Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas -...

56
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas Autor: Adriano Fernandes Cruz Orientador: Luiz Otávio Saraiva 2° Semestre de 2004 i

Transcript of Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas -...

Page 1: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA

Estudo de Modelagem deCaixas Acústicas

Autor: Adriano Fernandes CruzOrientador: Luiz Otávio Saraiva

2° Semestre de 2004

i

Page 2: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA

DEPARTAMENTO DE MECÂNICA COMPUTACIONAL

Estudo de Modelagem de

Caixas Acústicas

Curso: Engenharia de Controle e Automação – Trabalho Final de GraduaçãoÁrea de Concentração: Modelagem eletromecânico acústico

Trabalho Final de Graduação apresentada à comissão de Graduação da Faculdade de Engenharia Mecânica, como requisito para a obtenção do título de bacharel em Engenharia Mecatrônica.

Autor: Adriano Fernandes CruzOrientador: Luiz Otávio Saraiva

Campinas, 2004UNICAMP

ii

Page 3: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

Dedicatória

Dedico este trabalho a todos que colaboraram para que hoje eu pudesse estar aqui. E, tem uma pessoa em especial que agradeço por estar hoje aqui, ela já não está mais entre nós. No entanto, se ela estivesse ainda conosco, ela estaria muito orgulhosa neste momento:

Dedico este trabalho, principalmente, à minha Mãe.

iii

Page 4: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

Agradecimentos

Este trabalho não poderia ser terminado sem a ajuda de diversas pessoas às quais

presto minha homenagem:

Quero agradecer primeiramente ao meu orientador, que teve muita paciência

comigo e que também colocou a minha disposição os seus conhecimentos e seu tempo;

sem ele, este momento não seria possível.

Agradeço também a minha namorada por sua compreensão e companheirismo

nestes dias tão difíceis.

Por estarem presentes de alguma forma em todas as etapas deste trabalho

agradeço a todos os meus professores.

Por fim, não poderia cometer a injustiça de esquecer de todos os meus colegas

de turma e funcionários que nesses anos de graduação sempre me apoiaram.

iv

Page 5: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

“Uma verdade matemática não é simples nem complicada por si mesma. É uma verdade.”

Emile Lemoine

"Às vezes é bom acreditar na evolução e pensar que o homem ainda não está concluído."

John . M. Henry

v

Page 6: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

Resumo

Cruz, Adriano Fernandes; Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas; Campinas Faculdade de Engenharia Mecânica, Universidade Estadual de Campinas, 2004, Trabalho Final de Graduação.

Neste trabalho faz-se um estudo da modelagem de caixas acústicas, começando-

se com uma revisão dos modelos clássicos e metodologia geral, e concluindo-se com o

estudo do caso especial do alto-falante planar. Os modelos baseiam-se nas analogias

entre circuitos elétricos e sistemas magnéticos, mecânicos e acústicos e nas

transformadas de Laplace. A partir dos modelos estudados, foi desenvolvido um

programa de simulação em Matlab que, uma vez fornecidos os parâmetros do alto

falante e da caixa, é fornecido a função de transferência da caixa acústica.

Palavras Chave

Alto falante, alto falante plano

vi

Page 7: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

Abstract

Cruz, Adriano Fernandes; Study of loudspeakers enclosure modeling; Campinas Mechanical Engineering College, University of Campinas, 2004, Graduation Dissertation.

A loudspeaker modeling has been made on this study. Firstly, a review of the

classical models and the general methodology is done, and then the study is concluded

with an analysis of a planar loudspeaker special case.

The models are based on the analogies between electrical circuits and magnetic,

mechanical, acoustical systems and on the Laplace transformation.

Key Words

Loudspeakers, planar loudspeakers

vii

Page 8: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

Sumário

PáginaListagem de Figuras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . IXNomenclatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XICapítulo 1 – Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1Capítulo 2 – Revisão Teórica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2Capítulo 3 – Modelagem teórica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26Capítulo 4 – Análise e Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35Capítulo 5 – Conclusões e Sugestões para o próximo trabalho . . . . . 36Referência Bibliográfica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37Anexo A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38Anexo B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41

Lista de Figuras

Figura 1 O sistema é composto por subsistemas elétrico, mecânico e

acústico.

Figura 2 Representação simbólica, diagramada e genérica de um sistema

de alto-falante..

viii

Page 9: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

Figura 3 Representação esquemática em digrama de bloco do sistema da

figura 1.

Figura 4 Diagrama em bloco para o sistema eletromecânico explicitando

as relações de impedâncias.

Figura 5 Bloco do circuito elétrico do sistema do alto-falante.

Figura 6 Digrama de bloco do sistema do circuito elétrico.

Figura 7 Representa as propriedades mecânicas de acordo com o seguinte

trecho, da parte direita da figura 2, que aqui está representado à

esquerda.

Figura 8 Gerador de força constante equivalente da figura 6.

Figura 9 Bloco de diagrama de impedâncias mecânicas análogas a um

sistema de alto-falante, equivalente à Figura 8.

Figura 10 Expansão do sistema apresentado na figura 9, que apresenta todas

os parâmetros de um alto-falante, exceto os acústicos.

Figura 11 Bloco equivalente à figura 10 com o circuito acústico acoplado.

Figura 12 Impedância Mecânica (esquerda) e acústica (direita) formada ao

se retirar o transformador da figura 11.Figura 13 O esquema apresenta o acoplamento acústico de leitura de ambos

os lados do cone dentro do circuito mecânico

Figura 14Esquema do circuito mecânico correspondente à figura 13 com o

transformador removido.

Figura 15 Acima tem-se a figura 2, novamente representada, e abaixo

apresenta-se o circuito de impedâncias mecânicas análogas ao

sistema generalizado de alto-falante

Figura 16 Resposta em freqüência para as equações de transferência

descritas da equação 96 a 98,

Figura 17 Resposta em freqüência para as equações de transferência

descritas da equação 99 a 101,.

Figura 18 Resposta em freqüência para a equação de transferência descrita

na equação 103 ou 104,

ix

Page 10: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

Nomenclatura

A(s) Função definida na equação 31;B(s) Função definida na equação 38;B Densidade de fluxo magnético no ar;c Velocidade do som no ar;C Compliância mecânica equivalente à indutância da bobina móvel definida na

equação 17;CA Compliância acústica de volume V( 2

0 ./ cV ρ= );CMA Equivalente mecânico de CA ( 2/ DA SC= );

CAB Compliância acústica do volume da caixa;CMB Equivalente mecânico de CAB;CO Compliância do volume de ar entre o cone e a membrana de amortecimento; CMS Compliância mecânica do sistema de suspensão do alto-falante;CMPR Compliância mecânica do sistema de suspensão do radiador passivo;CMP Equivalente mecânico da compliância do radiador passivo, referente ao diafragma

do alto falante definido na equação (69);EG Amplitude da tensão do gerador;eG Gerador de tensão expressado em função do tempo, eG(t), ou da freqüência s;eMOT Força contra eletromotriz desenvolvida no circuito da bobina móvel devido ao

movimento na região de fluxo magnético;f Freqüência ( πω .2/= ), também utilizada como fG(s);FG Gerador de força definido na equação 13 e 14;FD Força exercida no diafragma;FMD Soma das Forças de reação exercidas nos componentes do mecanismo do alto

falante;FMP Soma das forças de reação devido as componentes mecânicas do radiador passivo;FAD Força mecânica acústica do diafragma ativo;Gi Função de transferência do sistema definida na equação (23), onde i pode ser D

(diafragma), B (Caixa), P (porta) ou L (perdas); GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55); g Freqüência variável normalizada (ω /ω S)h Fração da freqüência de ressonância da caixa do alto-falante (ω B/ω S)j Operador 1− ;l Tamanho do condutor da bobina móvel na região de campo magnético;LVC Indutância Magnética estática;L Símbolo para a transformada de Laplace;L-1 Símbolo da inversa da transformada de Laplace;M Símbolo para o motor montado pela bobina ativa numa região de campo

megnético;mD Massa do diafragma do alto falante;mDT Massa total efetiva do diafragma montado inclusive o carregamento do ar;mPR Massa do radiador passivo do diafragma;

x

Page 11: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

mP Massa efetiva correspondente à inércia acústica da porta; ou equivalente em massa

do radiador passivo mA Inércia acústica devido ao carregamento do ar no diafragma;mMA Equivalente mecânico de mA;pr Pressão sonora produzida pelo alto falante a uma distância r;pG Equivale a um gerador de pressão no som em circuito acústico;PD Pressão exercida pelo diafragma dentro da caixa.P(s) Polinômio definido em s;Q(s) Polinômio definido em s;Q Taxa de reatância para a resistência, fator de seletividade tuned;QS Q na freqüência ω S, definido na equação 83;QT Q total, inclui a resistência de radiação;QSB Q efetivo do alto falante montado em caixa fechada;QB Q da caixa em ω P devido a rMB e definido na equação, definido na equação 84;QP Q da caixa em ω P devido a rMP e definido na equação, definido na equação 85;QL Q da caixa em ω P devido a rML e definido na equação, definido na equação 86;R Equivalente mecânico cprrespondente ao gerador e à resistência da bobina móvel

