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  • 8/14/2019 Eu quero ser feliz

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    Eu quero ser feliz.

    Caio F bio

    O ser humano tem duas op es na vida: ou viver resignadamenteconsigo mesmo e com tudo que o cerca, ou viver de modo desafiador,buscando a felicidade. Felicidade - como diz o Rev. Caio F bio - n o algo ut pico; ela palp vel e tem a ver com a maneira pela qual

    definimos este conceito. Nossa inten o ao publicar este livro trazer para a vida pr tica a possibilidade que Deus nos oferece desermos felizes aqui, neste mundo. Nestas poucas p ginas, ainda quebreves, por m reveladoras de vida, voc vai ver que poss vel ser feliz, apesar da dor; voc vai ver que poss vel ser feliz mesmo que com pouco dinheiro; vai ver tamb m que poss vel ser feliz mesmo diante do pessimismo. Deus nos revela o segredo da felicidade.Esperamos, sinceramente, que voc possa alcan -la. Que Deus o aben oe grandemente, enchendo seu cora o de alegria e felicidade.

    Boa Leitura!

    Alda D'Ara jo

    1. "E eu passo a mostrar-vos ainda um caminho sobremodo

    excelente. Ainda que eu fale as l nguas dos homens e dos anjos, sen o tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o c mbalo que retine. 2. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conhe a todos osmist rios e toda a ci ncia; ainda que eu tenha tamanha f ao ponto de transportar montes, se n o tiver amor, nada serei. 3. E ainda queeu distribua todos os meus bens entre os pobres, e ainda queentregue o meu pr prio corpo para ser queimado, se n o tiver amor, nada disso me aproveitar . 4. O amor paciente, benigno, o amor n o arde em ci mes, n o se ufana, n o se ensoberbece, 5. n o se conduz inconvenien-temente, n o procura os seus interesses, n o se exaspera, n o se ressente do mal; 6. n o se alegra com a injusti a,

    mas regozija-se com a verdade; 7. tudo sofre, tudo cr , tudo espera,tudo suporta. 8. O amor jamais acaba; mas, havendo profecias,desaparecer o; havendo l nguas, cessar o; havendo ci ncia, passar ; 9. porque em parte conhecemos, e em parte profetizamos. 10. Quando,por m, vier o que perfeito, ent o o que em parte ser aniquilado. 11. Quando eu era menino, falava como menino, sentiacomo menino; pensava como menino; quando cheguei a ser homem,desisti das coisas pr prias de menino. 12. Porque agora vemos comoem espelho, obscuramente, ent o veremos face a face; agora conhe o em parte, ent o conhecerei como tamb m sou conhecido.

    13. Agora, pois, permanecem a f , a esperan a e o amor, estes tr s; por m, o maior destes o amor."

    (I Cor ntios 13)

    INTRODU O

    Este texto mostra-nos muitas coisas. Talvez seja este um dostextos mais conhecidos, n o apenas dentro da literatura religiosa,mas tamb m conhecido como poesia universal. Este texto, ainda, muito mais que po tico, ou ainda: ele muito mais do que poesia de Deus. Ele Palavra de Deus, permeado de um realismo enorme, o qualpode ser visto e observado, a partir de muitas ticas e de muitasperspectivas. meu desejo olhar com voc o texto de I Cor ntios 13,

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    pensando na grande proposta de felicidade pessoal que ele traz. Istoporque, de fato, entre muitas outras coisas que s o ditas aqui, aque mais relevante, a que mais importante, a que se destaca...

    Felicidade n o um legado, n o um bem, n o uma heran a

    inalcan vel; felicidade n o algo ut pico; felicidade n o algo f cil nem simples, mas ela poss vel, realiz vel. Principalmente se a discernirmos, se percebermos qual a sua ess ncia.

    NECESSIDADE DE SE ALCAN AR A FELICIDADE No texto de I Cor ntios

    13 - H algumas coisas interessantes ditas pela Palavra de Deusacerca da possibilidade de se alcan ar a felicidade. Uma delas a afirma o do fato de que Deus leva a s rio a necessidade humana de auto-realiza o. Deus um Deus que olha para n s e nos diz que temos o direito de nos sentir bem conosco mesmos. N s temos odireito de fazer alguma coisa que nos realize e, depois de t -lafeito, dizer:

    "-- Fiz, e fiz bem feito!"

