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EVANGELHO DO CÉU VOL. II

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  • EVANGELHO DO CU VOL. II

  • Evangelho do Cu Vol. II

    ENSINAMENTOS DE MEISHU SAMA

    EDITORA LUX ORIENS

    Revisado em novembro de 2005Lux Oriens Editora Ltda

    Rua Itapicuru, 849 - PerdizesSo Paulo - SP - Cep. 05006-000

    Forte:(0xxll) 3675-6947Webpage: http://www.lux-oriens.com.br

    E-mail: [email protected] 1a edio: outubro de 2002

    ISBN n 85-88311-07-0Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)

    (Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)01-5332

    Sama, Meishu, 1882-1955.Evangelho do Cu / Meishu Sama ; traduo Minoru Nakahashi.

    So Paulo : Lux Oriens, 2001.Ttulo original: Tengoku no fukuin

    1. Sama, Meishu, 1882-1955 - Ensinamentos I. TtuloCDD-299.56

    ndices para catlogo sistemtico:1. Sama, Meishu: Doutrina Messinica: Religio 299.56

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  • Evangelho do Cu Vol. II

    "Uma leituraminuciosa dos meus Ensinamentos

    conduz, de fato, ao aprimoramento do tie.

    Nenhuma bnomaior, nem graa mais elevada existe, seno a verdade advinda

    do Supremo Deus".

    Meishu Sama

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  • Evangelho do Cu Vol. II

    NDICE

    ............................................................................................................................................. .... 1

    EVANGELHO DO CU VOL. II ............................................................................................... ..... 1 ENSINAMENTOS DE MEISHU SAMA ................................................................. .................... 2 EDITORA LUX ORIENS ................................................................................. .......................... 2 REVISADO EM NOVEMBRO DE 2005 ................................................................................... ................. 2

    NDICE ........................................................................................................................ ................. 4 PREFCIO DO PRIMEIRO VOLUME .......................................................................................... 8 INTRODUO ....................................................................................................... .................... 11 SABEDORIA ...................................................................................................................... ........ 14 CAPTULO 1 - POR QUE E COMO ADQUIRIR SABEDORIA ...................................... ............ 16

    1 - POR QUE A SABEDORIA NECESSRIA? .............................................................. .......................... 16 1.1 - PARA DESPERTAR A ALMA .................................................................................... ..................16

    1.1.1 - Primeiro Johrei ....................................................................................................................... ............. 16 1.1.2 - Luz atravs da leitura dos Ensinamentos ............................................................................. ................ 16

    1.2 - PARA APRIMORAR A ALMA....................................................................................... ................171.2.1 - Formas de aprimoramento ....................................................................................................... ............ 17 1.2.2 - Fortalecimento da alma ................................................................................................... .................... 17

    1.3 - PARA CRIAR FELICIDADE ....................................................................................... .................181.3.1 - Falta de tie ................................................................................................................................. .......... 18

    1.4 PARA DESEMPENHAR CORRETAMENTE O TRABALHO NA OBRA DIVINA.................................................. ..181.4.1 - Aprimoramento dos mamehito ..................................................................................... ....................... 18 1.4.2 - Respeito liberdade do semelhante ............................................................................................ ......... 19

    2 - COMO ADQUIRIR SABEDORIA? ..................................................................................... ................ 21 2.1 - PELA ELIMINAO DAS MCULAS ATRAVS DO JOHREI..................................................................... 21

    2.1.1 - Johrei e felicidade ............................................................................................................................. ... 21 2.2 - PELA LEITURA DOS ENSINAMENTOS ........................................................................... ...............21

    2.2.1 - Purificao das mculas ....................................................................................................................... 21 2.2.2 - Importncia das publicaes messinicas .............................................................................. .............. 22

    2.3 - PELA ORAO......................................................................................... ............................232.3.1 - Sentido da orao .............................................................................................................. .................. 23

    2.4 - PELA DEDICAO ............................................................................................................ .....232.4.1 - Cem por um ................................................................................................................................... ...... 23 2.4.2 - Canalizao do Johrei .................................................................................................................... ...... 24

    2.5 - PELA PRTICA DO TINKON ....................................................................................... ...............252.5.1 O que ? ........................................................................................................................................ ...... 25

    2.6 - PELA ELEVAO ESPIRITUAL.......................................................................... ..........................252.6.1 - Superioridade da alma ........................................................................................................... .............. 25 2.6.2 - Sabedoria conforme o nvel espiritual ............................................................................ ..................... 25 2.6.3 - Elevao da alma ............................................................................................................................ ..... 26 2.6.4 - Posio da alma .......................................................................................................................... ......... 26 2.6.5 - Esprito fraco .............................................................................................................................. ......... 27

    CAPTULO II - FORMAS DE MANIFESTAO DA SABEDORIA ........................................... 28 1 - CONHECIMENTO DAS LEIS DE DEUS ............................................................................... .............. 28 1.1 - IMPORTNCIA ........................................................................................................... ...........28

    1.1.1 - Deus e Sua Lei ..................................................................................................................................... 28 1.1.2 - Essncia da verdade ........................................................................................................................... .. 28

    1.2 - PRINCIPAIS LEIS ........................................................................................................... .......301.2.1 - Purificao .......................................................................................................................................... 30

    1.2.1.1 - Lei da Purificao .................................................................................................... .................... 30 1.2.1.2 - Causa dos sofrimentos ................................................................................................................ .. 30

    1.2.2 - Tempo ................................................................................................................................................ .. 31 1.2.2.1 - Importncia do tempo ............................................................................................ ...................... 31 1.2.2.2 Tempo certo .............................................................................................................................. ...... 32 1.2.2.3 - Solues rpidas ........................................................................................................................ ... 33

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    1.2.2.4 - Tempo divino ............................................................................................................ ................... 34 1.2.3 - Ordem .......................................................................................................................... ...................... 34

    1.2.3.1 - Lei da Ordem ............................................................................................................. .................. 34 1.2.3.2 - Ocupao correta dos lugares ............................................................................................... ........ 35 1.2.3.3 - Importncia da ordem ............................................................................................ ...................... 36 1.2.3.4 - Primazia da ordem ................................................................................................. ...................... 37 1.2.3.5 - Posio dos objetos no ambiente ........................................................................................ .......... 37

    1.2.4 - Precedncia do esprito ............................................................................................................... ........ 38 1.2.4.1 - Esprito precede a matria ............................................................................................... ............. 38 1.2.4.2 - Influncia das mculas ................................................................................................. ................ 39

    1.2.5 - Causa e efeito ....................................................................................................................... ............... 40 1.2.5.1 - Misso do homem .......................................................................................................... .............. 40 1.2.5.2 - Justia e Lei do Karma ...................................................................................................... ........... 40

    1.2.6 - Harmonia ........................................................................................................................................ .... 40 1.2.6.1 - Lei da Harmonia ........................................................................................................................... 40

    1.2.7 - Inverso ....................................................................................................................................... ........ 42 1.2.7.1 - Lei da Inverso ........................................................................................................................ ..... 42

    1.2.8 - Identidade ..................................................................................................................................... ....... 44 1.2.8.1 - Remdios e mculas ............................................................................................................ ......... 44

    1.2.9 - Efeito Contrrio ............................................................................................................................. ...... 45 1.2.9.1 - Resultados insatisfatrios ................................................................................................... .......... 45 1.2.9.2 - Ocorrncia de efeitos contrrios ......................................................................................... .......... 46

    1.2.10 - Sintonia ......................................................................................................................... ................... 47 1.2.10.1 - Lei da Sintonia ............................................................................................................ ............... 47 1.2.10.2 - Afinidades .................................................................................................................... .............. 47

