Escola Estadual Ruth Martinez Corrêa Ensino Fundamental · 8.1.3 Conselhos Escolares e de...
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Escola Estadual Ruth Martinez
Corrêa Ensino Fundamental
Projeto Político Pedagógico
2007
Ribeirão do Pinhal – PR
1. Sumário
2. Apresentação
2.1Introdução
3. Identificação do Estabelecimento
3.1 Escola
3.2 Município
3.3 NRE
3.4 Entidade Mantenedora
3.5 Ato de Autorização da Escola
3.6 Ato de Reconhecimento da Escola
3.7 Parecer do NRE
3.8 Distância da Escola
3.9 Local
3.10 Site da Escola
4. Organização da Entidade Escolar
4.1 Modalidade de Ensino
4.2 Turno de Funcionamento
4.3 Ambientes Pedagógicos
5. Objetivos Gerais do PPP
6. Marco Situacional
6.1 Breve Histórico da Realidade
6.2 Histórico da Instituição
6.3 Caracterização da Comunidade Escolar
6.3.1 Quadro com o número de turmas e alunos e previsão para 2006
6.4 Estatística de Evasão
6.5 Contradição e Conflitos Presentes na Prática Docente
6.6 Formação Inicial e Continuada
6.7 Organização do Tempo e do Espaço
6.7.1 A Escola como espaço sócio-cultural
6.8 Relação de Trabalho na Escola
6.9 Descrição e Análise com Referência a Gestão Democrática
6.10 Inclusão
6.11 Corpo Discente
6.12 Corpo Docente
7 Marco Conceitual
7.1 Fundamentação Teórica
7.1.1 Fundamentos Políticos, Filosóficos, Sociológicos
7.1.2 Concepção Educacional
7.1.3 Princípios Norteadores da Educação
7.1.4 Objetivos da Escola para hoje e futuro
7.1.5 Fins Educativos
7.1.6 Diretrizes Curriculares que norteiam a ação da escola
7.1.7 Diretrizes Curriculares
7.2 Descrição clara e objetiva dos fundamentos teóricos
7.2.1 Concepção de Sociedade
7.2.2 Concepção de Homem
7.2.3 Concepção de Escola
7.2.4 Concepção de Cidadania
7.2.5 Concepção de Conhecimento
7.2.6 Concepção de Trabalho
7.2.7 Concepção de Cultura
7.2.8 Concepção de Ciência e Tecnologia
7.2.9 Concepção Pedagógica na Perspectiva Histórico-Crítica
7.2.10 Concepção de Ensino-Aprendizagem
7.2.11 Formação Continuada de Professores e Funcionários
7.2.12 Capacitação Continuada para Funcionários
7.2.13 Contradição e Conflitos na prática docente
7.2.14 Formação Inicial e Continuada
7.2.15 Capacitação Continuada
7.2.16 Concepção e Conceito de Currículo
7.2.17 Gestão Democrática
7.2.17.1 O que é Gestão Democrática
7.2.17.2 Gestão Democrática na Legislação
7.3 Organização do Tempo Escolar
7.4 Organização Curricular
7.4.1 Temas Sociais Contemporâneos
7.4.2 Educação Fiscal
7.4.3 Educação no Campo
7.4.4 Cultura Afro-Brasileira
7.4.5 Agenda 21
7.5 Avaliação
7.5.1 Sistema de Avaliação
7.5.2 Sistema de Recuperação Paralela
7.5.3 Adaptação
7.5.4 Classificação e Reclassificação
8 Marco Operacional
8.1 Plano de Ação
8.1.1 Objetivos Gerais
8.1.2 Metas e Ações
8.1.3 Conselhos Escolares e de Representação
8.1.4 Conselho de Classe
8.1.5 Conselho da Escola
8.1.6 Acompanhamento, Controle e Avaliação da Proposta Educacional
8.1.7 Objetivos do Curso
8.1.8 Ensino Fundamental
8.1.9 Metas da Escola
8.1.10 Projeto Fica
8.2 Ações de Trabalho
8.3 Plano de Ação Laboratório de Ciências
8.3.1 Laboratório de Ciências
8.3.2 Equipamentos
8.4 Plano de Ação Biblioteca
8.5 Plano de Ação Sala de Apoio
8.6 Considerações sobre o laboratório de informática
8.7 Organização
8.7.1 Hora-atividade
8.7.2 Reunião Pedagógica
8.7.3 Recursos Financeiros
8.8 Organização Interna da Escola
8.8.1 Funções Específicas
8.8.2 Corpo Docente
8.8.3 Serviços Gerais
8.8.4 Relações entre aspectos administrativos e pedagógicos
8.8.5 Participação da Família e da Comunidade
8.8.6 Papel e Participação das Instâncias Colegiadas
8.8.7 Grêmio Estudantil
8.8.8 Conselho Escolar
8.8.9 Conselho de Classe
8.9 A Associação de Pais, Mestres e Funcionários
8.10 Plano de formação continuada de professores e funcionários
8.11 Acompanhamento e Avaliação do Projeto Político Pedagógico
9 Bibliografia
10 Anexos
10.1Cópia da Ata de Aprovação do PPP
11.Proposta Curricular para o Ensino Fundamental
2. Apresentação
Promover Ensino de Qualidade, Desenvolvendo Trabalho Intelectual,
Profissional e para a Cidadania
A educação dada pela escola, como instituição, para evitar a sensação
de fracasso, tanto em relação às suas próprias expectativas quanto às da
comunidade precisa reinventar seu modo de trabalho, conforme a visão de
mundo que se pretende e os problemas permanentes do meio atual. Para
tanto, seu currículo se embasará nos artigos 12, 13 e 14 da nova LDB
9394/96, que enfoca as responsabilidades da escola, dos alunos e da
comunidade, quanto ao ensino-aprendizagem.
As transformações sociais exigem que a escola se reformule. O
conhecimento não é nem técnica nem um ideal, mas um meio de ação da
sociedade sobre si mesma. E a escola deve ser o espaço em que de
educadores e educandos procurem, juntos, compreender de que forma a
sociedade age sobre: si mesma, pelo conhecimento e através de suas
formas de organização social, de suas formas de decisão, de suas relações
de poder, de suas orientações culturais. E, como hoje se sabe que, além da
família e da escola, toda a sociedade atua sobre a educação, toda ela é
convidada a participar mais explicita e objetivamente. Professor e aluno
precisam pensar que sua função é transmissão e a aquisição conhecimento,
e mais, na sua intervenção na atividade coletiva e pessoal dos membros de
um grupo. Por isso, mudar a relação de autoridade é meio importante, e
deixar as formas estereotipadas de trabalho pedagógico, para que atuem
formação possa ocorrer.
A sociedade hoje exige visão geral, conhecimento das realidades em
nível de mundo.
Encarar a realidade é encarar a mudança. O homem, segundo Scotet,
adquire plenitude, quando pode ajudar a criar o mundo no qual se move.
Este homem não pode mover-se como indivíduo, mas numa consciência
coletiva. A tendência é implementar uma associação estreita entre
educação e sociedade. A educação não pode se esgotar com a freqüência ao
sistema escolar. Ela tem que ser permanente. Produzir conhecimento de
qualidade ( a capacidade de análise, de síntese e sobretudo, de produzir
novos ideários) esse é o problema fundamental para o século XXI: a cultura,
aliada aos meios de vida humana, tomam a educação elemento ativador, de
saúde, cidadania, ecologia e política.
A educação para a construção de um futuro passa, em primeiro lugar,
por uma nova ética: compartilhar conhecimento e não manipular
informações por uma mudança sociocultural, uma educação para a paz
( necessidade de respeito ao ser humano): educação para a saúde mental,
social e política ( sociedade democrática e participativa, e pela conciliação
entre tecnologia e ecologia ( evitando o ecocídeo).
Como se percebe, a Escola, além de elaborar sua proposta, deverá
administrar seu pessoal e recursos, garantir o cumprimento de calendários e
planos docentes, promovendo meios para recuperação e para relação da
instrução com as famílias, sempre que necessário `a consecução de seus
fins educacionais. ( Art. 12 da LDB 9394/96 – 23/12/1996 )
Os docentes participarão da construção da proposta pedagógica, farão
seus planos de ação, zelando pela aprendizagem discente, criando
estratégias de recuperação, cumprindo calendários e horários estabelecidos,
facilitando a integração da escola à comunidade escolar. ( Art. 13 LDB
9394/96)
A instituição escolar estabelecerá sua forma de gestão democrática
pela participação dos profissionais da educação na organização do Projeto
Político Pedagógico e participação da comunidade escolar e local em
conselhos de apoio ( Art. 14 LDB 9394/96)
Por todos esses motivos, a Escola estadual Ruth Martinez Corrêa-
Ensino Fundamental quer participar da mudança social, no que lhe for
possível, com currículos flexíveis, análise freqüente de seus projetos de
trabalhos, e certeza de que, só coletivamente, poderá colher os frutos, longo
prazo, de sua atuação. O Projeto Político Pedagógico estabelecerá, a título
de planejamento a longo prazo os fundamentos básicos que orientarão sua
atividade, visando a uma gestão democrática e qualidade de ensino.
2.1 Introdução
O Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Ruth Martinez Corrêa
– Ensino Fundamental, resultou da reflexão crítica da comunidade escolar
acontecida em reuniões com pais e alunos, conselhos de classe, e em
pesquisas realizadas durante o ano de 2004 e 2005.
Nosso P. P. P. tem como meta a melhoria da qualidade de ensino,
através de novas formas de organização e práticas pedagógicas, visando
principalmente melhorar a qualidade do ensino Público, resgatando, assim a
real função da escola, que é ensinar de forma coletiva e crítica.
Este trabalho será centrado no desenvolvimento do aluno, através das
diversas áreas de conhecimento com conteúdos significativos e
contextualizados, eliminado a ênfase á nota e exercitando uma prática
avaliativa centrada na interação aluno-professor. Essa prática não significa
liberação do compromisso com o processo avaliativo, mas, sim um maior
comprometimento com a avaliação democrática.
Toda a comunidade escolar será envolvida, tendo como objetivo maior
o resgate da Escola Pública, onde cada um deve assumir a responsabilidade
pela melhoria da qualidade de ensino.
3. Identificação do Estabelecimento
A Escola Estadual Ruth Martinez Corrêa – Ensino Fundamental localiza-
se no centro, à Avenida Silveira Pinto, número 1057 no município de
Ribeirão do Pinhal, Estado do Paraná, mantida pelo público Estadual nos
termos da legislação em vigor e regida por este regimento escolar.
3.1 ESCOLA: Escola Estadual Ruth Martinez Corrêa – E.F.
CÓDIGO N°: 00021
3..2 MUNICÍPIO: Ribeirão do Pinhal
CÓDIGO: 2210
3.3 NRE: Jacarezinho
CÓGIGO: 17
3.4 ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná CÓDIGO: 02
3.5 ATO DE AUTORIZAÇÃO DA ESCOLA/COLÉGIO DECRETO N° 4.489/78 DE 05 /01/78
3.6 ATO DE RECONHECIMENTO DA ESCOLA RESOLUÇÃO N. 384/84 DE 02/03/84
3.7 PARECER DO NRE DE APROVAÇÃO DO REG. ESC.
ATO ADMINISTRATIVO N° 182/04 DE 29/11/2004
3.8 DISTÂNCIA DA ESCOLA DO NRE: 53 KM
3.9 LOCAL: URBANA E RURAL
3. E-MAIL DA ESCOLA: rhl [email protected]
4. Organização da Entidade Escolar
4.1. Modalidade de Ensino:
Ensino Fundamental (5ª. A 8ª.)
Nº de turmas: 18 Nº de alunos: 798Nº de professores: 33Nº de pedagogos: 04Nº de funcionários: 15Nº de Diretor Auxiliar: 01 Nº de Diretor: 01
4.2. Turno de Funcionamento:
ManhãTardeNoite
4.3. Ambientes Pedagógicos:
Número total de sala de aulas: 12
Número de salas de aula utilizadas por turno:Manhã: 09Tarde: 07Noite: 05
Sala de recursos
Salas de contra-turno
Sala de apoio pedagógico
Biblioteca
Quadra - coberta Descoberta
5. Objetivos Gerais do PPP
Organizar um programa de estudos sobre os princípios da Educação
para que a comunidade escolar da Escola Estadual Ruth Martinez Corrêa -
Ensino Fundamental, baseada nestes princípios reafirme sem compromisso
na construção de uma sociedade mais justa, humana, fraterna e
democrática:
- Realizar um planejamento conjunto para que a interdisciplinidade
seja concretizada tornando-se uma prática constante em todos os
segmentos da Escola.
6. Marco Situacional
Refere-se às características presente do contexto, um diagnóstico da
realidade sócio-educacional local. Um diagnóstico que deve ser pensado
como ponto de partida para a realização de planos de trabalho, não apenas
no sentido “ curativo”, mas também “ preventivo”. Neste campo cabe-nos
uma reflexão cuidadosa a algumas tendências em relação ao processo aos
produtos do marco situacional.
6.1 Breve Histórico da Realidade
A Escola Estadual Ruth Martinez Corrêa – Ensino Fundamental está
situada na Avenida Silveira Pinto número 1057 na cidade de Ribeirão do
Pinhal.
Sua clientela é de baixo poder aquisitivo com déficit educacional,
grande descomprometimento dos pais com famílias desestruturadas, pouca
integração entre professores, indisciplina por parte dos alunos, gerando falta
de estímulo para a continuidade dos estudos.
A educação brasileira está preocupada com a qualidade do ensino.
O Estado está consciente da necessidade de reformular as propostas
do ensino de uma maneira coerente com os avanços do conhecimento sobre
a inteligência e aprendizagem. O município promove integração entre os
diversos segmentos da educação para que o educando não tenha um ensino
fragmentado .
6.2 Histórico da Instituição
A escola Estadual Ruth Martinez Correa – Ensino Fundamental foi
criada pela Lei no. 2547 de 26 de dezembro de 1955, com o nome de
Ginásio Estadual de Ribeirão do Pinhal. Do início de 1956 à julho de 1967
funcionou no prédio da Escola Estadual Dr. Marcelino Nogueira, situado à
Avenida Silveira Pinto, 857.
Em julho de 1967 através – do decreto 4.498/78 de 03/11/78, passou a
denominar-se Escola Ruth Martinez Corrêa – Ensino de 1º. Grau.
Em 1984, através da Resolução no. 384/84, publicada no diário oficial
no. 1736,
de 20 de março de 1984 fica reconhecido o curso de 1º Grau – Regular (5ª à
8ª séries).
De acordo com a Resolução no. 3.120/98, Diário Oficial de 11 de
setembro de 1998 a Escola passa adequar-se à nova nomenclatura Escola
Estadual Ruth Martinez Corrêa – Ensino Fundamental.
6.3 Caracterização da Comunidade Escolar
Nossa clientela é composta de jovens e adultos que apresentam
diferentes níveis sócio-econômicos e culturais. Os alunos do período
vespertino e do período noturno dependem do transporte escolar na sua
maioria, filhos de trabalhadores rurais. A maioria dos alunos recebe
assistência escolar.
6.3.1 Quadro com o número de turmas e alunos:
Série No. De Turmas Turno No. De alunos 5ª . Série 2 Manhã 765ª . Série 2 Tarde 675ª . Série 1 Noite 236ª . Série 3 Manhã 996ª . Série 2 Tarde 706ª . Série 1 Noite 527ª . Série 2 Manhã 727ª . Série 2 Tarde 637ª . Série 1 Noite 498ª . Série 2 Manhã 998ª . Série 1 Tarde 688ª . Série 2 Noite 68
Previsão para 2006
Série No. De Turmas Turno No. De alunos5ª . Série 2 Manhã 805ª . Série 2 Tarde 705ª . Série 1 Noite 256ª . Série 3 Manhã 1036ª . Série 2 Tarde 756ª . Série 1 Noite 567ª . Série 2 Manhã 787ª . Série 2 Tarde 667ª . Série 1 Noite 668ª . Série 2 Manhã 1038ª . Série 1 Tarde 708ª . Série 2 Noite 72
6.4 ESTATISTICA DE EVASÃO
6.5 Contradição e Conflitos presentes na prática docente
O laborioso processo de construção coletiva / colegiada do projeto
político-pedagógico se justifica à medida que incide diretamente sobre a
ação docente. Seria sustentável um trabalho pela educação, baseado
apenas no idealismo de iniciativas isoladas de um ou outro professor?
A conjuntura atual da sociedade e do cenário mundial lança enormes
desafios ao educador. A escola é ainda uma das instituições capazes de
agregar forças em prol da construção de um ser humano consciente,
solidário, crítico e empreendedor. Um ser humano apaixonado por valores e
princípios que lhe conferem dignidade e sentido para a vida. Um ser
humano inquieto, capaz de tomar iniciativas, perseguir sonhos e objetivos
( FREIRE, 2002). Qual seria o ponto de apoio de uma ação docente geradora
de tão esperados frutos? Uma elaboração curricular aberta a adaptação
necessárias e constantes?
O currículo não só é ponto de apoio como também a ponte entre a
proposta pedagógica da escola e a práxis do corpo docente. O uso do termo
“currículo” na educação esteve inicialmente ligado às concepções de “
unidade, ordem e seqüência dos elementos de um curso e, a elas
subjacentes, as aspirações de se imprimir maior rigor à organização do
ensino”. ( SAVIANI, 1994). O que se pretendia com isso? Estabelecer
caminhos de análise da eficiência das práticas educativas sob a égide de um
“plano” preestabelecido e de uma “metodologia” dele decorrente.
6.6 Formação inicial e continuada
Formação inicial e continuada compreendendo que a natureza da
escola mudou, hoje não podemos mais ver o educador como agente
reprodutor de um conhecimento adquirido. Atualmente a escola é um
sistema complexo que atende uma clientela imensa e diversificada. Para
tanto, o educador, hoje, precisa desempenhar tarefas específicas que
possibilitem o funcionamento desse sistema.
Faz-se necessário continuar à prática educacional que deverá ser feita
pelo coletivo dos educadores. Essa prática implica num exame crítico e
cuidadoso do papel da educação e da prática específica no projeto social e
político mais abrangente.
A formação continuada dos professores visa estimular uma
perspectiva crítico-reflexiva, que possibilite a busca de um investimento
pessoal, livre e criativo e uma entidade profissional. Esta formação também
se fará por interações pessoais e troca de experiência partilhada entre os
próprios docentes.
Fomentar o engajamento para com a questão da formação continuada
do corpo docente está para além do alcance de soluções, ante as
deficiências na qualidade de ensino. Está, sim, no esforço sempre renovado
de empreender ações coletivas, tendo como primeira finalidade à
qualificação do próprio trabalho docente.”É impossível ensinar sem essa
coragem de querer bem, sem a valentia dos que insistem mil vezes antes de
uma desistência. É impossível ensinar sem a capacidade forjada, inventada,
bem cuidada de amar”. ( FREIRE, 2003)
6.7 Organização do Tempo e do Espaço
6.7.1 A Escola como Espaço Sócio-Cultural
Analisar a escola como espaço-cultural significa compreendê-la na
ótica da cultura, sob um olhar mais denso, que leva em conta a dimensão do
dinamismo, do fazer-se cotidiano, levado a efeito por homens e mulheres,
trabalhadores e trabalhadoras, negros e brancos, adultos e adolescentes,
enfim, alunos e professores, seres humanos concretos, sujeitos sociais e
históricos, presentes na história, atores na história. Falar da escola como
espaço sócio-cultural implica, assim, resgatar o papel dos sujeitos na trama
social que a constitui, enquanto instituição.
Este ponto de vista expressa um eixo de análise que surge na década
de 80. Até então, a instituição escolar era pensada nos marcos das análises
macro-estruturais, englobadas, de um lado, nas teorias funcionalistas
( Durkheim, Talcolt Parsons, Robert Dreeben, entre outros), e de outro, nas “
teorias da reprodução” ( Bourdieu e Passeron; Baudelot e Establet;Bowles e
Gintis; entre outros). Essas abordagens, umas mais deterministas, outras
evidenciando as necessárias mediações, expõem a força das macro-
estruturas na determinação da instituição escolar. Em outras palavras,
analisam os efeitos produzidos na escola, pelas principais estruturas de
relações sociais, que caracterizam a sociedade capitalista, definindo a
estrutura escolar e exercendo influências sobre o comportamento dos
sujeitos sociais que ali atuam.
A partir da década de 80, surgiu uma nova vertente de análise da
instituição escolar, que buscava superar os determinismos sociais e a
dicotomia criada entre homem-circunstância, ação-estrutura, sujeito-
objeto.Essa vertente se inspira num movimento existente nas ciências
sociais, direcionado por um paradigma emergente que no dizer de
Boaventura (1991), tem como característica a superação do conhecimento
dualista, expresso na volta do sujeito às ciências: ”o sujeito, que a ciência
moderna lançara na diáspora do conhecimento irracional, regressa investido
da tarefa de fazer erguer sobre si uma nova ordem científica (p.43)”. O
reflexo desse paradigma emergente é um novo humanismo, que coloca a
pessoa, enquanto autor e sujeito do mundo, no centro do conhecimento,
mas, tanto a natureza, quanto as estruturas, estão no centro da pessoa, ou
seja, a natureza e a sociedade são antes de tudo humanas.
6.8 Relação de Trabalho na Escola
“No grupo de classe a responsabilidade do professor é: ensinar.Essa
intenção de instruir obriga a uma estratégia ativa; obriga a buscar a
interação e a construir uma relação positiva possível, mesmo com alunos
que o desconcertam, o decepcionam, o incomodam mais simplesmente
com os quais ele sente não ter qualquer afinidade.Por isso, deve tentar ou
diminuir a distância existente entre ele e algumas crianças, uma distância
existente entre ele e algumas crianças, uma distância provocada pelo
conjunto de mal-entendidos, das rejeições, dos juízos de valor, dos rótulos
desqualificadores das diferenças não-aceitas que tornam a comunicação
difícil, a relação conflituosa entre professor e seus alunos.
A essa distância estatutária (o status de professor na sala) soma-se
uma distância pessoal e cultural desigual, conforme os alunos. De onde ela
vem? Uma parcela importante dessa distância certamente vem do fato de
que o professor tem um projeto a ser inculcado e, por conseguinte, espera
do aluno disciplina, trabalho, atenção, esforços contínuos e, em definitivo,
aprendizagens. Essas expectativas criam uma tensão potencial, que se
atualiza cada vez que o aluno resiste a elas e não as satisfaz.
A Distância entre professor e o aluno irá se enraizar, então, no juízo de
menosprezo do professor sobre o valor escolar e o comportamento de certas
crianças / adolescentes. Através da avaliação formal, assim como de vários
outros indicadores, o professor revela o que pensa a respeito das
competências intelectuais de um aluno, bem como de sua vontade, de seu
desejo de aprender, de sua capacidade de organizar seu trabalho e levá-lo a
sério, de sua honestidade, de sua criatividade, de sua habilidade.
Para uma criança / adolescente é difícil ter uma relação positiva com
alguém que a julga soberanamente em todos esses âmbitos, sobretudo
quando seu juízo é desfavorável, alguém que sanciona seus erros e falhas,
que a expõe a recriminações, a vexames públicos, que a ameaça com um
fracasso, que se queixa aos seus pais.
Em sentido inverso, também não é fácil para o professor ter uma
atitude positiva com relação a uma criança/adolescente que não sabe nada
e que, além disso, não se esforça para aprender e assume o papel de mau
aluno. Não há condições para se construir uma relação positiva baseada na
estima mútua e na afeição recíproca. E todos os discursos modernos
proclamam que essa é uma condição para o sucesso da ação educativa.
Existem outras distâncias ainda mais difíceis de superar, ou porque os
interesses vitais do professor estão em jogo, ou porque a distância é
mantida através de mecanismos pouco conscientes, em âmbitos que
aparentemente, não se referem à excelência escolar Stricto Sensu, mas ao
conjunto das condutas, das maneiras de ser, dos modos de relação com
outro que se desenvolvem na classe concebida como sistema social, rede de
relações interpessoais, lugar de trabalho, mas também de jogo, de trocas,
de poder de vida coletiva, de decisões.
Os dirigentes estão empenhados nas melhorias das condições da
Escola,, tanto na estrutura quanto na organização. Há diálogo permanente
entre toda a comunidade escolar através de reuniões, busca sugestões e
interação com líderes da comunidade, poder judiciário e municipal.
Os serviços prestados pela Equipe Pedagógica buscam colher opiniões
entre alunos, professores, pais e comunidade no sentido de solucionar
pequenas réstias promovendo os ajustes necessários em função da clientela
atendida, quanto ao mercado de trabalho e os desafios que a sociedade nos
apresenta, fazendo um diagnóstico, para que a missão da escola seja
“educar para cidadania consciente”, construindo sua identidade e buscando
unidade ação.
A aplicação do PPP busca estabelecer, através de reuniões
motivadoras, estratégias para construir uma gestão administrativa e
pedagógica participativa, procurando envolver todo os segmentos da escola.
A Equipe Pedagógica exerce atividades permanentes de acompanhamento,
controle e avaliação do processo ensino–aprendizagem, analisando o
resultado do rendimento escolar, contribuindo para a reformulação do
planejamento, e novas proposta do ensino.
A comunidade no seu trabalho coletivo está praticamente restrito ao
grupo de servidores , alunos, com pequena participação, devendo ser
ampliado o relacionamento da Escola com a comunidade, através de
projetos sociais, proporcionando uma maior participação da família,
contribuindo, assim, para construção de uma sociedade mais igualitária.
