EXPANSÃO MARÍTIMO- COMERCIAL EUROPEIA E...
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EXPANSÃO MARÍTIMO-
COMERCIAL EUROPEIA E
MERCANTILISMO
“O mar que nos separa é o mar
que nos une”.
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I – EXPANSÃO MARÍTMO-
COMERCIAL EUROPEIA
“O desenvolvimento do capitalismo está
associado à expansão marítimo-
comercial da Europa ocorrida nos
séculos XV e XVI.”
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Crises sucessivas ocorridas no final
da Idade Média provocaram uma
mudança estrutural na sociedade
européia. Buscou-se, então, novas
soluções para seus problemas internos.
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“A grande mobilidade do europeu,
consciente de suas deficiências,
levou-o a incorporar outros acervos
culturais. Essa tendência cultural
tornou viáveis as descobertas
marítimas, o Renascimento e a
colonização da América. Assim a
Europa alterou o antigo equilíbrio de
poder do Oriente para o Ocidente.”
(THEODORO, 1994, p. 22.)
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Atlas catalão
Atribuído ao judeu
Cresques Abraão,
De 1375; menção
À viagem de
Ferrer.
Biblioteca Nacional,
Paris.
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2- Fatores econômicos, sociais,
políticos e culturais concorreram
para a expansão marítima e
comercial europeia. Entre eles
destacam-se:
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2.1- Expansão do comércio
europeu e novas
demandas – especiarias e
artigos de luxo: noz-
moscada, gengibre, cravo,
canela, pimenta-preta ou
pimenta-do-reino,
porcelanas, tecidos finos
de seda, marfim, perfumes
etc.
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2.2- Necessidade de quebrar o
monopólio de Gênova e Veneza
(associados aos turco-otomanos de
Constantinopla) sobre o comércio de
especiarias.
2.3- Busca de um novo caminho para o
Oriente – necessidade de novos
mercados.
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2.4- A falta de metais preciosos, devido ao padrão monetário adotado.
2.5- Investimentos de banqueiros (maioria judeus) genoveses, florentinos, germânicos e de Flandres.
2.6- A ambição material de: “valer mais”, “ter mais” e “ser mais”.
2.7- Formação dos Estados nacionais: condição para reunir recursos necessários ao expansionismo e à colonização.
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2.8- O progresso tecnológico. Progresso
da navegação a longa distância:
• Astrolábio.
• Bússola.
• Cartas náuticas.
• Caravela etc.
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3- Potências Coloniais
• Portugal (pioneiro), Espanha, França,
Inglaterra e Holanda.
• Colônias como fontes de bens tropicais
e metais preciosos.
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3.1- Navegações portuguesas
“velas ao mar, almas ao
vento...”
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3.1.1- Pioneirismo, fatores:
• Centralização administrativa:
Revolução de Avis, em 1385.
• Mercantilismo: Portugal assume
características de um Estado
absolutista e mercantilista.
• Ausência de guerras.
• “Posição geográfica”.
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3.1.2- O início: Ceuta e a “Escola
de Sagres”
• Atuação do infante D. Henrique, o
Navegador (1394-1460).
• “Escola de Sagres” em Algarves.
• Conquista de Ceuta, em 1415, no
Norte da África.
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3.1.3- O Périplo Africano... Brasil.
• 1415: Conquista de Ceuta.
• 1419: Ilha da Madeira.
• 1431: Arquipélago dos Açores.
• 1434: Gil Eanes ultrapassa o Cabo
Bojador.
• 1443: Nuno Tristão chega à Ilha de
Arguim.
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• 1444: Arquipélago de Cabo Verde.
• 1445: Nuno Tristão atinge a
Senegâmbia e Dinis Dias ultrapassa a
foz do Senegal.
• 1482: Diogo Cão atinge o Zaire.
• 1488: Bartolomeu Dias atinge o Cabo
sul-africano denominado,
posteriormente, Cabo da Boa
Esperança.
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• 1498: Vasco da Gama atinge a cidade
de Calicute, na Costa Oeste da Índia.
• 1498: Duarte Pacheco atinge a foz do
Amazonas.
