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D10- Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.

É comum, sobretudo em textos dissertativos que, a respeito de determinados fatos,

algumas opiniões sejam emitidas. Ser capaz de localizar a referência aos fatos, distinguindo-a das opiniões relacionadas a eles, representa uma condição de leitura

eficaz. Um item que avalie essa habilidade deve apoiar-se em um material que

contenha um fato e uma opinião sobre ele, a fim de poder estimar a capacidade do

aluno para fazer tal distinção. Há, neste item, a intenção de que o aluno identifique

uma opinião sobre um fato apresentado. É importante que ele tenha uma visão global

do texto e do que está sendo solicitado no enunciado do item. Neste texto, a diferença entre o fato e a opinião relativa a ele está bem marcada, o que facilita a tarefa do

aluno.

Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver essa habilidade?

Sugerimos que o professor, para trabalhar a habilidade do aluno em estabelecer a diferença entre fato e opinião sobre o fato, recorra a gêneros textuais variados,

especialmente os que apresentam estrutura narrativa, tais como contos (fragmentos)

e crônicas. Os textos argumentativos também se prestam para trabalhar essa

habilidade. Entretanto, torna- se necessário trabalhar nos textos as situações criadas

por instrumentos gramaticais, como as expressões adverbiais e as denotativas em

relações de mera referencialidade textual ou de influência externa de intromissão do

locutor/produtor/narrador.

Questão 1

Leia uma notícia sobre uma americana de 18 anos que colocou à prova dicas de moda, beleza e

paquera da revista Seventeen.

Super Seventeen me

Está com dificuldades na hora da paquera? Eis o tipo de dica que a revista norte-

americana Seventeen dá a suas jovens leitoras: ―peça a um garoto que passe protetor solar nas suas costas‖ .

Foi por duvidar da eficácia de certos ―mandamentos‖ ditados por revistas de

comportamento jovem que Jamie Kelles, 18, resolveu submetê-los a uma prova de fogo.

Durante um mês, ela seguiu à risca as instruções da Seventeen. ―Usei bastante salto. Foi impraticável. Não sei em que mundo os leitores da Seventeen vivem‖ , disse, em entrevista ao

Folhateen. No fim do mês, a conclusão: ―Essas revistas olham as adolescentes como um grupo

uniforme, com interesses bem limitados, como moda, maquiagem e garotos‖ . Mas Jamie não

deixa de reconhecer que a revista tenta aumentar a autoestima das leitoras. ―Acho que eles têm boas intenções, mas são meio hipócritas.‖ A hipocrisia, para ela, reside numa contradição:

apesar de proclamar que as meninas aceitem seus corpos, a revista só usa modelos magrinhas. (Folha de São Paulo, 12 jul. 2010. Adaptado)

Para a leitora, as revistas americanas para adolescentes apresentam um ponto de vista

A) contraditório, já que seus modelos possuem uma variada aparência física, e isso não condiz

com os adolescentes americanos.

B) inconsistente, pois, ao mesmo tempo que busca aumentar a autoestima dos adolescentes,

também é hipócrita. C) limitado, já que enxerga os adolescentes como um grupo diferente que só se comporta

usando seus mandamentos.

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D) proveitoso, porque proporciona aos adolescentes muitas dicas, as quais podem ser utilizadas

no dia a dia.

Questão 2

Leia o texto abaixo

A proa do Fujikawa Maru, um navio de guerra japonês afundado em 1944, encontra-se

repleta de corais moles, gorgônias parecendo leques e algumas anêmonas. Os corais do mastro são espetaculares. Há partes quebradas do parapeito da proa e outras que foram raspadas com

o crescimento dos corais. À noite, esses organismos estendem seus minúsculos tentáculos – ou

pólipos – para alimentarem-se do plâncton, que consiste numa sopa de pequenos organismos

dispersos na água do mar. (Revista Horizonte Geográfico, 1996, n. 44. p. 42.)

Há uma marca da opinião do enunciador desse texto no trecho

(A) ―a proa do navio encontra-se repleta de corais moles.‖

(B) ―há partes quebradas no parapeito da proa.‖

(C) ―há partes raspadas com o crescimento de corais.‖

(D) ―os corais do mastro são espetaculares.‖

Questão 3

Leia o texto abaixo:

Há saída para os jovens

O Brasil tem hoje um grande exército de jovens na faixa etária de 15 a 24 anos

aguardando uma possibilidade de apresentar ao mercado de trabalho o seu potencial. O maior drama deste exército juvenil é a ausência de vagas oferecidas àqueles que procuram o seu

primeiro emprego. [...]

Além disso, parte das vagas oferecidas aos jovens são ocupadas por adultos, já que o

desemprego também afeta gravemente os chefes de família, que desesperados, aceitam

qualquer coisa. [...]

Apesar de tudo [...], há saídas para os jovens [...]. Por não haver alternativas individuais para todos, apenas para alguns, o país precisa de um projeto nacional de desenvolvimento que

viabilize o crescimento econômico em mais de 5,5% ao ano e por toda uma década. Fonte: http://www.estudeonline.net/revisao_detalhe.aspx?cod=259

O trecho do texto que revela uma opinião é

(A) ―[...] o país precisa de um projeto nacional de desenvolvimento[...]‖

(B) ―[...] parte das vagas oferecidas aos jovens são ocupadas por adultos[...]‖

(C) ―O Brasil tem hoje um grande exército de jovens[...] (D) ―[...] o desemprego também afeta gravemente os chefes de família [...]‖

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Questão 4

Leia o texto abaixo:

Mulher é atropelada e põe a culpa no Google Maps

Nos Estados Unidos, quase tudo pode render uma ação judicial. O processo movido pela

americana Lauren Rosenberg, vítima de um atropelamento em uma rodovia no Estado de Utah,

seria mais um caso de reparação por danos, mas ela quer receber US$ 100 mil (cerca de R$

183,5 mil) não só do motorista que a atingiu, Patrick Harwood, mas também da empresa

Google. Segundo o jornal inglês The Guardian, Lauren tentou atravessar uma estrada estadual

sem passeio para pedestres, à noite, e foi atingida por um carro, em 19 de janeiro de 2009.Ela

alega ter seguido as indicações do site Google Maps.

O advogado Allen Young entrou com a ação judicial na semana passada. Ele argumenta

que o site foi "descuidado e negligente" ao indicar a travessia de uma via expressa. "As pessoas

confiam nas instruções (dadas pelo Google Maps). Ela acreditou que era seguro atravessar a pista."

Ao indicar uma rota, o serviço do Google dá um alerta: "Essa rota pode não ter calçadas

ou passeio para pedestres". Procurada pelo Guardian, a empresa não quis comentar o caso, que

ainda vai dar o que falar. http://www.diariopopular.com.br

O trecho do texto que expressa uma opinião é

(A) ―Nos Estados Unidos, quase tudo pode render uma ação judicial.‖

(B) "Essa rota pode não ter calçadas ou passeio para pedestres". (C) ―Ele argumenta que o site foi "descuidado e negligente" [...]‖

(D) ―Procurada pelo Guardian, a empresa não quis comentar o caso‖

Questão 5

Não se perca na rede

A Internet é o maior arquivo público do mundo. De futebol a física nuclear, de cinema a

biologia, de religião a sexo, sempre há centenas de sites sobre qualquer assunto. Mas essa

avalanche de informações pode atrapalhar. Como chegar ao que se quer sem perder tempo? É

para isso que foram criados os sistemas de busca. Porta de entrada na rede para boa parte dos

usuários, eles são um filão tão bom que já existem às centenas também. Qual deles escolher? Depende do seu objetivo de busca.

Há vários tipos. Alguns são genéricos, feitos para uso no mundo todo (Google, por

exemplo). Use esse site para pesquisar temas universais. Outros são nacionais ou estrangeiros

com versões específicas para o Brasil (Cadê, Yahoo e Altavista). São ideais para achar páginas ―com.br‖ .

(Paulo D‗Amaro)

Disponível em: <http://galileu.globo.com/edic/116/rep_internet.htm>. Acesso em Julho /2008.

O artigo foi escrito por Paulo D‗Amaro. Ele misturou informações e análises do fato. O período

que apresenta uma opinião do autor é

(A) ―foram criados sistemas de busca.‖

(B) ―essa avalanche de informações pode atrapalhar.‖

(C) ―sempre há centenas de sites sobre qualquer assunto.‖

(D) ―A internet é o maior arquivo público do mundo.‖

(E) ―Há vários tipos.‖

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Questão 6

Leia o texto abaixo:

Cidadania, direito de ter direitos

Cidadania é o direito de ter uma ideia e poder expressá-la. É poder votar em quem quiser

sem constrangimento. [...] Há detalhes que parecem insignificantes, mas revelam estágios de

cidadania: respeitar o sinal vermelho no trânsito, não jogar papel na rua, não destruir telefones

públicos. Por trás desse comportamento está o respeito à coisa pública. [...] Foi uma conquista

dura. Muita gente lutou e morreu para que tivéssemos o direito de votar. DIMENSTEIN, Gilberto. O Cidadão de papel. São Paulo: Ed. Ática, 1998.

O trecho que indica uma opinião em relação à cidadania é

(A) ...―é o direito de ter uma idéia e poder expressá-la... (B) ...―É poder votar em quem quiser...

(C) ...―revelam estágios de cidadania...

(D) ...―Foi uma conquista dura...

Questão 7

Leia o texto abaixo:

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Em relação ao ponto de vista expresso no quadrinho 1, a opinião de Horácio (personagem II) é

que

(A) ser solidário e generoso são características incontestáveis. (B) temos de parar de nos preocupar com os outros.

(C) devemos sempre agradecer os favores que as pessoas nos prestam.

(D) praticar a solidariedade é forma de preservação da espécie.

Questão 8

Leia o texto abaixo:

Sob o sol de fogo, os mandacarus se erguem, cheios de espinhos. Mulungus e aroeiras

expõem seus galhos queimados e retorcidos, sem folhas, sem flores, sem frutos. Sinais de seca

brava, terrível! Clareia o dia. O boiadeiro toca o berrante, chamando os companheiros e o gado. Toque de saída. Toque de estrada. Lá vão eles, deixando no estradão as marcas de sua

passagem. TV Cultura, Jornal do Telecurso.

A opinião do autor em relação ao fato comentado está em

(A) ―os mandacarus se erguem.

(B) ―aroeiras expõem seus galhos.

(C) ―Sinais de seca brava, terrível! (D) ―Toque de saída. Toque de entrada.

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D11- Reconhecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por

conjunções, advérbios, etc.

Em todo texto de maior extensão, aparecem expressões conectoras – sejam

conjunções, preposições, advérbios e respectivas locuções – que criam e sinalizam

relações semânticas de diferentes naturezas. Entre as mais comuns, podemos citar as

relações de causalidade, de comparação, de concessão, de tempo, de condição, de

adição, de oposição etc. Reconhecer o tipo de relação semântica estabelecida por

esses elementos de conexão é uma habilidade fundamental para a apreensão da coerência do texto. Um item voltado para o reconhecimento de tais relações deve

focalizar as expressões sinalizadoras e seu valor semântico, sejam conjunções,

preposições ou locuções adverbiais. Com este item, pretendemos avaliar a habilidade

do aluno em perceber a coerência textual, partindo da identificação dos recursos

coesivos e de sua função textual. No texto a seguir, enfatizamos a relação lógico-

discursiva das conjunções.

Questão 1

Câncer

As novas frentes de ataque

A ciência chega finalmente à fase de atacar o mal pela raiz sem efeito colateral.

A luta contra o câncer teve grandes vitórias nas últimas décadas do século 20, mas deve-

se admitir que houve também muitas esperanças de cura não concretizadas. Após sucessivas

promessas de terapias revolucionárias, o século 21 começou com a notícia de uma droga

comprovadamente capaz de bloquear pela raiz a gênese de células tumorais. Ela foi anunciada em maio deste ano, na cidade de San Francisco, no EUA, em uma reunião com a presença de

cerca de 26 mil médicos e pesquisadores. A genética, que já vinha sendo usada contra o câncer

em diagnósticos e avaliações de risco, conseguiu, pela primeira vez, realizar o sonho das drogas ―inteligentes‖ : impedir a formação de tumores. Com essas drogas, será possível combater a

doença sem debilitar o organismo, como ocorre na radioterapia e na quimioterapia convencional.

O próximo passo é assegurar que as células cancerosas não se tornem resistentes à

medicação. São, portanto, várias frentes de ataque. Além das mais de 400 drogas em testes, aposta-se no que já vinha dando certo, como a prevenção e o diagnóstico precoce.

Revista Galileu. Julho de 2001, p. 41.

O conectivo ―portanto estabelece com as ideias que o antecedem uma relação de:

A) Adversidade.

B) Comparação.

C) Conclusão.

D) Finalidade.

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Questão 2

Leia o texto abaixo:

O Quiromante

Há muitos anos atrás, havia um rapaz cigano que, nas horas vagas, ficava lendo as linhas

das mãos das pessoas.

O pai dele, que era muito austero no que dizia respeito à tradição cigana de somente as

mulheres lerem as mãos, dizia sempre para ele não fazer isso, que não era ofício de homem,

que fosse fazer tachos, tocar música, comerciar cavalos.

E o jovem cigano teimava em ser quiromante. Até que um dia ele foi ler a sorte de uma

pessoa e, quando ela se virou de frente, ele viu, assustado, que ela não tinha mãos.

A partir daí, abandonou a quiromancia.

PEREIRA, Cristina da Costa. Lendas e histórias ciganas. Rio de Janeiro: Imago, 1991.

O trecho ―A partir daí, abandonou a quiromancia‖ apresenta, com relação ao que foi dito no

parágrafo anterior, o sentido de

(A) comparação.

(B) condição.

(C) consequência.

(D) finalidade.

(E) oposição.

Questão 3

Necessidade de alegria

O ator que fazia o papel de Cristo no espetáculo de Nova Jerusalém ficou tão

compenetrado da magnitude da tarefa que, de ano para ano, mais exigia de si mesmo, tanto na representação como na vida rotineira.

Não que pretendesse copiar o modelo divino, mas sentia necessidade de aperfeiçoar-se

moralmente, jamais se permitindo a prática de ações menos nobres. E exagerou em contenção

e silêncio.

Sua vida tornou-se complicada, pois os amigos de bar o entranhavam, os colegas de

trabalho no escritório da Empetur (Empresa Pernambucana de Turismo) passaram a olhá-lo com

espanto, e em casa a mulher reclamava do seu alheamento. No sexto ano de encenação do drama sacro, estava irreconhecível. Emagrecera, tinha

expressão sombria no olhar, e repetia maquinalmente as palavras tradicionais. Seu desempenho

deixou a desejar.

Foi advertido pela Empetur e pela crítica: devia ser durante o ano um homem alegre,

descontraído, para torna- se perfeito intérprete da Paixão na hora certa. Além do mais, até a

chegada a Jerusalém, Jesus era jovial e costumava ir a festas. Ele não atendeu às ponderações, acabou destituído do papel, abandonou a família, e

dizem que se alimenta de gafanhotos no agreste.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Histórias para o Rei. 2ª ed. Rio de Janeiro: Record, 1998.p.56.

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Qual é a informação principal no texto ―Necessidade de alegria‖?

(A) A arte de representar exige compenetração.

(B) O ator pode exagerar em contenção e silêncio. (C) O ator precisa ser alegre.

(D) É necessário aperfeiçoar-se.

Questão 4

Leia o texto abaixo:

Os pancararés

Conhecedores de cada canto da região em que viveram os cangaceiros, os pancararés,

quando a volante passava, ajudavam a esconder Lampião e seu bando. Hoje, uma comunidade remanescente dos pancararés vive na Baixa do Chico, um pequeno povoado situado no interior

do Raso da Catarina. Embora as condições de vida sejam bastante simples, os moradores

parecem saudáveis. Vivem em casas rústicas de pau-a-pique e recebem água de um poço

artesiano porque a região é árida e agreste. Dedicam-se a pequenas lavouras de milho e feijão e

à criação de gado. www.almg.gov.br/revistalegis/saofrancisco/população.

No trecho ―...quando a volante passava, ajudavam a esconder Lampião e seu bando.‖ , a

expressão destacada demonstra uma circunstância de

(A) dúvida.

(B) condição.

(C) tempo. (D) comparação.

Questão 5

Leia o texto abaixo:

A música na escola

(...) ―A melhor coisa que a escola me deu foi a música‖ , diz uma aluna.

Mas é algo que nem toda escola tem. ―Na minha outra escola não tinha música, agora eu chego aqui, tem música, eu fico admirada‖ , diz outra estudante.

A escola pública no bairro pobre do Rio tem até banda. Música já foi uma disciplina

obrigatória nas escolas brasileiras, mas a lei que regulamenta o ensino mudou e a música virou parte do conteúdo de uma outra matéria, a educação artística, que também reúne o teatro e as

artes plásticas. Trinta e três anos depois da mudança, grupos se mobilizam e pedem a volta da

música ao currículo escolar. É o que se discute no Rio, em um seminário de pesquisadores e

professores de música do país todo. ―O país dito como musical não pode prescindir de ter música também nas suas escolas‖ , diz uma pesquisadora.

Fonte: Globo.com. www.netmusicos.com.br/artigo141.htm.

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O uso da palavra MAS, no 2° parágrafo, estabelece uma relação de

(A) confirmação do expresso por uma aluna, retratado no 1° parágrafo.

(B) oposição à opinião expressa no 1° parágrafo. (C) comparação às assertivas do 1° parágrafo.

(D) suposição ao exposto na fala da estudante.

Questão 6

Leia o texto abaixo:

No ―Sossego‖

Não era feio o lugar, mas não era belo. Tinha, entretanto, o aspecto tranqüilo e satisfeito

de quem se julga bem com a sua sorte. A casa erguia-se sobre um socalco, uma espécie de

degrau, formando a subida para a maior altura de uma pequena colina que lhe corria nos

fundos. Em frente, por entre os bambus da cerca, olhava uma planície a morrer nas montanhas que se viam ao longe; um regato de águas paradas e sujas cortava-a paralelamente à testada

da casa; mais adiante, o trem passava vincando a planície com a fita clara de sua linha

capinada; um carreiro, com casas, de um e de outro lado, saia da esquerda e ia ter à estação,

atravessando o regato e serpeando pelo plano. A habitação de Quaresma tinha assim um amplo

horizonte, olhando para o levante, a "Noruega", e era também risonha e graciosa nos seus

muros caiados. Edificada com a desoladora indigência arquitetônica das nossas casas de campo,

possuía, porém, vastas salas, amplos quartos, todos com janelas, e uma varanda com uma colunata heterodoxa. Além desta principal, o sítio do "Sossego", como se chamava, tinha outras

construções: a velha casa da farinha, que ainda tinha o forno intacto e a roda desmontada, e

uma estrebaria coberta de sapê.

No trecho ―Em frente, por entre os bambus da cerca, olhava uma planície...‖ a expressão

destacada indica uma circunstância de: a) causa

b) lugar

c) modo

d) tempo

Questão 7

As enchentes de minha infância

Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda, mas eu

invejava os que moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos para o rio. Como a

casa dos Martins, como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa tia, casa

com varanda fresquinha dando para o rio. Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até onde

chegara a enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a altura da cerca dos fundos,

depois às bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de uma vez, no

meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a família defronte teve medo. Então vinham

todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela faina de arrumar camas nas

salas, aquela intimidade improvisada e alegre. Parecia que as pessoas ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café e se

tomava café tarde da noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo se tomava café

tarde da noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que

nós, os meninos, torcíamos para ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor da enchente,

ficávamos tristes de manhãzinha quando, mal saltando da cama, íamos correndo para ver que o

rio baixara um palmo – aquilo era uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes chegava

alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do Castelo, tinha caído chuva muita, anunciava águas

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nas cabeceiras, então dormíamos sonhando que a enchente ia outra vez crescer, queríamos

sempre que aquela fosse a maior de todas as enchentes. BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962. p. 157.

Que função desempenha a expressão destacada no texto ―... o volume do rio cresceu TANTO QUE a família defronte teve medo.‖ (2º parágrafo)

(A) adição de idéias.

(B) comparação entre dois fatos.

(C) conseqüência de um fato (D) finalidade de um fato enunciado.

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D13- Identificar marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um

texto.

As variações linguísticas, evidentemente, manifestam-se por formas, marcas,

estruturas que revelam características (regionais ou sociais) do locutor e, por vezes,

do interlocutor a quem o texto se destina. Essas variações são, portanto, resultado do

empenho dos interlocutores para se ajustarem às condições de produção e de

circulação do discurso. Um item relacionado a essa habilidade deve, portanto,

centrar-se no reconhecimento das variações (gramaticais ou lexicais) que, mais especificamente, revelam as características dos locutores e dos interlocutores. Este

item vai exigir do aluno a habilidade em identificar as variações linguísticas

resultantes da influência de diversos fatores, como o grupo social a que o falante

pertence, o lugar e a época em que ele nasceu e vive, bem como verificar quem fala

no texto e a quem este se destina, reconhecendo as marcas linguísticas expressas por

meio de registros usados, vocabulário empregado, uso de gírias ou expressões ou níveis de linguagem.

Questão 1

Leia o texto abaixo

Pressa Só tenho tempo pras manchetes no metrô

E o que acontece na novela

Alguém me conta no corredor

Escolho os filmes que eu não vejo no elevador

Pelas estrelas que eu encontro

Na crítica do leitor Eu tenho pressa

E tanta coisa me interessa

Mas nada tanto assim

Eu me concentro em apostilas coisa tão normal

Leio os roteiros de viagem enquanto rola comercial

Conheço quase o mundo inteiro por cartão postal Eu sei de quase tudo um pouco e quase tudo mal

Eu tenho pressa e tanta coisa me interessa

Mas nada tanto assim

Bruno e Leoni Fortunato. Greatest Hits‘ 80. WEA

Identifica-se um termo da linguagem informal em:

A) ―leio os roteiros de viagem enquanto rola o comercial‖

B) ―Conheço quase o mundo inteiro por cartão postal!

C) ―Eu sei de quase tudo um pouco e quase tudo mal.

D) ―Eu tenho pressa e tanta coisa me interessa mas nada tanto assim.

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Questão 2

Leia o texto abaixo:

Fico Assim Sem Você

Claudinho e Buchecha

Avião sem asa, fogueira sem brasa

Sou eu assim sem você

[...]

Amor sem beijinho

Buchecha sem Claudinho

Sou eu assim sem você

Circo sem palhaço,

Namoro sem abraço Sou eu assim sem você

Tô louco pra te ver chegar

Tô louco pra te ter nas mãos

Deitar no teu abraço

Retomar o pedaço

Que falta no meu coração

Eu não existo longe de você E a solidão é o meu pior castigo

Eu conto as horas

Pra poder te ver

Mas o relógio tá de mal comigo

Por quê? Por quê?

[...]

Fonte: http://letras.terra.com.br/claudinho-e-buchecha

Os versos que indicam o uso da linguagem informal, caracterizando a proximidade entre os

interlocutores, são (A) (...) ―Circo sem palhaço, Namoro sem abraço‖ (...)

(B) (...) ―Sou eu assim sem você Tô louco pra te ver chegar Tô louco pra te ter nas mãos.

(C) (...) ―Retomar o pedaço Que falta no meu coração‖ (...)

(D) (...) ―Eu não existo longe você E a solidão é o meu pior castigo‖ (...) Por quê? Por quê?

Questão 3

Bora dar um dance hoje?

Festa Dobradinha une Crush, Rebolation Party e finalistas do Magazine na Pista do Fosfobox

Já tem programa para hoje à noite? Difícil, né?! A terça-feira costuma ser beeeem caída.

Mas, pelo menos neste inverno, uma festa dupla vai esquentar a cidade. Durante todo mês de

julho, a Dobradinha reúne no Fosfobox a turma da Crush e da Rebolation Party. E, a partir de

hoje, com um atrativo a mais: abrindo os trabalhos, nesta e nas próximas duas semanas, cada

um dos três finalistas do concurso Megazine na Pista, que a revista promoveu em maio, em parceria com a rádio Multishow FM.

O Globo. Megazine. 13/7/2010.

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A frase do texto que melhor expressa a linguagem do jovem atual é

(A) ―[...] uma festa dupla vai esquentar a cidade.

(B) ―Bora dar um dance hoje? (C) ―Já tem programa para hoje à noite?

(D) ―[... ]a revista promoveu em maio em parceria com a rádio Multishow.

Questão 4

Cuitelinho

Cheguei na beira do porto onde as ondas se 'espaia'

As 'garça' dá meia volta e senta na beira da praia

E o cuitelinho não gosta, que o botão de rosa caia

Ai quando eu vim da minha terra despedir da 'parentaia'

Eu entrei no Mato Grosso bem em terras paraguaias lá tinha revolução, enfrentei forte 'bataia'

A tua saudade corta como aço de 'navaia'

o coração fica 'afrito', uma bate a outra 'faia'

Os 'zoio' se enchem d'água que até a vista se 'atrapaia'

A tua saudade corta como aço de 'navaia'

o coração fica 'afrito', uma bate a outra 'faia'

Os 'zoio' se enchem d'água que até a vista se 'atrapaia' Paulo Vanzolini / Antônio Xandó

http://letras.terra.com.br/almir-sater/649536/

O texto apresenta muitas marcas da língua oral. O trecho que confirma essa afirmativa é

(A) ―Cheguei na beira do porto

(B) ―Eu entrei no Mato Grosso! (C) ―A tua saudade corta.

(D) ―Os 'zoio' se enchem d'água.

