ESTUDOS DIRIGIDOS
-
Upload
andreanags -
Category
Documents
-
view
765 -
download
0
Transcript of ESTUDOS DIRIGIDOS
-
ESTUDO DIRIGIDO PARA DISCIPLINA DE AUTOMAO DE PRODUO
Neste mdulo voc aprendeu noes bsicas fundamentais para o
desenvolvimento e aprendizagem de Automao da Produo. Agora, chegou
a hora de demonstrar seu conhecimento realizando as avaliaes (objetiva e
discursiva) pertinentes ao contedo. Para ajud-lo, elaboramos este Estudo
Dirigido como uma ferramenta para auxiliar no seu processo de aprendizagem.
Nele voc poder rever aspectos importantes que possibilitaro o entendimento
do contedo.
Em meados do sculo XVIII alavancada pela descoberta da mquina a vapor
por James Watt ocorreu a Revoluo Industrial, que, evidentemente, foi o
motivo maior para a mudana de um sistema produtivo baseado na manufatura
para um processo mecnico por meio da indstria mecnica, com a insero
de mquinas, que aumentavam o rendimento do trabalho e a produo. A
primeira fase da Revoluo Industrial ocorreu entre os anos de 1760 e 1860,
onde se destacou a Inglaterra em funo do acmulo de capitais e de reservas
de carvo, com fora naval para o transporte e distribuio desses elementos.
A segunda fase data de 1860 a 1900, j com a assimilao da industrializao
em diversos pases, entre eles: Frana, Alemanha, Itlia, Blgica, Holanda,
Estados Unidos e Japo e isso causou o aumento da concorrncia e a
expanso da indstria de bens de produo. E a partir de 1900, inicia-se a
terceira fase, a qual se caracteriza pelo surgimento de grandes indstrias,
empresas multinacionais e transnacionais, alavancadas pela Automao da
Produo.
Qualquer tipo de atividade pode ser automatizada, porm existem trs tipos de
produo que muito interessam Automao, so elas: Produo Job Shop,
Produo em grupo/lote e Produo em massa/contnuo. Independente do tipo
de produo a ser usada existe funes bsicas que devem ser consideradas
para se converter materiais em produtos acabados, essas funes se resumem
em: Processamento, Montagem, Manuseio/movimentao, Inspeo/testes e
Controle, porm de todas elas, apenas o Processamento e a Montagem,
acrescentam/agregam valor ao produto.
A seguir vamos descrever as caractersticas principais desses trs tipos de
produo:
Produo Job Shop caracterstica principal de baixo volume, ou seja, os lotes
industriais so pequenos, s vezes contendo apenas um produto.
Produo em grupo/lotes essa produo envolve a manufatura de quantidade
mdia do mesmo artigo ou produto ordenado pelo cliente. Os lotes s podem
ser produzidos uma vez ou devem ser produzidos em intervalos regulares.
-
Produo em massa/contnuo caracterizada pelo grande volume de
produo, em que o equipamento dedicado completamente manufatura de
um nico produto, pois as taxas de demanda so muito altas para esse tipo de
produto.
Dependendo da natureza das operaes de produo, as companhias podem
ser divididas em dois tipos: indstrias de manufatura e indstrias de processo,
onde as indstrias de manufatura fabricam artigos individualizados, tais como:
carros, computadores, mquina ferramenta etc, j a indstria de processo
representada por indstrias de substncias qumicas, fabricao de plsticos,
produtos de petrleo, comida processada, sabo, ao, cimento entre outros.
As empresas, em funo de suas caractersticas de produo,
necessariamente no podem manter um nico arranjo fsico (leiaute) para seu
funcionamento, uma vez que, para otimizar os recursos de produo e
aumentar a produtividade elas devem aproveitar o potencial de organizar
equipamentos e processos da forma mais adequada possvel.
Existem vrios tipos de leiaute (arranjo fsico), veremos a seguir alguns deles e
suas caractersticas:
Arranjo fsico por processo (funcional) todos os processos e equipamentos do
mesmo tipo so desenvolvidos na mesma rea, bem como as operaes e as
montagens semelhantes. Como caractersticas, destacam-se:
- flexvel para atender s mudanas no mercado.
- atende a produtos diversificados em quantidades variveis ao longo do
tempo.
- apresenta grandes distncias de fluxo dentro da fbrica.
- serve para produes diversificadas em pequenas e mdias quantidades.
- as operaes so executadas com relativa satisfao no trabalho.
Arranjo fsico em linha (por produto) nesse tipo de leiaute, as
mquinas/equipamentos/estaes de trabalho so colocadas de acordo com as
operaes de elaborao do produto. As caractersticas so:
- produo de poucos produtos ou produtos nicos, com velocidade de
produo constante e com alta produtividade.
- alto investimento em mquinas e equipamentos.
- o operador no tem a viso geral do produto e h a tendncia
desmotivao.
- os produtos fabricados podem apresentar problemas de qualidade, uma vez
que o processo s ode ser verificado aps um grande perodo de execuo de
subprodutos.
Arranjo fsico por posio fixa (posicional) nesse leiaute o material
permanece fixo em determinada posio e as mquinas e os operadores se
deslocam, executando as operaes necessrias. Suas caractersticas so:
-
- resulta em um produto nico e com caractersticas nicas.
- apresenta quantidade de produo unitria ou pequena.
- no repetitivo.
Arranjo fsico por layout celular esse modelo aproveita algumas das
caractersticas do leiaute em linha, entretanto apresenta maior flexibilidade e
deve ser estruturado num s local (clula). Tem como caractersticas:
- adoo do conceito de famlia para produtos, entendendo por famlia de
produtos aqueles similares em sua montagem ou elaborao.
- flexibilidade quanto ao tamanho dos lotes por produto.
- serve especificamente para uma famlia de produtos.
- diminui o tempo com transporte de material.
- diminui estoques em funo da reduo dos lotes.
- centraliza a responsabilidade sobre o produto fabricado ao operador da
clula.
- enseja satisfao no trabalho, evitando o trabalho repetitivo; aqui o operador
tem conhecimento total do produto que ele elabora ou monta.
- permite elevados nveis de qualidade e produtividade.
As empresas na busca de maximizao de lucros sempre devem aplicar as
Estratgias de Automao, para melhorar a produtividade e a flexibilidade nas
operaes industriais. Citaremos a seguir algumas Estratgias de Automao e
suas caractersticas:
- Especializao de operaes: essa estratgia envolve o uso de equipamento
especfico para determinada finalidade, projetado para executar uma operao
com maior eficincia possvel.
- Operaes combinadas: essa estratgia envolve a reduo de mquinas
diferentes de produo ou de estaes de trabalho pelas quais o produto deve
ser processado.
- Operaes simultneas: a estratgia executar, ao mesmo tempo, as
operaes combinadas em uma nica estao de trabalho. Assim, dois ou mais
processos so executados simultaneamente no mesmo subproduto, reduzindo
o tempo do processo total.
- Integrao de operaes: sua estratgia unir vrias estaes de trabalho
em um nico mecanismo integrado, que utiliza o trabalho automatizado, com
controle de dispositivos para transferir subprodutos entre estaes.
- Aumento da flexibilidade: tem como estratgia obter a mxima utilizao do
equipamento para job shop e situaes de mdio volume, usando o mesmo
equipamento para uma variedade de produtos.
- Melhoramento do manuseio, transporte e armazenamento do material: Inclui a
reduo do trabalho em processo, reduzindo os tempos industriais totais.
-
- Inspees online: Ocorrem simultaneamente ao processo de fabricao,
montagem ou qualquer outra, e reduzem os problemas com a falta de
qualidade. As inspees on-line ocorrem simultaneamente ao processo de
fabricao, montagem ou qualquer outra etapa.
- Controle de processo e otimizao: Inclui uma quantidade extensiva de
esquemas de controle para operar os processos individuais e os equipamentos
associados mais eficazmente.
- Controle das operaes da planta: Envolve pessoas, integrao e rede de
computadores de alto nvel.
- Manufatura integrada por computador: a estratgia o controle das
operaes da planta em um nvel mais elevado, em que h integrao das
operaes da fbrica tanto no projeto de engenharia, quanto em muitas outras
funes empresariais.
muito importante conhecermos o tipo de demanda que os produtos devem
atender, pois para automatizarmos uma operao ou uma linha, a demanda
pode nos dirigir na deciso de investir ou no na automatizao. Existem vrios
tipos de demandas e vamos apresentar as caractersticas de cada uma:
- Demanda Mdia: utilizada quando h pequena variao nos dados que
traduzem o comportamento da demanda.
- Demanda com tendncia linear: utilizada quando os dados aumentam ou
diminuem consistentemente na mdia da srie ao longo do tempo de anlise.
- Demanda Sazonal: utilizada quando possvel identificar um padro de
repetio de aumento ou diminuio na demanda ao longo do perodo de
anlise, seja dirio, semanal, mensal ou at mesmo entre estaes.
- Demanda com tendncia no linear: considerada quando possvel
identificar um padro crescente ou de diminuio mais acentuado no
comportamento da demanda analisada, quando comparada com a demanda
linear.
- Demanda com flutuao aleatria: sua caracterstica que NO possvel
determinar seu comportamento.
Para o clculo (previso) de demanda, existem dois mtodos que so
utilizados: mtodos qualitativos e os mtodos quantitativos.
O mtodo qualitativo baseado em julgamento, isso porque no podemos
representar numericamente um modelo de previso, como no caso do
lanamento de um produto novo ou quando os critrios de anlise no
permitem que os dados sejam expressos em termos quantitativos, comum a
utilizao de mtodos baseados em julgamento. Os instrumentos mais
utilizados para a pesquisa qualitativa so: Mtodo Delphi, a estimativa da
equipe de vendas, a opinio dos executivos e a pesquisa de mercado.
