gua - 20 Sub Total- 610 Calor Lquido + 420 Portanto, o calor necessrio ser de 420 Kcal/kg de clnquer. Este valor no consideraasperdascomoasperdasporradiaoeoutras.Sendoaeficinciado processode~50%.Atualmente,fornomaismodernoschegamaumconsumode 720Kcal/Kg de clnquer.

4) PRODUO CIMENTO

Ocimentoproduzidomoendo-seoclnquerproduzidonoforno,como gesso. permitido tambm a adio de calcrio e escria de alto forno (fabricao deferrogusa)emteoresdeterminadosdeacordocomotipodecimentoaser produzido. O Cimento Portland de alta resistncia inicial (ARI)- NBR 5733 , o cimento portlandbranco,ocimentoportlanddemoderadaresistnciaaossulfatose moderadocalordehidratao(MRS)eocimentoportlanddealtaresistnciaa sulfatos(ARS)NBR5737,norecebemoutrosaditivos,anoserogesso. Portanto, so feito de clnquer + gesso. Ogessodestinadoaocontroledotempodepegadocimento,para propiciar o manuseio ao adicionar gua. O teor de gesso varia em torno de 3% no cimento. OcimentoportlanddealtofornoNBR5735,almdegesso,recebe25a 65% de escria. CimentoportlandpozolnicoNBR5736,recebealmdegesso,aadiode material pozolnico (argila calcinada ou pozolana natural), nos seguintes teores: de 10 a 40% para cimento tipo 25 Mpa e de 10 a 30% para tipo 32 Mpa. Para o cimento portland comum NBR 5732, permitida a adio de escria granulada de alto forno num teor de at 10%.Oclnquercomseusaditivosmencionados,passamaomoinhoparaa moagemfinal,ondedevemserasseguradasgranulometriasconvenientespara qualidade do cimento. Aps modo o cimento transportado para silos de estocagem, onde so extrado e ensacados em ensacadeiras automticas em sacos de 50 ou 25 Kg.

a)HIDRATAO DO CIMENTO Acomposiodocimentoportlandcomumpodeserapresentadanasfaixas abaixo: 3CaO.SiO2 18 a 66%(C3S) Silicato Triclcio 2CaO.SiO2 11 a 53% (C2S) Silicato de clcio 3CaO.Al2O3 2 a 20% (C3A)Aluminato de clcio 4CaO.Al2O3.Fe2O3 4 a 14% (C4AF) Ferro Aluminato de clcio

COMPOSIO QUMICA % CaO58,9 66,8 SiO2 19,0 24,2 Al2O3 3,9 7,3 Fe2O3 1,8 5,0 MgO 0,8 6,0 SO3 0,9 3,0

Influnciadecadacomponentenocimentoreferentesresistnciasa compresso: - at3diasasseguradaaresistnciapelahidrataodosaluminatose silicatos triclcicos (3CaO.Al2O3 e 3CaO.SiO2); - atos7dias praticamentearesistnciaasseguradapeloaumentoda hidratao de 3CaO.SiO2; - atos28diascontinuaahidrataodo3CaO.SiO2responsvelpelo aumento de resistncia, com pequena contribuio do 2CaO.SiO2; - acimade28diasoaumentodaresistnciapassaaserdevido hidratao de 2CaO.SiO2.

b) REAES QUMICAS Oscompostosanidrosdocimentoportlandreagemcomagua,por hidrlise,dandoorigemanumerososcompostoshidratados.Emformaabreviada so indicadas algumas das principais reaes de hidratao: b.1) O 3CaO.Al2O3 o primeiro a reagir, da seguinte forma: 3CaO.Al2O3 +CaO+12H2O Al2O3 . 4CaO . 12H2O

b.2) O 3CaO.SiO2reage a seguir: 3CaO.SiO2 +4,5H2OSiO2 . CaO . 2,5H2O+2Ca(OH)2 2[3CaO.SiO2 ]+6H3CaO.2SiO2 . 3H2+3Ca(OH)2 b.3) O 2CaO.SiO2 reage muito mais tarde, do seguinte modo: 2CaO.SiO2 +3,5H2OSiO2 . CaO . 2,5H2O+Ca(OH)2