Questão 5

Leia o texto abaixo

―Oi, André!

O pessoal aqui em casa até que se vira: meu pai e minha mãe trabalham, meu irmão tá

tirando faculdade, minha irmã mais velha também trabalha, só vejo eles de noite. Mas minha

irmã mais moça nem trabalha nem estuda, então toda hora a gente esbarra uma na outra. Sabe

o que é que ela diz? Que é ela que manda em mim, vê se pode. Não posso trazer nenhuma colega aqui: ela cisma que criança faz bagunça em casa. Não posso nunca ir na casa de

ninguém: ela sai, passa a chave na porta, diz que vai comprar comida (ela vai é namorar) e eu

fico aqui trancada pra atender telefone e dizer que ela não demora. Bem que eu queria pular a

janela, mas nem isso dá pé: sexto andar.

[...]

Aí eu inventei que o Roberto (um grã-fino que ela quer namorar) tinha falado mal dela.

[...] Não era pra eu ter inventado nada; saiu sem querer. Sai sempre sem querer, o que é que eu posso fazer? E dá sempre confusão, é tão ruim! Escuta aqui, André, você me faz um favor?

Para com essa mania de telegrama e me diz o que é que eu faço pra não dar mais confusão.

POR FAVOR, sim?

NUNES, Lygia Bojunga. A bolsa amarela. Rio de Janeiro: Agir, 1991.

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O trecho que exemplifica o uso da linguagem informal, enfatizando a intimidade entre os

interlocutores é

(A) ―... meu pai e minha mãe trabalham...

(B) ― Não posso trazer nenhum colega aqui:

(C) ―... mas nem isso dá pé...

(D) ― POR FAVOR, sim?

Questão 6

Terra seca (Ary Barroso)

O nêgo tá, moiado de suó

Trabáia, trabáia, nêgo / Trabáia, trabáia nêgo (refrão) As mãos do nêgo tá que é calo só

Trabáia, trabáia nêgo Ai ―meu sinhô‖ nêgo tá véio

Não aguenta essa terra tão dura, tão seca, poeirenta...

O nêgo pede licença prá falá

O nêgo não pode mais trabaiá

Quando o nêgo chegou por aqui Era mais vivo e ligeiro que o saci

Varava estes rios, estas matas, estes campos sem fim

Nêgo era moço, e a vida, um brinquedo prá mim

Mas o tempo passou

Essa terra secou... ô ô

A velhice chegou e o brinquedo quebrou.... Sinhô, nêgo véio tem pena de ter-se acabado

Sinhô, nêgo véio carrega este corpo cansado cifrantiga3.blogspot.com/2006/05/terra-seca.html

O traço da linguagem informal utilizada pelos escravos está indicado no seguinte trecho:

(A) ―Não aguenta esta terra tão dura, tão seca, poeirenta...

(B) ―O nêgo não pode mais trabaiá.

(C) ―Era mais vivo e ligeiro do que o saci.

(D) ―estes campos sem fim.

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Questão 7

Leia o texto abaixo:

Esse texto é direcionado aos

A) alunos.

B) diretores.

C) pais.

D) professores

Questão 8

Leia o texto abaixo:

Este livro foi feito sob medida para você, com histórias que retratam o universo dos

adolescentes e que, na maioria das vezes, são contadas pelos próprios adolescentes. Você vai rir

e chorar ao ler sobre a descoberta da verdadeira amizade, a perda do primeiro amor e as delicadas relações entre pais e filhos.

Cada uma dessas histórias contém algum significado especial. Eles falam da luta dos

jovens para crescer e realizar seus sonhos, superando a timidez, o medo do julgamento dos

outros e seus próprios limites. Também alegram, comovem, reacendem a esperança e

estimulam o desejo de empenhar-se para amar e viver plenamente.

Esperamos que este livro se torne seu melhor amigo, disponível sempre que você precisar

e pronto para contar uma história que vai aquecer o seu coração. www.saraiva.com.br

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O leitor a quem se dirige o texto é um

a) pesquisador.

b) professor. c) adolescente.

d) pai de família.

Questão 9

Leia o texto abaixo: Assaltos insólitos

Assalto não tem graça nenhuma, mas alguns, contados depois, até que são engraçados. É

igual a certos

incidentes de viagem, que, quando acontecem, deixam a gente aborrecidíssimo, mas depois,

narrados aos amigos num

jantar, passam a ter sabor de anedota. Uma vez me contaram de um cidadão que foi assaltado em sua casa. Até aí, nada demais.

Tem gente que é

assaltada na rua, no ônibus, no escritório, até dentro de igrejas e hospitais, mas muitos o são

na própria casa. O que não

diminui o desconforto da situação.

Pois lá estava o dito-cujo em sua casa, mas vestido em roupa de trabalho, pois resolvera

dar uma pintura na garagem e na cozinha. As crianças haviam saído com a mulher para fazer compras e o marido

se entregava a essa

terapêutica atividade, quando, da garagem, vê adentrar pelo jardim dois indivíduos suspeitos.

Mal teve tempo de tomar uma atitude e já ouvia:

— É um assalto, fica quieto senão leva chumbo.

Ele já se preparava para toda sorte de tragédias quando um dos ladrões pergunta: — Cadê o patrão?

Num rasgo de criatividade, respondeu:

— Saiu, foi com a família ao mercado, mas já volta.

— Então vamos lá dentro, mostre tudo.

Fingindo-se, então, de empregado de si mesmo, e ao mesmo tempo para livrar sua cara, começou a dizer:

— Se quiserem levar, podem levar tudo, estou me lixando, não gosto desse patrão.

Paga mal, é um pão-duro. Por que não levam aquele rádio ali? Olha, se eu fosse vocês

levava aquele som também. Na cozinha tem uma batedeira ótima da patroa. Não querem uns

discos? Dinheiro não tem, pois ouvi dizerem que botam tudo no banco, mas ali dentro do

armário tem uma porção de caixas de bombons, que o patrão é tarado por bombom.

Os ladrões recolheram tudo o que o falso empregado indicou e saíram apressados. Daí a pouco chegavam a mulher e os filhos. Sentado na sala, o marido ria, ria, tanto nervoso quanto

aliviado do próprio assalto que ajudara a fazer contra si mesmo.

SANTANNA, Affonso Romano. PORTA DE COLÉGIO E OUTRAS CRÔNICAS. São Paulo: Ática 1995. (Coleção Para gostar

de ler).

É exemplo de linguagem formal, no texto,

(A) ―dito-cujo‖ .

(B) ―adentrar‖ .

(C) ―pão-duro‖ .

(D) ―botam‖ .

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Questão 10

PUBLICIDADE

Tchau, tchau

Nunca foi tão fácil secar uma espinha

A gente acha que cuidar da pele dá trabalho. Que nada! Chato mesmo é encarar aquela

espinha que insiste em aparecer na cara da gente nas horas mais impróprias: o primeiro dia de

aula ou o encontro com o menino que a gente está a fim. Pele bem cuidada dá uma levantada incrível no visual, né? Então, mãos à obra com a linha Clearskin da Avon, que tem oito produtos

que facilitam a nossa vida. Além de combaterem a acne (eles são feitos com ácido glicólico, um

poderoso derivado da cana-de-açúcar), eles deixam a pele super-hidratada. Borgatto, Ana; Bertin, Terezinha, Marchezi, Vera. Tudo é linguagem.

Encontramos o registro de linguagem formal em

A) ―A gente acha que cuidar da pele dá trabalho. B) ―Chato mesmo é encarar aquela espinha que insiste em aparecer na cara da gente.

C) ―(...) o encontro com o menino que a gente está a fim.

D) ―Além de combaterem a acne (eles são feitos com ácido glicólico, um poderoso derivado da

cana-de-açúcar), eles deixam a pele super-hidratada.

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D16- Estabelecer relações entre partes de um texto a partir de mecanismos de

concordância verbal e nominal.

Questão 1

O verbo ser refere-se a

a) psicossomáticos.

b) problemas. c) saúde.

d) cabeça.

Questão 2

Leia o texto abaixo referente à questão 6.

O MITO DO AUTOMÓVEL

O automóvel é o símbolo máximo das sociedades modernas. A demanda de automóveis

teve um aumento tão rápido que em apenas algumas décadas transformou a indústria

automobilística num dos motores da economia de mercado. Mas isso ocorreu porque os carros

satisfazem inúmeras necessidades, anseios e fantasias dos homens e das mulheres de hoje –

em especial o sonho da liberdade de movimentos. Qual será o futuro desse fruto do casamento do sonho com a técnica? Não corremos talvez o risco de ver nossa liberdade de possuir um carro

vir a transformar-se em escravidão a esse mesmo carro? (Correio da UNESCO. Fundação Getúlio Vargas)

Ao empregar o verbo na primeira pessoa do plural em ―Não corremos talvez o risco de ver nossa liberdade...‖, o autor do texto refere-se

A) a ele e mais uma pessoa.

B) a apenas ele mesmo.

C) a ele e a todos da sociedade moderna.

D) às pessoas que integram a sociedade moderna.

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D25- Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de recursos ortográficos e

morfossintáticos.

As explicações dadas para o descritor anterior, em parte, podem valer para este. Ou

seja, as escolhas que fazemos para a elaboração de um texto respondem a intenções

discursivas específicas, sejam escolhas de palavras, sejam escolhas de estruturas

morfológicas ou sintáticas. Assim, não é por acaso que, em certos textos, o autor opta

por períodos mais curtos – para dar um efeito de velocidade, por exemplo; ou opta

por inversões de segmentos – para surtir certos efeitos de estranhamento, de impacto, de encantamento, afinal (―tinha uma pedra no meio do caminho; no meio do caminho tinha uma pedra‖ ). Ou seja, mais do que identificar a estrutura sintática

apresentada, vale discernir sobre o efeito discursivo provocado no leitor.

Um item relativo a essa habilidade deve, pois, conceder primazia aos efeitos

discursivos produzidos pela escolha de determinada estrutura morfológica ou

sintática. Incide, portanto, sobre os motivos de uma escolha para fins de se conseguir

alcançar certos efeitos. Com este item, pretendemos avaliar a habilidade do aluno em identificar o efeito de sentido decorrente das variações relativas aos padrões

gramaticais da língua. No texto a seguir, exploramos, como recurso expressivo, a

repetição lexical.

Questão 1

A CHUVA

A chuva derrubou as pontes. A chuva transbordou os rios. A chuva molhou os

transeuntes. A chuva encharcou as praças. A chuva enferrujou as máquinas. A chuva enfureceu

as marés. A chuva e seu cheiro de terra. A chuva com sua cabeleira. A chuva esburacou as

pedras. A chuva alagou a favela. A chuva de canivetes. A chuva enxugou a sede. A chuva

anoiteceu de tarde. A chuva e seu brilho prateado. A chuva de retas paralelas sobre a terra

curva. A chuva destroçou os guarda-chuvas. A chuva durou muitos dias. A chuva apagou o incêndio. A chuva caiu. A chuva derramou-se. A chuva murmurou meu nome. A chuva ligou o

pára-brisa. A chuva acendeu os faróis. A chuva tocou a sirene. A chuva com a sua crina. A

chuva encheu a piscina. A chuva com as gotas grossas. A chuva de pingos pretos. A chuva

açoitando as plantas. A chuva senhora da lama. A chuva sem pena. A chuva apenas. A chuva

empenou os móveis. A chuva amarelou os livros. A chuva corroeu as cercas. A chuva e seu

baque seco. A chuva e seu ruído de vidro. A chuva inchou o brejo. A chuva pingou pelo teto. A chuva multiplicando insetos. A chuva sobre os varais. A chuva derrubando raios. A chuva acabou

a luz. A chuva molhou os cigarros. A chuva mijou no telhado. A chuva regou o gramado. A

chuva arrepiou os poros. A chuva fez muitas poças. A chuva secou ao sol. ANTUNES, Arnaldo. As coisas. São Paulo: Iluminuras, 1996.

Todas as frases do texto começam com "a chuva". Esse recurso é utilizado para

(A) provocar a percepção do ritmo e da sonoridade.

(B) provocar uma sensação de relaxamento dos sentidos.

(C) reproduzir exatamente os sons repetitivos da chuva.

(D) sugerir a intensidade e a continuidade da chuva.

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Questão 2

Admirável Chip Novo

Pitty Pane no sistema alguém me desconfigurou

onde estão meus olhos de robô?

Eu não sabia, eu não tinha percebido

Eu sempre achei que era vivo

Parafuso e fluído em lugar de articulação

Até achava que aqui batia um coração

Nada é orgânico é tudo programado

E eu achando que tinha me libertado

Mas lá vêm eles novamente, eu sei o que vão fazer:

Reinstalar o sistema Pense, fale, compre, beba

Leia,vote, não se esqueça

Use, seja, ouça, diga

Tenha, more, gaste, viva

Pense, fale, compre, beba

Leia,vote, não se esqueça

Use, seja, ouça, diga Não senhor, Sim senhor, Não senhor, Sim senhor

[...] Fonte: http://letras.terra.com.br/pitty/

A forma como os verbos são utilizados nas segunda e terceira estrofes da letra da música reforça a ideia de

(A) ordem, pois o eu da música é governado por um sistema.

(B) alegria, pois o eu do texto concorda com o sistema.

(C) desejo, pois o eu da música era livre.

(D) revolta, pois o eu do texto critica o sistema.

Questão 3

Minha Namorada

Vinicius de Moraes / Carlos Lyra

Meu poeta eu hoje estou contente

Todo mundo de repente ficou lindo Ficou lindo de morrer

Eu hoje estou me rindo

Nem eu mesmo sei de que

Porque eu recebi

Uma cartinhazinha de você

Se você quer ser minha namorada Ai que linda namorada

Você poderia ser

Se quiser ser somente minha

Exatamente essa coisinha

Essa coisa toda minha

Que ninguém mais pode ter

Você tem que me fazer Um juramento

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De só ter um pensamento

Ser só minha até morrer

E também de não perder esse jeitinho

De falar devagarinho Essas histórias de você

E de repente me fazer muito carinho

E chorar bem de mansinho Sem ninguém saber porquê.‖

[...] http://letras.terra.com.br/vinicius-de-moraes/49276/

A repetição dos diminutivos ―cartinhazinha, coisinha, jeitinho e devagarinho‖ reforça a ideia

(A) do afeto do eu poético pela sua amada.

(B) da grande solidão vivida pelo eu poético.

(C) da beleza especial da mulher amada.

(D) da tristeza do eu poético por não ser amado.

Questão 4

Seiscentos e sessenta e seis

A vida é um dever que nós trouxemos para fazer em casa. Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...

Quando se vê, já é 6ª feira...

Quando se vê, passaram sessenta anos...

Agora, é tarde demais para ser reprovado...

E se me dessem – um dia – uma outra oportunidade,

Eu nem olhava o relógio seguia sempre, sempre em frente...

E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas. QUINTANA, Mário. Esconderijos do tempo. São Paulo: Globo, 2005.

As reticências foram usadas, no fim de alguns versos, com o sentido de expressar

a) o cansaço que a passagem do tempo traz.

b) a lentidão com que o tempo vai passando.

c) a continuidade da passagem do tempo.

d) o sentimento de que nada muda com o tempo.

Questão 5

Leia o texto abaixo

O boto e a Baía da Guanabara

Piraiaguara sentiu um grande orgulho de ser carioca. Se o Atobá Maroto tinha dado nome

para as ilhas, ele e todos os outros botos eram muito mais importantes. Eles eram o símbolo daquele lugar privilegiado: a cidade do Rio de Janeiro. A ―mui leal e heroica cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro‖ . Piraiaguara fazia questão de lembrar do título, e também de toda

a história da cidade e da Baía de Guanabara.

Os outros botos zombavam dele: Leal? Uma cidade que quase acabou conosco, que poluiu

a baía? Heroica? Uma cidade que expulsou as baleias, destruiu os mangues e quase não nos

deixou sardinhas para comer? Olha aí para o fundo e vê quanto cano e lixo essa cidade jogou

aqui dentro! Acorda do encantamento, Piraiaguara!

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O Rio de Janeiro e a Baía de Guanabara foram bonitos sim, mas isso foi há muito tempo.

Não adianta ficar suspirando pela beleza do Morro do Castelo, ou pelas praias e pela mata que

desapareceram. Olha que, se continuar sonhando acordado, você vai acabar sendo atropelado por um navio!

O medo e a tristeza passavam por ele como um arrepio de dor. Talvez nenhum outro boto

sentisse tanto a violência da destruição da Guanabara. Mas, certamente, ninguém conseguia

enxergar tão bem as belezas daquele lugar. Num instante, o arrepio passava, e a alegria

brotava de novo em seu coração. HETZEL, B. Piraiaguara. São Paulo: Ática, 2000.p. 16 – 20.

Em ―se continuar sonhando acordado, você vai acabar sendo atropelado por um navio!, o

termo sublinhado estabelece, nesse trecho, relação de

(A) causa.

(B) concessão. (C) condição.

(D) tempo.

Questão 6

Leia o texto abaixo

Magia das árvores — Eu já lhe disse que as árvores fazem frutos do nada e isso é a mais pura magia.

Pense agora como as árvores são grandes e fortes, velhas e generosas e só pedem em

troca um pouquinho de luz, água, ar e terra. É tanto por tão pouco! Quase toda a magia da

árvore vem da raiz. Sob a terra, todas as árvores se unem. É como se estivessem de mãos

dadas. Você pode aprender muito sobre paciência estudando as raízes. Elas vão penetrando no

solo devagarinho, vencendo a resistência mesmo dos solos mais duros. Aos poucos vão crescendo até acharem água.

Não erram nunca a direção. Pedi uma vez a um velho pinheiro que me explicasse por que

as raízes nunca se enganam quando procuram água e ele me disse que as outras árvores que já

acharam água ajudam as que ainda estão procurando.

— E se a árvore estiver plantada sozinha num prado?

— As árvores se comunicam entre si, não importa a distância. Na verdade, nenhuma árvore está sozinha. Ninguém está sozinho. Jamais. Lembre-se disso.

Máqui. Magia das árvores. São Paulo: FTD, 1992.

No trecho ―Ninguém está sozinho. Jamais. Lembre-se disso.‖ , as frases curtas produzem o

efeito de

(A) continuidade. (B) dúvida.

(C) ênfase.

(D) hesitação.

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Questão 7

O texto publicitário abaixo é composto da repetição da palavra "bom". Esse recurso é utilizado para

(A) provocar uma sensação de relaxamento dos sentidos.

(B) imitar uma conhecida canção de natal com o bombom.

(C) enfatizar que o bombom é bom presente de natal.

(D) reproduzir a sonoridade de tambores batendo.

Questão 8

A Máquina

Morreu uma tia minha. Ela morava sozinha, não tinha filhos. A família toda foi até lá, num

final de semana, separar e dividir as coisas dela para esvaziar a casa. Móvel, roupa de cama, louça, quadro, livro, tudo espalhado pelo chão, uma tremenda confusão.

Foi quando ouvi meus filhos me chamarem. –

– Mãe! Maiê!

– Faaala.

Eles apareceram, esbaforidos.

– Mãe. A gente achou uma coisa incríível. Se ninguém quiser, essa coisa pode ficar para a

gente? Hein? – Depende. Que é?

Eles falavam juntos, animadíssimos.

– Ééé... uma máquina, mãe.

– É só uma máquina meio velha.

– É, mas funciona, está ótima!

Minha filha interrompeu o irmão mais novo, dando uma explicação melhor. – Deixa que eu falo: é assim, é uma máquina, tipo um... teclado de computador, sabe só

o teclado? Só o lugar que escreve?

– Sei.

– Então. Essa máquina tem assim, tipo... uma impressora, ligada nesse teclado, mas

assim, ligada direto. Sem fio. Bem, a gente vai, digita, digita...

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Ela ia se animando, os olhos brilhando.

–... e a máquina imprime direto na folha de papel que a gente coloca ali mesmo! É

muuuuito legal! Direto, na mesma hora, eu juro! Ela jurava? Fiquei muda. Eu que jurava que não sabia o que falar diante dessa explicação

de uma máquina de escrever, dada por uma menina de 12 anos. Ela nem aí comigo.

Continuava.

–... entendeu como é, ô mãe? A gente, zupt, escreve e imprime, até dá para ver a

impressão tipo na hora, e não precisa essa coisa chatérrima de entrar no computador, ligaaar,

esperar hoooras, entrar no Word, de escrever olhando na tela e sóóó depois mandar para a impressora, não tem esse monte de máquina tuuudo ligada uma na outra, não tem que ter até

estabilizador, não precisa comprar cartucho caro, nada, nada, mãe! É muuuito legal. E nem

precisa colocar na tomada funciona sem energia e escreve direto na folha da impressora.

– Nossa, filha... (Coleção novo diálogo – Língua Portuguesa – São Paulo – FTD, 2007.)

A repetição das vogais no trecho ―... ligaaar,.esperar hoooras,... pretende realçar

(A) o som de eco, dada a amplitude da casa da menina.

(B) o pouco tempo que o computador demora para inicializar.

(C) a falta de qualidade na impressão de um documento. (D) o longo tempo de inicialização do computador.

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D26- Estabelecer a relações entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la.

Expor uma tese, naturalmente, exige a apresentação de argumentos a fundamentem. Ou seja, os argumentos apresentados funcionam como razões ou como fundamentos

de que a tese defendida tem sentido e consistência. Nas práticas sociais que

envolvem a proposição de um certo posicionamento ou ponto de vista, a estratégia de

oferecer argumentos – não por acaso chamada de argumentação – é um recurso de

primeira importância. Um item relacionado a esse descritor deve levar o aluno a

identificar, em uma passagem de caráter argumentativo, as razões oferecidas em defesa do posicionamento assumido pelo autor. Pretende-se, com este item, que o

leitor identifique os argumentos utilizados pelo autor na construção de um texto

argumentativo. Essa tarefa exige que o leitor, primeiramente, reconheça o ponto de

vista que está sendo defendido e relacione os argumentos usados para sustentá-lo.

Questão 1

Leia o texto abaixo:

O diabo e a política

Sempre que leio os jornais, lembro uma historinha que nem sei mais quem me contou.

Naquela aldeia, todos roubavam de todos, matava-se, fornicava-se, jurava-se em falso, todos

caluniavam todos. Horrorizado com os baixos costumes, o frade da aldeia resolveu dar o fora,

pegou as sandálias, o bordão e se mandou. Pouco adiante, já fora dos muros da aldeia, encontrou o Diabo encostado numa árvore,

chapéu de palha cobrindo seus chifres. Tomava água de coco por um canudinho, na mais

completa sombra e água fresca desde que se revoltara contra o Senhor, no início dos tempos.

O frade ficou admirado e interpelou o Diabo:

— O que está fazendo aí nesta boa vida? Eu sempre pensei que você estaria lá na aldeia,

infernizando a vida dos outros. Tudo de ruim que anda por lá era obra sua – assim eu pensava até agora. Vejo que

estava enganado. Você

não quer nada com o trabalho. Além de Diabo, você é um vagabundo!

Sem pressa, acabando de tomar o seu coco pelo canudinho, o Diabo olhou para o frade

com pena:

— Para quê? Trabalho desde o início dos tempos para desgraçar os homens e confesso que ando cansado. Mas não tinha outro jeito. Obrigação é obrigação, sempre procurei dar conta

do recado. Mas agora, lá na aldeia, o pessoal resolveu se politizar. É partido pra lá, partido pra

cá, todos têm razão, denúncias, inquéritos, invocam a ética, a transparência, é um pega-pra-

capar generalizado, eu estava sobrando, não precisavam mais de mim para serem o que são,

viverem no inferno em que vivem. Jogou o coco fora e botou um charuto na boca. Não precisou

de fósforo, bastou dar uma baforada e de suas entranhas saiu o fogo que acendeu o charuto:

— Tem sido assim em todas as aldeias. Quando entra a política eu dou o fora, não precisam mais de mim.

CONY, Carlos Heitor, Folha online. 29 de nov. 2005. (P090208A8)

A política desgraça os homens mais que o diabo.

O argumento que defende essa ideia é

A) ―Você não quer nada com o trabalho. Além de Diabo, você é um vagabundo!

B)―Trabalho desde o início dos tempos para desgraçar os homens e confesso que ando

cansado. C) ―Obrigação é obrigação, sempre procurei dar conta do recado.‖

D) ―Quando entra a política eu dou o fora, não precisam mais de mim.‖

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Questão 2

Leia o texto abaixo para responder a questão

Os filhos podem dormir com os pais?

Maria Tereza – Se é eventual, tudo bem. Quando é sistemático, prejudica a intimidade do

casal. De qualquer forma, é importante perceber as motivações subjacentes ao pedido e

descobrir outras maneiras aceitáveis de atendê-las. Por vezes, a criança está com medo,

insegura, ou sente que tem poucas oportunidades de contato com os pais. Podem ser criados recursos próprios para lidar com seus medos e inseguranças, fazendo ela se sentir mais

competente.

Posternak – Este hábito é bem freqüente. Tem a ver com comodismo – é mais rápido

atender ao pedido dos filhos que agüentar birra no meio da madrugada; e com culpa – ―coitadinho, eu saio quando ainda dorme e volto quando já está dormindo‖ . O que falta são

limites claros e concretos. A criança que ―sacaneia‖ os pais para dormir também o faz para

comer, escolher roupa ou aceitar as saídas familiares. ISTOÉ, setembro de 2003 -1772.