No mtodo quantitativo, os modelos de previso so matemticos
fundamentados em dados histricos utilizados na determinao da tendncia
-
da demanda. Existem diversos mtodos quantitativos que se utilizam somente
de variveis dependentes para serem formulados (so os mtodos que utilizam
mdias e ajustamento sazonal), existem tambm mtodos que consideram o
uso de variveis independentes para a previso e a soluo baseada no
estabelecimento de uma equao, independente de se ter dados referente aos
perodos intermedirios ( o caso do mtodo que usa a regresso linear).
Dentro do mtodo da mdia, temos o Mtodo da mdia mvel o qual faz a
mdia dos dados de perodos sequenciais para a previso do perodo seguinte
e o Mtodo da mdia ponderada onde so atribudos pesos aos dados, para
que reflita os dados mais recentes ou significativos.
O Mtodo da regresso linear consiste no estabelecimento de uma
determinada funo Y = a + bX, em que a varivel dependente Y representa a
previso da demanda e a varivel independente X corresponde ao perodo de
anlise da demanda procurada. Esse mtodo permite a obteno de uma
soluo baseada no estabelecimento de uma equao, independente de se ter
dados referentes a perodos intermedirios.
A previso da demanda sempre importante e a mesma pode ser determinada
considerando perodos de curto, mdio ou longo prazo. No caso de um
profissional ao projetar uma nova fbrica, deve sempre considerar um perodo
de longo prazo, pois assim, quando a mesma comear a funcionar a previso
feita tende a atender de melhor maneira.
Ao se escolher um mtodo de previso de demanda para a automao, deve-
se considerar diversos fatores, alguns deles dizem respeito disponibilidade
das informaes e ao valor necessrio para obt-los. Em relao aos itens a
serem considerados na tomada de deciso, no podemos nos esquecer dos
seguintes:
- Preciso e custo.
- Qualidade dos dados.
- Perodo de previso.
- Produtos e servios.
Com base nos objetivos de desempenho (qualidade, velocidade, confiabilidade,
flexibilidade e custo), temos a composio de diversas medidas menores, entre
elas a produtividade. Conceituando-se produtividade temos diversas definies
de acordo com cada autor, porm para todos a base a relao entre os out
puts e os in puts do processo (soma de tudo que sai do processo / por tudo que
entra no processo). E se definirmos a produtividade total, podemos dizer que
a relao entre as sadas totais e a soma de todos os fatores de entrada,
refletindo o impacto do conjunto de todos os fatores de entrada na produo de
sadas (Martins; Laugeni, 2000, p.374).
Existem alguns conceitos que so fundamentais para a produo e que
tambm devem ser considerados para a automao de forma distinta. So
eles:
-
Tempo de ciclo indica parcialmente quanto tempo poderemos levar para
entregar um produto ao cliente.
Altas taxas de produo e alta produtividade so objetivos muito importantes
em automao e se concretizam ao reduzirmos o tempo de manipulao, o
tempo de processamento, o tempo de troca de ferramentas ou sua
variabilidade e o tempo de organizao.
Disponibilidade e a utilizao so medidas teis de desempenho de planta. A
disponibilidade d a indicao do desempenho da equipe de manuteno, a
respeito de quando essa equipe conserta ou mantm o equipamento
funcionando.
Os gestores devem ter sempre ao seu lado pessoas altamente qualificadas que
auxiliem na implementao da automao do sistema produtivo.
Quando se fala em custos de produo, o gestor deve conhecer bem as
metodologias produtivas com as quais esta trabalhando, pois assim facilita a
anlise dos custos. Existe um sistema de custos, conhecido com ABC (Active-
Based Costing), cujo custeio baseado em atividades, portanto identifica todos
os custos gerados pela elaborao do produto.
Em relao aos custos na automao, podemos por meio do mtodo ABC,
atribuir custos aos produtos, tendo como parmetros a utilizao de geradores
desses custos, podemos ento analisar os pontos:
Avaliando custos a ferramenta de controle. Estabelece uma relao de
custo-benefcio do processo atual para a automao.
Ambiente econmico - Reconhece os aspectos do ambiente no qual a empresa
est inserida.
Avaliao financeira - a anlise de investimento para a justificativa financeira
empregada na automao, considerando o retorno esperado pelos acionistas.
Ao se analisar uma previso de demanda, temos condies de avaliar se o
produto apresenta uma demanda inelstica a preo, ou seja, se a quantidade
demandada varia numa proporo menor que o preo, ou se o produto
apresenta demanda elstica, onde seu comportamento inverso ao anterior.
Para todo investimento, existem trs tcnicas de anlise, as quais so as mais
usuais atualmente. Essas anlises servem para justificar ou no investimentos
realizados pela empresa. Estamos falando das tcnicas: Perodo de pay back,
Valor presente lquido e taxa interna de retorno.
Quanto ao pay back, o perodo de tempo exato necessrio para uma
empresa recuperar seu investimento inicial em um projeto, podendo ser obtido
dividindo o investimento inicial pelas entradas de caixa em uma srie de
pagamentos uniformes ou, quando no uniformes, ao realizar dedues no
perodo at a recuperao total do investimento.
-
O Valor presente lquido (VPL), definido como o valor presenta das entradas
de caixa menos o investimento lquido (Ross et al., 1995).
J a Taxa interna de retorno (TIR), definida como a taxa de desconto, que
iguala o VPL das entradas de caixa ao investimento inicial, referente a um
projeto, ou seja, quando o VPL igual a zero.
Existem vrias ferramentas de controle que so utilizadas pelas empresas,
nesse estudo vamos destacar as folhas de verificao, as quais, servem para
realizar as anotaes de forma ordenada para a efetivao das anlises.
Podemos ter quatro tipos de folhas de verificao:
- Folha de verificao para a distribuio do processo de produo;
- Folha de verificao para item defeituoso;
- Folha de verificao para localizao de defeitos;
- Folha de verificao de causa de defeito.
Como visto no decorrer das aulas, a automao da produo uma tecnologia
que, aliada mecanizao juntamente com os sistemas eletrnicos e os
sistemas baseados em computadores -, utilizada para controlar e operar a
produo. Essa tecnologia, segundo Groover (1987, p.61) engloba:
- robs industriais;
- mquinas totalmente automticas para produo;
- sistemas automticos de armazenamento de material e manipulao;
- sistemas automticos de inspeo para controle de qualidade;
- controle de processos por computador;
- ferramentas automticas para o processamento parcial de produtos;
- sistemas de computador para planejamento;
- coleta de dados e tomada de deciso nos quais se apoiam as atividades
industriais.
Podem-se automatizar os sistemas produtivos de trs formas: automao fixa,
automao programvel e automao flexvel.
A automao fixa um sistema no qual a sequncia do processamento das
operaes definida pela configurao e caractersticas do equipamento e
suas caractersticas principais so: Alto investimento em equipamentos, altas
taxas de produo (com quantidade constante), relativamente inflexvel
produo diversificada e indicao de monotonia e estresse nos operadores.
A automao programvel usada em produtos diversificados e o
equipamento projetado com a possibilidade de mudana na sequncia das
operaes para produo e reprogramao na produo de novos produtos.
Suas caractersticas so: Investimento alto em equipamentos de servios
gerais, baixa taxa de produo comparada com a automao fixa, flexibilidade
para utilizar o equipamento para novos produtos e maior satisfao ao trabalho
dos operadores.
-
J a automao flexvel uma evoluo da automao programvel. Trata-se
de um sistema capaz de produzir uma variedade de produtos (ou partes) sem
praticamente nenhuma perda de tempo na troca entre um produto e outro. Tem
como caractersticas: alto investimento em sistemas especialmente projetados
(exclusivos), produo contnua para produtos variados, taxas mdias de
produo e flexibilidade para produzir verses de um mesmo produto.
Existem algumas tecnologias de processamento e/ou transformao de
materiais, onde os materiais podem ser processados de acordo com as
caractersticas e em funo a aplicao da tecnologia do processo. Groover
(1987, p.61) indica algumas delas:
Transformao das propriedades fsicas mudana na forma, na cor de bens
fsicos por meio de aplicao de tcnicas de conformao.
Mudana de localizao os bens fsicos tambm podem ser objeto de
sistemas produtivos que procedem mudana de sua localizao, tais como
transportadoras e sistemas de correios.
Estocagem e armazenamento com o desenvolvimento da logstica, fica muito
claro para os centros de distribuio (CD) que para a modelagem do sistema
produtivo deve ser utilizada a armazenagem ou estocagem, alugando reas
para esse fim.
Existe ainda o processamento de Consumidores, onde as seguintes
caractersticas so presentes:
- Transformao das propriedades fsicas;
- Estoque ou acomodao;
- Localizao;
- Estado fisiolgico e/ou psicolgico
Dentro da tecnologia de automao industrial, encontramos as mquinas de
controle numrico, ou seja, mquinas que so previamente programadas, por
diversos meios. Uma delas a conhecida de CNC (Controle Numrico
Computadorizado) que so programadas por meio de um computador
individual e temos ainda as DNC (Controle Numrico Direto), que se diferencia
da CNC, por ser programada por um computador central.
Existem tambm sistemas automatizados de armazenamento e recuperao,
conhecidos como ASRS, esses sistemas foram construdos para receberem
pedidos de material de qualquer parte de suas operaes, colet-los de um
armazm e entreg-los s estaes de trabalho.
Muito se fala nas empresas sobre o sistema CIM (traduzido do ingls, significa
Manufatura Integrada por Computador), ao considerar a diferena entre a
automao e a CIM, podemos verificar que a automao se concentra nas
atividades fsicas da manufatura enquanto que os sistemas de produo
automatizados so projetados para realizar o processo, a construo, a
-
manipulao e a inspeo de materiais com pequena ou nenhuma participao
humana.
A CIM uma estratgia de controle das operaes da planta em um nvel mais
elevado, em que h integrao das operaes da fbrica tanto no projeto de
engenharia quanto em muitas outras funes empresariais, envolvendo uso
extenso de aplicaes de computador, banco de dados e rede de
computadores.