    N VEIS DE REALIZA O HUMANA

    Em I Cor ntios 13: 1, 2 e 3, h quatro n veis de realiza o

    humana, os quais s o afirmados pela Palavra de Deus.

    O primeiro n vel relaciona-se com o mundo das comunica es:

    "(...) Ainda que eu fale as l nguas dos homens e dos anjos..." (ICor ntios 13: 1)

    Note que podemos ser comuni-cadores fant sticos. Podemos falar

    muitas l nguas dos homens e, at mesmo, l nguas que at os homens n o entendem, mas que apenas os anjos compreendem. Mas, quando seafirma essa possibilidade aberta para n s, s o afirmados,

    concomitantemente, dois subn veis que lhe s o inerentes, duas dimens es de comunica o, quais sejam: uma a que tem a ver com o universo natural - podemos falar com o nosso semelhante.

    H pessoas que falam as l nguas dos homens (l nguas naturais),

    as quais s o grandes oradoras, que manifestam uma facilidadeincr vel para se comunicar com o p blico, com flu ncia verbal, tanto pela exposi o verbal quanto pela escrita. Assim sendo, existe umuniverso natural aberto para nos comunicarmos, de modo que podemosnos realizar, sendo grandes comunicadores com e dentre os homens, e,mais do que com homens, podemos at nos comunicar com os anjos.

    O segundo n vel aquele que afirma a realiza o humana no uso e

    no exerc cio da ci ncia.

    "Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conhe a todos os mist rios e toda a ci ncia..." (I Cor ntios 13: 2a.)

    Veja que, neste verso, s o descritos 3 n veis de ci ncia: o

    primeiro a ci ncia do futuro, sendo ela absolutamente espiritual e sobrenatural - o dom de profetizar, de dizer o que vai acontecer,de ter vis o das coisas poss veis, as quais s o poss veis O segundo n vel de ci ncia que descrito neste verso 2 o que se relaciona com o mundo dos mist rios, com coisas profundas, filos ficas, que

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    n o est o ao acesso e ao conhecimento de todos os mortais. Alguns nascem com essa perspic cia, com essa arg cia O terceiro n vel de ci ncia o que tem a ver com a naturalidade do saber. Fala-se, neste verso 2, em se conhecer todo o tipo de ci ncia, indo dovegetal ao animal, do microbiol gico at o absolutamente astron mico; indo tamb m do conhecimento das c lulas.

    H um um terceiro n vel de realiza o humana descrita no texto de I Cor ntios 13, que afirmada no final do verso 2, o qual se

    relaciona com a f

    "... ainda que eu tenha tamanha f ao ponto de transportar osmontes..." (I Cor ntios 13: 2b.)

    Neste verso descrito aquele indiv duo que acredita nas

    possibilidades, ainda que remotas, n o havendo para ele obst culos que n o possam ser removidos, n o havendo montanhas que n o possam ser traspassadas por um t nel.

    Eu, particularmente, conhe o gente assim: homens e mulheres que

    t m essa garra, essa gana, essa f essencial que sobrevive mesmo quando o mundo se est acabando, se arrebentando; homens e mulheres

    que mesmo vivendo no caos dizem: "- A gente pega os escombros erefaz melhor." Hist rias de f fazem-me lembrar de uma ocasi o, quando meu pai estava construindo nossa casa em Manaus. Aquele eraum tempo de muitas dificuldades materiais. Meu pai estavaconstruindo aquela casa com suas pr prias m os, ajudado por um rapaz.

    Naquele dia, meu pai tinha acabado de colocar a laje, para cuja

    compra ele havia economizado algum tempo. Quando ele saiu da obracom a minha m e, o c u come ou a escurecer e nuvens grossas anunciavam uma forte chuva. Meu pai, entristecendo-se, disse:

    "-- Poxa! Logo hoje! A laje ainda est fresca! A chuva vai

    estragar tudo!"

    No entanto, logo que terminou de queixar-se, meu pai parou ocarro e falou para minha m e:

    "-- Vamos orar."

    E logo em seguida, come ou ele a orar dizendo: "-- Oh, Senhor!