    2 - IDENTIFICAO DA VERDADE ................................................................................ ....................... 48 2.1 - NVEIS DE VERDADE........................................................................................ ......................482.2 - DVIDAS E NUVENS ESPIRITUAIS............................................................................. ..................492.3 - SUBJETIVIDADE E OBJETIVIDADE........................................................................................... .....492.4 - MISERICRDIA DE DEUS....................................................................................................... ..502.5 - PERDA DE TEMPO.................................................................................................... .............502.6 - DISCERNIMENTO....................................................................................................... ............512.7 - PERCEPO CORRETA.......................................................................................................... ..513 - TRANSMISSO POR REFLEXO .................................................................................................... .. 53 3.1 - SURGIMENTO NATURAL DO TIE.......................................................................................... ........533.2 - F E SABEDORIA....................................................................................... ...........................533.3 - MANUTENO DA PUREZA MENTAL........................................................................................... ..543.4 - APRIMORAMENTO DO TIE.................................................................................................... .....543.5 - POLIMENTO DO "ESPELHO"................................................................................................. .....554 - TRANSCENDNCIA ...................................................................................................... ............. 55 4.1 - TIESHOKAKU................................................................................................................... .....554.2 - RAPIDEZ.................................................................................................. ..........................565 - CONCRETIZAO ................................................................................................. .................... 57 5.1 - ELEVAO DO YUKON...................................................................................... ......................575.2 - SALVAO E TIE................................................................................................. ..................575.3 - FACILIDADE E SACRIFCIO.............................................................................................. ..........595.4 - AGIR COM LGICA.......................................................................................................... .......605.5 - ORIENTAO DISTNCIA........................................................................................ ...............615.6 - CONSERTOS............................................................................................................... .........615.7 - TAREFAS DIVERSIFICADAS............................................................................ ...........................625.8 - SALDAR DVIDAS ESPIRITUAIS............................................................................... ....................625.9 - EXPANSO DO PLANO DIVINO.............................................................................................. ....635.10 - AUTODEPRECIAO....................................................................................... ......................645.11 - INTERCALAO DE ATIVIDADES................................................................................. ...............645.12 - GUEDATSU................................................................................................................... .....65

    CAPTULO III - PRINCPIOS DO HOMEM SBIO ......................................................... ........... 67 1 - DESAPEGO .................................................................................................. .......................... 67 1.1 - RELAO ENTRE JOHREI E APEGO........................................................................ ....................671.2 - APEGO A BENS MATERIAIS........................................................................................ ...............671.3 - APEGOS EMOCIONAIS................................................................................................. ............681.4 - APEGO VIDA.......................................................................................... ...........................681.5 - ENVOLVIMENTOS FAMILIARES............................................................................................ ........70

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    1.6 - APEGO E NUVENS ESPIRITUAIS..................................................................... ............................701.7 - SINGELEZA NO AGIR........................................................................................... ...................711.8 - EGOCENTRISMO........................................................................................... ........................722 - F ............................................................................................................................... ....... 73 2.1 - PARA ADQUIRIR A VERDADEIRA F.................................................................................. ...........732.2 - SABOR DA F................................................................................................... ...................742.3 - COMENTRIOS DE MEISHU SAMA SOBRE O ENSINAMENTO F E LIBERDADE........................................752.4 - PENSAMENTOS COERENTES...................................................................................... ...............782.5 - IMPEDIMENTO EXPANSO DA MESSINICA...................................................... ...........................792.6 - EFEITOS DO JOHREI................................................................................................... ...........803 - GRATIDO ................................................................................................... .......................... 81 3.1 - O HOMEM DEPENDE DO PRPRIO SOONEN............................................................................ ......813.2 - GRATIDO PELO JOHREI............................................................................................. ............813.3 - MCULAS E DOAES.................................................................................................... ........833.4 - DVIDAS CSMICAS............................................................................................................ ....843.5 - FUNO DO DINHEIRO.................................................................................................... ........853.6 - POUPAR DOANDO............................................................................................................... ...853.7 - VIGILNCIA NO AGRADECER...................................................................................... ...............863.8 - IMPORTNCIA DO AGRADECIMENTO........................................................................................... ..863.9 - GRATIDO E RESSENTIMENTO............................................................................................... ....874 - DISCERNIMENTO ENTRE BEM E MAL .......................................................................................... ... 87 4.1 - O PAPEL DO BEM E DO MAL....................................................................................... ............874.2 - DISTINGUIR A VERDADE.......................................................................................... ................884.3 - VENCER O MAL EM SI MESMO................................................................................................ ..894.4 - SATISFAO E INSATISFAO................................................................................................... .904.5 - O DESTINO HUMANO...................................................................................................... ........914.6 - BOATOS............................................................................................................ .................924.7 - QUALIFICAO DIVINA......................................................................................... ...................935 - ACEITAO DA VONTADE DE DEUS ......................................................................... ...................... 93 5.1 - ENTREGAR-SE A DEUS................................................................................... .......................935.2 - POSTURA INADEQUADA.................................................................................................... .......945.3 - EQUILBRIO ENTRE VERTICAL E HORIZONTAL.............................................................. ...................955.4 - HODO, O DOURADO CAMINHO DO MEIO........................................................................ ...............955.5 - IZUNOME..................................................................................................... .......................966 - ORAO ....................................................................................................... ........................ 97 6.1 IMPORTNCIA DO GUENREI............................................................................................. .........976.2 O GUENREI DAS SETENTA E CINCO VOZES................................................................................. ..976.3 - FORA DA PALAVRA........................................................................................................ .......986.4 - PODER DA ORAO..................................................................................................... ..........996.5 - INFLUNCIA DO MAU GUENREI.............................................................................................. .....996.6 - MANEIRA CORRETA DE ORAR........................................................................ .........................1007 - VIRTUDES ................................................................................................................... ......... 101 7.1 - ALEGRIA..................................................................................................................... ......1017.2 - ATITUDE SBIA........................................................................................................ ...........1027.3 - A MELHOR ESTRATGIA................................................................................................... ......1047.4 - SERVIR EM SEGREDO...................................................................................................... .....1057.5 - UM PRINCPIO DE JUSTIA........................................................................................... ..........1057.6 - JUSTIA E REPURIFICAO.................................................................................. ..................1067.7 - HONESTIDADE................................................................................................................ ....1078 - COMPORTAMENTO ......................................................................................................... ........ 108 8.1 - O HOMEM PRIMITIVO....................................................................................................... .....1088.2 - ENFRAQUECIMENTO DA VITALIDADE HUMANA........................................................................ .......1098.3 - MUDANAS NECESSRIAS..................................................................................................... .1108.4 - CHEGADA DO MUNDO DE MIROKU........................................................................ ..................1108.5 - RESPEITO AOS SEMELHANTES......................................................................................... ........1118.6 - POSTURA "REDONDA".................................................................................... ......................1138.7 - MANIFESTAO DA BELEZA NO COMPORTAMENTO.................................................................... .....1148.8 - VIDA DE ISOLAMENTO.................................................................................................. .........1158.9 - CONDUTA HUMANA......................................................................................... .....................1169 - SOONEN ....................................................................................................................... ....... 116