definida na equação 16;r Distância do alto falante na qual a pressão pr é medida;RG Resistência da fonte de força de acionamento;RVC Resistência estática da bobina móvel ;ℜA Resistência da radiação acústica do diafragma ativo;ℜAMA Equivalente mecânico de ℜA;

rAB Resistência acústica do volume da caixa fechada;rMB Equivalente mecânico de rAB;rMP Equivalente mecânico de rAP, ou resistência equivalente do radiador passivo; rMPR Resistência mecânica efetiva do radiador passivo do diafragma e suspensão;rAL Resistência shunt de vazamento acústico;rML Equivalente mecânica de rAL;

rMS Resistência mecânica do sistema de suspensão do alto falante;rMS(MA) Resistência mecânica efetiva do alto falante incluindo carregamento do ar;rMST Resistência mecânica efetiva do alto falante incluindo carregamentos elétricos e

acústicos;S Freqüência complexa variável ( ωσ .js += );sN Freqüência complexa variável normalizada em Sω , )/.( SN js ωω= ;S0N Freqüência complexa variável normalizada em 0ω , )/.( 0ωωjsN = ;sn Freqüência complexa variável normalizada em 0ω ou Sω ;SD Área efetiva traseira da superfície ativa pelo diafragma;sD1 Área efetiva frontal da superfície ativa pelo diafragma;SDP Área efetiva do diafragma passivo;TEM Transdutor eletromecânico;TMAD Transdutor eletromecânico para o diafragma de área SD;TMAP Transdutor mecânico acústico para o diafragma de área SDP;uG Gerador de velocidade apresenatado na figura 6;ui Velocidade linear equivalente ao elemento de vibração ou abertura, onde i é usado

como D, B, P ou L;Ui Velocidade volumétrica correspondente à Ui;

xi

Page 12: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

VB Volume efetivo da caixa fechada;ZE Soma das resistências da fonte e impedância estática na bobina móvel ;ZE(MOT) Impedância de movimento da bobina móvel ;ZM Impedância mecânica total do alto falante;zM Mobilidade mecânica correpondente à ZM ( MZ/1= )zEM Mobilidade mecânica correspondente a impedância elétrica ZE definida pela

equação 12;ZEM Impedância mecânica correspondente a zEM definida na equação 18;ZRC Impedância da combinação RC, apresentado na figura 9, e definido pela equação

18;ZM(EM) Impedância mecânica equivalente dos mecanismos do alto falante incluindo os

mecânicos e carregamentos elétricos;ZA Impedância apresentada atrás do diafragma;ZMA Equivalente mecânico de ZA;ZA(EM) Equivalente acústico de ZM(EM);ZMD Impedância mecânica do diafragma ativo montado;ZMP Impedância mecânica do diafragma passivo montado;ZMT Total impedância mecânica efetiva do diafragma ativo montado, incluindo

carregamentos equivalentes mecânicos, elétricos e acústicos;ZD Total ImpedÂncia mecânica do alto falante e sistema de supensão;ZB Total equivalente mecânico da impedância acústica da caixa de volume e

dissipação;ZP Total equivalente mecânica da impedância acústica da porta ou do radiador

passivo;α Fração da compliância do alto falante pela compliância da caixa ( MBMS CC /= );β Fração da compliância do alto falante pela compliância da porta ( MPMS CC /= );θ ,φ Ângulos de fase;ρ o Densidade do ar ambiente de acordo com condições pré-estabelecidas;ω Freqüência angular;ω 1 Freqüência angular do estado de regime da voltagem de acionamento;ω B Freqüência angular anti-ressonante definida na equação 82;ω H Freqüência definida na equação 52;ω 0 Freqüência angular de ressonância da caixa fechada do sistema de alto falante;ω S Freqüência angular de ressonância da unidade do alto falante;

xii

Page 13: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

Capítulo 1Introdução

Esse trabalho inicia-se como uma modelagem através de circuitos analógicos

para modelar um alto falante. Como esse sistema alto falante pode ser desagrupado em

três subsistemas mecânico, elétrico e acústico, assim será feito.

Primeiramente trabalhará com o sistema mecânico, utilizando seus parâmetros

segundo uma modelagem de circuitos. Em seguida, integra-se esse sistema ao elétrico.

E por fim ao acústico.

O objetivo é apresentar uma solução geral para um sistema de alto falante. E a

partir desse último, conseguir usar essa metodologia para modelar um sistema de alto

falante plano, a partir das restrições que este último apresenta em relação a caso geral.

1

Page 14: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

Capítulo 2Revisão Teórica

Considerando as condições abaixo:

Todo desenvolvimento feito usará técnicas de circuitos analógicos para a

análise e resultados;

Para a construção do circuito analógico os elementos do circuito podem ser

tidos como parâmetros concentrados. Essa suposição torna-se justificável

quando as dimensões são pequenas, comparadas com o comprimento de

onda do som de maior freqüência de interesse;

Outra consideração importante é que os parâmetros podem ser considerados

constantes tanto para a amplitude da onda, quanto para a freqüência, às vezes

é necessário reavaliar esta suposição para alguns casos.

Para o modelo desenvolvido neste trabalho, essas suposições descritas acima são

aceitáveis.

Também se deve atentar para as notações que serão utilizadas para descrever os

fenômenos estudados que se encontram presente no início do texto, na parte de

nomenclatura.

Ao se estudar as relações entre os sistemas a serem de um alto falante é

necessário perceber que no sistema acústico de interesse encontram-se as seguintes

inter-relações.

Figura 1 – O sistema é composto por subsistemas elétrico, mecânico e acústico.

E este mesmo sistema da Figura 1 pode ser expandido na estrutura abaixo, onde

são descritos os esquemas elétrico, mecânico e acústico. Todo estudo desenvolvido

neste trabalho toma como ponto de partida o sistema abaixo, que é uma representação

genérica do sistema como um todo.

2

Page 15: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

Figura 2 – Representação simbólica, diagramada e genérica de um sistema de alto-

falante.

Na figura acima, do lado esquerdo são apresentados os elementos que

compreendem uma caixa de som, com índice S tem-se o sistema de suspensão do alto

falante; com índice D, o diafragma com massa mD e atuado por uma força FD; e com o

índice PR tem-se a porta do radiador passivo com compliância CMPR, resistência

mecânica efetiva rMPR, e massa mPR. Além da resistência shunt de vazamento acústico

rAL, Compliância da caixa CAB e resistência acústica rAB dado ao volume interno da

caixa fechada.

Do lado direito da figura acima, são apresentados os subsistemas do alto falante,

primeiramente é apresentado o sistema elétrico, onde se tem um transdutor que

transforma a tensão de acionamento (eG) em força sobre o diafragma FD, que dá entrada

ao sistema mecânico. No sistema mecânico, parte da Força FD atua sobre os

mecanismos do alto falante (que está representado pela compliância e resistência do

mecanismo de suspensão – CMS e rMS – e massa do diafragma mD), recebendo o nome

FAD; enquanto outra parte atua sobre o mecanismo acústico FAD – força no diafragma

ativo. Quanto ao sistema acústico, tem como entrada a força ativa sobre o diafragma

FAD, que atua na área SD, área do diafragma, passando a realizar uma pressão PD através

do diafragma; e esta pressão atuando sobre o radiador passivo de are SDP atua sobre ar

quanto a propagação através dos seguintes termos rMPR, CMPR e mPR.

Na figura abaixo, apresenta-se esse sistema integrado entre os elementos da

figura 1. Em que os transdutores já estabelecem as relações de transformação de energia

e parâmetros operacionais, e todo o sistema está simplificado através de um circuito

analógico.

3

Page 16: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

Figura 3 – Representação esquemática em digrama de bloco do sistema da figura 1.

Na figura 3, acima, tem-se a tensão de acionamento eG atuando sobre a

impedância mecânica ZE, e sobre um transdutor eletromecânico TEM, que possui uma

impedância ZE(MOT) consumindo uma tensão eMOT, gera a Força sobre o diafragma FD,

onde parte é consumida pela impedância mecânica do diafragma e sistema de suspensão

ZMD, e outra parte FAD é destinada ao transdutor mecânico acústico TMAD de área SD.

Onde, a partir do transdutor mecânico acústico de área SD sai uma pressão PD que atua

sobre a impedância acústica, e entra em um transdutor mecânico acústico SDP e o fluxo

leva a uma impedância mecânica acústica do diafragma passivo ZMP.