    Eu sei que muitos precisam da chuva, por isto eu n o posso lhe pedirque n o fa a chover; mas sei que s poderoso e podes fazer com que esta chuva n o estrague a laje." Terminada a ora o, meu pai ficou tranquilo. A chuva caiu. Uma chuva que - como dizem no Amazonas -caiu com pingo de derrubar gato. No fim da tarde, meu pai foi obra

    e encontrou pelo caminho tudo molhado, naturalmente; mas, o incr veltinha acontecido. Choveu em todo o bairro, por m n o no quarteir o da casa que meu pai constru a. A laje estava seca!

    A f traz realiza o!

    O ltimo n vel de realiza o humana o descrito no verso 3, o

    qual se relaciona com as ci ncias sociais e humanas:

    "E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres, eainda que entregue o meu pr prio corpo para ser queimado..." (I

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    Cor ntios 13: 3)

    O que descrito neste verso o desprendimento da vida, a abnega o. O que dito neste verso o que se relaciona com o pensar nos outros, pensar nos pobres, nos desfavorecidos, nosexclu dos. O grande pagamento de algu m que pensa nos outros a alegria de v -los em situa o melhor, vendo neles uma vida que cresceu, que se desenvolveu e que melhorou. A Hist ria nos d alguns

    exemplos de pessoas que entregaram seus bens, que se dedicaram aoscarentes, aos abando-nados, enfim, aos marginalizados da sociedade edo mundo. Gandhi foi um exemplo de um humanista. Madre Tereza outro baluarte de abnega o e Do mesmo modo, quando, por ocasi o do Natal, distribu mos cestas b sicas e brinquedos e balas para as crian as, vendo a felicidade delas, sentimo-nos felizes e com umgrande senso de realiza o, uma vez que fazer algo por algu m tamb m nos realiza.

    Esses 4 n veis abarcam o universo inteiro. Todas as

    possibilidades profissionais inserem-se neles, de um modo ou deoutro. Ou se est no mundo das comunica es, ou se est no mundo das ci ncias; ou se est na rea dos empreendimentos ou das constru es.

    Agora, o que isso tem a ver comigo e contigo? E o que isso tudo

    tem a ver com a possibilidade de felicidade? Auto-realiza o felicidade?

    A grande quest o que isso abre a seguinte: ser que algu m

    alcan a felicidade apenas sendo o melhor naquilo que faz?

    Diariamente, encontro pessoas muito boas naquilo que fazem, masque n o conseguem se completar. Encontro comunicadoresextraordin rios numa depress o horr vel. Encontro gente que dona de um imp rio de comunica o num buraco existencial terr vel.

    Encontro, igualmente, pessoas que t m o poder extraordin rio do saber. No entanto, como vejo fil sofos desgra ados, professores tristes, te logos amargurados! Isto porque, conforme Eclesiastes 1:18:

    "Porque na muita sabedoria h muito enfado; o que aumenta o

    conhecimento aumenta a tristeza."

    Quanta gente que sabe tanta coisa, mas n o sabe usar o saberpara o seu pr prio bem! Ser que somos felizes apenas sendo os melhores naquilo que fazemos?

    Ser que o melhor pedreiro est feliz? E a melhor costureira? E

    o melhor advogado? Quem sabe o melhor m dico? Ser que o melhor empres rio e a melhor empres ria est o felizes? Ser que o melhor pastor est feliz? Ser que a pessoa mais empreendedora est feliz?

    O pastor, s vezes, est aben oando a muitos, mas, pessoalmente,

    ele pode n o estar feliz. O psic logo pode estar fazendo bem a muitos, mas ele, particularmente, pode n o estar sendo feliz. Oartista pode estar impressionando milhares e milh es de pessoas,mas, interiormente, pode n o ser feliz.

    A pergunta , portanto: algu m alcan a felicidade simplesmente

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    sendo o melhor naquilo que faz?

    Ningu m tem obriga o de ser genial; mas todos t m o dever de ser muito bons naquilo que fazem.

    Se voc varre, varra da melhor maneira poss vel. Se voc

    costura, costure da melhor maneira poss vel. Seja advogando, sejamedicando, seja dando aulas, seja estudando, seja o que voc fa a;

    mas fa a da melhor maneira poss vel. Mas, ser que tal consci ncia garantia para sermos felizes?

    Sabe qual a resposta da Palavra de Deus? a seguinte:

    S O AMOR FAZ ALGU M FELIZ.

    Paulo nos diz que sem amor, podemos falar l nguas dos homens e

    dos anjos - os arcanjos Gabriel e Miguel podem entender-nos muitobem e ainda podemos at nos comunicar com povos os mais long nquos.