6.9 Descrição e Análise com Referência a Gestão Democrática
Permitir que a sociedade exerça seu direito à informação e à
participação deve fazer parte dos objetivos de um governo que se
comprometa com a solidificação da democracia. Democratizar a gestão da
educação requer, fundamentalmente, que a sociedade possa participar no
processo de gestão da educação requer, fundamentalmente, que a
sociedade possa participar no processo de formulação e avaliação da
política da educação e na fiscalização de sua execução, através de
mecanismos institucionais. Essa presença da sociedade materializa-se
através da incorporação de categorias e grupos sociais envolvidos direta ou
indiretamente no processo educativo, e que, normalmente, estão excluídos
das decisões (pais, alunos, funcionários, professores). Ou seja, significa tirar
dos governantes e dos técnicos na área o monopólio de determinar os
rumos da educação no município.
6.10 Inclusão
A Escola Estadual Ruth Martinez Corrêa possibilita a inclusão de D.M. e
D.A. em grau mediano. É direito do cidadão portador de necessidades
educacionais especiais ter mesmas possibilidades de aprendizagem dos
alunos considerados normais. A vivência de experiências positivas contra o
preconceito e a favor da integração, são valores que devem fazer parte da
realidade escolar e da sociedade como um todo.
Estará à disposição do professor responsável, uma sala de recursos
que servirá como espaços para serem trabalhadas as atividades necessárias
e os suportes pedagógicos aos alunos com necessidades educacionais
especiais.
6.11 Corpo Discente
A Escola Estadual Ruth Martinez Corrêa atende a alunos, em sua
maioria, com idade entre 11 e 14 anos, com situação sócio-econômica e
cultural heterogênea.
A grande maioria dos alunos pertence às classes sociais D e E, cujas
famílias possuem escolaridade básica e Ensino Fundamental incompleto..
Aproximadamente 70% (setenta por cento) das famílias possuem
moradia própria, sendo que 80% (oitenta por cento) do total dos alunos
moram a uma distância inferior,a 1 (um) quilômetro da Escola ensino está a
proximidade Escola - Moradia.
A escola recebe cada ano um novo contingente de crianças que
compõe e trazem consigo uma realidade já marcada e dificilmente passível
de modificação. É inútil que os professores tentem ignorar a situação: as
crianças chegam já com diferentes possibilidades, e as oportunidades que
perderam são irrecuperáveis. Isso porque tais possibilidades diferentes
nascem do ambiente onde viveram, das experiências pelas quais passaram,
da maneira como se alimentaram desde o nascimento, dos estímulos
intelectuais que receberam ou não desde pequenos. Quando em idade
escolar, as deficiências nutritivas já deixaram marcas irreparáveis.
Os alunos da Escola Estadual Ruth Martinez Corrêa utilizam a escola
como espaço cultural, social e recreativo. Apresentam boa freqüência
escolar, entretanto são pouco interessados nas atividades escolares e têm
baixo rendimento.
6.12 Corpo Docente
A elaboração do Projeto Político Pedagógico propõe apresentar uma
visão geral da escola, tem de partir de um conceito de educação, uma vez
que toda a sua ação tem de convergir, em última instância, para a
efetivação do que seja estabelecido por educação.
Todos os aspectos que envolvem o comportamento humano hão de
servir de subsídios para que, mais eficientemente, o Projeto Político
Pedagógico possa alcançar o seu objetivo máximo, que é efetivar a
educação.
Partindo do princípio que a escola pública somos nós, há necessidade
de se pensar coletivamente e inserir-se nessa realidade. Para articular os
elementos cidadania, cultura, conhecimento e formação é necessário que
haja uma apropriação dos conhecimentos científicos, de uma maneira
formal ou lúdica para se enfrentar os desafios. Para isso, é essencial que o
professor se entenda como sujeito histórico, indivíduo social, produzido na
cultura e produtor de cultura.
Assim sendo, paixão e formação caminham concomitantemente na
construção do conhecimento. Tal processo dar-se-á através do
desenvolvimento de atividades contextualizadas, que esclarecem ao aluno
muitas das dúvidas em relação à aplicabilidade de conhecimentos
adquiridos na escola e que aparentemente não têm com seu dia-a-dia.
Além dos professores que trabalham com essa realidade escolar,
poucos são os que conhecem o aspecto diário dessa escola - alunos que
repetem, os que abandonam a escola, os casos de "meu irmãozinho não
veio porque não tem tênis"; os que tomam café da manhã feito de mate
cozido ou cevada e os que trazem os cadernos manchados porque "caiu
goteira dentro de casa, professor..."
7. Marco Conceitual
7.1 Fundamentação Teórica
Finalidades Do Ensino Fundamental
Ressaltamos o que diz a LDB em relação aos princípios e fins da
educação:
Art. 2° - A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos
princípios de liberdade e nos exemplos da solidariedade humana, tem por
finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu pleno exercido da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 32 - O ensino fundamental, com duração mínima de nove anos,
obrigatório e gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica
do cidadão, mediante:
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios
básicos o pleno domínio da leitura da escrita e do cálculo;
II - a compreensão cio ambiente natural e social, do sistema político,
da tecnologia, e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em
vista a aquisição de conhecimentos, habilidades e a formação de atitudes e
valores,
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de
solidariedade humana e tolerância respectiva que se assenta à vida social.
A escola de ensino fundamental deve proporcionar ao educando o
desenvolvimento das habilidades, observação, interpretação, julgamento e
conclusões próprias, despertando o espírito critico, incutindo sua própria
curiosidade, para que este busque explicar e questionar a sua realidade.
Assimilando o ouvir, falar, redigir, aperfeiçoando sua linguagem oral e
escrita dentro do espaço em que esta inserida.
7.1.1 Fundamentos Políticos, Filosóficos, Sociológicos
Acreditamos numa educação que permita o crescimento, a
socialização a participação contínua do aluno, contextualizadas num mundo
em profundas mudanças, possibilitando a construção de conhecimentos que
os tornem capazes de enfrentar a realidade , sendo dinâmicos construtores
com perspectivas, alternativas e opiniões próprias, aptos a questionar e a
solucionar seus problemas. A escola apresenta-se como instituição que
favorece o acesso à cultura, despertando no educando prazer pelo
conhecimento, oferecendo condições para o desenvolvimento de um
autoconceito, ajudando nos métodos de pensamento, pesquisa e
investigação, que levem ao educando embasamento de valores com justiça,
verdade, solidariedade e respeito.
O modelo de sociedade vigente hoje influencia diretamente a
educação. A visão neoliberal possibilita que o "domínio privado dos meios de
produção permite que uma determinada classe social se aproprie dos frutos
do trabalho humano, entre os quais se inclui o conhecimento e os utilize
conforme seus interesses".
( KLEIN , 2000b).
Dentro desse contexto os trabalhadores passam a acreditar na idéia
de que cada indivíduo é responsável pela condição em que se encontra, ou
seja, o Estado passa a minimizar seu compromisso com o cidadão
sobrepondo-se aos interesses do capital.
Nessa sociedade capitalista tudo é transformado em mercadoria,
inclusive o próprio conhecimento, refletindo diretamente no ensino da
escola pública, pois os investimentos neste setor foram brutalmente
cortados sendo os recursos destinados prioritariamente para a manutenção
do capital.
Por isso a escola pública encontra-se nesse estado de sucateamento.
As instituições escolares precisam dar conta de todas as funções que lhe são
atribuídas, utilizando o mínimo de recursos financeiros e humanos, gerando
um processo que está dificultando a cada dia o acesso da classe
trabalhadora ao conhecimento. É um círculo vicioso, pois é o trabalhador
que precisa do conhecimento real ofertado pela escola pública para que
possa lutar por uma sociedade mais justa, mas nessa perspectiva neoliberal
é o conhecimento ideológico da classe dominante que é repassado nas
escolas, justamente para ocultar os verdadeiros mecanismos de exploração
dos trabalhadores, criando a falsa impressão de que não é possível superá-
los.
Um desses mecanismos é a preocupação com o índice de aprovação,
segundo Caldas (2004, p.38) a pedagogia da aprovação não é
necessariamente a pedagogia da aprendizagem, pois quanto maior for o
número de alunos aprovados, maior será a garantia de recursos investidos
por organizações internacionais como BIRD, UNESCO, FMI, porém, não há
preocupação alguma em garantir aos alunos a aprovação em decorrência do
real aprendizado, e sim a aprovação pela aprovação, apenas com o objetivo
de distribuir a certificação escolar ao maior número de alunos, criando a
ilusão de que o trabalhador está tendo acesso a escola. Neves (1999) afirma
que nesta década, de acordo com o padrão neoliberal de desenvolvimento
mundial e nacional, o sistema educacional redefiniu-se para formar um novo
tipo de trabalhador, o que contribui para a subordinação da escola aos
interesses empresariais em favor da alimentação do capitalismo. Reforçou a
dualidade do ensino, e para a classe trabalhadora restou em lugar da
aquisição dos conteúdos científico-tecnológicos as normas de conduta, ou
seja, o novo trabalhador deve ter as competências básicas para ser inserido
no mercado de trabalho (operar, acatar, adaptar-se, etc.).
Contrário a essa perspectiva a Escola Estadual Ruth Martinez Corrêa
entende que o acesso à escola está diretamente ligado ao acesso ao
conhecimento e que " a luta pela escola só tem sentido se ela de fato
realizar seu papel de socializadora do conhecimento". (Klein, 2000b)
Para isso é necessário em primeiro lugar ter definido para qual classe
a escola está voltada, para a classe trabalhadora ou para a elite. Segundo
Saviani (ano p. 16) os ideólogos da burguesia proclamaram a escola
universal, gratuita e obrigatória, portanto, uma escolaridade comum para
todos"...." é preciso um mínimo de instrução para os trabalhadores e este
mínimo é positivo para a ordem capitalista, mas ultrapassando esse mínimo,
entra-se em contradição com essa ordem social".
Com vistas a garantir a qualidade do ensino na escola pública, todos
os esforços possíveis serão realizados para promover a superação da classe
trabalhadora permitindo "uma formação democrática que, ao proporcionar
valores e conhecimentos, capacite e encoraje seus alunos a exercerem
ativamente sua cidadania na construção de uma sociedade melhor." (Paro,
p.35).
7.1.2 Concepção Educacional
No processo de ensino aprendizagem, em uma concepção histórico
cultural., a criança como sujeito concreto, histórico que se desenvolve e
aprende a partir das experiência vividas no cotidiano e pelas trocas no
processo de interação que deve permitir a mediação de sujeito experiente,
mediante uma intervenção pedagógica planejada pela escola e pelo
professor.
A concepção histórica cultural considera todos capazes de aprender e
compreender que as relações estabelecidas pelas crianças, jovens e adultos
são fundamentais para a apropriação do conhecimento do processo de
aprendizagem abrangendo três momentos:
- Socialização: troca entre a criança e outro ou outros sujeitos ou ainda
objetos;
- Individualização: interpretação, reelaboração desse projeto ou troca;
- Interação: relacionamento com o mundo exterior, com mais
conhecimento assimilado. Respeitando esses três momentos oportuniza-
se a apropriação do conhecimento gradativamente, o sujeito irá ampliar
a sua forma de ler o mundo e representá-lo.
Tanto o aluno quanto o professor tem papel fundamental e ativos na
aprendizagem. O aluno como ser pensante, questionador, que estabelece
relações com os demais sujeitos e objetos do conhecimento; o professor
como mediador entre as informações e o meio, o conhecimento científico e
o aluno.
Um professor que busca, planeja, que seja criativo nas atividades, que
conheça a realidade, um ser verdadeiramente comprometido com o que faz,
certamente contribuirá para que os sujeitos não aprendam somente a
codificar símbolos, mas que também se tornem cidadãos participantes,
contribuindo na construção da sociedade.
7.1.3 Princípios Norteadores da Educação
Fundamentados na LDB, no ECA , destacamos habilidades, competências
e capacidades que o educando deverá desenvolver.
- Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes
situações sociais, usando o diálogo como forma de mediar conflitos e
tomar decisões coletivas;
- Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro,
bem como os socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se
contra qualquer discriminação, diferenças culturais, de classe social, de
crenças, de sexo, de etnia ou outras características sociais.
- Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do
ambiente, identificando seus valores e as interações entre eles,
contribuído ativamente para a melhora do meio ambiente;
- Saber utilizar diferentes formas de informações e recursos tecnológicos
para adquirir e transmitir conhecimento;
- Questionar a realidade formulando problemas e tratando de resolvê-los
utilizando para isso: pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a
capacidade de análise crítica, selecionando produção e verificando sua
adequação.
7.1.4 Objetivos da Escola para hoje e futuro
Encaminhar uma proposta pedagógica que esteja de acordo com a
realidade da comunidade escolar, ou seja, que o trabalho pedagógico
realizado em nossa escola parta do pressuposto que o aluno que freqüenta
nossas salas de aula é um sujeito histórico, que se constrói a partir de sua
gama de informação, com o meio em que vive, e que este meio do qual a
escola faz parte determina fundamentalmente seu comportamento frente à
socialização com o mundo e a construção de seus conhecimentos.
7.1.5 Fins Educativos
Vemos a criança como um ser em pleno desenvolvimento de suas
capacidades, devendo ser contextualizada em uma sociedade real,
concreta, que precisa lhe proporcionar condições satisfatórias de brincar e
aprender.
A criança é um ser que nasce e cresce interagindo num ambiente
social, biológico e histórico.
No decorrer dos anos vemos essa criança se desenvolvendo dentro do
ambiente escolar, numa convivência com os demais que muito influenciam
seu processo evolutivo. A escola proporciona a criança o contato social e
principalmente o contato com o conhecimento sistematizado.
O ambiente familiar também é um desses fatores e podemos afirmar
que é o principal deles, que mais valor tem sobre o desenvolvimento da
criança. Através da convivência diária que temos com eles, somos capazes
de perceber que, dependendo do tipo de ambiente em que ele vive, ou seja,
na comunidade que está inserida, determinamos comportamentos e
desempenhos frente ao conhecimento amplamente estimulado pelo
ambiente familiar.
Cabe ao educador proporcionar oportunidades de desenvolvimento,
favorecer o contato e o conhecimento historicamente acumulado, porém
sabemos que a família tem grande papel nesse desenvolvimento.
7.1.6 Diretrizes Curriculares que norteiam a ação da escola
Finalidades do Ensino Fundamental baseada nos encontros
pedagógicos e estudos realizados em 2004 e 2005.
Direção, Pedagogos, Professores e funcionários se reuniram para
escrever e nortear os trabalhos Pedagógicos na Escola Estadual Ruth
Martinez Corrêa – Ensino Fundamental.
No que diz respeito à educação, o consenso entre os trabalhadores em
educação desta escola adotou uma teoria que busca possibilitar uma síntese
de conhecimentos, que leve os alunos a adquirir uma visão mais clara e
unificadora da sociedade, participando do senso comum ao senso crítico.
Defende um ensino de qualidade para todas as camadas sociais, pois
considera o homem-cidadão, como o sujeito ativo na educação.
O conhecimento deve ser contínuo (estar ligado às experiências dos
alunos) e ultrapassar as pressões da ideologia dominante, resultando nas
trocas entre o sujeito e o meio social, sendo o professor o mediador desse
processo.
7.1.7 Diretrizes Curriculares
Conforme Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental:
I - As escolas deverão estabelecer, como norteadores de suas ações
pedagógicas:
- Os princípios éticos da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e
do respeito ao bem comum.
- Os princípios políticos dos direitos e deveres de cidadania, do exercício da
criticidade e da democracia.
C) os princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade, e da diversidade
de manifestações artísticas:
II - Ao definir suas propostas pedagógicas, as escolas deverão explicitar o
reconhecimento da identidade de alunos, professores e outros profissionais
e a identidade de cada unidade escolar e de seu respectivo ensino.
Ill - As escolas deverão reconhecer que as aprendizagens são constituídas
na interação entre conhecimento, linguagem e afetivos, como conseqüência
das relações entre as distintas identidades participantes do contexto
escolarizado, através de ações inter e intra - subjetivas, as diversas
experiências de alunos, professores e demais participantes do ambiente
escolar, expressas através de múltiplas formas contribuir para a constituição
de identidades de afirmativas, persistentes e capazes de protagonizar
autônomas de constituição de conhecimentos e valores indispensáveis à
vida cidadã.
7.2 Descrição clara e objetiva dos fundamentos teóricos
7.2.1 Concepção de Sociedade
A sociedade é o agrupamento do pensamento de todos os homens ao
longo da história que interfere no coletivo deste pensamento e sofre a
influencia da coletividade.
Assim, as partes influenciam o todo e este influencia as partes,
portanto não podemos pensar uma sociedade estática, mas uma sociedade
em constante transformação.
A mídia é um instrumento dos grupos dominantes para sua
perpetuação nesta condição. Assim, cabe-nos questionar as informações
transmitidas e a que propósito elas servem: conservação ou transformação
social, ou ainda, criar condições para a resistência, as ideologias do
mercado veiculado pela mídia.
Exatamente por não ser estática esta sociedade não deve aceitar nada
como inevitável ou historicamente dado, pois os homens fizeram suas
relações, portanto podem modificá-la.
Atualmente existe uma apologia do pensamento único. Os neoliberais
afirmam que qualquer sociedade que não seja esta baseada na exploração
do homem pelo homem, do lucro, da eficácia não é viável.
A sociedade desta hegemonia difunde a idéia de que não existe
esperança fora do sistema. Que cada indivíduo deve proceder numa espécie
de "salve-se quem puder". Um medo do amanhã. Uma sociedade da
exclusão, onde o discurso prega a maximização do lucro como única forma
de se chegar a uma sociedade mais Justa, mas que na prática se tem visto a
maximização da miséria.
Na perspectiva neoliberal a sociedade é apenas um enorme
supermercado, onde uns são consumidores e outros mercadorias a serem
comercializadas.
Assim, a escola se torna local privilegiado para transformar o sujeito
em
consumidor, trabalhador e local de doutrinação para aceitar as diretrizes
neoliberais. O discurso neoliberal afirma que a competitividade é um dos
principais objetivos da escola.
Enquanto instituição esta deve primar pela eficácia e competitividade,
quanto deve preparar o aluno para ta!. Este educando se tornará assim um
indivíduo em defesa de seus próprios objetivos, incapaz de articular-se com
outros indivíduos para um projeto de sociedade cujos objetivos sejam
coletivos.
7.2.2 Concepção de Homem
O homem é um ser social, sua evolução o levou a agregar-se para
superar as
Condições dadas pela natureza. Assim, ao se agrupar cria referenciais de
conduta a serem seguidas por todos os membros do grupo. Estabelecem
proibições e punições.
Criaram instituições como o Estado para organizar os vínculos entre os
gruposhumanos. Enfim o homem se organiza socialmente e isto o diferencia
dos outros animais. O homem também diverge dos outros animais por ser o
único a realizar um trabalho consciente. Ele é capaz de agir na natureza
para transformá-la para atender suas necessidades. A organização do
trabalho levou o homem a explorar seu semelhante em busca da
acumulação de riquezas, onde muitos são alienados do fruto do trabalho
socialmente produzido em benéfico de outrem que detém os meios de
produção. Assim, aquilo que deveria ser a causa da consciência de sua
condição de homem (o trabalho) torna-se sua implementação a causa da
alienação de sua condição humana.
Uma nova visão de homem deverá privilegiar as relações horizontais entre
os indivíduos, uma organização que recoloque o homem na plenitude de sua
condição humana. Isto só se dará se este se colocar na condição de sujeito,
capaz de refletir sobre suas ações cotidianas, articular um projeto comum
para suas comunidades que agreguem toda a diversidade, pois se o ser
humano é um ser social, esta diversidade compõe um todo que exige um
projeto comum integrador desta diversidade. Quando o indivíduo participa e
elabora um projeto de sociedade, este estará agindo sobre as relações
socialmente produzidas e transformando-as, portanto estará deixando a
condição de objeto para tornar-se sujeito de sua própria história.
Na condição de sujeito que produz a história cotidianamente este
indivíduo deverá ser um investigador, pois deverá perceber sua realidade e
produzir uma teoria explicativa desta realidade que possa orientar a
transformação da mesma.
Somente é possível pensar em sujeito a partir da coletividade de
sujeitos, onde a produção da história se faz coletivamente por meio da
produção do conhecimento com significado social.
7.2.3 Concepção de Escola
A escola hoje está repleta de contradições. Entre elas pode-se apontar
o distanciamento que a mesma impõe em relação à realidade social. Esta
escola reproduz as desigualdades e injustiças da estrutura social
cotidianamente em nossas salas de aula. Sendo um instrumento de
dominação ela reproduz a hierarquia social (os que mandam e os que
obedecem). Assim, as deliberações em geral partem de cima para baixo, do
poder público estabelecido (união, estados e municípios) para os diretores,
destes para os professores, funcionários e destes para os alunos. Neste
processo há uma reprodução das relações sociais de dominação, muitas
vezes expressas nos currículos escolares e na organização pedagógica e
administrativa.
Nesta estrutura os professores passam a ser meros executores das
políticaspúblicas. Não lhes é conferido o tempo para a reflexão conjunta,
nem dos professores entre si, nem destes com a comunidade escolar. A
escola, neste contexto deixa de ser um local de discussão privilegiado e
torna-se um local para o exercício implementação da dominação das elites
sobre as massas. A escola no modelo neoliberal prepara o aluno para a
competitividade do mercado nacional e internacional.
O professor é um mero operário repetidor de tarefas, conteúdos e
valores ditados pelas relações de subordinação.
A escola que queremos deve privilegiar as relações horizontais de
poder.
Uma constante ida e vinda da escola para a comunidade e desta para
a escola.
Uma formulação conjunta da proposta pedagógica, onde os anseios da
comunidade, sejam de ordem política, econômica ou de ordem social sejam
contemplados e devolvidos como instrumental de transformação dessa
realidade.
Assim, não tem como a escola ser neutra, como, aliás, nunca foi, mas
sim um instrumento de transformação social.
Num contexto de escola democrática dever-se-á garantir o acesso ao
saber historicamente elaborado também como forma de superação das
desigualdades historicamente produzidas. A escola deve viabilizar as
condições para a produção, transmissão e assimilação destes
conhecimentos, para isso deve dosá-los e seqüência-los gradativamente
num currículo escolar organizado por disciplinas. Estes conhecimentos
escolares, organizados em disciplinas não devem estar isoladas, mas
integradas, buscando relações interdisciplinares, pois o conhecimento é em
si mesmo interdisciplinar.
A forma de seleção dos conteúdos a serem aplicados nas salas de aula
não refletem a realidade onde os educandos das classes não privilegiadas
estão inseridos, assim estes conteúdos distantes dificultam a assimilação
resultando em fracasso e muitas vezes na exclusão deste indivíduo da
instituição. Esta exclusão resulta também da classificação estabelecida nas
escolas, pois o educando se sente incapaz diante dos conteúdos
apresentados.
A escola deve ainda contribuir na construção de valores e conceitos
capazes de instrumentalizar os educandos para a superação das
desigualdades.
7.2.4 Concepção de Cidadania
Acredito que para falar de cidadania é preciso dar uma introdução
mais conceitual e não simplesmente usar uma situação da população.
Hoje, muitos brasileiros estão reduzidos a uma triste condição.
Reduzidos á condição de catadores de lixo. A reciclagem de lixo virou um
negócio altamente rentável, principalmente para os que intermediam a
venda. Não se questiona a produção do lixo, mas se agradece a existência
do mesmo, ainda que isto degrade a natureza e a condição humana.
Como falar em cidadania sem superar a condição desumana em que
vivem grande parte da população brasileira. Ser cidadão não é apenas ter
direitos de consumidor reconhecidos, mas principalmente ter direito a uma
vida digna. Assim, o exercício da cidadania passa pelo questionamento das
condições em que vivem a maioria das pessoas a nossa volta. Esta postura
questionadora deve estar atenta também às políticas públicas que buscam
atenuar as diferenças criadas pelo sistema capitalista. Programas paliativos
tem substituído os serviços públicos em várias esferas. Nossa história está
cheia de exemplos de como somos determinados de fora para dentro, de
cima para baixo. Não decidimos nada e somos responsáveis por todos.
Devemos parar de nos curvar e exigir um projeto de nação que nos
recoloque na condição de sujeitos de nossa história, capaz de conduzir
nosso próprio destino.
As organizações de bairro, os movimentos sociais, os grupos de defesa
dos direitos, entre outras instituições e organizações tem feito um grande
papel na explicitação do que é de fato cidadania. Estes movimentos
questionam a própria organização do sistema, pois no capitalismo o lucro e
a concentração de riquezas, entre elas a terra resultam na exclusão da
posse para outros. Tais instituições abrem espaço para a expressão de seus
membros. Assim, somente na organização em grupos, nas discussões, na
ação pela mudança, na participação política é que nos tornamos cidadãos
plenos. Devemos questionar o presente, mudá-lo, fazê-lo funcionar para
garantir um futuro para nossos filhos e para o planeta.
A reconstrução do conceito de cidadania exige um processo de
deseducação dos pré-conceitos criados e veiculados ao longo de nossa
história, preconceitos estes que só podem ser desmontados
ideologicamente. É preciso substituir o cidadão consumidor por um cidadão
crítico e autocrítico, participativo, capaz de diálogo com interlocutores de
diferentes opiniões, indagador.
O exercício desta cidadania passa também pela escola que deve
estimular a reflexão coletiva, o diálogo, a capacidade de questionar o poder
público, seus gastos e prioridades, pressionando para que o Estado funcione
e funcione para todos, não apenas para uma minoria de privilegiados,
criando cidadãos de primeira e de 2a classe, separando os que podem
consumir dos que não podem como vigora hoje no projeto neoliberal. Neste
sentido existe uma necessidade urgente de formação de cidadãos capazes
de defender a soberania nacional, capazes de formular uma ideologia e os
meios para concretiza-la, capazes de integrar elementos de várias origens
raciais, culturais e religiosas, evitando a xenofobia característica de alguns
regimes históricos de caráter nacionalista já vistos ao longo da história e
ainda evitar que os recursos desta nação-potência que é o Brasil sejam
apropriados por potências estrangeiras ou apenas por uma minoria nacional
cujo discurso de grandeza esconde as desigualdades sociais extremas de
nosso país.