2[2CaO . SiO2]+3H2O3CaO . 2SiO2 . 4H +Ca(OH)2 Os silicatos de clcio anidros do origem a silicatos monoclcicos hidratados e aohidrxidodeclcio,quecristalizaemescamasexagonais,dandoorigem portlandita. Osilicatodeclciohidratadoapresenta-secomsemelhanaaomineral denominadotobermoritaecomoseparececomumgeldenominadogelde tobermorita. Pormacomposiodosilicatohidratadodependedaconcentraoemcalda soluo em que ele est em contato.

b.4) Reao de retardo do endurecimento -utilizando gesso 2[3CaO.Al2O3 ]+CaSO4 . 2H2O3CaO . 2Al2O3 . 3CaSO4 . 31H2O(etringita) 3CaO.Al2O3 + CaSO4.2H2O 3CaO.Al2O3 .CaSO4.12H2O (trisulfoaluminato clcico hidratado) c) TIPOS DE CIMENTO MAIS COMUNS TIPO DE CIMENTORESISTNCIA A COMPRESSO (Mpa) APLICAO 3 dias7 dias28 dias CPIIF32 cimento portland comum 102032Aplica-sea obras diversas, concretosimples,concreto armado,nosendo utilizado para desenformas rpidaseparausoem guas marinhas. CPIIF40cimento portland142440Utilizado para desenformas rpidas,eresistncias mecnicasmaioresem tempomenor.Usando tambmnafabricaode pr-moldados:telhas, caixas de gua etc.

AF32cimentodealto forno

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32 Seuemprego generalizadoemobrasde concretosimplese concretoarmado,alm disso,indicadoem concretoexpostoaguas agressivascomoguado maresulfatadas,dentro de certos limites.

POZ 32 cimento portland pozolnico

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32 Seuemprego generalizadonohavendo contra-indicaodesde querespeitadassuas peculiaridadescomos menoresresistnciasnos primeiros dias. CP ARI cimento portland de Alta Resistncia Inicial 24 h3dias7 diasespecialmente empregadoquando necessita-sedesenforma rpida. 112231

ipo Resist. MPa Composio Norma BrasileiraClnquer + Gesso Escria Alto Forno Pozolana Materiais Carbonticos CP I251000NBR 5732 CPI- S32 40 95 - 99 1 - 5 CP II - E CP II - Z CP II - F 25 32 40 56 - 94 76 - 94 90 - 94 6 - 34 6 - 14 0 - 10 0 - 10 6 - 10 NBR 11578 CP III 25 32 40 25 - 6535 - 7000 - 5NBR 5735 CP IV 25 32 45 - 85015 - 50 0 - 5NBR 5736 CP V - ARI. 95 - 100000 - 5NBR 5733 CP V - ARI - RS