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    9.1 - O QUE ?................................................................................................ ........................1169.2 - IMPORTNCIA................................................................................................... ..................1169.3 - EXPANSO.................................................................................................... ....................1189.4 - SOONEN E COMUNICAO................................................................................ .....................1199.5 - SOONEN E JOHREI................................................................................................. .............1199.6 - SOONEN E MAKOTO..................................................................................................... ........1209.7 - SOONEN NEGATIVO.............................................................................................................. 1229.8 - SOONEN E APEGO............................................................................................................. ..1229.9 - SOONEN E TRANQILIDADE........................................................................................... .........1239.10 - SOONEN E BOM SENSO............................................................................... .......................1239.11 - SOONEN E PODER DIVINO.............................................................................................. ......1249.12 - ESPONTANEIDADE.......................................................................................... ...................1259.13 - APRIMORAMENTO DAS OPINIES....................................................................................... .....1279.14 - REINO DO CU NO CORAO..................................................................... .........................1279.15 - PERSONALIDADE DO IMPERADOR GODAIGO DO PONTO DE VISTA ESPIRITUAL........................... ..........1279.16 - INTENO VERDADEIRA................................................................................................. ......1299.17 - PODER DE DEUS E PENSAMENTO HUMANO........................................................... ...................12910 - PROCEDIMENTO DAIJO E SHOJO ................................................................................... ........... 130 10.1 - DIFERENA ENTRE ATITUDES DAIJO E SHOJO............................................................... .............13010.2 - JULGAMENTOS.......................................................................................... .......................13110.3 - OBJETIVO CORRETO...................................................................................... ....................13210.4 - VISO AMPLA................................................................................................................. ..13310.5 - COMPORTAMENTO DAIJO E SHOJO...................................................................... ...................13410.6 - ATITUDE DAIJO..................................................................................................... ............13511 - PONTO FOCAL ............................................................................................................. ........ 136 11.1 - IDENTIFICAO DO PONTO FOCAL.......................................................................................... .13611.2 - SABEDORIA E PONTO FOCAL.................................................................... ............................13711.3 - MANEIRA CORRETA DE OBSERVAR........................................................................................ ..13812 - VISO CIENTFICO-DIVINA ...................................................................................... ................. 138 12.1 - LUZ IRRADIADA PELA MO................................................................................ ...................13812.2 - CINCIA DIVINA........................................................................................... .....................13912.3 - PODER DE KASSO................................................................................................ .............14112.4 - SIGNIFICADO DOS NMEROS........................................................................... .....................14212.5 - SIMBOLOGIA NUMRICA.............................................................................. ........................14312.6 - SONS VOCLICOS...................................................................................... .......................14413 - VIGILNCIA PERMANENTE .................................................................................... .................. 144 13.1 - FIRMEZA DE ATITUDES.................................................................................................. ......14413.2 - AO DOS JASHIN..................................................................................................... ........14513.3 - PRESUNO........................................................................................................... .........145

    PROPOSIO FINAL ............................................................................................................. . 147 ADENDO ........................................................................................................................... ....... 148 GLOSSRIO ................................................................................................................... ......... 150

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    PREFCIO DO PRIMEIRO VOLUME

    Meishu Sama sempre divulgou os Ensinamentos que Lhe foram revelados por Deus atravs de publicaes em jornais e revistas da Igreja, bem como por meio de palestras feitas para mamehito e ministros. Nessas ocasies, abordava assuntos variados que abrangiam no s o campo religioso, moral ou filosfico, mas tambm cincia, especialmente a Medicina, Poltica, Educao, Arte, Histria, Agricultura, alm de outros temas diversos, tais como: ordem social, sabedoria, Mundo Espiritual, Bem e Mal, enfim qualquer ocorrncia que, direta ou indiretamente, interferisse no comportamento humano.

    De um modo geral, os artigos ou mesmo o contedo das palestras analisavam, de uma s vez, as mais diversas questes, todas elas consideradas sob um ponto de vista totalmente inovador, tendo por base a revelao divina, bem como experincias vividas e pesquisas realizadas por Meishu Sama, cuja finalidade era formar o homem para viver na Nova Civilizao, que se iniciaria no presente sculo XXI.

    De outra parte, todos os princpios contidos nos Ensinamentos foram sendo gradativamente explicados de acordo com as necessidades do momento. Assim, muitos deles constituram respostas a perguntas formuladas pelos estudiosos e seguidores da Messinica. Da tambm o outro motivo de, numa mesma palestra ou nos artigos para jornais e revistas, serem tratadas questes diversas sem a centralizao especfica de um tema nico.

    Sempre foi, entretanto, bastante evidente a necessidade de se organizarem os Ensinamentos de acordo com os assuntos, a fim de se tornarem mais claros, especialmente para os ocidentais, e tambm para todas as pessoas interessadas em estud-los. Dessa forma, tornar-se-ia mais fcil visualizar, na sua totalidade, preciosssimas lies de inestimvel valor.

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    Entretanto, desde 1955 (Goshoten1 de Meishu Sama) at hoje, nada de concreto tinha sido feito no sentido de ordenar sistematicamente os Ensinamentos, separando-os de acordo com os diversos assuntos tratados pelo Mestre.

    Sentindo, ento, a urgncia de iniciar uma sistematizao, nosso esforo visou, na medida do possvel, atingir esse objetivo. Numa primeira etapa, o trabalho consistiu na separao dos textos que, depois, foram reunidos e remontados de forma esquemtica, colocando sempre em evidncias pontos bsicos considerados indispensveis a quem deseja trilhar o caminho da salvao. Sob esse aspecto, foi uma atividade semelhante da construo de uma casa, na qual a primeira etapa corresponde ao estabelecimento do alicerce para, em seguida, serem levantadas as colunas, paredes e telhado, sendo finalmente concluda com os arremates e acabamento para, mais tarde, ser acrescida dos ltimos retoques da decorao, feita com valiosas obras de arte das mais variadas tendncias. Em outras palavras, quero dizer que Meishu Sama deixou, nos Ensinamentos, todo o material para a edificao da nova morada da humanidade. A ns cabe apenas a misso de distribu-lo, colocando cada mensagem, cada preceito, cada orientao no seu exato lugar. Dessa forma, os leitores podero obter uma idia mais concreta, numa viso tridimensional, da beleza desta nova casa, planejada por Deus, para todos os Seus filhos.

    Tendo, ento, como linha mestra o aspecto construtivo ascendente, tomamos como base, na elaborao deste livro, o processo da Iniciao como uma primeira etapa a ser transposta no caminho do aprimoramento espiritual. Nesta fase inicial, o que se destaca a necessidade da purificao, entendida como um recurso irrefutvel de limpeza das mculas do esprito e das toxinas presentes no corpo fsico.

    1 Passagem de Meishu Sama para o Reino Divino (10/02/1955).

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    Uma vez vencida a fase da iniciao, o praticante, um pouco mais livre de impurezas, tem condies de discernimento e vai, assim, adquirindo a verdadeira sabedoria num processo contnuo de aprimoramento espiritual. Da que, para atender a esse objetivo, a segunda parte desta Obra contm exclusivamente Ensinamentos referentes Sabedoria. Atravs deles, o leitor vai poder orientar-se na busca do seu prprio desenvolvimento espiritual. Assim, passo a passo, ir conseguindo escalar pontos cada vez mais altos, at atingir a Comunho Perfeita com Deus.

    Ento, o contedo da terceira parte constitudo de Escritos Sagrados que tm como objetivo mostrar o poder da Luz atravs da qual cada um de ns, seguindo o exemplo de Meishu Sama, poder atingir o grau de Kenshinjitsu.

    Foi tambm considerando todas as colocaes at aqui expostas que dividimos o presente livro Evangelho do Cu em trs volumes, a saber: I -Iniciao, II - Sabedoria e III - Reino Divino, simbolizando, no seu conjunto, a nova habitao para a humanidade inteira, onde cada um poder cultuar a Beleza, praticar a Virtude e vivenciar plenamente a Verdade absoluta.

    Minoru Nakahashi

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    INTRODUO

    Embora seja comum as pessoas falarem simplesmente de sabedoria, h categorias distintas a serem observadas: umas bem superficiais, outras mais profundas. Dessa forma, possvel destacar a existncia de trs nveis superiores, a saber: shinchi, a sabedoria divina, zenchi ou forma de manifestao do Bem, e eichi, inteligncia do sbio.

    Esses trs primeiros estgios de discernimento brotam nas pessoas que tm o corao repleto de makoto e, ao mesmo tempo, aceitam a presena de Deus. Cada ser humano deve, contudo, procurar aperfeioar, o mximo possvel, as formas mais elevadas de sabedoria atravs do aprimoramento da f.

    Se procurarem, ento, estabelecer as normas de ao por meio da prtica de zenchi e mant-las em contnuo aperfeioamento, jamais ocorrero malogros e a verdadeira felicidade poder ser conquistada em plenitude.

    De outra parte, atitudes oriundas de atos de maldade geram uma forma de inteligncia denominada kanchi que se fundamenta em princpios de esperteza e astcia. tambm da mesma origem a maneira de agir identificada como saichi, que tem por base a sagacidade enganosa, bem como aquela que se compraz na prtica de malvadezas, chamada jachi. Esta ltima est presente na vida de todos os criminosos e fraudadores, os quais a possuem desenvolvida em alto grau.

    Num sentido amplo, pode-se afirmar que, desde os tempos antigos, os heris e todos os detentores de sucessos passageiros, na verdade, tiveram apenas uma inteligncia malfica de maior tamanho.