7.2.5 Concepção de Conhecimento
Todo conhecimento esta repleto de ideologia, expressa uma ideologia,
foi construído a partir de uma ideologia. Assim, o conhecimento pode estar a
serviço de todos, ou apenas de uma categoria social específica.
Existem várias formas de conhecimento que podem ser de ordem
material ou conceptual. Estas formas de conhecimento são produzidos
socialmente e apropriados, na maioria das vezes individualmente. Este
conhecimento pode ter sua origem no senso comum ou ser fruto de
elaboração científica. A sociedade industrial criou uma distinção entre o
saber e o fazer, destinando ao trabalhador a segunda parte e ficando com o
capitalista burguês a primeira. Assim, destituído do saber, do conhecimento
do processo produtivo, o trabalhador tornou-se objeto, perdendo sua
dimensão de sujeito, visto aqui como aquele que detém o saber fazer.
A escola tem um papel importante na retomada do trabalhador de sua
condição de sujeito é necessário que a teoria e a prática sejam
reaproximadas. É necessário que o professor seja não apenas um mero
retransmissor de informações, mas um agente social de transformação, um
estimulador do questionamento, um organizador de debates, um
investigador, pois sem ir à realidade dos alunos, sem estar com eles em
suas lutas não será capaz de produzir um verdadeiro conhecimento para
orienta-lo em sua prática cotidiana em sala de aula. Desta forma o
conhecimento se torna uma coisa viva e ativa, pois gera uma proposta
transformadora da realidade, aproxima o professor da realidade dos alunos
e estes do professor. A escola deve ser o elo de ligação entre o saber
científico e o senso comum, devolvendo ao trabalhador o conhecimento que
lhe foi expropriado. Para Saviane, deve-se partir do empírico, passar-se pelo
abstraio e chegar-se ao concreto. Neste caso o conhecimento assume um
papel transformador da realidade, pois é fruto de observação da mesma, de
formação de teoria explicativa desta realidade, alicerçada não só na
observação da realidade, mas na forma como os membros desta
comunidade vem esta realidade.
Para a implementação desta postura a cerca do conhecimento é
necessário que o professor questione constantemente seus métodos, reflita
sobre suas práticas e sobre suas relações com seus educandos, pois na
prática educativa estão presentes elementos da subordinação da prática
pela teoria, do sujeito aluno pelo professor o que lhe confere a condição de
objeto.
Uma nova visão do conhecimento na escola implicaria, portanto uma
mudança da escola e da postura do professor que deixa de ser o elaborador,
o programador e passa a junto com os alunos programar, elaborar. Assim, o
educando passa não só a receber um conhecimento pronto e acabado, mas
passa a participar da elaboração deste conhecimento. Tal liberdade não se
faz sem riscos, nem devem ser deixadas entregues a si mesmas, mas
devem se constituir sobre limites éticos, negociados entre os educandos e
as autoridades que com eles se relacionam. (Alterado de Freire, p. 1997, p.
58-59)
A busca de um conhecimento ativo não deve impedir a assimilação de
elementos culturais consagrados. As tradições não devem ser abandonadas
como se fossem obsoletas, pois entre elas existem práticas que se firmaram
com essenciais, sendo portanto, elementos fundamentais para a
constituição do ser em sua esfera humana. O conhecimento a ser produzido
na escola pública deve pressupor a esfera do senso comum, e uma esfera
do saber erudito, metódico e sistematizado, próprio das artes, da filosofia e
da ciência.
É nessa última esfera de conhecimento que a escola deve centrar seus
maiores esforços, pois é este saber que sem ela a sociedade não pode se
apropriar. A escola nesta nova perspectiva deve produzir uma forma de
conhecimento no educando que seja vivenciada, pois sem isto se torna
difícil a internalização do conhecimento que permitirá a este indivíduo agir
com liberdade de pensamento e com mobilidade suficiente para ser, de fato,
um sujeito e um agente de transformação da realidade. Unindo liberdade e
compromisso, teoria e prática, senso comum e saber científico. Cabe
salientar que nada se faz sem sacrifícios, não se adquire o habitus sem
sacrifícios, sem insistência e persistência. Requer salientar ainda que a
escola hoje parece estar apartada da sociedade e que a menos que se alie a
escola à comunidade onde esta está inserida será difícil que esta não veja
na escola uma força externa que tenta se impor a ela.
7.2.6 Concepção de Trabalho
Segundo Engeis o trabalho transformou o macaco em homem. Para os
católicos foi uma punição pelo pecado do primeiro homem. Para um
calvinista o trabalho distingue os escolhidos para a salvação dos que serão
condenados, pois o pobre invariavelmente é preguiçoso.
O trabalho para Marx é responsável pela geração de riqueza que, a
despeito de ser produzida pelo trabalhador é apropriada pelo capitalista,
dono dos meios de produção, das fábricas, das fazendas, etc. Assim, o
trabalhador é visto como produtor de lucro, gerador da mais valia. Na
sociedade moderna, inspirada no modelo neoliberal, o trabalhador deve ser
utilizado como produtor de riqueza, deve ser competitivo e consumidor de
produtos. Os sindicatos de trabalhadores tiveram conquistas ao longo da
história, mas neste momento o "Estado de Bem Estar Social" deve ser
removido para garantir o aumento da acumulação capitalista, vista como
única forma de universalizar os frutos do progresso técnico obtido à partir
do trabalho humano, que neste momento também é expresso pelas
máquinas, construídas à partir do trabalho de homens e da acumulação de
riqueza pelo capitalista.
Esta forma de organização do trabalho perpetua a condição do
trabalhador de apêndice das máquinas, de objeto, pois o aliena do fruto de
seu trabalho.
Uma nova forma de organizar o trabalho deve ser empreendida para
que se resgate a humanidade do homem. Neste sentido é preciso restaurar
a articulação dos sindicatos livres.
A escola deve se constituir num instrumento deste resgate e o
educador como articulador deste processo, unindo pais, comunidade e
escola para construir uma nova forma de apropriação dos frutos do trabalho
que seja mais justo.
Tal mudança pressupõe que o educador também seja visto como um
trabalhador, engajado num processo transformador, com teoria e práxis.
Assim, o trabalho do professor é identificar os elementos produzidos
coletivamente pela humanidade que deverão ser apropriados por seus
educandos e as estratégias para que este objetivo sejam atingidos, para que
este educando seja de fato um agente social de transformação, além de um
ser humano, pois o que o torna humano é o trabalho, mas se ele não se
apropria do fruto deste trabalho ele se torna alienado, portanto este deve
também transformar a sociedade onde vive, contribuir para melhorá-la e
deve estar preparado para esta tarefa apropriando-se do conhecimento
historicamente produzido ao longo da história.
7.2.7 Concepção de Cultura
A cultura seria a soma da produção de idéias, valores, símbolos,
hábitos, atitudes, ou seja, os saberes transmitidos de geração para geração.
A cultura é o que produziu o homem e é também o que ele produziu. Suas
relações de poder, a arte, a ciência, a linguagem.
Cada povo tem uma cultura distinta que está em constante relação
com outras culturas, apropriando-se destas e contribuindo para outras
culturas. Deste ponto de vista não existem culturas impermeáveis. Em
nossa época, a da globalização, isto se evidencia mais ainda. Existe uma
intensa produção cultural para consumo. Estas expressões de cultura, tais
como o Hip-Hop, transpõem barreiras e misturam-se com a cultura de
massa de outros países confundindo-se com estas e passando a ser vista
como expressão cultural própria. Esta produção de massa para alguns como
Saviane deveria aproximar a cultura popular produzida espontaneamente da
cultura erudita. Esta nova cultura deve incorporar elementos e ao fazê-lo
deve escolher o que é relevante do que não é.
Essa nova visão de cultura, que apropria, assimila, reinventa, deve
também aproximar os diferentes, deve incluir novos conceitos, novos
valores, capazes de tornar o homem mais humano. Aproximar a cultura de
vários povos, abarcar numa totalidade as diferenças culturais de vários
povos não deve retirar destas elementos que lhes distinguam, isto seria
uma aculturação.
Toda cultura pode ser construída e reconstruída, portanto a
manifestação de alguns interesses sempre podem se sobrepor. A
apropriação de elementos da cultura pode ser libertadora ou aprisionadora
do ser. Uma nova mentalidade de cultura deve respeitar a diversidade
cultural, valorizar o popular e o erudito e a escola deve aproveitar os novos
espaços democráticos criados para motivar nossos educandos a mergulhar
na aquisição destes elementos culturais construídos coletivamente e
socialmente.
7.2.8 Concepção de Ciência e Tecnologia
Durante muito tempo a ciência esteve impregnada de uma concepção
de que só o que pudesse ser provado através de um experimento, cujo
resultado fosse repetido, seria ciência. Assim, as ciências físicas e a
matemática ganharam um status superior às outras áreas da cultura
humana, tais como a História ou a Geografia.
Uma nova visão sobre a ciência deve levar o indivíduo a compreender
a relação sujeito-objeto e compreender como o ser humano se relaciona
com as coisas, com a natureza, com a vida. A ciência é o saber metódico,
sistematizado e não um saber fragmentado; à cultura erudita e não à
cultura popular. A escola deve garantir o acesso a esse saber, que é produto
da evolução humana, de contribuições de diversas gerações.
Este saber deve ser socializado até atingir a totalidade da população.
Enquanto disciplina acadêmica, esta (a ciência) deve Ter lugar destacado no
ensino. Educar para a ciência só pode ser feito num clima de liberdade e
constante estímulo, uma metodologia reprodutivista, verticalizada, onde o
aluno acumule conhecimentos estáticos não formará indivíduos
questionadores. É preciso uma nova ciência que se fundamente na
problematização.
Tudo deve ser questionado. No processo de formação deste educando,
portanto, é possível que o mesmo questione a autoridade dos professores.
Este educando deve ser confrontado com sua realidade e questioná- Ia, pois
só assim poderá mudá-la. Assim, um sujeito de fato, uma ciência
investigativa, uma escola plural e aberta à participação da comunidade
poderá ser estimuladora do progresso desta ciência.
Um subproduto da ciência é a tecnologia, fonte, ao mesmo tempo, de
progressos e de sofrimentos. A ciência em sua evolução produziu a glicerina,
a mesma ciência, produziu a nitroglicerina. A tecnologia produziu a luz
elétrica e alguns homens a usam para provocar dor, torturar. Nesta
perspectiva não existe tecnologia ruim, mas pessoas que a usam para o
mau.
É preciso redirecionar a tecnologia para a libertação humana de suas
limitações, uma tecnologia que seja para todos, não apenas para aqueles
que por ela podem pagar, uma tecnologia que agregue e não divida.
Hoje a tecnologia que produz carros modernos em pouco tempo
também produz desempregados, famintos, pais de família que perderam
seus empregos em nome do aumento do lucro. A mesma tecnologia que
facilita a vida das pessoas ao permitir que usem um caixa eletrônico
também produz desempregados. A mesma tecnologia produzida para
permitir ao homem uma vida mais humana hoje o afasta de sua
humanidade, o corrompe, como os videogames, a televisão, utilizada como
instrumento de doutrinação ideológica, veículo para o consumismo.
Enfim, a tecnologia tem sido mal interpretada, como se fosse algo a
pairar acima dos homens e como um produto de trabalho dos homens deve
contribuir para o bem público. A escola, neste sentido assume o papel de
educar um sujeito reflexivo, de livre pensar, com uma atitude responsável,
para tal a escola pública deve assumir em seu Projeto Político Pedagógico
um papel revolucionário que concretize uma ciência libertadora e uma
tecnologia voltada para a concretização dos direitos de um sujeito ativo,
consciente e crítico quanto ao uso desta ciência-tecnologia, numa sociedade
mais justa, homogenia quanto à distribuição dos recursos e diversificada
quanto à sua constituição.
7.2.9 Concepção Pedagógica na Perspectiva Histórico-Crítica
A pedagogia histórico-crítica forma-se no final da década de 1970
quando havia uma necessidade histórica de se fazer a crítica da então
pedagogia oficial (pedagogia reprodutivista), dada a falta de enraizamento
histórico, e a seu forte caráter reprodutor.
Este movimento era internacional e neste período as escolas passam a
representar a chamada "rebelião social' lideradas pêlos estudantes
universitários que eram alimentados por ideologias de esquerda neste caso,
basicamente o marxismo.
Porém a constatação principal deste movimento foi o de verificar que
as pedagogias existentes perpetuavam as relações de dominação vigente.
Depois disto é que os movimentos começam a buscar mudar as bases da
sociedade.
"Assim perceberam que não era a cultura que modificava a sociedade e sim
a sociedade é que modifica a cultura" (Demerval Saviani, pg.132)
Assim, fundamentada na dialética histórica; expressa no materialismo
histórico; que procura compreender e explicar o todo desse processo,
abrangendo desde a forma como são produzidas as relações sociais e suas
condições de existência até a inserção da educação nesse processo.
Isto é Saviani diz: "vejo a práxis como uma prática fundamentada
teoricamente". A prática é o ponto de partida e o ponto de chegada.
A apropriação do conhecimento produzido socialmente é direito de
todo homem, na medida em que proporciona ao indivíduo a tomada de
decisões de forma mais consciente. Para tanto, a abordagem histórico-
crítica, proposta por Demerval Saviani pressupõe a compreensão a história
no contexto da determinação das condições materiais da existência
humana, nesta concepção dialética da história, busca-se a compreensão da
educação escolar tal como ela se manifesta no presente "entendida esta
manifestação presente como resultado de um longo processo de
transformação histórica" (Saviani, p.93) . Esta teoria crítica é aquela que
leva em conta os determinantes sociais da educação, em contraposição às
teorias não críticas, que acreditam que a educação tem o poder de
determinar as relações sociais.
O compromisso da educação passa a ser a transformação da
sociedade, e não a sua manutenção. Nesse sentido há a necessidade de
especificar a função da escola, que é a transmissão do conhecimento, pois
corre-se o risco de desviar o foco para questões secundárias, convertendo-a
numa "agência de assistência social" (Saviani p. 115)., ou então a
implantação de projetos e de trabalhos tematizados de acordo com datas
comemorativas sem ter ligação nenhuma com o que é nuclear, ou seja
curricular, as atividades extracurriculares devem enriquecer as curriculares
e não substituí-las.
É papel da escola a transmissão do conhecimento, denominado saber
sistematizado. Ele deve ser organizado dentro do período letivo para que o
aluno possa evoluir, para que passe a compreender as relações sociais e
possa adquirir instrumentos para agir na sociedade.
A finalidade da escola deve determinar os métodos e processos de
ensino- aprendizagem, para que os alunos possam apreender tais
conteúdos, "as formas de tornar assimiláveis os conteúdos estão
intimamente relacionadas com a concepção e conteúdos de cada área do
conhecimento como também suas formas de ensino". (Currículo Básico, p.
17)
Segundo Krug e Rocha é papel da escola efetivar uma organização
que possa contribuir para a diversidade de aprendizagens manifesta pelos
educandos, ou seja, significa oportunizar a todos a aprendizagem, ao
mesmo tempo em que dá respostas as necessidades diferenciadas que cada
um traz, uma vez que nem todos os educandos conseguem realizar as
aprendizagens no mesmo ritmo e condições, pois se encontram em
diferentes momentos de sua socialização, possuem informações, vivências,
riquezas que a escola precisa resgatar.
Os saberes dos alunos devem ser levados em conta, pois muitas vezes
relacionam-se a problemas sociais da comunidade, que podem estar
articulados aos conteúdos.
De acordo com essas considerações é oportuno destacar que é
fundamental construir uma nova prática no que se refere ao ato de ensinar
e de aprender.
É preciso definir segundo quais conteúdos e que abordagem dos
conteúdos é necessária para a classe trabalhadora e as condições concretas
necessárias para o desenvolvimento efetivo do ensino-aprendizagem dos
conteúdos. O que precisa ser ensinado não é qualquer conhecimento, mas o
conhecimento teórico-prático voltado para o desenvolvimento da sociedade,
para sua transformação. (Klein, 2004 p.49)
Dessa forma, os conteúdos escolares não podem se constituir em
roteiros repetitivos e métodos produtores de procedimentos indiferenciados
e atitudes conformistas. Os conteúdos escolares são resultado de um
exercício de cognição de homens sobre a realidade, a fim de compreender e
apreender um certo conjunto de informações que são instrumentos
culturais, necessários para que os educandos progridam na sua formação
global e não como uma atividade com fim em si mesma. Segundo Klein
(2004 p.49), "os alunos devem ter acesso ao máximo de conhecimentos, da
forma mais ampla, mais exitosa e no menor tempo possível."
As atividades planejadas não podem ter um fim em si mesmas, ser
realizada porque é interessante ou apenas para variar a opção
metodológica, mas deve constituir-se visando com que o aluno ou grupo
avance em seu desenvolvimento.
Mais do que nunca, o professor deve exercer seu papel dentro da
escola, que lançando mão de recursos fará com que seu aluno realmente
aprenda, pois é para isso que ele está na escola!a: para realmente aprender
de forma que o conhecimento que ela adquire na escola seja capaz de
modificar sua visão de mundo. Portanto é inadmissível que os conteúdos
apenas sejam repassados, página após página, sem que haja reflexão e
vínculo com a realidade.
7.2.10 Concepção de Ensino-Aprendizagem
Com base na abordagem materialista dialética da análise da história
humana, o desenvolvimento psicológico do homem é parte do
desenvolvimento geral dos seres humanos. Para Vygotsky " o aprendizado
está voltado para a assimilação de fundamentos do conhecimento científico"
( p. 95).
Descobrir as relações reais entre o processo de desenvolvimento e a
capacidade de aprendizado do aluno é primordial e essencial para
desenvolver uma pedagogia da apropriação daquilo que foi construído pela
humanidade, cabendo ao professor o papel importante de instrumentalizar o
aluno nesse processo.
O processo ensino-aprendizagem na escola difere-se do processo de
educação em sentido amplo. Na instituição escolar o aluno precisa entender
as bases dos estudos científicos. Neste processo ele parte de suas próprias
idéias e significados para se encaminhar por novos caminhos da análise
intelectual, das comparações e do estabelecimento de relações lógicas. Os
conceitos prévios que os alunos apresentam sobre determinados assuntos
são transformados. A escola constitui-se o local onde o aluno pode ter a
oportunidade de aprender de forma sistematizada e intencional, o que a sua
realidade não dá conta de explicar.
Na perspectiva da concepção do desenvolvimento de Vygotsky, a
aprendizagem organiza-se por níveis, como uma " espiral ". O primeiro nível
chamado de real, caracteriza-se pelo conhecimento e atividades que o
indivíduo consegue realizar sozinho (desenvolvimento mental prospectivo).
O segundo nível, ou nível próxima), caracteriza-se por situações de
aprendizagem que o indivíduo não pode desenvolver independentemente,
fazendo-o somente com ajuda, e o terceiro nível, o nível potencial é o que se
espera que o indivíduo venha a assimilar. Sendo assim, se considerarmos a
perspectiva de Vygotsky, estaremos defendendo uma metodologia que
privilegia a mudança, coloca professores e alunos como participantes ativos
da própria existência e vinculado às condições materiais de sua época,
capazes de aprender com os outros e com o passado, imaginar e planejar o
futuro.
Para Vygotsky (1998), o desenvolvimento intelectual resulta da
relação com o mundo, que se compõe dos processos de interações que
fornecem as condições para a atividade do pensamento, as quais
possibilitam o processo de construção da aprendizagem. Dentre essas
interações que ocorrem no espaço escolar, as mais favoráveis para
aprendizagens significativas são as interações no trabalho cooperativo e
coletivo, pois é nele que os alunos podem confrontar os seus pontos de
vista. Fim de tomar estes processos possíveis de se efetivarem, o espaço
escolar deve oferecer as oportunidades necessárias ao pleno
desenvolvimento dos alunos. Portanto, conhecendo o nível de
desenvolvimento dos alunos, a escola deve dirigir o ensino para os níveis de
desenvolvimento que os alunos ainda não atingiram, para que possa
avançar em sua compreensão de mundo.
Ao adotarmos esta abordagem teórica, estaremos reconhecendo o
desenvolvimento como algo que avança por meio de conteúdos socialmente
elaborados pelo conhecimento humano e de estratégias cognitivas
necessárias para a internalização desses conteúdos. Também Paulo Freire
reconhece a aprendizagem como ferramenta que permite no decorrer de
seu processo; que o homem aproprie-se das condições de reflexão dos fatos
e sobre os fatos da realidade que o cerca; levando o homem a ser o sujeito
de sua própria história. Valoriza todos os conhecimentos que partem da
análise da realidade do cotidiano do homem e acredita que o homem
instrumentalizado pela capacidade de análise crítica tenha acesso ao
conhecimento acumulado historicamente e dele partindo, atue em sua
própria realidade construindo-a e transformando-a. Então a aprendizagem
ocorre quando " o homem se vê sujeito ".
O processo de ensino aprendizagem é vivo e confunde-se com a
própria existência do sujeito; assim aquele que ora educada à medida em
que se envolve no processo também será educado (educador / educando)
Para Paulo Freire a educação é a prática da liberdade; é o movimento
pelo qual o homem liberta-se da opressão. O conhecimento é uma
ferramenta de libertação, e esta ocorre por meio da reflexão e da ação
sobre o meio vindo assim conquistar sua independência.
Segundo Paulo Freire " a educação problematizadora se faz, assim um
esforço permanente através do qual os homens vão percebendo,
criticamente, como estão sendo no mundo, com quê e em quê se acham ".
(Pedagogia do oprimido - 11a edição; pág. 82).
Deste modo podemos afirmar que a educação aprendizagem cumpre
sua função fundamental quando humaniza mulheres e homens.
Paulo Freire afirma que embora sabendo que estejamos vivendo em
meio a muitas desigualdades sociais, nenhuma mudança profunda na
sociedade poderá acontecer sem se levar em conta a educação; que, por
sua vez, não deve esperar os desdobramentos econômicos e políticos para
mudar.
Para Paulo Freire a educação pode transformar as pessoas em sujeitos
para que eles sintam-se e evolvam-se nesta tarefa / missão de transformar a
realidade; fortalecendo o homem enquanto sujeito e cidadão que conhece
sua realidade e nela se insere de forma crítica e atuante seja na vida social
seja na vida política.
7.2.11 Formação Continuada de Professores e Funcionários
Compreendendo que a natureza da escola mudou, hoje não podemos
mais ver o educador como agente reprodutor de um conhecimento
adquirido. Atualmente, a escola é um sistema complexo que atende uma
clientela imensa e diversificada.
Para tanto, o educador hoje, precisa desempenhar tarefas especificas
que possibilitem o funcionamento desse sistema.
Faz-se necessária a reformulação educacional que deverá ser feita
pelo coletivo dos educadores. Essa prática Implica num exame critico e
cuidadoso do papel da educação e de cada prática especifica no projeto
sócia! e político mais abrangente.
A formação continuada dos professores visa estimular uma
perspectiva critico - reflexiva, que possibilite a busca de um investimento
pessoal, livre e criativo e uma identidade profissional.
Esta formação não se fará somente por acumulações teóricas
adquiridas em cursos, mas também por interações pessoais e troca de
experiências partilhadas entre os próprios docentes.
Na E.E.R.M.C. os professores mantêm um grupo de estudo a cada
quinze dias, aos sábados, com o objetivo de atualizar os conhecimentos, de
viabilizar trocas de experiências pedagógicas, de implantar experiências
inovadoras e consolidar projetos interdisciplinares.
7.2.12 Capacitação Continuada para Funcionários
A proposta de capacitação continuada aos funcionários, assim como a
dos professores, objetiva esclarecer dúvidas, ampliar conhecimentos e
envolvê-los no processo educacional da escola.
Para tanto serão ofertadas as mesmas atividades de capacitação, num
trabalho conjunto com os professores.
- Palestras
- Grupos de Estudo
- Capacitação da Secretaria de Educação
- Leitura de textos e documentos
Os trabalhos serão realizados na escola em horário contrário ao turno
do funcionário.
7.2.13 Contradição e Conflitos na Prática Docente
Professores deverão desenvolver projetos considerando o
conhecimento da realidade sócio-cultural dos alunos. Esse conhecimento
deverá ter um caráter prático e concreto considerando seu cotidiano.
7.2.14 Formação Inicial e Continuada
Períodos reservados a estudos, planejamento e avaliação incluído na
carga horária do docente; para que o professor possa organizar seu trabalho
de forma interdisciplinar e contextualizada.
7.2.15 Capacitação Continuada
A proposta de capacitação continuada aos professores objetiva
esclarecer dúvidas, ampliar conhecimentos, mantê-los motivados e
envolvidos no processo de construção e reconstrução da sociedade. Para
isso desenvolver-se-ão:
Grupos de estudos;
Palestras;
Leitura e interpretação de textos e documentos;
Filmes;
Revistas educativas;
Capacitação da Secretaria de Educação.
Os trabalhos serão realizados na escoa em horário contrário ao das aulas e
na hora atividade.
7.2.16 Concepção e Conceito de Currículo
Dadas as particularidades históricas, o currículo assume diferentes e
até conflitantes ações determinando as funções da própria escola, exigindo
flexibilidade para mudanças e transformando a mesma.
