ESTUDO DA PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS … · estudos em percepção ambiental , e , em sua obra...
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ESTUDO DA PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS MORADORES DO CONJUNTO HABITACIONAL VALE AZUL, NA CIDADE DE SARANDI-PR., POR ALUNOS DO 3º ANO DO ENSINO MÉDIO Rosa Maria de Souza Palma [email protected] RESUMO No ano de 2008, foi realizada uma pesquisa de campo, no Conjunto Habitacional Vale Azul, na Cidade de Sarandi-Pr., com a participação dos alunos do 3º ano do Ensino Médio, do período matutino, do Colégio Estadual Olavo Bilac, localizado também na Cidade de Sarandi, a fim de se conhecer a percepção ambiental dos moradores em relação ao bairro. A pesquisa foi realizada com a aplicação de questionários e posterior representação e análise dos dados levantados. Utilizou-se para isso como fundamentação teórica e metodológica os princípios da Percepção Ambiental. O trabalho teve o intuito de contribuir para o ensino da Geografia, objetivando principalmente articular o conteúdo Problemas Ambientais dos Grandes Centros Urbanos, presente na grade curricular do colégio, com a realidade vivida desses alunos. Observou-se com o trabalho que os conteúdos teóricos associados à prática proporcionaram aos alunos assimilarem os conceitos geográficos com mais propriedade, saindo do senso comum para o conhecimento científico. Com a pesquisa de campo associada à teoria percebeu-se que os alunos tiveram uma aprendizagem mais eficaz e adquiriram fundamentos para analisar a realidade vivida, de forma consciente e crítica, partindo do bairro ou do local para escalas geográficas regionais e globais. Palavras-chave: percepção ambiental; bairro; pesquisa de campo; aluno.
STUDY OF ENVIRONMENTAL PERCEPTION FROM THE RESIDENTS OF CONJUNTO HABITACIONAL VALE AZUL, IN THE CITY OF SARANDI-PR, BY
THE STUDENTS FROM THE 3rd YEAR OF HIGH SCHOOL
In the year 2008, it was realized a field research, on the Conjunto Habitacional Vale Azul, in the city of Sarandi-Pr, with the participation of the students from the 3rd year of high school, from the morning period, from the Colégio Estadual Olavo Bilac, also situated in the Sarandi city, in order to know the environmental perception from the residents regarding to their district. The research was realized with the application of questionnaires and posterior representation and analysis from the data survey. It was used the theory and methodology from the principles of the Environmental Perception. This work had the intention to contribute for the Geographic teaching, with the principal purpose articulates the content Environmental Problems from the Big Urban Centers, present in the contents from the school, according to the reality of life from these students. It was observed in this work that the contents about the theory associated to the practice provided the students assimilate the geographic concepts with more property, getting out of the common sense for the scientific knowledge. By the field research associated to the theory, it was perceived that the students had more effective learning and obtained basis to analyze the reality of life, in a conscious and critical way, starting from the district or the location for the geographic, regional and global scales. Key-words: environmental perception; district; field research; student.
1. INTRODUÇÃO
O ensino da Geografia no Ensino Médio tem como principal objetivo
desenvolver os conhecimentos de ordem espacial, fundamental para o
entendimento dos acontecimentos mundiais, nacionais e, sobretudo do lugar
onde vivemos.
Hoje em dia vê-se cada vez mais, a necessidade de relacionar a teoria
com a prática, a fim de atingir maior grau de aprendizagem dos alunos. Na
disciplina de Geografia é possível trabalhar na prática todos os conteúdos,
apesar disso não acontecer por diversas variáveis, algumas apresentadas ao
longo desse estudo.
Através da pesquisa de campo é possível mostrar aos alunos a
importância de se conhecer o meio onde vivemos e que eles fazem parte dessa
realidade, seja ela perfeita ou com problemas; quais problemas existem e
soluções, e relacionar este conhecimento da realidade com os conteúdos vistos
em sala de aula, fazendo posteriormente a relação dos lugares com o espaço
global.
Sabemos que após a Revolução Industrial tivemos rápida urbanização
da humanidade e o crescimento das cidades, e com isso, tivemos também o
aumento dos problemas urbanos, tanto nas grandes metrópoles, como também
em cidades médias e pequenas.
Nesse contexto, estudos na área de Percepção Ambiental tem sido
satisfatórios para se conhecer a percepção que os moradores tem de suas
cidades, sendo que estes estudos podem ser utilizados para efeitos de
planejamento urbano.
Pensando de forma didática, esse trabalho, mostra a utilização da
Percepção Ambiental e sua metodologia para se fazer um estudo de caso com
a participação dos alunos, a fim de que este estudo articule os conteúdos da
grade curricular com a realidade vivida pelos alunos.
No dia-a-dia da sala de aula percebemos que alguns conceitos,
fundamentos e bases da Geografia merecem maior cuidado no processo de
aprendizagem. Cada conceito depende, para ser compreendido, de
explicações que tragam a discussão teórica para a realidade do aluno, ou pelo
menos do que ele pode enxergar e perceber com os meios que dispõe.