1.1 Estudo das Relações Eletromecânicas

Define-se como FD(s) a força exercida pela bobina móvel com um condutor de

comprimento l percorrido por uma corrente iVC, quando este for submetido a um campo

magnético de intensidade B. Chamamos de uD(s) a velocidade linear desta bobina móvel

e eMOT(s) a força contra eletromotriz devido a esta velocidade. A equação de movimento

da bobina móvel considerada como um transdutor elétrico-mecânico como abaixo:

)(..)( silBsF VCD = ,

(1)

)(..)( sulBse DMOT = ,

(2)

onde s é uma variável complexa: ωσ js +=

)(

.

)(

)(..

)(

)()(

2222

)( sZ

lB

sF

sulB

si

sesZ

MD

D

VC

MOTMOTE === , (3)

onde

)(

)()(

su

sFsZ

D

DM = (4)

4

Page 17: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

Está apresentada na equação 4 a impedância mecânica presente na bobina

móvel, que está associada à estrutura. Estão incluso todos os elementos mecanicamente

acoplados na bobina móvel, juntos com alguns elementos acústicos acoplados via

diafragma ou cone. O inverso de ZM(s) é chamado de mobilidade mecânica e é denotada

por zM(s), onde:

)(

1

)(

)()(

sZsF

susz

MD

DM == , (5)

daí temos

)(..)( 22)( szlBsZ MMOTE = (6)

A figura abaixo descreve particularmente a relação ente a entrada elétrica e a

geração da força FD, que sobre o diafragma, conseqüentemente sobre o sistema

mecânico.

Figura 4 – Diagrama em bloco para o sistema eletromecânico explicitando as relações

de impedâncias.

Para encontrarmos a impedância na entrada da bobina móvel, remove-se o lado

direito da figura 4, acima, deixando apenas a parte elétrica, de acordo com a figura

abaixo:

Figura 5 – Bloco do circuito elétrico do sistema do alto-falante.

5

Page 18: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

)(..)()()(

)()( 22

)()( szlBsZZsZsi

sesZ MEMOTEE

VC

GinE +=+==

(7)

onde,

sLRRZ VCVCGE .++= (8)

e,

)(

)()(

sF

susz

DM = , (5)

ZE(s) é a impedância interna da fonte. E este assunto não é o foco dos nossos

estudos e pode ser melhor estudado por Rudd (1938).

1.2 O Circuito Mecânico

Para desenvolver a resposta na pressão sonora, primeiramente devemos

expressar o sistema inteiramente em termos mecânicos, e, só então, considerar a pressão

produzida na distância do cone do alto-falante, considerando-o como um diafragma. Se

SD é a área efetiva do diafragma, isto é, a área projetada do cone, e uD(s) sendo a

velocidade linear, a velocidade do volume ou ‘corrente acústica’ produzida pelo

diafragma será:

)(.)( suSsU DDD = (9)

No caso da porta de radiação, a velocidade do ar nela é:

)(.)( suSsU PDP = (10)

onde up(s) é a velocidade linear do pistão de área também SD

Para converter a entrada do sistema, para termos mecânicos, a força é análoga à

corrente e, a velocidade à voltagem, então expressar todos componentes elétricos como

mobilidade mecânica. Assim podemos expressar:

Mobilidade Mecânica:

..

)()(

22 lB

sZsz E

EM = (11)

Velocidade Percorrida:

6

Page 19: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

..

)()(

lB

sesu G

G =

(12)

A corrente ao percorrer a bobina ativa gera uma força sobre o diafragma,

)(..)( silBsF VCD = , a qual flui pela mobilidade mecânica zM com uma velocidade uD,

conforme a figura abaixo:

Figura 6 – Digrama de bloco do sistema do circuito elétrico.

No caso do alto-falante trabalhar em “open-baffle”, a mobilidade mecânica zM(s)

pode ser escrita, de acordo com a figura 2, como um circuito em paralelo, representado

no lado direito da figura 7:

Figura 7 – Representa as propriedades mecânicas de acordo com o seguinte trecho, da

parte direita da figura 2, que aqui está representado à esquerda.

)(.

1.

)(

1)( MAMS

MSDT

EME r

sCsm

szsZ ++==

A partir da figura 5, pode-se fazer um corte A-B e, através do Teorema de

Northon, reescrever a constante de “voltagem” (velocidade) do gerador uG(s) por um

gerador de “corrente”(força), conservando todas as propriedades apresentadas até agora,

conforme representado abaixo:

7

Page 20: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

Figura 8 – Gerador de força constante equivalente da figura 6.

Onde, )(sFG é:

EM

G

EM

GG zlB

se

z

susF

..

)()()( == (13)

Ou, usando a seguinte relação:

)(

.).()(

sZ

lBsesF

E

GG = (14)

E ao considerar a “Impedância” equivalente do sistema representado na figura 8,

pode-se verificar que a corrente (uD) percorre as duas mobilidades mecânicas, e sistema

da figura 8, pode ser entendido de conforme a figura 9.

Figura 9 – Bloco de diagrama de impedâncias mecânicas análogas a um sistema de alto-

falante, equivalente à Figura 8.

Ou seja, tem-se um gerador FG(s) e dois elementos em série 1/zEM e 1/zM

percorridos por um fluxo que é a velocidade uD(s). E ao considerar as equações 8 e 12,

podemos escrever as seguintes equações:

2222 .

.

. lB

sL

lB

RRZ VCVCG

E ++= (15)

8

Page 21: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

Desta forma podemos representar o circuito em série como uma combinação de

resistência e indutância:

VCG RR

lBR

+=

22.

(16)

22 .lB

LC VC= (17)

E não é difícil demonstrar que:

1..)(

+==

sCR

RZsZ RCEM (18)

E ao considerar a relação acima e o sistema apresentado na figura 7, podemos

representar o sistema simplificado abaixo:

Figura 10 – Expansão do sistema apresentado na figura 9, que apresenta todas os

parâmetros de um alto-falante, exceto os acústicos.

E de acordo com a representação acima, pode-se obter a velocidade do

diafragma descrevendo a freqüência em função voltagem de entrada e dos parâmetros

do sistema:

)(

)()(

sZ

sFsu

MT

GD = (19)

e sendo,

sCrsm

sLRR

lBsZ

MSMAMSDT

VCVCGMT .

1.

.

.)( )(

22

++++

=

(20)

Até o momento, apresentamos a relação eletromecânica, desde de entrada

elétrica até ser transformada em velocidade no diafragma, o próximo passo é o estudo

da transformação mecânica em Acústica.

9

Page 22: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

1.3 Relação Mecânico-acústica

Uma das formas mais complexas de leitura acústica é uma montagem que

envolve “open Baffle”, em que esses efeitos devem ser incorporados em mDT e rMST.

Assim, podemos considerar o diafragma do alto-falante como um transdutor mecânico-

acústico. Para fazer isso, é necessário separar as propriedades mecânicas (massa,

compliância e resistência) dos parâmetros geométricos representados na figura 2 e 11.

Na figura 2, o cone do alto-falante é representado como um diafragma bem leve

de área SD que se move sem atrito ou fricção nele mesmo. A força é imposta pela bobina

móvel e a pressão, em ambos os lados, agem de várias formas conforme o carregamento

acústico. Como no caso dos transdutores eletromecânicos, pode-se escrever as equações

abaixo:

)()( suSsU DDD = (9)

D

ADD S

sFsp

)()( = (21)

Onde UD(s), é a transformada de Laplace da mudança da taxa de volume

deslocado, e pD(s) corresponde a função da pressão que age no diafragma, que se

relaciona com a força FAD exercida pela parte mecânica. Utilizando as equações 9 e 21,

e usando a relação correspondente a equação 5, pode-se exprimir a impedância

mecânica do diafragma ZMA(s), em função da impedância acústica, como abaixo:

2

2

).(

)(

)(

)(

)()(

DA

DD

D

D

ADMA

SsZ

SsU

sp

su

sFsZ

=

==(22)

Assim, a montagem de um diafragma como um transformador que conecta a

parte mecânica à acústica do sistema, a uma taxa SD, está representada abaixo:

Figura 11 – Bloco equivalente à figura 10 com o circuito acústico acoplado.

10

Page 23: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

E ainda, ao retirar o transformador que está conectando as partes, mecânica e

acústica do sistema, obtém-se dois circuitos análogos de acordo com a figura abaixo,

onde a esquerda esta representado a parte mecânica e à direita a parte acústica:

Figura 12 – Impedância Mecânica (esquerda) e acústica (direita) formada ao se retirar o

transformador da figura 11.

Na prática, cada um está representado como uma “caixa-selada” em que cada

lado possui características diferentes.

Ao expandir a figura 11 para incluir dois transformadores, um para cada lado de

acordo com a figura 13. Pois, a atuação da força se dá tanto para dentro da caixa, quanto

para fora, atuando sobre o ar, fazendo-o propagar.

Figura 13 – O esquema apresenta o acoplamento acústico de leitura de ambos os lados

do cone dentro do circuito mecânico, e fora relacionado a propagação acústica.

Multiplicando por SD2 todos os termos mecânicos, podemos encontrar a figura

abaixo.