Outro sistema automatizado criado exclusivamente devido a necessidade de
obteno de dados meteorolgicos em grande volume o SCADA, atualmente
so muito utilizados nas indstrias, cujos processos so geograficamente muito
distribudos.
Vamos falar agora sobre os sistemas de automao de informaes e de
consumidores, esses sistemas sendo bem empregados trazem ganhos
significativos para as empresas: So eles:
Redes locais (Local Area Network LAN), uma rede de comunicaes que
opera a uma distncia limitada, normalmente dentro da operao.
Rede Word Wide Web ( www internet), Rede mundial de computadores que
permite a conexo LAN e o acesso simultneo a muitas mensagens,
possibilitando a execuo de diversas operaes.
Extranet fundamentada na www, a extranet conecta organizaes para a
troca de operaes e realizao de negcios.
Sistemas de Informao Gerencial (SIG), conhecida tambm por MIS
(Management Information Systems), so sistemas que mudam a forma como a
informao apresentada.
Sistemas especialistas (Expert Systems ES), se utilizam de recursos
computacionais para fornecer informaes dentro de uma rea especfica da
organizao.
Mecanismos de controle, entre vrios existentes destacamos o CNC (j visto) e
o CLP (Controlador Lgico Programvel). O CNC uma tcnica que usa uma
srie de nmeros, letras ou smbolos que, quando codificados, podem
transmitir instrues para as mquinas que realizam as tarefas. J o CLP, o
qual foi criado dentro da indstria automobilstica (General Motors), serviu para
facilitar as mudanas que ocorriam nas linhas de montagem, uma vez que a
cada mudana no processo deveriam ser alterados os painis de comando e
controle, e com o CLP isso passou a ser feito automaticamente. Existe um
elemento chamado de Fieldbus, o qual se integrado ao CLP, pode potencializar
seu uso e reduzir custos para a indstria.
Em comparao com outros dispositivos de controle industrial, os CLPs tem as
seguintes vantagens:
- menor espao ocupado;
-
- menor potncia eltrica requerida;
- reutilizao;
- ser programvel;
- maior confiabilidade;
- fcil manuteno;
- maior flexibilidade;
- permite interface por meio de rede de comunicao com outros CLPs e
microcomputadores e;
- projeto mais rpido.
Veremos agora alguns acessrios utilizados na automao e suas funes:
Sensores indutivos emitem sinais, criando campo magntico que, quando
atravessado por elementos metlicos, converte a perturbao em sinal eltrico
compreensvel.
Sensores capacitivos so utilizados para deteco de quaisquer materiais
no metlicos, sendo usado principalmente para controle de nvel, presena de
lquidos e materiais no ferrosos.
Sensores magnticos so utilizados para posicionamento de pistes em
cilindros hidrulicos e/ou pneumticos.
Sensores fotoeltricos - utilizados em todos os setores industriais, desde a
deteco de posio e monitorao, at contagem de objetos.
Sensores tteis - So utilizados para determinar se existe o contato entre o
sensor e o objeto.
Encoders - so dispositivos necessrios em todas as aplicaes que envolvem
a determinao de valores, tais como rotao, velocidade, acelerao e
percurso.
Servo mecanismo - so dispositivos que convertem sinais eltricos em
movimentos mecnicos.
Unidades de controle - dispositivos que realizam contagem, tais como
tacmetro, temporizadores etc.
Sistemas de identificao - possibilita a otimizao da produo, auxiliando a
montagem de diversas configuraes em uma mesma linha.
Interface homem-mquina (IHM) - dispositivos que realizam a conexo entre o
homem e mquina para comunicao com os principais CLPs.
-
Um sinal a representao de informaes em forma de um valor ou de uma
curva de valores de uma grandeza fsica, veja a seguir alguns sinais usados na
automao e suas caractersticas:
Sinal analgico um sinal ao qual pertencem, ponto a ponto, diferentes
informaes dentro de uma faixa contnua de valores.
Sinal discreto so os sinais cujo parmetro de informao (lp), dentro de
determinados limites, podem admitir uma quantidade finita de valores.
Sinal digital um sinal cujo parmetro de informaes est dividido em
subparmetros de valores.
Sinal binrio um sinal com apenas dois subparmetros, compondo o
parmetro de informaes (Ip). tambm definido como um sinal de duas
informaes.
Algumas caractersticas diferenciam as operaes de comando. A
diferenciao de acordo com o Tipo de Informao est relacionada com a
forma como o comando realiza a leitura para o tratamento de sinais.
Exemplificaremos abaixo alguns dessas operaes de comando:
Sncrono - um comando no qual o procedimento de sinais realiza-se
sincronicamente em relao a um sinal do ciclo
Assncrono - um comando que trabalha sem sinal do ciclo.
De interligaes - um comando que associa s condies dos sinais de
entrada certas condies dos sinais de sada.
Sequencial - um comando com atividade compulsria passo a passo.
As indstrias, de uma forma geral, trabalham com situaes que tendem a
promover a substituio de humanos por robs, levando em conta alguns
fatores, so eles:
- Ambiente de trabalho perigoso para humanos.
- Ciclo de trabalho repetitivo.
- Manipulao difcil.
- Operao de multishift.
- Posio e orientao so estabelecidas no local de trabalho.
Os Sistemas Flexveis de Manufatura (FMS) so grupos de mquinas de
produo que se caracterizam por:
- Serem organizadas em sequncia e ligadas por mquinas automatizadas de
manuseio e transferncia de materiais.
-
- Produzirem uma quantidade de componentes com pouca interveno humana
no processo.
- Terem como vantagem o tempo de processamento.
Aps visto todo o contedo acima, vem a pergunta: Quais as razes que nos
levam a automatizar a produo?
- Alto custo da mo de obra.
- Aumento na produtividade.
- Aumento da necessidade de trabalho para o setor de servios.
- Alto custo das matrias primas.
- Melhoria da qualidade do produto.
Por isso que a implementao de grandes projetos de automao muito mais
difcil e complexa do que se pode imaginar. Em relao aos cuidados
necessrios no instante da automao, no podemos nos esquecer do
seguinte:
- Elaborao de um plano mestre para a automao.
- Avaliao dos riscos da automao.
- Implantao de um novo departamento de tecnologia de produo.
Pessoal tudo o que foi visto nesse Estudo Dirigido o resumo do que foi
passado a vocs ao longo de seis aulas, onde aborda termos, conceitos e
situaes importantssimas sobre Automao da Produo. O contedo desse
Estudo Dirigido abrange mais de 90% do que ser cobrado nas avaliaes,
porm a leitura do livro e a reviso das aulas dadas so indispensveis, pois
com certeza o professor regente esclarece atravs de exemplos prticos cada
ponto aqui mencionado.
Bom estudo e boa prova.
Prof. Douglas Agostinho
-
ESTUDO DIRIGIDO CUSTOS INDUSTRIAIS MARO 2013
Neste mdulo voc aprendeu noes bsicas fundamentais para o desenvolvimento e
aprendizagem de Custos Industriais. Agora, chegou a hora de demonstrar seu conhecimento
realizando as avaliaes (objetiva e discursiva) pertinentes ao contedo. Para ajud-lo,
elaboramos este estudo dirigido como uma ferramenta para auxiliar no seu processo de
aprendizagem. Nele voc poder rever aspectos importantes que possibilitaro o
entendimento do contedo.
A rea de custos de uma empresa, assim como todas outras reas possuem uma terminologia
prpria que, em muitas oportunidades, utilizada de forma equivocada e pode acarretar
decises precipitadas e/ou errneas. importante ao profissional da rea de Custos, conhecer
bem seus termos. Diante disso, selecionamos alguns que so os mais usuais e gostaramos que
voc tambm soubesse claramente suas definies:
Gasto - Compra de um produto ou servio qualquer, que gera sacrifcio financeiro para a
entidade, representado por entrega de ativos. Exemplo: matria prima consumida no processo
produtivo, material de expediente consumido no processo administrativo.
Desembolso Pagamento resultante da aquisio de bem ou servio. So sadas em dinheiro
ou cheque que ocorrem devido ao pagamento de uma aquisio efetuada vista ou de uma
obrigao assumida anteriormente. Exemplo: compra de mercadorias para estoque vista,
compra de matria prima a prazo, pagamento de salrio.
Investimento Gasto ativado em funo de sua vida til ou de benefcios atribuveis a
futuro(s) perodo(s). Exemplo: compra de mquinas
Custo Gasto relativo bem ou servio utilizado na produo de outros bens e servios.
Lembre que o Custo tambm um gasto, porm reconhecido como custo no momento da
utilizao dos fatores de produo, para fabricao de um produto ou execuo de um servio.
Exemplo: A energia eltrica um gasto, no ato da aquisio, que passa imediatamente para
custo (por sua utilizao) sem transitar pela fase de investimento. Outros exemplos de Custo:
matria prima consumida, materiais auxiliares, mo de obra produtiva.
Despesa Bem ou servio consumido direta ou indiretamente para a obteno de receitas.
Exemplo: a comisso do vendedor.
Custo de produo Inclui o custo de aquisio de materiais, acrescido dos demais gastos
incorridos na produo.
Mark-up o ndice que se utiliza para clculo do preo de venda do produto.
Margem de contribuio a contribuio unitria do produto para pagar o montante da
despesa fixa da empresa e o lucro da atividade.
Perda Bem ou servio consumido de forma anormal e involuntria. Exemplos: Incndio,
greves, sinistros, vazamento de materiais lquidos ou gasosos, obsoletismo de estoques.
-
Desperdcios So os gastos incorridos nos processos produtivos ou de gerao de receitas e
que possam ser eliminados sem prejuzo da qualidade ou quantidade dos bens, servios ou
receitas geradas. Exemplo: Retrabalho decorrente de defeitos de fabricao, estocagem e
movimentao desnecessria de materiais e produtos.
Departamento a unidade mnima administrativa para a contabilidade de custo,
representada por pessoas e mquinas, em que se desenvolvem atividades homogneas.