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Cavalcanti (2002) diz que, além dos conteúdos que desenvolvam os
conceitos da ciência geográfica, é necessário também conteúdos e
procedimentos valorativos. É necessário que o aluno alcance não só o
desenvolvimento intelectual, mas também as dimensões física, social, afetiva,
moral e estética. E, o alcance de desenvolvimento dos alunos em todas estas
esferas pode ser atingido pela observação de paisagens, discriminação dessa
paisagem em relação à vivência do aluno e posterior análise e relação do lugar
vivido com outros lugares em escalas globais.
O conceito de identidade é fundamental para a análise do lugar, pois os
costumes, os valores e as tradições constituem a identidade de cada lugar.
Sendo assim, cada lugar é diferente do outro, porque ele é fruto da vivência
diária dos homens que o habitam, do grau de consciência que as pessoas têm
de que são agentes transformadores do mundo em que vivem através das
mudanças que fazem em seus lugares.
Segundo (Carlos, 1996, p.20) o lugar: “é o espaço possível de ser
sentido, pensado, apropriado e vivido através do corpo”.
Considerando a tríade, habitante-lugar-identidade, podemos dizer que o bairro
é o espaço imediato das relações cotidianas das pessoas, onde ocorrem as
relações de vizinhança e outros atos comuns à vida diária que constituem ao
longo do tempo laço de identidade entre habitante-habitante e habitante-lugar.
Na concepção humanística a percepção do lugar pode ser estudada na
linha temática da topofília, que é a ligação afetiva entre a pessoa e o lugar.
Kashiwagi (2005) diz que a obra de Yi-Fu Tuam (1983) restabelece o
contato entre o mundo vivido e as significações, buscando a essência dos
conceitos de espaço, homem e experiência, cujo lugar encerra tanto a
experiência como as aspirações de um povo. Propõe um estudo geográfico
baseado no amor do homem pela natureza e cria o conceito de topofília, que
define como” elo afetivo entre a pessoa e o lugar ou ambiente físico e
topofobia, correspondendo ao oposto”.
Neste sentido, esse trabalho mostra o resultado de um estudo feito
através de pesquisa de campo, no Conjunto Habitacional Vale Azul, com a
participação de alunos do 3º ano do Ensino Médio e a coordenação do
professor, com o objetivo de conhecer a percepção ambiental dos moradores
do bairro em relação ao ambiente onde vivem, e, em contrapartida associar
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esse conhecimento aos conteúdos estudados em sala de aula. A pesquisa feita
visa conhecer a percepção dos moradores em relação aos problemas urbanos,
e relacionar esse tema ao conteúdo Problemas Ambientais dos Grandes
Centros Urbanos, que trata da urbanização e crescimento das cidades,
ensinado no Ensino Médio na disciplina de Geografia.
2- DESENVOLVIMENTO
2.1 - Referencial teórico e Metodologia
Esse estudo foi desenvolvido com a participação dos alunos do 3º ano
do Ensino Médio, do Colégio Estadual Olavo Bilac, localizado na Cidade de
Saradi-Pr, durante o ano de 2008.
No ano de 2008, o Colégio Estadual Olavo Bilac conta com 6 turmas de
Ensino Médio, sendo 3 no período matutino e 3 no período noturno.
Participaram da pesquisa os alunos do período matutino, já que os alunos do
período noturno, em sua maioria trabalham e não tem disponibilidade para
estudo durante o dia.
No primeiro bimestre, foi apresentado aos alunos, o projeto de pesquisa,
às 3 turmas, e os alunos que demonstraram maior interesse e disponibilidade
se inscreveram para participar, já que alguns alunos do período matutino
também trabalham ou tem outros compromissos junto às suas famílias, e não
poderiam participar diretamente da pesquisa. Houve também a necessidade do
professor fazer essa seleção pelo fato de que seria difícil o professor coordenar
todos os alunos das 3 turmas, que contam com um número de
aproximadamente 100 alunos, já que as turmas possuem em média em torno
de 34 alunos.
Nas três turmas ficou decidido então, que os alunos com maior
disponibilidade participariam diretamente da pesquisa de campo e repassariam
aos demais em sala de aula a sua experiência como aluno pesquisador, bem
como o andamento da pesquisa.
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Nesse momento foi informado aos alunos que o estudo seria feito em um
bairro da cidade: o Conjunto Habitacional Vale Azul, que se localiza na periferia
da cidade, mas não tão distante do colégio e do centro da cidade, sendo cerca
de 30 minutos caminhando-se a pé.
Quando os alunos ouviram o nome do bairro a ser estudado, muitos
fizeram comentários a respeito de algumas características do lugar, referindo-
se aos problemas do bairro e as condições de vida dos moradores de lá. Então
foi dito aos alunos que a pesquisa seria no sentido de conhecer a percepção
dos moradores do bairro em relação aos problemas daquele lugar, e que
soluções poderiam ser propostas para melhorar as condições de vida dos
moradores do local.