    Podemos at estar fazendo muita gente feliz, mas, n s, que

    podemos estar fazendo pessoas felizes, particularmente, n o estamos

    felizes. Somos, deste modo, uma lata vazia. Sem amor - segundo Paulo- podemos saber tudo e todas as coisas; podemos mergulhar nosmist rios que ningu m conhece; podemos ser o crist o mais carism tico da nossa igreja ou do nosso pa s; mas, se n o tivermos amor, n o seremos nada.

    "... se n o tiver amor, nada serei." (I Cor ntios 13: 2b.)

    Seremos algo para os outros, mas n o para n s mesmos. A

    profetiza muita coisa para os outros na porta da casa dela. Aspessoas dizem:

    "- Oh! Aleluia! Ela uma b n o! Me ajudou tanto!"

    Mas, a profetiza sabe que ela mesma est num buraco terr vel.

    Ela virou um objeto de consumo pessoal dos outros. O professor n oaguenta mais dar aula; o fil sofo j n o suporta mais discutir teses e temas controversos; o cientista n o aguenta mais saber. Taispessoas precisam conectar o que sabem com o amor que deve existirdentro delas.

    Sem amor, podemos dar o nosso corpo para ser queimado; podemos

    pegar todos os nossos bens e dar para os pobres, mas, a Palavra deDeus diz:

    "... nada disso me aproveitar ." (I Cor ntios 13: 3b.)

    As pessoas, nossa volta, felizes. Mas, n s estamos vazios,

    ocos.

    Nos 3 primeiros versos de I Cor ntios 13 s o tomados exemplos extremos para mostrar que mesmo com atos e atitudes que s oarrebatadores, os quais por si s n o nos satisfazem, o que dizer, ent o, das pequenas coisas?! Os grandes empreendimentos humanos, pormaiores e mais fant sticos que sejam em si mesmos, jamais v o encher o cora o humano de felicidade. Sabe qual o problema relativo a tudo isso que venho escrevendo at aqui? O problema que aquilo que

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    a B blia descreve como amor algo muito mais elevado, sublime, do que se pode alcan ar e do que se tem para dar. De um lado se diz:

    "-- S o amor pode fazer algu m feliz."

    "-- Ah! Que bom! Ent o, vamos amar! Vamos aprender tal coisa!

    Vamos nos encher disso! s seguirmos esta receita." - Dizemos.

    Mas, que amor esse? Quando Paulo descreve tal amor, pensamosque coisa de outro planeta. Pensamos que n o temos condi o, aqui, na terra, de absorver e de compreender esse sentimento; pensamos quen o temos condi es de encarn -lo.

    Veja como a descri o do amor chocante e excludente. Isto

    porque exclui at Paulo, que foi quem escreveu isso:

    "O amor paciente, benigno, o amor n o arde em ci mes, n o se ufana, n o se ensoberbece, n o se conduz inconvenientemente, n o procura os seus pr prios interesses, n o se exaspera, n o se ressente do mal; n o se alegra com a injusti a, mas regozija-se (I Cor ntios 13: 4-8a.)

    Voc conhece algum ser humano que encarne 100% a descri o de

    amor apresentada por Paulo?

    - "O amor paciente..."

    Somos pacientes at um deter-minado momento. Chega uma certahora em que at mesmo os mais pacientes "viram a mesa".

    - "... benigno..."

    essencialmente bom. Voc conhece algu m 100% bom?

    - "... n o arde em ci mes..."

    Ser que todos os homens e todas as mulheres concordam com isso?Aquela mulher de 30 anos de idade, que se casou aos 20 e que come aa entrar na crise dos 30, vendo o marido ser bem tratado por outramulher, n o arde em ci mes? Ou aquele homem que v o seu amigo "se dar bem" nos neg cios e prosperar, enquanto ele mesmo...

    - "... n o se ufana..."

    aquele indiv duo que bom no que faz, mas nem por isso se

    vangloria, dizendo:

    "-- Gl ria a mim! Bendito seja o meu nome!"

    s vezes, o indiv duo at consegue camuflar esse orgulho debaixo de uma falsa humildade, mas, diante do espelho, olhando para simesmo, n o resiste e diz:

    "-- N o brincadeira! Eu sou demais, mesmo!"

    - "... n o se ensoberbece..."

    N o arrogante. N o vaidoso.

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    - "... n o se conduz inconvenien-temente..."