11

Page 24: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

Figura 14 – Esquema do circuito mecânico correspondente à figura 13 com o

transformador removido.

1.4 Solução do circuito mecânico

Antes de resolver o circuito da figura 13, notemos que ZM(EM) representa todas as

impedâncias dos elementos do circuito apresentado na figura 9.

)(

1

)(

)(

sZsF

su

MTG

D = (19a)

Onde ZMT(s) representa a impedância mecânica efetiva total do sistema.

Para sistemas mais complicados como caixas seladas reflexivas, podemos

escrever a equação 19a mais genericamente como:

Equação 23

)()(

1

)(

)(sG

sZsF

sui

MTG

i == (23)

Onde:

ui: representa a velocidade linear do diafragma de radiação;

Gi: é a admitância relacionada a velocidade ui e à força de acionamento FG(s)

Assim, podemos considerar que Gi(s) é conhecida pela análise da função ui(s)

pela ( ))().()( 1 sGsFLtu iGi−=

(24)

Ou seja, o inverso da transformada de Laplace da função de transferência e

Força excitadora permite encontrar a velocidade da onda. Apresentam-se abaixo, dois

casos teoricamente importantes para analisar um circuito como o apresentado acima.

Ao se estudar as respostas dos sistemas considera-se dois casos:

I) Estado de regime para uma função senoidal;

12

Page 25: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

II) Transiente, através da resposta impulso e ao degrau unitário.

A função FG(s) da força de acionamento foi expressa na equação 14, como uma

função da voltagem de acionamento eG(s) que neste momento, pode ser expressa como o

produto abaixo:

)(.)( sfEse GGG = (25)

Usando a equação 14

)(

)(..)(

sZ

sflBEsF

E

GGG =

(26)

= −

)(

)().(...)( 1

sZ

sGsfLlBEtu

E

iGGi

(27)

E a partir do conceito de transformada inversa de Laplace pode-se encontrar a

função ui(t) no tempo.

I - Estado de Regime

Ao adotar uma função de entrada:

).sin(.)( 1 tEte GG ω=

(28)

+

= −

)(

)(...)( 2

12

11

sZ

sG

sLlBEtu

E

iGi ω

ω

(29)

Ao expressar a função de transferência Gi(s) como fração de dois polinômios em

s, pode-se escrever:

)(

)()(

sQ

sPsGi =

(30)

e escrevendo,

)()(

)(sA

sZ

sP

E

=

(31)

A equação se torna

13

Page 26: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

+= −

)().(

)(...)(

21

2

11

sQs

sALlBEtu Gi ω

ω

(32)

∑=

−−

++

=

+

q

k

ts

kk

tj kesQs

sAe

jQ

jA

sQs

sAL

3

.

21

2

.

11

12

12

1

)(')(

)(

)(.

)(

)().(

)(.1

ωωωω

ωω

(33)

para valores (t > 0), onde

KSSk ds

sdQsQ

=

= )(

)('

e sk com k=3 .. q são as raízes de Q(s)=0.

Devido o segunda a segunda da equação 33 cair exponencialmente com o tempo.

Podemos escrever que a solução em regime é representada apenas pela função da

direita.. Onde podemos reescrever a equação 33.

)sin()(

)(...)( 1

1

1 θωωω += t

jQ

jAlBEtu Gi

(34)

Usando a equação 30, 31 e 1.ωjs =

)sin()(

)(...)( 1

1

1 θωωω += tjZ

jGlBEtu

E

iGi

(35)

ou

)(

)(...)(

1

11 ω

ωωjZ

jGlBEju

E

iGi =

(36)

Ou seja a partir das equações 23 e 26 obtém-se a resposta em regime na equação 37,

usando fG(s)=1 e escrevendo 1.ωjs = , pode-se simplificar a equação 37 para baixas

freqüências se ignorar a pequena indutância dos componentes:

VCGE RRZ +≅

e assim

)(..

)( 11 ωω jGRR

lBEju i

VCG

Gi +

=

14

Page 27: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

II – Resposta Transiente

As duas formas mais comuns de comportamento transiente de interesse são as

respostas ao impulso e ao degrau unitário. Substituindo as funções das respostas na

equação 27 obtém-se as respectivas respostas:

)(

)(...)( 1

sZ

sGLlBEtu

E

iGIMPULSEi

−= (40)

e

)(.

)(...)( 1

sZs

sGLlBEtu

E

iGSTEPi

−= (41)

1.5 Considerações sobre a pressão sonora

Até o momento ateve-se a atenção na análise para determinar a velocidade de

vibração no diafragma. A partir desse momento, analisa-se a pressão sonora numa dada

distância em função da voltagem de entrada no circuito, uma vez que o alto falante é

tanto um transdutor eletro-mecânico quanto um radiador acústico.

Considerando )(tpr como pressão sonora instantânea, sendo esta uma função

do tempo medida a uma distância r de uma fonte simples. Além disso, considera-se que

o som se propaga em uma esfera com uma velocidade de volume U(t).

−=

c

rtU

dt

d

rtp o

r ..4)(

πρ

(42)

onde:

oρ : densidade do meio;

c

rtU : função da pressão sonora causada à distância r pela velocidade volumétrica

U(t) ocorrido com um atraso de r/c;

Ao ignorarmos o atraso pode-se simplificar a equação a 42 na equação abaixo:

)(..4

)( tUdt

d

rtp o

r πρ=

(43)

Assim para encontrar a magnitude da pressão sonora a uma distância r da fonte,

cuja velocidade volumétrica é U(t), deve-se, primeiramente, encontrar a função da

15

Page 28: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

velocidade volumétrica, e depois multiplicar sua primeira derivada por oρ / r..4 π . No

entanto, ao utilizar a transformada de Laplace no domínio da freqüência, e considerar a

equação 43, podemos escrever:

)(..4

.)( tu

dt

d

r

Stp i

Dor π

ρ= (44)

)(...4

. 1 susLr

Si

Do −=π

ρ(45)

e usando a equação 37

)(

)().(.

..4

....)( 1

sZ

sGsfsL

r

lBEStp

E

iGGDor

−=π

ρ

(46)

Ao considerar que as equações encontradas até este ponto, estão relacionadas a

uma fonte simples e ideal que emite ondas esféricas uniformes, dever-se-á considerar os

efeitos e as condições práticas no resultado final. Dois casos de interesse prático serão

considerados. Um deles é um alto-falante montado sobre plano de área infinita e

operando em baixa freqüência, suficiente para evitar qualquer efeito direcional. O outro

é de um alto-falante em uma caixa, cujas dimensões são pequenas se comparadas ao

comprimento de onda da freqüência de interesse, sendo que seus efeitos direcionais de

propagação do som podem ser desconsiderados.

I) Resposta Estacionária: Considerando uma excitação senoidal, pode ser

encontrar a seguinte equação:

+

=

+

=

)(

)(

..4

.....

)(

)(.

..4

..)(

21

2

11

21

211

sZ

sG

s

sL

r

lBES

sZ

sG

s

sL

r

lBStp

E

iGDo

E

iDor

ωπωρ

ωω

πρ

(47)

Escrevendo

)(

)(.)(

sZ

sPssB

E

=

(48)

Obtêm-se

+

= −

)(.

)(

..4

.....)(

21

2

11

sQs

sBL

r

lBEStp GDo

r ωπωρ

(49)

16

Page 29: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

E ao comparar essa acima equação com a 33 e 34, tem-se:

)sin(

)(

)(..

..4

....

)sin()(

)(

..4

....)(

11

11

11

1

θωω

ωωπ

ρ

θωωω

πρ

+=

+=

tjQ

jGj

r

lBES

tjQ

jB

r

lBEStp

iGDo

GDor

(50)

E ao comparar às equações 33 e 34, pode-se escrever

).(

).(..

..4

....).(

1

111 ω

ωωπ

ρωjZ

jGj

r

lBESjp

E

iGDor =

(51)

Se definir uma freqüência de referência, Hω , alta o suficiente para que o

movimento do diafragma do alto-falante tenha massa controlada, mas baixa o suficiente

para o padrão de radiação permanecer não direcional, assim têm-se:

DTHHi mj

jG..

1).(

ωω = (52)

e

).(.

1

..4

....

).(

).(..

..4

....).(

HEDT

GDo

HE

HiHGDoHr

jZmr

lBES

jZ

jGj

r

lBESjp

ωπρ

ωωω

πρω

=

=

(53)

Portanto

).(

).()..(...

).(

).(

111

1

ωωωω

ωω

jZ

jZjGmj

jp

jp

E

HEiDT

Hr

r =

(54)

Ao utilizar os resultados acima e na equação 38, a equação é reduzida para:

).(

).(...).(

).(

1

111

ω

ωωωω

jG

jGmjjp

jp

Hi

iDTHr

r

=

=(55)

Da qual, pode-se escrever:

φ

ωω .1

.

.

