Evolução Histórica da Tabela Periódica
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Introdução
Um pré-requisito necessário para a construção da tabela periódica foi a descoberta individual dos elementos químicos, embora elementos como o Ouro (Au), a Prata (Ag), o Estanho (Sn), o Cobre (Cu), o Chumbo (Pb) e o Mercúrio (Hg) já fossem conhecidos desde a antiguidade.
A primeira descoberta científica de um elemento foi feita por Henning Brand em 1669, quando descobriu o Fósforo (P).
Introdução
Mas antes de 1770 os elementos até aí descobertos não estavam organizados, uma vez que ninguém sabia como agrupá-los, e à medida que novos elementos químicos iam sendo descobertos ia havendo cada vez mais a necessidade de os representar, esquematizar e organizar.
Durante os 200 anos seguintes, foi adquirido um grande volume de conhecimento relativo às propriedades dos elementos e assim cientistas puderam iniciar a investigação de modelos para reconhecer as propriedades e desenvolver esquemas de classificação.
As primeiras tentativas na organização de elementos
Antoine Lavoisier - 1789
Em 1789 foi publicada por Lavoisier a primeira lista extensiva que continha 33 elementos e dividia-os em metais e não-metais. Alguns dos elementos eram compostos e misturas.
As primeiras tentativas na organização de elementos
John Dalton - 1828
John Dalton preparou uma lista de elementos químicos em que os agrupava segundo as suas massas atómicas, que na altura já eram conhecidas.
Os elementos não estavam organizados em qualquer arranjo ou modelo periódico, mas simplesmente por ordem crescente da sua massa atómica.
Muitos dos valores das massas atómicas estavam longe dos atuais, devido à ocorrência de erros na sua determinação.
As primeiras tentativas na organização de elementos
Johann Döbereiner - 1829
Em 1829, Johann Döbereiner observou que muitos dos elementos poderiam ser agrupados em tríades, ou seja, grupos de três elementos com propriedades semelhantes, iniciando a noção de grupo.
Por exemplo o Lítio (Li), o Sódio (Na) e o Potássio (K) foram agrupados como sendo metais reativos frágeis. Döbereiner observou também que quando organizados por massa atómica, o segundo membro de cada tríade tinha aproximadamente a média do primeiro e do terceiro, isto designa-se lei das tríades.
As tentativas na organização de elementos
Alexandre de Chancourtois - 1862
Chancourtois criou o modelo Parafuso Telúrico, os elementos eram agrupados em ordem crescente de massa atómica por uma linha espiral à volta de um cilindro, terminando no elemento mais pesado.
Considera-se elementos semelhantes aqueles que se encontram na mesma linha.
Não teve grande aceitação geral.
As tentativas na organização de elementos
John Newlands - 1864
Numa tabela Newlands colocou os elementos agrupados de sete em sete, em ordem crescente de massa atómica, e reparou que o primeiro elemento tinha propriedades semelhantes ao oitavo, e assim por diante. Deu o nome de Lei das oitavas porque as características se repetiam de sete em sete, como as notas musicais.
Porém a Lei das oitavas tinha uma grande falha, só funcionava corretamente com as duas primeiras oitavas.
As tentativas na organização de elementos
Dmitri Mendeleev - 1869 Em 1869, Mendeleev enquanto escrevia o seu livro de química
inorgânica, organizou os elementos na forma da tabela periódica atual.
Ordenou os 63 elementos químicos conhecidos na altura por ordem crescente de massa atómica, de certa forma que, na vertical ficavam os elementos com propriedades químicas semelhantes, constituindo as famílias químicas.
A classificação de Mendeleev deixava espaços vazios na tabela quando o elemento ainda não tinha sido descoberto, prevendo as propriedades do mesmo.
A vantagem da tabela periódica de Mendeleev sobre as outras é que esta mostrava semelhanças, não apenas em pequenos conjuntos como as tríades, mas semelhanças na vertical, horizontal e diagonal.
Em 1906 recebeu o Prémio Nobel da química por este trabalho e é hoje considerado o pai da tabela periódica atual.
A Tabela Periódica de Mendeleev
Em 1895, o físico Lord Rayleigh e o químico William Ramsey descobriram os gases nobres. A descoberta destes novos elementos acrescentaram uma nova coluna (grupo) à Tabela Periódica.
Organização dos elementos
Organização dos elementos
Henry Moseley - 1913
Em 1913, Henry Moseley examinou o espectro de raios x dos elementos, e descobriu que todos os átomos de um mesmo elemento químico apresentavam a mesma carga nuclear, portanto, tinham o mesmo número de protões. Foi o primeiro a conseguir determinar os números atómicos dos elementos com precisão.
Não demorou muito tempo para que se chegasse à conclusão que os elementos ficariam num modelo mais regular se estivessem organizados numa tabela por ordem crescente do seu número atómico, em vez da massa atómica.
A Lei Periódica: “Quando os elementos químicos são agrupados por ordem crescente de número atómico, observa-se uma repetição periódica de várias das suas propriedades.”
Tabela Periódica de Henry Moseley
Organização dos elementos
Glenn Seaborg - 1940
A última grande alteração na tabela periódica resultou do trabalho de Glenn Seaborg. A partir da sua descoberta do plutónio em 1940, Seaborg descobriu todos os elementos transurânicos* e reconfigurou a tabela periódica colocando a série dos actinídeos abaixo da série dos lantanídeos.
Em 1951, Seaborg recebeu o Prémio Nobel da química pelo seu trabalho.
O elemento 106 da tabela periódica tem o nome de Seabórgio em sua homenagem.
*Elementos transurânicos - são os elementos químicos artificiais com número atómico maior do que 92 (número atómico do urânio). Todos estes átomos são instáveis devido aos seus grandes núcleos e portanto são radioativos.