Centro de Custo a menor unidade de acumulao de custos. Trata-se de um centro de
responsabilidade no qual o gestor no tem o controle sobre as receitas, mas capaz de
controlar os gastos.
Custeio ABC Custo baseado na atividade uma metodologia de apurao de custos
desenvolvida na dcada de 80 e caracteriza-se principalmente por uma alocao mais precisa
dos custos indiretos e uma organizao.
Custeio por absoro o mtodo que atende aos princpios de contabilidade geralmente
aceitos, ou seja, o mtodo pelo qual todos os custos de produo diretos, indiretos, fixos e
variveis so computados ao custo dos produtos.
Custeio RKW uma variao do sistema de custeio por absoro integral, j que tambm as
despesas so apropriadas ao custo do produto. Foi criado no sculo XX na Alemanha.
A seguir vamos conhecer um pouco mais como so calculados alguns tipos de custos, ver suas
frmulas e entender melhor cada caso:
A - Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)
CMV = EI + C EF , onde EI = estoque inicial, C = compras e EF = estoque final.
B - Custo de Produo (CP)
CP = soma dos materiais diretos + mo de obra direta + custos indiretos de fabricao.
C - Custo do Produto vendido (CPV)
CPV = CP + EIPA EFPA + EIPP EFPP , onde CP Custo de Produo; EIPA Estoque Inicial de
Produtos Acabados; EFPA Estoque Final de Produtos Acabados; EIPP Estoque Inicial de
Produtos em Processo; EFPP Estoque Final de Produtos em Processo.
D - Custo do Material Direto (MD)
MD = EI + C EF , onde EI Estoque Inicial; EF Estoque Final; C = Compras.
-
E - Custo da Produo Acabada (CPA),
CPA = EIPP + CP EFPP, onde EIPP Estoque Inicial de Produtos em Processo; EFPP Estoque
Final de Produtos em Processo; CP Custo de Produo.
Devido globalizao, crescimento das empresas, concorrncia mais acirrada, necessidade de
controles e racionalizao efetiva sobre custos, a contabilidade de custos, apesar de ter sido
criada para avaliao de estoques, sofreu algumas adaptaes e passou a ser aproveitada
como instrumento de gesto, onde nessa nova atividade exerce duas importantes funes,
que so: auxlio ao controle e tomada de decises. Dentro dessa nova viso da
contabilidade de custos, algumas atividades foram incorporadas a essa rea, tais como:
Fornecer dados para o estabelecimento de padres - Auxiliar na confeco dos oramentos e
proporcionar o acompanhamento dos valores orados com os efetivamente realizados -
Contribuir de forma efetiva, por meio das informaes que disponibiliza para a administrao
do preo de venda e tambm dar condies para empresa optar pela realizao da compra ou
no, pela produo ou no de produtos.
Existem alguns princpios fundamentais de contabilidade de custos, os quais foram estipulados
pela Lei 6.404, de 15/12/76 e recomendamos ao pessoal que trabalha na rea de custos que
leiam e entendam bem esses princpios, que podem ser encontrados no captulo 2 do livro
indicado na disciplina. Entre vrios princpios, pedimos ateno a dois deles: 1) O Princpio
da Consistncia ou Uniformidade, no qual A contabilidade de uma Entidade dever ser
mantida de forma tal que os usurios das demonstraes contbeis tenham possibilidade de
delinear a tendncia da mesma com menor grau de dificuldade possvel ... (Schier,2005). Isso
quer dizer toda a apropriao feita num determinado perodo deve ser sempre seguido e caso
necessite ser modificado, toda a empresa tem que ser informada o porque. 2) Princpio do
Conservadorismo ou Prudncia, no qual Entre conjuntos alternativos de avaliao para o
patrimnio, igualmente vlidos, segundo Princpios Fundamentais, a Contabilidade escolher o
que apresentar o menor valor atual para o ativo e o maior valor para as obrigaes...
(Schier, 2005). Isso significa que na dvida a Contabilidade deve optar pela forma mais
conservadora de escriturao, onde deve alocar na realizao de ativos o valor menor e no
cumprimento das obrigaes o valor maior.
Uma das fases mais importantes da contabilidade de custos o registro das operaes de
custos e despesas da empresa.
A Lei 6.404/76, determina a estrutura que um Plano de Contas (PC) deve apresentar.Afinal o
PC deve ser entendido como sendo um conjunto de normas previamente estabelecido, de
acordo com as necessidades de registro, de informaes, de controle e com a natureza da
empresa, com vistas a facilitar o entendimento e a anlise de seus resultados para atingir a
mxima eficincia e eficcia na gesto dos negcios.
O Plano de Contas deve ser elaborado levando-se em considerao o seguinte:
Os princpios contbeis gerais para registros e demonstraes; ttulo das contas; classificao
das contas; funo das contas; funcionamento das contas; relao entre grupos de contas e
-
contas individuais; regulamento para registro das contas; anlise e cdigos de contas;
derivaes de contas; critrios de avaliao e modelos de demonstrao.
Com base nisso podemos dizer que o objetivo principal de um Plano de Contas servir de
meio orientativo para registro das operaes contbeis, possibilitando a visualizao da
situao real da movimentao patrimonial das empresas, independente da natureza.
Na contabilizao do custo industrial, deve-se fazer o esquema bsico de contabilidade de
custos, e para que esse esquema contbil bsico seja elaborado, deve-se fazer a separao
entre custos e despesas, onde teremos:
Custos de Produo Tudo o que relacionado diretamente no produto ou na fbrica que
produz o bem, exemplos: Matria prima consumida; Energia eltrica da fbrica; Salrios do
pessoal da fbrica; Depreciao dos equipamentos da fbrica; gua consumida na fbrica;
Manuteno da fbrica etc.
Despesas administrativas Telefone; Correios; Salrios da Administrao; Material de
expediente (escritrio) etc.
Despesas comerciais Comisso de vendas; fretes para entrega etc.
Despesas financeiras as prprias.
Como j dissemos, a separao dos gastos em custos e despesas de fundamental
importncia para que se apurem o custo da produo e o resultado de um determinado
perodo. Vrias so as classificaes desses gastos em relao s variaes nos volumes de
produo e de vendas, sendo elas: custos e despesas fixos, custos e despesas semifixos e
semivariveis, custos e despesas variveis. Veja a seguir alguns exemplos por tipo de
classificao:
Custos fixos So os custos que permanecem constantes dentro de determinada capacidade
instalada. Exemplo: Salrios das chefias; aluguel; seguros etc.
Despesas fixas So as despesas que permanecem constantes dentro de determinada faixa de
atividades geradoras de receitas e independem do volume de vendas ou de prestao de
servios. Exemplo: Salrios administrativos; despesas financeiras etc.
Custos semifixos ou semivariveis Alguns gastos tm parte de sua natureza fixa e parte
varivel. Exemplo: Depreciao.
Custos variveis So os custos que variam de acordo com a variao do volume de produo.
Exemplo: gua consumida na produo de bens.
Despesas variveis As despesas variveis so as que se alteram proporcionalmente s
variaes no volume de receitas. Exemplo: Comisso sobre vendas.
-
Agora em relao forma de distribuio e apropriao dos produtos, centros de custos e
resultados, os gastos podem ser classificados em: custos diretos e indiretos e despesas diretas
e indiretas.
Custos diretos So os custos que podem ser identificados e quantificados no produto ou
servio e valorizados com relativa facilidade. Exemplo: Materiais diretos.
Despesas diretas As despesas diretas so as que podem ser facilmente quantificadas e
apropriadas em relao s receitas de vendas e prestao de servios. Exemplo: Recitas de
vendas; impostos incidentes sobre o faturamento, despesas de frete etc.
Custos indiretos So os custos que, por no serem identificados de forma fcil, no podem
ser apropriados de forma direta para as unidades especficas. Exemplo: Mo de obra indireta;
materiais indiretos etc.
Despesas indiretas So os gastos que no podem ser identificados, com preciso, com as
receitas geradas. Exemplo: despesas administrativas; despesas financeiras etc.
Os Lanamentos Contbeis da Apurao do Custo dos Produtos Vendidos, seguem as
seguintes regras:
a - Aquisio de matria-prima: DEBITA estoque de matria-prima e CREDITA banco ou caixa
(se a compra for vista) ou fornecedor (se a compra for a prazo).
b - Requisio de matria-prima para produo: DEBITA estoque de produtos em elaborao
(ou em processo) e CREDITA estoque de matria-prima.
c - Apropriao da mo de obra direta aos produtos em elaborao: DEBITA estoque de
produtos em elaborao (ou em processo) e CREDITA mo de obra direta.
d Pela apropriao dos custos indiretos de fabricao aos produtos: DEBITA estoque de
produtos em elaborao (ou em processo) e CREDITA materiais indiretos consumidos (mo
de obra indireta; depreciao de equipamentos; aluguel de fbrica etc).
e - Pela transferncia dos produtos acabados na linha de processo: DEBITA estoque de
produtos acabados e CREDITA estoque de produtos em elaborao.
f Pela venda de produtos acabados, transferimos da conta estoque de produtos acabados
para custo dos produtos vendidos: DEBITA custo dos produtos vendidos (CPV) e CREDITA
estoque de produtos acabados.
Na constituio do processo de Custo Industrial, dois itens so de grande relevncia, a mo de
obra e o material. O material o mais importante elemento do custo industrial porque
constitudo pelas matrias-primas e secundrias que, transformadas, iro constituir o produto
fabricado.
-
Ainda nesse campo de materiais, sabe-se que a matria-prima o material que entra em
maior poro na fabricao do produto, enquanto a matria secundria o material aplicado
diretamente no produto, porm no entra em grandes propores na fabricao e representa
pequena parte do custo do material.
O Controle do Material, ou gesto do material de suma importncia devida seu impacto no
custo final do produto, com isso a organizao deve se preocupar com os seguintes pontos:
- O controle do custo do material inicia-se com a sua aquisio pelo Departamento de
Compras.