).(

).( j

Hr

r eBjC

BjA

jp

jp

++= (56)

onde A, B, C e D são funções de 1ω.

17

Page 30: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

C

D

A

B 11 tantan −− −=φ (57)

Normalmente ).( 1ωjGHi é derivado para encontrar a admitância transferida

)(sGi entre a velocidade do elemento radiador em análise e a força de acionamento

)(sFG , multiplicando )(sGi por smDT . e depois fazendo a substituição 1.ωjs = .

Assim

[ ] [ ]11 .. )(..)( ωω jsiDTjsHi sGsmsG == =

(58)

[ ]1

1

.

. )(

)(..)(

ωω

jsG

iDTjsHi sF

susmsG

==

=

(59)

Como exemplo de radiador direto de alto falante, adota-se um caso de baffle

plano, para o qual a impedância mecânica efetiva é dada na equação 20. Este fenômeno

pode ser simplificado ao utilizar baixas freqüências, e a simplificação realizada na

equação 38, que permite agrupar o equivalente mecânico do amortecimento elétrico

através )(MAMSr fornecendo uma resistência total MSTm . Logo, com esta modificação

a equação 23, pode ser escrita da seguinte forma:

scrsm

scRR

lBrsm

sZsGsG

MSMSTDT

MSVCGMAMSDT

MTDi

.

1.

1

.

1..

1

)(

1)()(

22

)(

++=

+

+

++===

(60)

Se Sω é a freqüência de ressonância natural de um alto-falante montado sobre

seu Baffle e QST o total efetivo Q da vibração do sistema medido em Sω , logo:

1.. 2)( =SMAMSDT Cm ω

(61)

e

SMTMSMST

SDTST rCr

mQ

ωω

..

1. ==

(62)

Logo se tem

18

Page 31: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

22

21)(

SST

SDTi

sQ

s

s

msG

ωω ++=

(63)

Portanto

[ ] [ ]

!.

22

2

..1 )(..)(

).(

).(

ω

ωωωωω

ω

jS

SST

SjSHiDTjSHi

Hr

r

sQ

s

ssGsmsG

jp

jp

=

==

++===

(64)

Se a variável s for normalizada com a freqüência de ressonância Sω ,

substituindo

gjjs

sSS

N .. 1 ===

ωω

ω

a equação 64 se torna

gjs

NST

N

N

Hr

r

N

sQ

s

s

jp

gjp

.

2

2

11).(

).(

=

++=

ω (65)

Que tem uma forma bem conhecida que é uma equação de segunda ordem, um

filtra passa-alta, em que o filtro “butterworth” é um caso especial onde 2/1=STQ .

Fazendo a substituição gjsN .= na equação e substituindo )(refpr por ).( Hr jp ω ,

assim encontra-se

φ.

2

2

2

2

11

1)1()(

).(

j

ST

ST

r

r

e

Qgg

g

gQ

jg

g

refp

gjp

+

=

+−

−=

(66)

Onde

)1.(tan

21

gQ

g

ST −−= −πφ (67)

Ao ignorar o ângulo de fase, a resposta da freqüência em dB relativos a reposta a

freqüência de referência é dado por:

19

Page 32: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

2

222

2

)1(

log.20)(

).(log.20

ST

r

r

Q

gg

g

refp

gjp

+−= (68)

1.6 Solução Geral

Agora irá se estabelecer as funções de transferência para sistemas de alto-falante

em geral que incorporam todos os elementos essenciais associados com a variedade dos

sistemas encontrados na prática. As soluções particulares para estes vários sistemas,

serão derivadas como casos especiais da solução geral através da eliminação de

elementos indesejáveis.

A figura 15, representa a impedância analógica do sistema mostrado na figura 2,

do mesmo modo que esboçado anteriormente e ilustrado para simplificar o caso de

sistema de caixa selada nas figuras 13 e 14. A impedância ZM(EM) da figura 14 foi

expandido na figura 15 para mostrar seus componentes mDT, rMST e CMS, onde mDT e rMST

incluem os componentes mecânicos do carregamento acústico que ocorrem em ambos

os lados do cone. Para simplificação vamos denotar impedância do trecho como a.

Figura 15 – Acima tem-se a figura 2, novamente representada, e abaixo apresenta-se o

circuito de impedâncias mecânicas análogas ao sistema generalizado de alto-falante.

20

Page 33: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

A compliância CMB e sua resistência de amortecimento rMB representam o

equivalente mecânico da caixa de que é demonstrado através no trecho b. Os elementos

que se relacionam com a emissão sonora através do ar estão representados no trecho c.

Normalmente numa caixa reflexiva, isto incluiria apenas mP e rMP, mas para permitir o

reajuste através de um diafragma radiante passivo de área SDP e compliância CMPR, uma

compliância mecânica deve ser incluída:

2

=

R

DPMPRMP S

SCC (69)

E os componentes mP e rMP devem ser dados por

2

=

DP

DMPRMP S

Srr (70)

e

2

=

DP

DPRP S

Smm (71)

Finalmente, a resistência acústica que causa dissipação na velocidade

volumétrica da caixa para a atmosfera é mostrada como rML e sinalizado como trecho d.

Referente à figura 15, a entrada de admitância mecânica conecta o diafragma de

velocidade uD(s) ao sistema de força de excitadora FG(s) é dado por:

dabcdabcdabc

dbcdbc

sF

susG

G

DD +++

++==)(

)()( (72)

Analogamente, as outras admitâncias que conectam à função de acionamento

FG(s) ao sistema de velocidades uB(s), uP(s) e uL(s) são dadas por:

Admitância na caixa )(sGB ,

)()(

)()(

abcdf

cd

sF

susG

G

BB == (73)

Admitância no radiador passivo )(sGP ,

)()(

)()(

abcdf

db

sF

susG

G

PP == (74)

Admitância de perda acústica )(sGL ,

)()(

)()(

abcdf

bc

sF

susG

G

LL == (75)

21

Page 34: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

Onde f(abcd) é o denominador da equação 72, que pode ser representada de

acorda com a figura abaixo, ou seja, a admitância do diafragma pode ser representada

como a soma da admitância da caixa, do radiador passivo e da perda acústica, como na

equação abaixo:

)()()()( sGsGsGsG LPBD ++= (76)

Essa equação expressa o fato da velocidade volumétrica do diafragma o

somatório das velocidades associadas com toda’s aberturas e compliâncias do contato

acústico direto com o diafragma.

Da análise da figura 15, podemos escrever os valores de a, b, c e d, como a

seguir:

sCrsma

MSMSTDT .

1. ++=

sCrb

MBMB .

1+= (77)

sCrsmc

MPMPP .

1. ++=

MLrd =

E assim analisando as equações até agora descritas. Neste processo é

conveniente fazer as seguintes substituições para facilitar as medições.

Sendo

MB

MS

C

C=α (78)

MP

MS

C

C=β (79)

ωωBh = (80)

Logo, sendo:

1.. 2 =SMSDT Cm ω (81)

e

1.. 2 =

++

BMPMB

MPMBP CC

CCm ω (82)

Agora, podendo escrever:

Taxa de reatância do alto falante para a freqüência Sω

22

Page 35: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

MSTSMSMST

SDTS rCr

mQ

..

1.

ωω

== (83)

Taxa de reatância na caixa devido resistência mecânica MBr na freqüência Sω

MBSMSMBBMBB rChrC

Q..

1

..

1

ωα

ω==

(84)

Taxa de reatância no radiador devido resistência mecânica MPr na freqüência

MPSMSMP

BPP rChr

mQ

..

1

ωβαω +== (85)

Taxa de reatância de perda devido resistência mecânica MLr na freqüência Sω

MLSMSBMBLL rCh

CrQ ..... ωα

ω == (86)

Disso, podemos escrever

2.

1

SMS

DTC

= (81a)

22 .

1

SMS

PCh

βα +=

(82a)

SSMSMST QC

r..

1

ω= (83a)

BSMSMB QCh

r..

1

ωα=

(84a)

PSMSMP QCh

r..

1

ωβα += (85a)

SMS

LML C

Q

hr

ωα

.= (86a)

Com estas substituições, nós devemos avaliar as equações dispostas através das

quatros transformadas de Laplace das admitâncias [Gi(s)]i = D, B, P, L das quais as

respectivas respostas de velocidade são obtidas.

23

Page 36: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

Para obter as funções de admitâncias do sistema GHi(s), a partir dass quais a

resposta permanente e transiente da pressão sonora são obtidas, deve-se avaliar GHi(s)

para cada interpretação de i = D,B,P ou L, onde D representa o diafragma, B, a caixa, P,

o radiador e L a perda acústica. Para fazer isso devemos multiplicarmos numeradores de

cada equação de Gi(s) por smDT . . Assim fazemos a seguinte substituição:

2..

SMS

DTC

ssm

ω=

Se normalizar a variável s para a freqüência de ressonância do alto-falante Sω

escrevendo sN por s/ Sω , as equações por GH(i)(s) tomando a forma de razão de dois

polinômios de potências descendentes de sN. Assim

01

1

01

1)(

..........

