Escolinha diocesana
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ESCOLINHA DIOCESANA17/04/2011
“...Oportunidade para atualizar os mistérios
centrais da Redenção".(Bento XVI)
“...Os solenes ritos litúrgicos nos
ajudam a meditar de forma mais viva a paixão, morte e ressurreição do
Senhor”(Bento XVI)
Ano Litúrgico
Ano Litúrgico
Na Igreja primitiva, o mistério, a celebração,
a pregação, a vida cristã tiveram um único
centro: a Páscoa.
O culto da Igreja primitiva nasceu da Páscoa e
para celebrar a Páscoa.
No início da vida cristã encontra-se o Domingo como única festa, com a única denominação
de "Dia do Senhor".
O Início da Celebração da Semana Santa
• Por influência das comunidades cristãs provenientes do judaísmo, surgiu depois um "grande Domingo", como celebração anual da Páscoa.
• A partir do séc. IV, com os decretos que garantiam a liberdade de culto aos cristãos, começou-se a celebrar na Terra Santa os acontecimentos da Paixão e morte de Jesus Cristo, nos locais e às horas em que eram relatados nos Evangelhos.
• Nasceu assim a Semana Santa e os peregrinos estenderam este uso a todas as igrejas.
A preparação para a Semana Santa
• A celebração do batismo na noite de Páscoa, já em uso no século III, e a disciplina penitencial com a reconciliação dos penitentes na manhã de Quinta-feira Santa, já no século V, fizeram nascer também o período preparatório da Páscoa, ou seja, a Quaresma, inspirada nos "quarenta dias bíblicos".
• A Semana Santa apresenta-se, neste contexto, como a Semana Maior do ano litúrgico. (Egéria, final do século IV: "Itinerarium“ - as últimas horas de vida de Jesus).
Semana Santa - “Semana Dolorosa”
Na Idade Média a Paixão de Cristo era dramatizada pelo povo, pondo em destaque os aspectos do
sofrimento e da compaixão.
Semana Santa – O que é?
Na verdade, não é uma semana que é santa, mas é uma semana de santificação,
em que devemos ficar mais santos.
A Semana Santa é um‘percurso celebrativo’.
Semana Santa
Começa com o Domingo de Ramos e se prolonga com uma série de exercícios de piedade popular até o
Domingo de Páscoa.
Semana Santa: Cores Litúrgicas
Roxa: quer lembrar a dor e o sofrimento de Jesus, isto é, a entrega do Deus Jesus para nossa
salvação.
Vermelha: na Sexta-feira Santa lembra o derramamento do sangue de Cristo, a sua entrega a nós até a
última gota de sangue.
Branca: lembra um dia de festa, a transparência, a claridade, que reflete a luz de Deus.
Domingo de Ramos
A entrada do Senhor em Jerusalém (Mt 21,1-11).
A saudação messiânica Hosana ao Filho de Davi expressa que o povo espera e reconhece a chegada daquele
descendente cujo trono seria estável ou permanente.
Jesus ao querer montar no jumento para entrar na cidade , assume a missão messiânica, descrita por Zacarias: “Dizei à Filha de Sião: eis que o teu rei vem a ti, manso e montado em
um jumento, em um jumentinho, filho de uma jumenta”.
Quantos dias têmo Tríduo Pascal
Quinta-feiraSexta-feiraSábadoDomingo
Tríduo Pascal
O dia civil (calendário), começa às 00:01 e vai até as 23:59.
O dia litúrgico começa numa véspera e vai até a outra véspera.
Segue o ritmo do sol (assim como dia judaico).
Por isso que nós rezamos as vésperas, na Liturgia das Horas. Na véspera já se celebra o que vai acontecer no dia seguinte.(Sábado à tardezinha já se celebra a missa de domingo, p. ex.).
Tríduo Pascal
Com a celebração da Ceia (Quinta-feira Santa), com a instituição da Eucaristia à noite, começa o primeiro dia do tríduo pascal, que vai até a sexta-feira santa, mais ou menos ao meio dia.
Um segundo dia do tríduo pascal, começa com a celebração da paixão, morte, sepultura e um grande silêncio (que, muitas vezes, é esquecido) e vai até o sábado por volta do meio dia, quando à tarde se inicia a preparação da Vigília Pascal.
O terceiro dia do tríduo pascal começa com a preparação e a culmina com a celebração da Vigília Pascal. Se prolonga até o domingo! Celebramos o dia da vida, da Ressurreição, que vai se prolongando até o domingo de manhã com as Missas de Páscoa!