O argumento usado para mostrar que os pais agem por comodismo encontra-se na alternativa

A) A birra na madrugada é pior

B) A criança tem motivações subjacentes C) O fato é muitas vezes eventual

D) Os limites estão claros

Questão 3

Leia o texto abaixo: O namoro na adolescência

Um namoro, para acontecer de forma positiva, precisa de vários ingredientes: a começar

pela família, que não seja muito rígida e atrasada nos seus valores, seja conversável, e, ao

mesmo tempo, tenha limites muito claros de comportamento. O adolescente precisa disto, para

se sentir seguro. O outro aspecto tem a ver com o próprio adolescente e suas condições

internas, que determinarão suas necessidades e a própria escolha. São fatores inconscientes, que fazem com que a Mariazinha se encante com o jeito tímido do João e não dê pelota para o

herói da turma, o Mário. Aspectos situacionais, como a relação harmoniosa ou não entre os pais

do adolescente, também influenciarão o seu namoro. Um relacionamento em que um dos

parceiros vem de um lar em crise, é, de saída, dose de leão para o outro, que passa a ser

utilizado como anteparo de todas as dores e frustrações.

Geralmente, esta carga é demais para o outro parceiro, que também enfrenta suas crises pelas próprias condições de adolescente. Entrar em contato com a outra pessoa, senti-la, ouvi-

la, depender dela afetivamente e, ao mesmo tempo, não massacrá-la de exigências, e não ter

medo de se entregar, é tarefa difícil em qualquer idade. Mas é assim que começa este

aprendizado de relacionar-se afetivamente e que vai durar a vida toda. SUPLICY, Marta. A condição da mulher. São Paulo: Brasiliense, 1984.

Para um namoro acontecer de forma positiva, o adolescente precisa do apoio da família. O

argumento que defende essa ideia é

(A) a família é o anteparo das frustrações.

(B) a família tem uma relação harmoniosa.

(C) o adolescente segue o exemplo da família. (D) o apoio da família dá segurança ao jovem.

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Questão 4

Amor à primeira vista

Papel, plástico, alumínio. Modernas embalagens industrializadas são essencialmente

confeccionadas com essas três matérias-primas. Mas o resultado está longe de ser monótono.

Desde que os especialistas em vendas descobriram que a embalagem é um dos primeiros

fatores que influenciam a escola do consumidor, ela passou a ser estudada com mais atenção.

Atualmente, estampa cores forte, letras garrafais e formatos curiosos na tentativa de chamar

atenção nas prateleiras dos supermercados. Produtos infantis, por exemplo, apelam para desenhos animados, ou super-heróis da moda para derrubar a concorrência. Provavelmente é o

caso do achocolatado que você toma de manhã, do queijinho suíço do meio da tarde e até

mesmo da sopinha da noite.

Essas embalagens despertam o interesse dos consumidores de tal forma que, muitas

vezes eles levam o produto para casa mais porque gostaram de sua roupagem do que pelo fato

de apreciarem um conteúdo[...]

Um argumento que sustenta a tese de que ―a embalagem agora é uma forma de conquistar o consumidor‖ é que

a) a embalagem passou a ser mais bem cuidada.

b) a embalagem tem formatos muito curiosos.

c) a embalagem objetiva vestir bem os produtos. d) os consumidores são atraídos pela embalagem

Questão 5

Leia o texto abaixo:

A dor de crescer

Período de passagem, tempo de agitação e turbulências. Um fenômeno psicológico e

social, que terá diferentes particularidades de acordo com o ambiente social e cultural. Do latim

ad, que quer dizer para, e olescer, que significa crescer, mas também adoecer, enfermar. Todas

essas definições, por mais verdadeiras que sejam, foram formuladas por adultos.

"Adolescer dói" dizem as psicanalistas [Margarete, Ana Maria e Yeda] – "porque é um

período de grandes transformações. Há um sofrimento emocional com as mudanças biológicas e mentais que ocorrem nessa fase. É a morte da criança para o nascimento do adulto. Portanto,

trata-se de uma passagem de perdas e ganhos e isso nem sempre é entendido pelos adultos."

Margarete, Ana Maria e Yeda decidiram criar o "Ponto de Referência" exatamente para

isso. Para facilitar a vida tanto dos adolescentes quanto das pessoas que os rodeiam, como pais

e professores. "Estamos tentando resgatar o sentido da palavra diálogo" – enfatiza Yeda –

"quando os dois falam, os dois ouvem sempre concordando um com o outro, nem sempre

acatando. Nosso objetivo maior talvez seja o resgate da interlocução, com direito, inclusive, a

interrupções." Frutos de uma educação autoritária, os pais de hoje se queixam de estar vivendo

a tão alardeada ditadura dos filhos.

Contrapondo o autoritarismo, muitos enveredaram pelo caminho da liberdade

generalizada e essa tem sido a grande dúvida dos pais que procuram o "Ponto de Referência":

proibir ou permitir? "O que propomos aqui" afirma Margarete "é a consciência da liberdade. Nem o vale-tudo e nem a proibição total. Tivemos acesso a centros semelhantes ao nosso na

Espanha e em Portugal, onde o setor público funciona bem e dá muito apoio a esse tipo de

trabalho porque já descobriram a importância de uma adolescência vivida com um mínimo de

equilíbrio. Já que o processo de passagem é inevitável, que ele seja feito com menos dor para

todos os envolvidos". MIRTES Helena. In: Estado de Minas, 16 jun. 1996.

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No texto, o argumento que comprova a idéia de ser a adolescência um período de passagem é

(A) adolescentes sofrem mudanças biológicas e mentais.

(B) filhos devem ter consciência do significado de liberdade. (C) pais reclamam da ditadura de seus filhos.

(D) psicólogos tentam recuperar o valor do diálogo.

Questão 6

Leia o texto abaixo e responda à questão.

Os Jovens e a mídia

A preocupação de pais, educadores, psicólogos, sociólogos, médicos e infanto-afins com o

relacionamento entre crianças e adolescentes e a mídia é atávica. Num passado recente,

manifestou-se através de pesadas críticas aos ―gibis (revistas em quadrinhos) que, na minha tenra infância eram apontados como instaladores de maus hábitos de leitura e postura o que

tornou mais intenso a partir do advento da televisão.

Em ambos os casos, forma e conteúdo foram considerados inapropriados do ponto de

vista educacional, fato agravado pelo grande poder de sedução dessas mídias pouco

recomendáveis (sic) para o público infanto-juvenil. Entendia-se que os jovens dedicavam um

tempo excessivo ao consumo dessas mídias e, em função disso, deixavam de brincar, faziam

menos exercícios físicos, comprometiam seu desempenho escolar, passavam a apresentar problemas de saúde como obesidade e deficiências de visão e, em casos extremos, desvios de

personalidade e conduta.

Uma das conclusões mais interessantes do trabalho foi a de que existe uma relação

direta, embora não necessariamente de causa e efeito, entre as várias atividades de uma

criança e seu interesse pela leitura. Crianças com tempo livre e sem o hábito de ler

apresentaram tendência a não fazer nada quando desocupadas, nem mesmo assistir televisão de maneira exagerada. Em contrapartida, crianças mais ativas, tendem a assistir mais televisão

e, ainda assim, encontram tempo para a leitura. Ainda de acordo com o estudo, o hábito da

leitura está correlacionado com o contato e o acesso ao mundo da palavra escrita durante a

infância. FERRARI, Flávio.Disponível

www.midiativa.org.br/índex.php/midiativa/layout/set.10ago.2009(adaptado

com cortes)

Um dos argumentos que o autor destaca para defender a tese da relação direta entre TV e

leitura nas crianças ativas esta presente em: a) ―...tendem a assistir mais à televisão e , ainda assim, encontram tempo para a leitura.

Crianças com tempo livre e sem o hábito de ler apresentaram tendência e não fazer nada... b) ―...o hábito da leitura está correlacionado com o contato e o acesso ao mundo da palavra.

c) ―...em função disso,deixavam de brincar,faziam menos exercícios físicos,comprometiam seu

desempenho escolar... d) ―...manifestou-se através de pesadas críticas aos ―gibis‖ (revistas em quadrinhos).

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Questão 7

Leia a reportagem abaixo e responda ao que é pedido.

Viver bem com pouco

Foi-se a era de esbanjar e ostentar. A nova ordem global impõe consumir com parcimônia e

priorizar a recompensa emocional.

O americano David Bruno é hoje o maior divulgador do lema ―pouco é bom‖ . Ele ficou

famoso por manter um

blog no qual vai se despedindo de tudo o que juntou na vida – até que consiga viver com

apenas 100 objetos . A visão é

parecida com a do Movimento Viridiano, um grupo de ecologistas (viridiano vem de verde)

criado há dez anos pelo

jornalista Bruce Sterling, de São Franciso. Sterling prega a valorização dos objetos que têm maior presença no nosso dia

a dia, caso do colchão, onde todos deveriam passar oito horas diárias, ou um terço da vida.

O mesmo vale para os sapatos e a cadeira de trabalho, que devem ser confortáveis o

suficiente para não causar incômodo algum. Em relação ao automóvel, a filosofia viridiana

afirma que ele deve ser relegado a um segundo plano, uma vez que é usado em deslocamentos

curtos, poucas vezes ao dia. Abrir mão do carro ou de outros bens que pareciam imprescindíveis pode ser mais fácil do que parece.

VERA.Andrés;MASSON,Celso;VICÁRIA,Luciana.Viver bem com pouco.Revista Época,nº555.São

Paulo:Globo,5Jan.2009(Adaptado com cortes)

O Argumento que defende a tese de se viver bem com pouco é:

(A) valorizar apenas objetos que tenham maior presença no cotidiano,com destaque para o

cotidiano, com destaque para o conforto,evitando o acúmulo de itens.

(B) fazer parte do Movimento Viridiano. (C) somente valorizar os objetos que não sejam confortáveis.

(D) abrir mão do carro.

Questão 8

Leia o texto e responda à questão.

Japoneses bem-vindos

Segundo uma pesquisa do instituto TNS Infratest, que ouviu 4.500 funcionários de hotéis

em 27 países, o melhor turista é o japonês. Ele é mais organizado, bem-educado, quieto e satisfeito. Dá boas gorjetas e se esforça para falar a língua local.

Os brasileiros ficaram em 19º lugar. Na lanterna, os gregos (25º) os espanhóis (26º) e os

franceses (27º). Segundo a pesquisa, os franceses falam alto demais e estão quase sempre de

mau humor.

MASSON,Celso.Japoneses bem vindos.Revista Época,n.555.São Paulo:Globo,5jul.2009

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Segundo o texto, o japonês é o melhor turista entre os 27 países analisados. Alguns dos

argumentos que defendem a tese é que:

(A) os ingleses são mal-humorados.

(B) os brasileiros são os piores turistas que os espanhóis

(C) os gregos e os espanhóis também são quietos e satisfeitos.

(D) Os japoneses são bem educados, dão boas gorjetas e se esforçam para falar o idioma local.

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D27- Diferenciar as partes principais das secundárias de um texto.

Se um texto é uma rede de relações, um ―tecido‖ em que diferentes fios se articulam, nem todos ―os fios‖ têm a mesma importância para o seu entendimento

global. Tudo não pode ser percebido, portanto, como tendo igual relevância. Ou seja,

há uma espécie de hierarquia entre as informações ou idéias apresentadas, de modo

que umas convergem para o núcleo principal do texto, enquanto outras são apenas

informações adicionais, acessórias, que apenas ilustram ou exemplificam o que está

sendo dito. Perceber essa hierarquia das informações, das idéias, dos argumentos

presentes em um texto constitui uma habilidade fundamental para a constituição de um leitor crítico e maduro. Um item voltado para a avaliação dessa habilidade deve

levar o aluno a distinguir, entre uma série de segmentos, aqueles que constituem

elementos principais ou secundários do texto. É comum, entre os alunos, confundir ―partes secundárias‖ do texto com a ―parte principal‖ . A construção dessa

competência é muito importante para desenvolver a habilidade de resumir textos.

Questão 1

Leia o texto abaixo.

Nota Técnica

O Brasil vai monitorar a partir de segunda-feira (4) alimentos vindos do Japão, informa

nota técnica conjunta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), divulgada nesta quinta-feira (31).

O objetivo das autoridades brasileiras é evitar que alimentos possivelmente contaminados

por alto índice de radiação emitida pela usina nuclear de Fukushima, afetada pelo tsunami do

dia 11 de março, entrem no país.

De acordo com a nota, a importação de alimentos japoneses ao Brasil estará condicionada

à apresentação de declaração das autoridades sanitárias do Japão de que os produtos não contêm níveis de radiação acima dos limites permitidos.

g1.globo.com, 01/04/2011.

Na notícia acima, a principal informação aparece na frase

(A) ―...informa nota técnica conjunta da ...ANVISA e...MAPA, divulgada nesta quinta-feira(31). (B) ―O objetivo das autoridades brasileiras é evitar que alimentos possivelmente

contaminados... entrem no país.

(C) ―O Brasil vai monitorar, a partir de segunda-feira os alimentos vindos do Japão...‖

(D) ―a importação de alimentos japoneses ao Brasil estará condicionada à apresentação de

declaração das autoridades sanitárias do Japão...

Questão 2

Animais no espaço

Vários animais viajaram pelo espaço como astronautas. Os russos já usaram cachorros

em suas experiências.

Eles têm o sistema cardíaco parecido com o dos seres humanos. Estudando o que acontece com eles, os cientistas

descobrem quais problemas podem acontecer com as pessoas.

A cadela Laika, tripulante da Sputnik-2, foi o primeiro ser vivo a ir ao espaço, em

novembro de 1957, quatro

anos antes do primeiro homem, o astronauta Gagarin. Os norte-americanos gostam de fazer

experiências científicas espaciais com macacos, pois o corpo deles se parece com o humano. O

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chimpanzé é o preferido porque é inteligente e convive melhor com o homem do que as outras

espécies de macacos. Ele aprende a comer alimentos sintéticos e não se incomoda com a roupa

espacial.

Além disso, os macacos são treinados e podem fazer tarefas a bordo, como acionar os comandos das naves, quando as luzes coloridas acendem no painel, por exemplo.

Enos foi o mais famoso macaco a viajar para o espaço, em novembro de 1961, a bordo da

nave Mercury/Atlas 5. A nave de Enos teve problemas, mas ele voltou são e salvo, depois de ter

trabalhado direitinho. Seu único erro foi ter comido muito depressa as pastilhas de banana

durante as refeições. (Folha de São Paulo, 26 de janeiro de 1996)

No texto ―Animais no espaço‖ , uma das informações principais é

(A) ―A cadela Laika (...) foi o primeiro ser vivo a ir ao espaço‖ .

(B) ―Os russos já usavam cachorros em suas experiência‖ .

(C) ―Vários animais viajaram pelo espaço como astronautas‖. (D) ―Enos foi o mais famoso macaco a viajar para o espaço‖ .

Questão 3

Leia o texto abaixo:

Cerca de 20 mil se despedem do poeta Patativa

Foi decretado feriado ontem em Assaré (623Km de Fortaleza) para a população local homenagear o principal poeta popular do Brasil, Antonio Gonçalves da Silva, o Patativa do

Assaré, que morreu anteontem, aos 93 anos.

As homenagens começaram logo depois da morte, às 18h30. Parte da população (de 20

mil habitantes) acampou durante toda a madrugada na frente da casa do poeta.

(...) À tarde, como o número de visitantes aumentou muito, o velório foi transferido para

a catedral da cidade, onde sanfoneiros repetiam A Triste Partida, poema cantado por Luiz

Gonzaga. O cearense Fagner também gravou a música, mas preferiu cantar ontem o poema Vaca

Estrela e Boi Fubá para homenageá-lo em missa assistida por cerca de 10 mil pessoas.

O enterro aconteceu às 17h, no cemitério São João Batista. A PM calcula que passaram

pelo funeral cerca de 20 mil pessoas. O Estado do Ceará decretou luto de três dias. Beltrão, Eliana Santos; Gordilho, Terezinha. Novo

O fragmento que contém a informação principal do texto é

a) ―Foi decretado feriado ontem em Assaré para a população local homenagear o principal

poeta popular do Brasil, Antonio Gonçalves da Silva, o Patativa do Assaré, que morreu

anteontem aos 93 anos.

b) ―À tarde, como o número de visitantes aumentou muito, o velório foi transferido para a catedral da cidade, onde sanfoneiros repetiam A Triste Partida, poema cantado por Luiz

Gonzaga.

c) ―O cearense Fagner também gravou a música, mas preferiu cantar ontem o poema Vaca

Estrela e Boi Fubá para homenageá-lo em missa assistida por cerca de 10 mil pessoas.

d) ―O enterro aconteceu às 17h, no cemitério São João Batista. A PM calcula que passaram pelo

funeral cerca de 20 mil pessoas. O Estado do Ceará decretou luto de três dias.

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Questão 4

Leia o texto abaixo:

SALÕES ESPECIALIZADOS EM CRIANÇAS SÃO COLORIDOS E FAZEM FESTAS

Cores, brilhos e até brinquedos são atrações de salões especiais.

Nova moda é fazer festa com cabeleireiros e manicures

Cores, brilhos e brinquedos não faltam nos salões de beleza dedicados às crianças. Além

de terem espaço para corte de cabelo, produção de penteados, manicure, pedicure e

maquiagem, eles realizam festas de aniversário para grupos de meninas e meninos. Na

comemoração, tem bolo, refrigerante e, é claro, muitos tratamentos de beleza. Segundo um dos

salões especializados, que atende crianças desde os seis anos de idade há cerca de dois anos. A maior parte do público, entretanto, é formada por meninas e meninos de 8 a 11 anos. ''Todos

os profissionais são especializados em tratamentos infantis e seguem os cuidados necessários'',

conta uma das sócias, Joyce Chame. ''Mesmo que as crianças peçam, não fazemos reflexos e

escovas progressivas, por exemplo pois são procedimentos mais agressivos.''Além de atender

no salão localizado em um shopping carioca, os profissionais do Fashion Mix são contratados

para participar de festas externas, onde produzem os pequenos convidados.Viviane Neto,

diretora operacional do salão Blitz Mania, em São Paulo (também especializado no público infantil), diz que, ao contrário do que muita gente pensa, os meninos também são vaidosos _e

representam grande parte de seus clientes. ''Eles cortam o cabelo com mais freqüência, porque

gostam de deixá-lo em ordem'', comenta.Segundo ela, o movimento maior em seu

estabelecimento é registrado aos sábados, quando cerca de 250 crianças são atendidas. Entre

segunda e sexta-feira, o número de clientes varia entre 30 e 50. A vaidade infantil está tão em

alta que até salões famosos, especializados em adultos, abriram espaço para clientes mais novos. Em São Paulo, um grande salão implantou o ''Beauty for Teen'', para as crianças

comemorarem seus aniversários em grupos de, no máximo, 22 pessoas. No pacote, estão

incluídos serviços de lavagem, escola, manicure e enfeites para cabelos como dread (espécies

de rolos) e strass (brilhantes). A aniversariante ainda recebe pedicure, massagem relaxante e

banho com pétalas de rosas, leite e ervas.

SCARAZZATI,Luciane.Disponível em:HTTP://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,AA1374686-5598,00.html.Acesso em 07

ago.2009.(Adaptado com cortes)

As informações principais e secundaria que podem ser extraídas do texto estão presentes

respectivamente:

(A) no espaço reservado para corte de cabelo, produção de penteados para o público infanto-

juvenil;no fato de a maior parte deste público ser composto por meninas e meninos de 8 a 11

anos,

(B) na realização de festas para meninas e meninos dentro dos salões de

beleza;bolo,refrigerante e muitos tratamentos de beleza também estão presentes na festa. (C) na vaidade infantil, que esta em alta até mesmo em salões famosos; no fato de a

aniversariante ainda contar com os serviços de pedicure, massagem relaxante e banho de

pétalas de rosas.

(D) na realização de festas de aniversário para grupos de meninas e meninos em salões de

beleza, na afirmação de que nem todos os profissionais são especializados em tratamentos

infantis e seguem os cuidados necessários.

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Questão 5

Leia o texto abaixo e responda

Edifícios ecoeficientes

Reformar um prédio deixa de ser exercício de decoração e passa a ter obrigações com

futuro do Planeta

Até 2020, 80% dos edifícios existentes nas grandes cidades já estarão construídos. O

restante estará em fase de projeto ou em obras. No entanto, a maioria deles ainda é construída

ou reformada com técnicas e materiais pouco ou quase nada sustentáveis. ―Construção sustentável não é apenas eficiência energética e reúso d‗água. Envolve materiais de baixo

impacto no ambiente, uso de madeira de reflorestamento e métodos de construção eficientes.

Hoje, cerca de 20% de uma obra vai para o lixo. Em um prédio de 5 andares, 1 vira entulho,

afirma o engenheiro ambiental e professor da PUC-Rio Carlos Penna.

Segundo o World Watch Institute (WWI), arquitetos e engenheiros em todo o mundo não

têm conhecimento dos materiais, desenhos e técnicas úteis para levantar prédios sustentáveis. Edifícios são responsáveis por cerca de 30% de todo o uso de energia, emissão de gases do

efeito estufa e geração de dejetos. ―A construção e renovação de construções é o setor com

maior potencial técnico e econômico para reduzir emissões, diz um estudo, citando o Painel

Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).

Disponível em://HTTP://WWW.estadao.com.br//noticias/vidae,edifícios-ecoeficientes,356070,0htm/acessoem 10ago2009.(Com cortes)

A informação secundária do texto está no fato de

(A) arquitetos e engenheiros em todo o mundo não terem conhecimento de técnicas

sustentáveis.

(B) que, até 2020,80% dos edifícios existentes nas grandes cidades já estarão construídos.

(C) que construção sustentável não é apenas eficiência energética e reuso de água.

(D) que os edifícios são responsáveis por cerca de 30% de todo o uso de energia, emissão de

gases do efeito estufa e geração de dejetos.

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D10 - Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.

1

(Prova Brasil). Leia o texto abaixo:

O que dizem as camisetas (Fragmento)

Apareceram tantas camisetas com inscrições, que a gente estranha ao deparar com uma que não tem nada escrito.

– Que é que ele está anunciando? – indagou o cabo eleitoral, apreensivo. – Será que faz propaganda do voto em branco? Devia ser proibido!

– O cidadão é livre de usar a camiseta que quiser – ponderou um senhor moderado.

– Em tempo de eleição, nunca – retrucou o outro. – Ou o cidadão manifesta sua preferência política ou é um sabotador do processo de abertura democrática.

– O voto é secreto. – É secreto, mas a camiseta não é, muito

pelo contrário. Ainda há gente neste país que não assume a sua responsabilidade cívica, se esconde feito avestruz e...

– Ah, pelo que vejo o amigo não aprova as pessoas que gostam de usar uma camiseta limpinha, sem inscrição, na cor natural em que saiu da fábrica.

(...).

DRUMMOND, Carlos. Moça deitada na

grama. Rio de Janeiro: Record, 1987, p. 38-

40.

O conflito em torno do qual se desenvolveu a narrativa foi o fato de:

(A) alguém aparecer com uma camiseta sem nenhuma inscrição.

(B) muitas pessoas não assumirem sua responsabilidade cívica.

(C) um senhor comentar que o cidadão goza de total liberdade.

(D) alguém comentar que a camiseta, ao contrário do voto, não é secreta.

------------------------------------------------------------

(Prova Brasil). Leia o texto abaixo: A beleza total

A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a própria Gertrudes. Os espelhos pasmavam diante de seu rosto, recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito menos as visitas. Não ousavam abranger o corpo inteiro de Gertrudes. Era impossível, de tão belo, e o espelho do banheiro, que se atreveu a isto, partiu-se em mil estilhaços.

A moça já não podia sair à rua, pois os veículos paravam à revelia dos condutores, e estes, por sua vez, perdiam toda capacidade de ação. Houve um engarrafamento monstro, que durou uma semana, embora Gertrudes houvesse voltado logo para casa.

O Senado aprovou lei de emergência, proibindo Gertrudes de chegar à janela. A moça vivia confinada num salão em que só penetrava sua mãe, pois o mordomo se suicidara com uma foto de Gertrudes sobre o peito. Gertrudes não podia fazer nada. Nascera assim, este era o seu destino fatal: a extrema beleza. E era feliz, sabendo-se incomparável. Por falta de ar puro, acabou sem condições de vida, e um dia cerrou os olhos para sempre. Sua beleza saiu do corpo e ficou pairando, imortal. O corpo já então enfezado de Gertrudes foi recolhido ao jazigo, e a beleza de Gertrudes continuou cintilando no salão fechado a sete chaves.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos

plausíveis. Rio de Janeiro: José Olympio, 1985.

O conflito central do enredo é desencadeado

A) pela extrema beleza da personagem. B) pelos espelhos que se espatifavam. C) pelos motoristas que paravam o trânsito. D) pelo suicídio do mordomo.

------------------------------------------------------------ Leia o texto abaixo.

E.C.T.

Tava com um cara que carimba postais Que por descuido abriu uma carta que voltou Levou um susto que lhe abriu a boca Esse recado veio pra mim, não pro senhor. Recebo crack, colante, dinheiro parco embrulhado Em papel carbono e barbante, até cabelo cortado Retrato de 3 x 4 pra batizado distante Mas isso aqui meu senhor, é uma carta de amor Levo o mundo e não vou lá Mas esse cara tem a língua solta A minha carta ele musicou Tava em casa, a vitamina pronta Ouvi no rádio a minha carta de amor Dizendo ―eu caso contente, papel passado, presente Desembrulhado, vestido, eu volto logo me espera Não brigue nunca comigo, eu quero ver nossos filhos O professor me ensinou a fazer uma carta de amor‖ Leve o mundo que eu vou já

Nando Reis, Marisa Monte, Carlinhos Brown O verso ―Tava com um cara que carimba postais‖ é um exemplo de linguagem

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D10 - Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.