..........)(

BsBsB

AsAsAsG

nNn

nNn

mNm

mNm

iH ++++= −

−−

(87)

)(

)()(

N

NiH

sQ

sP= (88)

Como os resultados das funções são difíceis para expressar convenientemente na

forma convencional, foi adotado um formato tabular para os coeficientes como também

permitir que os termos fossem numerados para posterior referência.

A tabela1 do Anexo, demonstra nas colunas verticais os componentes dos

coeficientes Bk, (k=n, n-1,. ..0), do denominador Q(sN) que é comum a todas as quatro

soluções. Os componentes correspondentes aos numeradores de GHB(s), GHP(s), GHL(s) e

GHD(s) estão na tabela2 do Anexo, dos quais o somatório expressa nas equações 76 é

evidente.

Denominador das funções de transferência:K

NK

KR sBQ ∑=

=0,1,2,3,4

A transformada de Laplace da admitância da caixa acústica )(sGHB é:

)(

..

..

)(

345

N

NNP

N

HB sQ

sh

sQ

hs

sGβα

β+

++= (89)

A transformada de Laplace da admitância do radiador passivo )(sGHP é:

24

Page 37: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

)(

..

.).(

.

)(

32

4

N

NNB

HP sQ

sh

sQ

h

sGβα

αβα

α+

++

= (90)

A transformada de Laplace da admitância das perdas acústicas )(sGHL é:

)(

).(

..

.

.

.).(

.

)(

...

..

1

)(

23

322

45

N

NL

NPLLB

N

NLPLB

NLB

HL

sQ

sQ

hs

QQ

h

QQ

h

sQ

sQ

h

QQQ

hs

QQsG

βαββ

βαβ

++

+

++

++

=

(91)

A transformada de Laplace da admitância do diafragma )(sGHD , que é a soma

de todas as anteriores é:

)(

).(

..

..).(

.

)(

.

)(

.

)(

....).(

..

.

11

)(

23

32222

42

5

N

NL

NPLLB

N

NLPLBLBP

NLB

HD

sQ

sQ

hs

QQ

h

QQ

hhh

sQ

sQ

h

QQQ

h

QQ

h

Q

hs

QQsG

βαβ

βαβ

βαα

βαβ

βαβ

++

+

++

++

++

++

+++

+

=

(92)

A partir deste momento, pode-se encontrar as soluções particulares utilizando as

equações de transferência encontradas de 89 a 92. As quais representam a generalização

dos sistemas apresentados da figura 2 a 15. E o denominador dessas equações é

descrito na Tabela 1 (anexo A).

25

Page 38: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

Capítulo 3Modelagem Teórica

3.1 Matriz de controle dos denominadores

Para descrever o modelo generalizado a partir da determinação das entradas: QB,

QP, QL, QS, h, g,α e β. É necessário, primeiramente estabelecer quais desses

elementos não existem, de acordo com a figura 15, é necessário verificar quais

elementos deve ser desconsiderados para fazer a montagem do denominador de acordo

com a equação utilizando a tabela 1 do anexo A.

A para gerar o denominador automaticamente de acordo com os elementos

presentes no modelo escolhido, gerou-se uma tabela, para verificar quais desses ser

desconsiderados de acordo com os principais elementos QB, QP, QL, QS.

Tabela 1 - Nesta tabela abaixo, as colunas indicam a presença dos elementos QP,

QS, QB ou QL nas respectivas linhas. E se um desses elementos forem infinitos, essas

linhas não devem ser utilizadas.

QP QS QB QL

1 0 0 0 02 1 0 0 03 0 0 0 04 0 1 0 05 1 1 0 06 0 1 0 07 0 0 0 08 1 0 0 09 0 0 0 0

10 0 0 1 011 0 0 0 012 0 1 1 013 0 1 0 014 0 0 1 015 0 0 0 016 0 0 1 117 1 0 1 118 0 0 1 119 0 0 0 120 1 0 0 121 0 0 0 122 0 1 1 123 1 1 1 124 0 1 1 125 0 1 0 126 1 1 0 127 0 1 0 128 0 0 1 129 1 0 1 1

26

Page 39: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

30 0 0 1 131 0 0 0 132 1 0 0 133 0 0 0 134 0 0 1 035 1 0 1 036 0 0 1 037 0 0 0 038 1 0 0 039 0 0 0 0

E para estabelecer se alinha vai ser utilizada ou não, criou-se, também um vetor

de controle, que indica quais desses elementos poderão ser considerados infinitos. De

acordo com o vetor abaixo:

Tabela 2 – Este vetor pode ser descrito com em uma tabela , onde cada linha é

interpretada, quando igual a um, da seguinte forma, que o elemento correspondente está

sendo considerado infinito.

1 QP

0 QS

0 QB

1 QL

Onde, como exemplo, os valores um na linha 1 e 4 indicam que QP é infinito,

assim como QL.

E a partir da multiplicação de cada linha da tabela 1, pela coluna da tabela 2

obtém-se um vetor onde o valor zero, em uma linha desse vetor, significa que o

coeficiente respectivo à linha da Tabela 1 do Anexo A, deve ser utilizada para gerar o

denominador da equação. E se for 1, a linha do vetor não deverá ser utilizada.

E baseado nesse modelo explicado acima, que foi feito o programa do Anexo B.

3.2 Verificação de soluções particulares

3.2.1 Exemplo A - caixa de alto falante reflexiva

Abaixo, apresenta-se uma exemplificação, para um alto falante em uma caixa

reflexiva. Para tanto é necessário analisar a figura 15, que apresenta a generalização, e

verificar os termos que não existem, o que implicará em simplificação dos coeficientes

da equação.

∞→MLr , deste modo, ∞→LQ (condição A)

e

27

Page 40: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

∞→MPC , portanto, 0==MP

MS

C

Cβ (condição B)

Utilizando essas condições podemos verificar que, através das condições A,

automaticamente GHL(s) = 0; e, aplicando essas condições nas equações 89, 90 e 92,

encontramos:

)(

..

)(

34

NR

NP

N

HB sQ

sQ

hs

sG

+= (93)

)(

..

)(

223

NR

NNB

HP sQ

shsQ

h

sG

+= (94)

)(

...

)(

2234

NR

NNBP

N

HD sQ

shsQ

h

Q

hs

sG

+

++

=(95)

onde QR(sN) é um polinômio na forma 1

1,2,3,4

=∑= K

NK

KR sBQ ; e os elementos

BK são encontrados na Tabela2 do Anexo A.

Dois casos derivados das equações 93 a 95 serão agora considerados por meio de

ilustração. Além do que para todos estes casos adotou-se o valor de g, freqüência

variável normalizada (ω /ω S), igual 1.

3.2.2 Exemplo B - caixa de alto falante reflexiva com amortecimento

Em primeiro momento adota-se um sistema reflexivo com amortecimento no

alto falante, além das condições A e B citadas anteriormente, faz-se:

1=h (Condição C)

e

∞→BQ ; (Condição D)

)(

.1

.

)(

34

NR

NP

N

HB sQ

sQ

s

sG

+= (96)

)()(

2

NR

NHP sQ

ssG = (97)

)(

.1

.

)(

234

NR

NNP

N

HD sQ

ssQ

s

sG

+

+

=(98)

28

Page 41: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

E fazendo os coeficientes abaixo assumirem os seguintes valores:

QS Q na freqüência ω S, definido na equação 83;

QS = 0,5

QB Q da caixa em ω P devido a rMB e definido na equação, definido na equação 84;

QB = 105

QP Q da caixa em ω P devido a rMP e definido na equação, definido na equação 85;

QP = 3

α Fração da compliância do alto falante pela compliância da caixa ( MBMS CC /= );

2=α

β Fração da compliância do alto falante pela compliância da porta ( MPMS CC /= );

0=β

E as respostas das funções de transferência 96, 97 e 98, são obtidas na figura

abaixo:

29

Page 42: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

Figura 16 – Resposta em freqüência para as equações de transferência descritas

da equação 96 a 98,

Onde, 96: GHB – está em vermelho;

97: GHP – está em azul;

98: GHD – está em margenta.