Quando se falou em percepção ambiental, os alunos disseram que não
sabiam o que era isso, apesar de que, na verdade, eles não tinham o
conhecimento sistematizado a respeito do assunto. Então, nas aulas que se
seguiram, foram trabalhados os conceitos de paisagem, lugar, bairro, cidade,
território, país nação, enfim as diversas escalas geográficas espaciais. Para
isso foi utilizado em sala de aula como suporte teórico o material didático –
Folhas- intitulado: Cidade e Bairro, produzido pela autora em 2007. E, foi
enfatizada mais detalhadamente a noção de espaço, paisagem e lugar, dentro
da linha da percepção ambiental, identificando o lugar como o bairro.
Segundo Suertegaray (2005, p. 30-31) os estudos em percepção
ambiental possuem três conceitos importantes:
[...] espaço, paisagem e lugar. O lugar não é concebido geometricamente, mas é vivido, experenciado. A paisagem é a superfície limitante do espaço vivido. E, o lugar é o centro de significados, expressa não só a localização, mas o tipo de experiência com o mundo.
Carlos (1996, p.20) referindo-se ao lugar também afirma que:
o lugar é a base da reprodução da vida e pode ser analisado pela tríade habitante-identidade-lugar [...]. O lugar é a porção do espaço apropriável para a vida através do corpo, dos sentidos, dos passos dos moradores, é o bairro, é a praça, é a rua [...].
Outros conceitos também foram trabalhados em sala, como o de
topofília e de topofobia, de acordo com Y- Fu Tuan, que foi precursor dos
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estudos em percepção ambiental , e , em sua obra Topofilia: um estudo da
percepção, atitudes e valores meio ambiente, definiu topofília como o
sentimento de amor pela natureza e o de topofobia como um sentimento de
medo ou um sentimento desagradável em relação ao lugar ( Tuan, 1980).
Ao longo do primeiro bimestre e início do segundo, foram trabalhados
em sala de aula esses conceitos básicos da Geografia, e a parte foram feitas
reuniões com os alunos que fariam a pesquisa de campo no bairro a ser
estudado. Os alunos trabalharam várias atividades em sala, com o objetivo de
diagnosticar se os mesmos estavam compreendendo os conceitos de lugar de
acordo com a linha da Percepção Ambiental. Essa etapa teve também como
objetivo preparar os alunos quanto ao tipo de pesquisa de campo que seria
desenvolvida. Os conceitos trabalhados sempre eram exemplificados com
situações mais próximas dos alunos, transportando os conhecimentos
científicos para a realidade do aluno e, em outras situações transportando a
realidade do aluno para o conhecimento sistematizado, transformando assim o
senso comum em conhecimento científico e vice-versa.
Paralelo a isso, o professor e os alunos que fariam a pesquisa de
campo, fizeram um levantamento de dados referentes a cidade a ao bairro em
pesquisas bibliográficas e junto a Prefeitura Municipal de Sarandi.
2.1.1 - Caracterização da cidade e do bairro
A cidade de Maringá, no norte do Paraná, é considerada pólo regional
do estado. A sua volta estão várias cidade menores, extremamente
dependentes do centro e que funcionam como cidades dormitórios.
Nessa situação surgiu a Cidade de Sarandi, às margens da Br 376, no
norte do Paraná. O município de Sarandi possui área de 113.350 km2. Sua
população é de 79.686 habitantes (IBGE, 2007) e seu crescimento
populacional é um dos maiores do estado, chegando à taxa de 6,8% ao ano
(IBGE, 2000). Foi elevada a categoria de município em 1981, quando já,
apresentava inúmeros problemas, dentre eles, a falta de infra-estrutura, que se
intensificou à medida que surgiram novos loteamentos de forma desordenada e
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alguns irregulares. Atualmente a Cidade Sarandi possui 85 bairros e na
maioria deles observa-se a carência de infra-estrutura e de serviços essenciais
à população.
O Conjunto Habitacional Vale Azul foi construído em 1990, em convênio
com a Prefeitura Municipal de Sarandi e o governo federal, através da Caixa
Econômica federal. São 582 residências e possui aproximadamente 2.200
moradores. As casas deste conjunto foram construídas com área de 27,04m2.
Muitas destas casas continuam com o tamanho original, outras foram
ampliadas por seus moradores. Com relação à infra-estrutura, os moradores
sofrem com a falta de asfalto e calçadas, rede de esgotos coleta de lixo
inadequada, etc., além da falta de serviços como escolas e posto de saúde que
atendam toda a população. O conjunto possui uma igreja católica, igrejas
evangélicas, uma creche e um centro comunitário.
Após este levantamento, já no final do 2º bimestre, os alunos que iriam a
campo estavam ansiosos para que isso acontecesse. Foi marcada uma
reunião, e decidido uma data para se fazer o reconhecimento da área a ser
pesquisada. Nessa reunião, com a carta urbana da cidade, decidiu-se o trajeto
que os alunos fariam até o bairro e algumas recomendações foram passadas,
como: o tipo de vestimentas adequadas, material para anotações, câmera
fotográfica, etc.