    A partir da constatao dos desmandos cometidos pelos maus, d, portanto, para entender o quanto profunda a sabedoria do

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    Bem, comparada superficialidade das inteligncias perversas. Tal fato pode ser notado desde as mais remotas pocas. Basta observar o caminho percorrido pelos homens maldosos. Ainda que seus desregramentos sejam planejados com habilidade, sempre apresentam alguma falha que os leva infalivelmente runa advinda do malogro de seus planos.

    Eis a razo de eu continuar a insistir: se desejarem prosperidade no apenas momentnea, mas eterna, aperfeioem a sabedoria profunda que nasce do poderoso makoto.

    Concluindo ento: se quiserem ser verdadeiras pessoas de f, precisam, antes de mais nada, ser corretas. Entendendo essa lgica, no ser nada difcil resolver os males que afligem a sociedade atual.

    A realidade, porm, quando atentamente observada, evidencia, em toda parte, a superficialidade de pensamento do homem moderno. Os polticos, por exemplo, imediatistas ao mximo, ficam todos muito atrapalhados ao enfrentarem um problema que surge de repente. Nesse aspecto, se parecem bastante com os tratamentos alopticos da medicina: procurando eliminar os sintomas, no vo em busca das causas. Na verdade, acontece que, por terem apenas uma inteligncia superficial, no conseguem enxergar o futuro e, por isso, torna-se impossvel para eles estabelecer metas polticas autnticas, capazes de resolver os problemas sociais.

    A falta de tie profundo sempre impede, portanto, a conquista de uma vida feliz. Ocorre algo mais ou menos semelhante ao que acontece nos jogos de go2 e shoogui3. Os mestres dessas modalidades enxergam, de um modo geral, de cinco a dez passos frente e, por isso, vencem com facilidade. J os iniciantes conseguem atingir somente dois ou trs, motivo que os conduz infalivelmente derrota.

    2 Go - jogo parecido com o de dama3 Shoogui - jogo semelhante ao xadrez

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    Tomando, ento, como base a habilidade dos mestres do go e shoogui, os seres humanos devem aperfeioar, o mais possvel, a sabedoria do Bem. Caso contrrio, nada conseguiro.

    Para atingir to alto grau de discernimento, ou seja, ir busca de uma vida norteada pelos princpios da divina sabedoria, preciso cultivar e manter constantemente, atravs da f, um corao repleto de makoto.

    Meishu Sama

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    SABEDORIA

    Luz, caminho,Gratido, f,

    Conscincia divina.

    SABEDORIA

    Shinchi

    Luz da suprema sabedoriaRelmpago misterioso!

    Esclarece repentinamente o corao daquelesQue tm misso muito especial

    dentro do plano divinoNunca te afastes destes escolhidos especiais

    Myochi

    Sabedoria misteriosa de KannonCapacidade de compreenso,

    Acima do Bem e do Mal!Abre a porta de pedra dos coraes humanos.

    Preenche o mundo com teu poder.

    Eichi

    To raro tieshokaku nos dias de hoje!Luz a guiar a inteligncia dos sbios.

    Afasta deles a crescente perversidade de idiasQue, cada vez mais, est dificultando

    A presena do discernimento na humanidade.

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  • Evangelho do Cu Vol. II

    Saichi

    Formas, aparncias, superficialidades, falhas!Infalveis e mltiplas desconfianas!

    No permitas, oh! Kannon,Que tantos males levem os homens

    A perder a confiana no invisvel!

    Kanchi

    Grande astcia, capacidade maldosa!Intelectuais e dirigentes,

    Quantas vezes fingistes realizar algoEm benefcio dos menos favorecidos!

    Tantas artimanhas a impedirQue a sociedade prospere verdadeiramente!

    Aniquila oh! KannonComportamentos to malignos!

    Desperta nos homensA crena na existncia de Deus!

    Intensifica o aprimoramento espiritual ematerial!

    Cria na Terra uma vida harmoniosa e plenade felicidade!

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  • Evangelho do Cu Vol. II

    CAPTULO 1 - POR QUE E COMO ADQUIRIR SABEDORIA

    1 - Por que a sabedoria necessria?

    1.1 - Para despertar a alma

    1.1.1 - Primeiro Johrei

    importante oferecer o jornal Eiko4 (Glria) e a revista Tijyotengoku (Reino do Cu na Terra) para as pessoas lerem, pois assim entendero o significado dos Ensinamentos e recebero Luz.

    Mesmo que o assunto seja esquecido, a leitura deixa na alma um poder de purificao. Em outras palavras, seria como se fosse plantada, no corao, uma pequena semente que, mais tarde, vai crescer e frutificar.

    Muito louvvel, pois, dar aos que nos procuram explicaes sobre os princpios messinicos; se, entretanto, nessas ocasies, lhes forem oferecidas algumas publicaes sobre o assunto, ao lerem, j estaro no s recebendo o primeiro Johrei, como tambm conseguindo, de imediato, efeitos inesperados.

    1.1.2 - Luz atravs da leitura dos Ensinamentos

    Pela leitura dos Ensinamentos, as nuvens espirituais mais profundas so eliminadas em primeiro lugar e, como resultado, a alma se expande. por esse motivo que eu insisto: na leitura constante dos Ensinamentos est a maneira correta para despertar a alma, porque purifica-lhe as impurezas e, ao mesmo tempo, a fortalece.

    4 Eiko e Tijyotengoku so publicaes messinicas da poca em que Meishu Sama escreveu este Ensinamento. Atualmente no esto mais em circulao.

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  • Evangelho do Cu Vol. II

    1.2 - Para aprimorar a alma

    1.2.1 - Formas de aprimoramento

    A finalidade da f consiste em polir a alma e purificar o corao. Para alcanar esse objetivo, existem trs meios:

    Primeiro: praticar o ascetismo e a penitncia, ou padecer infortnios.

    Segundo: acumular virtudes pela prtica de atos bons.

    Terceiro: aprimorar a alma atravs da apreciao de obras de arte de alto nvel.

    1.2.2 - Fortalecimento da alma

    Quando uma pessoa recebe Johrei, purificada de fora para dentro, mas a leitura dos Ensinamentos age de dentro para fora. Quer dizer, embora a centelha divina de cada um seja em si pura, quando envolta por nuvens, fica encolhida e adormecida. Pela leitura dos Ensinamentos, entretanto, essas impurezas so dissipadas e a alma desperta repentinamente. Assim, ento, dependendo das circunstncias, at mesmo pessoas ms podem tornar-se bondosas.

    A partcula divina do homem , portanto, dotada de pureza absoluta e, por isso, no muda. Pode, contudo, ser afetada por influncias externas, ficando recoberta de nuvens que a levaro a encolher-se.

    Da a importncia de todos pedirem a Deus a expanso e o fortalecimento da alma.

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    1.3 - Para criar felicidade

    1.3.1 - Falta de tie

    Felicidade ou infelicidade dependem essencialmente do soonen. Quem se acha infeliz possui, de fato, uma cabea ruim. Dentre estes, os piores so os homens maus, pois se iludem, julgando poderem alcanar felicidade atravs de prticas ilcitas. Jamais percebem que o verdadeiro sucesso no pode ser atingido se cometerem atos escusos. Por essa razo, os maldosos no tm capacidade alguma de discernimento. Posso tambm afirmar que no existe correspondncia entre maldade e nvel social; qualquer pessoa pode ser famosa ou ilustre, mas, se estiver cometendo aes ilcitas, sentir-se- extremamente infeliz.

    Outro aspecto importante a ser observado o seguinte: mesmo entre aqueles de cabea ruim, h nveis diferentes: em alguns, o problema se apresenta mais acentuado; em outros, menos. Assim, por exemplo, eu no posso dizer que algum ilustre revele sempre muita bondade, mas tambm no posso afirmar que seja to mau porque, se o fosse, no conseguiria tanto destaque.

    1.4 Para desempenhar corretamente o trabalho na Obra Divina

    1.4.1 - Aprimoramento dos mamehito

    Pergunta de ministro: Eu tenho notado que muitos membros no vm com regularidade aos cultos nem esto recebendo bastante Johrei. Gostaria de que eles melhorassem mais nesses pontos para poderem cumprir melhor a vontade de Deus. O que devo fazer?