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A) coloquial. B) formal. C) jornalística. D) literária.

------------------------------------------------------------ Leia o texto para responder a questão abaixo:

A outra noite Rubem Braga

Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à

noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui. Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas. Uma paisagem irreal.

Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim:

— O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas tem mesmo luar lá em cima?

Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia uma outra − pura, perfeita e linda.

— Mas, que coisa... Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro

para olhar o céu fechado de chuva. Depois continuou guiando mais lentamente.

Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa.

— Ora, sim senhor... E, quando saltei e paguei a corrida, ele me

disse um ―boa noite‖ e um ―muito obrigado ao senhor‖ tão sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito um presente de rei.

BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1960.

O fato que desencadeou a história foi

(A) a viagem a São Paulo. (B) o mau tempo em São Paulo. (C) o agradecimento do taxista. (D) a conversa ouvida pelo taxista.

------------------------------------------------------------ Leia o texto para responder a questão abaixo:

Tatuagem

Enfermeira inglesa de 78 anos manda tatuar mensagem no peito pedindo para não proceder a manobras de ressuscitação em caso de parada

cardíaca. (Mundo Online, 4, fev., 2003)

Ela não era enfermeira (era secretária), não era inglesa (era brasileira) e não tinha 78 anos, mas sim 42; bela mulher, muito conservada. Mesmo assim, decidiu fazer a mesma coisa. Foi procurar um tatuador, com o recorte da notícia. O homem não comentou: perguntou apenas o que era para ser tatuado.

– É bom você anotar – disse ela – porque não será uma mensagem tão curta como essa da inglesa.

Ele apanhou um caderno e um lápis e dispôs-se a anotar.

– ―Em caso de que eu tenha uma parada cardíaca‖ – ditou ela –, ―favor não proceder à ressuscitação‖. Uma pausa, e ela continuou:

– ―E não procedam à ressuscitação, porque não vale a pena. A vida é cruel, o mundo está cheio de ingratos.‖

Ele continuou escrevendo, sem dizer nada. Era pago para tatuar, e quanto mais tatuasse, mais ganharia.

Ela continuou falando.(...). Àquela altura o tatuador, homem vivido, já tinha adivinhado como terminaria a história (...). E antes que ela contasse a sua tragédia resolveu interrompê-la.

– Desculpe, disse, mas para eu tatuar tudo o que a senhora me contou, eu precisaria de mais três ou quatro mulheres.

Ela começou a chorar. Ele consolou-a como pôde. Depois, convidou-a para tomar alguma coisa num bar ali perto.

Estão vivendo juntos há algum tempo. E se dão bem. (...). Ele fez uma tatuagem especialmente para ela, no seu próprio peito. Nada de muito artístico (...). Mas cada vez que ela vê essa tatuagem, ela se sente reconfortada. Como se tivesse sido ressuscitada, e como se tivesse vivendo uma nova, e muito melhor, existência.

(Moacyr Scliar, Folha de S. Paulo, 10/03/2003.)

O fato gerador do conflito que constrói a crônica é a secretária

(A) ser mais jovem que a enfermeira da notícia. (B) concluir que a vida não vale a pena. (C) achar romântica a história da enfermeira (D) ter se envolvido com o tatuador.

------------------------------------------------------------ Leia o texto para responder a questão a seguir:

Conversa fiada

Era uma vez um homem muito velho que, por não ter muito o que fazer, ficava pescando num lago.

Era uma vez um menino muito novo que também não tinha muito o que fazer e ficava pescando no mesmo lago.

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D10 - Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.

3

Um dia, os dois se encontraram, lado a lado, na pescaria, e no mesmo momento, exatamente no mesmo instante, sentiram aquela puxadinha que indica que o peixe mordeu a isca. [...] Quando apareceram os respectivos peixes, porém, decepção: o peixe do menino era muito velho e o peixe do velho era muito novo!

O velho disse para o menino: – Você não pode pescar esse peixe tão velho!

Deixe que ele viva o pouco da vida que lhe resta. O menino respondeu: – E o que você vai fazer com este peixe tão

novo? Ele é tão pequeno... deixe que ele viva mais um pouco!

O velho e o menino olharam um para o outro e, sem perder tempo, jogaram os peixes no lago. Ficaram amigos e agora, quando não têm muito o que fazer, vão até o lago, cumprimentam os peixes e matam o tempo jogando conversa fora.

FRATE, Diléa. Histórias para Acordar. São Paulo:

Companhia das Letrinhas, 1996

O fato responsável pelo desenrolar da história é

(A) o encontro e a pescaria do menino com o velho no lago.

(B) o peixe do velho ser muito velho. (C) o peixe do menino ser novo e pequeno. (D) o retorno dos peixes ao lago.

------------------------------------------------------------ Leia o texto para responder a questão a seguir:

Paulo Vanzolini / Antônio Xandó

http://letras.terra.com.br/almir-sater/649536/

O texto apresenta muitas marcas da língua oral. trecho que confirma essa afirmativa é

(A) ―Cheguei na beira do porto‖ (B) ―Eu entrei no Mato Grosso!‖ (C) ―A tua saudade corta‖ (D) ―Os 'zoio' se enchem d'água‖

------------------------------------------------------------ Leia o texto abaixo e responda.

VISITA Sobre a minha mesa, na redação do jornal,

encontrei-o, numa tarde quente de verão. É um inseto que parece um aeroplano de quatro asas translúcidas e gosta de sobrevoar os açudes, os córregos e as poças de água. É um bicho do mato e não da cidade. Mas que fazia ali, sobre a minha mesa, em pleno coração da metrópole?

Parecia morto, mas notei que movia nervosamente as estranhas e minúsculas mandíbulas. Estava morrendo de sede, talvez pudesse salvá-lo. Peguei-o pelas asas e levei-o até o ba-nheiro. Depois de acomodá-lo a um canto da pia, molhei a mão e deixei que a água pingasse sobre a sua cabeça e suas asas. Permaneceu imóvel. É, não tem mais jeito — pensei comigo. Mas eis que ele se estremece todo e move a boca molhada. A água tinha escorrido toda, era preciso arranjar um meio de mantê-la ao seu alcance sem contudo afogá-lo. A outra pia talvez desse mais jeito. Transferi-o para lá, acomodei-o e voltei para a redação.

Mas a memória tomara outro rumo. Lá na minha terra, nosso grupo de meninos chamava esse bicho de macaquinho voador e era diversão nossa caçá-los, amarrá-los com uma linha e deixá-los voar acima de nossa cabeça. Lembrava também do açude, na fazenda, onde eles apareciam em formação de esquadrilha e pousavam na água escura. Mas que diabo fazia na avenida Rio Branco esse macaquinho voador? Teria ele voado do Coroatá até aqui, só para me encontrar? Seria ele uma estranha mensagem da natureza a este desertor?

Voltei ao banheiro e em tempo de evitar que o servente o matasse. ―Não faça isso com o coitado!‖ ―Coitado nada, esse bicho deve causar doença.‖ Tomei-o da mão do homem e o pus de novo na pia. O homem ficou espantado e saiu, sem saber que laços de afeição e história me ligavam àquele estranho ser. Ajeitei-o, dei-lhe água e voltei ao trabalho. Mas o tempo urgia, textos, notícias, telefonemas, fui para casa sem me lembrar mais dele.

GULLAR, Ferreira. O menino e o arco-íris e outras crônicas. Para gostar de ler, 31. São Paulo: Ática, 2001. p. 88-89

Com base na leitura do texto, pode-se concluir que a questão central é

(A) a presença inesperada de um inseto do mato na cidade.

(B) a saudade dos amigos de infância (C) a vida agitada da grande cidade. (D) a preocupação com a proteção aos

animais.

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D10 - Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.

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------------------------------------------------------------ (SPAECE). Leia o texto abaixo e responda.

Sinceridade de criança Era uma época de ―vacas magras‖. Morava

só com meu filho, pagando aluguel, ganhava pouco e fui convidada para a festa de aniversário de uma grande amiga. O problema é que não tinha dinheiro messmoooooo.

Fui a uma relojoaria à procura de uma pequena joia, ou bijuteria mesmo, algo assim, e pedi à balconista:

– Queria ver alguma coisa bonita e barata para uma grande amiga!

Ela me mostrou algumas peças realmente caras, que na época eu não podia pagar.

Então eu pedi: – Posso ver o que você tem, assim...

alguma coisa mais baratinha? E a moça me trouxe um pingente folheado a

ouro... bonito e barato. Eu gostei e levei. Quando chegamos ao aniversário, (eu e

meu filho) fomos cumprimentar minha amiga, que, ao abrir o presente, disse:

– Nossa, muito obrigada!!!!! Que coisa linda!!!!!

E meu filho, na sua inocência de criança bem pequena, sem saber bem o que significava a expressão ―baratinha‖ completou:

– E era a mais baratinha que tinha!!!. Disponível em: <http://recantodasletras.uol.com.br/infantil/610758>.

Acesso em: 22 mar. 2010.

O enredo desse texto se desenvolve a partir

A) da chegada ao aniversário. B) da inocência da criança. C) do convite para o aniversário. D) do presente comprado.

------------------------------------------------------------ (SARES P2010). Leia o texto abaixo.

AS ESTRELAS Numa das noites daquele mês de abril estava

Dona Benta na sua cadeira de balanço, lá na varanda, com olhos no céu cheio de estrelas. A criançada também se reunira ali.

Súbito, Narizinho, que estava em outro degrau da escada fazendo tricô, deu um berro.

-Vovó, Emília está botando a língua para mim! Mas Dona Benta não ouviu. Não tirava os

olhos das estrelas. Estranhando aquilo, os meninos foram se aproximando. E ficaram também a olhar para o céu, em procura do que estava prendendo a atenção da boa velha.

- Que é vovó, que a senhora está vendo lá em cima? Eu não estou enxergando nada. - disse Pedrinho. Dona Benta não pôde deixar de rir-se. Pôs nele os óculos e puxou-o para o seu colo e falou:

- Não está vendo nada, meu filho? Então olha para o céu estrelado e não vê nada?

- Só vejo estrelinhas. - murmurou o menino. - E acha pouco, meu filho?

Fonte: LOBATO, Monteiro. As estrelas. In: ______ . Viagem ao céu. 19. ed. São Paulo: Brasiliense, 1971. Fragmento.

A história contada se passa

(A) na varanda da casa de Dona Benta. (B) na imaginação de Emília. (C) na cozinha de Tia Anastácia. (D) no céu inventado de Pedrinho.

------------------------------------------------------------ (SADEAM). Leia o texto abaixo.

O LOBO DESATENTO

Certa noite, um lobo andava pela floresta em busca de comida. E já estava empenhado nessa tarefa havia um bom tempo, sem qualquer resultado prático, quando sentiu no aro cheiro de carneiros. ―Até que enfiml‖, foi o pensamento que lhe veio à cabeça de imediato, e então, imaginando o que de bom poderia encontrar mais adiante para aplacar a fome que sentia, ele caminhou rapidamente na direção que o seu faro indicava.

Logo ã frente, as árvores davam lugar a uma grande área coberta de relva, e era nesse pedaço de chão que os carneiros descansavam protegidos por um cão. O lobo não se preocupou com isso. O que fez foi sair andando passo a passo, o mais devagar que podia, procurando se aproximar do ponto que ficava mais distante do vigia, onde algumas das possíveis presas dormiam sossegadas.

E já estava quase lá, quando uma de suas patas traseiras descuidou-se um momento e pisou em um pedaço de tábua já meio apodrecido. Esta rangeu sob o peso do animal, e o barulho que fez soou tão alto em meio ao silêncio da noite que acordou o cão de guarda, fazendo-o sair na mesma hora em perseguição ao lobo desastrado. Que por sua vez, coitado, não teve outra coisa a fazer senão fugir em desabalada carreira, esfomeado e sem alimento.

Moral da história: Quem não presta atenção no que faz, algum dia vai acabar se metendo em apuros.

Disponível em: <http://WWW.fernandodannemann.recantodasletras.com.br>.

Acesso em: 5 abr. 2010.

Nesse texto, o que deu origem aos fatos narrados foi o

A) cão perseguir o lobo quando ele pisou na tábua.

B) cão vigiar os carneiros que dormiam sossegados.

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D10 - Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.

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C) lobo andar desatento à noite pela floresta. D) lobo sentir cheiro de carneiros na floresta.

------------------------------------------------------------ (Projeto con(seguir)-DC). Leia o texto abaixo.

O CABOCLO, O PADRE E O ESTUDANTE

Um estudante e um padre viajavam pelo interior, tendo como guia um caboclo. Deram a eles, numa casa, um pequeno queijo de cabra. Não sabendo como dividir, pois que o queijo era pequeno mesmo, o padre resolveu que todos dormissem e o queijo seria daquele que tivesse, durante a noite, o sonho mais bonito (pensando, claro, em engambelar os outros dois com seu oratório). Todos aceitaram e foram dormir. À noite, o caboclo acordou, foi ao queijo e comeu-o.

Pela manhã, os três sentaram à mesa para tomar café e cada qual teve que contra seu sonho. O padre disse que sonhou com a escada de Jacó e a descreveu lindamente. Porém lá, ele subia triunfalmente para o céu. O estudante então contou que sonhara já estar no céu esperando o padre que subia. O caboclo riu e contou:

— Sonhei que via seu padre subindo a escada e seu doutor lá no céu, rodeado de amigos. Eu fiquei na terra e gritei:

— Seu doutor, seu padre, o queijo! Vosmicês esqueceram o queijo! Então vosmicês responderam de longe, do céu:

— Come o queijo, caboclo! Come o queijo, caboclo! Nós estamos no céu, não queremos queijo.

— O sonho foi tão forte que eu pensei que era verdade, levantei enquanto vocês dormiam e comi o queijo…

http://victorian.fortunecity.com/postmodern/135/caboclo.htm

O texto que você acabou de ler é uma narrativa. A opção que apresenta o fato responsável por gerar a complicação da história.

(A) ―(…) o padre resolveu que todos dormissem (…)‖

(B) ―Todos aceitaram e foram dormir.‖

(C) ―(…) O caboclo acordou, foi ao queijo e comeu-o.‖

(D) ―(…) levantei enquanto vocês dormiam e comi o queijo…‖

------------------------------------------------------------ (SADEAM). Leia o texto abaixo.

O REFORMADOR DO MUNDO

Américo Pisca-Pisca tinha o hábito de pôr defeito em todas as coisas. O mundo para ele estava errado e a natureza só fazia asneiras.

– Asneiras, Américo?

– Pois então?!... Aqui mesmo, neste pomar, você tem a prova disso. Ali está uma jabuticabeira enorme sustendo frutas pequeninas, e lá adiante vejo colossal abóbora presa ao caule duma planta rasteira. Não era lógico que fosse justamente o contrário? Se as coisas tivessem de ser reorganizadas por mim, eu trocaria as bolas, passando as jabuticabas para a aboboreira e as abóboras para a jabuticabeira. Não tenho razão?

LOBATO, Monteiro. O reformador do mundo. In: Obra Infantil Completa. São Paulo: Brasiliense, s.d.

Quando falou sobre a reforma da natureza, Américo estava

A) num pomar. B) num rio. C) numa floresta. D) numa praça.

------------------------------------------------------------ (AvaliaBH). Leia o texto abaixo.

50 anos de cortesia Um casal tomava café no dia das suas

bodas de ouro. A mulher passou a manteiga na casca do pão e deu para o seu marido, ficando com o miolo.

Ela pensava: ―Sempre quis comer o que mais gosto do pão, que é o miolo, mas como amo demais o meu marido e ele gosta dele, durante estes 50 anos, sempre lhe dei o miolo. Mas hoje quero satisfazer o meu desejo‖.

Quando o marido recebeu a casca do pão com manteiga, o rosto dele se abriu num enorme sorriso, e lhe disse:

- Muito obrigado por este presente, meu amor. Durante 50 anos, sempre quis comer a casca do pão, mas como você gostava tanto dela, eu jamais ousei pedir !

Disponível em: <http://pessoal.educacional.com.br/up/4380001/881679/t1322.asp>.

Acesso em: 10 ago. 2011.

Qual foi o fato que fez com que essa história acontecesse?

A) a mulher querer comer o miolo do pão. B) a mulher dar ao marido a casca do pão. C) o marido agradecer o presente. D) o marido adorar casca de pão.

------------------------------------------------------------ (SAERS). Leia o texto abaixo.

O príncipe sapo Uma feiticeira muito má transformou um

belo príncipe num sapo, só o beijo de uma princesa desmancharia o feitiço.

Um dia, uma linda princesa chegou perto da lagoa em que o príncipe morava. Cheio de esperança de ficar livre do feitiço, ele lhe pediu um beijo. Como ela era muito boa, venceu o nojo

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D10 - Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.

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e, sem saber de nada, atendeu ao pedido do sapo: deu-lhe um beijo.

Imediatamente o sapo voltou a ser príncipe, casou-se com a princesa e foram felizes para sempre. SEIESZKA, Jon. O patinho realmente feio e outras histórias malucas.

São Paulo: Companhia das letrinhas, 1997, [s. p].

O que deu origem aos fatos narrados nesse texto?

A) O beijo da princesa. B) O feitiço da feiticeira. C) O nojo da princesa. D) O pedido do sapo.

------------------------------------------------------------ (SAERS). Leia o texto abaixo e responda.

OSÓRIO. Revista Imprensa, ago. 1997, p.40.

No trecho ―Tá bom, mamãe!‖, a expressão destacada revela que a linguagem de Gabi é

A) desrespeitosa. B) desafiadora. C) informal. D) regional.

------------------------------------------------------------

Leia o texto e responda.

Maurício de Souza. Turma da Mônica.

O problema da narrativa se resolve quando

A) o Cebolinha resolve fazer uma massagem. B) o Cebolinha sai da massagem cheio de dor. C) a Mônica dá ―aquele‖ abraço no Cebolinha. D) a Mônica fica sem entender o que aconteceu.

------------------------------------------------------------ (SAERJ). Leia o texto abaixo.

Irmão de enxurrada Fico lembrando dele esperneando no berço.

Ele era uma coisica ainda mais estranha do que é hoje. Não, muito mais estranha: hoje ele é gente, fala, acha coisas sobre mim, sobre os outros irmãos, sobre a dona da padaria. Antes ele era... um...um montinho que se mexia também estranhamente. Eu ficava horas olhando para ele.

[...] Teve um tempo em que ele engatinhava. Rodava pela casa toda, gugu pra cá, dadá pra lá, passando debaixo dos móveis, debaixo das pernas da gente – um saco!

[...] E um dia que ele engoliu a cabeça de um bonequinho do ―Forte Apache‖? Ou foi o rabinho de um cavalo? Não lembro exatamente o que foi que ele engoliu, mas lembro do problemão que foi. [...] Minha mãe veio correndo, porque eu gritei do meu quarto...

CISALPINO, Murilo. In: Ricardo Ramos. Irmão mais velho, irmão mais novo. São Paulo: Atual,1992. p. 64-71.

Nesse texto, o narrador é

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D10 - Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.

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A) a dona da padaria. B) a mãe do bebê. C) o irmão mais velho. D) o pequeno bebê.

------------------------------------------------------------ (SAERJ). Leia o texto abaixo.

Tormento não tem idade ─ Meu filho, aquele seu amigo, o Jorge,

telefonou. ─ O que é que ele queria? ─ Convidou você para dormir na casa dele,

amanhã. ─ E o que é que você disse? ─ Disse que não sabia, mas achava que

você iria aceitar o convite. ─ Fez mal, mamãe. Você sabe que odeio

dormir fora de casa. ─ Mas meu filho, o Jorge gosta tanto de

você... ─ Eu sei que ele gosta de mim. Mas eu não

sou obrigado a dormir na casa dele por causa disso, sou?

─ Claro que não. Mas... ─ Mas o que, mamãe? ─ Bem, quem decide é você. Mas, que seria

bom você dormir lá, seria. ─ Ah, é? E por quê? ─ Bem, em primeiro lugar, o Jorge tem um

quarto novo de hóspedes e queria estrear com você. Ele disse que é um quarto muito lindo. Tem até a TV a cabo.

─ Eu não gosto de tevê. [...] ─ Eu faço a maleta para você, meu filho. Eu

arrumo suas coisas direitinho. Você vai ver. ─ Não, mamãe. Não insista, por favor. Você

está me atormentando com isso. Bem, deixe eu lhe lembrar uma coisa, para terminar com essa discussão: amanhã eu não vou a lugar nenhum. Sabe por que, mamãe? Amanhã é meu aniversário. Você esqueceu?

─ Esqueci mesmo. Desculpe, filho. ─ Pois é. Amanhã estou fazendo 50 anos. E

acho que quem faz 50 anos tem o direito de passar a noite com sua mãe, não é verdade?

SCLIAR, Moacyr. Folha de São Paulo, 3 set. 2001, p. C2.

O trecho dessa narrativa que explica o que resolveu o problema é

A) ―─ Ah, é? E por quê?‖. B) ―─ Eu não gosto de tevê.‖. C) ―─ Amanhã é meu aniversário.‖. D) ―─ Esqueci mesmo. Desculpe, filho.‖.

------------------------------------------------------------ (PROEB). Leia o texto abaixo e responda.

Os Viajantes e a Bolsa de Moedas Dois homens viajavam juntos ao longo de

uma estrada, quando um deles encontrou uma bolsa cheia de alguma coisa. E ele disse: ―Veja que sorte a minha, encontrei uma bolsa, e a julgar pelo peso, deve estar cheia de moedas de ouro.‖

E lhe diz o companheiro: ―Não diga encontrei uma bolsa; mas, nós encontramos uma bolsa, e quanta sorte temos. Amigos de viagem devem compartilhar as tristezas e alegrias da estrada.‖

O ―sortudo‖, claro, se nega a dividir o achado. Então escutam gritos de: ―Pega ladrão!‖, vindo de um grupo de homens armados com porretes, que se dirigem, estrada abaixo, na direção deles. O viajante ―sortudo‖, logo entra em pânico, e diz. ―Estamos perdidos se encontrarem essa bolsa conosco.‖

Replica o outro: ―Você não disse ‗nós‘ antes. Assim, agora fique com o que é seu e diga, ‗Eu estou perdido‘.‖ Moral da História: Não devemos exigir que alguém compartilhe conosco as desventuras, quando não lhes compartilhamos também as nossas alegrias.

Esopo. Disponível em: <http://sitededicas.uol.com.br> Acesso em: 02 fev. 2010.

O fato que deu origem a essa história foi A) o amigo ter abandonado o outro

companheiro. B) o viajante ser perseguido por homens

armados. C) os amigos ficarem perdidos em uma estrada. D) os viajantes encontrarem uma bolsa com

moedas.

------------------------------------------------------------ (PAEBES). Leia o texto abaixo e responda.

O gambá

No silêncio circular da praça, a esquina iluminada. O patrão aguardava a hora de apagar as luzes do café. O garçom começou a descer as portas de aço e olhou o relógio: meia-noite e quarenta e cinco. O moço da farmácia chegou para o último cafezinho. Até ser enxotados, uns poucos fregueses de sempre insistiam em prolongar a noite. Mas o bate-papo estava encerrado.

Foi quando o chofer de táxi sustou o gesto de acender o cigarro e deu o alarme: um gambá! Correram todos para ver e, mais que ver, para crer. Era a festa, a insólita festa que a noite já não prometia. Ali, na praça, quase diante do edifício de dez andares, um gambá.

Vivinho da silva, com sua anacrônica e desarmada arquitetura.

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D10 - Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.

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No meio da rua – como é que veio parar ali? Um frêmito de batalha animou os presentes.

Todos, pressurosos, foram espiar o recém-chegado. Só o Corcundinha permaneceu imóvel diante da mesa de mármore. O corpo enterrado na cadeira, as grossas botinas mal dispensavam as muletas. O intruso não lhe dizia respeito. Podia sorver devagarinho o seu conhaque.

Encolhido de medo e susto, o gambá não queria desafiar ninguém. Mas seus súbitos inimigos a distância mantinham uma divertida atitude de caça. Ninguém sabia por onde começar a bem-vinda peleja. Era preciso não desperdiçar a dádiva que tinha vindo alvoroçar a noite de cada um dos circunstantes.

REZENDE, Oto Lara. O gambá. In: O elo perdido & outras histórias. 5 ed. São Paulo: Ática, 1998. p.12. Fragmento. *Adaptado: Reforma

Ortográfica.

Nesse texto, qual é o fato que motiva a narrativa?

A) O fechamento do café. B) A aparição do gambá. C) A perseguição ao recém-chegado. D) O descaso do Corcundinha.

------------------------------------------------------------ (PAEBES). Leia o texto abaixo.

Infância Meu pai montava a cavalo, ia para o campo. Minha mãe ficava sentada cosendo. Meu irmão pequeno dormia. Eu sozinho menino entre mangueiras lia a história de Robinson Crusoé, comprida história que não acaba mais. No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu a ninar nos longes da senzala – e nunca se esqueceu chamava para o café. Café preto que nem a preta velha café gostoso café bom. Minha mãe ficava sentada cosendo olhando para mim: – Psiu... Não acorde o menino. Para o berço onde pousou um mosquito. E dava um suspiro... que fundo! Lá longe, meu pai campeava no mato sem fim da fazenda. E eu não sabia que minha história era mais bonita que a de Robinson Crusoé.