Por isso, faz-se necessário que a escola mantenha um currículo
coerente com unidade, que tenha como um todo e suas partes, quaisquer
que sejam, apresentem-se conectadas a globalidade.
A idéia de coerência começa com uma visão do currículo corno um
conceito amplamente concluído.
Como um conjunto de partes ou peças separadas que acumulam
experiências dos alunos e necessárias transcrições que levem em conta as
pessoas para as quais o currículo é estabelecido.
7.2.17 Gestão Democrática
7.2 .17.1 O que é Gestão Democrática
Gestão Democrática é o processo político através do qual as pessoas
na escola discutem, deliberam e planejam, solucionam problemas e os
encaminham, acompanham, controlam e avaliam o conjunto das ações
voltadas ao desenvolvimento da própria escola. Este processo, sustentado
no diálogo e na alteridade, tem com base a participação efetiva de todos os
segmentos da comunidade escolar, o respeito a normas coletivamente
construídas para os processos de tomada de decisões e a garantia de amplo
acesso às informações aos sujeitos da escola.
Realizar uma gestão democrática significa acreditar que todos juntos
têm mais chances de encontrar caminhos para atender às expectativas da
sociedade a respeito da atuação da escola. Ampliando o número de pessoas
que participam da vida escolar, é possível estabelecer relações mais
flexíveis e menos autoritárias entre educadores e comunidade escolar.
Quando pais e professores estão presentes nas discussões dos
aspectos educacionais, estabelecem-se situações de aprendizagem de mão
dupla: ora a escola estende sua função pedagógica para fora, ora a
comunidade influencia os destinos da escola. As famílias começam a
perceber melhor o que seria um bom atendimento escolar, a escola aprende
a ouvir sugestões e aceitar influências.
É importante que as pessoas participem da discussão, em igualdade
de condições, sem ter receio de expor posições contrárias. A manipulação
de reuniões, na condução de decisões que privilegiam grupos ou mesmo
interesses pessoais, pode gerar situações em que o autoritarismo surge,
com máscaras de gestão democrática.
7.2.17.2 Gestão Democrática na Legislação
CF/88:
Art.206: O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da Lei.
LDB/96 - LEI 9394/96
Art. 3°.: O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da
legislação dos sistemas de ensino.
Art. 14: Os sistemas de ensino definirão as normas de GD (...) :
I - participação dos profissionais da educação na elaboração da proposta
pedagógica;
II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou
equivalente.
Art. 15: Os sistemas de ensino asseguração às escolas progressivos graus
de autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira.
Deliberação 16/99, CEE/PR:
Art. 4° - A comunidade escolar é o conjunto constituído pêlos corpos docente
e discente, pais de alunos, funcionários e especialistas, todos protagonistas
da ação educativa em cada estabelecimento de ensino.
§ Único; A organização institucional de cada um desses segmentos terá seu
espaço de atuação reconhecido pelo regimento escolar.
Art. 5° - A Direção Escolar tem como principal atribuição coordenar a
elaboração e a execução da proposta pedagógica, eixo de toda a qualquer
ação a ser desenvolvida pelo estabelecimento.
Art. 6° - A gestão escolar da escola pública, como decorrência do princípio
constitucional da democracia e colegialidade, terá como órgão máximo de
direção um colegiado.
Não basta que a gestão democrática seja orientada pelos princípios
básicos da boa administração. É necessário que seja uma gestão
compartilhada, democrática e envolvente de todos os que fazem parte da
comunidade escolar em uma ação com unidade e sinergia. Para isso é
necessário o processo participativo e democrático que rege o
funcionamento da escola, compreendendo a tomada conjunta de decisões e
a prática associada das ações necessárias para que a mesma concretize sua
responsabilidade de educar seus alunos, com força viva e associada do
desenvolvimento comunitário, caracterizando a excelência em educação.
A escola ao promover a gestão democrática promove a organização e
a orientação do trabalho coletivo de todos que participam da comunidade
interna e externa da escola em torno dos objetivos e política educacional do
sistema e do atendimento das necessidades educacionais dos seus alunos.
Age orientando para dinamizar o trabalho interativo de pessoas, na busca
da realização de objetivos comuns. Portanto, a equipe centra seu trabalho
de gestão, na construção conjunta da realidade social e do saber escolar,
como condição para que a escola promova a formação de cidadãos críticos e
participativos. A vivência e a observância dessa prática na escola é
condição imprescindível para que tal transformação seja promovida.
São pressupostos da gestão democrática da escola, a partir do
entendimento de que:
- a escola é uma organização social cujo processo de dinamização é
pedagógico;
- a verdadeira democratização da escola passa pela elevação de sua
competência;
- O envolvimento da comunidade interna e externa à escola como fator
essencial no processo do se trabalho;
- Construção de um ambiente social competente e participativo é condição
para a aprendizagem da cidadania;
A gestão escolar democrática compartilhada é um processo contínuo que
se refaz e se aprimora todos os dias, entre os eixos básicos:
Alunos permanecendo na escola com êxito;
Bons professores desenvolvendo suas competências;
Comunidade participando envolvida no alcance dos objetivos
educacionais;
Dessa forma, a gestão se constrói no cotidiano transformando-se,
transformando a escola e a sua prática pedagógica.
7.3 Organização do tempo escolar
Nos turnos manhã, tarde e noite se organizam da seguinte forma:
* Cargo de professor:
- 16 horas regência
- 04 horas atividades
- Conselho de Classe Bimestral ao sábado conforme calendário
* Cargo de Pedagogo:
- 20 horas semanais
- Conselho de Classe bimestral conforme ao sábado conforme calendário
- O tempo da hora atividade semanal é utilizado prioritariamente para
encontro dos professores de uma área.
- Reunião Pedagógica feita bimestralmente
- Carga horária do aluno: 200 dias letivos ou 800 horas aulas
7.4 Organização Curricular
7.4.1 Temas Sociais Contemporâneos
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional- Lei 9394/96, em seu
artigo 32 assim preceitua, a respeito do Ensino Fundamental Art.32 – O
Ensino Fundamental, com duração mínima, de 8 anos, obrigatório e gratuito
na Escola Pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:
I – Desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios
básicos o plano domínio da leitura, da escrita e do cálculo.
II – Educar para a conquista da cidadania plena, para a busca da justiça
social, do bem comum e da realização pessoal do indivíduo.
7.4.2 Educação Fiscal
A Educação Fiscal tem por objetivo “ conscientizar a sociedade,
através da escola, da função sócio-econômica e do tributo. Além disso,
busca o despertar do cidadão para acompanhar a aplicação dos recursos
postos a disposição da administrarão pública, tendo em vista o benefício de
toda a população.
7.4.3 Educação no campo
Priorizando que 53% dos educandos atendidos pela Escola pertencem
a zona rural ( ou nela trabalham ) o Projeto Político Pedagógico do
Estabelecimento será um instrumento de proposição, de diretrizes para a
formulação e a implementação de políticas públicas, que levem a superação
da pobreza por meio da geração de emprego e renda, a redução das
desigualdades de renda, gênero, geração e etnia, a diversificação das
atividades econômicas e sua articulação dentro e fora dos territórios rurais e
adoção de instrumentos de participação e controle social na execução de
políticas educacionais para desenvolvimento rural sustentável
A cultura, os saberes das experiências, a dinâmica do cotidiano dos
povos do campo devem ser tomadas como referência para o trabalho
pedagógico, para a organização do sistema do ensino e a capacitação de
professores e produção de materiais didáticos.
São metas deste Estabelecimento de Ensino:
- escutar os povos do campo, a sua sabedoria, as suas críticas;
- escutar os educandos e suas observações, reclamações ou
satisfações com relação à escola e à sala de aula;
- escutar as carências expostas pelos professores com relação ao
educando vindo do campo;
- por meio da escuta, será gerado o diálogo e nele serão explicitadas
as propostas políticas e pedagógicas necessárias à escola pública.
7.4.4 Cultura Afro-Brasileira
No que diz respeito a Cultura Afro-Brasileira compete ressaltar o
importante papel desempenhado pela Escola, que tem atuado
positivamente no resgate da identidade e da dignidade das comunidades
afro-descendentes e no estímulo à inventividade das tendências culturais
próprias da cultura negra, apoiando e promovendo projetos temáticos,
culturais, afro-brasileiros, de modo ao aumentar a produção e difusão
inclusiva da cultura afro-brasileira, junto a identidade cultura nacional.
Nas 5ª e 6ª séries são ofertados dentro da disciplina de História:
* Divulgação e produção de conhecimentos e valores preparando o
educando para o sentimento de fraternidade, eliminando as barreiras do
preconceitos e discriminação.
* Sobre a história da áfrica, fazer com que o aluno negro-descendente,
valorize a história do seu povo, da sua cultura como contribuição para o país
e a humanidade;
* Trabalhar as datas festivas e históricas sobre a importância do negro
para a colonização do Brasil;
* Incluir no calendário escolar a data de 20 de novembro como “ Dia
Nacional da Consciência Negra”.
Nas 7ª e 8ª séries são ofertadas dentro da disciplina de História:
• Valorização do negro com políticas de combate ao racismo;
• A história de Zumbi dos Palmares;
• Garantia de uma educação que respeite a diversidade étnica dos
alunos e a história e a cultura negra no Brasil fazendo que os
alunos negros assumem-se como cidadão “ autônomos, críticos e
participativos”.
• Trabalhar com a individualidade do aluno, valorizando aquilo que os
torna diferente dos outros, recuperando e valorizando a beleza de
cada etnia.
• Fazer com que o educando, faça em sua família uma recuperação
da cultura negra com lendas, com lendas, contos, mitos e cantigas.
• Identificar as comunidades de remanescentes quilombolas no
Estado do Paraná.
7.4.5 Agenda 21
Com a implantação da Agenda 21 podemos garantir um meio
ambiente equilibrado para as futuras gerações, cumprindo assim, nosso
dever mencionada na Constituição do Brasil.
São prioridades:
• Identificar o impacto de suas ações sobre o meio ambiente
( desmatamento, mata ciliar, lixo reciclável ,etc.
• Buscar prioridade junto a comunidade escolar quanto aos objetivos
propostos;
• Programar cronograma e formas de monitoramento e avaliação.
7.5 Avaliação
A avaliação da Escola Estadual Ruth Martinez Corrêa – Ensino
Fundamental não estará centrada no produto, mas sim no processo, cada
ação seus efeitos serão avaliados constantemente por educandos e
educadores, importando os superações dos elementos envolvidos.
Nessa perspectiva, adotamos uma avaliação diagnostica, democrática,
fazendo com que todos do processo avaliativo, tomando decisões e
conseqüentemente tornando-se comprometidos e responsáveis pela
mesma.
Assim sendo, objetivamos ter a avaliação como instrumento de
acompanhamento e transformação no processo ensino-aprendizagem,
centrados na observação, no registro, na análise, na comum tomada de
decisões, possibilitando a escola definir as ações pedagógicas decorrentes
da avaliação.
Para chegar a um diagnóstico avaliativo o educador da Escola Estadual
Ruth Martinez Corrêa – Ensino Fundamental utilizará alguns critérios, que
permitem a observação global do envolvimento do aluno no processo
escolar. Tais critérios estão contemplados no regimento escolar da escola,
sendo que a avaliação escolar defini-se como sendo integral, cumulativa,
versátil e cooperativa, considerando a evolução do aluno, sendo o seu
depois analisado com base numa visão global dos trabalhos realizados.
O ano letivo será dividido em quatro .bimestres que o desempenho
escolar do aluno será registrado em relatórios e boletins, com o seguinte
procedimento:
1º. Bimestre 3º . Bimestre
2º . Bimestre 4º. Bimestre
Cada procedimento avaliativo levará em consideração os seguintes
critérios:
a) Dinâmica de grupo - é a capacidade de realizar trabalhos em grupos, com
participação, ou seja de trabalho entre o grupo, onde cada um exercerá sua
função em respeito ao grupo, objetivando desempenho do mesmo e da
tarefa realizada.
b) Responsabilidade - assumir suas atitudes em relação ao grupo a si
mesmo. Cumprimento de entrega de trabalhos, execução de tarefas e
compromissos do grupo com responsabilidade.
c) Solidariedade - é a capacidade de partilhar seus conhecimentos e
habilidades com o grupo, e contribuindo para o crescimento pessoal de cada
um e do grupo em si.
d) Participação - a participação e o interesse estão amplamente interligados.
O aluno, em sala e fora dela, deverá ser um indivíduo participante, que dê
sua contribuição ao grupo, com suas sugestões, etc. A participação leva à
cidadania.
e) Desempenho - é a forma que o aluno utilizará para resolver seus
problemas. O desempenho dos alunos será observado nas discussões, na
realização das tarefas e provas. Cabe aqui salientar preocupação ao analisar
este item deverá estar voltada ao processo que é desencadeado pelo
resolver as questões e problemas propostos e não tanto pelo resultado final.
O aluno, para ser aprovado, necessita de urna média mínima anual em cada
disciplina, que será 6,0 (seis), sendo que o resultado não pode ser inferior à
6.0.
Sistema de Avaliação
Avaliação Bimestral
MA = 1º.B + 2º. B + 3º. B + 4º. B = 6,0
4
Será considerado aprovado o aluno que apresentar freqüência igual ou
superior à 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária e média
anual igual ou superior à 6,0 (seis virgula zero) resultante da média
aritmética nas respectivas disciplinas.
Não haverá recuperação final.
Os pais serão informados bimestralmente através de boletins e
reuniões.
7.5.2 Sistema de recuperação Paralela
Durante o ano, será oferecida recuperação paralela, objetivando
esclarecer dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos alunos, ficando
o compromisso do professor em rever as dificuldades dos alunos na medida
em que estas surgirem.
A Recuperação Paralela deve constituir um conjunto integrado ao
processo de ensino, além de adequar as dificuldades dos alunos,
possibilitando a apreensão dos conteúdos.
Durante todo o bimestre, após cada conteúdo desenvolvido e avaliado
através de atividades, será realizado a recuperação após a verificação da
aprendizagem dos alunos e avaliado a retomada de conteúdo para toda
turma, com avaliação para aqueles que não alcançaram a média, sendo
que os demais terão uma atividade extra dentro da sala de aula.
A Recuperação Paralela poderá assumir várias formas de retomada de
conteúdos como:
- Trabalhos de pesquisas com produção de textos orais e escritos
realizados individualmente ou em grupo;
- Utilização de alunos que assimilaram o conteúdo para auxiliar aquele
que apresentaram dificuldades.
- Aplicação de atividades específicas de cada disciplina com objetivos
de reforço do conteúdo:
• Trabalhos com materiais concretas;
• Textos complementares;
• Filmes históricos e vídeos específicos;
• Apresentação de trabalhos de trabalhos e debates.
Na Recuperação Paralela, o professor deverá considerar a
aprendizagem do aluno no decorrer do processo e para aferição do
bimestre, entre a nota da avaliação e da recuperação, prevalecerá sempre a
maior.
7.5.3 Adaptação
As adaptações da Base Nacional Comum são legalmente obrigatórias
quando o aluno não cursou e não irá cursar a disciplina e, pedagogicamente,
a critério do Estabelecimento de Ensino.
O Estabelecimento de Ensino não ofertará progressão parcial.
7.5.4 Classificação e da Reclassificação
A Classificação é o procedimento que o Estabelecimento adota,,
segundo critérios próprios, para posicionar o aluno na etapa de estudos
compatível com a idade, experiência e desempenho, adquiridos por meios
formais ou informais.
A classificação pode ser realizada:
• Por promoção, para alunos que cursaram com a aproveitamento,
a série, etapa, ciclo, período ou fase anterior na própria escola;
• Por transferência, para candidatos procedentes de outras
escolas do país ou do exterior, considerando a classificação na
escola de origem;
• independentemente de escolarização anterior, mediante
avaliação feita pela escola, que defina o grau de
desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua
inscrição na série, ciclo, período, fase ou etapa adequada.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e
exige as seguintes medidas administrativas para resguardar os direitos dos
alunos, das escolas e dos profissionais:
a) proceder avaliação diagnóstica documentada pelo professor ou
equipe pedagógica;
b) comunicar ao aluno ou responsável a respeito do processo a ser
iniciado para obter deste o respectivo consentimento;
c) organizar comissão formada por docentes, técnicos e direção da
escola para efetivar o processo;
d) arquivar atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados.
e) registrar os resultados no histórico escolar do aluno
A Reclassificação é o processo pelo qual a escola avalia o grau de
experiência do aluno matriculado, levando em conta as normas curriculares
gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudos compatível com sua
experiência e desempenho, independente do que registre o seu histórico
escolar.
O resultado do processo de reclassificação realizado pela escola,
devidamente documentado, será encaminhado à SEED para registro.
Caberá ao órgão competente da SEED, acompanhar durante dois anos,
o aproveitamento escolar do aluno beneficiado pro processo de
reclassificação, nos casos que julgar necessários.
Ficam vedadas a classificação ou reclassificação para etapa inferior à
anteriormente cursada.
8. Marco Operacional
8.1Plano de Ação
8.1.1 Objetivos Gerais:
O Planejamento das atividades escolares é uma necessidade
imperiosa, tendo em vista atingir os resultados da ação educacional. Dessa
maneira, as atividades escolares devem ser objetos de reflexão por parte do
coletivo da escola, incluída a comunidade e os próprios alunos. Dessa
reflexão surgirão os caminhos a serem trilhados na ação educacional,
materializados na forma de proposta pedagógica, sendo este elaborado para
um período de dois anos, incluindo todos os dados e informações, diretrizes
e normas de trabalho pedagógico e administrativo.
8.1.2 Metas e Ações
• Mediação entre o corpo docente e discente, para que as propostas
pedagógicas e curriculares possam ser desenvolvidas de forma eficaz;
• Fornecer meios para entrosamento entre a Escola , Família e a
Comunidade;
• Trabalhar na criação de condições para que haja um processo de
ensino/aprendizagem adequado à realidade do educando, bem como
adequá-lo às suas necessidades;
• Atuar junto ao Conselho de Classe, detectando problemas e auxiliando em
possíveis soluções;
• Reuniões pedagógicas voltadas para trocas de experiências e informações,
onde os docentes possam aproveitar a teoria, aplicando-as no exercício do
cotidiano;
O Ensino Fundamental, através dos conteúdos, metodologias e formas
de acompanhamento e avaliação visa a que o aluno, ao final do curso seja
capaz de:
Compreender a cidadania como participação social e política, assim
como
exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando no dia a
dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio as injustiças,
respeitando o próximo e exigindo para si o mesmo respeito;
Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas
diferentes
situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e
tomar decisões coletivas;
Saber utilizar diferentes fontes de informações e recursos tecnológicos
para adquirir e construir conhecimentos;
Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de
resolvê-los, utilizando para seu isso o pensamento lógico, a
criatividade, a intuição, a capacidade de análise critica, selecionando
procedimentos e verificando sua adequação.
8.1.3 - Conselhos Escolares e de Representação:
8.1.4 - Conselho de Classe:
Serão efetuadas reuniões dos conselhos de classe, para discussão do
processo educativo dos alunos e avaliação de seu rendimento escolar.
As reuniões do Conselho de Classe serão realizadas a cada final 4o
semestre, podendo ser convocadas reuniões extraordinárias qualquer
momento, havendo necessidade para que isso ocorra.
8.1.5 - Conselho da Escola
O Conselho da Escola Estadual Ruth Martinez Corrêa - Ensino
Fundamental, será formado pelo diretor, equipe pedagógica professores e
representante dos pais.
8.1.6 Acompanhamento, Controle e Avaliação da Proposta Educacional:
A avaliação incidirá sobre os aspectos pedagógicos da atividade
escolar, devendo ser realizada através de procedimentos internos, definidos
pela escola .
A avaliação interna, realizada pelo Conselho de Classe, em reuniões
especialmente convocadas, terá como objetivo a análise, orientação e
reformulação, se necessário, dos procedimentos pedagógicos.
Terá como meta o aprimoramento da qualidade do ensino, sendo
sustentada por procedimento de observação e registro contínuos, para
permitir o acompanhamento:
Sistemático e continuo do processo de ensino e do processo de
aprendizagem, de acordo com os objetivos e metas constantes da
Proposta Pedagógica e do Plano de Ação.
Do desempenho da equipe escolar, dos alunos e dos demais funcionários,
nos diferentes momentos do trabalho educacional;
Da participação da comunidade escolar nas atividades propostas da
escola.
• Conscientizar os docentes da importância da construção de um currículo
adequado ao aluno do período noturno;
• Através de reuniões, manter contato direto e transparente com a
comunidade, construindo um relacionamento harmonioso de forma a que os
pais percebam a importância de sua participação para a concretização de
um escola de qualidade;
• Conscientização para os pais da sua importância na construção do caráter
de seus filhos;
• Utilização da biblioteca (estimulo à leitura);
• Revitalização do Grêmio Estudantil;
• Palestras dirigidas aos alunos para que os mesmos possam, através de
informações atuais, sentir-se estimulados a freqüentar as aulas, percebendo
que os conhecimentos
adquiridos na escola serão necessários para que possam enfrentar um
mundo globalizado onde a mudança se faz diariamente;
• Construção de horta com ervas medicinais, cultivadas por alunos, num
sistema de rodízio semanal entre as turmas;
• Reuniões mensais com os funcionários (administrativo e serviços gerais).
8.1.7 - Objetivos do Curso:
8.1.8 - Ensino Fundamental:
• Verificar a regularidade, variedade e quantidade de merendas fornecidas
aos alunos, bem como garantir a qualidade da mesma,através de cardápio
elaborado por nutricionista.
• Acompanhamento e avaliação da Proposta Pedagógica da Escola,
incluindo atividades coletivas de trabalho pedagógico e os projetos de
Reforço e Sala de Recursos para Recuperação da Aprendizagem;
• Propiciar a ampliação de acesso dos alunos com necessidades
educacionais especiais às classes comuns, com acompanhamento do
professor especialista na área de deficiência auditiva ,visual e outros se for
necessário;
• Organizar a hora atividade de modo que facilite o encontro de professores
da mesma disciplina, para que haja entrosamento e trocas de experiências.
• Capacitação profissional dos docentes através de palestras, de grupo,
troca de experiências além de motivá-los a estar sempre em busca de novos
conhecimentos;
• Conscientizar os docentes do valor da avaliação como parâmetro diário
para um replanejar constante e não como medida de valor inexorável.
8.1.9 - Metas da Escola:
Diminuição dos níveis de evasão escolar;
Conscientização e implantação da cidadania e a dimensão política;
Envolvimento e interação da comunidade com vistas a uma participação
ativa;
Adequação da elevação da qualidade de ensino;
Envolvimento dos docentes com as normas regimentais e
disciplinares.
8.1.10 Projeto Fica
A escola com apoio da comunidade escolar, docentes, pais e agentes
públicos está incluindo em seu PPP o Projeto Fica, com o objetivo de garantir
a permanência da criança na escola fazendo com que a grande evasão
escolar motivada por fatos sociais, e mesmo educacionais seja revista. A
Escola deverá sempre representar um espaço democrático e emancipatório
por excelência constituindo-se juntamente com a família, em extraordinária
agência de socializarão do ser humano, destinada ao propósitos de
formação, valorização e respeito ao semelhante. É sobretudo na escola que
a criança e o adolescente encontram condições de enriquecimento no
campo das relações interpessoais, de desenvolvimento do senso crítico, da
consciência da responsabilidade social, do sentimento de solidariedade e de
participação, de exercício de criatividade, de manifestação franca e livre de
pensamento, de desenvolvimento, em fim de suas potencialidade de
talento, em necessário preparo ao pleno exercício da cidadania.
São ações da Escola para o Projeto Fica:
• Conhecer os índices de abandono da escola, elaborando gráficos
mensais;
• Conhecer as verdadeiras causas pelas quais os alunos deixam de
freqüentar a escola;
• Envolvimento de toda comunidade escola na discussão e definição
de ações que causam o abandono e a evasão;
• Tornar a escola relevante, principalmente para os alunos em
situações de risco, valorizando a importância da educação na vida
e no futuro de cada um.
• Realizar reuniões periódicos com pais, professores e Conselho
Tutelar.
• Tornar providências concretas conforme orientação do Projeto
Fica , sempre que um aluno deixa de comparecer à escola.
O Projeto Fica fará levantamento diário da freqüência do aluno,
levantando o motivo da ausência, sendo encaminhado em casos que a
escola não consiga resolver através de relatório ao Conselho Tutelar.
8.2 - Ações de Trabalho:
• Reuniões pedagógicas mensais para apresentação de atividades práticas
que funcionaram bem em saia de aula, seleção interdisciplinar de textos a
serem utilizados nas aulas sobre componentes curriculares comuns;
• Incentivar a participação da Família da Comunidade na Escola, com o
objetivo de melhor integrá-las e promover a conscientização de que a
participação da comunidade é benéfica para o rendimento dos alunos;
• Reunião com a equipe pedagógica, relacionando os alunos com
dificuldades e defasagem de aprendizagem, para encaminhamento e
acompanhamento pedagógico, nas salas de reforço e de recursos;
• Através de Reuniões Pedagógicas, conscientizar os professores da
necessidade de encontrar caminhos adequados e prazerosos para a
concretização do processo ensino-aprendizagem, construindo, dessa forma,
um ambiente estimulador e agradável. Uma pedagogia centrada no aluno e
não só nos conteúdos;
8.3 Plano de Ação Laboratório de Ciências
1) Objetivos:
• Propor o estudo de problemas reais da nossa região;
• Levar o aluno a aprender e aprender através de instrumentos na prática;
• Instigar o aluno, provocando-o para uma atitude de curiosidade e busca
ante os fatos e fenômenos do dia-a-dia;
• Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a
partir de elementos das Ciências Naturais, colocando em prática conceitos,
procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar.