    Resposta de Meishu Sama: Toda essa preocupao significa a sua falta de f ao orientar os membros, pois voc no est confiando no Pai Supremo. Precisa muito aprimoramento para

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  • Evangelho do Cu Vol. II

    se chegar compreenso de que Deus quem age; ns somos apenas instrumentos. Pensar, por isso, a partir de um ponto simplesmente humano gera sempre grande sofrimento. Eu, por exemplo, quando enfrento qualquer problema para os quais no encontro soluo adequada, entrego-os inteiramente a Deus e no me preocupo com quem est fazendo alguma coisa errada. Deixo-os agir com liberdade, porque no adianta dar conselhos s pessoas que j decidiram por um determinado caminho. Mesmo que a gente as julgue incorretas, no despertam. Normalmente, s vo perceber que caram no erro ao se encontrarem num beco sem sada.

    Pergunta de ministro: Como podemos saber se estamos num beco sem sada?

    Resposta de Meishu Sama: Muito fcil! Quando nos encontramos numa situao embaraosa ou sempre que estivermos sofrendo, sinal de que no temos possibilidade de resolver os problemas com os quais nos defrontamos. Nessas condies, ento, a melhor atitude consiste em entregar-nos a Deus que, vendo as nossas aflies, se dispe a ajudar-nos. Ao nos colocarmos inteiramente em Suas mos, ser criada, da nossa parte, uma condio favorvel para que Deus nos possa socorrer.

    1.4.2 - Respeito liberdade do semelhante

    Quando observo as pessoas que trabalham comigo fazendo coisas erradas, eu nunca lhes chamo a ateno, mas entrego tudo a Deus. Se realmente no esto agindo certo, Ele as julgar. Muitas vezes, porm, embora paream erradas aos olhos humanos, so criaturas teis do ponto de vista do Senhor Supremo, existindo, por isso, alguma necessidade delas no meu trabalho.

    Certa vez aconteceu de um determinado colaborador tentar de vrias maneiras prejudicar a Obra Divina. Todos os demais

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  • Evangelho do Cu Vol. II

    auxiliares estavam bastante preocupados e constantemente me alertavam sobre isso. Eu sempre lhes recomendava calma, dizendo-lhes que Deus estava olhando e deixei-o continuar agindo. Logo, porm, ficou mal e precisou ser internado num hospital onde morreu.

    Analisando detalhadamente as atitudes maldosas e os fatos relacionados vida desse dedicante, sou ainda bastante grato a ele, pois, apesar de tudo, realizou bons trabalhos, contribuindo assim para o desenvolvimento da Obra Divina. No instante, porm, em que poderia prejudicar, ficou impedido de ir adiante. Posso, ento, afirmar que foi til num determinado momento, dentro do infinitamente profundo plano divino. Nessas situaes, o grandioso Deus no enxerga, como os olhos humanos, o Bem e o Mal das pessoas, mas somente a funo a ser exercida por elas.

    Com o passar do tempo, todos vo entender que a concretizao do Reino do Cu aqui na Terra assemelha-se a um grande teatro do qual fazem parte os Trs Reinos: o Divino, o Espiritual e o Material. Trata-se, pois, de um empreendimento onde cada pessoa tem um papel a desempenhar, seja como vilo, seja como bom. O importante, porm, que assim a Obra de Deus vai-se desenvolvendo e expandindo neste mundo ainda dominado pelo mal.

    Faz-se necessrio tambm todos permanecerem atentos porque, mesmo dentro da igreja, os jashin penetram e ficam na mira dos adeptos. Pode haver, portanto, falhas e cada um deve ficar bem decidido, firme.

    Embora, de vez em quando, aconteam alguns infortnios em conseqncia da atuao dos jashin, esses sofrimentos devem ser encarados como uma ao purificadora, sem a qual no se consegue aprimorar.

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    2 - Como adquirir sabedoria?

    2.1 - Pela eliminao das mculas atravs do Johrei

    2.1.1 - Johrei e felicidade

    Aparentemente o Johrei tem como finalidade a eliminao das doenas. Possui, contudo, um objetivo muito mais amplo. Em sntese, uma maneira de criar felicidade.

    Em termos simples, o Johrei cura as enfermidades porque dissipa a sua causa, que so as nuvens espirituais. Ao queimar as mculas do corpo espiritual, elimina tambm simultaneamente todos os sofrimentos causados por doenas, pobreza e conflitos. Dentre os infortnios que atingem o ser humano, o principal a doena, porque afeta a prpria vida. Resolvido esse problema, os demais tambm o sero. Aqui reside o princpio da felicidade.

    Pode-se, portanto, concluir que a causa de todas as aflies e angstias humanas so as mculas espirituais acumuladas. E a maneira mais simples e decisiva de dissip-las est na prtica do Johrei, cujo objetivo vai alm da cura das doenas.

    Mantendo, ento, o esprito livre de mculas e o corpo sem toxinas, o ser humano tem condies de adquirir sabedoria.

    2.2 - Pela leitura dos Ensinamentos

    2.2.1 - Purificao das mculas

    Para entender bem este ponto, precisamos, primeiro, lembrar que nossa alma, por ser partcula divina, sempre tem luz. Entretanto, devido s muitas mculas acumuladas, encontra-se envolta por camadas de impurezas que se vo concentrando ao redor dela, no corpo espiritual. Por essa razo, eu digo que a alma se acha num estado dormente e, pela influncia exterior dessas

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  • Evangelho do Cu Vol. II

    mesmas impurezas, diminui de tamanho. Ento, ao ser canalizado Johrei, queimam-se as mculas que a envolvem na parte mais exterior, perifrica. Ao lerem, porm, os Ensinamentos, acontece o inverso, isto , as nuvens das camadas mais interiores, mais prximas da partcula divina, so eliminadas em primeiro lugar. Em conseqncia, a capacidade de discernimento aflora, tornando-se mais fcil a compreenso da verdade.

    2.2.2 - Importncia das publicaes messinicas

    Todos os artigos so, de fato, muito bons; no apresentam ponto algum passvel de contestao. Como, porm, os escritos messinicos constituem um obstculo poderoso ao dos jashin, eles fazem de tudo para impedir que sejam divulgados. Alm disso, essas entidades malignas tm um enorme temor ao sofrimento que lhes causa a leitura de qualquer assunto referente Messinica.

    Freqentemente, pessoas vtimas de encostos confessam, aps terem sido libertadas, que no gostavam de ler os Ensinamentos.

    Um bom mtodo, portanto, para testar se algum com problemas tem ou no encosto de jashin, consiste em deixar as publicaes messinicas num lugar bem visvel, dentro da casa. Se a pessoa as pegar e ler, sinal de que est livre; caso as ignore, no cometo erro algum em afirmar que est sendo influenciada pela ao desses seres malignos.

    De outra parte, percebo tambm que os jashin esto travando uma luta constante, numa guerra invisvel e diria, desde que comecei a escrever a Criao da Civilizao. Como um livro profundamente temido por essas entidades, elas mesmas colocam inmeros impedimentos para que eu no possa complet-lo; da a razo de me considerar um soldado num campo de batalha.

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  • Evangelho do Cu Vol. II

    At pessoas da minha famlia, embora no tenham a inteno, me atrapalham, pois so usadas pelos jashin para obstruir o meu trabalho. Recentemente ocorreu uma pequena melhora, mas, no comeo, no encontrava meios para fugir desses obstculos.

    Como Deus no quer os Seus filhos vivendo num ambiente de discrdia, mas deseja para todos a verdadeira felicidade e muita sabedoria, com certeza, vou ter condies de completar a Criao da Civilizao, que juntamente com as demais publicaes messinicas, trar grandes benefcios para toda a humanidade.

    2.3 - Pela orao

    2.3.1 - Sentido da orao

    Quando rezamos, pedimos a Deus a purificao das mculas e o fortalecimento de nossa partcula divina. Da a importncia da orao sincera para alcanar sabedoria.