E o do valor do denominador encontrado foi:

1.0000 .2.8047 .4.0809 .2.3333.1.0000)( 234 ++++= NNNNNR sssssQ

3.2.3 Exemplo C - caixa de alto falante reflexiva sem amortecimento

Para um sistema reflexivo não amortecido de alto falante, além das condições A

e B citadas anteriormente, faz-se:

1=h (Condição C’)

e

∞→BQ ; (Condição D’)

∞→PQ ; (Condição E)

Após aplicar estas condições as equações da 96 a 98, se tornam:

)(

.)(

4

NR

NNHB sQ

ssG = (99)

)(

.)(

22

NR

NNHP sQ

shsG = (100)

)(

..)(

224

NR

NNNHD sQ

shssG

+= (101)

E ao utilizar a Tabela 1 do Anexo A, pode-se encontrar o denominador )( NR sQ

, para o caso acima. O programa desenvolvido no matlab, verifica linha por linha dessa

tabela montando este denominador. E para esse caso, o denominador assumiu o seguinte

valor:

1.1

).2(.1

.)( 2234 +++++= NS

NNS

NNR sQ

ssQ

ssQ α

30

Page 43: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

QS Taxa de reatância para a resistência na freqüência ω S, definido na equação 83;

QS = 0,3827

QB Taxa de reatância para a resistência da caixa em ω P devido a rMB e definido na

equação, definido na equação 84;

QB = 105

QP Taxa de reatância para a resistência da caixa em ω P devido a rMP e definido na

equação, definido na equação 85;

QP = 105

α Fração da compliância do alto falante pela compliância da caixa ( MBMS CC /= );

2=α

β Fração da compliância do alto falante pela compliância da porta ( MPMS CC /= );

0=β

E ao aplicar os valores acima nas equações de 99 a 101, obteve-se as seguintes

funções de transferência, descritas na figura abaixo:

31

Page 44: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

Figura 17 – Resposta em freqüência para as equações de transferência descritas

da equação 99 a 101,

Onde, 99: GHB – está em vermelho;

100: GHP – está em azul;

101: GHD – está em margenta.

E o do valor do denominador encontrado foi:

1.0000 .2.6163 .3.4142 .2.6130.1.0000)( 234 ++++= NNNNNR sssssQ

3.3 Alto Falante Plano

Quando se analisa o alto falante plano, percebe-se que a presença da caixa não

existe. Ou seja, à partir da figura 2, onde apresentou-se uma solução genérica de um alto

falante é possível definir um alto falante plano como um caso particular.

Um alto falante plano é tipicamente um caso de ‘Infinity baffle’, onde não há

presença de caixa selada e as freqüências de interesse não são pequenas suficientes para

que não se possa comandar o diafragma, e nem alta o suficiente onde os deslocamentos

não sejam lineares.

32

Page 45: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

Para o caso de “Infinity Baffle’ deve-se eliminar a compliância da CAB (

∞→ABC ), obtendo assim, um plano infinito onde toda radiação propagado emana da

frente da caixa. E ignorando o volume C0 residual entre o cone e a membrana

amortecedora, e de acordo com as freqüências em que se deseje trabalhar e a

temperatura do ar a resistência acústica da caixa tem maior ou menor influência.

Utilizando a solução geral encontrada nas equações 89, 90, 91 e 92 pode-se

reescrevê-las para este caso particular, guardando condições apropriadas para o mesmo,

conforme segue abaixo:

KN

KK

KN

KK

HDsB

sA

G∑∑

=

==

0,1,2,3,4,5

2,3,4,5

(102)

2

1111

1

NNS

HD

ssQ

G++

=

112

2

++=

NS

N

NHD

sQ

s

sG

(103)

Onde uma solução particular interessante para este sistema de segunda ordem é

quando 21=SQ , e tem-ser um filtro passa alta como citado anteriormente

“Butterworth”:

1.22

2

++=

NN

NHD

ss

sG (104)

Condições para gerar o gráfico da figura

33

Page 46: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

Figura 18 – Resposta em freqüência para a equação de transferência descrita na equação

103 ou 104,

Como era de se esperar a única resposta que aparece é a do diafragma que é a mesma da caixa. E acima se apresenta o filtro “butterworth”.

34

Page 47: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

Capítulo 4Análise e Discussão

O modelo descrito no programa em Anexo, está coerente com o modelo teórico

esperado. As curvas de resposta em freqüência encontradas nas figuras 16 e 17

conferem com os modelos encontrados em Benson [1963].

O programa em matlab desenvolvido neste trabalho descreve qualquer modelo

de alto falante e caixa acústica, desde de que, seja devidamente estabelecida a entrada:

os valores dos parâmetros QB, QP, QL, QS, h, g,α e β. Deve-se também, estabelecer

quais desses parâmetros são infinitos através do vetor de controle do programa

desenvolvido (Anexo B), pois a partir da informação dos termos corretos da tabela 1

(Anexo A), serão devidamente escolhidos.

Assim, o propósito deste trabalho, que foi desenvolver o modelo geral para alto

falante e caixas acústicas, e aplicá-lo a uma caixa acústica plana, foi tingido.

35

Page 48: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

Capítulo 5Conclusões e Sugestões para Próximos Trabalhos

Neste trabalho houve um enfoque em todo momento na descrição e um método

geral para a descrição de alto falante. E assim foi feito.

Para uma análise mais aprofundada para o tipo particular plano, pode ser

desenvolvido um modelo específico para controle. E no caso particular de um alto

falante plano, é possível descrever cada trilha isoladamente, a fim de aplicar sistema de

filtros e controladores a partir do computador.

Assim sendo, por meio de comandos binários, seria possível enviar as

informações para as trilhas do alto falante e a partir de modelos de filtros, baseados em

transformada Z, estabelecer filtragem para baixas freqüências e para latas freqüências.

De acordo, com modelo mais apropriado para as dimensões e as características de

materiais a serem utilizados.

Ou seja, a partir deste trabalho, é possível abrir um leque de possibilidades de

trabalhos nesta área de acústica. Inclusive, na previsão de refinamentos para casos mais

específicos, ou seja, este trabalho serve como ponto de partida para vários outros nesta

área de modelagem e simulação acústica.

36

Page 49: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

Referência Bibliográfica

BENSON, J. E. Theory and design of loudspeakers enclosures. Synergetic Audio

Concepts, Estados Unidos, 1993.

BUTTERWORTH, S. On the theory of filter amplifiers. Experimental Wireless and

Wireless Eng. Out. 1930. pp. 536.

JORDAN, E. J. Loudspeaker enclosure design. Wireless World, v.62, Jan. 1956. pp.8

NOVAK, J. F. Loudspeaker enclosure design. Wireless World, v.62, Mai. 1956.

pp.214 [carta resposta]

NOVAK, J. F. Performance of enclosures for low-resonance high-compliance

loudspeakers. Audio Engineering Society, v.7, Jan.1959. pp.29

OLSON, H. F. Acoustical engineering. Van Nostrand, Princeton, 1957.

RUDD, J. B. The input impedance of the voice coil of a loudspeaker. Amalgamated

Wireless Australasia Technical Review, v.3, n.3, 1938. pp.100.

SETO, W. W. Acoustics. McGraw-Hill, Estados Unidos, 1971.

THIELE, A. N. Loudspeakers in vented boxes. Proc. Instn. Radio Engineering, Ago.

1961. pp.487.

37

Page 50: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

Anexo A

Tabela 1 – Nesta tabela estão apresentados os coeficientes para o denominador da equação 88.

Bk

RefB5 B4 B3 B2 B1 B0

1 1

2PQ

h

3 βαβ

+

2.h

4SQ

1

5SP QQ

h

.

.

6SQ

h 2

βαβ+

7 1

8PQ

h

9 βαβ

+

2.h

10BQ

h

βαα+

11 βαα

+

2.h

12SB QQ

h

.βαα+

13SQ

h2

βαα+

14BQ

h

βαα+

15 βαα

+

2.h

38

Page 51: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

16LB QQ .

1

17PLB QQQ ..

1

18LB QQ

h

.

2

βαβ+

19LQ

h

20PL QQ

h

.

2

21LQ

h3

βαβ+

22SLB QQQ ..

1

23SPLB QQQQ

h

...

24SLB QQQ

h

..

2

βαβ+

25SL QQ

h

.

26SPL QQQ

h

..

2

27SL QQ

h

.

2

βαβ+

28LB QQ .

1

29PLB QQQ

h

..

30LB QQ

h

.

2

βαβ+

31LQ

h

32PL QQ

h

.

2

33LQ

h3

βαβ+

34BQh.

α

39

Page 52: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

35PB QQ .

α

36BQ

h

βαβα

+.

37 α

38PQ

h.α

39 βαβα+

2.. h

Tabela 2 – Na tabela abaixo estão apresentados todos os coeficientes do numerador da equação 88.

Bk

RefB4 B3 B2 B1 B0

GHB

1 1

2PQ

h

3 βαβ

+

2.h

GHP

10BQ

h

βαα+

11 βαα

+

2.h

GHL

16LB QQ .

1

17PLB QQQ ..

1

18LB QQ

h

.

2

βαβ+

19LQ

h

20PL QQ

h

.

2

21LQ

h3

βαβ+

40

Page 53: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

41

Page 54: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

Anexo B

Abaixo, apresenta-se a listagem do programa desenvolvido em matlab, versão 6.5.