    Sabe onde estar e o que falar, no lugar certo e no momento

    apropriado. Quem nunca cometeu uma gafe? Quem nunca foiinconveniente ou inoportuno?

    - "... n o procura seus [pr prios] interesses..."

    altru sta; pensa nos outros (n o se consegue isso nem na fila

    do banheiro).

    - "... n o se exaspera..."

    N o se acende em ira, como:

    "-- Hoje ele me paga!"

    J viram situa o assim?

    - "... n o se ressente do mal..."

    N o fica amargurado, ferido; n o vingativo.

    - "... n o se alegra com a injusti a..."

    justo em qualquer circunst ncia. N o diz:

    "-- Que pena que aconteceu isso com ele! Coitado!...

    Dependendo, por m, de quem seja esse "ele", pode dizer:

    "-- Que bom que aconteceu isso com ele! Aquele safado bem quemerecia! Bem feito!"

    Para o verdadeiro amor, a injusti a contra qualquer um vai ser

    sempre injusti a, ainda que este qualquer um seja um serdesprez vel.

    - "... mas regozija-se com a verdade..."

    honesto e verdadeiro.

    Depois dessas primeiras caracter sticas, Paulo descreve a parte

    mais dif cil do amor:

    - "... tudo sofre..."

    Aguenta firme as dificuldades, sofrendo os danos.

    - "... tudo cr ..."

    D sempre mais uma chance.

    - "... tudo espera..."

    paciente, nunca desistindo.

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    "... tudo suporta..."

    Suporta tudo, e nos momentos mais dif ceis.

    Vin cius de Morais, num poema intitulado "Soneto da Fidelidade",escrevendo acerca do amor, comp s:

    "(...) Eu possa me dizer do amor (que tive) Que n o seja

    imortal, posto que chama Mas que seja infinito enquanto dure."

    Entretanto, Paulo diz:

    "O amor jamais acaba". (I Cor ntios 13: 8a.)

    Quem que encarna integralmente essa descri o de amor? Voc pode dizer que seu marido ou que sua esposa encarna 100% dessadescri o de amor? H algu m que voc conhe a, na sua casa ou fora dela, que pratique esse sentimento, tal como descrito.

    H algu m em condi es de fazer esse tipo de afirma o? Se voc

    disser que h algu m, voc mentiroso. Isto porque ningu m consegue

    por si mesmo cumprir toda a Lei de Deus; ningu m consegue encarnarplenamente, com a natureza corrompida e corrupta...

    Mas, a condi o de sermos felizes reside no fato de termos de

    amar. E o que se est afirmando que ningu m consegue amar plenamente, de modo, ent o, que n o se consegue ser feliz.

    um beco sem sa da: se s o amor nos faz felizes, e ele est

    acima de n s, como, ent o, sermos felizes?

    Vou dizer uma coisa para voc , esperando que isto marque o seucora o, incomodando-o, perseguindo-o. S h uma maneira de sermos felizes: tornando-nos absolutamente depen-dentes e entregues gra a

    do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo...

    N s n o vamos gerar nunca felicidade para n s mesmos. Podemos at ir para um mosteiro e ficar meditando; podemos ir para asmontanhas do Tibete tentar buscar vibra es; podemos ler a B blia 1000 vezes e n o seremos nunca capazes de viver esse amor...

    S h uma maneira de sermos felizes: tornando-nos, radicalmente,

    necessitados de uma interven o de Deus; tornando-nos,essencialmente, carentes de uma invas o sobrenatural de Deus emnosso ser...

    "A minha gra a te basta, porque o poder se aperfei oa na

    fraqueza." (II Cor ntios 12: 9a.)

    E que possamos dizer:

    "-- Vem e aperfei oa Teu poder, Teu amor na minha fraqueza, naminha inadequa o, na minha incapacidade. Eu precisodesesperadamente de Ti, Jesus! Preciso do que n o tenho! Preciso serpossu do pelo que me falta!

    Pode-se fazer despacho na esquina. Isto n o vai fazer voc amar.

    Faz voc possuir, mas n o amar e ser amado.

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    "-- Vou fazer um despacho para destruir aquele casamento. Aquele

    homem vai ser meu. Vou botar uma mandinga, com um perfume cheio deurucubaca... Quero ver se ele n o vem para mim!..." - Pode pensaralgu m.