No dia marcado professor e alunos se encontraram num ponto
combinado e caminharam por todas as ruas do bairro, observando e
fotografando o lugar. Alguns alunos não conheciam o bairro e se
surpreenderam com a carência dos moradores e as péssimas condições de
algumas casas, as ruas sem asfalto e calçadas, os esgotos a céu aberto, o lixo
espalhado por algumas ruas e o mau cheiro muito forte em alguns lugares,
resultado dos esgotos a céu aberto e de animais mortos, jogados nas
redondezas do bairro.
Os alunos registraram tudo que percebiam e o que sentiam também.
Nesse primeiro momento, a sensação foi de um forte sentimento topofóbico em
relação ao lugar. Acharam o bairro, feio, descuidado, abandonado, etc. E se
perguntavam ou comentavam entre si: como era possível viver ali? Será que
algum morador gostava dali? Qual a razão dessas pessoas estarem morando
ali?
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Mas, após caminhar por mais tempo entre as ruas e conversar com
alguns moradores, um ou outro aluno comentaram que o bairro era arborizado,
isso era bom e bonito; as pessoas eram amigáveis e simpáticas, esse era um
bom sentimento. E, alguns alunos saíram de lá pensando que talvez houvesse
moradores que gostassem ou tivessem um sentimento topofílico em relação ao
bairro.
Nas aulas seguintes em sala, os alunos repassaram aos demais sua
percepção a respeito do bairro, mostraram as fotos e anotações e todos
puderam manifestar suas idéias e impressões a respeito do lugar.
Os alunos nessas discussões, chegaram à conclusão de que o bairro
possuía certa homogeneidade em toda a sua extensão, em relação às
características físicas, sociais e econômicas, então foi decidido juntamente com
o professor que a aplicação do questionário seria feita em 2 ruas do bairro. E
com isso, seria diagnosticada a percepção ambiental desses moradores em
relação ao bairro.
As duas ruas escolhidas foram: a Rua das Araras, com 52 residências e
a Avenida Beija Flor com 69. Foram escolhidas essas ruas por estarem
localizadas no centro do bairro, assim os moradores daí teriam mais
oportunidade de transitarem por todo o conjunto e assim poderia ter uma
percepção mais abrangente a respeito do lugar em vários aspectos.
2.1.2 - Localização da área de estudo
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Planta Esquemática de Sarandi
Localização do município de Sarandi – Estado do Paraná
Con
junt
o H
abita
cion
al V
ale
Azu
l
Figura 1 – Localização da área de estudoFonte: Prefeitura do Município de Sarandi. Mapa Urbano do Município de Sarandi, 2001.Adaptado pela autora, 2008.
2.1.3 – A aplicação do questionário
Depois de feito o levantamento de dados e a visita ao bairro para
reconhecimento da área houve vários encontros para a elaboração do
questionário que seria aplicado aos moradores. Definiu-se que o dia da
pesquisa seria num sábado, porque a maioria dos moradores trabalha e as
casas estariam fechadas em dias úteis. Também ficou decidido que seria
entrevistado só um morador de cada casa, com idade igual ou superior a 18
anos. Professor e alunos concordaram também que o questionário deveria
conter o mínimo possível de perguntas, já que as pessoas não possuem tempo
para entrevistas e poderiam se recusar a responder se o questionamento fosse
muito extenso. Mas, esse mínimo de questões deveria ser suficiente, direto,
claro e pudesse responder aos objetivos da pesquisa: conhecer a percepção
ambiental dos moradores em relação ao bairro.
Nessa etapa já era final do segundo bimestre, enquanto parte dos
alunos se dedicavam a elaboração dos questionamentos, em sala, no geral,
era trabalhado o conteúdo: Urbanização e Metropolização, que ao final
culminaria com o conteúdo Problemas Ambientais dos Grandes Centros
Urbanos.
Foi elaborado o questionário com 10 perguntas abertas e fechadas
(conforme anexo 1 ), e aplicado a um morador de cada residência selecionada.
Para a seleção de cada residência foi utilizada uma planta do conjunto, onde
estavam identificados as quadras e as datas (conf. Figura 1), alternando-se o
inquérito entre uma residência e outra, do início da Avenida Beija Flor até o
final, sucessivamente dos dois lados da avenida, sendo que de um lado
começou-se na primeira casa e do outro na segunda casa.
O mesmo procedimento foi repetido na Rua das Araras.
O questionário foi aplicado com a participação de um grupo de alunos e
do professor.
Com essa atividade encerrou-se o segundo bimestre.
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No início do terceiro bimestre, houve novamente reuniões com os alunos
para se fazer à tabulação dos dados, e em sala de aula, foram distribuídos para
os alunos temas referentes aos problemas ambientais dos grandes centros
urbanos com: Lixo Urbano, Educação Habitação, Transporte, Segurança,
Saúde Pública e Saneamento Básico. Esses temas deveriam ser pesquisados
pelos alunos em grupos e após seriam apresentados em forma de seminários.
Em todos os momentos o conteúdo trabalhado em sala era relacionado
com a pesquisa de campo, sob a orientação do professor, promovendo assim
uma interação e relação com a teoria e a prática, o local e o global.