2) Princípios orientadores:
Formar conceitos a partir de aulas práticas, estas não devem ser
apenas conclusivas, pois deve-se estimular o aluno a fazer investigações,
procurando relacioná-las ao seu cotidiano (região onde mora) fazendo
proposições e provocações. As investigações devem ser feitas com base na
Metodologia científica.
3) Ação:
A partir dos aspectos estudados / investigados na própria realidade, o
professor orienta para o estado daquele conhecimento em termos globais,
até mesmo comparando tecnologias mais e menos avançadas nos
diferentes países e, mais uma vez, relacionando com políticas públicas,
pobreza e riqueza, níveis de desenvolvimento social, econômico, científico e
tecnológico.
Assim, podemos utilizar em nossas aulas práticas: jogos, simulações,
debates, júris simulados, projetos de investigação e de ação comunitária,
entrevistas, palestras, visitas a órgãos públicos da administração municipal,
estadual ou federal, indústrias, pesquisas na internei, documentos (livros,
revistas, jornal, peças de arquivo, manuais, linhas do tempo...), filme etc.
4) Detalhamento
O ideal é que todas as escolas sejam equipadas e um laboratório de
Ciências, é importante, pois algumas aulas práticas podem ser feitas em
sala de aula (demonstração), mas existem certos tipos de atividades em que
o ambiente deve ser adequado (com pias, bancadas, armários, materiais...),
o espaço onde possa deixar-se o material de investigação acontecendo, sem
que atrapalhe as aulas de outro professor e que as observações possam ser
feitas de uma maneira mais adequada.
Os materiais necessários serão adequados pelo Conselho Escolar.
8.3.1 Laboratório de Ciências
Objetivos:
Elabora perguntas e hipóteses, selecionando e organizando dados e
idéias para resolver problemas:
- como por exemplo, nosso ambiente contém componentes naturais que
normalmente são estudados pela física e peia química; possui também seres
vivos como plantas, animais e nós mesmos (seres humanos) estudados pela
biologia;
- outros exemplos - Sexualidade, drogas, gravidez na adolescência...
Materiais do Laboratório de Ciências que serão adequados.
8.3.2 EQUIPAMENTOS
1 Microscópio Estereoscópio 12 Microscópio Binocular 13 Balança Mecânica (braços iguais) - 14 Multímetro 15 Esqueleto Humano - 1,68 cm - em resina, c/ rodas 16 Torso bissexual c/ 42 cm e 14 peças 17 Mapas de Anatomia Humana 8
8.4 Plano de Ação Biblioteca
Consideramos importantíssimo ressaltar a necessidade da
continuidade do funcionamento da Sala de Apoio à Aprendizagem, bem
como registrar o trabalho a ser proposto neste plano.
1) Objetivos
Auxiliar nas várias dificuldades encontradas em nossos alunos do
Ensino Fundamental, em relação à Língua Portuguesa e demais disciplinas
que envolvem o pensamento lingüístico - problemas de ortografia,
interpretação e oralidade, daí a necessidade de dinamizar o uso da
Biblioteca.
2) Finalidade
Estimular a pesquisa e a leitura para que o aluno se instrumentalize e
se aproprie do conhecimento historicamente construído.
3) Ação
Cada professor poderá criar situações em que os alunos possam
operar sobre a própria linguagem, reconhecendo e transformando, através
de leituras e pesquisas diversificadas, paradigmas próprios da fala de sua
comunidade lingüística, regularizando-os e adequando-os aos diferentes
usos lingüísticos, levantando hipóteses sobre as condições contextuais e
estruturais em que se apresentam. Para tanto, será de fundamental
importância que o professor e funcionário da Biblioteca estejam em sintonia
com os assuntos a serem pesquisados e/ou leituras e obras de autores a
serem pesquisados pêlos alunos, para que o local caracterize-se por um
espaço vivo, dinâmico que propicia um efetivo saber.
Porém, torna-se utópico falar em ambiente dinâmico para um efetivo
saber se a Instituição não se preocupar com a aquisição de materiais
projetados para esta finalidade.
8.5 Plano de Ação Sala de Apoio
Os objetivos e princípios a seguir encontram-se fundamentados na
LDB 9394/96 e na Resolução n° 208/04 - SEED.
Objetivos:
- Implementar uma ação pedagógica, em conjunto com a SEED, que visa o
enfrentamento dos problemas relacionados ao ensino de Língua Portuguesa
e Matemática e às dificuldades de aprendizagem identificadas nestas
disciplinas.
Estender o tempo escolar dos alunos de 5a série com defasagem de
aprendizagem na leitura, na escrita e no cálculo.
A) Princípios orientadores
- Garantir o acesso, a permanência e a aprendizagem efetiva dos alunos,
considerando o processo de democratização e universalização do ensino;
- considerar o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como
meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo.
- Avaliar de forma diagnostica, contínua e cumulativa, visto que é necessário
observar os avanços e as necessidades diferenciadas de aprendizagem dos
alunos.
B) Ação
a) Atendimento aos alunos de 5a série com dificuldades de aprendizagem
em Língua Portuguesa e Matemática. Este atendimento ocorre em
contraturno;
b) desenvolvimento de trabalho diferenciado e metodologias adequadas às
necessidades individuais dos alunos, pelo professor;
c) Planejamento adequado da sala de apoio à aprendizagem, orientado pela
equipe pedagógica;
d) Organização de reuniões sistemáticas com os professores regentes e de
sala de apoio à aprendizagem;
e) Definição de cronograma de atendimento aos alunos, por disciplina;
f) Avaliação conjunta, para emitir parecer sobre o desempenho escolar dos
alunos.
C) Detalhamento:
- a sala de apoio à aprendizagem funcionara em contra-turno;
- não deve exceder a 20 (vinte) alunos;
- são contempladas as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática;
- a carga horária das disciplinas é de 4 horas - aula semanais;
- a entrada e saída dos alunos ocorre mediante termo de compromisso, com
ciência dos pais;
- o aluno pode ser desligado sempre que se perceber que suas dificuldades
foram sanadas;
- o desempenho escolar dos alunos da sala de apoio à aprendizagem, ocorre
ao final de cada semestre por meio de relatório.
- A inserção e saída dos alunos se dá mediante Termo de Compromisso,
Com conhecimento dos pais.
- O aluno pode ser desligado sempre que se perceber que suas dificuldades
foram sanadas.
- O desempenho escolar dos alunos da sala de apoio à aprendizagem ocorre
ao final de cada semestre por meio de relatório.
8.6 Considerações sobre o laboratório de informática
A informática entrou na educação com a necessidade de transpor as
fronteiras do educador convencional, oportunizando uma renovação na
forma de trabalhar os conteúdos programáticos, convertendo a aula num
espaço real de interação, de troca de resultado, adaptando os dados á
realidade dos alunos.
Antes de mais nada, devemos compreender que existe uma sociedade
da informação mais homogênea, globalizada. As ideologias bem como
aspectos da política poderão dar lugar á ciência e á tecnologia, não
representando uma ruptura com o passado, mas a sua continuação sob uma
forma nova: a tecnologia.
Mais do que nunca, caberá ao Governo - para eficácia e sucesso de
todo o esforço - a manutenção da informação de toda esta tecnologia, uma
ligação com a linguagem.
Faz-se necessário a aplicação da informática em todos os setores da
vida moderna. Porém, muitos de nossos alunos não têm ainda
conhecimentos nesta área.
Para modificar esta realidade, deveria haver um laboratorista
permanente que auxiliasse alunos e até professores para um pleno
funcionamento dos equipamentos. Hoje a falta de impressoras para a
finalização dos trabalhos dos alunos é algo latente e até mesmo a falta da
Internet para pesquisas.
Precisamos urgentemente da instrumentalização da nossa escola com
recursos tecnológicos educacionais para o pleno desenvolvimento das
pessoas envolvidas no processo de ensino aprendizagem.
Com o Laboratório de Informática funcionando, será possível trazer
para a sala de aula experiências de vida de todo o mundo.
Com a Internet, alunos poderão experimentar juntamente com seus
professores notícias em tempo real, pesquisar assuntos polêmicos, e os
próprios professores poderão contar com um número cada vez maior de
ferramentas que despertem nos alunos o prazer de aprender.
A Informática atua no sentido de deixar o aluno mais preparado para o
mercado de trabalho, haja vista a necessidade cada vez maior do
conhecimento dessa tecnologia.
Para isso, cabe ao professor obter conhecimentos básicos na área de
informática podendo assim utilizá-los para trabalhar com seus alunos. A
Informática poderá auxiliar o profissional a:
A) Motivar o trabalho de pesquisas;
B) Buscar na internet ajuda para que possa desenvolver novos
conhecimentos;
C) Possibilitar resoluções de problemas;
D) Desenvolver a criatividade dos alunos;
E) Viabilizar a criação de projetos interdisciplinares.
8.7 - Organização
8.7.1 Hora atividade – Dias determinados e por área.
8.7.2 Reunião Pedagógica
Bimestralmente para reavaliar conteúdos e aproveitamentos dos
educandos.
Conselho de Classe Bimestralmente, aos sábados, para verificação
individual do desempenho do aluno.
8.7.3 Recursos Financeiros
Gerenciamento e otimização dos recursos financeiros.
Os recursos financeiros que mantém a escola provém de verbas do
P.D.D.E., Fundo Rotativo e A.P.M.F., fornecendo merenda escolar, pequenas
reformas e construções.
A escola realiza algumas promoções com auxilio da A.P.M.F., corpo
docente e o comércio local. As prioridades de aplicação são levantadas e
priorizadas pelo Conselho Escolar que é representado pelos segmentos da
comunidade escolar.
8.8 Organização Interna da Escola
8.8.1 Funções específicas:
Diretora nº 01
Diretor Auxiliar nº 01
Equipe Pedagógica nº 04
Secretária nº 01
Equipe Administrativa nº 05
8.8.2 Corpo docente
Língua Portuguesa nº 05
Língua Inglesa nº 03
Matemática nº 06
Ciências nº 04
Geografia nº 03
História nº 03
Educação Artística nº 02
Educação Física nº 03
Ensino Religioso nº 03
Sala de Apoio nº 02
Sala de Recursos nº 02
8.8.3 Serviços Gerais nº 09
8.8.4 Relações entre aspectos administrativos e pedagógicos
O Projeto Político Pedagógico da escola pode ser inicialmente
entendido como um processo de mudança e de antecipação do futuro, que
estabelece princípios, diretrizes e propostas de ação para melhor organizar,
sistematizar e significar as atividades desenvolvidas pela escola como um
todo. Pressupõe-se então uma construção participativa que envolve
ativamente os diversos segmentos escolares, nesses termos entende-se que
a administração e a Equipe Pedagógica devem interagir totalmente, para
que se possa implantar nas relações estabelecidas na escola um ambiente
de alegria e cooperação que são princípios e referencias indispensáveis para
a operacionalização e a indispensáveis do mesmo.
8.8.5 Participação da Família e da Comunidade
- Através de reuniões com pais para o acompanhamento do rendimento
escolar.
- Grupos de estudos com pais para esclarecimento do Projeto Político
Pedagógico e do Regimento Escolar.
- Participação dos pais em gincanas, festas juninas, feiras e apresentações
de trabalho dos alunos.
8.8.6 Papel e Participação das Instâncias Colegiadas
8.8.7 Grêmio Estudantil.
O Grêmio Estudantil foi implantado a partir deste ano para favorecer o
relacionamento e a convivência entre os nosso jovens. Por serem
institucionalizados, podem representar melhor a rica experiência que é a
busca coletiva dos anseios, desejos e aspirações dos estudantes.
O Grêmio Estudantil deve ser resultado da vontade dos próprios alunos.
São eles que devem reconhecer a sua importância e que devem definir o
seu perfil. Os grêmios, organizados dessa forma, exercem papel importante
na formação do aluno, devendo ter uma dimensão social, cultural e também
política.
8.8.8 Conselho Escolar.
O Conselho Escolar com funções deliberativas e consultivas é um
poderoso instrumento que torna realidade uma antiga reivindicação da
comunidade escolar: a gestão democrática e participativa.
Ele atua nos mais variados aspectos pedagógicos administrativos e
financeiros da escola. Esta participação se constrói no dia-a-dia, em meio
aos problemas e conflitos que caracterizam a vida de qualquer organização
ou instituição. Deve estar sempre presente.
8.8.9 Conselho de Classe
O Conselho de Classe é realizado bimestralmente logo após serem
avaliados os alunos. Detectando problemas de aprendizado de conteúdos,
indisciplina, evasão, os membros do conselho de classe planejam como
recuperá-los, analisando individualmente cada um e procurando achar
solução para cada caso.
8.9 A Associação de Pais, Mestres e Funcionários.
Associação de pais, mestres e funcionários, pessoa jurídica de direito
privado, é um órgão de representação dos pais, mestres e funcionários
deste Estabelecimento, não tendo caráter partidário, racial sem fins
lucrativos, cuja finalidade é a integração entre a Escola, Família, e a
comunidade para o aprimoramento do processo ensino-aprendizagem,
através de aproximação entre os educadores, funcionários, pais e
educandos.
8. 10 Plano de formação continuada de professores e funcionários
A LDB no Título VI trata dos Profissionais da Educação, considerando sob
esta categoria, não só os professores, mas também diretores, pedagogos e
funcionários, afirmando que os sistemas de ensino deverão promover a
valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes
“aperfeiçoamento profissional continuado” e “períodos reservados à
estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho”.
- A escola é o local privilegiado para a formação continuada. Estudos sobre
a capacitação docente têm revelado que projetos de formação eficazes
são resolvidos a contento.
Formação dirigida à equipe de professores;
Demanda concreta e contextualizada dos profissionais que participam da
formação.
Realizada em hora de trabalho, pois faz parte da atuação dos
profissionais.
Conceder papel protagonista à equipe no planejamento e na realização
das atividades de formação, evitando assim ações estereotipadas
elaboradas externamente.
Reconhecer que as tarefas de formação permanente são um instrumento
básico para garantir o desenvolvimento profissional.
Reconhecer a relevância da autogestão da formação dos profissionais da
educação, estimulando o desenvolvimento de projetos pessoais de
estudos e trabalho.
Pode-se afirmar que a formação continuada pode ser considerada como
um dos elementos importantes do Projeto político Pedagógico cujo objetivo
é potencializar a reflexão e a elaboração das equipes sobre a prática.
A escola planejará as atividades de acordo com a necessidade de seus
profissionais.
Grupo de estudos sobre L.D.B., E.C.A., P.P.P., com o objetivo de ler,
analisar, interpretar e contextualizar as idéias ali contidas para a sua
realidade;
Grupo de funcionários da educação visita estabelecimento onde se está
realizando uma experiência interessante.
Colegas da mesma escola ou de escolas diferentes do município
discutem projetos, temas, tipos d atividades.
Convite a outras escolas para apresentação e discussão de seus projetos
pedagógicos.
Elaboração de critérios e indicadores de avaliação da prática pedagógica
pela equipe.
Seleção e elaboração de material didático, discussão sobre formas de
utilização.
Implementar e explicitar para pais o contrato didático como se processa
a relação entre professores e profissionais da educação e alunos para
garantir os direitos e deveres para que não resulte entraves no processo
ensino aprendizagem. É importante que o contrato didático seja
explicitado e negociado com pais, tornando-os conscientes das
competências e conhecimentos a serem construídos dos objetivos a
serem alcançados no processo de aprendizagem dos seus filhos.
Biblioteca – informatizar para garantir o acervo.
Montar laboratório para aulas práticas de Ciências.
Sala específica para educação artística
8.11. Acompanhamento e Avaliação do Projeto Político Pedagógico
Bimestralmente serão realizadas reuniões pedagógicas com
profissionais da educação, Conselho Escolar, A.P.M.F., e pais para avaliação
dos itens propostos no Projeto Político Pedagógico e dos resultado obtidos. O
Projeto político Pedagógico poderá ser aprimorado a qualquer momento,
quando se notar falhas ou necessidade de novos projetos para atender as
necessidades verificadas durante a avaliação da proposta.
9 Bibliografia
CONSED – Gestão em Rede
FNDE – Pátio –revista pedagógica
Seminário de Educação Avançada
Diretrizes Curriculares
Internet – sites de educação
Revista Escola
Textos:
D.C.G. – Educação do Campo SEED
Escola básica – Sônia Kramer
Projeto Político Pedagógico
Equipe Ensino Núcleo Regional de Jacarezinho
Jornada Pedagógica 2004 – 2005 – 2006 e 2007
Capacitação descentralizada – Fevereiro e julho de 2005 e 2006 – 2007
10.Anexos
11.PROPOSTA CURRICULAR PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
O processo de elaboração da Proposta Curricular das disciplinas que
compõem a Matriz Curricular do Ensino Fundamental, ofertado por este
Estabelecimento de Ensino se desenvolvem de forma coletiva e
democrática.
Os professores de todas as disciplinas participaram da construção da
Proposta Curricular nos dias 30 e 31 de outubro e 06 e 07 de novembro de
2006 nas dependências da FAEFIJA da cidade de Jacarezinho, com o
acompanhamento dos coordenadores das áreas da Equipe de Ensino do
Núcleo. Nesse encontro professores e pedagogos iniciaram as discussões
sobre os desdobramentos iniciais para a construção coletiva da Proposta
Curricular. Com esse propósito, os participantes subdividiram-se em
pequenos grupos para analisar e discutir textos, objetivando embasar
teoricamente as discussões das áreas e, conseqüentemente, atualizar os
componentes curriculares das disciplinas. Os professores e pedagogos
também refletiram sobre os princípios norteadores e a concepção de Ensino
e de aprendizagem no Ensino Fundamental.
Foram organizados grupos de estudos da Escola Estaduais do
Município para cada disciplina, onde os textos analisados subsidiaram as
discussões com o objetivo de ampliar as questões relacionadas, às áreas, a
inserção de novas temáticas no ensino, a organização dos conteúdos e aulas
práticas para cada disciplina.
Os resultados dos trabalhos foram apresentados para todos os
envolvidos com o Sistema de Educação do Estabelecimento de Ensino e
posteriormente, enviado cópias para o Núcleo Regional de Jacarezinho.
PROPOSTA CURRICULAR
Disciplina: Arte
Ensino Fundamental
Apresentação Geral da Disciplina
Desde o século XVI, com a ação dos jesuítas, encontramos o ensino da Arte
presente no Brasil, cujo objetivo principal era a catequização dos grupos que aqui
habitavam. Este ensino incluía a Retórica, a Literatura, a Escultura, a Pintura, a
música e as Artes Manuais. Com a expulsão dos jesuítas pelo Marquês de Pombal, o
pensamento iluminista e positivista foi preponderante no ensino público brasileiro.
A Reforma Educacional Brasileira - Reforma Pombalina (1792- 1800) - fez com
que o ensino da Arte perdesse a importância. O desenho, por exemplo, foi associado
ã matemática na forma de Desenho Geométrico.
No início do século XIX, D. João VI incentivava o ensino da Arte - o que
resultou na Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro (1826) - porém, o ensino
ainda era influenciado pelo iluminismo, priorizando a área cientifica. Essa visão foi
ratificada na 1° Reforma Educacional do Brasil República em 1890, realizada por
Benjamin Constant, cujo objetivo ainda era valorizar a Ciência e a Geometria.
A partir de 1931, por influência de Heitor Villa - Lobos, o ensino de Arte fez-se
presente no primeiro projeto de educação pública de massa por meio do Canto
Orfeônico imprimindo na escola uma primeira noção da Arte como linguagem.
Com a lei 5692 de 1971, foi fundada uma nova visão tecnicista e entendendo
o educador de Artes como um profissional polivalente, o ensino da Arte passa a ser
obrigatório no currículo das escolas brasileiras, porém como forma de atividade e
não disciplina. Somente em 1996, a Lei 9394 de Diretrizes e Bases da Educação
ratifica a obrigatoriedade do ensino da Arte na Educação Básica e a Arte passa a
compor a Área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Em 1997, com a
publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais e dos Referenciais, a Música,
Artes Visuais, Dança e Teatro foi indicado como áreas de conhecimento autônomas
dentre da disciplina de Arte.
Esse breve passeio pela história nos dá uma idéia dos conceitos que
permeiam a educação na área do ensino da Arte no Brasil e que abrangeram desde
um caráter religioso, com a catequização dos nativos pêlos jesuítas, ate o ensino
com fins puramente tecnicista, fundado num pensamento iluminista.
Atualmente, o trabalho na disciplina de Arte exige do educador reflexões que
contemplem a arte efetivamente como área do conhecimento e não como meio
"dom", entretenimento ou terapia. O objetivo da proposta pedagógica para o ensino
de Arte no Ensino fundamental e Médio no Paraná é o aprendizado da Arte como
linguagem, visando a um ser reflexivo e autônomo, inserido criticamente na
realidade em que vive.
A Arte - fruto da percepção e da necessidade da expressão humana - é
concretizada utilizando-se de elementos próprios da linguagem artística. A Arte nos
fornece uma simbologia própria e, portanto outras leituras do mundo que nos cerca.
Ou seja, "as diversas leituras de mundo via diferentes linguagens - não somente a
verbal - possibilitam-nos conhecer, reconhecer, re-significar e expressar o
sentido da vida em sociedade." (Marques e Brasil, 2005).
A Arte como linguagem utiliza - se de símbolos e de elementos próprios
que estão presentes na Dança (movimento e não movimento), na Música (sons),
no Teatro (dramatização), e nas Artes Visuais (forma e luz). Essa discussão em
torno da Arte como linguagem pondera o entendimento de que a arte não
apenas suscita sentimentos, mas pressupõe diálogo, comunicação e
conhecimento.
Na cultura escolar, os saberes são apropriados pela escola de maneira
singular, dando-lhes um sentido pedagógico (Sacnstan, J. G. 2001). Na escola,
esse trabalho ressignifica os saberes e os conceitos científicos produzidos na
sociedade. Assim sendo, um dos elementos essenciais que caracteriza o ensino
da Arte no ambiente escolar é o fato de que, na escola, temos a
responsabilidade de relacionar, questionar, experimentar, refletir e
contextualizar os trabalhos artísticos a fim de que façam sentido em nossas
próprias vidas e na construção da sociedade brasileira.
A partir das concepções da arte e de seu ensino já abordadas, esta
proposta considera alguns pontos conceituais que contribuem para as reflexões
a respeito do objeto de estudo desta disciplina:
* o conhecimento estético está relacionado à apresentação do objeto
artístico em seus aspectos sensíveis e cognitivos. O pensamento, a
sensibilidade e a percepção articulam-se numa organização que-expressa esses
pensamentos e sentimentos, sob a forma de representações artísticas como,
por exemplo, palavras na poesia; sons melódicos na música; expressões
corporais na dança ou no teatro; cores, linhas e formas nas artes visuais.
* o conhecimento artístico está relacionado com o fazer e com o processo
criativo. Considera desde o imaginário, a elaboração e a formalização do objeto
artístico até o contato com o público. Durante esse processo, as formas
resultantes das sínteses emocionais e cognitivas expressam saberes específico
a partir da experienciação com materiais, com técnicas e com os elementos
formais básicos constitutivos das Artes Visuais, da Dança, da Música e do
Teatro.
* o conhecimento contextualizado envolve o contexto histórico (Político,
econômico e sociocultural) dos objetivos artísticos e contribui para a
compreensão de seus conteúdos explícitos e implícitos, possibilitando um
aprofundamento na investigação desse objeto.
Norteada pelo conjunto desses campos conceituais, a construção do
conhecimento em arte se efetiva na inter-relação de saberes que se concretiza
na experienciação estética por meio da percepção, da análise, da criação/
produção e da contextualização histórica. Apesar de suas especificidades, esses
campos conceituais são interdependentes e articulados entre si, abrangem
todos os aspectos do objeto de estudo.
A arte é criação e manifestação do poder criador do homem. Criar é
transformar e nesse processo o sujeito também se recria. A arte, quando cria
uma nova realidade, reflete a essência do real. O sujeito, por meio de suas
criações artísticas, amplia e enriquece a realidade já humanizada pelo trabalho.
Nas sociedades capitalistas, o sujeito não se identifica com o produto de seu
trabalho, pois se separa o trabalho da criação, transformando-o em trabalho
alienado. No ensino de Arte contrapondo-se a essa alienação, há possibilidades
de resgatar o processo de criação, permitindo que os alunos reconheçam a
importância de criar. É com base nesses pressupostos que trataremos a Arte
como linguagem. Linguagem Artística.
Houve muitos avanços no processo histórico recente para efetivar
uma transformação no ensino da arte.
O enfoque cultural baliza as discussões em Artes, pois é na associação
entre a Arte e a Cultura que se dão reflexões sobre a diversidade cultural e
as produções e manifestações culturais que dela decorrem.
Cultura diz respeito a humanidade como um todo e ao mesmo tempo a
cada um dos povos, nações sociedades e grupos humanos. Cada realidade
cultural tem sua lógica interna, a qual devemos procurar conhecer para que
façam sentidas as suas práticas, costumes, concepções e as
transformações pelas quais essas passam.Entendido assim, o estudo da
cultura contribui no combate a preconceitos, oferecendo uma plataforma
firme para o respeito e dignidade nas relações humanas.
Objetivos Gerais
- Propiciar ao aluno o acesso aos conhecimentos presentes nos bens
culturais, por meio de um conjunto de saberes em Arte que lhe permitam
utilizar-se desses conhecimentos na compreensão das realidades e amplie o
seu modo de vê-las.
- Analisar, respeitar, preservar, produzir e contextualizar as diversas
manifestações da arte em suas múltiplas linguagens utilizadas por grupos sociais
e étnicos, desenvolvendo a fruição considerando o momento sócio / histórico /
cultural de cada conteúdo.