    2.4 - Pela dedicao

    2.4.1 - Cem por um

    O ideal seria que cada pessoa de f formasse outras cem.

    Quando um membro da Messinica consegue ministrar Johrei regularmente, ou divulgar as publicaes e, desse modo, formar um novo adepto, fica, em geral, muito contente. Essa boa ao, entretanto, significa apenas que ele teve condies de fazer alguma pessoa adentrar ao porto da casa. preciso, ainda, conduzi-la para dentro e mostrar-lhe todos os aposentos da residncia a fim de ser verdadeiramente possvel afirmar que mais um membro foi conseguido. Quem j passou por experincias semelhantes sabe o que estou querendo dizer. O novo adepto s ser, portanto, um perfeito seguidor da Messinica quando, do

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  • Evangelho do Cu Vol. II

    fundo do corao, entender e aceitar a nova maneira de viver que lhe est sendo proposta.

    Se, pois, algum tiver fora e capacidade de fazer um membro bem firme, com sabedoria suficiente para compreender os Ensinamentos, no ter dificuldade de conseguir mais cem. Estes, por sua vez, faro outros cem. Assim, sucessivamente, de maneira simples e natural, vai surgir um nmero surpreendente de verdadeiros propagadores do Evangelho do Cu, quer dizer, de pessoas sbias.

    2.4.2 - Canalizao do Johrei

    Na Messinica, o princpio da dedicao deve ser entendido de maneira muito peculiar, pois trata-se de uma verdade fundamentada num poder impossvel de ser comparado ao das outras religies: baseia-se na prtica do Johrei, mtodo sem precedentes, que exerce uma espantosa ao sobre as doenas. A maioria das pessoas, entretanto, ainda no consegue dar-lhe crdito irrestrito. Quem j recebeu Johrei uma vez pode entender bem o que estou dizendo a respeito dos surpreendentes resultados da Luz de Deus no restabelecimento de enfermos.

    Na verdade, existem outros meios de impedir, pela f, o avano de algumas enfermidades. So, contudo, graas advindas indiretamente de Deus. Podem tambm resultar do emprego de fora mental. Ambos esses processos eram possveis e aceitveis no mundo da Noite, onde a Luz Divina s se manifestava at certo grau. Agora, porm, com a chegada da Era do Dia, o poder vir diretamente de Deus Supremo e se tornar visvel, de modo absoluto, atravs do Johrei. Essa verdade pode ser comprovada pelo fato de todos os demais segmentos religiosos defenderem a existncia de hospitais, enquanto a Messinica no precisa se preocupar com tais instituies.

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    2.5 - Pela prtica do tinkon

    2.5.1 O que ?

    Tinkon, palavra japonesa que significa ato de acalmar a alma, uma prtica que serve para trazermos o nosso esprito de volta, ou seja, sairmos do estado de disperso. Tambm pode ser utilizada para dominarmos a irritao e conseguirmos um estado de maior serenidade. At mesmo em casos de insnia, o tinkon nos deixa mais tranqilos e o sono vem facilmente.

    O estado de serenidade conseguido atravs da prtica do tinkon conduz a um grau maior de discernimento que trar, como resultado, comportamentos reveladores de muita sabedoria.

    2.6 - Pela elevao espiritual

    2.6.1 - Superioridade da alma

    Ministro Os pensamentos negativos devem se eliminados?

    Meishu Sama No. No correto querer tir-los da mente, pois quem sente essa necessidade est, de fato, mostrando que os possui, mesmo que sejam poucos. Caso contrrio, no seria preciso se preocupar com eles.

    2.6.2 - Sabedoria conforme o nvel espiritual

    Estando no Reino do Cu, dependendo do nvel espiritual em que se encontra, o esprito adquire automaticamente sabedoria suficiente para desempenhar sua misso.

    De outra parte, quanto mais alto for o estgio de elevao, no haver, inclusive, necessidade do uso de palavras. Em nveis superiores do Reino de Deus, as almas comunicam-se atravs

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  • Evangelho do Cu Vol. II

    dos olhos. Em graus ainda mais acima, a troca de informaes dar-se- somente por meio do corao e do soonen.

    Ao atingir esse plano ultra-superior de perfeio, tambm os seres humanos tero condies de saber distinguir, com preciso, os mais distantes lugares e conhecer o futuro de dez ou de centenas de anos frente.

    2.6.3 - Elevao da alma

    Para se conseguir a elevao da alma, preciso acumular virtudes, pois quem tem soonen negativo no consegue sintonizar com a vontade de Deus. Nessa situao, sempre malogra, mas, por outro lado, o sofrimento advindo dos insucessos diminui e elimina as mculas que foram a causa do soonen negativo. Como resultado desse processo, a alma se eleva e pode assim corresponder vontade divina, obtendo, por conseguinte, resultados maravilhosos.

    No mundo, freqentemente, vem-se exemplos de pessoas que fracassaram inmeras vezes e depois se tornaram grandes vencedoras. Tal ocorrncia se deve ao fato de terem, a partir de experincias frustrantes, mudado a sua maneira de agir.

    2.6.4 - Posio da alma

    A alma nunca est numa posio fixa. Ao contrrio, ora sobe, ora desce, dependendo do prprio peso ou leveza, estados ambos diretamente relacionados ao do Bem ou do Mal. Assim, quem cultiva a bondade acumula virtudes e diminui as mculas; portanto, torna-se leve. Por sua vez, os que praticam maldades concentram grande nmero de pecados. Com isso, aumentam cada vez mais as nuvens espirituais e, conseqentemente, o peso da alma. , portanto, muito vlida a expresso "peso do pecado", citada desde os tempos antigos.

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    Concluindo, pode-se afirmar com segurana que tanto as palavras e atos do Bem quanto do Mal chegam at Deus atravs dos fios espirituais. Se cada um de vocs entender essa lgica, saber que no existe outra alternativa a no ser tornar-se uma pessoa virtuosa.

    2.6.5 - Esprito fraco

    De um modo geral, as pessoas que tm esprito fraco vivem se preocupando muito com as direes a seguir, tais como lugares para onde devem mudar-se, local exato da entrada e sada das casas, horscopos, signos do ano. Se essa for a principal fonte de apreenso, nada poder dar certo, pois quem vive inquieto cria para si mesmo a m sorte.

    Ento, sempre que o poder do esprito entra em decadncia, surgem temeridades de toda espcie. Acontece algo semelhante sade fsica. H algumas pessoas cheias de vitalidade e outras bastante debilitadas. Da mesma forma, os medrosos tm, na verdade, esprito fraco.

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    CAPTULO II - FORMAS DE MANIFESTAO DA SABEDORIA

    1 - Conhecimento das Leis de Deus

    1.1 - Importncia

    1.1.1 - Deus e Sua Lei

    Deus amor. Se o homem, entretanto, no estiver vivendo de acordo com a lgica5, nada poder ser feito para ajud-lo. Muitas vezes, o Criador quer conceder s pessoas inmeras graas; falta-lhes, contudo, qualificao para receb-las.

    Mesmo em se tratando de dinheiro, quase sempre, Deus se dispe a coloc-lo em abundncia nos nossos bolsos. No pode, porm, faz-lo, porque h neles muitas impurezas, as quais devem, em primeiro lugar, ser eliminadas, para que se criem condies favorveis ao recebimento do auxlio do Cu. S assim que o Supremo Senhor poder conceder graas sem fim.

    Se o homem quiser, ento, ter a vida salva, dever fazer a sua parte. Caso contrrio, Deus no poder agir, pois existem leis imutveis, as quais nem Ele prprio transgride.

    1.1.2 - Essncia da verdade

    Para encontrar e compreender claramente a essncia das Leis que regem a vida humana e tambm o Universo, preciso, em primeiro lugar, despreender-se dos detalhes. Agindo assim, o ser humano torna-se capaz de expandir o pensamento com muita rapidez e, ao mesmo tempo, passa a no negligenciar as verdadeiras aes, centrando-se mais na essncia dos fatos. Com isso, prospera rapidamente.