2.2 - Representação e análise dos dados
Após tabular os dados professor e alunos decidiram representar as
respostas de cada pergunta por meio de tabelas, pois essa é uma forma
simples e rápida e mostraria com clareza a percepção dos moradores.
Tabela 1 – Sexo
SEXO Nº. %Feminino 53 85Masculino 10 15Total geral 63 100Fonte: a autora, 2008.
De acordo com a tabela 1 a maior parte das pessoas que responderam
ao questionário foram as mulheres, talvez por que a pesquisa tenha sido
realizada num sábado, e a maioria dessas mulheres trabalha fora durante a
semana, e, no final de semana se dedicam aos afazeres domésticos e o
cuidado dos filhos.
Tabela 2 – Idade
IDADE Nº. %
10
18 - 30 10 15 31 - 40 19 3041 - 50 13 2151- 60 11 1861 - 70 8 1371 - 80 2 3Total Geral 63 100Fonte: a autora, 2008.
A tabela 2 mostra que a maior participação na pesquisa foi de pessoas
com idade entre 31 e 50 anos. Isso foi importante para se atingir os objetivos
da pesquisa, pois indica que quem respondeu ao questionamento foram
pessoas adultas, pais ou mães de família que convivem diariamente com a
realidade do bairro e que poderia ter uma melhor percepção ambiental do
bairro, quanto aos problemas, ou quanto aos malefícios ou benefícios de se
viver ali.
Tabela 3 – Nível de instrução
NÍVEL DE INSTRUÇÃO Nº. %Analfabeto 3 5Ensino Fundam. Incompleto 28 45Ensino Fundam. Completo 14 22Ensino Médio Incompleto 11 17Ensino Médio Completo 6 9Ensino Superior Incompleto 1 2Ensino Superior Completo 0 0Total Geral 63 100Fonte: a autora, 2008.
A tabela 3 indica que a maioria dos moradores possui baixa
escolaridade, somando 84% os que estão na faixa entre o Ensino Fundamental
Incompleto, que representa o maior número, e o Ensino Fundamental Completo
e o Ensino Médio Incompleto. Isso mostra que entre as pessoas de baixa renda
é comum o abandono da escola pela necessidade de trabalhar, e, mais tarde
essas pessoas não conseguem mais voltar às escolas, seja pelo próprio
trabalho ou porque constituíram famílias, possuem filhos e a dificuldade se
torna cada vez maior. Essa é uma realidade não só desses moradores do
Conjunto Habitacional Vale Azul, mas, de grande parte da população do Brasil,
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comentaram os alunos, com base em suas próprias experiências e de seus
pais, e também com base nos índices estatísticos que frequentemente vemos
nos livros didáticos.
Com relação ao objetivo a que se destina a pesquisa: conhecer a
percepção ambiental dos moradores do bairro acredita-se que o estudo, por ser
uma fonte de conhecimento, centro da cidade, etc. Mesmo com pouca
escolaridade ou conhecimento de leis urbanas, os indivíduos possuem sua
experiência do que ele vive diariamente e expressa isso em sua percepção.
Portanto, supõe-se, que apesar de influenciar, não é o conhecimento adquirido
em sala de aula que determina amplia a percepção sobre o meio ambiente. No
entanto, devem se considerar outras fontes de percepção. Nesse caso, o
morador vai responder as questões baseado em suas experiências e vivências
do lugar. Cada um vai destacar o fator ou fato que é mais importante para a
sua vida de alguma forma, como: o transporte, a coleta de lixo, a vegetação, a
proximidade ou afastamento do a qualidade da percepção do indivíduo sobre
as coisas ou os fatos.
Tabela 4 – Há quanto tempo mora no bairro
TEMPO DE RESIDÊNCIA NO BAIRRO Nº. %0 - 2 anos 0 02 - 4 anos 11 174 - 6 anos 6 96 - 8 anos 5 88 -10 anos 8 13Mais de 10 anos 33 53Total Geral 63 100 Fonte: a autora, 2008.
Analisando a tabela 4 vemos que a maioria dos moradores, 53%, reside
no bairro a mais de 10 anos, ou seja, são pessoas que estão ali desde a
origem do Conjunto Habitacional Vale Azul, e que acompanharam tudo que
aconteceu no bairro, todas as mudanças, sejam estas para melhor ou não, que
vivenciaram e que possuem muitas experiências. Isso é fundamental para
trabalhos em percepção ambiental, porque o tempo vivido está diretamente
ligado à clareza das nossas sensações, sentimentos e emoções em relação ao
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lugar que habitamos, sejam estes sentimentos agradáveis-topofílicos, ou
desagradáveis - topofóbicos.
Tabela 5 – Por que mudou- se para o bairro?
MOTIVO DA MUDANÇA PARA O BAIRRO Nº. %Tinha condições de comprar o imóvel 45 72Gostou do lugar 9 14Já tinha parente morando no bairro 9 14Ambos os motivos 0 0Total Geral 63 100Fonte: a autora, 2008.