ANdRAdE, Carlos drummond de. disponível em:

<http://www.memoriaviva.com.br/drummond/poema002.htm> Acesso em: 19 jul. 2008.

Nesse poema, a terceira estrofe evidencia o

A) espaço da narrativa.

B) narrador em 1ª pessoa. C) narrador em 3ª pessoa. D) tempo da narrativa.

------------------------------------------------------------ (PAEBES). Leia o texto abaixo.

SOUZA, Maurício de. Revista Magali, n.403. p.86, 2006.

O fato que deu origem a essa história foi A) a curiosidade da mãe sobre o lugar onde

estão os biscoitos. B) a vontade da menina de comer biscoitos que

estão em lugar alto. C) o desejo da mãe de que a menina cresça

rápido. D) o lugar impróprio onde ficam os armários da

casa.

------------------------------------------------------------ (PAEBES). Leia o texto abaixo.

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D10 - Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.

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BROWNE, Dik. O melhor de Hagar o horrível. Porto Alegre: L&PM,

2008, p. 36-37.

Nesse texto, o clímax do enredo ocorre no trecho:

A) ―AHÃ...‖. (primeiro quadrinho) B) ―...não vou mais fazer nenhum trilho...‖.

(segundo quadrinho) C) ―HAGAR!‖. (sétimo quadrinho) D) ―Eu tô ouvindo!‖. (oitavo quadrinho)

------------------------------------------------------------ (PAEBES). Leia o texto abaixo.

MINUTAS Um homem chega num balcão e tenta chamar

a atenção da balconista para atendê-lo. – Senhorita... – Um minutinho. O homem vira-se para outro ao seu lado e diz: – Ih, já vi tudo. – O que foi? – Ela disse ―um minutinho‖. Quer dizer que vai

demorar. No Brasil, um minuto dura sessenta segundos, como em qualquer outro lugar, mas ―um minutinho‖ pode durar uma hora.

O homem tenta de novo: – Senhorita... – Só um instantinho. – Ai... – O que foi? – Ela disse ―um instantinho‖. Um ―instantinho‖

demora mais que um minutinho. Parece que um minutinho é feito de vários

instantinhos, mas é o contrário. Um ―instantinho‖ contém vários ―minutinhos‖. Senhorita!

– Só dois segundinhos! O homem começa a se retirar. – Aonde é que o senhor vai? – Ela disse ―dois segundinhos‖. Isso quer dizer

que só vai me atender amanhã. VERÍSSIMO, Luís Fernando.

O fato que gerou o conflito foi A) a impaciência da balconista. B) a insistência do comprador. C) a rapidez da balconista. D) as respostas da balconista.

------------------------------------------------------------ (PAEBES). Leia o texto abaixo e responda.

FUGA

Mal o pai colocou o papel na máquina, o menino começou a empurrar uma cadeira pela sala, fazendo um barulho infernal.

– Para com esse barulho, meu filho – falou, sem se voltar.

Com três anos já sabia reagir como homem ao impacto das grandes injustiças paternas; não estava fazendo barulho, estava só empurrando uma cadeira.

– Pois então para de empurrar a cadeira. – Eu vou embora – foi a resposta. Distraído, o pai não reparou que ele juntava

ação às palavras, no ato de juntar do chão suas coisinhas, enrolando-as num pedaço de pano. Era a sua bagagem: um caminhão de plástico com apenas três rodas, um resto de biscoito, uma chave (onde diabo meteram a chave da despensa? – a mãe mais tarde irá dizer), metade de uma tesourinha enferrujada, sua única arma para a grande aventura, um botão amarrado num barbante.

A calma que baixou na sala era vagamente inquietante. De repente, o pai olhou ao redor e não viu o menino. Deu com a porta da rua aberta, correu até o portão.

– Viu um menino saindo desta casa? Gritou para o operário que descansava diante da obra do outro lado da rua, sentado no meio-fio.

– Saiu agora mesmo com uma trouxinha – informou ele. [...]

Trouxe-o para casa e o largou novamente na sala – tendo antes o cuidado de fechar a porta da rua e retirar a chave, como ele fizera com a despensa.

– Fique aí quietinho, está ouvindo? Papai está trabalhando.

– Fico, mas vou empurrar esta cadeira. E o barulho recomeçou.

SABINO, Fernando. Fuga. In: Para gostar de ler. V. 2 Crônicas. São Paulo: Ática, 1995. p. 18-19.

O conflito gerador desse texto tem início, quando o menino

A) arruma uma trouxinha de coisas. B) começa a empurrar a cadeira. C) continua a empurrar a cadeira. D) cumpre a ameaça de ir embora.

------------------------------------------------------------ Leia o texto abaixo.

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D10 - Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.

10

Disponível em: <www.monica.com.br/comics/tirinhas>. Acesso em:

20 abr. 2010.

O conflito que dá origem a esse texto é A) a aparição da estrela. B) a solidão da personagem. C) o comportamento sensível da personagem. D) o desejo da personagem de enfrentar desafios.

------------------------------------------------------------ Leia o texto abaixo e responda.

SOUZA, Maurício de. Mônica. Gibi, nº 10.

Maurício de Sousa, p. 82, 2007.

O fato gerador dessa história foi

A) a vontade de Mônica brincar com Magali. B) a necessidade de Magali usar o presente. C) a dificuldade de comunicação entre as

meninas da história. D) a dúvida sobre a brincadeira que as meninas

iriam escolher.

------------------------------------------------------------ ((CON)SEGUIR – RJ/2011). LEIA O TEXTO

O LAZER DA FORMIGA

A formiga entrou no cinema porque achou a porta aberta e ninguém lhe pediu bilhete de entrada. Até aí, nada demais, porque não é costume exibir bilhete de entrada a formigas.

Elas gozam de certos privilégios, sem abusar deles.

O filme estava no meio. A formiga pensou em solicitar ao gerente que fosse interrompida a projeção para recomeçar do princípio, já que ela não estava entendendo nada; o filme era triste, e os anúncios falavam de comédia. Desistiu da idéia; talvez o cômico estivesse nisso mesmo.

A jovem sentada à sua esquerda fazia ruído ao comer pipoca, mas era uma boa alma e ofereceu pipoca à formiga. — Obrigada, respondeu esta, estou de luto recente. — Compreendo, disse a moça, ultimamente há muitas razões para não comer pipoca.

A formiga não estava disposta a conversar, e mudou de poltrona. Antes não o fizesse.

Ficou ao lado de um senhor que coleciona formigas, e que sentiu, pelo cheiro, a raridade de sua espécie. Você será a 70001 de minha coleção, disse ele, esfregando as mãos de contente.

E abrindo uma caixinha de rapé, colocou dentro a formiga, fechou a caixinha e saiu do cinema.

Carlos Drummond de Andrade. Contos plausíveis. Fonte: Projeto (Con)seguir – Duque de Caxias – RJ

Marque a opção cujo conteúdo expresse o fato representante da complicação da narrativa:

(A) ―A formiga entrou no cinema porque achou a porta aberta (...)‖

(B) ―A formiga pensou em solicitar ao gerente que fosse interrompida a projeção.‖

(C) ―A formiga não estava disposta a conversar, e mudou de poltrona.‖

(D) ―Ficou ao lado de um senhor que coleciona formigas, (...)‖

------------------------------------------------------------

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D11 - Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.

1

(Prova Brasil). Leia o texto abaixo: Leia o texto abaixo:

A função da arte

Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar.

Viajaram para o Sul. Ele, o mar, estava do outro lado das dunas

altas, esperando. Quando o menino e o pai enfim alcançaram

aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.

E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:

– Me ajuda a olhar!

GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Trad. Eric Nepomuceno 5ª ed. Porto Alegre: Editora L & PM, 1997.

O menino ficou tremendo, gaguejando porque

(A) a viagem foi longa. (B) as dunas eram muito altas. (C) o mar era imenso e belo. (D) o pai não o ajudou a ver o mar.

------------------------------------------------------------ Leia o texto para responder a questão abaixo:

Canção do exílio

Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá, As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu’inda aviste as palmeiras;

Onde canta o Sabiá. Gonçalves Dias

Na poesia, o poeta pretende (A) não retornar mais à sua pátria apesar de

suas belezas. (B) enaltecer sua pátria, considerando-a

superior à terra do exílio. (C) demonstrar as belezas naturais de sua

pátria. (D) recordar os bosques, as várzeas, as

palmeiras e o canto do Sabiá.

------------------------------------------------------------ Leia o texto para responder a questão abaixo:

Admirável Chip Novo Pitty

Pane no sistema alguém me desconfigurou onde estão meus olhos de robô? Eu não sabia, eu não tinha percebido Eu sempre achei que era vivo Parafuso e fluído em lugar de articulação Até achava que aqui batia um coração Nada é orgânico é tudo programado E eu achando que tinha me libertado Mas lá vêm eles novamente, eu sei o que vão fazer: Reinstalar o sistema Pense, fale, compre, beba Leia,vote, não se esqueça Use, seja, ouça, diga Tenha, more, gaste, viva Pense, fale, compre, beba Leia,vote, não se esqueça Use, seja, ouça, diga Não senhor, Sim senhor, Não senhor, Sim senhor [...]

Fonte: http://letras.terra.com.br/pitty/ A forma como os verbos são utilizados nas segunda e terceira estrofes da letra da música reforça a ideia de

(A) ordem, pois o eu da música é governado por um sistema.

(B) alegria, pois o eu do texto concorda com o sistema.

(C) desejo, pois o eu da música era livre. (D) revolta, pois o eu do texto critica o sistema.

------------------------------------------------------------ Leia o texto para responder a questão abaixo:

Quintais Adriana Lisboa

Na casa do meu avô, havia quatro quintais.

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D11 - Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.

2

No principal, o portão se abria para a rua, e ali ficava a casa propriamente dita, e por cima do muro baixo a gente via as cabeças das pessoas que passavam pela rua, sempre tão devagar. Às vezes vinha dar na varanda o cheiro do rio, um cheiro de pano e de barro. Na garagem descoberta, sobre os cascalhos, dormia a Variant marrom do meu avô.

À esquerda, separado por um muro com uma passagem, ficava o universo dos abacateiros e o quartinho que o meu avô chamava de Petit Trianon. Nós apanhávamos abacates para fazer boizinhos com palitos de fósforo. O Petit Trianon eu não me lembro para que servia, ficava quase sempre fechado. Mas eu tinha pesadelos com ele.

À esquerda, separado por outro muro com outra passagem, ficava um universo híbrido em que cabiam orquídeas numa estufa, galinhas, goiabeiras [...]

À direita do quintal principal, ficava o último, e quase proibido. Havia o muro, mas na passagem tinha um portãozinho baixo de madeira, que às vezes a gente pulava por prazer. [...]

Fonte: http://www.releituras.com/adrilisboa_quintais.asp

No trecho do terceiro parágrafo ―Mas eu tinha pesadelos com ele.‖, a palavra grifada se refere ao

(A) muro com uma passagem. (B) avô. (C) quartinho. (D) cheiro de chuva.

------------------------------------------------------------ Leia o texto para responder a questão abaixo:

Tatuagem

Enfermeira inglesa de 78 anos manda tatuar mensagem no peito pedindo para não proceder a manobras de ressuscitação em caso de parada

cardíaca. (Mundo Online, 4, fev., 2003)

Ela não era enfermeira (era secretária), não

era inglesa (era brasileira) e não tinha 78 anos, mas sim 42; bela mulher, muito conservada. Mesmo assim, decidiu fazer a mesma coisa. Foi procurar um tatuador, com o recorte da notícia. O homem não comentou: perguntou apenas o que era para ser tatuado.

– É bom você anotar – disse ela – porque não será uma mensagem tão curta como essa da inglesa.

Ele apanhou um caderno e um lápis e dispôs-se a anotar.

– ―Em caso de que eu tenha uma parada cardíaca‖ – ditou ela –, ―favor não proceder à ressuscitação‖. Uma pausa, e ela continuou:

– ―E não procedam à ressuscitação, porque não vale a pena. A vida é cruel, o mundo está cheio de ingratos.‖

Ele continuou escrevendo, sem dizer nada. Era pago para tatuar, e quanto mais tatuasse, mais ganharia.

Ela continuou falando.(...). Àquela altura o tatuador, homem vivido, já tinha adivinhado como terminaria a história (...). E antes que ela contasse a sua tragédia resolveu interrompê-la.

– Desculpe, disse, mas para eu tatuar tudo o que a senhora me contou, eu precisaria de mais três ou quatro mulheres.

Ela começou a chorar. Ele consolou-a como pôde. Depois, convidou-a para tomar alguma coisa num bar ali perto.

Estão vivendo juntos há algum tempo. E se dão bem. (...). Ele fez uma tatuagem especialmente para ela, no seu próprio peito. Nada de muito artístico (...). Mas cada vez que ela vê essa tatuagem, ela se sente reconfortada. Como se tivesse sido ressuscitada, e como se tivesse vivendo uma nova, e muito melhor, existência.

(Moacyr Scliar, Folha de S. Paulo, 10/03/2003.)

O trecho do texto que retrata a consequência após o encontro da secretária com o tatuador é

(A) ―Foi procurar um tatuador, com o recorte da notícia‖.

(B) ―Ele apanhou um caderno e um lápis e dispôs-se a anotar‖.

(C) ―E antes que ela contasse a sua tragédia resolveu interrompê-la‖.

(D)‖ Estão vivendo juntos há algum tempo. E se dão bem‖.

------------------------------------------------------------ Leia o texto para responder a questão abaixo:

É preciso se levantar cedo?

A partir do momento em que a lógica popular desenrola diante de nós sua sequência de surpresas, é inevitável que vejamos surgir a figura do grande contador de histórias turco, Nasreddin Hodja. Ele é o mestre nessa matéria. Aos seus olhos a vida é um despropósito coerente, ao qual é fundamental que nós nos acomodemos.

Deste modo, quando era jovem ainda, seu pai um dia lhe disse:

– Você devia se levantar cedo, meu filho. – E por quê, pai?

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D11 - Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.

3

– Porque é um hábito muito bom. Um dia eu me levantei ao amanhecer e encontrei um saco de ouro no meu caminho.

– Alguém o tinha perdido na véspera, à noite?

– Não, não – disse o pai. – Ele não estava lá na noite anterior. Senão eu teria percebido ao voltar para casa.

– Então – disse Nasreddin –, o homem que perdeu o ouro tinha se levantando ainda mais cedo. Você está vendo que esse negócio de levantar cedo não é bom para todo mundo. (CARRIÈRE, Jean-Claude. O círculo dos mentirosos: contos

filosóficos do mundo inteiro. São Paulo: Códex, 2004.)

O diálogo entre pai e filho permite entender que

(A) pai e filho não se dão bem. (B) pai e filho têm os mesmos hábitos. (C) pai e filho encontraram um saco de ouro. (D) pai e filho pensam de forma diferente.

------------------------------------------------------------ Leia o texto para responder a questão a seguir:

O NAMORO NA ADOLESCÊNCIA

Um namoro, para acontecer de forma positiva, precisa de vários ingredientes: a começar pela família, que não seja muito rígida e atrasada nos seus valores, seja conversável e, ao mesmo tempo, tenha limites muito claros de comportamento. O adolescente precisa disto, para se sentir seguro. O outro aspecto tem a ver com o próprio adolescente e suas condições internas que determinarão suas necessidades e a própria escolha. São fatores inconscientes, que fazem que a Mariazinha se encante com o jeito tímido do João e não dê pelota para o herói da turma, o Mário. Aspectos situacionais, como a relação harmoniosa ou não entre os pais do adolescente, também influenciarão no seu namoro. Um relacionamento onde um dos parceiros vem de um lar em crise é, de saída, dose de leão para o outro, que passa a ser utilizado como anteparo de todas as dores e frustrações. Geralmente, esta carga é demais para o outro parceiro, que também enfrenta suas crises pelas próprias condições de adolescente. Entrar em contato com outra pessoa, senti-la, ouvi-la, depender dela afetivamente e, ao mesmo tempo, não massacrá-la de exigências, e não ter medo de se entregar, é tarefa difícil em qualquer idade. Mas é assim que começa este aprendizado de relacionar-se afetivamente e que vai durar a vida toda.

(Marta Suplicy) Vocabulário:

anteparo – s.m. Objeto que serve para proteger, resguardar. De acordo com o texto, a frase: ―Mas é assim que começa este aprendizado de relacionar-se afetivamente e que vai durar a vida toda.‖ refere-se à seguinte fase do aprendizado:

(A) as fases do namoro: começo, meio e fim. (B) a forma positiva de como o namoro deve

acontecer. (C) ao namoro que inicia na adolescência. (D) aos ingredientes necessários ao namoro.

------------------------------------------------------------ Leia o texto para responder a questão a seguir:

A exploração da madeira na Amazônia

Cerca de 600 mil pessoas vivem da madeira na região Norte, destruindo anualmente milhares de quilômetros quadrados de florestas, ao que se soma a destruição na região Centro-Oeste e o pouco que resta da mata Atlântica. Em 1999, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ocorreram, entre julho e dezembro, mais de 1000 focos de incêndio por dia na Amazônia, dois terços deles em Mato Grosso, no Pará e em Rondônia. A isto se soma o envenenamento dos rios provocado pelas descargas de mercúrio dos garimpos. Os números da destruição de nossas florestas têm crescido a cada ano e algumas áreas do país já sofreram o fenômeno da desertificação.

(Português: linguagens, 7ª série/William Roberto Cereja, Thereza Analia Cochar Magalhães. – São Paulo: Atual,

1998.)

Sabemos que fatos como este continuam acontecendo e que cada vez mais nosso planeta está sendo ameaçado. A consequência que o fenômeno da desertificação acarretará às gerações futuras e ao nosso planeta é

(A) o aumento gradual de focos de incêndio por dia na Amazônia.

(B) a destruição anual de milhares de quilômetros quadrados de florestas.

(C) o aumento da produção de madeira legal na região Norte do país.

(D) a destruição dos garimpos em Mato Grosso, Pará e em Rondônia.

------------------------------------------------------------ Leia o texto para responder a questão a seguir:

O Xá do Blá-blá-blá

Era uma vez, no país de Alefbey, uma triste cidade, a mais triste das cidades, uma cidade tão

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D11 - Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.

4

arrasadoramente triste que tinha esquecido até seu próprio nome. Ficava à margem de um mar sombrio, cheio de peixosos – peixes queixosos e pesarosos, tão horríveis de se comer que faziam as pessoas arrotarem de pura melancolia, mesmo quando o céu estava azul.

Ao norte dessa cidade triste havia poderosas fábricas nas quais a tristeza (assim me disseram) era literalmente fabricada, e depois embalada e enviada para o mundo inteiro, que parecia sempre querer mais. Das chaminés das fábricas de tristeza saía aos borbotões uma fumaça negra, que pairava sobre a cidade como uma má notícia. RUSHDIE, Salman. Haroun e o Mar de Histórias. São Paulo:

Companhia das Letras, 2010.

O trecho do texto que indica uma consequência é

(A) ―uma triste cidade, a mais triste das cidades‖.

(B) ―Ficava à margem de um mar sombrio, cheio de peixosos ―.

(C) ―que faziam as pessoas arrotarem de pura melancolia‖.

(D) ‖Ao norte dessa cidade triste havia poderosas fábricas‖.

------------------------------------------------------------ Leia a tirinha da Turma da Mônica e responda. (concurso público – PMPG-PR). Turma da Mônica – Maurício de Souza

(Estado de S.Paulo, 15.06.2007)

O texto de Maurício de Sousa é surpreendente porque

(A) o autor introduz, no segundo quadrinho, personagens diferentes daqueles do primeiro quadrinho.

(B) Mônica, a brava, está acariciando o amigo Cascão.

(C) Cebolinha estava tão distante da cena que tinha visto, apenas, vultos.

(D) o leitor parece testemunhar, com Cebolinha, o assassinato de Cascão.

------------------------------------------------------------ (SAERO). Leia o texto abaixo e responda

Estimulantes, o alívio imediato Às vezes, o cansaço é tão grande que a

vontade que dá é a de tirar um cochilo ali mesmo: na mesa do escritório, bem na frente do computador. Se os alimentos energéticos reduzem o cansaço físico, os estimulantes combatem a fadiga mental. Os principais representantes do gênero são o chá e o café. ―Uma xícara de chá ou de café logo após a refeição não só melhora a digestão, como também proporciona um pique extra para enfrentar o período da tarde‖, garante Tamara Mazaracki. Tanto o chá como o café são ricos em cafeína, um estimulante que reduz a fadiga e melhora a concentração. Mas, para algumas pessoas, três ou quatro xícaras de café por dia já são suficientes para causar efeitos prejudiciais ao organismo, como ansiedade e irritação. Na dúvida, vale a pena conferir: uma xícara de chá contém de 50 a 80 mg de cafeína, enquanto uma lata de refrigerante, de 40 a 75 mg. Uma xícara de café forte pode chegar a 200 mg da substância. Ao chá e café, a nutricionista Gisele Lemos acrescentaria o bom e velho chocolate. ―Os alimentos estimulantes são considerados infalíveis, porque proporcionam um revigoramento mental, quase instantâneo‖, justifica. Já a nutricionista Letícia Pacheco recomenda o ainda pouco conhecido suco de clorofila. Vale lembrar que qualquer vegetal verde tem clorofila em sua composição. Por isso mesmo, a lista de opções é grande e inclui folhas de couve, talos de brócolis e hortelã. Você pode misturá-las com frutas, como limão, abacaxi ou laranja.

Viva Saúde. n 76. Escala. p. 17.

De acordo com esse texto, o suco de clorofila é recomendado, porque

A) reduz a fadiga mental das pessoas. B) possui várias opções de preparos. C) é composto de vegetais verdes. D) é pouco conhecido pelas pessoas.

------------------------------------------------------------ (Projeto con(seguir)-DC). Leia o texto abaixo.

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D11 - Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.

5

Marcelo vivia fazendo perguntas a todo mundo: — Papai, por que é que a chuva cai? — Mamãe, por que é que o mar não derrama? — Vovó, por que é que o cachorro tem quatro pernas? As pessoas grandes às vezes respondiam. Às vezes, não sabiam como responder.

(Fonte: Ruth Rocha. Marcelo, marmelo, martelo e outras histórias)

A respeito do texto acima, é possível afirmar que

(A) Marcelo não tinha muitas dúvidas.

(B) Marcelo só fazia perguntas a seus pais, visto que confiava nas pessoas grandes.

(C) as pessoas grandes sempre respondiam a Marcelo, pois sabiam todas as respostas.

(D) a expressão ―é que‖ poderia ser retirada, sem alteração do sentido, em suas três ocorrências.

------------------------------------------------------------ (SADEAM). Leia o texto abaixo.

A ONÇA DOENTE A onça caiu da árvore e por muitos dias esteve

de cama seriamente enferma. E como não pudesse caçar, padecia de fome das negras.

Em tais apuros imaginou um plano. – Comadre irara – disse ela – corra o mundo e

diga à bicharia que estou à morte e exijo que venham visitar-me.

A irara partiu, deu o recado e os animais, um a um, principiaram a visitar a onça.

Vem o veado, vem a capivara, vem a cutia, vem o porco-do-mato.

Veio também o jabuti. Mas o finório jabuti, antes de penetrar na toca,

teve a lembrança de olhar para o chão. Viu na poeira só rastos entrantes, não viu

nenhum rasto sainte. E desconfiou: – Hum!... Parece que nesta casa quem entra

não sai. O melhor, em vez de visitar a nossa querida onça doente, é ir rezar por ela...

E foi o único que se salvou. LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo: ed. Brasiliense, 1998.

Da leitura do texto, pode-se entender que a onça encontrava-se doente porque

A) havia caído da árvore. B) estava com muita fome.

C) não podia caçar. D) estava em apuros.

------------------------------------------------------------ (AvaliaBH). Leia o texto abaixo.

Monumentos recentes Os homens passam, as ideias ficam. Para

não deixar os homens passarem, a sociedade faz deles monumentos. São transformados em estátua, em placa e em nome de rua, os homens considerados importantes em seu tempo. O monumento é uma escolha da época.

Muitas vezes, a sociedade escolhe os homens por causa das ideias, que, antes dos autores, já eram considerados grandes.

A partir de 2003 foram erguidas em Belo Horizonte algumas estátuas que, por uma curiosa característica, chamam a atenção do povo: são do tamanho de pessoas vivas em situações absolutamente comuns. Uma passeia numa praça; outra descansa em um banco; duas outras conversam. Os novos habitantes de bronze das ruas olham os cidadãos nos olhos, de perto, sem barreiras físicas como pedestais ou cercas.

Folder. Monumentos em Belo Horizonte. Museu histórico Abílio Barreto. Fragmento.

De acordo com esse texto, as novas estátuas de Belo Horizonte chamam atenção do povo porque

A) foram consideradas homens importantes em seu tempo.

B) foram erguidas em Belo Horizonte só a partir de 2003.

C) são do tamanho de pessoas vivas em situações comuns.

D) são monumentos recentes escolhidos pela sociedade.

------------------------------------------------------------ (AvaliaBH). Leia o texto abaixo.

Aulas com pipas! Sabia que é possível aprender muita coisa

enquanto você se diverte com esse brinquedo?

Papagaio, pandorga, arraia, cafifa ou, simplesmente, pipa. Não importa o nome que receba esse brinquedo, feito com varetas de madeira leve, papel fino e linha: qualquer pessoa tem tudo para se encantar com ele! Pudera: colocar uma pipa para bailar no ar é a maior diversão! E sabia que, na sala de aula, a pipa tem muito a ensinar?