    Isso pode at acontecer. Voc vai ter o marido da sua vizinha,

    mas nunca vai amar e ser amada.

    O diabo pode ajudar-lhe a ter uma paix o desenfreada, por m,

    jamais far que voc tenha um amor sublimemente in-control vel.

    "Pois Deus amor." (I Jo o 4: 8b.)

    Ou o amor vem de Deus, ou n o vem de lugar algum. A nossanatureza imita, arremeda, tenta assemelhar-se, fazendo o poss velpara chegar perto; conseguindo alguma coisa, mas, mesmo assim,estar sempre aqu m desse projeto...

    "-- Eu fiz por amor."

    O amor nos faz felizes. Gente feliz capaz desse amor. S que ningu m capaz desse amor. A nica maneira de se obter este amor que faz algu m feliz ser invadido por Deus, pelo Esp rito Santo e pela gra a maravilhosa que procede do Trono Sagrado...

    Portanto, uma vez que entendemos isso, uma vez que essa verdade

    penetrou em n s, dando-nos essa consci ncia de que s seremos felizes, se amarmos, e de que n o somos capazes de amar, e de que s iremos amar se o Deus de amor entrar na nossa vida...

    Uma vez que isso est dentro de n s, ent o podemos considerar 3

    percep es a partir das quais podemos iniciar a cami-nhada nadire o de conhecer o amor e de ser conhecido por ele, e de penetrar

    o amor de Deus e de ser penetrado por ele.

    CONHECENDO E ALCAN ANDO O AMOR DE DEUS

    Quais as percep es que s o fundamentais para se alcan ar esse amor?

    A primeira percep o que se torna fundamental, uma vez que a

    gra a de discernir que o amor vem de Deus e que s somos capazes de amar, quando somos invadidos por Ele, a seguinte: somos seresparciais.

    O que isso tem a ver com a nossa felicidade? Tudo.

    Isto porque somos felizes, em raz o de tamb m nos frustrarmos. E

    nos frustramos, porque pensamos de n s mesmos aquilo que n o somos. Hollywood ensinou-nos a pensar como n o somos; as telenovelasensinaram-nos a nos perceber como n o somos. A m dia faz um A religi o, por sua vez, nos engana, frustrando-nos quando colocapadr es t o elevados de comportamento, baseada em tradi es e legalismos. Mas, a Palavra de Deus nos fala de sermos um serparcial. Paulo - um ap stolo - quem diz isso, n o eu. Eu sei que sou um ser desgra adamente parcial. No entanto, quem assim falou foigente muito boa - foi Paulo:

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    "porque em parte conhecemos, e em parte profetizamos." (I

    Cor ntios 13: 9)

    Paulo fala "em parte". Ningu m sabe tudo. Ningu m conhece todas as coisas.

    "Quando, por m, vier o que perfeito, ent o o que em parte

    ser aniquilado. (...) Porque agora vemos como em espelho,obscuramente, ent o veremos face a face; agora conhe o em parte, ent o conhecerei como tamb m sou conhecido." (I Cor ntios 13: 10 e 12)

    O que precisamos saber que n o somos perfeitos. E isso

    imprescind vel. Isto porque o mundo exige de n s perfei o. De um modo ou de outro, pintamos o cen rio onde imaginamos que vivemos"felizes para sempre". Mas uma felicidade ut pica, que ningu m conhece. Nem mesmo a felicidade que Deus oferece. A felicidade queDeus conhece realista. Num mundo onde h injusti a, ci mes, dios, maldades, raz es para a exaspera o, para a impaci ncia, para a agonia de alma, para o ego smo; nesse mundo onde n s mesmos somos

    agentes e produtores de tais sentimentos...

    "-- Eu vou entrar na sua vida, se voc se abrir para Mim. OEsp rito Santo vai iniciar algo maravilhosamente dentro de voc , mas saiba, desde o in cio, que, aqui, debaixo do sol, na hist ria humana, voc ser sempre parcial."

    N s nunca iremos conhecer, nesta vida, tudo na sua

    integralidade. N s nunca iremos possuir tudo por completo e sercompletamente aquilo que seremos um dia.

    Nesta vida e neste mundo n s seremos sempre parciais.

    A segunda percep o que devemos ter para alcan ar esse amor que somos seres em processo.

    Se de um lado somos parciais, n o significa que, em decorr ncia

    disso, estejamos estagnados. Embora parciais, estamos parcialmentecrescendo, diaria-mente, num processo cont nuo.