• 1500: Pedro Álvares de Gouveia, que
depois da viagem adota o patronímico
Cabral, oficializa a posse sobre o
Brasil.
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3.2- Navegações espanholas
3.2.1- Espanha vive um longo período de formação, marcado pela Reconquista.
• 1492: conquista de Granada –expulsão dos mouros de seu território.
• Fernão de Aragão e Isabel de Castela, os “reis católicos”, patrocinam a viagem do navegador Cristóvão Colombo.
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• 12 de outubro de 1492: Colombo
chega à América.
• 1504: Américo Vespúcio confirma que
o “achamento” de Colombo trata-se de
um novo continente.
• 1507: o nome América é registrado
pela primeira vez, no mapa de
Waldseemüller, para designar – em
homenagem a Vespúcio – o Continente
“descoberto” por Colombo.
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3.2.2- Outros navegadores
espanhóis• 1500: Vicente Iañes Pinzón chega até
a foz do rio Amazonas, chamado de
“mar dulce”.
• 1513: Vasco Nunez Balboa atinge o
Oceano Pacífico.
• 1519: Fernão de Magalhães inicia a
primeira viagem de circunavegação
através do mundo, terminada em 1521.
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3.2.3 – Tratado de Tordesilhas: a divisão
do mundo ou o “Testamento de Adão”
• 1493: Bula Intercoetera, sob as bêncãos de
Alexandre VI.
• 1494: Tratado de Tordesilhas – estipulava
que todas as terras situadas a oeste do
meridiano de Tordesilhas (situado a 370
léguas a oeste do Arquipélago de Cabo
Verde) pertenceriam à Espanha, enquanto
as terras situadas a leste seriam
portuguesas.
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3.3- Navegações francesas,
inglesas e holandesas:
• Se concentraram no Atlântico Norte.
• Possibilitaram a exploração e a
ocupação da América do Norte,
permitiram o desenvolvimento da
pirataria marítima.
• A Inglaterra chegou a oficializar a
pirataria através da Carta de Corso.
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3.3.1- Principais viagens:
França:
• 1524: Giovanni Verrazano explora o
litoral leste da América do Norte.
• 1534: Jacques Cartier explora o rio
São Lourenço, no atual Canadá.
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Holanda:
• 1609: Henry Hudson, navega nos Estados
Unidos, no rio que atualmente leva seu
nome.
• 1624: holandeses, patrocinados pela
Companhia das Índias Ocidentais, invadem
a Bahia, no Brasil.
• 1630: forçados a se retirar da Bahia, os
holandeses atacam Pernambuco e
conquistam a região, permanecendo até
1654.
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Inglaterra:
• 1497: Giovanni Caboto, atinge a
América do Norte, na região do
Canadá.
• 1577: Francis Drake, corsário inglês,
empreende a segunda
circunavegação.
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II - MERCANTILISMO
1- Princípios mercantilistas:
• Metalismo.
• Balança comercial favorável.
• Protecionismo alfandegário.
• Intervencionismo estatal.
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2 - Diferentes tipos de mercantilismo:
• Espanha: metalismo.
• França: colbertismo.
• Inglaterra: comércio forte e controle do
transporte marítimo.
• Germânicos: cameralismo.
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3 - Sistema Colonial.
3.1 – Características essenciais:
• Complementaridade.
• Monopólio comercial / Exclusivo
Comercial.
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3.2 – Sistema Colonial:
• Colônia de exploração e de
povoamento.
• “Pacto Colonial” – Colônias como
instrumentos geradores de riqueza.
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Fontes:
AMADO, Janaína; FIGUEIREDO, Luiz Carlos. A formação do Império Português (1415-1580). São Paulo: Atual, 1999. –(Discutindo a História.)
COTRIM, Gilberto. História e Consciência do Mundo. São Paulo: Saraiva, 1994.
DEYON, Pierre. O Mercantilismo. 4. ed. São Paulo: Perspectiva, 2001.
História Viva Grandes Temas, n. 4. São Paulo, Duetto, ago. 2006.
THEODORO, Janice. Pensadores, exploradores e mercadores. São Paulo: Scipione, 1994.