Nas aulas de português, as pipas inspiravam poesias e redações e a professora de história aproveitava para, obviamente, falar um pouco sobre a história das pipas. Quer saber o resultado de tanta integração? Excelentes notas

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D11 - Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.

6

no final do ano e um grande festival de pipas para comemorar!

Ah! E se você há muito tempo gosta de soltar papagaios por aí, responda depressa: está tomando os cuidados necessários para não sofrer um acidente?

Então, anote algumas dicas: nunca use cerol – uma mistura de cola e vidro moído, extremamente cortante e perigosa – e procure soltar suas pipas em lugares apropriados, longe de fios elétricos.

Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/2194.>

Acesso em 22/11/04. Adaptado.

Ao terminar o ano, a consequência de tanto entusiasmo pelo brinquedo foi

A) a melhoria da disciplina na escola. B) a pesquisa de outros nomes para pipa. C) o crescimento das notas dos estudantes. D) o aumento de cuidados com as pipas.

------------------------------------------------------------ (AvaliaBH). Leia o texto abaixo.

O galo e a raposa O galo e as galinhas viram de longe uma

raposa que chegava. Empoleiraram-se na árvore mais próxima

para escapar da inimiga. Usando de esperteza, a raposa chegou

perto da árvore e dirigiu-se a eles: – Ora, meus amigos, podem descer daí.

Não sabem que foi decretada a paz entre os animais? Desçam e vamos festejar este dia tão feliz!

Mas o galo, que também não era tolo, respondeu:

– Que boas notícias! Mas estou vendo daqui de cima alguns cães que estão chegando. Decerto eles também vão querer festejar...

A raposa mais que depressa foi saindo: – Olha, é melhor que eu vá andando... Os

cães podem não saber da novidade e me matar... ROCHA, Ruth. Fábulas de Esopo. São Paulo: FTD, 1999, p. 7.

O galo e as galinhas subiram na árvore porque

A) gostam de ficar empoleirados. B) queriam escapar da raposa. C) seus amigos estavam lá em cima. D) um cachorro vinha na direção deles.

------------------------------------------------------------ (AvaliaBH). Leia o texto abaixo.

Jornal DN, 9 ago. 2008

A fala do personagem no segundo quadrinho indica que ele quer

A) ficar meditando sobre seu trabalho. B) ganhar tempo até começar a trabalhar. C) saborear o almoço que lhe foi servido. D) trabalhar depois do almoço.

------------------------------------------------------------ (SAERS). Leia o texto abaixo.

Passeio pelo campo Começaram as férias. Valentina se prepara

para passar uns dias na casa de seus avós. Por isso, está um pouco inquieta, afinal, viajará sozinha, experiência que realiza pela primeira vez.

Os pais a acompanham até a rodoviária, de onde se despedem com beijos, abraços e muitas recomendações:

– Comporte-se bem! Avise assim que chegar... Ajude seus avós nas tarefas de casa!

O ônibus parte rapidamente. Valentina, emocionada, olha pela janela e acena para seus pais, que respondem da plataforma da estação.

Fica olhando... cada vez os vê menores, como pontinhos agitando as mãos, em alegre despedida.

À medida que se distancia, ficam para trás a cidade, seus altos edifícios e grandes casas, as enormes chaminés das fábricas, suas amplas avenidas e uma multidão de pessoas, que se dirigem a todas as partes.

REPETTO, Juan Carlos Porta. Passeio pelo campo. Curitiba: Módulo. p. 2, 3 e 4. Fragmento.

Nesse texto, a menina vê os pais cada vez menores porque

A) ela fechava os olhos com sono.

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D11 - Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.

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B) ela se afastava da estação. C) os altos edifícios ficaram na frente dos seus

pais. D) os pais estavam sentados no banco da

estação.

------------------------------------------------------------ (SAERS). Leia o texto abaixo.

Essas meninas As alegres meninas que passam na rua,

com suas pastas escolares, às vezes com seus namorados. As alegres meninas que estão sempre rindo, comentando o besouro que entrou na classe e pousou no vestido da professora; essas meninas; essas coisas sem importância.

O uniforme as despersonaliza, mas o riso de cada uma as diferencia.

Riem alto, riem musical, riem desafinado, riem sem motivo; riem.

Hoje de manhã estavam sérias, era como se nunca mais voltassem a rir e falar coisas sem importância. Faltava uma delas. O jornal dera notícia do crime. O corpo da menina encontrado naquelas condições, em lugar ermo. A selvageria de um tempo que não deixa mais rir.

As alegres meninas, agora sérias, tornaram-se adultas de uma hora para outra; essas mulheres. ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro:

Record, 1998, p. 72.

Qual é a relação de causa e conseqüência destacada nesse conto?

A) O tempo gera o envelhecimento das meninas.

B) O uniforme gera a despersonalização das meninas.

C) O riso provoca a diferenciação das meninas. D) O crime provoca o amadurecimento das

meninas.

------------------------------------------------------------ (SAEMS). Leia o texto abaixo e responda.

A vida pelo telefone Durante meses, eu e meu amigo nos

falamos por telefone. Sempre reclamávamos da escassez de encontros pessoais.

– Precisamos nos ver! – ele dizia. – Vou arrumar um tempinho, eu prometia. Posso ser antiquado, mas acredito que nada

substitui o olho no olho. A expressão, o jeito de falar, a gargalhada espontânea, tudo isso dá nova dimensão ao relacionamento. Cumpri minha promessa e fui a seu apartamento. Nos primeiros dez minutos, falamos da vida como não fazíamos havia bastante tempo. Em seguida, tocou o telefone.

– Um momento.

Iniciou-se uma longa discussão sobre quem compraria ingressos para um espetáculo. Já estava desligando, quando se ouviu o celular. [...] Falou rapidamente com a primeira pessoa, desligou e voltou ao celular. Foi a vez do bip, que tocou insistentemente. Pediu desculpas, foi ver a mensagem. Recado urgente para chamar determinada pessoa. Novamente, trocou mais algumas frases ao celular. Desligou. Pediu-me novas desculpas. Ligou para quem o havia bipado. Mais questões de trabalho. Quando anotava alguns detalhes, a linha, digital, anunciou que mais alguém queria falar. Pediu licença e atendeu a outra linha. Olhou paramim e pediu desculpas. [...] Entrou um fax.

Observei o relógio demoradamente. Aproveitei o intervalo entre o bip e um novo telefonema para dizer bem depressa:

Preciso ir. Depois eu ligo. Sorriu, satisfeito. – Então me chame depois. Não esqueça,

hein? – Mando um e-mail e você me responde.

Assim o papo fica melhor. Gostou da ideia, sem perceber a ironia.

Pediu mais um minutinho no telefone, dizendo que ia me levar até a porta e já voltava. Comentou, já tranquilo:

– Nossa, como a gente tem coisas pra falar. Você ficou mais de duas horas aqui e nem botamos tudo em dia.

Repuxei os lábios, educadamente. Certas pessoas estão grudadas aos telefones, celulares, bips e e-mails. Inventou-se de tudo para facilitar a comunicação. Às vezes acredito que, justamente por causa disso, ela anda se tornando cada vez mais difícil. CARRASCO, Walcyr. A vida pelo telefone. In: Veja São Paulo, Abril,

19 abr. 2000. *Adaptado: Reforma Ortográfica.

De acordo com esse texto, a visita resolveu ir embora, porque

A) era uma pessoa muito educada. B) estava difícil falar com o amigo. C) passava muito da hora de ir. D) preferia conversar por e-mail.

------------------------------------------------------------ (PROEB). Leia o texto abaixo.

Os dinossauros Os dinossauros habitaram a Terra entre 230

e 65 milhões de anos atrás. Portanto, eles existiram durante 165 milhões de anos. Nenhum ser humano conviveu com esses répteis, pois o homem, como nós o conhecemos hoje, apareceu somente há 150 mil anos. Mas ficaram ossos e muitas pistas dos dinos, e assim podemos

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D11 - Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.

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entender como essas criaturas viveram e imaginar como eram.

http://recreionline.abril.com.br/fi que–dentro/ciencia/bichos/conteudo–218149.shtml.

Esse texto afirma que nenhum homem conviveu com os dinossauros porque

A) os dinos deixaram os ossos e muitas pistas para entendermos como viviam.

B) os dinos eram animais ferozes e viviam longe das cidades e seres humanos.

C) os dinossauros eram répteis diferentes e maiores dos que conhecemos hoje.

D) os primeiros homens apareceram na Terra após a extinção dos dinossauros.

------------------------------------------------------------ (PROEB). Leia o texto abaixo.

Hein?... Hã?... Como?... ... Apareceu uma velhinha, bem velhinha,

toda enrugada, vestida de preto, com uma vela na mão. O autor se apresentou:

– Boa noite, minha senhora. Desculpe invadir sua casa. É que eu bati na porta e ninguém atendeu. Como ela estava aberta ...

– Como? – disse a velha com a mão no ouvido.

– Desculpe entrar assim sem pedir licença... – Doença? – Não, não licença? – Mas... quem está doente? – Não – sorriu o homem –, a senhora

entendeu errado... – Resfriado??? – Ora... quer dizer... bem, eu estava lá fora

e... – Chi! Catapora? – Senhora, por favor, não confunda... – Caxumba!!! Cuidado, menino, isso é

perigoso... Sabe, eu sei fazer um chazinho muito bom pra caxumba...

– Minha senhora... – Se demora? Nada. Faço num minutinho. – Puxa! Eu só queria falar com a moça que

entrou aqui, ora essa... – Quê? Está com pressa? É pena. Não faz

mal. Olhe: vá para a casa, vitamina C e cama. – Mas não é isso! A senhora está ouvindo

mal! – Hã? ... Ah! Tchau, tchau – disse a

velhinha, sorrindo com um lencinho branco na mão.

O escritor foi embora chateado. AZEVEDO, Ricardo. Um Homem no sótão. Fragmento.

O diálogo entre a velhinha e o homem foi difícil porque

A) a velhinha era míope. B) o homem perguntava demais. C) o homem falava baixo.

D) a velhinha era surda.

------------------------------------------------------------ (PAEBES). Leia o texto abaixo.

MEIRELES, Cecília. Uma fl or quebrada. In: Ou isto ou aquilo &

Inéditos. São Paulo: Melhoramentos, 1974.

A raiz suspirava porque A) a árvore perdeu a beleza. B) a vida da flor foi breve. C) o trabalho foi em vão. D) o vento causou sofrimento.

------------------------------------------------------------ (SAEPE). Leia o texto abaixo.

Você sabia que a Floresta Amazônica não é responsável por grande parte do oxigênio que

respiramos?

É bem provável que você tenha ouvido por aí: ―A Amazônia é o pulmão do mundo.‖ Bobagem! Embora as florestas tenham, sim, grande importância na produção do oxigênio, como é o caso da Floresta Amazônica, o grande pulmão do mundo, para usar a mesma expressão, está nas águas – ou melhor, nos seres que habitam rios e mares.

Um bom exemplo são os locais de encontro entre rios e mares, os chamados estuários, ambientes muito ricos em vida. Ali encontram-se as macrófitas aquáticas, plantas que se parecem com o capim terrestre; o fitoplâncton, que são algas microscópicas que vivem próximas às superfícies da água; as plantas herbáceas, que são rasteiras, maleáveis e se parecem com ervas. Pois bem!

Essas espécies são algumas das grandes produtoras do oxigênio que respiramos e não as enormes árvores das florestas. [...]

Quanto menores são os organismos, mais rápido é o seu metabolismo, as reações químicas que ocorrem dentro do corpo. No caso dessas espécies, essas reações estão diretamente ligadas à fotossíntese, processo pelo qual,

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D11 - Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.

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utilizando se da luz do Sol, os vegetais produzem o seu próprio alimento e liberam oxigênio.

QUESADO, Letícia Barbosa. Ciência hoje das crianças, janeiro/fevereiro de 2010. Fragmento.

De acordo com esse texto, plantas de rios e mares produzem mais oxigênio porque são

A) encontradas próximas às superfícies da água.

B) menores e seu metabolismo é mais rápido. C) parecidas com o capim terrestre. D) rasteiras e parecidas com ervas.

------------------------------------------------------------ (SAEPI). Leia o texto abaixo e responda.

Nino quer um AMIGO

– Nino, por que você está sempre tão sério e cabisbaixo?

Nino vivia triste. Ele se sentia sozinho. Ninguém queria ser amigo dele. Pobre menino.

Um dia, na praia, ele ficou esperançoso de encontrar um amigo.

– Ah, um menino. Quem sabe..., e tentou chegar perto dele.

Mas o menino virou para o lado, cavou um buraco.

E ainda jogou areia no Nino. Coitado dele. [...] Até que um dia, ele tinha desistido de

procurar. Pensando em por que quanto mais tentava

encontrar um amigo, mais sozinho se sentia... Ficou distraído, pensando, e adormeceu. Quando acordou, olhou-se no espelho. Enquanto escovava os dentes, percebeu

que fazia muitas caretas. Achou engraçado. Enxugou a boca e

continuou brincando com o espelho. Era riso daqui, riso de lá. Era língua do Nino

e língua do espelho. Piscadela aqui, piscadela ali. Começou ali uma verdadeira folia. Era um jogo de reconhecimento entre Nino e sua imagem no espelho. E não é que Nino era bem engraçadinho? Ele mesmo nunca tinha reparado nisso antes.

Que cara legal era o Nino. Que garoto charmoso, bem-humorado! Nino ficou encantado com seu espelho. Fez-se ali uma grande amizade. E, depois dessa amizade, surgiram muitas

outras. Nino hoje é um cara cheio de grandes

amigos. Incluindo ele mesmo. Valeu, Nino.

CANTON, Kátia. Nova Escola. v. 4, 2007.

De acordo com esse texto, Nino era triste, porque era

A) muito feio. B) muito tímido. C) medroso. D) sozinho.

------------------------------------------------------------ (SADEAM). Leia o texto abaixo e responda.

A ONÇA DOENTE

A onça caiu da árvore e por muitos dias esteve de cama seriamente enferma. E como não pudesse caçar, padecia de fome das negras.

Em tais apuros imaginou um plano. – Comadre irara – disse ela – corra o mundo

e diga à bicharia que estou à morte e exijo que venham visitar-me.

A irara partiu, deu o recado e os animais, um a um, principiaram a visitar a onça.

Vem o veado, vem a capivara, vem a cutia, vem o porco-do-mato.

Veio também o jabuti. Mas o finório jabuti, antes de penetrar na

toca, teve a lembrança de olhar para o chão. Viu na poeira só rastos entrantes, não viu

nenhum rasto sainte. E desconfiou: – Hum!... Parece que nesta casa quem entra

não sai. O melhor, em vez de visitar a nossa querida onça doente, é ir rezar por ela...

E foi o único que se salvou. LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo: ed. Brasiliense, 1998.

Leia o texto abaixo. Da leitura do texto, pode-se entender que a onça encontrava-se doente porque

A) havia caído da árvore. B) estava com muita fome. C) não podia caçar. D) estava em apuros.

------------------------------------------------------------

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D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.

1

(Prova Brasil). Leia o texto abaixo: O homem que entrou pelo cano

Abriu a torneira e entrou pelo cano. A

princípio incomodava-o a estreiteza do tubo. Depois se acostumou. E, com a água, foi seguindo. Andou quilômetros. Aqui e ali ouvia barulhos familiares. Vez ou outra um desvio, era uma seção que terminava em torneira.

Vários dias foi rodando, até que tudo se tornou monótono. O cano por dentro não era interessante.

No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Uma criança brincava.

Então percebeu que as engrenagens giravam e caiu numa pia. À sua volta era um branco imenso, uma água límpida. E a cara da menina aparecia redonda e grande, a olhá-lo interessada. Ela gritou: ―Mamãe, tem um homem dentro da pia‖.

Não obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A menina se cansou, abriu o tampão e ele desceu pelo esgoto.

BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras

Proibidas. São Paulo: Global, 1988, p. 89.

Na frase ―Mamãe, tem um homem dentro da pia.‖ (ℓ. 9), o verbo empregado representa, no contexto, uma marca de:

(A) registro oral formal. (B) registro oral informal. (C) falar regional. (D) falar caipira.

------------------------------------------------------------

(Prova Brasil). Leia o texto abaixo: A velha Contrabandista

Diz que era uma velhinha que sabia andar

de lambreta. Todo dia ela passava na fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da alfândega – tudo malandro velho – começou a desconfiar da velhinha.

Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:

– Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?

A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontologista, e respondeu:

– É areia! [...]

Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. [...]

Diz que foi aí que o fiscal se chateou: – Olha, vovozinha, eu sou fiscal de

alfândega com quarenta anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro.

Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.

– Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:

– Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?

– O senhor promete que não ―espia‖? – quis saber a velhinha.

– Juro – respondeu o fiscal. – É lambreta. Disponível em: <http://pt.shvoong.com/books/1647797-velha-

contrabandista/> Acesso em: 22 out. 2010.

Esse texto é engraçado porque

A) o policial estava desconfiado da velhinha. B) o objeto contrabandeado era a lambreta. C) a velhinha tinha poucos dentes na boca. D) a velhinha carregava um saco de areia.

------------------------------------------------------------ Leia o texto abaixo. Três de Julho – 1957

Agradeço a Deus a alegria de estar à frente do governo de Montes Claros na passagem do primeiro centenário da criação desta cidade. Nestes dias de festas, o meu pensamento se volta para aqueles que plantaram nos chapadões sertanejos a semente da cidade querida — que é, hoje, motivo de orgulho para todos nós. Saudemos com emoção os pioneiros do progresso de Montes Claros. A sombra tutelar daqueles que vieram antes de nós — que lutaram e sofreram sob os nossos céus lavados e límpidos — Montes Claros cresce. É através da lição dos batalhadores de ontem, que recolhemos o exemplo e o estimulo que nos dão coragem e fé para o prosseguimento da jornada. Na comemoração do centenário da cidade, queremos abraçar todos os filhos desta terra. O nosso abraço é também para aqueles que vieram de longe e vivem entre nós, amando e servindo a cidade generosa e hospitaleira, que os acolheu com carinho. Aos visitantes ora entre nós e que prestigiam, com a sua presença, a celebração de centenário de

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D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.

2

Montes Claros o nosso agradecimento e a nossa saudação afetuosa. Cem anos. Rejuvenescida, palpitante de seiva e de vigor, cheia de vida, atinge a cidade de Montes Claros o seu primeiro centenário.

Nesta oportunidade, renovemos o compromisso de bem servi-la.

Geraldo Athayde – Prefeito Municipal de Montes Claros.

Observando a linguagem do texto, podemos dizer que:

A) é a mais adequada para ser usada por todos os brasileiros.

B) a língua sofre variações nos grupos sociais, no tempo e no espaço.

C) é muito usada no cotidiano dos professores das escolas brasileiras.

D) normalmente é empregada por jornalistas em jornais impressos.

------------------------------------------------------------ Leia o texto abaixo e responda a questão.

Domingão

Domingo, eu passei o dia todo de bode. Mas, no começo da noite, melhorei e resolvei bater um fio para o Zeca.

— E ai, cara? Vamos ao cinema? — Sei lá, Marcos. Estou meio pra baixo.... — Eu também tava, cara. Mas já estou

melhor! E lá fomos nós. O ônibus atrasou, e nós

pagamos o maior mico, porque, quando chegamos, o filme já tinha começado. Teve até um mane que perguntou se a gente tinha chegado para a próxima sessão.

Saímos de lá, comentando: — Que filme massa! — Maneiro mesmo! Mas já era tarde, e nem deu para contar os

últimos babados pro Zeca. Afinal, segunda-feira é de trampo e eu detesto queimar o filme com o patrão. Não vejo a hora de chegar de novo para eu agitar um pouco mais.

CAVÉQUIA. Márcia Paganini. In: http://ensinocomalegria.blogspot.com

Os dois personagens que conversam nesse texto são

A) adultos B) crianças C) idosos D) jovens.

------------------------------------------------------------

Leia o texto abaixo a seguir.

Identifica-se termo da linguagem informal em

(A) ―Leio os roteiros de viagem enquanto rola o comercial.‖ (v. 9)

(B) ―Conheço quase o mundo inteiro por cartão postal!‖ (v. 10)

(C) ―Eu sei de quase tudo um pouco e quase tudo mal.‖ (v. 11)

(D) ―Eu tenho pressa e tanta coisa me interessa mas nada tanto assim.‖ (v. 12-13)

------------------------------------------------------------ Leia o texto e responda.

Goiabada Carlos Heitor Cony

Goiabada tinha cara de goiabada mesmo.

Fica difícil explicar o que seja uma cara de goiabada, mas qualquer pessoa que se defrontava com ele, mesmo que nada dissesse, constataria em foro íntimo que Goiabada tinha cara de goiabada.

Eu o conheci há tempos, quando jogava pelada nas ruas da Ilha do Governador. Ele se oferecia para a escalação, mas quase sempre era rejeitado. Ruim de bola, era bom de gênio.

[...] Perdi-o de vista, o que foi recíproco. Outro

dia, parei num posto para abastecer o carro e um senhor idoso me ofereceu umas flanelas, dessas de limpar para-brisa. Ia recusar, mas alguma coisa me chamou a atenção: dando o desconto do tempo, o cara tinha cara de goiabada. Fiquei indeciso. Não podia perguntar se ele era o Goiabada, podia se ofender, não havia motivo para tanta e tamanha intimidade.

[...] O tanque do carro já estava cheio, e o novo

Goiabada, desanimado de me vender uma flanela, ia se retirando em busca de freguês mais necessitado. Perguntei quantas flanelas ele tinha. Não sabia, devia ter umas 40, não vendera nenhuma naquele dia. Comprei-lhe todas, ele fez

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D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.

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um abatimento razoável. E ficou de mãos vazias, olhando o estranho que sumia com suas 40 flanelas e nem fizera questão do troco.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1111200803.htm

Ao iniciar o texto com a frase – ―Goiabada tinha cara de goiabada mesmo‖, o produtor causa no leitor

(A) expectativa para descobrir o que é ―cara de goiabada mesmo‖.

(B) surpresa pela forma de explicar o que é goiabada.

(C) confusão para entender o significado das palavras.

(D) indignação pela crítica à goiabada.

------------------------------------------------------------ Leia o texto para responder a questão abaixo: ―Oi, André!

O pessoal aqui em casa até que se vira: meu pai e minha mãe trabalham, meu irmão tá tirando faculdade, minha irmã mais velha também trabalha, só vejo eles de noite. Mas minha irmã mais moça nem trabalha nem estuda, então toda hora a gente esbarra uma na outra. Sabe o que é que ela diz? Que é ela que manda em mim, vê se pode. Não posso trazer nenhuma colega aqui: ela cisma que criança faz bagunça em casa. Não posso nunca ir na casa de ninguém: ela sai, passa a chave na porta, diz que vai comprar comida (ela vai é namorar) e eu fico aqui trancada pra atender telefone e dizer que ela não demora. Bem que eu queria pular a janela, mas nem isso dá pé: sexto andar.

[...] Aí eu inventei que o Roberto (um grã-fino que

ela quer namorar) tinha falado mal dela. [...] Não era pra eu ter inventado nada; saiu

sem querer. Sai sempre sem querer, o que é que eu posso fazer? E dá sempre confusão, é tão ruim! Escuta aqui, André, você me faz um favor? Para com essa mania de telegrama e me diz o que é que eu faço pra não dar mais confusão. POR FAVOR, sim?

Raquel‖ NUNES, Lygia Bojunga. A bolsa amarela. Rio de Janeiro: Agir, 1991.

O trecho que exemplifica o uso da linguagem informal, enfatizando a intimidade entre os interlocutores é

(A) ―...meu pai e minha mãe trabalham...‖ (B) ―Não posso trazer nenhum colega aqui:‖ (C) ―...mas nem isso dá pé...‖ (D) ―POR FAVOR, sim?‖

------------------------------------------------------------ Leia o texto para responder a questão abaixo:

Nada Tanto Assim

Leoni / Bruno Fortunato

Só tenho tempo pras manchetes no metrô E o que acontece na novela Alguém me conta no corredor Escolho os filmes que eu não vejo no elevador Pelas estrelas que eu encontro Na crítica do leitor Eu tenho pressa E tanta coisa me interessa Mas nada tanto assim Só me concentro em apostilas coisa tão normal Leio os roteiros de viagem Enquanto rola o comercial Conheço quase o mundo inteiro por cartão postal Eu sei de quase tudo um pouco e quase tudo mal.

www.letrasterra.com.br O trecho que aponta uma consequência da falta de tempo do eu do texto é

(A) ―Só tenho tempo pras manchetes no metrô‖ (B) ―Só me concentro em apostilas coisa tão

normal‖ (C) ―Eu sei de quase tudo um pouco e quase

tudo mal‖ (D) ―E tanta coisa me interessa‖

------------------------------------------------------------ Leia o texto para responder a questão abaixo:

Fico Assim Sem Você Claudinho e Buchecha

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D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.