- Devem ser observadas as condies de acondicionamento quando o material entra no
almoxarifado, para que sejam evitados desperdcios.
- O material controlado tambm quando requisitado pelo Departamento de Produo.
- Os materiais destinados produo permanecero no almoxarifado at que sejam
requisitados pelo Departamento de Produo.
A Ordem de Produo, conhecida nas empresas como OP, um dos mais importantes
formulrios utilizados na apropriao do custo industrial, uma vez que a demonstrao
analtica da formao do custo industrial que acompanha o produto em todas as fases de sua
fabricao. Veja a seguir algumas das caractersticas/utilidades da Ordem de Produo (OP).
- O preenchimento da OP iniciado no momento em que se comea o processo de fabricao
do produto.
- Na OP so anotados os materiais requisitados em cada seo por onde passa o produto nas
diversas fases de fabricao.
- A alocao de mo de obra feita com base no apontamento efetuado que se refere ao
nmero de horas trabalhadas na fabricao de determinado produto.
- A OP rene os materiais, a mo de obra e os gastos gerais aplicados em um produto ou em
uma srie de produtos fabricados, mostrando seu custo unitrio.
As empresas para cumprir com a legislao devem manter em suas organizaes mtodos de
avaliao de estoque. Esses mtodos servem para separar o custo dos materiais, mercadorias
e produtos entre o que foi consumido ou vendido e os que permanecem em estoque.
Existem diversos mtodos de avaliao de estoque, a saber:
Custo mdio ponderado (mvel e fixo) A baixa feita a cada venda ou comunicao de
consumo, no caso de Custo mdio ponderado mvel e no Custo mdio ponderado fixo, os
materiais consumidos so baixados pelo custo mdio do final do ms.
PEPS Primeiro que Entra, Primeiro que Sai Nesse mtodo, as baixas do estoque so dadas
pelo custo mais antigo, ou seja, o estoque baixado medida que ocorrem as vendas pelo
custo que foi efetuado primeiro.
-
Custo especfico normalmente utilizado em empresas que tm poucos itens em estoque e
que demandam um valor muito alto.
Mtodo varejo utilizado em empresas comerciais que trabalham com uma quantidade
grande de itens em estoque e que efetuam compras geralmente em lotes, com valor unitrio
pequeno de cada item.
UEPS ltimo que Entra, Primeiro que Sai. OBS: este mtodo UEPS o nico que no aceito
pelo Fisco, pois na utilizao desse mtodo pego o ltimo preo de aquisio para fins de
baixa de estoque, o qual proporciona um valor maior de custo, reduzindo a base de clculo do
imposto de renda e consequentemente diminuindo a arrecadao.
Falaremos agora sobre os gastos gerais de fabricao, so todas as despesas ocorridas em uma
indstria decorrentes da produo, exceto material e mo de obra. Normalmente so
classificados de acordo com sua natureza em gastos gerais diretos e gastos gerais indiretos,
onde os diretos so aqueles que incidem diretamente sobre os produtos fabricados ou podem
ser apropriados diretamente ao custo de um produto ou de um setor de produo, enquanto
que os indiretos so os que incidem de forma indireta no produto ou seo produtiva, sendo
de difcil apropriao ao produto.
Temos ainda os gastos gerais fixos, os quais se repetem mensalmente (mesmo valor),
independentemente de variao no volume de produo, ao contrrio dos gastos gerais
variveis, que variam de acordo com o volume de produo.
Esses gastos gerais devem ser rateados de acordo com sua natureza, e com isso a apropriao
dos custos fica mais confivel, veja os exemplos abaixo:
Combustveis e lubrificantes: rateados de acordo com o consumo de cada seo produtiva e
conhecido por meio das requisies.
Energia eltrica quando no se tem um medidor para cada rea de trabalho, usa-se um
rateio baseado na metragem quadrada de cada rea utilizada.
Aluguel e IPTU - Utiliza-se o rateio sobre a metragem quadrada de ocupao, que, nesse caso,
a medida mais justa.
Amortizao e depreciao - Normalmente, esse gasto apropriado de acordo com o
porcentual equivalente de cada ativo imobilizado com relao ao todo, existente em cada
unidade produtiva.
Material de limpeza - atribudo a cada unidade de acordo com as requisies, bem como os
materiais de consumo.
Mo de obra de terceiros - Deve ser apropriado de acordo com as ordens de servio emitidas
pelas unidades em separado.
Na contabilizao dos gastos gerais, as despesas de fabricao so debitadas diretamente nas
contas prprias, para posterior rateio. Se as despesas forem pagas vista, debitamos despesa
-
e creditamos caixa, pela sada do dinheiro. E se as despesas forem a prazo, debitamos a
despesa correspondente e creditamos contas a pagar (passivo).
Controlar significa conhecer a realidade, compar-la com o que deveria ser, tomar
conhecimento rpido das divergncias e suas origens e tomar atitudes para sua correo.
Nenhum sistema de custos, por mais completo e sofisticado que seja, suficiente para
determinar que uma empresa tenha total controle sobre eles, principalmente porque a fase
mais importante do ciclo para essa finalidade a tomada de decises com respeito correo
de desvios.
Os custos controlveis so os que esto diretamente sob a responsabilidade de uma pessoa
cujo desempenho se deseja controlar e analisar.
J os custos estimados, so melhorias tcnicas introduzidas nos custos mdios passados, em
funo de determinadas expectativas quanto a provveis alteraes de alguns custos,
mudana na qualidade de materiais disponveis para produo, insero de novas tecnologias
etc.
Falando-se em custos, o Custo Padro considerado o custo ideal de produo de um
determinado bem ou servio. No entanto, conceitua-se o custo padro como aquele
determinado, a priori, como sendo o custo normal de um produto ou servio.
Na elaborao e implantao do Custo Padro, devem ser levadas em considerao as metas
de eficincia e eficcia da organizao.
Considerando que a principal meta das organizaes obter lucro (ganhar dinheiro), observa-
se que nunca haver plena satisfao e, consequentemente, o empresrio buscar cada vez
mais lucratividade. Porm, existem algumas restries que podem dificultar o pleno xito, so
as restries internas e as restries externas. Nas restries internas podemos citar: falta de
funcionrios; limitaes de equipamentos etc , nas restries externas temos: poltica de
preos; interveno governamental; demanda; concorrncia etc.
Nas empresas industriais, alguns tributos indiretos pagos na aquisio de mercadorias e
materiais representam, de acordo com a legislao pertinente, crditos da empresa em
relao ao governo e sero compensados com os mesmos impostos que sero devidos pela
venda das mercadorias ou produtos, esses tributos so: IPI (Imposto sobre Produto
Industrializado) e ICMS (Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Servios). Lembramos que
o ICMS o principal imposto do pas e constitui a maior fonte de arrecadao dos Estados e
Distrito Federal.
Os impostos IPI e ICMS so conhecidos como impostos recuperveis e devido a isso, quando
da aquisio de mercadorias, apesar de serem pagos NO devem compor o custo de aquisio.
Lembramos que esse estudo dirigido um complemento de seus estudos. Portanto, no deixe
de reler o livro, rever os slides de aula, assistir as vdeoaulas.
-
Lembre-se que voc conta com uma equipe sempre pronta para orient-lo e ajud-lo durante
seu processo de aprendizagem.
Bons estudos e boa sorte!
-
ESTUDO DIRIGIDO DE LOGSTICA EMPRESARIAL MARO 2013
Neste mdulo voc aprendeu noes bsicas fundamentais para o desenvolvimento e
aprendizagem sobre Logstica Empresarial. Agora, chegou a hora de demonstrar seu
conhecimento realizando as avaliaes (objetiva e discursiva) pertinentes ao contedo. Para
ajud-lo, elaboramos este estudo dirigido como uma ferramenta para auxiliar no seu processo
de aprendizagem. Nele voc poder rever aspectos importantes que possibilitaro o
entendimento do contedo.
Voc sabia que somente h bem pouco tempo, aps os anos de 1990, no Brasil, as
organizaes comearam a compreender que o adequado gerenciamento logstico pode
apresentar um impacto vital na obteno de vantagens competitivas duradouras.
Aps essa viso geral dos benefcios e vantagens que a logstica pode trazer para as
organizaes, surgiu a chamada Viso da Nova Logstica, a qual, amplia os negcios da
empresa, expande mercados, reduz custos nas compras de material, por meio da economia de
escala e tambm concentra operaes de fabricao e montagem onde for mais vantajoso
para as empresas.
Uma empresa que visa atingir o status de organizao Logstica Flexvel, deve sempre analisar
as seguintes vertentes: Estrutura de seus sistemas logsticos e os processos aplicados no
sistema.
Um dos avanos na rea logstica foi a criao do operador logstico, que na realidade um
elemento integrador e prestador de servios logsticos, altamente especializado, que contribui
com a flexibilidade, rapidez e agilidade da operao. Suas funes principais so: Processar
pedido, transportar, manusear e armazenar.
Para um operador logstico ser reconhecido com tal, deve desempenhar as seguintes
atividades bsicas: Transporte, controle de estoque e armazenagem.
Os operadores logsticos, de forma didtica, so classificados em funo de dois aspectos importantes, os de recursos utilizados e os de espectro de atuao. Dentro dos recursos utilizados encontramos os operadores baseados em ativos que possuem estrutura de ativos prprios e detm o conhecimento e se utilizam de estruturas de terceiros ou dos clientes. J nos espectros de atuao, realizam a maioria das atividades logsticas (primrias e operacionais) e realizam apenas situaes de demanda especfica do cliente.
Com o que vimos acima, o operador logstico um prestador de servios, terceirizado, especialista no gerenciamento de sistemas logsticos, no todo ou em parte, que visa agregar valor ao produto dos clientes que o contratam. Essa forma de entender os operadores logsticos nos permite compreender seu papel e sua importncia para os Canais de Distribuio (CD) em mercados globalizados, altamente competitivos e volteis.