95 - 100 ** 0 - 5NBR 5737 * CP V-ARI-RS admite adio de escria ou material pozolnico, porm a NBR-5737 (Cimentos Portland resistentes a sulfatos) no fixa limites. CP I Cimento Portland Comum CP I - SCimento Portland Comum com adio CP II - ECimento Portland Composto com Escria de Alto Forno CP II - ZCimento Portland Composto com Pozolana CP II - FCimento Portland Composto com Filler (Calcrio) CP III Cimento Portland de Alto Forno CP IVCimento Portland Pozolnico CP V - ARICimento Portland Alta Resistncia Inicial CP V - ARI - RSCimento Portland Alta Resistncia Inicial e Resistente a Sulfatos EXIGNCIAS FSICAS Tipos Classe (MPa) Finura Tempo de Pega ExpansibilidadeResistncia Compresso # 200 (75 um) Blaine (m/Kg) Incio (h) Fim (h) A Frio (mm) A quente (mm) 1 Dia (MPa) 3 Dia (MPa) 7 Dias (MPa) 28 Dias (MPa) CP ICP I - S25 32 40 < 12,0 < 12,0 < 10,0> 240> 260> 280> 1 < 10,0 z< 5,0< 5,0- > 8,0> 10,0 > 15,0> 15,0> 20,0> 25,0> 25,0> 32,0> 40,0CP II - E CP II - Z CP II - F 25 32 < 12,0 < 12,0 < 10,0> 240 > 260> 280> 1 < 10,0 < 5,0< 5,0- > 8,0 > 10,0 > 15,0> 15,0 > 20,0> 25,0> 25,0 > 32,0> 40,040 CP III 25 32 40 < 8,0 -> 1 < 12,0 < 5,0< 5,0- > 8,0 > 10,0 > 12,0> 15,0 > 20,0> 23,0> 25,0 > 32,0> 40,0CP IV 25 32 < 8,0 -> 1 < 12,0 < 5,0< 5,0- > 8,0 > 10,0> 15,0 > 20,0> 25,0 > 32,0CP V - ARI< 6,0> 300> 1 < 10,0 < 5,0< 5,0> 14,0 > 24,0 > 34,0 - CP V - ARI - RS < 6,0> 300> 1 < 10,0 y < 5,0 < 5,0> 11,0 > 24,0 > 34,0- EXIGNCIAS QUMICAS Tipos Resduo InsolvelPerda ao FogoMgOSO3CO2 %%%%% CP I< 1,0< 2,0 < 6,5< 4,0 < 1,0 CP I - S< 5,0< 4,5< 3,0 CP II - E< 2,5 < 6,5< 6,5< 4,0< 5,0CP II - Z< 16,0 CP II - F< 2,5 CP III< 1,5< 4,5- - -< 4,0< 3,0 CP IV- - -< 4,5< 6,5< 4,0< 3,0 CP V - ARI< 1,0< 4,5< 6,5* *< 3,0 CP V - ARI - RS- - -< 4,5< 6,5 * * < 3,0 * * < 3,5% para C3A < 8,0% e < 4,5% para C3A > 8,0% 5) DICAS Cimento no como vinho (quanto mais velho melhor). Os estoques de cimento devem ser dimensionados de tal forma que o prazo de validade do cimento no seja ultrapassado. A norma brasileira estipula a validade do cimento em 90 dias, no entanto a maior parte dos fabricantes adotam prazo de validade inferior, respeitando as condies climticas de cada regio, garantindo assim a qualidade do cimento. Observe no ato da aquisio do cimento.Os sacos recebidos no devem estar midos, ou com aparncia que j foram molhados, aspecto de papel enrugado; Os sacos no devem estar compactados ou endurecidos. Contaminao no cimento I. Areia, cal, outros tipos de cimento e sujeiras so os contaminantes mais frequentes do cimento. Isto se d normalmente por manuseio inadequado ou acidental dos sacos com conseqente rasgamento e contaminao do produto. Comtaminao no cimento II. Contaminao em caminhes que transportam cargas diversas como cereais, produtos qumicos, deve-se sempre observar se o cimento no est com aspecto, cor, cheiro ou outra caracterstica estranha ao produto. Contaminao no cimento III. No utilize cimento contaminado. Pequenas quantidades devero ser descartadas. Quando se tratar de grandes quantidades, dever ser contactada a Assessoria Tcnica do fabricante, que indicar as medidas necessrias. "Pedras" dentro dos sacos de cimento. No devem existir pedras. Isto indica que o cimento absorveu umidade e encontra-se hidratado. Este cimento no dever ser utilizado pois sua qualidade est alterada. Saco rasgado. Sim, pode ser utilizado caso o cimento no tenha sido contaminado. O melhor destino a este cimento comercializ-lo por quilo, "venda picado". Acar ou sal no cimento. Muitas vezes vemos pedreiros ou outros usurios do cimento adicionando acar ou sal no cimento. Esta prtica, transmitida de geraes para geraes visa alterar o tempo de pega do cimento, ou seja aumentar ou diminuir o tempo de trabalhabilidade do cimento aps misturado com a gua.Sal no cimento. O NaCl (cloreto de sdio) ou sal de cozinha como popularmente conhecido quando adicionado ao cimento faz com que o tempo de pega diminua, isto o incio do endurecimento mais rpido. CUIDADO ! No adicione sal ao cimento ! Sem orientao segura, a adio de sal tambm poder provocar corroso na armadura bem como outros danos caso no sejam tomados os devidos cuidados. No compre pela cor do cimento. A cor do cimento est relacionada com a origem de suas matrias primas e adies no tendo nenhuma influncia na qualidade do produto. A cor pode variar de tonalidade mesmo em um mesmo tipo de cimento; de um cinza mais claro para um mais escuro e at mesmo um cinza esverdeado ou puxando para o marrom. 6) MANUSEIO Quais so os cuidados que devemos tomar ao armazenar os sacos de cimento ? Empilhar no mximo 10 sacos, evitando assim compactao do cimento no saco; No colocar os sacos diretamente no piso, utilizando para isso um estrado de madeira; Quando o piso for impermeabilizado os sacos podero ser colocados sobre lona plstica; Os sacos de cimento podem estar encostados em paredes ou tetos? No. Recomenda-se deixar um espaamento, garantindo assim que os sacos no absorvam a umidade existente na parede.