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Fonte: http://letras.terra.com.br/claudinho-e-buchecha

Os versos que indicam o uso da linguagem informal, caracterizando a proximidade entre os interlocutores, são

(A) (...) ―Circo sem palhaço, Namoro sem abraço‖ (...) (B) (...) ―Sou eu assim sem você Tô louco pra te ver chegar Tô louco pra te ter nas mãos‖ (C) (...) ―Retomar o pedaço Que falta no meu coração‖ (...) (D) (...) ―Eu não existo longe você E a solidão é o meu pior castigo‖ (...) Por quê? Por quê?‖

------------------------------------------------------------ Leia o texto para responder a questão abaixo:

Bom conselho Composição: Chico Buarque Ouça um bom conselho Que eu lhe dou de graça Inútil dormir que a dor não passa Espere sentado Ou você se cansa Está provado, quem espera nunca alcança Venha, meu amigo Deixe esse regaço Brinque com meu fogo Venha se queimar Faça como eu digo Faça como eu faço Aja duas vezes antes de pensar Corro atrás do tempo Vim de não sei onde Devagar é que não se vai longe Eu semeio o vento Na minha cidade Vou pra rua e bebo a tempestade

http://letras.terra.com.br

O verso que pode ilustrar que o eu poético se dirige a alguém que tem intimidade é

(A) ―Venha, meu amigo‖ (B) ‖ Corro atrás do tempo‖ (C) ― Vim de não sei onde‖ (D) ― Eu semeio o vento‖

------------------------------------------------------------ Leia o texto para responder a questão a seguir:

A Máquina Lúcia Carvalho

Morreu uma tia minha. Ela morava sozinha,

não tinha filhos. A família toda foi até lá, num final de semana, separar e dividir as coisas dela para esvaziar a casa. Móvel, roupa de cama, louça, quadro, livro, tudo espalhado pelo chão, uma tremenda confusão.

Foi quando ouvi meus filhos me chamarem. – Mãe! Maiê! – Faaala. Eles apareceram, esbaforidos. – Mãe. A gente achou uma coisa incríível. Se

ninguém quiser, essa coisa pode ficar para a gente? Hein?

– Depende. Que é? Eles falavam juntos, animadíssimos. – Ééé... uma máquina, mãe. – É só uma máquina meio velha. – É, mas funciona, está ótima! Minha filha interrompeu o irmão mais novo,

dando uma explicação melhor. – Deixa que eu falo: é assim, é uma máquina,

tipo um... teclado de computador, sabe só o teclado? Só o lugar que escreve?

– Sei. – Então. Essa máquina tem assim, tipo... uma

impressora, ligada nesse teclado, mas assim, ligada direto. Sem fio. Bem, a gente vai, digita, digita...

Ela ia se animando, os olhos brilhando. – ... e a máquina imprime direto na folha de

papel que a gente coloca ali mesmo! É muuuuito legal! Direto, na mesma hora, eu juro!

Ela jurava? Fiquei muda. Eu que jurava que não sabia o que falar diante dessa explicação de uma máquina de escrever, dada por uma menina de 12 anos. Ela nem aí comigo. Continuava.

– ... entendeu como é, ô mãe? A gente, zupt, escreve e imprime, até dá para ver a impressão tipo na hora, e não precisa essa coisa chatérrima de entrar no computador, ligaaar, esperar hoooras, entrar no Word, de escrever olhando na tela e sóóó depois mandar para a impressora, não tem esse monte de máquina tuuudo ligada uma na outra, não tem que ter até estabilizador, não precisa comprar cartucho caro, nada, nada, mãe! É muuuito legal. E nem precisa colocar na tomada funciona sem energia e escreve direto na folha da impressora.

– Nossa, filha... (Coleção novo diálogo – Língua Portuguesa – São Paulo –

FTD, 2007.)

Encontramos o registro da linguagem informal em

(A) ―Morreu uma tia minha.‖ (B) ―Eles apareceram esbaforidos.‖ (C) ―Ela nem aí comigo.‖

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D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.

5

(D) ―E nem precisa colocar na tomada.‖

------------------------------------------------------------ Leia o texto para responder a questão a seguir:

Bernardinho diz que derrota acontece, mas lembra que é preciso aprender

Técnico do Rio comenta irregularidade da

equipe e parabeniza o Osasco Nos cinco últimos anos, o técnico Bernardinho esteve no alto do pódio da Superliga com a equipe do Rio de Janeiro. No entanto, neste domingo, em mais um duelo com o Osasco, o treinador se viu um degrau abaixo.

– A derrota acontece, mas é preciso aprender com ela. Buscar saber o que erramos para, da próxima vez, não pecarmos de novo - explicou o treinador.

Bernardinho comentou que o Rio de Janeiro foi muito irregular na partida.

Segundo ele, a equipe teve a chance do heptacampeonato, mas não soube aproveitar. Antes de deixar o ginásio do Ibirapuera, o técnico fez questão de ressaltar o esforço adversário.

– O Osasco está de parabéns. Sabíamos que não ia ser fácil, pois é sempre um grande rival. Estão brigando por este título há anos.

http://globoesporte.globo.com/Esportes/Volei -19/04/2010

O trecho que apresenta um comentário do produtor do texto é

(A) ―Nos cinco últimos anos, o técnico Bernardinho esteve no alto do pódio da Superliga com a equipe do Rio de Janeiro‖.

(B) ―No entanto, neste domingo, em mais um duelo com o Osasco, o treinador se viu um degrau abaixo.‖

(C) ―– A derrota acontece, mas é preciso aprender com ela.‖

(D) ―Antes de deixar o ginásio do Ibirapuera, o técnico fez questão de ressaltar o esforço adversário‖.

------------------------------------------------------------ Leia o texto para responder a questão a seguir:

Com a fúria de um vendaval

Em uma certa manhã acordei entediada. Estava em minhas férias escolares do mês de julho. Não pudera viajar. Fui ao portão e avistei, três quarteirões ao longe, a movimentação de uma feira livre.

Não tinha nada para fazer e isso estava me matando de aborrecimento.

Embora soubesse que uma feira livre não constitui exatamente o melhor divertimento do qual um ser humano pode dispor, fui andando, a passos lentos, em direção àquelas barracas. Não esperava ver nada de original, ou mesmo interessante. Como

é triste o tédio! Logo que me aproximei, vi uma senhora alta, extremamente gorda, discutindo com um feirante.

O homem, dono da barraca de tomates, tentava em vão acalmar a nervosa senhora. Não sei por que brigavam, mas sei o que vi: a mulher, imensamente gorda, mais do que gorda (monstruosa), erguia seus enormes braços e, com os punhos cerrados, gritava contra o feirante. Comecei a me assustar, com medo de que ela destruísse a barraca (e talvez o próprio homem) devido à sua fúria incontrolável. Ela ia gritando e se empolgando com sua raiva crescente e ficando cada vez mais vermelha, assim como os tomates ou até mais.

De repente, no auge de sua ira, avançou contra o homem já atemorizado e, tropeçando em alguns tomates podres que estavam no chão, caiu, tombou, mergulhou, esborrachou-se no asfalto, para o divertimento do pequeno público que, assim como eu, assistiu àquela cena incomum.

http://lportuguesa.malha.net/content/view/27/1/

Dos fragmentos abaixo, aquele que exemplifica o narrador-personagem da narrativa é

(A) ―Fui ao portão e avistei, três quarteirões ao longe, a movimentação de uma feira livre‖.

(B) ―O homem, dono da barraca de tomates, tentava em vão acalmar a nervosa senhora‖.

(C) ―a mulher, imensamente gorda, mais do que gorda (monstruosa), erguia seus enormes braços e, com os punhos cerrados, gritava contra o feirante.‖

(D) ―Ela ia gritando e se empolgando com sua raiva crescente e ficando cada vez mais vermelha, assim como os tomates ou até mais.‖

------------------------------------------------------------ Leia o texto para responder a questão a seguir:

Terra seca Ary Barroso

O nêgo tá, moiado de suó Trabáia, trabáia, nêgo / Trabáia, trabáia nêgo (refrão) As mãos do nêgo tá que é calo só Trabáia, trabáia nêgo Ai ―meu sinhô‖nêgo tá véio Não aguenta essa terra tão dura, tão seca, poeirenta... O nêgo pede licença prá falá O nêgo não pode mais trabaiá Quando o nêgo chegou por aqui Era mais vivo e ligeiro que o saci

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D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.

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Varava estes rios, estas matas, estes campos sem fim Nêgo era moço, e a vida, um brinquedo prá mim Mas o tempo passou Essa terra secou ...ô ô A velhice chegou e o brinquedo quebrou .... Sinhô, nêgo véio tem pena de ter-se acabado Sinhô, nêgo véio carrega este corpo cansado

cifrantiga3.blogspot.com/2006/05/terra-seca.html

O traço da linguagem informal utilizada pelos escravos está indicado no seguinte trecho:

(A) ―Não aguenta esta terra tão dura, tão seca, poeirenta...‖

(B) ―O nêgo não pode mais trabaiá.‖ (C) ―Era mais vivo e ligeiro do que o saci.‖ (D) ―estes campos sem fim‖.

------------------------------------------------------------ Leia o texto abaixo e responda.

Londres, 29 de junho de 1894 Lenora, minha prima

Perdi o sono, por que será? Mamãe uma

visita diferente. Depois do jantar ouvimos um barulho enorme. Eram cavalos relinchando. Alguém bateu à porta. Watson, nosso mordomo, foi abrir.

Era um homem esquisito: branco, magro, vestido de preto. Meu cão Brutus começou a latir. O homem ficou parado na porta. Disse Watson que uma roda de sua carruagem havia se quebrado. Mamãe convidou o desconhecido para entrar. Ele deu um sorriso largo, estranho.

Talvez eu estivesse com sono, mas quando ele passou diante do espelho, ele não apareceu. Mamãe ofereceu chá ao estrangeiro. Ele disso que seu nome era Drácula e que morava num lugar chama Transilvânia. E dá dormir com tudo isso? Escreve.

Edgard Assinale a alternativa que indica quem escreveu e quem recebeu a carta.

(A) Edgard e Drácula. (B) Lenora e Watson. (C) Edgard e Lenora. (D) Drácula e Watson.

------------------------------------------------------------ (Saresp 2005). Leia o texto abaixo e responda.

BILAC, Olavo, Soneto XIII. In: Via láctea.São Paulo: Abril Educação,

1980, p. 18.

O poeta conversa diretamente com o leitor no seguinte verso:

(A) ―Ora (direis) ouvir estrelas!‖ (B) ―E abro as janelas, pálido de espanto (C) ―E conversamos toda a noite,‖ (D) ―Inda as procuro pelo céu deserto.‖

------------------------------------------------------------ (Equipe PIP). Leia o texto abaixo.

Prezado senhor, A primeira coisa que me vem à cabeça para

lhe dizer hoje não é muito original... No entanto, se estas palavras pecam pela

falta de originalidade, não pecam pela falta de sinceridade: Feliz Aniversário!

O meu sentimento mais puro é para que você possa realizar, nos anos vindouros, todos os seus projetos mais caros e preciosos, pois isso é o mínimo que uma pessoa justa e honesta como você merece.

Saiba que eu me sinto muito privilegiada por ser subordinada a alguém tão bom e sensível, que não se vale de hierarquia para humilhar ou ser arrogante com os outros profissionais.

Por tudo isso que você é, receba os meus mais sinceros votos de felicidade e o meu desejo de que o seu dia de aniversário transcorra em paz e alegria.

Um Abraço.

Rosângela Nesse texto, os interlocutores são:

(A) Chefe e funcionária.

(B) Namorado e namorada.

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D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.

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(C) Pai e filho.

(D) Professor e aluno.

------------------------------------------------------------ (SARESP2011). Leia o texto abaixo.

UM MUNDO DE COISAS PARA LER

Na próxima década, a massa de informação que circula no mundo dobrará de volume a cada oitenta dias. Pelo menos é o que dizem os especialistas. Reduzir o tempo gasto nessa leitura toda não é má ideia. Mas seria possível?

―Não conheço estudos que indiquem isso‖, afirma o neuroftalmologista Paulo Imamura da Universidade Federal de São Paulo. Jorge Roberto Pagura, neurocirurgião do hospital paulista Albert Einsten, discorda.

―Atividades cerebrais podem ser adestradas‖, afirma. O fato é que pouco se sabe sobre a fisiologia da leitura.

Para a diretora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Marlene Carvalho, a técnica funciona para jornais, relatórios e processos. Mas não para textos literários. O cineasta americano Woody Allen pensa do mesmo modo. Criou até uma piada sobre o assunto: ―Fiz um curso de leitura dinâmica

e consegui ler o romance Guerra e Paz, de Leon Tolstoi em apenas 15 minutos! É sobre a Rússia.‖

(UM MUNDO de coisas para ler. Revista Superinteressante, v.112, p.64, 1997. CD-ROM. Fragmento)

No artigo, o autor reproduz a fala dos especialistas consultados com a intenção de

(A) elogiar os entrevistados. (B) evidenciar a polêmica referente ao tema

tratado. (C) mostrar erudição. (D) enfatizar a velocidade da leitura.

------------------------------------------------------------ (SARESP 2011). Leia o texto abaixo. Leia trecho adaptado de um bate-papo pela internet, retirado de uma das salas do UOL. Gata fala para MOÇO: NAO QUERO TC PQ VC PIZOU NA BOLA André fala para Todos: Alguém q tc? EU MESMO fala para apaixonado: QUEM E VC Gata fala para nóis: ACHO QUE APARENCIA NAO EMPORTA EU MESMO fala para Gata: eai gata ta afim de tc Gata fala para apaixonado: OI QTOS ANOS Com base no diálogo transcrito da sala de bate-papo, é correto afirmar que a linguagem utilizada

(A) incorre em erros relativos à escrita das palavras, mas mantém um nível de linguagem elevado, sem gírias.

(B) diverge em alguns aspectos das normas ortográficas, mas é eficiente para a comunicação dos participantes do bate-papo.

(C) recorre, com muita frequência, à utilização de siglas e abreviações, sem que haja violação das normas ortográficas.

(D) impossibilita que todas as pessoas consigam estabelecer uma comunicação eficiente e clara numa sala de bate--papo como essa.

------------------------------------------------------------ (SARESP 2010). Leia o texto abaixo.

O MENINO, O BURRO E O CACHORRO

Um menino foi buscar lenha na floresta com seu burrico e levou junto seu cachorro de estimação Chegando ao meio da mata, o menino juntou um grande feixe de lenha, olhou para o burro, e exclamou:

-Vou colocar uma carga de lenha de lascar nesse burro! Então, o jumento virou-se para ele e respondeu:

- É claro, não é você quem vai levar! O menino, muito admirado com o fato de o

burro ter falado, correu e foi direto contar tudo ao seu pai. Ao chegar em casa, quase sem fôlego, disse:

- Pai, eu tava na mata, juntando lenha e, depois de preparar uma carga para trazer, eu disse que ia colocar ela na garupa do burro. Acredite se quiser, ele se virou pra mim e disse: "É claro, não é você quem vai levar!".

O pai do menino olhou-o de cima para baixo e, meio desconfiado, repreendeu-o:

- Você tá dando pra mentir agora? Onde já se viu tal absurdo? Animais não falam! Nesse momento, o cachorro que estava ali presente saiu em defesa do garoto e falou:

- É verdade, eu também estava lá e vi tudinho! Assustado, o pobre camponês, julgando que o

animal estivesse endiabrado, pegou um machado que estava encostado na parede e ergueu-o para ameaçá-lo.

Foi então que aconteceu algo ainda mais curioso. O machado começou a tremer em suas mãos, e, então, virou-se para ele e disse:

- O senhor tenha cuidado, pois esse cachorro pode me morder!

Fonte: O MENINO, o burro e o cachorro. In: Contos populares ilustrados. Disponível em: <http://www.sitededicas.com.br>.

Acesso em: 24 jan. 2009.

A fala "O senhor tenha cuidado, pois esse cachorro pode me morder!" foi dita pelo

(A) burro.

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D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.

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(B) pai. (C) menino. (D) machado.

------------------------------------------------------------ (SADEAM). Leia o texto abaixo.

Olá querida!

Todo mundo que tem um irmão ou uma irmã sabe que é normal rolar discussão. O problema é que, quando isso acontece, quem está por perto acaba tendo que interferir. Você, assim como qualquer pessoa, não gosta de levar bronca e, por isso, acaba se sentindo muito injustiçada. Mas é claro que seus pais amam vocês duas e só querem que vivam em paz. Então converse com eles e peça ajuda, dizendo que sua irmã precisa respeitar as suas coisas. Mais uma dica: não dê tanta importância às provocações da sua irmãzinha. Talvez ela mude de comportamento, quando perceber que não conseguiu mais irritar você.

/Vitch. São Paulo: Abril, ed. 88, 2009.

Leia novamente o trecho abaixo. "Você, assim como qualquer pessoa, não gosta de levar bronca...‖ A palavra em destaque indica um tipo de linguagem

A) regional, usada em grandes capitais. B) informal, usada por crianças e jovens. C) formal, usada em ambientes de trabalho. D) caipira, usada por pessoas do campo

------------------------------------------------------------ (SARESP 2011). Leia o texto abaixo.

O galo que logrou a raposa

Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se numa árvore. A raposa, desapontada, murmurou consigo: ―Deixe estar, seu malandro, que já te curo!. .. E em voz alta:

– Amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os animais. Lobo e cordeiro, gavião e pinto, onça e veado, raposa e galinhas, todos os bichos andam agora aos beijos, como namorados.

Desça desse poleiro e venha receber o meu abraço de paz e amor.

– Muito bem! – exclama o galo. Não imagina como tal notícia me alegra! Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras, crueldades e traições! Vou já descer para abraçar a amiga raposa, mas ... como lá vêm vindo três cachorros, acho bom esperá-los, para que também eles tomem parte na confraternização.

Ao ouvir falar em cachorro, Dona Raposa não quis saber de histórias, e tratou de pôr-se ao fresco, dizendo:

– Infelizmente, amigo Có-có-ri-có, tenho pressa e não posso esperar pelos amigos cães. Fica para outra vez a festa, sim? Até logo. E raspou-se.

Contra esperteza, esperteza e meia. (Monteiro Lobato. Fábulas)

Esse texto é narrado (A) pelo galo. (B) pela raposa. (C) pelo cachorro. (D) pelo narrador observador.

------------------------------------------------------------ (SADEAM). Leia o texto abaixo.

Pássaro contra a vidraça Engraçado, de repente eu comecei a ver a tia

Zilah com outros olhos. Ela não era só do bem, a tia viúva e sozinha que tinha ficado cuidando de mim. Ela era legal, uma super-mais-velha!

Nossa, eu deixei ela quase louca! Em vez dos coroas, foi ela quem me contou toda a sua viagem pela Europa... Eu fazia uma ideia tão errada, diferente: ela contando, ficou tudo tão legal, um barato mesmo.

Só pra dar uma ideia, fiquei vidrado no museu de cera da Madame Tussaud, que era uma francesa que viveu na época da Revolução. Ela aprendeu a fazer imagens de cera, e se inspirava em personagens célebres que eram levados para a guilhotina em praça pública. Depois ela mudou para a Inglaterra, e ficou famosa por lá. E hoje existe em Londres um museu de cera com o seu nome, que tem imagens de personagens famosos do mundo inteiro em tamanho natural.

Foi tão gozado quando a tia Zilah também contou que, quando ela ia saindo do museu, perguntou pra uma mulher fardada onde era a saída. E todo mundo caiu na gargalhada, porque tinha perguntado pra uma figura de cera que era sensacional de tão perfeita, parecia mesmo uma policial. NICOLELIS, Laporta. Pássaro contra a vidraça. São Paulo: Moderna,

1992.

Nesse texto, palavras como ―legal‖ (ℓ. 9), ―barato‖ (ℓ. 9), ―vidrado‖ (ℓ. 10), ―gozado‖ (ℓ. 20)

evidenciam um falante que também usa A) expressões de gíria. B) expressões regionais. C) linguagem culta. D) linguagem técnica.

------------------------------------------------------------ (SEPR). Leia o texto abaixo.

Quanto vai restar da floresta? No fim do ano passado, cientistas do Brasil

e dos Estados Unidos fizeram uma previsão que deixou muita gente de cabelo em pé: quase metade da Amazônia poderia sumir nos próximos

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D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.

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20 anos, devido a um projeto de asfaltar estradas, canalizar rios e construir linhas de força e tubulações de gás na floresta.

O governo, que é responsável pela preservação da Amazônia e pelas obras, acusou os cientistas de terem errado a conta e estarem fazendo tempestade em copo d’água.

Você deve estar pensando, no final das contas, se a floresta está em perigo. A resposta é: se nada for feito, está. Fonte: Cláudio Ângelo, Folha de São Paulo, São Paulo, 10/02/2001.

No texto, o autor está se dirigindo:

A) Aos cientistas. B) Ao governo. C) A um amigo. D) Ao leitor.

------------------------------------------------------------ (SEPR). Leia o texto abaixo.

A praia de frente pra casa da vó Eu queria surfar. Então vamo nessa: a praia

ideal que eu idealizo no caso particularizado de minha pessoa, em primeiramente, seria de frente para a casa da vó, com vista para o meu quarto. Ia ter umas plantaçãozinha de água de coco e, invés de chão de areia, eu botava uns gramadão presidente. Assim, o Zé, eu e os cara não fica grudando quando vai dar os rolé de Corcel! Caderno de Atividades

(...) Então, vamo nessa: na praia dos sonhos que eu falei ―É o sooonho!‖, teria menos água salgada! (Menas porque água é feminina) Eu ia consegui ficar em pé na minha triquilha tigrada, sair do back side, subir no lip, trabalhar a espuma, iiiiihhhhaaaaaaaaa!(...) Fonte: Peterson Foca . Personagem ―cult‖ de Sobrinhos do Ataíde, programa veiculado pela Rádio 89,1 FM de São Paulo. ―Eu ia consegui ficar em pé na minha triquilha tigrada, sair do back side, subir no lip, trabalhar a espuma, iiiiihhhhaaaaaaaaa!(...)‖ As expressões destacadas são gírias próprias dos:

A) Professores universitários em palestra. B) Adolescentes falando sobre surf. C) Geógrafos analisando a paisagem. D) Biólogos discutindo sobre a natureza.

------------------------------------------------------------ (SADEAM). Leia o texto abaixo.

TÔ AQUI!

Já imaginei milhões de maneiras para

chamar sua atenção. Já fiz mais de quinhentas caretas diferentes para que você me notasse. Já chorei rios de lágrimas pensando em você. Lotei um estádio de futebol de vontade de te ver. Já mandei um caminhão de recados. Breve vou começar a pensar que você gosta de outro...

FERNANDES, Maria; HAILER, Marco Antônio. Alp novo: Análise, Linguagem e Pensamento. v. 4. São Paulo: FTD, 2000. p. 106.

A expressão ―Tô aqui!‖, no título desse texto, revela um falante que faz uso de linguagem

A) coloquial. B) formal. C) regional. D) técnica.

------------------------------------------------------------ (AvaliaBH). Leia o texto abaixo.

Para onde vão os vaga-lumes? – Vô, para onde vão os vaga-lumes? – Boa pergunta, hein? – Então responde, vô: eles ficam aí

piscando quando anoitece, depois desaparecem. Vão para onde? – E como é que vou saber? Se eles

falassem, eu pegava um e perguntava, mas... – É que você sabe tanta coisa, né, vô... Pensei que soubesse pra onde vão os vaga-

lumes e por que bem-te-vi canta triste. – Bem-te-vi canta triste, você acha? Se é

verdade, também não sei por quê. – Então você também não deve saber por

que minhoca não tem cabelo, né? – Isso dá pra presumir, né: como vive

debaixo da terra, cabelo pra quê?– Então você tá bem desprotegido, né? Por falar nisso, vô, por que mulher não fica careca?

– Pela mesma razão que homem não tem seios. Satisfeito?

– Mais ou menos... Mas acho que, se você não sabe pra onde vão os pirililampos, pelo menos deve saber por que cai estrela cadente. É por cansaço? PELLEGRINI, Domingos. In: Crônica brasileira contemporânea. São

Paulo: Editora Moderna, 2006, p. 48-49, p. 206-207. Fragmento.

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D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.

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No trecho ―– Boa pergunta, hein?‖ (ℓ. 2), a palavra destacada é marca da linguagem

A) coloquial. B) jornalística. C) literária. D) técnica.

------------------------------------------------------------ (SAERS). Leia o texto abaixo.

O alho bento Mané Frajola não tinha um centavo. Jurou

que ia dar jeito na vida. E deu. Catou uma réstia de alho e saiu pro mundo, apregoando:

– Alho bento! Olha o alho bento! Parou uma velha. – Alho bento? Serve prá que? – Isso aqui tira quebranto, olho gordo, azá

de 7 anos. É só mordê, come metade e passá a outra metade em cima do coração!

A velha levou um dentinho, a peso de ouro. Depois veio um velho.

Repetiu a pergunta, ouviu a mesma resposta. Levou! De crédulo em crédulo, Mané Frajola vendeu a réstia toda, até o final da manhã. Estava com os cobres. Mas aí veio o Conde Drácula, chegado da Transilvânia e não gostou da história. Aquela cidade toda cheirava a alho. Resultado:

Mané Frajola foi contratado como copeiro do Conde para ganhar dinheiro e parar de vender alho bento. Milagre só acontece quando a prosa do contador de causo padece!

http://eptv.globo.com/caipira/

O modo como falam indica que os personagens dessa história são pessoas que

A) vivem no campo. B) vivem em outro país. C) falam trocando letras. D) falam gírias de jovens.

------------------------------------------------------------ (SAERS). Leia o texto abaixo e responda. Texto 1

Sei lá... a vida tem sempre razão Tem dias que eu fico pensando na vida E sinceramente não vejo saída. Como é, por exemplo, que dá pra entender: A gente mal nasce, começa a morrer. Depois da chegada vem sempre a partida, Porque não há nada sem separação. Sei lá, sei lá, a vida é uma grande ilusão. Sei lá, sei lá, só sei que ela está com a razão. A gente nem sabe que males se apronta. Fazendo de conta, fingindo esquecer Que nada renasce antes que se acabe, E o sol que desponta tem que anoitecer.