Esse questionamento chamou a atenção dos alunos, porque quando
perguntado ao morador: “por que você mudou-se para o bairro?”, e lida as
opções, a grande maioria, 72%, como mostra a tabela 5, prontamente
respondia a opção 1, “aqui eu pude comprar a minha casa”. Isso demonstra o
anseio, o desejo da pessoa de ter a casa própria, algo que também é o anseio
de grande parte dos brasileiros, comentou alguns alunos. Apenas14% dos
moradores responderam que gostou do lugar, ou seja, teve um sentimento
topofílico em relação ao bairro, antes de morar ali.
Tabela 6 – Existe problemas de meio ambiente no bairro
PROBLEMAS DE MEIO AMBIENTE NO BAIRRO Nº. %Sim 53 85Não 10 15Total Geral 63 100Fonte: a autora, 2008.
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Tabela 7 – Quais problemas de ambiente existem no bairro?
PROBLEMAS CITADOS Nº. %Falta de asfalto 19 35Lixo nas ruas e entorno 10 20Má administração, falta de posto de saúde 10 20Falta de rede de esgotos 5 9Falta de segurança 5 9Drogas, barulho, matagal 4 7Total Geral 53 100Fonte: a autora, 2008.
A tabela 6 representa as respostas quanto ao questionamento ao
morador a respeito dele perceber ou não os problemas ambientais no bairro.
Nessa primeira parte da questão o morador deveria responder “sim ou não”.
Alguns moradores se mostraram confusos nessa questão. Nesse caso foi dito
ao morador que ele podia responder simplesmente se na opinião dele havia ou
não problemas no bairro. Quando a resposta era sim, situação que ocorreu na
maioria dos casos, conforme a tabela 6 era pedido, então que o morador
indicasse qual era o principal problema, em sua opinião. Pela maioria das
respostas, 35%, conforme a tabela 7 constatou-se o que na verdade é um
anseio de longa data dos moradores: a pavimentação asfáltica do bairro. As
outras referências foram em relação à questão do lixo nas ruas e no entorno do
bairro. Tanto os alunos em suas discussões posteriores e alguns dos próprios
moradores comentaram não entender o porquê de algumas pessoas jogarem
lixo nas ruas e no entorno, já que a coleta de lixo é feita 3 vezes por semana
pela prefeitura municipal. Outro fato que chamou a atenção dos alunos foi o
fato dos 10 moradores que responderam não haver nenhum problema no
bairro, dizerem que para eles estava tudo certo com o bairro. Após discutirem
os alunos concordaram que talvez por medo, os moradores omitissem sua
verdadeira opinião.
Tabela 8 – Você conhece alguém que faz alguma coisa ruim para o ambiente do bairro?
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ATITUDES RUINS PARA O AMBIENTE DO BAIRRO Nº. %Sim 39 62Não 24 38Total Geral 63 100Fonte: a autora, 2008.
Tabela 9 – O que fazem de ruim para o bairro?
ATITUDES RUINS CITADAS Nº. %Sujam o bairro 19 49Vandalismo 8 21Má administração municipal 4 10Drogas 4 10Não quis responder 4 10Total Geral 39 100Fonte: a autora, 2008.
Neste questionamento, referente as tabelas 8 e 9, pretendeu-se
desvendar a percepção dos moradores em relação a responsabilidade pela
situação em que se encontra o bairro. Então, na primeira parte perguntou-se de
forma simples e direta se o morador conhecia alguém que fazia alguma coisa,
tinha alguma atitude que prejudicava o bairro. De acordo com a tabela 8, 62%
responderam que ‘sim’ e 38% responderam que ‘não’ conheciam. Os alunos
comentaram que nesta questão, perceberam muitas vezes que o morador tinha
medo de responder, pensando que deveria citar nomes. Informado que isso
não seria necessário, respondiam ‘sim’. Mas acredita-se que um grande
número dos que respondeu ‘não’, talvez tenha se sentido inseguro para
apontar o que pensavam realmente.
Quando o morador respondia ‘sim’, era perguntada a segunda parte do
questionamento: ‘ o que fazem de ruim’. Grande parte dos moradores, 49%,
lembrou primeiro da questão do lixo, da sujeira espalhada pelo bairro, seguido
do vandalismo, 21%, e outros mencionaram a questão da má administração e o
problema das drogas, 4%, cada. Observamos que quando o indivíduo expressa
sua percepção do ambiente, ele menciona primeiro aquilo que está mais
diretamente ligado ao seu cotidiano, ou seja, aquelas situações que se repetem
mais frequentemente nas experiências do morador com o lugar, como no caso
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do lixo, percebemos que é uma coisa que incomoda muito os moradores
porque todos os dias ele se depara com a mesma situação.
Tabela 10 – Você conhece alguém que faz alguma coisa boa para o ambiente do bairro?
ATITUDES BOAS PARA O AMBIENTE DO BAIRRO Nº %Não 41 65Sim 22 35Total Geral 63 100Fonte: a autora, 2008.
Tabela 11 – O que fazem de bom para o bairro?
ATITUDES BOAS CITADAS Nº %Mantem a limpeza 10 46Associação dos moradores (presidente) 8 36Pessoas que promovem eventos 4 18Total Geral 22 100Fonte: a autora, 2008.