- Investigar produções artísticas e articular os componentes de forma
estética /
científico.
- Aproximar o aluno no universo artístico explorando os conteúdos sobre
a contribuição artística da cultura africana.
- Propiciar um novo contato com a cultura africana através de contextos
sociais para uma valorização da diversidade étnica brasileira.
Conteúdos Estruturantes
A disciplina de Arte no Ensino Fundamental contempla as linguagens das
artes visuais, da dança, da música, e do teatro e os conteúdos estruturantes
selecionados para essa disciplina vem constituir a base para a prática
pedagógica. Articulados entre si, esses conteúdos estruturantes compreendem
todos os aspectos do objeto de estudos e oferecem possibilidades de
organização dos conteúdos específicos.
Os conteúdos mencionados não podem ser vistos como elementos
ilimitadores ou segmentados, pois todos eles são: elementos básicos das
linguagens artísticas, produções / manifestações artísticas e elementos
contextualizadores apresentam uma unidade interdependente, além de permitir
uma correspondência entre as linguagens. De cada um dos conteúdos
estruturantes pode-se destacar os seguintes aspectos a serem observados nas
artes visuais, na dança, na música e no teatro.
Linguagens Artísticas: as linguagens artísticas desdobram-se em conteúdos
específicos em cada uma delas. O artista / autor organiza esses elementos da
linguagem, visando a criação artística; gerando signos que possibilitam a
construção do conhecimento estético e alguns deles, apresentam-se como
ponto comum entre as linguagens. O ritmo, a harmonia, a simetria, a
tonalidade e a intensidade são alguns exemplos que podem ser observados em
pinturas, em músicas, em encenações teatrais e em composições
coreográficas. O conhecimento dos elementos básicos das linguagens, tomados
pelo professor como conteúdos de Arte, permitirá ao aluno a leitura e a
interpretação das produções / manifestações, a elaboração de trabalhos
artísticos e o estabelecimento de relações entre esses conhecimentos e o seu
dia-a-dia.
As Produções / Manifestações artísticas: está presente em todas as
linguagens artísticas, configurando-se na organização e articulação dos
elementos básicos das mesmas na forma de composição, improvisação ou
interpretação, ou seja, nas produções / manifestações percebidas pêlos
sentidos humanos. As pinturas, as instalações, as esculturas, as danças da
tradição, as danças clássicas ou modernas, a tragédia, a comédia, as canções
populares, as sinfonias e as demais são compostas a partir da organização,
intencional ou não, dos elementos básicos, quer por artistas visuais,
coreógrafos, dramaturgos, compositores e na tradição histórica (manifestações
populares).
Nas produções / manifestações artísticas é que os elementos
específicos de cada linguagem assumem significado de acordo com a intenção do
artista / autor ou da interpretação do espectador / fluidor.
Elementos Contextualizadores: ampliam e aprofundam a
apreensão do objeto de estudos. Abrangem a contextualização histórica
(social, política, econômica e cultural), autores/artistas, os gêneros, os estilos,
as técnicas, as várias correntes artísticas e as relações identitárias
(local/regional/global) tanto do autor, como do aluno com a obra. Esse processo
de desconstrução desenvolve um senso crítico que permite ao aluno leituras
mais amplas a respeito do objeto de estudo e da realidade.
Esse conteúdo estruturante estará permeando a prática pedagógica do
professor em todas as linguagens artísticas, ao mesmo tempo que constrói uma
possível relação entre elas e permite uma melhor apreensão dos conteúdos em
Arte.
Conteúdos Estruturantes para Ensino Fundamental
ÁREAS ELEMENTOS
FORMAIS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS MOVIMENTOS E
PERÍODOS
ARTES
VISUAIS
Imagem
Ponto
Linha
Forma
Textura
Luz
Sombra
Movimento
Espaço visual
Espaço materila
Leitua
Bidimensional/Tridimens
ional
Contraste
Ritmo
Equilíbrio
Decomposição da cor
Cor e pigmento
Simetria
Tons e Matrizes
Pré-História
Arte Indígena
(Paranaense)
Modernismo
( Tarsila do
Amaral e
Portinari )
Impressionismo
Movimentos do
século XX
Cultura afro
MÚSICA
Percepção
Rítmica
Sons
Qualidade do
som
Estrutura
Musical
Manusear, classificar,
experimentar
Sons naturais e culturais
Intensidade, duração e
altura
Gêneros
Improvisação
DANÇA
Movimento Espaço
Ação corporal
Saltar, descolar,
gesticular
Ritmo
Espaço
Tempo
Fluência
Técnicas
Coreografia
Gêneros Personagem
( representaç
ão)
Espaço cênico
Expressão Corporal
Expressão Gestual
Expressão Vocal
Expressão Facial
Cenografia
Iluminação
Sonoplastia
Envio de roteiro
Justificativa
Para o Ensino Fundamental as formas de relação da arte com a sociedade
serão tratadas numa dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a
cultura e da arte com a linguagem, a partir de uma verticalização e de um
aprofundamento dos conteúdos, a ênfase será maior na associação da arte com o
conhecimento, da arte com o trabalho criador e da arte com a ideologia. Dessa
forma, o aluno da educação básica terá acesso ao conhecimento presente nessas
diferentes formas de relação da arte com a sociedade, de acordo com a
proximidade das mesmas com o seu universo. O professor, por sua vez, ao
selecionar os conteúdos específicos que irá desenvolver, enfocará essas formas de
relação da arte com a sociedade com maior ou menor ênfase, abordando o objeto
de estudo por meio dos conteúdos estruturantes.
A Cultura - Afro è colocada Artisticamente nos conteúdos estruturantes, para
que se faça conhecimento desta Cultura de forma aberta e amplificada. As
influências Africanas em nossas vidas, onde os negros não são vistos somente
como descendentes de escravos.
Encaminhamento Metodológico
No Ensino Fundamental, o enfoque cultural baliza as discussões em Arte,
pois é na associação entre a Arte e a Cultura que podem se dar as reflexões sobre a
diversidade cultural e as produções/manifestações culturais que dela decorrem.
Uma escola democrática necessita apresentar-se ao aluno como um espaço no qual
se reflete e se discute a realidade, sendo a prática social o ponto de partida para as
problematizações. Deve ainda propiciar aos alunos, leituras sobre os signos
existentes na cultura de massa para se discutir de que formas a industria cultural
interfere e censura as produções/manifestações culturais com as quais os sujeitos
identificam-se.
O ensino da arte será abordado tendo como principio a compreensão da arte
como linguagem, o sentido mais amplo do termo, como sendo o estudo da geração,
da organização, e da interpretação dos signos verbais e não verbais.
A partir do seu processo de significação e de sua condição polissêmica essa
disciplina se desenvolve possibilitando a aproximação do aluno com o universo
artístico. Assim, o ensino de arte ocupa uma posição privilegiada ao aprofundar a
exploração das linguagens artísticas e ao reconhecer os conceitos e elementos
comuns, presentes nas diversas representações culturais, determinados pêlos
seus contextos.
A arte não é uma produção fragmentada ou fruto de modelos aleatórios ou
apartados do contexto social nem tampouco mera contemplação; é sim, uma área
de conhecimento que interage nas diferentes instâncias intelectuais, culturais,
políticas e econômicas, pois os sujeitos são construções históricas que influem e
são influenciados pelo pensar, fazer e fruir arte.
Avaliação
A avaliação em Artes deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo
aluno entre os conhecimentos em arte e a sua realidade, evidenciadas tanto no
processo, quanto na produção individual e coletiva desenvolvida a partir desses
saberes. É necessário referir-se ao conhecimento específico das linguagens
artísticas, tanto em seus aspectos experimentais (práticos) quanto conceituais
(teóricos), pois a avaliação consiste e fundamentada, permite ao aluno posicionar-
se em relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos.
A avaliação significativa exige fundamentação, para que abra portas e
aponte caminhos para o redimensionamento das práticas pedagógicas, pois o
professor participa do processo e compartilha a produção do aluno.
A avaliação em arte supera dessa forma, o papel de mero instrumento de
medição de apreensão de conteúdos, busca propiciar aprendizagens socialmente
significativas para o aluno.
Sendo processual e sem estabelecer parâmetros comparativos entre os
alunos, estará discutindo dificuldades e progressos de cada um a partir de sua
própria produção. Assim sendo, considerará o desenvolvimento do pensamento
estético, levando em conta a sistematização dos conhecimentos para a leitura da
realidade. Avaliar exige, acima de tudo, que se defina aonde se quer chegar, que se
estabeleçam nos critérios para, em seguida, escolherem-se os procedimentos,
inclusive aqueles referentes à seleção dos instrumentos que serão utilizados no
processo de ensino e de aprendizagem.
Bibliografia
- Diretrizes Curriculares da Arte para o Ensino Fundamental.
- Novos Caminhos - Música, Movimento e Artes Visuais.
PROPOSTA CURRICULAR
DISCIPLINA: CIÊNCIAS
ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
Ao se pensar em ciência, é fundamental considerar a evolução do
pensamento do ser humano, pois é a partir dele que a história se constrói.
Formular teorias, crenças e valores como ponto de partida para o
aparecimento de uma ciência racional, a Filosofia, fez com que o homem no
decorrer da história mudasse a forma de se expressar seu conhecimento
referente ao mundo e desta forma, a ciência passa a ser determinada pela
maneira com que ele expressa esse conhecimento.
Com relação aos conteúdos estruturantes é necessário ressaltar que
são saberes fundamentais capazes de organizar teoricamente os campos de
estudo da disciplina, essenciais para a compreensão de seu objetivo de
estudo e de suas áreas afins.
Quanto ao corpo humano e saúde é necessário conhecer e
compreender as transformações integrando os sistemas que compõem o
corpo humano, suas funções de nutrição, coordenação, relação, regulação,
reprodução e questões relacionadas à saúde e a manutenção.
É fundamental o entendimento dos ambientes da natureza, assim
como da importância da biodiversidade e das ações humanas que nela
interferem.
Sobre matéria e energia é importante considerar as interações, as
transformações, as propriedades, as transferências, as diversas fontes e
formas, o modo como se comportam.
As relações com o ambiente, os problemas sociais e ambientais
relacionados com consumo, desperdício, produção e descarte de resíduos
referentes ao seu uso.
A medida que o homem estabelece as prioridades sociais de produção
da ciência e da tecnologia visando ao atendimento das sua necessidades,
passa a perceber que a ciência e a tecnologia não são neutras.
Podemos compreender que o bem ou mau uso que se faz delas
depende muitas vezes de interesses políticos, militares e empresariais que
se apoderam de seus resultados e os utilizam em benefício de uma elite,
visando lucro, dominação e guerra. Ao tratar a tecnologia e essencial
abordar a biotecnologia (manipulação gênica, clonagem, transgenia, célula
tronco, reprodução in vitro, inseminação artificial, melhoramento genético e
outros).
Por todas estas razões, ao apresentar os conteúdos estruturantes da
disciplina, dos quais se desdobram os específicos, estas diretrizes devem
objetivar a retomada da função social da disciplina de ciências, que por
meio do tratamento crítico e histórico dos conteúdos promova a socialização
dos conhecimentos científicos e tecnológicos e a democratização das ações
de natureza social, tendo em vista o atendimento de toda a população para
assegurar o direito ao processo de escolarização.
OBJETIVOS GERAIS
Valorizar a dúvida, a contradição, a diversidade e a divergência, o
questionamento das certezas e incertezas, superando o tratamento
curricular dos conteúdos por eles mesmos, priorizando a sua função social.
Propiciar condições para que os sujeitos do processo educativo
discutam, analisem, argumentem e avancem na compreensão do seu papel
frente às demandas sociais.
Compreender os conteúdos específicos como uma expressão
complexa da realidade deixando de ser compreendido como elementos
fragmentados, neutros e históricos do currículo.
Propiciar aos alunos a compreensão das relações entre o mundo
natural (conteúdo da ciência) o mundo construído pelo homem (tecnologia)
e seu cotidiano (sociedade).
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
5ª série:
Inter-relações entre os seres vivos e o ambiente
Água no ecossistema
Ar no ecossistema
Solo no ecossistema
Justificativa:
É importante propiciar ao aluno da 5ª série um amplo conhecimento
do ambiente, pois o entendimento do funcionamento dos ambientes da
natureza, de como a vida se renova e se mantém, perpassa pelo
reconhecimento da importância da biodiversidade e das ações humanas
que interferem nela. Sendo assim a apropriação destes conteúdos
contribuem para que o aluno possa atuar em seu ambiente de forma
consciente e crítica.
6ª série:
Biodiversidade – características básicas dos seres vivos
Níveis de organização dos seres vivos – organização celular
Biodiversidade – classificação e adaptações morfofisiológicas
Justificativa:
É necessária que o aluno reconheça através do conhecimento destes
conteúdos a importância dos diferentes ambientes da Terra, sua
diversidade, localização, caracterização, transformações ao longo da
história e adaptações dos seres vivos e do homem aos mais diversos
ambientes, compreendendo assim as causas dos fenômenos naturais
envolvidos nos desequilíbrios ecológicos e que as conseqüências desses
desequilíbrios afetam diretamente a vida do ser humano, seres vivos e
também na dinâmica do meio-ambiente.
7ª série:
Doenças, infecções, intoxicações e defesas do organismo.
Corpo humano como um todo integrado
Justificativa:
O estudo do corpo humano como um todo, suas diversas funções, bem
como as questões relacionadas à sua saúde e à sua manutenção, tendo
como princípio a prevenção, deve também ser objeto do ensino fundamental
uma vez que tais conhecimentos contribuem para a vida social do aluno de
tal forma que lhe dá condições de tomar medidas que garantem sua
qualidade de vida.
8ª série:
Poluição e contaminação do ar, água e do solo
Transformação da matéria e energia
Astronomia e Astronáutica
Segurança no trânsito
Justificativa:
Através dos conteúdos acima relacionados, podemos possibilitar ao
aluno, a compreensão de que o ser humano para satisfazer suas condições
básicas de sobrevivência precisa que a interação entre matéria e energia se
dê de forma equilibrada, determinando o equilíbrio do ecossistema na
relação de interdependência entre ele, os demais seres vivos e o ambiente.
METODOLOGIA:
A partir da concepção de ciências, do objeto de estudo desta
disciplina, propõe-se que os conteúdos específicos sejam encaminhados
metodologicamente numa abordagem articulada, seguindo uma perspectiva
crítica e histórica e orientem o encaminhamento metodológico nesta
proposta, considerando a articulação entre os conhecimentos físicos,
químicos e biológicos.
Para que o currículo de ciências se efetive na escola é necessário que
os integrantes do processo ensino aprendizagem, partilhem da concepção
de ciências como construção humana, cujos conhecimentos científicos são
passíveis de alteração ao longo da história da humanidade e marcados por
intensa relação de poder.
A proposta de encaminhamento metodológico orienta-se por uma
abordagem crítica, que considere a prática social do sujeito histórico
priorizando na escola os conteúdos historicamente constituídos.
Há necessidade de haver integração entre conhecimentos com os
conteúdos historicamente determinados para as séries finais do Ensino
Fundamental. Esta proposta de tratamento dos conteúdos será
descaracterizada, perdendo sentido, pois, a articulação entre os
conhecimentos físicos, químicos e biológicos possibilita ir além da
abordagem tradicional dos conteúdos.
Os conteúdos específicos elencados nesta proposta curricular devem
ser tratados ao longo dos quatro anos do Ensino Fundamental, desde que se
respeite o nível cognitivo dos alunos, a realidade local, a diversidade
cultural, as diferentes formas de apropriação dos conteúdos específicos por
parte dos alunos e adote uma linguagem coerente com a faixa etária,
aumentando gradativamente o aprofundamento da abordagem desses
conteúdos, uma vez que esses conhecimentos e conteúdos são
contribuições das respectivas ciências de referência e precisam ser tratados
em todas as séries finais do Ensino Fundamental.
É importante estabelecer as relações dos conteúdos com a ciência, a
tecnologia e a sociedade e considerar, no tratamento desses
desdobramentos, que o progresso industrial e tecnológico traz
conseqüências para a sociedade, podendo gerar graves problemas para os
seres vivos e para o meio ambiente.
Ao tratar os conteúdos específicos, a partir dos estruturantes, é
necessário que sejam explorados aspectos, relacionados à historicidade da
produção do conhecimento em questão, pois por meio do histórico é
possível conhecer em que contexto tal conhecimento foi produzido. Outro
aspecto relevante para a compreensão dos interesses que permeiam esse
conteúdo é identificar a intencionalidade da produção científica, ou seja, o
que determinou historicamente a construção de determinado conhecimento
científico. Nesse mesmo raciocínio é importante identificar a aplicabilidade
desse conhecimento, tendo em vista a relação entre as intenções implícitas
existentes na produção científica e sua utilidade para a sociedade.
Ressaltando que o encaminhamento metodológico para essa disciplina
não pode ficar restrito a um único método, mas sim, a algumas
possibilidades como: a observação, o trabalho de campo, os jogos de
simulação e desempenho de papéis, visitas à indústrias, fazendas, museus,
projetos individuais e em grupos, redação de cartas para autoridades,
palestrantes convidados, fóruns, debates, seminários, dentre outros.
A partir desse encaminhamento metodológico, a disciplina de Ciências
poderá resgatar na escola a sua principal função: o estudo dos fenômenos
naturais por meio do tratamento dos conteúdos específicos, de forma crítica
e histórica.
AVALIAÇÃO:
A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de
aprendizagem possibilitando ao professor, por meio de uma interação diária
com os alunos, contribuições importantes para verificar em que medida os
alunos se apropriaram dos conteúdos específicos. Desse modo a avaliação
será:
Um processo, contínuo e sistemático, sendo constante e planejado,
fornecendo retorno ao professor e permitindo a recuperação do aluno;
Verificativa, observando se os objetivos previstos estão sendo
atingidos;
Orientadora, permitindo ao aluno conhecer seus erros e corrigi-los;
Integral, considerando o aluno como um todo, ou seja, não apenas os
aspectos cognitivos serão analisados, mas igualmente os
comportamentais e habilidades psicomotoras.
Finalmente, afirma-se que a avaliação deve assumir uma perspectiva
global, ou seja, deve incluir todos os sujeitos e dimensões, envolvidos nos
processos educativos: aluno, escola e professor; e, desejavelmente, a
comunidade dos seus responsáveis.
BIBLIOGRAFIA:
Valle, Cecília. Coleção Ciências.
LUZ, Maria de La & Santos, MAGALY, Terezinha dos. Vivendo Ciências
CRUZ, Daniel. Ciências & Educação Ambiental
PARANÁ, Secretária de Estado da Educação – Currículo básico para a
escola pública do Estado do Paraná. 3 ed. Curitiba: SEED, 1997
Diretriz Curricular de Ciências para o Ensino Fundamental
PROPOSTA CURRICULAR
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
A Educação Física na Educação Básica pretende refletir sobre as
necessidades atuais de ensino, superando uma visão fragmentada de
homem. Esta proposta tem como fundamento geral o materialismo histórico,
cujos princípios apresentam uma profunda reflexão e crítica a respeito das
estruturas sociais e suas desigualdades, inerentes ao funcionamento da
sociedade. As diretrizes no Ensino Fundamental buscam superar as
concepções fundadas nas lógicas instrumental, anátomo funcional e
esportivizada.
Por sua constituição interdisciplinar a Educação Física permite umas
abordagens biológicas, antropológicas, sociológicas, psicológicas, filosóficas
e uma política das práticas corporais pautadas por disciplinas variadas que
permitem o entendimento do corpo e sua complexidade, contemplando a
enorme riqueza das manifestações produzidas.
Dar um novo significado as aulas, requer uma amplitude das
possibilidades de intervenção, superando a dimensão meramente motriz
para uma dimensão histórica, cultural e social, rompendo com a idéia de
que o corpo se restringe somente ao biológico, ao mensurável.
Assim, o papel da Educação Física será transcender aquilo que se
apresenta como senso comum, desmistificando formas já arraigadas e
equivocadas sobre o entendimento das diversas práticas e manifestações
corporais. Desse modo prioriza-se a construção do conhecimento
sistematizado como oportunidade ímpar, de reelaboração de idéias e
práticas que, por meio de ações pedagógicas, intensifiquem a compreensão
do aluno sobre a gama de conhecimentos produzidos pela humanidade e
suas implicações para a vida. A diversidade cultural em termos corporais,
com o intuito de que os alunos possam respeitar as diferenças identificadas,
bem como se posicionarem frente a elas de modo autônomo, realizando
opções, pautadas nos conhecimentos relevantes.
Cabe também como objetivo de ensino relacionar aquilo que é
específico de cada comunidade com o que é universal ou, pelo menos,
majoritário em termos corporais. É essencial conhecer profundamente a
cultura ou as culturas que envolvem a realidade em que a escola está
inserida. O universo de brincadeiras e jogos tradicionais de cada
comunidade.
Explorar a corporalidade por meio de atividades e experiências
orientadas através de um planejamento que considere as diversas
manifestações corporais presentes no meio escolar, indo além dos ditos
tradicionais, oportunizando a todas experiências de fato significativa para a
formação do aluno.
O conteúdo estruturante de Educação Física refere-se à
expressividade corporal, ou seja, as manifestações corporais a partir de
diferentes possibilidades de expressão, observando que corporalmente
manifesta-se alegria, dor, preconceito, prazer, raiva, medo etc...
Também busca a autonomia a partir do reconhecimento consciente
dos limites e das possibilidades de expressão de cada um, o que permite a
interação crítica no mundo e o desenvolvimento de um sentimento de
alteridade entendida como reconhecimento do que é diferente.
OBJETIVOS GERAIS:
- Ampliar do campo de intervenção da Educação Física, para além das
abordagens centradas na motricidade;
- Desenvolver conteúdos elencados no currículo de maneira que
sejam
relevantes e estejam de acordo com a capacidade cognoscitiva do aluno;
- Desenvolver práticas corporais tendo como princípio básico o
desenvolvimento do sujeito unilateral;
- Buscar a superação do caráter da Educação Física, como mera
atividade, de prática pela prática;
- Integrar o processo pedagógico como elementos fundamentais para
o processo de formação humana do aluno;
- Propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na
qual está inserido;
- Contribuir para a construção da autonomia dos alunos,
envolvendo-os na produção e na transformação das formas culturais,
sociais e físicas nas quais estão inseridos;
- Propor ao aluno uma postura ativa na prática de atividades físicas,
mostrando-lhes sua importância para a saúde individual e coletiva.
- Propiciar ao aluno diversas formas de aquisição de conhecimentos
de acordo com os momentos históricos e as manifestações corporais
culturais afro-brasileiras.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos, no ensino fundamental, são desenvolvidos de quinta a
oitava séries. O tratamento dado na sétima e oitava séries terá um
aprofundamento nos conteúdos.
Na disciplina de Educação Física, os conteúdos não precisam ser
fragmentados pro série, tendo em vista que os mesmos não precisam ser
organizados numa seqüência baseada em pré-requisitos.
Conteúdo Estruturante: “A expressividade corporal” – entendida
como construção histórica social do corpo e cultura escolar, considerada
como conjunto dos aspectos institucionalizados, incluindo práticas e
condutas, modos de vida, hábitos e ritos, englobando a história cotidiana do
fazer escolar.
Conteúdos Específicos: compõem o trabalho pedagógico e a relação
de ensino e de aprendizagem no cotidiano escolar: manifestações
esportivas; manifestações ginásticas; brincadeiras, brinquedos e jogos;
manifestações estéticas corporais na dança e no teatro e manifestações
afro-brasileiras.
Elementos Articuladores: a partir dos conteúdos específicos da
Educação Física, apontam-se alguns elementos articuladores que integram e
interligam as práticas corporais, visando um maior aprofundamento e
diálogo com as diferentes expressões do corpo: o
corpo que brinca e aprende (manifestações lúdicas); o desenvolvimento
corporal e construção da saúde; relação do corpo no mundo e no trabalho.
Metodologia:
Através da prática pedagógica, procurar produzir uma cultura escolar
que mobilize manifestações corporais que afirmem valores e sentidos, que
ampliem as possibilidades formativas, evitando formas de discriminação,
segregação e competição exagerada. Mediar situações conflitantes que
envolvam a corporalidade por meio do diálogo e da reflexão, dispondo de
argumentos que favoreçam o esclarecimento dos sujeitos envolvidos no
processo educativos. Elaborar um planejamento que considere as diversas
manifestações corporais presente no meio escolar, indo além dos conteúdos
ditos tradicionais, oportunizando a todas experiências de fato significativas
para a sua formação.
Para a realização com êxito dessa metodologia, sugere-se a
organização das aulas em três momentos distintos:
1º) Proposição do que vai ser executado;
2º) Execução do que foi proposto;
3º) Reflexão do que foi executado.
Avaliação:
A avaliação da aprendizagem na Educação Física visa buscar novas
formas de entendimento e compreensão de seus significados no contexto
escolar.
Objetiva-se favorecer a busca da coerência das práticas avaliativas
que integram o processo de ensino e aprendizagem. Nesta perspectivas
deve ser colocada a serviço da aprendizagem. Nesta perspectiva a avaliação
deve ser colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo
que permeie o conjunto das ações pedagógicas.
De acordo com a especificidades da disciplina, a avaliação deve estar
vinculada ao Projeto Político Pedagógico da escola, com critérios
estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a qualidade e o processo
ensino aprendizagem, sendo continua, identificando, dessa forma os
progressos do aluno durante o ano letivo, formativa, com à vista à
diminuição das desigualdades sociais e com luta por uma sociedade mais
justa e humana, diagnóstica onde tanto o professor como o aluno poderão
revisitar o processo desenvolvido e identificar lacunas no processo de
ensino aprendizagem, bem como propor outros encaminhamentos que
visem a superação das dificuldades.