Voc sabe quais so as funes principais de um Canal de Distribuio (CD)? So elas:
- Manter o fluxo de informaes entre provedores e clientes.
- Organizar os sistemas logsticos para garantir o fluxo de produtos.
-
- Proporcionar agregao de valor aos produtos.
Lembramos que um Canal de Distribuio NO tem a responsabilidade de controlar os estoques, isso dever da empresa que o contrata.
As empresas hoje buscam atender seus clientes cada vez mais rpido e para isso tem sua
disposio ferramentas que se bem aplicadas lhes do essa flexibilidade to bem aceita pelos
clientes, veja a seguir algumas dessas ferramentas de reposio rpida:
A Postergar: Adiar atividades produtivas ou de distribuio at o efetivo recebimento de
pedidos, pode minimizar a necessidade de estoque, reduzindo riscos de erros.
B Reposio Contnua (CR): As informaes relativas aos nveis de estoques e consumos dos
clientes so gerenciadas pela organizao, buscando um padro para a determinao de
reposies adequadas ao cliente.
C Vendor Managed Inventory (VMI): Transferir a autoridade sobre a gesto dos estoques
dos varejistas aos seus fornecedores.
D Efficient Consumer Response (ECR): O objetivo fundamental melhorar o atendimento das
demandas dos clientes, por meio de um sistema de reposio automtica do estoque nos
pontos de venda, com base em nveis de estoque mnimo.
Dentro da rea de logstica existem diversos termos e devem ser de conhecimento dos
gestores de hoje em dia, um deles o Planejamento Colaborativo (CPFR), o qual, nada mais
do que a conexo, baseada na internet, entre os entes do Gerenciamento da Cadeia de
Suprimentos - SCM, com o intuito de compartilhar informaes e coordenar operaes
conjuntas.
O Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos o conhecido nas empresas como SCM, e a sua administrao um conceito ainda confuso para a maioria das pessoas ou empresas, uma vez que a mesma deve considerar toda a cadeia produtiva, e no mais apenas uma parte da cadeia. O que precisamos saber que a SCM envolve a logstica, suportado pela logstica, uma postura organizacional e por fim uma metodologia com viso sistmica.
O SCM tem trs objetivos principais, o primeiro a reduo de custos pela melhor gerncia da cadeia logstica como um todo, buscando-se conseguir reduo de custos pela eliminao de atividades desnecessrias e evitando desperdcios, tambm visa agregar valor pela maior qualidade nos processos logsticos ou pela disponibilizao mais rpida do produto a estes (no lugar e na hora certa) e por ltimo a vantagem estratgica com uma viso integrada da cadeia produtiva, possvel obter importantes diferenciais competitivos, atravs de estratgias de reduo de custos ou estratgias de diferenciao.
A administrao da Cadeia de Suprimentos (SCM) exige que a cadeia produtiva seja simplificada e otimizada pela utilizao de algumas tticas que so essenciais para melhorar os processos logsticos, uma dessas tcnicas mais usadas o Follow sourcing.
-
Outro termo muito usado e importante Consolidar, essa uma ferramenta que tem como
objetivo reduzir custos de transporte a partir da movimentao de grandes volumes de cargas
consolidadas, obtendo economias de escala, transportando cargas grandes, nas maiores
distncias possveis.
O sistema logstico de resposta rpida propicia empresa a reduo de recursos financeiros
para o desempenho das atividades logsticas. Segundo Christopher (1999, p. 136), trs
aspectos da concorrncia com base no tempo so importantes e devem ser gerenciados com
eficincia e eficcia, para que a organizao seja mais efetiva, flexvel e lucrativa. So eles:
Tempo de comercializao: trata-se do tempo que a organizao leva para reconhecer uma
oportunidade de mercado, traduzi-la em produto ou servio e lana-la no mercado.
Tempo de servio: refere-se ao tempo que uma empresa leva para receber, registrar um
pedido e entregar um produto, satisfazendo s necessidades de seu cliente.
Tempo de reao: Diz respeito ao tempo que a empresa leva para ajustar sua produo, devido a demandas volteis.
Ainda falando em logstica de resposta rpida, dentro do sistema Just In Time o modal rodovirio o mais indicado e trs os melhores resultados para as empresas.
O surgimento e a manuteno de sistemas logsticos flexveis e com resposta rpida se devem s ferramentas de tecnologia de informao e tambm aos bons projetos para os sistemas logsticos.
Sabemos que diversos fatores so determinantes para o sucesso de um projeto logstico. Sob a tica do tempo, temos trs importantes fatores a serem analisados:
Sistemas puxados: Sistemas de gesto da produo e da logstica baseados no disparo das
atividades em funo da existncia de uma demanda. O JIT a principal filosofia a se
utilizar deste conceito.
Compresso do tempo: Gerenciar as atividades de modo a obter a reduo do tempo de
operao (lead time). Para a logstica, representa o tempo consumido pelo pedido para
chegar ao cliente.
Velocidade: Duas perspectivas: Clientes: espera pelo atendimento. Operao: espera
pelos recursos at a disponibilizao no estoque de produtos acabados.
De acordo com Ballou (1993), existem duas classes distintas de atividades logsticas em relao ao nvel de servio, so elas: As atividades primrias Transporte / Processamento de pedidos e as atividades operacionais Embalagem de proteo e programao de pedido, porm a Associao Brasileiras de Movimentao e Logstica (1999) sugere duas categorias de atividades, so elas: atividades bsicas e demais atividades. Os europeus procuram criar localizaes logsticas com o objetivo de melhorar o nvel de servios aos clientes e, ao mesmo tempo, racionalizar custos. Collin (1996) classifica em trs tipos de localizao logstica. So elas:
A Stios logsticos: Espaos fisicamente bem delimitados nos quais atua um nico operador, ou local delimitado dentro de uma plataforma para um nico operador logstico.
-
B Zonas logsticas: Espaos fsicos bem delineados, onde so oferecidos servios e facilidades de multimodalidade a diversos operadores, ou um espao dentro da plataforma logstica delimitado para diversos operadores, destinado multimodalidade.
C Polos logsticos: Amplos espaos delimitados, nos quais existe alta concentrao de atividades logsticas, ou o local onde rene zonas logsticas e stios logsticos, com isso, convencionado cham-lo de plataforma logstica.
Falando em Plataforma Logstica, voc sabe o que so? Para que servem? Enfim, continue lendo esse estudo dirigido e todas as suas dvidas sero sanadas:
Muitas so as definies de Plataforma Logstica, nessa disciplina usaremos como definio a escrita por Duarte (1999), que : Um local que rene facilidades que permitem melhorar a eficincia logstica.
As plataformas logsticas colaboram muito para a administrao da logstica de uma empresa e para que esse trabalho seja eficiente, o ideal ter dentro da plataforma logstica um rgo pblico, como a Receita Federal, para intervir nos processos comerciais internacionais, reduzindo, assim, os tempos de ciclo dos processos logsticos.
As plataformas logsticas existem para facilitar e/ou agilizar os processos logsticos das empresas. Segundo Ballou (1993), as atividades oferecidas nas plataformas logsticas esto intimamente relacionadas com as atividades primrias que so processamento de pedidos e transporte e tambm com as atividades secundrias, programao de produtos e manuteno de informao.
A implantao de Plataformas Logsticas, trazem muitos impactos positivos para a regio na qual a mesma se encontra, veja alguns desses impactos: Gera empregos, cria condies de instalao de empresas industriais, integra a regio por meio da prtica de transportes intermodais e cria condies de instalao de empresas comerciais no seu entorno.
Duarte(1999) apresenta diferentes possibilidades para a existncia de plataformas logsticas com diferentes vocaes. Considerando-se as finalidades, o tipo de atuao e outras caractersticas significativas, elas podem ser classificadas em quatro tipos diferentes: portos, porto seco, Eadi e global transpark.
Portos: reas que permitem a prtica do transporte hidrovirio e contam com rea para armazenagem, consolidao e distribuio de cargas dentro da zona porturia.
Porto seco: tem a mesma finalidade dos portos, com a diferena de localizar-se sempre no interior do continente. Possibilita a prtica do transporte rodovirio e/ou ferrovirio.
Estao Aduaneira Interior (Eadi) : so estaes aduaneiras no interior que apresentam as mesmas caractersticas de um porto seco, com a diferena de poder receber cargas sem necessidade de nacionalizao nos portos ou nos aeroportos, uma vez que o desembarao aduaneiro ocorre nas suas dependncias.
Global transpark: podemos considera-la como megaplataforma logstica, uma vez que tem a inteno de abranger imensas reas geogrficas, geralmente dimenses continentais.
-
As plataformas logsticas devem oferecer condies para que suas atividades sejam desenvolvidas com a mxima eficincia possvel. Segundo Boudoin (1996), uma plataforma logstica conta com trs reas especficas e com funes prprias, vejam elas:
A rea para servios gerais: Destina-se ao homem, s mquinas e empresa.
B rea para transporte: As plataformas logsticas devem ser multimodais, ou seja, devem possibilitar a integrao dos servios de mais de um modal de transporte.
C rea para os operadores logsticos: So reas adjacentes s reas pblicas para o adequado suporte aos processos logsticos, como servios de corretagem, despacho, entre outros.
Um conceito importante e de fundamental importncia para a compreenso do papel da logstica nas operaes globais, a definio de Fluxos Logsticos:
[...] o movimento ou trnsito de matrias-primas, produtos em processos, produtos acabados, informaes e recursos financeiros ao longo da cadeia logstica, do ponto de origem ao ponto de consumo ou de destinao final de resduos [...] (RAZZOLINI FILHO, 2007).
E falando em fluxos, j h algum tempo que se tem conhecimento de trs fluxos essenciais, bsicos, no processo logstico e que precisam sem bem compreendidos para que possam ser administrados de maneira correta, o primeiro deles o fluxo fsico responsvel pela movimentao de materiais e produtos ao longo da cadeia de valor, o segundo o fluxo de informaes responsvel pelo incio do processo logstico, por colocar em movimentao a cadeia logstica e por ltimo o fluxo financeiro, o qual o responsvel pela remunerao dos recursos utilizados na cadeia logstica.