    "Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino,

    pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisaspr prias de menino." (I Cor ntios 13: 11)

    Lembro-me do meu tio Carlos F bio, o qual tinha um prazer enorme

    em filmar os nossos eventos familiares, naqueles filmes preto e

    branco, depois os revelando no por o da casa dele. Em seguida, elechamava a fam lia, e projetava o filme na parede...

    Lembro-me de mim mesmo fazendo uns "discursos". E, j aos 17

    anos, meu tio me mostrou um filme de quando eu tinha 4 anos: em p ,em cima de um banco, fazendo um "discurso" pol tico:

    "-- Esses pol ticos s o uns ladr es!!!"

    E eu sa a a falar mal de prefeito, governador (embora n o

    soubesse quem fossem e o que faziam). Minha av levava-me para os

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    com cios, nos quais tais coisas eram faladas, e eu as repetia nosmeus "discursos", em casa. Eu falava como menino.

    Tamb m, sentia como menino. s vezes, sem mais nem menos,

    sentia-me abandonado, desprezado, s porque a minha m e, ocupada com as atividades da casa, dizia-me:

    "-- Agora n o, filho. Estou ocupada neste momento.

    Ou ent o, quando encostava minhas m os sujas na saia de seda

    dela:

    "-- Chega para l garoto! Voc sujou minha saia de seda!!!"

    Crian a sofre be a! E ainda h gente que diga:

    "-- Ah, meus tempos bons de crian a!..."

    Quem fala assim engana-se. Tudo radical para a crian a.

    Lembro-me, ainda, de quando meu pai e minha m e sa am noite.

    Eu perguntava a meu pai:

    "-- Aonde que voc s v o?" "-- Vamos ao cinema." - Respondia ele.

    Eu abria o choro:

    "--Aaaaaaaaaaaai!!!!!" E, medida que eles se distanciavam da

    nossa casa, indo em dire o ao cinema, eu me debru ava na janela e come ava a gritar:

    "-- Deus proteja voc s! Deus proteja voc s!"

    Parecia que era uma despedida final, uma despedida para nuncamais. Eu sentia como menino.

    Hoje n o! Hoje eu moro no Rio de Janeiro e meus pais em Manaus.

    E desde 1980 que moramos distantes um do outro. Mas nos amamos. N ome sinto mais abandonado. Eu cresci.

    Eu falava como menino, eu sentia como menino e, mais do que

    isso, diz a Palavra de Deus, eu pensava como menino, com toda aquelal gica infantil, boba de garoto. Entretanto, conforme fui crescendo,fui desistindo das coisas de menino.

    Quando garoto, eu pensava que fosse ser a grande revela o do

    futebol brasileiro. Todos me diziam:

    "-- Voc leva o maior jeito!"

    Nessa ocasi o, eu j morava em Niter i, no Rio de Janeiro, na rua Justina Bulh es, na mesma em que o G rson morava. E um dia ele me deu um bilhetinho, mandando-me procurar o "Neca", l no Botafogo.

    "-- Ai, meu Deus! Serei um craque!!!" - Eu pensava. Quando

    cheguei idade adulta, desisti desse pensamento, portanto dascoisas de menino. N o que ter esse sonho seja coisa de crian a. Para

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    muitos virou uma realidade de adulto. Para mim, por m, foi uma coisade crian a.

    Quando me tornei homem, meu universo se povoou de um outro

    desafio, de um outro chamado, de uma outra voca o, que eu n o troco por nada.

    Cada coisa tem seu tempo, sua hora, sua fase. Somos um ser em

    processo. N s n o paramos de crescer aos 21 anos.

    Eu, por exemplo, espero crescer at meu ltimo suspiro de vida: crescer na minha mente, crescer na minha alma, crescer nas minhasemo es, crescer na vis o de mim mesmo, na do meu pr ximo e na de Deus. Enfim, crescer, uma vez que sou um ser em processo.

    A terceira percep o que devemos ter para alcan ar esse amor e

    sermos felizes poder saber e dizer que somos seres vocacionadospara amar.

    N s n o somos vocacionados para ser mesquinhos. Voc n o vocacionada para ser uma mulher amargurada. Voc n o vocacionado

    para ser um homem meticulosamente duro e inflex vel. Voc n o vocacionado para se prostituir, para se trocar, para se vender.