D = 0;Nb = 0;Np = 0;Nl = 0;

% Exempplo A%Q_p = 3;%Q_s = 0.5;%Q_b = 100000;%Q_l = 0;

% Exemplo B%Q_p = .3827;%Q_s = 1/sqrt(2);%Q_b = 100000;%Q_l = 0;

% Alto Falante planoQ_p = .3827;Q_s = 1/sqrt(2);Q_b = 100000;Q_l = 0;

beta = 0;alpha = 0;h = 0;

% Matriz das influ^encias dos termos de entrada sobre% os coeficientes que montam o denominador.

A =[0 0 0 0;1 0 0 0;0 0 0 0;0 1 0 0;1 1 0 0;0 1 0 0;0 0 0 0;1 0 0 0;0 0 0 0;0 0 1 0;0 0 0 0;0 1 1 0;0 1 0 0;0 0 1 0;0 0 0 0;0 0 1 1;1 0 1 1;

42

Page 55: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

0 0 1 1;0 0 0 1;1 0 0 1;0 0 0 1;0 1 1 1;1 1 1 1;0 1 1 1;0 1 0 1;1 1 0 1;0 1 0 1;0 0 1 1;1 0 1 1;0 0 1 1;0 0 0 1;1 0 0 1;0 0 0 1;0 0 1 0;1 0 1 0;0 0 1 0;0 0 0 0;1 0 0 0;0 0 0 0];

%Qp Qs Qb Ql

%V_control = [0; 0; 1; 1]; % Exemplo AV_control = [1; 0; 0; 1]; % Exemplo B

R = A*V_control;

% Equivale `a tabela 1 do anexo A, e% so´ entra na linha se previamente for necessario

if R(1)==0, D = D + [1 0 0 0 0 0], endif R(2)==0, D = D + [0 (h/Q_p) 0 0 0 0], endif R(3)==0 &((alpha~=0)|(beta~=0)), D = D + [0 0 (beta*h^2/(alpha+beta)) 0 0 0], endif R(4)==0, D = D + [0 1/Q_s 0 0 0 0], endif R(5)==0, D = D + [0 0 h/(Q_p*Q_s) 0 0 0], endif R(6)==0&((alpha~=0)|(beta~=0)), D = D + [0 0 0 (beta*h^2/((alpha+beta)*Q_s)) 0 0], endif R(7)==0, D = D + [0 0 1 0 0 0], end if R(8)==0, D = D + [0 0 0 h/Q_p 0 0], endif R(9)==0&((alpha~=0)|(beta~=0)), D = D + [0 0 0 0 beta*h^2/(alpha+beta) 0], endif R(10)==0&((alpha~=0)|(beta~=0)), D = D + [0 alpha*h/((alpha+beta)*Q_b) 0 0 0 0], endif R(11)==0&((alpha~=0)|(beta~=0)), D = D + [0 0 alpha*h^2/((alpha+beta)) 0 0 0], endif R(12)==0&((alpha~=0)|(beta~=0)), D = D + [0 0 alpha*h/((alpha+beta)*Q_b*Q_s) 0 0 0], endif R(13)==0&((alpha~=0)|(beta~=0)), D = D + [0 0 0 alpha*h^2/((alpha+beta)*Q_s) 0 0], endif R(14)==0&((alpha~=0)|(beta~=0)), D = D + [0 0 0 alpha*h/((alpha+beta)*Q_b) 0 0], endif R(15)==0&((alpha~=0)|(beta~=0)), D = D + [0 0 0 0 alpha*h^2/(alpha+beta) 0], endif R(16)==0, D = D + [1/(Q_b*Q_l) 0 0 0 0 0], endif R(17)==0, D = D + [0 h/(Q_b*Q_l*Q_p) 0 0 0 0], endif R(18)==0&((alpha~=0)|(beta~=0)), D = D + [0 0 beta*h^2/((alpha+beta)*Q_b*Q_l) 0 0 0], endif R(19)==0, D = D + [0 h/Q_l 0 0 0 0], endif R(20)==0, D = D + [0 0 h^2/(Q_l*Q_p) 0 0 0], endif R(21)==0&((alpha~=0)|(beta~=0)), D = D + [0 0 0 beta*h^3/((alpha+beta)*Q_l) 0 0], endif R(22)==0, D = D + [0 1/(Q_b*Q_l*Q_s) 0 0 0 0], endif R(23)==0, D = D + [0 0 h/(Q_b*Q_l*Q_p*Q_s) 0 0 0], endif R(24)==0&((alpha~=0)|(beta~=0)), D = D + [0 0 0 beta*h^2/((alpha+beta)*Q_b*Q_l*Q_s) 0 0], endif R(25)==0, D = D + [0 0 h/(Q_l*Q_s) 0 0 0], end

43

Page 56: Estudo de Modelagem de Caixas Acústicas - fem.unicamp.brlotavio/tgs/2004_ModelagemCaixasAcústicas_TG... · GHi Função de transferência do sistema definida na equação (55);

if R(26)==0, D = D + [0 0 0 h^2/(Q_l*Q_p*Q_s) 0 0], endif R(27)==0&((alpha~=0)|(beta~=0)), D = D + [0 0 0 0 beta*h^3/((alpha+beta)*Q_l*Q_s) 0], endif R(28)==0, D = D + [0 0 1/(Q_b*Q_l) 0 0 0], endif R(29)==0, D = D + [0 0 0 h/(Q_b*Q_l*Q_p) 0 0], endif R(30)==0&((alpha~=0)|(beta~=0)), D = D + [0 0 0 0 beta*h^2/((alpha+beta)*Q_b*Q_l) 0],

endif R(31)==0, D = D + [0 0 0 h/Q_l 0 0], endif R(32)==0, D = D + [0 0 0 0 h^2/(Q_l*Q_p) 0], endif R(33)==0&((alpha~=0)|(beta~=0)), D = D + [0 0 0 0 0 beta*h^3/((alpha+beta)*Q_l)], endif (R(34)==0)&(h~=0), D = D + [0 alpha/(h*Q_b) 0 0 0 0], disp('oi'), endif R(35)==0, D = D + [0 0 alpha/(Q_b*Q_p) 0 0 0], endif R(36)==0&((alpha~=0)|(beta~=0)), D = D + [0 0 0 alpha*beta*h/((alpha+beta)*Q_b) 0 0], endif R(37)==0, D = D + [0 0 alpha 0 0 0], endif R(38)==0, D = D + [0 0 0 alpha*h/(Q_p) 0 0], endif R(39)==0&((alpha~=0)|(beta~=0)), D = D + [0 0 0 0 alpha*beta*h^2/(alpha+beta) 0], end

% Monta os numeradores para as respostas% Montando o nb% depente das linhas 1, 2 e 3if R(1)==0, Nb = Nb + [1 0 0 0 0 0], endif R(2)==0, Nb = Nb + [0 (h/Q_p) 0 0 0 0], endif R(3)==0&((alpha~=0)|(beta~=0)), Nb = Nb + [0 0 (beta*h^2/(alpha+beta)) 0 0 0], end

% Montando o np% depente das linhas 10 e 11

if R(10)==0&((alpha~=0)|(beta~=0)), Np = Np + [0 alpha*h/((alpha+beta)*Q_b) 0 0 0 0], endif R(11)==0&((alpha~=0)|(beta~=0)), Np = Np + [0 0 alpha*h^2/((alpha+beta)) 0 0 0], end

% Montando o nl% depente das linhas 16, 17, 18, 19 20 e 21;

if R(16)==0, Nl = Nl + [1/(Q_b*Q_l) 0 0 0 0 0], endif R(17)==0, Nl = Nl + [0 h/(Q_b*Q_l*Q_p) 0 0 0 0], endif R(18)==0&((alpha~=0)|(beta~=0)), Nl = Nl + [0 0 beta*h^2/((alpha+beta)*Q_b*Q_l) 0 0 0], endif R(19)==0, Nl = Nl + [0 h/Q_l 0 0 0 0], endif R(20)==0, Nl = Nl + [0 0 h^2/(Q_l*Q_p) 0 0 0], endif R(21)==0&((alpha~=0)|(beta~=0)), Nl = Nl + [0 0 0 beta*h^3/((alpha+beta)*Q_l) 0 0], end

Nd = Nb+Np+Nl;

cond_1 = Nb*[1 1 1 1 1 1]'; % Verificara´ se nb ´e diferente de zerocond_2 = Np*[1 1 1 1 1 1]'; % Verificara´ se np ´e diferente de zerocond_3 = Nl*[1 1 1 1 1 1]'; % Verificara´ se nl ´e diferente de zerocond_4 = Nd*[1 1 1 1 1 1]'; % Verificara´ se nd ´e diferente de zero

if (cond_1 ~= 0), sys_1 = tf(Nb,D) , endif (cond_2 ~= 0), sys_2 = tf(Np,D) , endif (cond_3 ~= 0), sys_3 = tf(Nl,D) , endif (cond_4 ~= 0), sys_4 = tf(Nd,D) , end

%bode(sys_1,'r',sys_2,'b',sys_4,'m')bode(sys_1,'r')

grid onaxis([0.1 10 -60 20])

44