A gesto das operaes e logstica global depende do perfeito entrosamento entre trs princpios bsicos, que so: integrao geogrfica, integrao funcional e integrao setorial, onde o primeiro est relacionado ao fato da perda de importncia das fronteiras geogrficas. medida que o mundo se globaliza, so as organizaes empresariais que crescem em importncia, pois passam a atuar de forma autnoma e independente, o segundo princpio, integrao funcional, onde os processos decorrem de fluxos que perpassam a organizao como um todo. Assim, necessrio integrar tais fluxos para que o processo logstico ocorra naturalmente e por ltimo o princpio da integrao setorial, onde usualmente, nas cadeias logsticas tradicionais, cada elo da cadeia atua de forma a otimizar seus prprios sistemas logsticos.
Voc j deve ter ouvido falar na sua empresa e com certeza durante as aulas de Logstica Empresarial, o termo Global Sourcing correto? Voc sabe a definio desse termo? Global Sourcing a prtica que possibilita reduzir o nmero de fornecedores mediante a manuteno de parceiros na cadeia de suprimentos que oferecem atuao globalizada, ou ainda a atividade de buscar fontes de suprimentos em diferentes partes do mundo e, ao mesmo tempo, tambm tornar-se um fornecedor global..
Um dos principais desafios nos processos logsticos de Global Sourcing, segundo Christopher (1997, p. 165), conseguir a necessria rentabilidade para que o negcio seja vivel e competitivo.
Existe outro termo usado na logstica que o out sourcing, e no podemos confundi-lo com global sourcing, pois Global sourcing a operao de comprar e vender no mercado mundial, enquanto que out sourcing comprar um produto pronto, ou seja, trazer pronto para dentro da empresa.
-
Quando adotamos operaes globais, os custos de produo e de estoques tendem a cair, enquanto os custos de materiais (MP e insumos) se elevam. Porm, o mais significativo o incremento nos custos de transporte, exatamente porque as distncias a serem percorridas so, s vezes, intercontinentais. Exatamente nesse momento que temos a existncia de um trade-off significativo a ser considerado nas decises relacionadas com as prticas logsticas globais. Sabemos tambm que estratgias operacionais baseadas apenas no custo tendem a fracassar em horizontes de tempo mais longos.
Com a economia cada vez mais globalizada e altamente competitiva, as empresas tiveram que mudar a forma de gerir sua organizao, ou seja, os paradigmas foram alterados, pois hoje essa gesto deve ser mais eficiente e eficaz do que antigamente. Essa mudana de gesto exigiu novos enfoques e novas formas de administrar. O paradigma atual, ou seja, que era usado antes da globalizao tinha o foco nas funes, nos estoques, no lucro, produtos e o novo paradigma, ou paradigma proposto ps-globalizao j foca mais nos processos, nas informaes, na lucratividade, nos relacionamentos e nos clientes.
sabido que toda mudana problemtica, imagine ento quando falamos em mudana de paradigmas, isso exige um trabalho e um esforo grande por parte das pessoas envolvidas. E os gerentes de logstica tiveram que se adaptar a novas vises e tiveram que adquirir novas habilidades, por exemplo: Quando muda-se o foco de Lucro para Lucratividade, o gerente deve ter tcnicas de contabilidade e controle financeiro, se o foco muda de Produtos para Clientes, tem que ter a habilidade de definir, medir e gerenciar as necessidades de servio por segmento de mercado, e quando mudamos o foco de Transaes para Relacionamentos, exige do gerente tcnicas de gerenciamento de redes e de otimizao.
Lembramos que esse estudo dirigido um complemento de seus estudos. Portanto, no deixe
de reler o livro, rever os slides de aula e assistir as vdeoaulas! Lembre-se que voc conta com
uma equipe sempre pronta para orient-lo e ajud-lo durante seu processo de aprendizagem.
Bons estudos e boa sorte!
-
ESTUDO DIRIGIDO PARA DISCIPLINA DE MTODOS QUANTITATIVOS
Neste mdulo voc aprendeu noes bsicas fundamentais para o desenvolvimento e aprendizagem da aplicao de Mtodos Quantitativos. Agora, chegou a hora de demonstrar seu conhecimento realizando as avaliaes (objetiva e discursiva) pertinentes ao contedo. Para ajud-lo, elaboramos este Estudo Dirigido como uma ferramenta para auxiliar no seu processo de aprendizagem. Nele voc poder rever aspectos importantes que possibilitaro o entendimento do contedo. Como se trata de uso da matemtica, muitos clculos de ndices so extensos e de difcil assimilao sem seu uso contnuo, pois so extrados de frmulas complexas, por isso a maioria dos clculos, desde os bsicos at o clculos mdios foram desenvolvidos com voc nas duas aulas prticas, as quais esto ou estaro disponveis no ambiente virtual de aprendizagem (AVA) no link aulas interativas. Esses clculos bsicos at mdios, os quais foram parte integrante das atividades pedaggicas podero ser cobrados em avaliaes futuras, diferente dos clculos dos exerccios do captulo sobre Correlao e regresso linear mltipla, de onde sero cobrados os conceitos, ou seja, s teoria. Quando lidamos com grandezas simples (um nico item ou varivel), o ndice
qualificado como ndice elementar ou simples, por outro lado, quando lidamos
com grandezas complexas (aquelas expressas por muitos valores),
denominamos de ndice sinttico ou composto.
Os nmeros ndices, ou simplesmente ndices, so medidas estatsticas frequentemente usadas para comparar grupos de variveis relacionadas entre si e para obter um quadro simples e resumido das mudanas significativas ocorridas ao longo do tempo, por ser medida estatstica, normalmente os ndices so fornecidos em forma percentual (ou porcentual). importante ressaltar que os nmeros ndices so destitudos de qualquer significado se no forem especificadas as datas a que se referem. Relativo um nmero ndice mias simples, relacionando o preo, a quantidade e o valor de um produto numa data considerada (dc) com uma data base (db). Para calcularmos o relativo de preo, devemos dividir o preo na poca atual (preo considerado) pelo preo na poca base (preo base) e multiplicar por 100. O mesmo se faz ao se calcular o relativo de quantidade (usando a quantidade) e o relativo de valor tambm. Lembre que valor o preo do produto vezes a sua quantidade. Vamos falar sobre ndices agregativos simples, um dos ndices mais utilizados o ndice de Dutot, esse ndice foi estabelecido em 1738, e definido como sendo a relao entre os somatrios dos valores de um conjunto de variveis em duas datas diferentes a data-base e a considerada. Esse ndice de fcil aplicao, porm apresenta as seguintes limitaes: - No leva em conta a importncia relativa dos itens.
-
- No h homogeneidade entre as unidades dos diversos bens. Isso quer dizer que para calcular esse ndice, no importa a diferena de preos entre itens bens distintos (preo do feijo contra preo da lagosta) e tambm no importa a unidade utilizada, ou seja, podemos ter quilos, litros, dzia etc. Outro ndice agregativo simples o ndice de Sauerbeck, o qual sugere que seja feito uma mdia dos respectivos relativos e com isso mudanas nas unidades no mais alterariam os ndices. O ndice de Sauerbeck tem trs variaes, a primeira o ndice aritmtico de Sauerbeck, o qual dado pela mdia aritmtica dos relativos, sejam eles de preo, quantidade ou valor. O segundo o ndice geomtrico de Sauerbeck, o qual dado pela mdia geomtrica dos relativos e o terceiro ndice harmnico de Sauerbeck, que dado pela mdia harmnica dos relativos. Entendendo esse ndice: o mesmo leva em conta a importncia entre os
produtos de uma cesta, ou seja, usa o mtodo de ponderao para poder
diferenciar importncias distintas. Ao contrrio do ndice de Dutot, que utiliza a
mdia dos respectivos relativos.
Agora vamos falar sobre os ndices agregativos ponderados, a diferena sobre o ndice simples, que para a ponderao dado pesos a todos os produtos considerados. A necessidade desse peso devido ao fato de termos em uma cesta de produtos itens com pouca influncia e outros com grande influncia no clculo dos ndices. Vrios mtodos so propostos para a determinao de um ndice ponderado, nessa disciplina estudamos os ndices de Laspeyres e Paasche. Em 1871, Ernst Louis Etiene Laspeyres props que fosse adotada, como data de referncia, a data-base e por isso esse ndice tambm denominado de Mtodo da poca Bsica. Esse ndice de Laspeyres pode, assim, ser definido como a mdia aritmtica ponderada dos relativos, em que o fator de ponderao igual participao relativa de cada item diante do valor total dos itens adquiridos na data-base. O outro ndice que falamos o ndice de Paasche, o qual prope ao contrrio de Laspeyres, que fosse adotada, como data de referncia para as ponderaes, a data atual (a data considerada), passando ento a se calcular por mdia harmnica ponderada de relativos, em que pesos so determinados com base nos preos e nas quantidades dos itens na data atual. Por causa disso esse ndice denominado de Mtodo da poca Atual. Segue algumas consideraes e restries aos ndices de Laspeyres e de Paasche: Ambos os ndices somente podem ser usados para datas prximas. As localidades sob anlise devem ter caractersticas semelhantes, tendo em vista a importncia relativa de alguns itens.
-
Devido a base da mdia utilizada nos clculos, vemos que o ndice de Laspeyres tende a superestimar o ndice de valor, enquanto o ndice de Paasche tende a subestim-lo. Os nmeros ndices vistos at o momento servem para comparar duas datas distintas (data 1 e data 2), ou seja, comparar a data presente (dc) a uma data-base (db). Entretanto, as vezes, torna-se necessria a comparao de trs ou mais variveis ao longo do tempo e para isso so utilizados a srie de nmeros ndices. Para a construo de uma srie de nmeros ndices devemos considerar alguns parmetros: - a seleo da data-base. - a periodicidade dos dados. - o mtodo de construo das sries. A base mvel encadeada somente pode ser usada se o critrio de clculo
satisfizer a propriedade cclica (ou circular). Cabe ressaltar que os ndices de
Laspeyres e Paasche no atendem propriedade cclica, neste caso, se
modificar o ndice de Laspeyres, em que consiste em aplicar uma base fixa de
ponderao aos relativos dos itens considerados no clculo ndice.