No questionamento referente às tabelas10 e 11, repetiu-se o mesmo
procedimento feito nas tabelas 8 e 9. Neste caso perguntando-se, se o morador
conhecia alguém que fazia coisas boas para o bairro. A maioria representada
por 65%, conforme a tabela 8, respondeu prontamente ‘não’, e 35%
responderam ‘sim’. A quem respondeu ‘sim’, foi pedido para dizer o que fazia
de bom. Aqui o morador não teve receio de responder o que as pessoas
faziam, e citavam nomes, de quem procurava manter o bairro limpo, 46 %, da
associação dos moradores que juntamente com o presidente, participavam de
reuniões para discutir e procurar soluções para os problemas do bairro 36%, e,
também foi lembrado, pessoas que com certa freqüência, promoviam eventos
para os moradores, principalmente para as crianças.
Na análise destas respostas, os alunos comentaram que em nenhum
momento foi citada pelos moradores, ações do poder público no sentido de
sanar certos problemas que são de sua competência. E, se percebe que os
moradores buscam e possuem mais confiança em suas próprias ações para
resolver os problemas da comunidade.
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Tabela 12 - Você faz alguma coisa para melhorar o ambiente do bairro?
ATITUDES BOAS DO PRÓPRIO MORADOR Nº. %Sim 38 60Não 25 40Total geral 63 100Fonte: a autora, 2008.
Tabela 13 – O que você faz para melhorar o ambiente do bairro?
ATITUDES CITADAS Nº. %Limpeza do quintal e parte da rua 19 50Participa da associação dos moradores 11 29Paga os impostos 5 13Participa da pastoral da criança e do idoso 3 8Total Geral 38 100Fonte: a autora,2008.
As respostas das tabelas 10 e 11, referem-se as atitudes do próprio
morador. Primeiro perguntou-se diretamente se ele fazia ou não coisas que
melhoravam o bairro, e depois o que. A maioria, somando 60%, respondeu
‘sim’ e 40% responderam ‘não’. Quem respondeu ‘sim’, na seqüência comentou
o que fazia de bom, citando que mantinha limpo o quintal e parte da rua em
frente a sua casa, 50%, participava da associação de moradores29%,
participava da pastoral da criança e dos idosos 8%, e, 13% disseram que
pagavam os impostos. Os alunos que participaram da aplicação do
questionário, comentaram que foi interessante esse questionamento, porque se
percebia certo impacto nos moradores, quando após fazer os dois
questionamentos anteriores sobre ‘os outros’, dessa vez perguntava-se: ‘e
você’? ‘o que você faz’? Dos moradores que responderam não, era um simples
não, com certo grau de apatia, mas, os que respondiam sim, podíamos ver em
seus rostos o prazer por fazer algo que na percepção do morador era
importante não só para ele, mas para os outros, para o Conjunto todo, que a
simples atitude de cada um poderia fazer a diferença e trazer mudanças para o
bairro todo.
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Tabela 14 – Você considera o bairro um lugar agradável?
O BAIRRO É UM LUGAR AGRADÁVEL Nº. %Sim 58 92Não 5 8Total Geral 63 100Fonte: a autora, 2008.
Tabela 15 – Por que você considera o bairro agradável?
MOTIVOS QUE TORNAM O BAIRRO AGRADÁVEL Nº %Sossego, tranqüilidade 24 41Amizade 22 39Lugar bonito 12 20Total Geral 58 100Fonte: a autora, 2008.
Tabela 16 – Porque você considera o bairro desagradável?
MOTIVOS QUE TORNAM O BAIRRO DESAGRADÁVEL Nº. %Lixo nas ruas e entorno 3 60Longe do centro 2 40Total Geral 5 100Fonte: a autora, 2008.
As tabelas14, 15 e 16, referem-se ao sentimento topofílico ou topofóbico
do morador em relação ao bairro. Também aqui o questionamento foi feito em
duas partes: primeiro perguntou-se, se o bairro era um lugar agradável, onde
92% responderam sim, e apenas 8% responderam não. Em seguida o por que.
Esse resultado surpreendeu os alunos, porque a maioria a maioria deles
julgava que o resultado seria o inverso.
Após discussão e analisando as respostas que indicavam os motivos do
bairro ser considerado agradável, como: lugar tranqüilo, sossegado, 41%; as
amizades, 39%; e o lugar bonito, 20%, os alunos concluíram que este resultado
confirma o que alguns autores dizem a respeito das experiências com o lugar.
Como a maioria dos moradores reside no bairro há muito tempo, mais de 10
anos, criou-se um forte vínculo de amizade entre os moradores, isto faz com
que a convivência seja agradável, assim, os moradores percebem o bairro
como um lugar bonito. Isso demonstra a forte identidade que os moradores
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possuem com o lugar, ainda que vejam e sintam também seus problemas e
suas limitações em conseguir resolver isto. Os alunos ficaram satisfeitos com
esse resultado, porque a partir desse sentimento topofílico, de gostar do lugar é
possível a comunidade se organizar, na luta por melhorias na qualidade de vida
dos moradores do bairro.