Será um processo continuo, permanente e cumulativo, visando as
diversas manifestações corporais evidenciadas nas formas da ginástica, do
esporte, dos jogos, da dança e das lutas, levando os alunos a refletirem e se
posicionarem diante das atividades realizadas em relação ao mundo.
Bibliografia:
Coletivo de Autores: Metodologia do Ensino de Educação Física. Editora
Cortez, São Paulo – SP, 1992.
Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Ensino Fundamental e
Médio. Versão preliminar. Governo do Estado do Paraná – SEED, Julho de
2006.
PROPOSTA CURRICULAR
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO RELIGIOSO
ENSINO FUNDAMENTAL – 5ª E 6ª SÉRIES
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
As regulamentações para o Ensino Religioso foram modificadas pela
lei 9475, que dá nova redação do Artigo 33 da lei 9.394, pela Instrução
05/04 – SEED/SUED/DEF, e pela deliberação 01/2006 que dão novas normas
para esta disciplina.
A sociedade civil, hoje, reconhece com direito o pressupostos desse
conhecimento no espaço escolar, bem como a valorização da diversidade
em todas as suas formas, respeitando a formação dos diferentes grupos e
sociedade brasileira.
Nessa perspectiva, o Ensino Religioso contribui também para a
superação da desigualdade étnico-religiosa e vem garantir o direito
constitucional de liberdade, de crença e expressão conforme artigo 5°,
inciso 6°, da Constituição Brasileira.
O que busca hoje o Ensino Religioso é a inserção de conteúdos que
tratam da diversidade de manifestações religiosas dos seus ritos que tem
grande importância na organização da vida social de cada cultura religiosa,
lembrando que a escola precisa ser sensível a toda essa diversidade e tem a
função de informar aos alunos o que acontece na sociedade, explicando os
sentidos dos acontecimentos religiosos que de uma ou de outra maneira
mobilizam a vida das pessoas.
Assim, o currículo deve subsidiar os alunos na compreensão de
conceitos básicos no campo religioso e na forma como a sociedade sofre
influências das tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou negação do
sagrado.
OBJETIVOS GERAIS:
- Identificar a diversidade religiosa presente na realidade sócio-
cultural, analisando o fenômeno religioso como um dado da cultura,
desenvolvendo o diálogo, a tolerância e o respeito às diferenças em seu
convívio social. Através da identificação dessas diferenças e semelhanças
firmar atitudes de paz, compreensão, solidariedade e superação de toda a
forma de preconceitos;
- Analisar e compreender o sagrado como cerne da experiência
religiosa;
- Ampliar a abordagem curricular no que se refere a diversidade
religiosa;
- Resgatar o sagrado, buscando explicitar a experiência, que perpassa
as diferentes culturas expressas tanto nas religiões mais sedimentares
como em outras manifestações mais recentes;
- Analisar e compreender o Sagrado como cerne da experiência
religiosa do cotidiano que o contextualiza no universo cultural;
- Ensinar e aperfeiçoar nos alunos o conjunto de normas para
desenvolver as faculdades éticas e morais;
- Definir o lugar ou os espaços geográficos que remetem às
experiências do sagrado;
- Compreender a realidade complexa que configura o universo
simbólico, enquanto chave de leitura das diferentes manifestações do
sagrado coletivo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – 5ª SÉRIE
Justificativa:
Todos os conteúdos estruturantes estão presentes nos ensinamentos
religiosos, desdobrando-se em conteúdos específicos em cada um deles, na
perspectiva de ser compreendido como parte integrante da formação básica
do cidadão, assegurando o respeito à diversidade cultural e religiosa, tendo
em vista a aquisição de conhecimentos, a formação de atitudes e valores e
melhor apreensão dos conteúdos de ensino religioso.
Texto Sagrado (textos sagrados expressam idéias, formas de
viabilizar a disseminação e preservação dos ensinamentos de diferentes
tradições religiosas)
O Ensino Religioso na Escola Pública
b) Orientações gerais
c) Objetivos
d) Principais diferenças entre as aulas de Religião e o Ensino Religioso como
disciplina escolar.
I) Respeito à Diversidade Religiosa
Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa
e) Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira:
respeito à liberdade religiosa.
f) Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas.
g) Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado.
Símbolos (Símbolo pode ser qualquer coisa que veicula uma idéia,
podendo ser uma palavra, um som, um gesto)
II) Lugares Sagrados
Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de
peregrinação, de reverência, de culto, de identidade, principais práticas de
expressão do sagrado nestes locais.
h) Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.
i) Lugares construídos: templos, cidades sagradas, etc.
III) Textos Orais e Escritos – Sagrados
Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas
diferentes culturas religiosas.
j) Literatura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas, orações, etc.)
Exemplos: Veda – Hinduísmo, Escrituras Bahá-is – Fé Bahá `I, tradições –
Orais Africanas, Afro-brasileiras e Ameríndias, Alcorão – Islamismo, etc.
Paisagem Religiosa (espaços físicos onde os seres humanos manifestam
sua fé)
IV) Organizações Religiosas
As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos
organizados institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos,
destacando-se as suas principais características de organização, estrutura e
dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam as diferentes formas
de compreensão e de relação com o sagrado.
k) Fundadores e/ou líderes religiosos
l) Estruturas Hierárquicas
Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais: Budismo
(Sidarta Gautama), Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec),
Taoísmo (Lao Tse), etc.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – 6ª SÉRIE
Texto Sagrado
Universo simbólico Religioso
Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos:
m)Nos ritos
n) Nos mitos
o) No cotidiano.
Exemplos: Arquitetura Religiosa, Mantras, Parâmetros, Objetos,
etc.
Símbolo
II) Ritos
São práticas celebrativas das tradições / manifestações religiosas,
formadas por um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a
recapitulação de um acontecimento sagrado anterior, é imitação, serve à
memória e à preservação da identidade de diferentes tradições /
manifestações religiosas e também podem remeter a possibilidades futuras
a partir de transformações presentes.
p) Ritos de passagem
q) Mortuários
r) Propiciatórios
s) Outros
Exemplos: Dança (Xire) – Candomblé, Kiki (Kaingang – ritual fúnebre),
Via Sacra, Festejo indígena de colheita, etc.
Paisagem Religiosa
III) Festas Religiosas
São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com
objetivos diversos: confraternização, rememoração dos símbolos, períodos
ou datas importantes.
t) Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas
comemorativas.
Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramada (Islâmica), Kuarup
(indígena), Festa de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), etc.
IV) Vida e Morte
As respostas elaboradas para a vida além da morte nas diversas
tradições / manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.
u) O sentido da vida nas tradições manifestações religiosas
v) Reencarnação
w) Ressurreição – ação de voltar à vida
x) Além morte
y) Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se
tornam presentes.
z) Outras interpretações.
METODOLOGIA:
A práticas pedagógicas desenvolvidas pelo professor da disciplina
fomentará o respeito das diversas manifestações religiosas ou expressões
do sagrado desconhecidas ou pouco conhecidas dos alunos para
posteriormente inserir os conteúdos que tratam de manifestações religiosas
mais comuns que já fazem parte do universo cultural da comunidade. Serão
também incorporados, pelos professores o efetivo trabalho com os alunos e
a sua aproximação com as demais áreas do conhecimento religioso,
proporcionando assim, conhecimento que contemplem as diversas
manifestações do sagrado, entendidas como integrantes do patrimônio
cultural.
AVALIAÇÃO:
Através da observação das apropriações dos conteúdos trabalhados
com os alunos em diferentes situações de ensino e aprendizagem.
Retomada de algumas lacunas identificadas no processo de
apropriação dos conteúdos pelos alunos, para a aquisição dos elementos
visando redirecionar os níveis de aprofundamento a serem adotados em
relação aos conteúdos que irá desenvolver posteriormente.
Mesmo que não haja aferição de notas ou conceitos que impliquem na
reprovação ou aprovação dos alunos, os mesmos terão a oportunidade de
retomar os conteúdos, como também poderão perceber que a apropriação
dos conhecimentos dessa disciplina lhes possibilita conhecer e compreender
melhor a diversidade cultural da qual a religiosidade é parte integrante, bem
como possibilitará a articulação desta disciplina com os demais
componentes curriculares, os quais também abordam aspectos relativos à
cultura.
A partir do processo avaliativo dos alunos, o professor terá também
indicativos para realizar sua auto-avaliação.
BIBLIOGRAFIA: 5ª SÉRIE
BOWKER, John. Para entender as religiões. São Paulo: Ática, 1997.
Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental.
MARCHON, Benoit e KIEFFER, Jean – François. As grandes religiões do
mundo. São Paulo: Paulinas, 1995.
SCHOGL, Emerli. Expansão criativa. Por uma pedagógica da
autodescoberta. Petrópolis: Vozes, 2000.
BIBLIOGRAFIA: 6ª SÉRIE
CELANO, Sandra. Corpo e mente na educação – Uma saída de
emergência. Petrópolis: Vozes, 1999.
Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental.
GHAI, O. P. Unidade na Diversidade. Coleção Herança Espiritual.
Petrópolis: Vozes, 1990.
PROPOSTA CURRICULAR
DISCIPLINA: GEOGRAFIA
ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
Estudar a Geografia é uma forma de compreender o mundo em que
vivemos. O campo de preocupação da Geografia é o espaço da sociedade
humana, em que homens e mulheres vivem e, ao mesmo tempo, produzem
modificações que (re) constroem permanentemente.
É no espaço geográfico que se realizam as manifestações da natureza
e as atividades humanas. Para nos proporcionar inteligentemente diante
desse espaço, temos de conhecê-lo bem. Há muito tempo o homem vem
transformando o espaço natural em seu beneficio. Assim, os problemas da
Geografia não dizem respeito apenas aos geógrafos, mas, longe disso,
referem-se a todos os cidadãos. Ser cidadão pleno em nossa época significa
antes de tudo estar integrado criticamente na sociedade, participando
ativamente de suas transformações. Para isso, devemos refletir sobre o
nosso mundo, compreendendo-o do âmbito local até os âmbitos nacional e
planetário. E a Geografia é um instrumento indispensável para
empreendermos essa reflexão, que deve ser a base de nossa atuação no
mundo.
Através do estímulo, o aluno compreenderá o mundo de forma crítica,
dando-lhe subsídios para discutir e refletir sobre os problemas sociais,
econômicos, políticos, culturais e ambientais através da articulação entre
conhecimentos prévios do aluno e a abordagem científica, tanto a
geográfica quanto a de outras áreas do conhecimento que permitam ao
mesmo tempo a análise, a problematização, a formulação de hipóteses e a
compreensão da realidade vivenciada.
OBJETIVOS GERAIS:
- Contribuir para uma leitura crítica das contradições e conflitos de
toda ordem, implícitos e explícitos no Espaço Geográfico.
- Alfabetizar ininterruptamente o aluno para a leitura do Espaço
Geográfico.
- Compreender o porquê das localizações, afinal, uma das perguntas
que orientam o pensamento geográfico é “onde”?
- Pensar e analisar o “onde”?
- Proporcionar a leitura e interpretação do espaço geográfico.
- Ampliar a consciência espacial e o raciocínio geográfico a partir do
aprofundamento dos reflexos acerca dos conteúdos desenvolvidos em sala.
CONTEÚDOS:
Conteúdo Estruturante:
A Dimensão Econômica da Produção do/no Espaço:
Conteúdos Específicos.
-Os setores de economia;
-Sistema de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações;
-Sistemas de produção industrial;
-Agroindústria;
-Globalização;
-Acordos e blocos econômicos;
-Economia e desigualdade social;
-Dependência tecnológica;
-Entre outros;
-As relações urbano-rurais;
-Urbanização;
-Valoração do solo urbano: Centro-Periferia;
Conteúdo Estruturante.
Geopolítica.
Conteúdos Específicos:
-Blocos econômicos:
-Formação dos Estados Nacionais:
-Globalização;
-Desigualdade dos Países: Norte x Sul;
-Recursos Energéticos;
-Guerra Fria;
-Conflitos Mundiais;
-Políticas Ambientais;
-Órgãos Internacionais;
-Neoliberalismo;
-Biopirataria;
-Meio Ambiente e Desenvolvimento;
-Estado, Nação, Território;
-Movimentos sociais;
-Terrorismo;
-Narcotráfico;
-Entre outros;
-Urbanização.
Conteúdos Estruturante.
A dimensão Socioambiental;
Conteúdos Específicos;
-As eras geológicas;
-Os movimentos da terra no Universo e suas influências (Rotação e
Translação);
-As rochas e Minerais;
-O ambiente urbano e rural;
-Movimentos sócio-ambientais;
-Classificação, fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas;
-Rios e bacias hidrográficas;
-Sistemas de energia;
-Circulação e poluição atmosférica;
-Desmatamento;
-Chuva ácida;
-Buraco na Camada de Ozônio;
-Efeito Estufa (Aquecimento Global);
-Ocupação de áreas irregulares;
-Desigualdade social e problemas ambientais;
-Uso da água no meio urbano;
-Políticas públicas e saneamento básico;
Conteúdos Estruturante.
A dinâmica Cultural Demográfica:
Conteúdos Específicos;
-O êxodo rural;
-Urbanização e favelização;
-Fatores e tipos de migração e imigração e suas influencias no Espaço
Geográfico;
-Histórias das migrações mundiais;
-Estrutura etária;
-Formações e conflitos étnico-religiosos e raciais;
-Consumo e consumismo;
-Movimentos sociais, rural e urbano;
-Meios de comunicação;
-Estudo dos Gêneros (masculino, feminino, entre outros.);
-A identidade nacional e processo de globalização;
Justificativa:
Os conteúdos estruturantes se inter-relacionam e reúnem em seus
conteúdos específicos, os grandes conceitos geográficos (sociedade,
natureza, território, região, paisagem, lugar, entre outros) que somente
inter-relacionados tornam-se significativos e contribuem para a
compreensão do Espaço Geográfico. Tal afirmativa justifica não adotarmos a
organização por série dos conteúdos.
METODOLOGIA:
Para desenvolver os conteúdos específicos do ensino de geografia,
propõe-se que sejam trabalhados de forma critica e dinâmica, abordando-os
a partir do enfoque de cada conteúdo Estruturante, possibilitando ao aluno
compreender os diversos desdobramentos que um mesmo conteúdo
especifico pode sofrer.
Durante o processo o professor deve estar atento para a formação de
conceitos Geográficos básicos - (região, paisagem, espaço, lugar, território,
sociedade), utilizando para tal os recursos disponíveis (aula de campo,
recurso audiovisuais, a cartografia e outros).
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
A LDB determina a avaliação formativa, que é desenvolvida no
processo de ensino-aprendizagem, devendo ser diagnóstica e contínua,
considerando que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem
diferenciados, apontando assim, as dificuldades, possibilitando que a
intervenção pedagógica aconteça a todo tempo.
Assim sendo, serão utilizados como instrumentos de avaliação,
atividades diversas, como leitura e interpretação de texto, relatórios de
atividades diversas, atividades de campo, pesquisas, apresentação de
seminários, construção e análise de maquetes, atividades envolvendo
análise e interpretação de cartografia, fotos, imagens, gráficos, tabelas e
outros, selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino.
BIBLIOGRAFIA:
ALMEIDA, R. D. Do desenho ao mapa. São Paulo: Contexto, 2001.
ANDRADE, M. C. de. Geografia ciência da sociedade. São Paulo: Atlas,
1987.
CARLOS, Ana F. Alessandri (org). A geografia na sala de aula. São Paulo:
Contexto, 2003.
CAVALCANTI, L. de S. Geografia escola e construção do conhecimento.
Campinas: Papirus, 1999.
MOREIRA, Igor. Construindo o espaço mundial. São Paulo: Ática, 2006.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Fundamental da rede
de Educação Básica do Estado do Paraná: Ensino Fundamental,
Geografia: Curitiba, SEED, 2004.
RAFESTIN, C. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993.
SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.
SIMELLI, Maria Elena Ramos. Geoatlas. São Paulo: Ática, 2000.
PROPOSTA CURRICULAR
DISCIPLINA: HISTÓRIA
ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
Nem sempre está claro para os educadores por que a História faz
parte do currículo escolar e qual a importância da sua aprendizagem na
formação do jovem. Mas essas questões são fundamentais quando se
pretende refletir, repensar ou posicionar-se em relação ao ensino de História
praticado. De modo geral, o ensino de História pode ser caracterizado a
partir de dois grandes momentos. O primeiro teve início na primeira metade
do século XIX, com a introdução da área no currículo escolar. Após a
Independência, com a preocupação de criar uma “genealogia da nação”,
elaborou-se uma “história nacional”, baseada em uma matriz européia e a
partir de pressupostos eurocêntricos. O segundo momento ocorreu a partir
das décadas de 30 e 40 do século passado, orientado por uma política
nacionalista e desenvolvimentista.
A escola vive hoje contradições fundamentais. Seus agentes lutam
simultaneamente por mudanças e pela manutenção de tradições escolares.
Mantêm articulações com esferas políticas e institucionais, incorporam
expectativas, orientam-se por avaliações para ingresso no ensino médio ou
superior, buscam contribuições de pesquisas e experiências acadêmicas e
procuram atender parte das expectativas sociais e econômicas. A
constatação dessas contradições fortalece, cada vez mais, a convicção de
que o saber escolar está relacionado a uma diversidade de tradições
próprias da história da educação brasileira e mantém relações com poderes
e valores diversificados da realidade social. Impõe a necessidade de
valorizar o professor como um trabalhador intelectual ativo no espaço
escolar, responsável junto com seus iguais pela clareza e definição dos
objetivos e dos conteúdos para a disciplina que leciona. Aponta para o fato
de que a transformação da prática do docente só acontece quando, no
exercício de seu trabalho, ele coloca em discussão suas ações, explicita
seus pressupostos, problematiza a prática, busca e experimenta alternativas
de abordagens e de conteúdos, desenvolve atividades interdisciplinares, faz
escolhas diversificadas de recursos didáticos, analisa dificuldades e
conquistas, compartilha experiências e relaciona a prática com a teoria.A
História tem permanecido no currículo das escolas, constituindo o que se
chama de saber histórico escolar. No diálogo e no confronto com a realidade
social e educacional, no contato com valores e anseios das novas gerações,
na interlocução com o conhecimento histórico e pedagógico, o saber
histórico escolar tem mantido tradições, tem reformulado e inovado
conteúdos, abordagens, métodos, materiais didáticos e algumas de suas
finalidades educacionais e sociais. Nesse diálogo tem permanecido,
principalmente, o papel da História em difundir e consolidar identidades no
tempo, sejam étnicas, culturais, religiosas, de classes e grupos, de Estado
ou Nação.
A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos
às ações e às relações humanas, praticadas ao longo do tempo, bem como
os sentidos que os sujeitos deram às mesmas, tendo ou não consciência
dessas ações.
Nas suas relações com o conhecimento histórico, o ensino e a
aprendizagem da História envolvem seleção criteriosa de conteúdos e
métodos que contemplem o fato, o sujeito e o tempo.Os eventos históricos
eram tradicionalmente apresentados por autores de modo isolado,
deslocados de contextos mais amplos, como muitas vezes ocorria com a
história política, em que se destacavam apenas ações de governantes e
heróis. Hoje prevalece a ênfase nas relações de complementariedade,
continuidade, descontinuidade, circularidade, contradição e tensão com
outros fatos de uma época e de outras épocas. Destacam-se eventos que
pertencem à vida política, econômica, social e cultural e também aqueles
relacionados à dimensão artística, religiosa, familiar, arquitetônica,
científica, tecnológica. Valorizam-se eventos do passado mais próximo e/ou
mais distante no tempo. Há a preocupação com as mudanças e/ou com as
permanências na vida das sociedades. De modo geral, pode-se dizer que os
fatos históricos remetem para as ações realizadas por indivíduos e pelas
coletividades, envolvendo eventos políticos, sociais,econômicos e culturais.
Em ambos os casos, há uma preocupação em relacionar tais atores com
valores, modos de viver, pensar e agir.De modo geral, pode-se dizer que os
sujeitos históricos são indivíduos, grupos ou classes sociais participantes de
acontecimentos de repercussão coletiva e/ou imersos em situações
cotidianas na luta por transformações ou permanências. Mesmo
condicionadas, as ações dos sujeitos permitem espaços para suas escolhas
e projetos de futuro. Deve-se considerar também como objeto de estudos as
relações dos seres humanos com os fenômenos naturais.
A finalidade da História é expresso no processo de produção do
conhecimento humano sob a forma da consciência histórica dos sujeitos. O
conhecimento histórico possui formas diferentes de explicar seu objeto de
investigação, construídas a partir das experiências dos sujeitos.
Para se fundamentar a compreensão do objeto e organização dos
campos de estudos buscou-se uma sistematização dos conteúdos
programados de acordo com cada série e, assim, chegou-se aos conteúdos
estruturantes que ficaram divididos de quinta a oitava séries, privilegiando-
se as dimensões econômica, social, política e cultural; já os conteúdos
estruturantes relativos ao segundo grau privilegiaram as relações de
trabalho, relações de poder e relações culturais.
OBJETIVOS GERAIS:
- Suscitar reflexões acerca dos aspectos políticos, econômicos,
culturais, sociais, bem como das relações entre o ensino da disciplina com a
produção do conhecimento histórico na configuração do currículo de
História, entendendo as mudanças dentro da disciplina de acordo com o
passar do tempo até nossos dias.
- Levar as ações e as relações humanas através dos tempos, bem
como os sentidos que os sujeitos deram às mesmas, tendo ou não
consciência dessas ações. Considerar como objeto de estudo as relações
dos seres humanos com os fenômenos naturais, tais como as condições
geográficas, físicas e biológicas de uma determinada época e local, os quais
também se conformam a partir das ações humanas.
- Contribuir para levar o educando a identificar sua história de vida
compreendendo sua relação com a de outros; perceber sua vida inserida na
história de um grupo social bem como compreender a diversidade de povos
formadores da identidade brasileira; estabelecer relações entre
acontecimentos e contextos históricos no tempo; perceber diferentes
projetos e conflitos sociais e posicionar-se diante deles; identificar
envolvimento e conquista da cidadania na construção de projeto social
democrático; perceber projetos democráticos na diversidade cultural.
CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
ENSINO FUNDAMENTAL
Conteúdos Estruturantes:
DIMENSÃO POLÍTICA
DIMENSÃO ECONÔMICO-SOCIAL
DIMENSÃO CULTURAL
5ª SÉRIE
TEMA: “ Das origens do homem ao século XVI – diferentes
trajetórias, diferentes culturas.”
Conteúdos Estruturantes:
DIMENSÃO POLÍTICA
DIMENSÃO ECONÔMICO-SOCIAL
DIMENSÃO CULTURAL
Conteúdos específicos:
1- Produção do conhecimento histórico:
- O historiador e a produção do conhecimento histórico
- Tempo e temporalidades
- Fontes e documentos históricos
- Patrimônio material e imaterial
- Pesquisa histórica
2- Articulação da História com outras áreas do conhecimento:
- Ciências auxiliares da história (arqueologia, antropologia, geografia etc.)
3- Arqueologia no Brasil:
- Principais sítios arqueológicos brasileiros
4- Povos indígenas no Brasil e no Paraná
5- Primeiras civilizações
6- A chegada dos europeus na América:
7- Formação da sociedade brasileira e americana
Conteúdos complementares:
1- A humanidade e a História
2- Surgimento, desenvolvimento da humanidade e grandes migrações
3- As primeiras civilizações na América
4- Península Ibérica nos séculos XIV e XV: cultura, sociedade e política
5- Reinos e sociedades africanas e os contatos com a Europa
6ª SÉRIE
TEMA: “Das contestações à ordem colonial ao processo de
independência do Brasil – século XVII ao XIX
Conteúdos Estruturantes:
DIMENSÃO POLÍTICA
DIMENSÃO ECONÔMICO-SOCIAL
DIMENSÃO CULTURAL
Conteúdos específicos:
1- Expansão e consolidação do território brasileiro
2- Colonização do território paranaense
3- Movimentos de contestação ao colonialismo no Brasil
4- Chegada da família real no Brasil
5- O processo de independência do Brasil
6- Consolidação dos Estados Nacionais Europeus
7- Reforma Pombalina
8- Independência das treze colônias da América do Norte
9- Revolução Francesa
Conteúdos complementares:
1- Invasão Napoleônica da Península Ibérica
2- O processo de independência das Américas
7ª ÉRIE
TEMA: “Pensando a Nacionalidade: Do século XIX ao XX – a
constituição do ideário de nação no Brasil.”
Conteúdos Estruturantes:
DIMENSÃO POLÍTICA
DIMENSÃO ECONÔMICO-SOCIAL
DIMENSÃO CULTURAL
Conteúdos específicos:
1- A construção da Nação
- Governo de D. Pedro II
- Lei de Terras
- Lei Euzébio de Queiróz
- Movimento abolicionista e emanciapcionista
2- Emancipação política do Paraná (1853)
- Economia
- Organização Social
- Manifestações Culturais
- Migrações
3- A Guerra do Paraguai e/ou Guerra da Tríplice Aliança
4- O processo de abolição da escravidão
5- Os primeiros anos da República
6- Revolução Industrial
7- Colonização da África e da Ásia
Conteúdos complementares:
1- Carnaval na América Latina: entrudo, murga e candomblé
2- Questão agrária na América Latina
3- Primeira Guerra Mundial
8ª SÉRIE
TEMA: “Repensando a nacionalidade brasileira: do século XX ao XXI
– Elementos constitutivos da contemporaneidade.”