As pilhas de sacos de cimento podem ser feitas em qualquer lugar?No. Devem ser feitas em lugares cobertos protegidos das intempries, evitando-se lugares abertos, sujeito a empoamento, goteiras, locais midos. Exemplo correto de empilhamento

Como devero ser dispostos os sacos num depsito ? Os sacos de cimento devero ser dispostos em forma de lotes, de tal maneira que os cimentos mais antigos sejam comercializados antes dos cimentos mais novos; Tambm se faz necessrio a identificao dos lotes de diferentes tipos e marcas de cimento para que no sejam misturados; A adoo de lotes identificados com data, tipo e marca facilitam a inspeo e controle do estoque. O transporte do cimento altera sua qualidade ? No, no entanto algumas regras bsicas devem ser observadas: Os caminhes devero estar em boas condies evitando-se assim rasgamento dos sacos ou incidnciade chuva na carga;Os sacos devero estar cobertos por lonas e estas em boas condies; Por que o cimento as vezes pode chegar quente no depsito ?Porque na moagem de cimento o calor produzido, pelo atrito no interior do moinho, aquece o cimento. Podemos utilizar cimento quente ? No. Como fica difcil medir a temperatura do cimento nas obras, recomenda-se que o cimento seja utilizado a temperatura ambiente. Quando o cimento estiver quente convm esperar que esfrie. Em regies onde o inverno rigoroso, com temperaturas ambiente inferiores a 10 C, recomenda-se que no sejam feitas concretagens. Tambm em dias de calor elevado, com temperaturas superiores a 35 C, cuidados especiais devem ser tomados para evitar fissuras, secagens muito rpidas e etc. Recomenda-se que seja consultada a Assessoria Tcnica do fabricante para melhores orientaes nestes casos. O cimento pode causar mal a sade ? Assim como outros materiais destinados a construo civil, o cimento pode causar alergia em algumas pessoas, as chamadas "dermatites"; Recomenda-se que o contato direto com a pele seja evitado, atravs do uso de equipamentos de proteo individual (luvas, mscaras, botas). Quando o contato for inevitvel ou acidental deve-se evitar o contato prolongado realizando-se a limpeza com auxlio de gua e sabo. No caso do aparecimento de reao alrgica bem como ingesto ou inalao, deve-se afastar a pessoa do contato com o cimento e procurar auxlio mdico. O trabalhador pode carregar vrios sacos de uma s vez ? No. Esta prtica poder provocar queda e rasgamento dos sacos alm de possveis danos a sade. Existe mais cimento nos sacos maiores ou com mais folhas de papel ?No. Os pesos lquidos dos sacos de cimento so : 50 Kg ou 25 Kg; O tamanho do saco bem como o nmero de folhas de papel no implica na quantidade de cimento existente. A Norma Brasileira permite a variao menor ou igual a 2% no peso do saco, significando que um saco poder conter no mnimo 49 Kg e no mximo 51 Kg. Caso o peso mdio de uma pesagem de 30 sacos pertencentes a um lote seja inferior a 50 Kg o lote dever ser rejeitado. Obs.: Entende-se por Lote a quantidade mxima de 30t, referente ao cimento oriundo domesmo produtor, entregue na mesma data e mantido nas mesmas condies de armazenamento.

7) BIBLIOGRAFIA TAYLOR,H.F.W.EnciclopediadeLaQumicaIndustrial-LaQumicadeLos Cementos. Volume 1. Ed. URMO. Bilbao-Espanha 1967. BASILIO, F. A. Cimento Portland. Estudo Tcnico. 5 ed. So Paulo, ABCP, 1983.