De nada adianta ficar-se de fora. A hora do sim é o descuido do não. Sei lá, sei lá, só sei que é preciso paixão. Sei lá, sei lá, a vida tem sempre razão.

TOQUINHO; MORAES, Vinícius de. Disponível em: <http:// letras.terra.com.br/toquinho/87372/>.

Texto 2

Canção do dia de sempre Tão bom viver dia a dia... A vida assim, jamais cansa... Viver tão só de momentos Como estas nuvens no céu... E só ganhar, toda a vida, Inexperiência... esperança... E a rosa louca dos ventos Presa à copa do chapéu. Nunca dês um nome a um rio: Sempre é outro rio a passar. Nada jamais continua, Tudo vai recomeçar! E sem nenhuma lembrança Das outras vezes perdidas, Atiro a rosa do sonho Nas tuas mãos distraídas...

QUINTANA, Mário. Disponível em: <http://www. pensador.info/textos_sobre_vida/> .

No Texto 1, o uso da expressão ―Sei lá, ...‖ (v. 8) revela o predomínio da linguagem

A) científica. B) coloquial. C) formal. D) regional.

------------------------------------------------------------ (PROMOVER). Leia o texto abaixo.

Saudosa maloca Se o senhô num tá lembrado, dá licença de contá, é que onde agora está esse edifício arto, era uma casa veia, um palacete assobradado. Foi aqui, seu moço, que eu, Mato Grosso e o Joca construímo nossa maloca. Mas um dia, nóis nem pode se alembrá, veio os home co’ as ferramenta: o dono mando derrubá. Peguemo toda as nossas coisas

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D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.

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e fumos pro meio da rua apreciá a demolição... Que tristeza que nóis sentia,

cada tauba que caía [...] Barbosa, A. Disco Adoniran Barbosa. Odeon, 1974.

Os versos ―Peguemo toda as nossas coisa/ e fumos pro meio da rua/ apreciá a demolição...‖, na linguagem formal, estariam adequados se fossem escritos:

A) ―Peguemos toda as nossas coisas e fumos pro meio da rua apreciá a demolição...‖.

B) ―Peguemos toda as nossas coisa e fumos para o meio da rua apreciá a demolição...‖.

C) ―Pegamos todas as nossas coisas e fomos para o meio da rua apreciar a demolição...‖.

D) ―Pegamos toda as nossas coisa e fomos pro meio da rua apreciá a demolição...‖.

------------------------------------------------------------ (SAEMS). Leia o texto abaixo.

Almanaque, n. 1, abril 2010, p.12.

No primeiro quadrinho desse texto, o trecho “Ô

JOTALHÃO! QUE DEPRÊ É ESSA?” revela um

locutor que faz uso de uma linguagem, predominantemente,

A) científica. B) coloquial. C) formal. D) rural.

------------------------------------------------------------

(PROEB). Leia o texto abaixo.

O discutível amigo O homem é o maior amigo do cão...

Há um pouco de ironia, é claro, nessa verdade. A coleira que o diga. Poucos animais têm, como o homem o instinto da propriedade, o sentido de posse. Pelo que eu observei, ao longo do meu latir pela vida, a frase devia ser modificada: o homem é o maior amigo do seu cão. Gosta do que é dele, raramente suporta o dos outros. Mas há milhões de cães pelo mundo afora com um homem, ou toda uma família, a seu favor. Às vezes tratados como cães. Às vezes reconhecidos como gente. Principalmente quando na família há essa coisa boa que chamam criança.

LESSA,Orígenes Confissões de um vira-lata. Rio de Janeiro. Ediouro.28.09.1972.

Esse texto mostra a opinião de

A) uma criança. B) uma família. C) um cachorro. D) um homem.

------------------------------------------------------------ (SPAECE). Leia os textos abaixo.

―Tem gente que nasce com coração maior ou menor, com vários defeitos. Essas são as cardiopatias congênitas, né, o coração pode nascer com inúmeros defeitos.

Agora, o tamanho do coração também tem a ver com outros problemas que não são congênitos, como a insuficiência coronariana.‖

www.acd.ufrj.br

Nesse texto, a fala representada revela um vocabulário muito comum no dia-a-dia de um

A) advogado. B) economista. C) mecânico. D) médico.

------------------------------------------------------------

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D16 - Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.

1

(Prova Brasil). Leia o texto abaixo: O cabo e o soldado

Um cabo e um soldado de serviço dobravam

a esquina, quando perceberam que a multidão fechada em círculo observava algo. O cabo foi logo verificar do que se tratava.

Não conseguindo ver nada, disse, pedindo passagem:

— Eu sou irmão da vítima. Todos olharam e logo o deixaram passar. Quando chegou ao centro da multidão,

notou que ali estava um burro que tinha acabado de ser atropelado e, sem graça, gaguejou dizendo ao soldado:

— Ora essa, o parente é seu.

Revista Seleções. Rir é o melhor remédio. 12/98,

p.91.

No texto, o traço de humor está no fato de:

(A) o cabo e um soldado terem dobrado a esquina.

(B) o cabo ter ido verificar do que se tratava. (C) todos terem olhado para o cabo. (D) ter sido um burro a vítima do

atropelamento.

------------------------------------------------------------ Leia o texto para responder a questão abaixo:

Adolar – Super –Vó. Em folha de S. Paulo, 13/9/2003.

No texto, o traço de humor está

(A) na constatação de que a vó nunca tira sua bolsa de debaixo do braço.

(B) no ato de surpresa da expressão do vovô. (C) na forma com que a Super-Vó trata o Vovô

ao chamá-lo de ―meu bem‖. (D) no fato de os vestidos da Super-Vó serem

todos iguais.

------------------------------------------------------------ Leia o texto para responder a questão abaixo:

http://tirinhasdogarfield.blogspot.com/2007_07_01_arc

hive.html

O traço de humor do texto pode ser identificado no fato de

(A) o homem ver um rato roubando um biscoito. (B) o rato conseguir fugir do homem e do gato. (C) o gato pegar o biscoito e não o rato. (D) o gato correr atrás do rato.

------------------------------------------------------------ Leia o texto para responder a questão a seguir:

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D16 - Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.

2

O humor do texto está na

(A) pergunta feita pelo menino no primeiro quadrinho.

(B) resposta dada pela mulher no segundo quadrinho.

(C) resposta dada pela mulher no terceiro quadrinho.

(D) conclusão que o menino faz no último quadrinho.

------------------------------------------------------------ Leia o texto para responder a questão a seguir:

dalciomachado.blogspot.com

A fala do personagem e a cena envolvendo o atleta e seu técnico reforçam, de forma humorística,

(A) a dedicação do atleta aos esportes de inverno.

(B) as dificuldades na prática de esporte de caráter elitista.

(C) a crítica aos problemas ambientais da sociedade.

(D) as necessidades características das competições esportivas.

------------------------------------------------------------ Leia o texto abaixo e responda.

A bola

O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar a sua primeira bola do pai. (...)

O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse ―Legal!‖. Ou o que os garotos dizem hoje em dia quando gostam do presente ou não

querem magoar o velho. Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa.

— Como é que liga? – perguntou. — Como, como é que liga? Não se liga. O garoto procurou dentro do papel de

embrulho. — Não tem manual de instrução? O pai começou a desanimar e a pensar que

os tempos são outros. Que os tempos são decididamente outros.

— Não precisa manual de instrução. — O que é que ela faz? — Ela não faz nada. Você é que faz coisas

com ela. — O quê? — Controla, chuta... — Ah, então é uma bola. — Claro que é uma bola. — Uma bola, bola. Uma bola mesmo. — Você pensou que fosse o quê? — Nada não...

(Luis Fernando Veríssimo – Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001,pp. 41-42.)

O efeito de humor provocado pelo texto nasce, sobretudo,

(A) do tipo de presente que foi oferecido. (B) das diferentes expectativas das

personagens. (C) da ingenuidade e da timidez do garoto. (D) do esforço do pai em se mostrar moderno.

------------------------------------------------------------ (Equipe PIP). Leia o texto abaixo.

Passaram-se dois dias e dois ladrões tentaram entrar na nossa casa. Um ficou do lado de fora enquanto o outro pulou o muro. Eu, que sempre fui muito esperta, já estava alerta; quando ele entrou e me viu correr para impedi-lo, seu sangue gelou nas veias, pois sou muito grande e forte (30 cm de altura). esse trecho o efeito de ironia é causado:

(A) Pela reação do ladrão ao encontrar uma cadela na casa.

(B) Pela velocidade com que a cadela avançou sobre o ladrão.

(C) Pelo contraste entre o tamanho da cadela e sua caracterização.

(D) Pelo número de dias decorridos até os ladrões aparecerem.

------------------------------------------------------------ (Equipe PIP). Leia o texto abaixo.

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D16 - Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.

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Dak. Browne. Hagar, o horrivel. São Paulo: dealer, 1990, p. 15.

O efeito de humor dessa tirinha está: A) na ordem que o Hagar deu ao amigo. B) na expressão de espanto do amigo. C) na obediência à ordem do Hagar. D) no alívio que o amigo sentiu ao sair.

------------------------------------------------------------ (SPAECE). Leia o texto abaixo.

O visitante vai passando pelo corredor do hospital, quando vê o amigo saindo disparado, cheio de tubos, da sala de cirurgia:

– Aonde é que você vai, rapaz? – Tá louco, bicho, vou cair fora! – Mas, qual é, rapaz?! Uma simples

operação de apendicite! Você tira isso de letra. E o paciente: – Era o que a enfermeira estava dizendo lá

dentro: ―Uma operaçãozinha de nada, rapaz! Coragem! Você tira isso de letra! Vai fundo,

homem!‖ – Então, por que você está fugindo? – Porque ela estava dizendo isso era pro

médico que ia me operar! Disponível em: <http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid...>.

Acesso em: 17: jul. 2009.

O humor desse texto reside no fato de o

A) visitante ver o amigo saindo disparado da sala.

B) rapaz estar com medo da operação de apendicite.

C) paciente ter visto a enfermeira falando com o médico.

D) médico também estar com medo de fazer a operação.

------------------------------------------------------------ (SAERO). Leia o texto abaixo.

Disponível em:

<http://3.bp.blogspot.com/_cjK0wpbmFLc/TOgRKZgzmXI/AAAAAAAAB0o/aiRj-m_8S2I/s400/tirinhas.jpg>.

Acesso em: 10 maio 2011.

Esse texto é engraçado, porque

A) o menino fez uma bola de chiclete enorme. B) o chiclete estourou fazendo muito barulho. C) o chiclete grudou em todo o rosto do menino. D) o menino achou que seu rosto estava ao

contrário.

------------------------------------------------------------ (CPERB). Leia o texto abaixo.

Numa escola

Numa escola americana a professora diz aos alunos:

- A partir de hoje não há mais racismo na minha sala de aula! Agora já não há mais brancos e negros. Passamos a ser todos azuis!

E prosseguiu: - Agora vamos todos sentar. Os azuis

clarinhos aqui na frente e os azuis escuros lá no fundão!!!!!

Fonte: http://www.piadas.com.br/piadas/curtas (ultimo acesso em 01/11/2011)

O trecho é uma piada curta e objetiva que relata sobre o racismo. Durante todo o texto há somente humor na frase

A) ―Passamos a ser todos azuis!‖

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D16 - Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.

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B) ―... vamos todos sentar.‖ C) ―... azuis clarinhos aqui na frente e os azuis

escuros lá no fundão...‖ D) ―... lá no fundão!!!!!‖

------------------------------------------------------------ (IFRJ). Leia o texto abaixo.

BOM DIA. Charge. 25 jan. 201. Disponível cm : http://bomdiariopreto.com.br/Charges/todas/5>.

Acesso em: 17 set. 2011.

Nessa charge, o humor é criado pela (A) irritação da personagem vítima do golpe. (B) menção à qualidade dos serviços bancários. (C) falta de cuidado das pessoas com os crimes

na internet. (D) reclamação do hacker sobre o saldo na

conta da personagem.

------------------------------------------------------------ (SEPR). Leia o texto abaixo.

O efeito de humor na tira é reforçado devido:

A) Ao fato de Jon adquirir um celular. B) Ao tamanho do celular. C) À ironia no pensamento do Garfield. D) Ao tamanho do manual.

------------------------------------------------------------ (SEPR). Leia o texto abaixo.

Folha de São Paulo, 26/04/2008 - Opinião.

50Língua Portuguesa Anos Finais do Ensino Fundamental -Prova Brasil

Na charge, o autor quer chamar atenção para:

A) A possibilidade de ser feito consórcio para a venda de pães.

B) O aumento na venda de pães. C) O alto preço cobrado na venda de pães. D) A baixa venda de pães através de consórcio.

------------------------------------------------------------ (SEPR). Leia o texto abaixo.

O humor na charge está presente, principalmente:

A) Na pergunta da dona da galinha. B) Na pergunta/resposta da vizinha e seu olhar. C) No objeto apresentado pela vizinha. D) Na expressão fisionômica das personagens.

------------------------------------------------------------ (AvaliaBH). Leia o texto abaixo.

E a nova freguesa da quitanda perguntou ao dono:

– As coisas que o senhor vende duram? – Ah, devem durar muito, madame. Os

fregueses não voltam nunca. ZIRALDO. As anedotinhas do Bicho da Maçã. São Paulo:

Melhoramentos, 1988. p. 23-4.

No texto, há traço de humor em:

A) ―E a nova freguesa da quitanda...‖. B) ―– As coisas que o senhor vende duram?‖. C) ―– Ah, devem durar muito, madame.‖. D) ―Os fregueses não voltam nunca.‖.

------------------------------------------------------------ (AvaliaBH). Leia o texto abaixo.

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D16 - Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.

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SOUSA. Mauricio de. Turma da Mônica. O Estado de S. Paulo, 4

abr. 2005. Caderno 2.

Esse texto é engraçado porque o

A) papagaio mandava o cachorro pegar as pessoas.

B) carteiro gostou do papagaio. C) carteiro achou estranho a placa ―cuidado

com o papagaio‖. D) cachorro corre para pegar o papagaio.

------------------------------------------------------------ (SAERS). Leia o texto abaixo.

Disponível em: <http://www.tirascalvin.com.br> Acesso em: 12 mar.

2010.

Esse texto é engraçado porque o

A) menino fica curioso e decide ler. B) menino quer fazer outra coisa.

C) menino quer brincar com o tigre. D) tigre esconde o que está lendo.

------------------------------------------------------------ (SAERS). Leia o texto abaixo.

Disponível em:

<http://www.monica.com.br/comics/tirinhas/tira37.htm>. Acesso em: 20 mar. 2010.

Nesse texto, o efeito de humor está

A) na expressão do cachorro dormindo. B) na interpretação feita por Franjinha. C) no comentário da mãe no segundo

quadrinho. D) no fato do menino dormir com o cachorro.

------------------------------------------------------------ (SAEMS). Leia o texto abaixo.

Juquinha, o terrível Sabendo que o filho não era chegado a

assuntos religiosos, a mãe estranha ao ver Juquinha ajoelhado no quarto, de mãos postas.

– O que está fazendo, meu filho? – Rezando para que o Rio Amazonas vá

para a Bahia – responde o menino. – Mas por quê? – Porque foi isso que eu escrevi na prova de

Geografia. Almanaque Brasil, maio 2001.

O que torna esse texto engraçado é a A) curiosidade da mãe sobre o filho. B) mãe estranhar a atitude do filho. C) primeira resposta do filho. D) segunda resposta do filho.

------------------------------------------------------------ (SAERJ). Leia o texto abaixo.

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D16 - Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.

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www2.uol.com.br/niquel/.

O que torna esse texto engraçado é o fato de a barata Fliti

A) achar o livro muito bom. B) assustar o homem. C) ficar presa dentro do livro. D) ler o livro até o fim.

------------------------------------------------------------ (SAERJ). Leia o texto abaixo e responda.

Recreio. São Paulo: Abril, ano 10, n. 479, p. 24, 14 maio 2009.

Esse texto é engraçado, porque

A) o predador queria pegar o filhote. B) o macaco fingiu que era predador. C) a mãe enganou o filhote para dar-lhe banho. D) a mãe fugiu com seu filhote para o lago.

------------------------------------------------------------ (SAERJ). Leia o texto abaixo.

*Adaptado: Reforma Ortográfica.

O humor desse texto está no fato de A) as flores tentarem dar um banho no Cascão. B) as flores aparecerem bebendo água. C) o Cascão pensar que havia esguicho nas

flores. D) o Cascão ter falado com as flores.

------------------------------------------------------------ (PROEB). Leia o texto abaixo.

Cozinheira de mão-cheia Minha irmã passou no vestibular aos 17

anos e teve de se mudar para outra cidade. Foi sua primeira experiência de morar

sozinha. Alugou um apartamento e dividiu-o com

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D16 - Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.

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uma amiga da mesma idade que também tinha acabado de entrar para a faculdade. Muito dependente de minha mãe, eram constantes os telefonemas para perguntar as coisas mais diversas. Em uma dessas ligações, minha mãe voltou dando gargalhadas: minha irmã queria saber como se preparava um chá de farinha.

– Chá de farinha? Perguntou espantada minha mãe. – Não se pode fazer chá com farinha!

– Como não? Estamos com uma receita de panquecas que diz: ―Cinco colheres de chá de farinha.‖ Gustavo Fernandes Emílio – Botucatu, SPSeleções Reader’s Digest.

São Paulo: Abril, abr. 2009. p. 59.

O que torna esse texto engraçado é o fato de a moça

A) ter passado no vestibular com apenas 17 anos.

B) ter ido morar fora de casa com uma das amigas.

C) ignorar o significado da expressão ―colheres de chá de farinha‖.

D) fazer várias ligações para perguntar à mãe as ―coisas mais diversas‖.

------------------------------------------------------------ (PROEB). Leia o texto abaixo.

Disponível em:

<http://www.jurisway.org.br/UPLOADS/upl_img/enunciado0004.jpg>. Acesso em: 01 jan. 2010.

O humor desse texto resulta da A) forma como o menino interpretou literalmente

o problema. B) expressão facial do menino durante a

realização da tarefa.

C) extensão do problema proposto ao menino para casa.

D) rapidez com que o menino realiza suas tarefas.

------------------------------------------------------------ (PAEBES). Leia o texto abaixo.

BROWNE, Dik. Hagar.

A passagem que provoca risos é a que

A) alega o motivo para o atraso da sopa. B) apresenta a indignação da personagem. C) confirma a espera do pedido. D) mostra a vestimenta das personagens.

------------------------------------------------------------ (SAEPE). Leia o texto abaixo.

BROWNE, Dik. O melhor de Hagar o Horrivel. Porto Alegre: LP&M,

2008, p. 24-25.

O efeito de humor desse texto está

A) na forma como o homem pula nas poças. B) na postura do homem diante da chuva. C) no fato de a chuva ser boa para os camponeses. D) no sentido da palavra ―nada‖, dita pelo homem.

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D16 - Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.

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------------------------------------------------------------ (SAEPE). Leia o texto abaixo.

Exageros de Mãe

Já te disse mais de mil vezes que não quero ver você descalço. Nunca vi uma criança tão suja em toda a minha vida. [...] Oh, meu Deus do céu, esse menino me deixa completamente maluca. Estou aqui há mais de um século esperando e o senhor não vem tomar banho. Se você fizer isso outra vez nunca mais me sai de casa. Pois é, não come nada: é por isso que está aí com o esqueleto à mostra. [...] Não chora desse jeito que você vai acordar o prédio inteiro. [...] Mas, furou de novo o sapato: você acha que seu pai é dono de sapataria, pra lhe dar um sapato novo todo dia? Onde é que você se sujou dessa maneira: acabei de lhe botar essa roupa não faz cinco minutos! Passei a noite toda acordada com o choro dele. [...] Não se passa um dia que eu não tenha que dizer a mesma coisa.

Não quero mais ver você brincando com esses moleques, esta é a última vez que estou lhe avisando.

FERNANDES, Millôr. 10 em Humor. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1968. pág. 15. Fragmento.

Esse texto é engraçado porque

A) faz uma brincadeira com as mães. B) mostra a bagunça feita pelos filhos. C) mostra a mãe cuidando do filho. D) retrata um modo das mães reclamarem.

------------------------------------------------------------ (SPAECE). Leia os textos abaixo.

Hagar. Dik Browne.

O efeito de humor dessa tirinha está

A) no fato de a esposa ficar fora do brinde. B) no brinde proposto pelo Hagar no jantar. C) na pergunta feita pelo amigo do Hagar. D) na expressão da esposa do Hagar.

------------------------------------------------------------ (SPAECE). Leia os textos abaixo.

Piada

Um homem chega à agência dos correios e compra um selo. Ele lambe o selo, mas este não gruda no envelope, por isso volta ao guichê para reclamar.

A funcionária então responde: ── Que engraçado. O senhor é a décima

pessoa hoje que reclama desse mesmo selo... Seleções. Dezembro 2007. p.124.

O humor do texto está no fato de o homem ter

A) ido à agência dos correios. B) comprado um selo para usar. C) lambido o selo já lambido. D) reclamado com a funcionária.

------------------------------------------------------------ (SADEAM). Leia o texto abaixo.

A professora e o aluno...

A professora pergunta para o aluno: ―Por que você não fez o dever de casa?‖ E o menino responde: ―Porque eu moro em apartamento, professora!‖ O que faz esse texto ser engraçado é

A) a esperteza do aluno. B) a pergunta da professora. C) o esquecimento do aluno. D) o interesse da professora.

------------------------------------------------------------ Leia o texto abaixo.

Má digestão

Um homem vai ao médico reclamando de fortes dores de estômago.

O médico pergunta: – O que é que você acha que pode ter

causado este problema? O homem responde: – Acho que foi o meu almoço de ontem. O médico pergunta: – O que você comeu? – Ostras. – E de que cor elas estavam quando você

as abriu? – perguntou o médico. O homem olhou para o médico, assustado,

e respondeu: – Era pra abrir?

Disponível em: <http://criancas.uol.com.br/piadas/piadas_ variados.jhtm>. Acesso em: 12 ago. 2007.

O humor desse texto se estabelece em:

A) ―O médico pergunta:‖. ( . 3)

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D16 - Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.

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B) ―– Acho que foi o meu almoço de ontem.‖.

( . 7)

C) ―– O que você comeu?‖. ( . 9)

D) ―– Era pra abrir?‖. ( . 15)

------------------------------------------------------------ Leia o texto abaixo.

Essa história é engraçada, porque A) o dragão realmente engoliu um rei. B) o homem está com medo do dragão. C) o rei está fora da história. D) a princesa está zangada.

------------------------------------------------------------

(SAVEAL).Leia o texto e responda.

Camelô caprichado ―Senhoras, senhoritas, cavalheiros! —

estudantes, professores, jornalistas, escritores, poetas, juízes — todos os que vivem da pena, para a pena, pela pena! – esta é a caneta ideal, a melhor caneta do mundo (marca Ciclone!), do maior contrabando jamais apreendido pela Guardamoria! (E custa apenas 100 cruzeiros!).

―Esta é uma caneta especial que escreve de baixo para cima, de cima para baixo, de trás para diante e de diante para trás! — (Observem!) Escreve em qualquer idioma, sem o menor erro de gramática! (E apenas por 100 cruzeiros!).

―Esta caneta não congela com o frio nem ferve com o calor; resiste à umidade e pressão; pode ir à Lua e ao fundo do mar, sendo a caneta preferida pelos cosmonautas e escafandristas. Uma caneta para as grandes ocasiões: inalterável ao salto, à carreira, ao mergulho e ao vôo! A caneta dos craques! Nas cores mais modernas e elegantes: verde, vermelha, roxa... (apreciem) para combinar com o seu automóvel! Com a sua gravata! Com os seus olhos!... (Por 100 cruzeiros!)

―Esta caneta privilegiada: a caneta marca Ciclone, munida de um curioso estratagema, permite mudar a cor da escrita, com o uso de duas tintas, o que facilita a indicação de grifos, títulos, citações de frases latinas, versos e pensamento inseridos nos textos em apreço! A

um simples toque, uma pressão invisível (assim!) a caneta passa a escrever em vermelho ou azul, roxo ou cor-de-abóbora, conforme a fantasia do seu portador. (E custa apenas 100 cruzeiros!).

―Adquirindo-se uma destas maravilhosas canetas, pode-se dominar qualquer hesitação da escrita: a caneta Ciclone escreve por si! Acabaram-se as dúvidas sobre crase, o lugar dos pronomes, as vírgulas e o acento circunflexo! Diante do erro, a caneta pára, emperra – pois não é uma caneta vulgar, de bomba ou pistão, mas uma caneta atômica, sensível, radioativa, (E custa apenas 100 cruzeiros: a melhor caneta, do maior contrabando).

(MEIRELES, Cecília. Escolha o seu sonho. 2ª ed. Rio de Janeiro. Record, 1996. p.22-23)

O trecho ―Esta é a caneta especial que escreve de baixo para cima, de cima para baixo, de trás para diante e de diante para trás!‖ provoca efeito de

(A) beleza. (B) descrença. (C) ironia. (D) humor.

------------------------------------------------------------ Leia o texto abaixo e responda.

SOUZA, Maurício de. Mônica. Gibi, nº 10.

Maurício de Sousa, p. 82, 2007.

Esse texto é engraçado porque

A) Magali não precisava usar o celular para falar com Mônica.

B) Magali estava muito feliz por ter ganhado um celular novo.

C) Mônica não queria falar com Magali. D) Mônica estava cansada de usar o celular.

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