A srie de nmeros ndices deve ser construda com dados que se encontram
no centro de um momento de grande estabilidade, porm algumas vezes
necessrio que se mude a base, para que possamos dispor de dados
atualizados e mais significativos. Na prtica, a mudana de base de uma srie
de nmeros ndices feita sendo dividido cada ndice da srie original pelo
nmero ndice correspondente nova data-base (veja exemplo pgina 53 do
livro edio 1 ou pgina 57 do livro edio 2).
Temos ainda a unio de duas sries de nmeros ndices, e isso ocorre, pois
um nmero ndice pode sofrer alteraes ou pela mudana da data-base, ou
pela introduo/excluso de itens em determinada cesta de produtos. Para se
fazer essa unio, dividimos o novo nmero ndice pelo nmero ndice antigo
nessa mesma data, assim achamos o fator de multiplicao, que aplicado
sobre os ndices anteriores faro acerto da unio de sries (veja exemplo
pgina 55 do livro edio 1 ou pgina 59 do livro edio 2).
Falaremos agora sobre Deflacionamento: Deflacionar significa eliminar dos
valores monetrios nominais o efeito da inflao.
J Deflator qualquer ndice de preos utilizado para equiparar, por reduo,
valores monetrios de diversas pocas ao valor monetrio de uma determinada
poca tomada como base.
No Brasil os deflatores mais usados so: IGP, ICV, INPC, IPC, IPA e a TR.
O Brasil um pas com uma quantidade enorme nmero de ndices, isso
devido desvalorizao permanente de nossa moeda. Dentro dos diversos
-
ndices vamos destacar nesse estudo apenas seis deles, para os quais
daremos as caractersticas principais:
IPC ndice de Preos ao Consumidor - um ndice particular que busca medir
o movimento dos preos de um conjunto de bens e servios nos seus
segmentos finais de comercializao, em determinado intervalo de tempo.
Nesse ndice nacional considerado perto de 400 produtos, 50.000 preos
levantados por ms, para determinar a inflao mensal de famlias com renda
at 33 salrios mnimos.
INPC ndice Nacional de Preos ao Consumidor - um ndice restrito, pois s
considera os preos das 11 maiores regies metropolitanas do pas, em um
total de 116 cidades. S considera as famlias de assalariados com renda entre
um e oito salrios mnimos, o que representa mais de 90% da populao
brasileira, e leva em conta cerca de 350 produtos.
IPCA ndice de Preos ao Consumidor Amplo - uma variante do INPC. O
termo amplo significa a extenso de alguma condio anteriormente restrita.
No caso, a extenso refere-se ao pblico-alvo. O IPCA mede a inflao de
quem ganha de um at 40 salrios mnimos.
IPA ndice de Preos no Atacado - esse ndice considera pouco mais de 400
produtos comercializados no mercado atacadista, sejam eles agrcolas ou
industriais, produzidos no pas ou importados.
IBV - ndice da Bolsa de Valores - o ndice de lucratividade mdia das aes
mais negociadas nos preges da bolsa de valores.
TR Taxa Referencial de Juros uma taxa divulgada mensalmente pelo
banco Central e utilizada como indexador de dbitos fiscais, contratos
privados, entre outros.
Em perodos de inflao, todo cuidado pouco quando se fala em taxa de
juros. comum ouvirmos falar em taxa aparente, taxa real e como distingui-
las?
A taxa aparente a taxa utilizada sem levar em conta a inflao do perodo,
enquanto que na taxa real leva-se em considerao os efeitos inflacionrio do
perodo. Com isso entendemos que a taxa aparente, pode, at mesmo ser
negativa (Castanheira;Serenato, 2005).
Passamos agora a falar sobre Correlao e regresso linear simples:
-
normal estudarmos duas variveis aleatrias, uma independente e outra
dependente, na tentativa de saber se existe entre elas uma relao. Entretanto,
algumas vezes, mais de duas variveis aleatrias esto envolvidas no mesmo
problema, e interessa saber como elas esto inter-relacionadas, e a essa grau
de relacionamento d-se o nome de Correlao.
A correlao entre variveis pode ser classificada segundo o nmero de
variveis envolvidas e segundo a complexidade das funes ajustantes. Em
termos de nmero de variveis envolvidas, a correlao dita simples
quando for considerada uma nica varivel independente e dita mltipla
quando considerada mais de uma varivel independente. J em termos de
complexidade das funes, a correlao dita linear, quando o ajustamento
feito por uma funo do primeiro grau e no linear, quando o ajustamento
feito por uma funo de grau maior que um.
O mtodo de anlise da relao entre duas variveis, uma dependente e outra
independente chamado de REGRESSO, a regresso linear quando
estamos lidando com funo de primeiro grau, e chamada de simples, pois
temos apenas uma varivel independente.
Quando investigamos duas variveis, usualmente comeamos com uma
tentativa de descobrir a forma aproximada dessa relao, que representada
graficamente nos planos x,y, obtemos um grfico, o qual o chamado de
Diagrama de Disperso.
Antes de montarmos um Diagrama de Disperso devemos primeiro encontrar a
varivel independente (x) e a varivel dependente (y), aps isso plota-se esse
pontos num grfico e se analisa seu resultado. Como se trata de uma
regresso linear simples, a tendncia de os pontos estarem prximos uns aos
outros, na tendncia de uma reta (reta de regresso). Se observamos um
diagrama de disperso, vamos encontrar pontos perto da reta imaginria, veja
grfico (pgina 85 do livro edio 1 ou pgina 91 do livro edio 2), e observe
que nem todos os pontos esto exatamente sobre essa reta, o nome dado a
esse diferena entre o ponto real e a reta imaginria ERRO ou RESDUO, e o
ajustamento desses pontos feito por meio de clculos estatsticos que no
vem ao caso nesse momento.
Trs pontos importantes devem ser considerados na anlise de um Diagrama
de Disperso: O primeiro o clculo do coeficiente angular M, o segundo a
determinao do valor do intercepto y (chamado ponto B) e por ltimo o clculo
do coeficiente de correlao de Pearson. O coeficiente de correlao de
Pearson dado pela letra r e os seu valor sempre estar entre +1 e -1 e com
esse resultado podemos saber que tipo de relao temos, veja a tabela a
seguir e observe que tipo de correlao se tem dependo do valor r:
Valor de r Tipo de correlao:
-
r = 1 Correlao linear perfeita (positiva).
r > 0 (prximo a 1) Forte correlao positiva.
r > 0 Fraca correlao positiva.
r < 0 (prximo a -1) Forte correlao negativa.
r < 0 Fraca correlao negativa.
r = -1 Correlao linear perfeita (negativa)
r = 0 Ausncia de correlao linear existe sim uma correlao, porm NO linear.
Trabalharemos agora com Correlao e regresso linear mltipla:
Existem fenmenos que somente so razoavelmente bem explicados por mais
de uma varivel independente e nesses casos usamos a Regresso e
Correlao Mltiplas. Se a equao de primeiro grau explica bem o fenmeno,
dizemos que uma regresso linear, mas se necessitar de uma equao de
grau maior que um, teremos uma Regresso e a Correlao, No Lineares.
Nesse tipo de Correlao e regresso linear mltipla, o coeficiente de Pearson
tambm varia entre + 1 e -1, com os extremos indicando um ajuste perfeito dos
dados e o centro, r = 0 ,mostrando que a funo incompatvel com os dados.
Sries Temporais, como o nome j diz, se refere ao tempo. Logo uma srie
temporal um conjunto de valores observados em momentos distintos e
sequencialmente ordenados no tempo, ou seja, um conjunto cronolgico de
observaes.
Podemos classificar as Sries Temporais em quatro tipos:
Tendncia secular (T) - o componente que indica a tendncia do movimento
dos dados em um grande perodo de tempo e tem como caracterstica ser um
movimento regular e suave ao longo do tempo. Podem estar influenciadas por
fatores como crescimento populacional, taxa de desemprego, comportamento
na conservao de recursos hdricos etc.
Flutuaes cclicas (C) a parte da srie temporal que apresenta certo grau
de regularidade nas variaes ao longo do tempo, para perodos maiores que
um ano. Encontramos esses padres cclicos em diversos casos, tais como:
perodos de chuva, demanda de certos produtos agrcolas, fenmenos
associados a estaes do ano etc.
Variaes sazonais (S) - se assemelham aos fenmenos cclicos, porm
somente nos casos em que os dados so registrados em curto prazo:
diariamente, semanalmente, quinzenalmente, mensalmente etc., para intervalo
de tempo de, no mximo, um ano. So encontrados em ocasies distintas, tais
como Natal, Pscoa, Produtos consumidos no frio etc.
-
Variaes aleatrias ou irregulares (I) - acontecem quando alguns fenmenos
socioeconmicos variam de forma aleatria e referem-se aos efeitos causados
por greves, guerras, enchentes, secas e demais fatorem que ocorrem com
regularidade. Referem-se a efeitos causados por greves, enchentes, secas etc.
Pessoal tudo o que foi visto nesse Estudo Dirigido o resumo do que foi passado a vocs de teoria ao longo de seis aulas, onde aborda termos, conceitos e situaes de aplicao etc. O contedo desse Estudo Dirigido mais os exerccios desenvolvidos nas duas aulas prticas abrangem mais de 90% do que ser cobrado nas avaliaes, porm a leitura do livro e a reviso das aulas dadas so indispensveis, pois com certeza o professor regente esclarece por meio de exemplos prticos cada ponto aqui mencionado. Bom estudo e boa prova. Prof. Douglas Agostinho