Tríduo Pascal
No sábado as pessoas não sabem o que fazer, contudo é um dia de retiro. É um dia do túmulo, da ausência de Deus, um Deus que desapareceu. É a "celebração da ausência“!
A rigor, o domingo de Páscoa a tarde já não seria mais domingo. Tanto que a Igreja demorou muito para permitir Missa vespertina de domingo, existindo tal possibilidade por motivos pastorais.
Assim, o tríduo começa na quinta, é o dia da ceia, mas também já é o dia da morte, do sofrimento e do sacrifício, que vai da sexta até o sábado, pelo meio dia.
Tríduo Pascal: QUINTA-FEIRA SANTA
Antigamente, na manhã deste dia celebrava-se o rito da reconciliação dos penitentes, a quem tinha sido imposto o cilício em quarta-feira de cinzas.
Tríduo Pascal – MISSA CRISMAL
Última celebração da Quaresma.
• Reúne em torno do Bispo o clero da Diocese• Renovação dos compromissos sacerdotais
Missa Crismal
Exprime "a plenitude do Sacerdócio de Cristo, assim como a comunhão eclesial que deve
animar o povo cristão reunido para o Sacrifício Eucarístico e vivificado na unidade
pelo dom do Espírito Santo".(Bento XVI)
Tríduo Pascal – MISSA CRISMAL
São abençoados os óleos dos catecúmenos, dos enfermos e consagrado o Santo Óleo do Crisma.
Tríduo Pascal – MISSA CRISMAL
Óleo do Crisma - Uma mistura de óleo e bálsamo, significando plenitude do Espírito Santo, revelando que o cristão deve irradiar "o bom perfume de Cristo".
Usado no sacramento da Confirmação (Crisma), da Ordem, do Batismo.
Tríduo Pascal – MISSA CRISMAL
Óleo dos Catecúmenos - Catecúmenos são os que se preparam para receber o Batismo, sejam adultos ou crianças, antes do rito da água.
Este óleo significa a libertação do mal, a força de Deus que penetra no catecúmeno, o liberta e prepara para o nascimento pela água e pelo Espírito. Sua cor é vermelha.
Usado no Sacramento do Batismo.
Tríduo Pascal – MISSA CRISMAL
Óleo dos Enfermos - significa a força do Espírito de Deus para a provação da doença, para o fortalecimento da pessoa para enfrentar a dor e, inclusive a morte, se for vontade de Deus. Sua cor é roxa.
É usado no sacramento dos enfermos, conhecido erroneamente como "extrema-unção".
Tríduo Pascal – LAVA-PÉS
Quinta-feira Santa - Lava Pés e a Instituição da Eucaristia
O Lava Pés e a Instituição da Eucaristia estão conexos porque o Cristo que serve lavando os pés, reconhecendo a necessidade de ser disponível para com o irmão e ser solidário, é o mesmo Cristo que se faz Pão, o Pão da Solidariedade e Pão do povo.
Cristo se entrega até a última gota de sangue e água na cruz. Então, este gesto já é a antecipação do sacrifício na Cruz (Mc 10, 45: sacrifício é um serviço e um resgate)
Celebração da Ceia do Senhor
“Esta celebração nos convida a dar graças a Deus pelo dom da Eucaristia, que devemos acolher com
devoção e adorar com fé".
Tríduo Pascal – Sexta-feira Santa
“Comemorando a paixão e morte de Jesus na cruz, é um dia de tristeza, mas ao mesmo tempo
o momento propício para despertar a nossa fé, reforçar a nossa esperança e coragem para levarmos a nossa cruz, com humildade e confiança em Deus, na certeza do seu
apoio e da sua vitória".
Tríduo Pascal – Sexta-feira SantaAdoração do Cristo na Cruz
É o único dia do ano em que não há Missa, e em que não se tem
Adoração com o Cristo exposto.
A celebração da tarde é uma espécie de drama em três atos:
- proclamação da Palavra de Deus- apresentação e adoração da cruz
- a comunhão.
Tríduo Pascal –Sexta-feira Santa/Sábado
Santo
“No grande silêncio do Sábado Santo, a Igreja vela em oração, partilhando os sentimentos de Maria - de
sofrimento e de confiança em Deus”.
Tríduo Pascal –Sexta-feira Santa/Sábado Santo
A Igreja debruça-se, no silêncio e na meditação, sobre o sepulcro do Senhor.
“Este recolhimento
vai nos conduzir à
Vigília pascal, onde explodirá a alegria da Páscoa”
Tríduo Pascal – Vigília Pascal
“Explode a alegria da Páscoa. É então proclamada a vitória da luz sobre as trevas, da vida sobre a morte e a Igreja se alegra pelo reencontro com o seu Senhor”
Tríduo Pascal – Vigília Pascal
É mais longa que a missa, é VIGÍLIA!