    5 Princpio ou a Lei de Deus.

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    Uma mentalidade estreita impede, por conseguinte, a expanso da conscincia, tornando as pessoas obstinadas. Como resultado, elas criam, ao redor de si, um clima de constrangimento. Com essa atitude, a liberdade mental, geradora de estados emocionais tranqilos, desaparece, deixando-as desprovidas de serenidade, elemento essencial para que se estabelea uma atmosfera de progresso e bem-estar, tanto fsico quanto espiritual.

    O mais comum entre a maioria dos seres humanos, no entanto, a busca exclusiva da prpria felicidade. Sempre se esquecem de que viver em consonncia com as Leis Divinas tem suma importncia para se atingir um grau mais elevado de perfeio, no s na parte fsica mas tambm espiritual.

    Nunca se deve, ento, ficar ligado ao reconhecimento humano, uma vez que raramente o valor da virtude entendido na sua essncia, embora advenha de uma rdua dedicao. Importa, por conseguinte, apenas o esforo de cada um para viver de acordo com a vontade divina. Dessa forma, a recompensa vem de Deus, a quem nunca h possibilidade de enganar.

    Em ltima anlise, faz-se necessrio abandonar os preconceitos, os julgamentos superficiais e convencionais fundamentados no falso juzo, o que, de fato, uma atitude muito perigosa.

    Para o Criador, no conta a preocupao em agradar aos homens. Vale somente agir de acordo com a essncia da Lei. Procurem, portanto, realizar apenas o que Deus aprova; coloquem sempre em evidncia os valores divinos, elementos fundamentais para uma vida repleta de bnos.

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    1.2 - Principais Leis

    1.2.1 - Purificao

    1.2.1.1 - Lei da Purificao

    Pela Lei da Purificao, onde quer que se acumulem mculas, surgir uma atividade natural para elimin-las, restabelecendo-se assim o equilbrio vital e o estado de pureza.

    Quando, por exemplo, algum enriquece por meios desonestos, acumula uma fortuna que ter forosamente de ser purificada. Esse mesmo fato pode comprovar tambm que ladres, assassinos, assaltantes, batedores de carteira, so gerados pelos prprios praticantes do Mal, em conseqncia da necessidade de aes purificadoras constantes. Ento, do ponto de vista daijo, se existem malfeitores, por que eles so necessrios.

    De modo anlogo, quando se acumulam toxinas no organismo, estas tero de ser inevitavelmente eliminadas. Para efetuar esse processo de limpeza do corpo, aparecem bactrias nocivas, as quais muitas vezes acabam contaminando outras pessoas. Assim, como num crculo vicioso, o prprio ser humano cria tudo aquilo que o prejudica. Por isso, quaisquer infortnios, sejam doenas, vrus, bactrias, ladres, desastres, constituem instrumentos naturais de purificao das impurezas acumuladas pelo homem.

    1.2.1.2 - Causa dos sofrimentos

    Deve ficar bem claro que a infelicidade que atinge as pessoas em geral no gerada pela natureza. Origina-se da prpria conduta humana. No compensa, pois, a ningum lamentar-se de seus sofrimentos. Ao contrrio, cada um precisa tomar conscincia do Mal que causou a si mesmo.

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    Conservem, portanto, com firmeza, nas suas mentes, este princpio de justia: a causa de todos os males est no corao dos homens. So eles os responsveis pelas inmeras desgraas que lhes advm. Nunca atribuam, ento, a culpa dos prprios erros aos outros. No digam que a sociedade m, nem responsabilizem o governo, a poltica, a educao, o sistema ou a situao do mundo pelos insucessos pessoais.

    Embora o comportamento normal das pessoas, na atualidade, seja imputar aos outros a causa dos fracassos, os homens de f devem agir de maneira mais consciente. Vivendo sempre a lamentar-se, s podero acumular um nmero ainda maior de mculas e, como conseqncia, provocar mais sofrimentos para purific-las, alm de criar motivos para queixas freqentes. Esse modo de viver bastante errado levar certamente a desgraas irreparveis.

    Sendo criaturas banhadas pela Luz de Deus, meditem profundamente sobre essas verdades e as guardem no fundo do corao.

    1.2.2 - Tempo

    1.2.2.1 - Importncia do tempo

    Muito importante o tempo. Mesmo realizaes que, com certeza, tero sucesso por estarem bem planejadas, se estiverem sendo executadas antes do tempo adequado, trazem conseqncias inesperadas. Notem, porm, que tal atitude no significa estarmos cometendo erros; apenas falta ainda o momento propcio. Para prever o fator "tempo certo", temos de possuir tieshokaku bastante evoludo.

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    1.2.2.2 Tempo certo

    Em todos os setores da sociedade, existem pessoas malsucedidas em seus empreendimentos por terem negligenciado o fator tempo adequado.

    Geralmente so malogros que se estendem a toda famlia e, s vezes, afetam tambm os demais parentes e at os amigos. Adversidades de tamanha proporo mostram claramente no se tratar apenas de um mal resultante de erros ou falta de sorte. Na verdade, em muitos casos, passam a representar um problema social. A causa de tanto insucesso est na inadequao do fator tempo certo.

    Para se entender melhor essa questo, convm observar atentamente o comportamento dos homens, ao iniciarem a elaborao de seus planos. Em geral, nos preparativos necessrios, todos so cuidadosos. Mas, quando se dispem a execut-los, percebem que as realizaes no correm de acordo com as expectativas. Normalmente surgem impedimentos inesperados e muitos ficam sem saber como reagir. Esse , via de regra, o caminho do fracasso, cuja causa reside na ignorncia do fator tempo certo, princpio absoluto para a execuo de qualquer tarefa. Ainda que todas as condies sejam favorveis, fora da poca adequada, bons resultados tornam-se impossveis.

    Um outro exemplo pode ser encontrado na Natureza, que tambm mostra ao homem a importncia do tempo como uma condio bsica para a obteno do sucesso em qualquer empreendimento. Notem que todos os produtos agrcolas tm o seu perodo exato de semeao, de crescimento, de transplantao de mudas determinado, claro, pelo clima e a regio de cultivo. Assim, plantando-se um bulbo no Outono, florescer na Primavera. Semeadas na Primavera, as flores desabrocham do Vero at o Outono. Tambm as frutas tm poca exata de sazonamento. Colhidas

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  • Evangelho do Cu Vol. II

    prematuramente, no podero ser aproveitadas; maduras, entretanto, constituem alimentos saborosos.

    Pode-se, ento, afirmar que a Grande Natureza revela, em seu aspecto real, a verdade com relao ao tempo certo, e o homem deve tom-la como exemplo para qualquer trabalho que venha a empreender.

    1.2.2.3 - Solues rpidas

    Pergunta de mamehito: Quando o Senhor escreve, pensa antes sobre o assunto?

    Resposta de Meishu Sama: No preciso, pois eu tenho at dificuldade em assimilar todas as idias, porque se manifestam uma aps outra. Mesmo no caso de uma construo, quase nunca procuro pensar qual seja a melhor maneira de execut-la. Simplesmente, ao chegar o tempo adequado, surge de repente, na minha cabea, aquilo que deve ser feito. Por isso, quando vou ao local onde estou construindo o modelo do Reino do Cu na Terra (Tijyotengoku), digo simplesmente o que e como deve ser feito em cada lugar, em cada ponto. Se alguma dificuldade permanece sem o esclarecimento imediato, deixo-a de lado e no me preocupo mais com o assunto.

    Agora, por exemplo, j tenho na minha cabea, concludo, o Templo. At mesmo o desenho da cortina est pronto.

    Por isso, reafirmo: sempre que, ao pensarem na maneira como resolver um problema, no sendo encontradas idias claras, deixem-no assim mesmo. Chegando o tempo, aparece rapidamente a soluo exata.

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  • Evangelho do Cu Vol. II

    1.2.2.4 - Tempo divino

    O tempo de Deus muda a cada mil ou dezenas de mil anos, embora para Ele, o Criador, esse espao corresponda apenas a uma frao de segundo, ou at menos que isso.

    No obstante, para o ser humano que consegue, quando tem vida longa, chegar, no mximo, perto dos cem anos, imaginar que milhares deles correspondem a fraes de segundo na mente divina fica extremamente complicado e confunde-lhe muito o pensamento.