A conclusão da pesquisa de campo e dos trabalhos que estavam sendo
desenvolvidos pelos alunos em sala de aula sobre Problemas Ambientais dos
Grandes Centros Urbanos – Habitação, Lixo Urbano, Segurança, Saúde
Pública, Educação, Transporte, saneamento Básico – terminaram ao mesmo
tempo. Então o encerramento do projeto se deu através da apresentação de
todos os temas em forma de seminários, onde estiveram presentes
professores, pedagogos, supervisores e outros membros da escola.
3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa de campo abre espaço para se repensar as práticas sociais
e o papel que os professores assumem, atuando não só como transmissores,
mas também como mediadores de um conhecimento necessário para que os
alunos possam adquirir uma base adequada de compreensão do ambiente
local, estendendo-se para o global, da interdependência dos problemas
ambientais urbanos, das soluções necessárias e possíveis, da importância das
atitudes de cada pessoa, a fim de construir uma sociedade justa e igualitária,
onde todos possam ter o mínimo de qualidade de vida em seus lugares.
Tudo isso pensado de forma consciente, crítica e baseada em conceitos
científicos, onde a partir daí, alunos professores e comunidade em geral tornem
- se não só observadores da realidade, mas, agentes atuantes na busca de
soluções para problemas mais próximos, em seus bairros, em seus lugares,
irradiando isso, para a escala regional e global, e também chamando a
responsabilidade o poder público, quando a solução para o problema for de
competência do mesmo.
Com este estudo percebemos também que a diversificação dos
instrumentos de ensino e recursos que foram utilizados proporcionou o avanço
do conhecimento dos alunos, pois durante todo o tempo trabalhou-se a teoria
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associada à prática, e dessa forma, observamos melhor assimilação de
conceitos básicos da Geografia que quando são expostos de forma apenas
teórica acabam caindo na abstração e no não entendimento.
Outro ponto positivo foi que a execução da pesquisa de campo
proporcionou maior interação entre professor – aluno e aluno- aluno, já que
tudo foi desenvolvido em conjunto, sendo assim todos os componentes tinham
que estar o tempo todo sintonizado, caminhando para um mesmo objetivo.
Lembramos também que o trabalho multidisciplar foi favorecido, pois foi
necessário trabalhar, principalmente com Língua Portuguesa, na montagem do
questionário, com Matemática, na tabulação e representação dos dados e com
História, para se contextualizar no tempo o lugar pesquisado.
Concluímos que a realização do projeto contribuiu para o avanço do
conhecimento do aluno e também para o crescimento pessoal de todos os
envolvidos.
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4- BIBLIOGRAFIA
CARLOS, A.F.A. O lugar do / no mundo. São Paulo: Hucitec, 1996.
CAVALCANTI, Lana de Souza. Concepções teóricas e elementos da prática de ensino. In__. Geografia e práticas de ensino. Goiânia: Alternativa, 2002. p. 11-27.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo demográfico 2000. Rio de Janeiro, 2001.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Contagem da população 2007 e estimativas da população, 2007. Disponível em http://www.ibge.gov.br. Acesso em 04/12/2007.
KASHIWAGI, H.M. A contribuição da fenomenologia nos processos de intervenção urbana irregulares em ocupações– v.14, nº2, jul./dez.2005. Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Geociências. p. 201.
SUERTEGARAY, D.M.A. Notas sobre epistemologia da geografia. Cadernos geográficos, nº.12, maio, 2005. Universidade Federal de Santa Catarina. SC.
TUAN, Y.F. Topofilia: um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. São Paulo: Difel, 1980.
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ANEXO
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PDE-PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONALUM OLHAR HUMANÍSTICO SOBRE O BAIRRO VALE AZUL NA PERCEPÇÃO DESEUS MORADORES.
1) Sexo:1. Feminino 2. Masculino
2) Idade: [__________]
3) Nível de instrução:1. Ensino Fundamental completo2. Ensino Fundamental incompleto3. Ensino Médio completo4. Ensino Médio incompleto5. Superior completo6. Superior incompleto7. Analfabeto
4) Mora no bairro aproximadamente há quanto tempo? 1. menos de 2 anos2. De 2 a 4 anos3. De 4 a 6 anos4. De 6 a 8 anos5. De 8 a 10 anos6. Mais de 10 anos
5) Por que mudou para o bairro?1. Aqui tinha condições de comprar o imóvel2. Porque gostou do lugar3. Ambos os motivos ( 1 e 2 )4. Já tinha parente morando aqui no bairro 5. Outro: Qual? _____________________
6) Em sua opinião existem problemas de meio ambiente no bairro? Quais?Sim Não
7)Você conhece alguém que faz alguma coisa ruim para o ambiente do bairro? O que?Sim Não
8) Você conhece alguém que faz alguma coisa para melhorar o ambiente do bairro? O que?Sim Não
9)Você faz alguma coisa para melhorar o ambiente do bairro? O que?Sim Não
10)Você considera o bairro um lugar agradável para se viver? Por quê?Sim Não
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