    Voc n o foi vocacionado para ser uma pessoa amarga, angustiada,

    dura; mas, voc foi feito para amar.

    Se Deus quisesse que f ssemos feitos para odiar, Ele n o nos teria dado um cora o. Teria sido melhor ter deixado o espa o destinado quele rg o do corpo humano vazio, oco. N s, ent o, ser amos, uma pedra. Deus nos deu um cora o para amar.

    Veja o que diz I Cor ntios 13: 13:

    "Agora, pois, permanecem a f , a esperan a e o amor, estes tr s; por m o maior destes o amor."

    Somos vocacionados para crer, para ter esperan a e para amar.

    Por m, a maior destas tr s voca es a de amar.

    Essa a grande voca o da nossa vida. Nem todo aquele que tem f ama; mas todo aquele que ama tem f . Nem todo aquele que tem esperan a ama; mas todo aquele que ama tem esperan a.

    Segundo I Cor ntios 13: 2b, podemos ter f a ponto de

    transportar montes e n o ter amor. Por m, se tiver o amor de Deus, o resto vem a reboque.

    "Pois Deus amor." (I Jo o 4: 8b.)

    Mas, o que isso tem a ver conosco?

    bom que se lembre que este texto de I Cor ntios 13, quando foi

    escrito por Paulo, destinou-se aos habitantes de Corinto - umacidade portu ria e cheia de prostitui o - povoada por muitos marinheiros, comerciantes, gente do povo, religiosos pag os.

    Paulo, por meio deste texto de I Cor ntios 13, lhes diz:

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    "-- Olha, poss vel ser feliz! N o importa quem voc ou o que

    voc faz."

    Note que antes de cada frase h um "ainda que". Deste modo,ainda que sejamos excelentes comunicadores, ainda que estejamosplenamente realizados em nossa profiss o, se n o tivermos AMOR, n o seremos felizes. Ainda que sejamos profetas, pessoas usadas por

    Deus, pregando o evangelho com paix o, orando pelos enfermos eangustiados, se n o tivermos AMOR, jamais conseguiremos ser felizes.Ainda que conhe amos os mist rios da alma e da mente, ainda que possamos entender at o nosso inconsciente, se n o tivermos AMOR, nunca seremos felizes. Ainda que estudemos, esfor ando-nos paraalcan ar pr mios, condecora es, honra, gl ria, fama, enfim, reconhecimento p blico, e, em decorr ncia disso, sermos admirados e respeitados, se n o tivermos AMOR, n o seremos felizes. Ainda que dediquemos toda a nossa vida causa dos marginalizados, destinandonossos bens para serem aplicados em favor deles; ainda que fundemose sustentemos um orfanato, visitemos presos, abriguemos mendigos,distribuamos alimentos, se n o tivermos Amor...

    Sem AMOR, sem FELICIDADE. DEUS AMOR e s neste AMOR pode haver FELICIDADE. E hoje, por meio da releitura daquele texto de Paulo,quero dizer-lhe que, se voc fizer tudo com muito amor, voc vai ser feliz. E voc s vai fazer tudo com amor, se voc deixar Deus amar em voc . E Deus s vai amar em voc , se voc invocar Jesus...

    Portanto, deixe que isso comece a acontecer hoje em sua vida, em

    nome de Jesus.

    Seja Feliz!

    e voc deseja incluir este amor de Deus na sua vida, deixando-sedominar por Ele, ajoelhe-se diante deste Deus poderoso e diga:

    "Senhor, eu quero ser feliz! Eu preciso do Teu amor! Eu quero me

    entregar ao Teu amor, de tal maneira que Tu deste o Teu Filho Jesuspara morrer por mim, a fim de que eu pudesse estar aqui diante deTi, o Criador, o Todo-Poderoso. Sou consciente de que n o sou capazde amar, mas quero me abrir para que Tu possas amar atrav s de mim.Sou um ser parcial, tenho problemas e limita es e Te pe o que me ajudes a confess -los e a super -los. Sou um ser em processo e desejo que Tu me guies nesse processo de crescimento, ajudando-me aprosperar, auxiliando-me a desenvolver a cada dia de modo positivo.Sei que Tu me criaste. Tu pensaste em mim, quando eu ainda nemexistia, vocacionando-me para amar. Eu creio nisto, Senhor!

    Em nome de Jesus,

    Am m

    Que Deus o aben oe!