É a mãe de todas as celebrações!
A princípio girava em torno de uma figura fundamental, o catecúmeno, isto é, aquele que se converteu e, depois, se preparou e recebeu uma catequese durante a Quaresma, para ser
batizado na Vigília Pascal.
Tríduo Pascal –
Vigília Pascal – CÍRIO PASCAL
A palavra “círio” vem do latim cereus e significa “cera”.
O círio, quando aceso, começa a se desgastar e já traz de imediato essa
lembrança para nós: o Deus que gastou a sua vida pela nossa redenção.
Tríduo Pascal – Símbolos no círio:
- o alfa e ômega: lembram o Cristo que é completo, o Deus que é eterno e se fez inteiro no meio da nossa
humanidade.
- o ano corrente: lembra que o Cristo é o senhor do tempo, da história e do mundo e, por isso, também
do ano presente.
- os grãos de incenso: lembram a doação de uma vida inteira em favor da humanidade, as chagas do
Cristo Crucificado.
- o cordeiro: lembra o Cristo que se doa e se entrega simplesmente por amor e por gratuidade. Ama
porque quer amar.
- a luz do círio pascal: lembra a vitória da Luz sobre a escuridão, nossa fé!
Símbolos no círio: O Círio Aceso
- A celebração inicial da Vigília Pascal se realiza, há séculos, com as luzes da Igreja apagadas para lembrar exatamente isto: o "não" do ser humano e o "sim" de Deus.
- O "não" do homem gera as trevas, a escuridão, ou seja, o afastamento de Deus.
- Deus, que ama na sua infinita bondade, brilha mesmo diante dessa escuridão.
- O cristão deve resplandecer esta luz na sua vida, nas suas atitudes, na sua fé e no seu
amor para com Deus.
Símbolos no círio: ...aceso no fogo novo
- Depois de confeccionado, se acende o círio com um fogo novo. Lembrando que Cristo é sempre novo e, no seu amor, está sempre disposto a brilhar entre nós, mesmo que o homem e a mulher continuem, com suas
atitudes, dizendo "não".
- Portanto, Deus continua amando o homem apesar da sua infidelidade e apesar de se
cultivar nas trevas.
Tríduo Pascal – Domingo Pascal
A Semana Santa, a Quaresma e todo ano litúrgico nascem desse embrião, que é
o fato marcante da nossa fé: a Ressurreição de Cristo.
Tríduo Pascal – Domingo Pascal
Para os judeus, a Páscoa se tornou uma festa anual.
Para os cristãos também deveria ser anual, mas acabou se tornando semanal.
No Ocidente católico, ela se torna diária, porque a Ressurreição é permanente.
Tríduo Pascal – Tempo Pascal
Oitava da Páscoa: são oito dias em que a Igreja continua repetindo o mesmo dia
de Páscoa. Então, por oito dias se repete o mesmo grito: “O Senhor
ressurgiu! Aleluia”.
Tempo Pascal: (ou qüinquagésima pascal) termina em Pentecostes,
quando vem o Espírito prometido pelo Ressuscitado.
Tríduo Pascal - Sentido
Não é uma memória que se limita a recordar o passado, mas que "nos atrai para a
presença do amor de Cristo".
Data da Páscoa
Em 325 d.C, que determinou a doutrina da Igreja Católica, transformada em religião oficial do Império Romano.
Desde então, festejam-se em oito dias a paixão, morte e ressurreição de Cristo.
O Domingo da Ressurreição é a data mais importante do ano eclesiástico - é celebrado sempre no domingo seguinte à primeira lua cheia da primavera no Hemisfério Norte e do outono no Hemisfério Sul.
Procissão do Encontro
- Entre: o Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores.
Procissão do Encontro: Sermão das Sete Palavras 1. Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem. (Lc 23,34 a); 2. Hoje estarás comigo no paraíso. (Lc 23,43); 3. Mulher eis aí o teu filho, filho eis aí a tua mãe. (Jo 19,26-27); 4. Meu Deus, Meu Deus, porque me abandonastes?! (Mc 15,34); 5. Tenho sede. (Jo 19,28 b); 6. Tudo está consumado. (Jo 19,30 a); 7. Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito. (Lc 23,46 b).
• Reflexão chamando à conversão e à penitência.• Nossa fé é pascal, passa pelo sofrimento, morte e
ressurreição do Senhor.
O que a Semana Santa diz para nós?
Escolinha Diocesana – 17.04.2011
Santo Antonio da Platina – PR
Pe. Rosinei TonietteAssessor Eclesiástico do CUR