    1.2.3 - Ordem

    1.2.3.1 - Lei da Ordem

    Deus Ordem. Ento, quando se desrespeita to profundo princpio, especialmente no campo das relaes sociais, nada corre bem. Diante desse fato, torna-se fundamental termos conscincia da Lei da Ordem.

    A fim de entender melhor esse processo de prioridade, atentem para o seguinte: de acordo com um provrbio chins, existe uma distino entre os membros de um casal e ainda uma linha de precedncia dos velhos em relao aos jovens, fato que leva ao estabelecimento de estreita ligao entre ordem e cortesia.

    Observando tambm a Natureza, poderemos notar que nada deixa de obedecer a um esquema bem preciso. Primavera, Vero, Outono e Inverno sempre se sucedem na mesma seqncia. Processo semelhante ocorre com o despontar dos dias e das noites e com o crescimento das plantas. As cerejeiras, por exemplo, jamais florescem antes das ameixeiras.

    Idntica postura de precedncia dever nortear a maneira correta de agir no que diz respeito nossa prtica religiosa. De nada

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  • Evangelho do Cu Vol. II

    adianta elevarmos preces a Deus aps termos realizado as tarefas corriqueiras, porque, neste caso, o trabalho tornou-se a atividade principal, tendo a divindade sido relegada a um plano secundrio. O mesmo se aplica s pessoas que vo receber Johrei. Devem, primeiro, ir ao Templo para depois se dedicarem s demais atividades. Agindo assim, percebero os efeitos benficos da Luz de Deus com muito mais rapidez.

    1.2.3.2 - Ocupao correta dos lugares

    Na construo das casas japonesas, frequentemente observamos que o primeiro andar destinado ao quarto dos filhos e o trreo, para os pais.

    Analisando esse fato, percebemos que os filhos passam a ocupar um plano superior em relao aos pais e, por esse motivo, muitas vezes, no lhes ouvem as recomendaes. Situao idntica pode ser percebida no caso de patres e empregados. Precisamos, portanto, estar sempre atentos a esses pequenos detalhes.

    Embora no parea importante, tambm ao sentarmo-nos numa sala, convm obedecermos ordem. Assim, o dono da casa dever ocupar o lugar superior, seguido da esposa, do filho primognito, dos demais filhos e das filhas. Quando a famlia segue esse princpio, cria-se um ambiente de paz e harmonia. Caso contrrio, facilmente surgem atritos ou incidentes desagradveis.

    Muitas vezes, ao participar de uma reunio, eu percebia, logo ao entrar na sala, algo estranho no ambiente. Observando os detalhes, verificava que as pessoas no estavam sentadas de acordo com a Lei da Ordem. fundamental, pois, entendermos bem esse princpio.

    Para determinao do lugar correto de cada um, podemos considerar como inferior o plano mais prximo entrada de qualquer

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    local, e como superior, o mais afastado. Nas casas de estilo japons, todos sabem que a posio principal fica em frente ao tokonoma, (parte do assoalho um pouco mais alta, geralmente com diferena de um degrau). Conhecendo-se, portanto, a localizao do tokonoma, pode-se estabelecer, com muito bom senso, o lugar exato de cada pessoa.

    Outra considerao importante diz respeito s laterais. A esquerda corresponde ao esprito, por isso superior. A direita est relacionada ao corpo; por conseguinte, inferior. Nas suas atividades dirias, o homem emprega, na maioria das vezes, a fora fsica, da a razo pela qual utiliza mais o brao direito, que corresponde ao corpo.

    1.2.3.3 - Importncia da ordem

    A ordem fundamental. Pela lgica, as nossas aes deveriam trazer sempre um resultado satisfatrio, mas, s vezes, algum episdio atrapalha. Quando isso acontece, meditando um pouco, veremos que estvamos trabalhando fora da ordenao metdica a ser seguida para que um empreendimento seja realizado com sucesso. Se, a partir desse princpio, descobrirmos qual deva ser a nossa atitude, tudo correr normalmente. Portanto, ter o tieshokaku desenvolvido significa sermos capazes de perceber, com facilidade, o fator ordem, que exerce grande influncia na nossa vida.

    Para termos certeza de que estamos agindo dentro da seqncia natural dos acontecimentos, o exemplo mais simples est na constatao de que, s vezes, mesmo ministrando Johrei, no obtemos curas, algo at meio estranho. Insistindo na observao, verificamos que estvamos fora do ponto focal ou da ordem, a qual precisa estar sempre de acordo com a lgica.

    Havendo, ento, por exemplo, muitas pessoas contrrias ao Johrei para um doente, ou mesmo se o pensamento do prprio

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    paciente no o aceita, quer dizer que no existe coerncia. Conseqentemente, nada corre bem e a cura no acontece. Portanto, quando vocs observarem casos em que os resultados so insatisfatrios, iro descobrir a razo do insucesso, considerando apenas a questo da ordem.

    1.2.3.4 - Primazia da ordem

    A Lei da Ordem de Deus preside a tudo. Em qualquer tipo de atividade, existe sempre uma sucesso harmoniosa de aes e um tempo certo a serem seguidos.

    Por exemplo, quando eu quis comprar um terreno vizinho ao nosso, os proprietrios no se dispuseram a vend-lo. Percebi, ento, que foi devido ao fato de no ser necessria a compra naquela poca. Quando chegou a hora certa e havia, evidentemente, necessidade de t-lo, os proprietrios o ofereceram a mim e pude, ento, compr-lo com facilidade.

    O caminho divino se nos apresenta, na realilade, maravilhoso, e a Lei da Ordem de Deus, misteriosa e fascinante, pois deixa evidente que tudo funciona de acordo com o tempo certo. Para colecionar obras de arte, por exemplo, procedo de acordo com esse princpio. Ao pensar casualmente sobre alguma delas em especial, pretendendo obt-la, muitas vezes, reconheo que, a princpio, quase impossvel realizar o meu desejo. Aps algum tempo, entretanto, na hora certa, a referida obra vem a mim de maneira natural.

    So realmente infinitas as maravilhas da Lei da Ordem!

    1.2.3.5 - Posio dos objetos no ambiente

    Quando fao a decorao da uma sala ou de um quarto, coloco nas posies mais elevadas os objetos de nvel superior; os de padro inferior, disponho nos lugares mais baixos. Dessa forma,

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    ao entrar num desses ambientes, qualquer pessoa, mesmo no sendo membro da famlia, sentir-se- bem. Tal situao decorre do fato de o esprito do objeto encontrar-se, no plano espiritual do quarto, na ordem correta.

    Ter, ento, conhecimento dos pormenores relativos disposio correta dos objetos num ambiente, bastante importante para que o estado de harmonia e bem-estar seja sentido por todos que a ele adentrarem.

    Freqentemente, quando um grande nmero de pessoas est reunida numa sala, surgem, de sbito, conflitos que podem chegar, s vezes, grande violncia, com troca de socos, por exemplo. Nesses casos, quando se observa a posio de quem est sentado, percebe-se que a ordem no era a mais adequada.

    Na verdade, a desorganizao do nvel espiritual de um ambiente gera confuses, as quais se refletem naqueles que se encontram no local. Ento, se algum, logo ao chegar, j se sente mal, porque no h coerncia lgica nas posies ocupadas pelos circunstantes, ou seja, pessoas superiores esto sentadas em lugares inferiores ou vice-versa. Assim, devido desordem reinante, qualquer um pode irritar-se por nada e o clima se torna propcio a discusses. Na vida cotidiana acontecem muitas vezes fatos como esses, os quais se prolongam indefinidamente.

    1.2.4 - Precedncia do esprito

    1.2.4.1 - Esprito precede a matria

    A Lei segundo a qual o esprito precede a matria rege o Universo, e o ser humano tambm est subordinado a ela. Ento, dependendo da posio espiritual, a pessoa mesma determina a sua prpria felicidade ou desgraa. Eis a grande verdade.

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    Pode-se, pois, deduzir com muito discernimento que, se cada ser humano obedecer lei da precedncia, no ser difcil tornar-se c