Conteúdos Estruturantes:
DIMENSÃO POLÍTICA
DIMENSÃO ECONÔMICO-SOCIAL
DIMENSÃO CULTURAL
Conteúdos específicos:
1- A Semana de 1922 e o repensar da nacionalidade
2- A Revolução de 1930 e o Período Vargas
Leis trabalhistas
Voto feminino
Contestações à ordem
Participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial
3- Populismo no Brasil e na América Latina
Cardenas – México
Vargas, JK, Jânio Quadros e João Goulart
4- Construção do Paraná Moderno
5- O Regime Militar no Paraná e no Brasil
6- Movimentos de contestação no Brasil
7- Paraná no contexto atual
8- Redemocratização brasileira
9- O Brasil no contexto atual
A comemoração dos 500 anos do Brasil
Conteúdos complementares:
1- Crise de 1929
2- Segunda Guerra Mundial
3- Guerra Fria
4- Regimes Militares da América Latina
Justificativa:
Ao se propor a divisão da história por conteúdos estruturantes, deve-
se levar em consideração que o tempo disponível é que vai determinar o
grau de complexidade do conteúdo. por isso, alguns conteúdos poderão
sofrer alterações na forma em que serão estudados. entretanto, a
complexidade deverá ser gradual, permitindo ao educando a apropriação
devida das formas de estudo, independentes da série.
METODOLOGIA:
Seleção de conteúdos e preparação das aulas com antecedência;
Produção de documentos históricos com base em variadas fontes
históricas;
Uso de documentos, mapas e recursos audiovisuais para que os alunos
observem e analisem;
Leitura de obras de ficção escritas em tempos diversos;
Utilização de fontes orais para a construção do conhecimento histórico;
Uso de vídeo, tele-aula e visitas extra-classe visando a sociabilidade e
aprendizados diferentes dos que são vivenciados dentro do ambiente
escolar.
AVALIAÇÃO:
A prática avaliativa deverá priorizar o aluno, levando em consideração
as concepções pedagógicas da escola, buscando superar o modelo
excludente, com vistas à diminuição das desigualdades sociais e com a luta
por uma sociedade justa e mais humana. A avaliação com os alunos permite
ainda situá-los como parte de um coletivo, onde a responsabilidade pelo e
com o grupo seja assumida com vistas à aprendizagem de todos.
A avaliação será feita a partir da observação de vários pontos, dentre
eles:
Tomar posição diante de questões sociais e relativas à cidadania;
Trocar idéias e informações, colaborando na criação coletiva;
Respeitar e valorizar a diversidade cultural;
Apropriação de conceitos históricos e o aprendizado dos conteúdos
estruturantes e dos conteúdos específicos;
Atividades utilizadas na Avaliação: leitura, interpretação e análise de
textos historiográficos, mapas e documentos históricos, produção de
narrativas históricas, pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos
históricos, apresentação de seminários e outras formas que se fizerem
necessárias.
BIBLIOGRAFIA:
CERRI, Luis Fernando (org), O Ensino de Historia e a Ditadura Militar.
BITTENCOURT, Maria Circe, Ensino de História.
BRAUDEL, Fernand, História e Ciências Sociais.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL DA REDE DE
EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ
KARNAL, Leandro, História na Sala de Aula.
História Temática – O Mundo dos Cidadãos – Montellato
História – Uma Abordagem integrada – Eduardo Ojeda.
PCN - MEC
PROPOSTA CURRICULAR
DISCIPLINA: LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA - LEM – INGLÊS
ENSINO FUNDAMENTAL: 5ª A 8ª SÉRIES
A - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:
A Língua Estrangeira pode ser propiciadora da construção das
identidades dos sujeitos alunos ao oportunizar o desenvolvimento da
consciência sobre o papel exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade
brasileira e no panorama internacional, favorecendo ligações entre a
comunidade local e planetária.Para todos propõe-se fazer da aula da língua
estrangeira um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a
diversidade lingüística e cultural, oportunizando-o engajar-se
discursivamente e a perceber possibilidades de construção de significadas
em relação ao mundo em que vive.Isso quer dizer que o aluno poderá
compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, possíveis de transformação na prática social.
Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante
transformação. Assim, como princípio social e dinâmico não se limita a uma
visão sistêmica e estrutural do código lingüístico, e heterogêneo ideológica
e opaca. Nessa perspectiva, a língua repleta de sentidos a ela conferidos por
nossas culturas, nossas sociedades, organiza e determina as possibilidades
de percepção do mundo e estabelece entendimentos possíveis. Segundo
Backhtein ( 1988), toda enunciação envolve a presença de duas vozes, a voz
do eu e do outro. Para este filósofo, não há discurso individual, no sentido de
que todo discurso se constrói no processo de interação e em função de um
outro. E é no espaço discursivo criado na relação entre o eu e o tu que os
sujeitos se constituem socialmente.Daí a língua estrangeira apresentar
como um espaço para ampliar o contato com outras formas de conhecer
com outros procedimentos interpretativos de construção da realidade.
Ao conceber que a língua, objeto de estudo da LEM, contempla as
relações com a cultura, a ideologia, o sujeito e a identidade, têm-se clareza
de suas implicações no processo de ensino e de aprendizagem da disciplina.
B - OBJETIVOS GERAIS DA LEM:
Ao conceber que a língua, objeto de estudo da língua estrangeira,
contempla as relações com a cultura, a ideologia, o sujeito e a identidade; é
fundamental que os professores compreendam o que se pretende com o
ensino de LEM na Educação Básica.
- Ensinar e aprender as percepções do mundo através de uma LE.
- Formar subjetividades (independente do grau de proficiência
atingido).
- Construir identidade através da interação professor/aluno, pelas
representações e visões de mundo que vão sendo reveladas no dia-a-dia.
-Tornar os alunos críticos sobre as questões da nova ordem global e
sobre o papel das línguas na sociedade.
- Contribuir para a constituição da identidade dos alunos-sujeitos como
agentes críticos e transformadores ao longo da Educação Fundamental.
- Oportunizar aos alunos a aprendizagem de conteúdos que ampliem
as possibilidades de ver o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e
novas maneiras de construir sentidos do e no mundo.
- Propiciar a todos os envolvidos no processo de ensino e
aprendizagem a inclusão social numa sociedade diversa e complexa,
através do comprometimento mútuo.
C- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Os conteúdos estruturantes trabalhados na língua estrangeira deverão
vir de encontro ao real interesse dos alunos, observando a diversidade de
textos a serem trabalhados, e que sejam condizentes com a realidade e
perfil dos educandos. Pois assim, os textos, trabalhados serão significativos
e facilitarão o trabalho dos estudos lingüístico-discursivos de modo
contextualizado; usando-se para isto, textos orais, escritos e visuais que
estimularão os alunos a entrarem no universo da língua estrangeira.No
decorrer da prática de leitura, escrita, fala e compreensão auditiva,
devemos observar o princípio da continuidade; mantendo assim uma
progressão entre as séries, de modo que o educando desenvolva-se
gradativamente, adquirindo conhecimento e domínio da língua estudada.
D- METODOLOGIA:
Diante da abordagem de ensino por Letramento Crítico ( o qual implica
em energias os alunos-sujeitos em atividades críticas e problematizadoras,
que se concretizam por meio da língua como prática social); o texto
apresenta-se como um princípio gerador de unidades temáticas e de
desenvolvimento das práticas lingüísticas, discursivas. Trabalhar com temas
referentes a questões sociais, emergentes, textos abordagens de assuntos
relevantes presentes na mídia nacional e internacional ou no mundo
editorial.
Interação com o texto: nessa interação há uma complexa mistura de
linguagem escrita, visual e oral (fazer discussões orais sobre a
compreensão, produzir textos orais, escritos e ou visuais a partir do texto
lido, etc).
Interferência: os alunos são encorajados a ter uma postura crítica frente
aos textos, envolvendo questionamentos acerca das visões de mundo
que os subjazem.
Gramática: relaciona-se ao desenvolvimento de procedimentos para
construção de significados utilizados na língua estrangeira.
Conscientização da linguagem: trabalhar com textos que apresentem
grande número de palavras transparentes e com cognatas
(principalmente para turmas iniciantes); pesquisas de palavras no
dicionário, oferecer frases e suas respectivas traduções e pedir que os
alunos observem como as duas linguagens se diferem nos idiomas ( isso
após a leitura de um texto) .
Leitura: professor tem um papel fundamental, é ele quem vai conduzir os
significados do texto e propiciar o exercício de agência( agir no mundo
social) ou submissão aos sentidos dos outros.
Escrita: precisa ver uma atividade menos artificial possível e vira buscar
leitores efetivos dentro ou fora da escola, ou seja, elaborar pequenos
textos direcionados a um público determinados.
E – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação da aprendizagem necessita assumir a função de
subsidiar a construção da aprendizagem bem sucedida.Deve deixar de
ser utilizada como um recurso de autoridade, que decide sobre os
destinos dos educandos e assuma o papel de auxiliar o crescimento.
A avaliação deve ser processual, objetiva subsidiar discussões
acerca das dificuldades e avanços dos alunos sujeitos na construção do
significado nas práticas discursivas será a base para o planejamento das
avaliações ao longo do processo de aprendizagem.
- O professor deverá observar a participação ativa do aluno,
considerando que o engajamento discursivo na sala de aula se realiza por
meio da interação verbal, a partir dos textos e de diferentes formas.
- Verificar a construção dos significados na interação com textos e
nas produções textuais dos alunos (inferência).
- Fornecer um retorno sobre o desempenho do aluno e o
entendimento do “erro” como parte integrante da aprendizagem.
- Considerar a avaliação diagnóstica e formativa, além da avaliação
processual.
F – BIBLIOGRAFIA
• Apostila da Secretaria de Estado da Educação – Superintendência
da Educação
Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para o Ensino
Fundamental- Versão preliminar – junho/2006.
• Rocha, A.M. e Ferrari, Z.A. Take Your Time, Editora Moderna, 2005.
• Richards, Jack C. Interchange – Intro-Cambridge University Press.
• Compact Dynamic English. Vol 1, IBEP, São Paulo.
• Livro Público Didático
PROPOSTA CURRICULAR
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA
ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
O ensino perpassa pelas três práticas: oralidade, escrita e leitura e, só
dessa forma, consegue abranger todo o dinâmico sistema de linguagem
uma vez que não opera somente com fatos estanques da língua, mas se
utiliza a reflexão que os alunos já fazem como falantes para sistematizar e
compreender outras operações. Na análise lingüística o aluno não é mero
ouvinte, sua participação é fundamental no processo de aprendizagem.
A ação pedagógica precisa pautar-se na interlocução, em atividades
planejadas que possibilitem ao aluno não só a leitura e a expressão oral ou
escrita, mas, também, refletir sobre o uso que faz da linguagem nos
diferentes contextos e situações.
“ O ensino de Língua Portuguesa focaliza a necessidade de dar ao
aluno condições de ampliar o domínio da língua e da linguagem,
aprendizagem fundamental para o exercício da cidadania, visto que as
práticas de linguagem são uma totalidade e que o sujeito expande sua
capacidade de uso da linguagem e de reflexão sobre ela em situações
significativas de interlocução” . ( Kock,1991,p. 11 )
A disciplina de Língua Portuguesa/Literatura possibilita aos alunos a
expansão do uso das linguagens verbais e não verbais através do contato
direto com textos dos mais variados gêneros,engendrados pelas
necessidades humanas. É necessário que a inclusão da diversidade textual
promova a relação entre os gêneros com as atividades sociais em que eles
se constituem.
Deve-se criar oportunidades para o aluno refletir, construir, levantar
hipóteses, a partir da leitura e da escrita de diferentes textos,
desenvolvendo a capacidade de compreender como a língua funciona e à
decorrente competência textual.
A prática de análise lingüística constitui-se num trabalho de reflexão
sobre a organização do texto escrito, um trabalho no qual o aluno perceba o
texto como resultado de opções temáticas e estruturais feitas pelo autor,
tendo em vista o seu interlocutor. Sob essa ótica, o texto deixa de ser um
pretexto para se estudar a nomenclatura gramatical e a sua construção
passa a ser o objeto de ensino. Com isso, o trabalho com a gramática passa
a ser visto sob outra perspectiva: não são os exercícios tradicionais de
gramática, como reconhecer substantivos, adjetivos, aumentativos, lista de
conjugações, que interessam; mas a compreensão do aluno sobre o que é
um bom texto, como é organizado, como os elementos gramaticais, na sua
função real no interior do texto, ligam palavras, frases, parágrafos,
retomando ou avançando idéias defendidas pelo autor.
Objetivos Gerais:
Assumindo-se a concepção de língua com discurso que se efetiva nas
diferentes práticas sociais, os objetivos a seguir fundamentarão o processo
de ensino:
- Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas
realizadas por meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores,
os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o
contexto de produção/leitura;
- Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o
gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados
na sua organização;
- Aprimorar; pelo contato com os textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando
através da Literatura, a constituição de um espaço dialógico que permita a
expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da
escrita.
- Conscientizar-se de que todo falante nativo de uma língua é um
usuário competente.
- Aceitar a idéia de que não existe erro de português; existem
diferenças de uso ou alternativas de uso em relação à regra único proposta
pela gramática normativa. (não confundir erro de português com simples
erro de ortografia)
- Reconhecer que tudo o que a gramática tradicional chama de erro é
na verdade um fenômeno que tem explicação científica perfeitamente
demonstrável.
- Respeitar a variedade lingüística de toda e qualquer pessoa, pois isso
equivale a respeitar a integridade física espiritual dessa pessoa como ser
humano.
- Utilizar o discurso como prática da Língua.
- Despertar o pensamento crítico e a sensibilidade dos alunos através
da intertextualidade, interdisciplinaridade e da transversalidade.
- Possibilitar Leituras críticas de maneira a contribuir tanto na
constituição da identidade dos sujeitos, quanto na sua formação para o
efetivo exercício da cidadania.
- Conscientizar os alunos de que a sociedade e a cultura brasileira tem
profundas raízes africanas e que há, portanto, vínculos históricos entre
Brasil e África.
Justificativa:
Os conteúdos acima descritos visam capacitar o aluno a ler o mundo
com olhar crítico e nele interferir, respeitando o conhecimento intuitivo do
aluno, de modo que possa reconhecer na Língua que ele fala a sua própria
identidade, elevando a auto-estima.
Ao desenvolver a competência da oralidade surge o domínio da
escrita. Através da clareza na exposição das idéias e da consistência
argumentativa na defesa de um ponto de vista é possível aperfeiçoar a
produção textual.
O conhecimento lingüístico é resultado de análises feitas da língua em
uso, identificação da diversidade e compreensão de textos.
ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS – ENSINO FUNDAMENTAL
LINGUÍSTICA
A Língua não é homogênea. Ela se constitui de um conjunto de
variedades determinadas pela situação geográfica, histórica e social.
Embora diferentes todas as variedades prestigiadas socialmente, ou não,
têm organização estrutural e respondem às necessidades lingüísticas de
seus falantes. Assim, as diversas variedades não podem ser vistas como
distorções ou erradas em relação à norma padrão, sob pena de
menosprezar a cultura e a história do povo. Não há formas melhores, nem
piores, são formas diferentes. Há uma forma padronizada de maior prestígio
que as demais e que os alunos precisam ter acesso para conhecer e
produzir bons textos em linguagem padrão.
Os conteúdos serão trabalhados de acordo com as necessidades dos
alunos e explorados de acordo com o nível das turmas.
Variedades lingüísticas
Norma culta, dialetos, gírias, regionalismos, outras formas de
registros.
Funções da linguagem..
Linguagem verbal e não-verbal.
Gêneros textuais ou discursivos
Elementos da construção dos diferentes gêneros discursivos e tipos de
textos (informativo, instrucional, poético, narrativo, carta, bilhete, sinopse,
etc).
Análise do discurso: linguagem, aspecto formal, finalidade, estilo,
posição do autor, ideologia, contexto histórico, social, econômico, político,
entre outros.
Elementos coesivos e coerência textual: unidade temática, elementos
lógicos-discursivos, tese, organização dos parágrafos, contexto discursivo,
interlocutor, idéia central, seqüência lógica, progressão, retomada dos
elementos coesivos, título como elemento coesivo entre outros.
Discurso direto e indireto.
Recursos visuais, sonoros, olfativos, gráficos, etc.
Relações referenciais: elipse, repetição, sinais de pontuação.
Aspectos formais do texto: acentuação, pontuação, ortografia,
paragrafação, título, legibilidade, aceitabilidade, entre outros.
Ambigüidade como recurso de construção do texto.
Ambigüidade como problema de construção do texto.
Informações explícitas e intertextualidade.
Relações entre imagem e texto.
Elementos gramaticais na construção do texto
Pontuação e seus efeitos de sentido na construção do texto: vírgula,
ponto-e-vírgula, ponto final, ponto de interrogação, exclamação, dois
pontos, aspas, parênteses, travessão, reticências, entre outros.
Emprego da crase na construção do texto.
Classes de palavras: substantivo, adjetivo, verbo, preposição,
conjunção, artigo, numeral, pronome, advérbio e interjeição na construção
do texto.
Sujeito e predicado na construção do texto.
Vozes do verbo na construção do texto.
Adjunto adnominal e complemento adnominal na construção do texto.
Aposto e Vocativo na construção do texto.
Orações coordenadas, subordinadas, reduzidas e intercaladas na
construção do texto.
Concordância verbal e nominal na construção do texto.
Colocação pronominal na construção do texto.
Figuras de linguagem na construção do texto.
Formação de palavras: prefixo, sufixo, radical, derivação e
composição.
Oralidade
As possibilidades de trabalho com a oralidade são muito ricas e nos
apontam diferentes caminhos.
Relatos de histórias diversas, entrevistas, notícias de jornais, revistas,
telejornais, textos lidos, troca de opiniões, seminários, declamações de
poemas etc.
Debate sobre assuntos lidos e / ou ouvidos, seminários, troca de
opiniões, entrevistas, transmissão de informações, declamações de poemas,
relatos de experiências etc.
Observação da clareza e da objetividade, procurando convencer o
outro pela argumentação, com vocabulário adequado no uso de textos em
debates, troca de opiniões, transmissão de informações, seminários,
entrevistas, discursos etc.
Leitura
A capacidade de ler criticamente garante ao indivíduo condições de
interferir no meio em que está inserido, podendo, inclusive, transformar a
realidade.
O trabalho pedagógico realizado com a literatura deve valorizar a
experiência real de leitura, de interação do estudante com o texto literário
vinculado com sua realidade.
O verdadeiro ato de ler é um processo de atribuição de sentido ao
texto, isto é, a partir de conhecimentos que já possui, o leitor interage com
o texto, construindo um significado.
Leitura de textos verbais: informativos e ficcionais e de outras
linguagens: gesto, pintura, fotografia, etc.
Texto da ordem da correspondência.
Texto argumentativo
Texto instrucional ou prescritivo
Leitura de histórias em quadrinhos, reportagens retiradas de revistas
e /ou jornais, cartazes elaborados pelos alunos, receitas, etc.
Identificação das idéias básicas de um texto, percebendo a unidade
temática e o uso dos recursos coesivos.
Leitura de obras literárias destinadas aos alunos de Ensino
Fundamental e Médio.
Leitura contrastiva a nível ideológico e estrutural de vários textos
sobre o mesmo tema em registros e épocas diferentes.
Observação das formas de registros (informativo, ficcional ou poético).
Análise da argumentação apresentada pelo autor.
Leitura de obras literárias específicas de cada período literário.
Escrita
A ação coma língua escrita deve valorizar a experiência lingüística do
estudante em situações específicas, e não a língua ideal.
O exercício da escrita, da produção textual, deve levar em conta a
relação pragmática entre o uso e o aprendizado da língua, percebendo o
texto como elo de interação social e os gêneros como construções coletivas.
O que se sugere, sobretudo, é a noção de uma escrita formadora de
subjetividades.
Textos poéticos
Narração
Descrição
Texto informativo: notícia e reportagem
Entrevista
Retextualização: filme, música, noticiário, etc.
Resumo
Interpretação e compreensão de textos diversos
Texto argumentativo
Texto publicitário
Metodologia:
Com estes encaminhamentos não se pretende abancar todo o
trabalho a ser desenvolvido na escola a respeito da oralidade, de escrita, da
leitura e da análise lingüística.
Não seria coerente, pois, esta proposta, fragmentar em língua
conteúdos estanques e abstratamente, determinar o que se ensinar em
cada série.
Metodologicamente, é importante trazer para a sala de aula todo tipo
de texto literário, informativo, publicitário, dissertativo – colocar estas
linguagens em confronto, não apenas as suas formas particulares ou
composicionais, mas o próprio conteúdo veiculado nelas. É importante,
também, ter claro que todos os textos estão marcados ideologicamente e
papel do professor é explicitar, desmascarar tais marcas e apresentá-los ao
aluno, desmontando o funcionamento ideológico dos vários tipos de
discursos, sensibilizando o aluno à força ilocutória presente em cada texto.
Leitura
Proporcionar ao aluno o contato por meio de técnicas variadas com os
diversos tipos de textos, trabalhando certos tópicos de estrutura:
caracterização de personagens, diálogos, presença do narrador, etc.
Observar aspectos semânticos, sintáticos e estilístico dos textos
através da leitura crítica.
Promover a ida à biblioteca para criar o hábito de buscar leitura.
Incentivar os alunos a trazerem livros, revistas e histórias em
quadrinhos que tenham em casa e dos quais gostem, para trocar com os
colegas, promovendo um intercâmbio de leituras.
Oralidade
Oferecer aos alunos a oportunidade de amadurecer o falar com
segurança e fluência em situações formais através de atividades de
transmissão de informações ou debates.
Estimular a oralidade por meio de exposição oral individual ou em
grupo feita interdisciplinarmente em diversas ocasiões.
Envolver o trabalho com a linguagem oral através de dramatizações
de textos teatrais; simulações de programas de rádio e televisão,
encenações de situações da vida cotidiana, etc.
Escrita
Propor atividades de escrita contextualizadas com correção coletiva.
Divulgar textos no jornal da escola, em murais da classe, em livros
artesanal e coletivamente produzidos.
Apreciar coletiva de textos sob a orientação do professor.
Criar um ambiente de oficina para as práticas de escrita para que os
alunos se sintam envolvidos com a preparação, apreciação e releitura dos
textos.
Orientar o aluno no planejamento, organização e articulação das
partes do texto, dialogando com os discursos que circulam socialmente.
Avaliação:
A avaliação deverá ser contínua e priorizar a qualidade e o processo
de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
A Lei 9394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional dá
destaque à chamada avaliação formativa, vista como a mais adequada ao
dia-a-dia da sala de aula e como um grande avanço em relação à avaliação
tradicional, denominada somativa ou classificatória.
A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e
processos de aprendizagem diferentes e, por se contínua e diagnóstica,
aponta dificuldades, possibilitando assim que a intervenção pedagógica
aconteça a todo o tempo.
As avaliações serão efetivadas através de trabalhos e pesquisas
individuais e em grupo, debates, textos individuais, participação,
assiduidade, avaliação diagnóstica, qualitativa, formativa, contínua e
cumulativa.
A oralidade será avaliada progressivamente, considerando-a
participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele
mostra ao expor suas idéias, a fluência de sua fala, o seu desembaraço, a
argumentação que ele apresenta ao defender seus pontos de vista e, de
modo especial, a sua capacidade de adequar o discurso aos diferentes
interlocutores e situações.
Quanto à leitura, o professor deverá propor aos alunos questões
abertas, discussões, debates e outras atividades que lhe permitam avaliar
as estratégias que eles empregam no decorrer da leitura, a compreensão do
texto lido e o seu posicionamento diante do tema, bem como valorizar a
reflexão que o aluno faz a partir do texto.
Em relação à escrita, é preciso ver a língua como manifestação de
todos os seus aspectos (discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais) os
elementos lingüísticos utilizados nas produções dos alunos precisam ser
avaliados em uma prática reflexiva e contextualizada.
É utilizando a língua oral e escrita em práticas sociais, sendo avaliados
continuamente em termos desse uso, efetuando operações com a
linguagem e refletindo sobre as diferentes possibilidades de uso da língua,
que os alunos, gradativamente chegam ao almejado letramento.
Bibliografia:
BAKHTIN, Mikhail (IN: VOLOSHINOV, V. N). Marxismo e filosofia d
alinguagem. São Paulo: Hucitec, 1986.
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes,
1992.
FARACO, Carlos Alberto; CASTRO, Gilberto de. Por uma teoria lingüística
que fundamente o ensino de língua materna (ou de como apenas um
pouquinho de gramática nem sempre é bom). In: Educar, n. 15. Curitiba:
UFPR, 1999.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à
prática pedagógica educativa. 30 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
GERALDI, João Wanderlei (org.). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática,
2001.
MARCUSCHI, Luiz Antonio. Géneros textuais: configuração,
dinamicidade e circulação. In: KARWOSKI, Acir Mário; GAYDECKZKA,
Beatriz; BRITO, Karin S. (orgs.). Gêneros textuais: reflexões e ensino.
União da Vitória: Gráfica Kaygangue, 2005.
PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACAÇÃO. Diretrizes
Curriculares da Educação de Jovens e Adultos no Estado do Paraná
(versão preliminar). Curitiba, 2004.
VAL, Maria da Graça Costa. Redação e textualidade. São Paulo: Martins
Fontes, 1993.
PROPOSTA CURRICULAR
DISCIPLINA: MATEMÁTICA
ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO:
A Educação Matemática ainda encontra-se em processo de
Construção. Pode-se dizer que ela está centrada na prática pedagógica da
Matemática de forma a envolver-se com as relações entre o ensino, a
aprendizagem e o conhecimento matemático.
Esta é a Educação Matemática proposta para as Diretrizes Curriculares
para a Educação Básica. Este campo de investigação prevê a formação de
um estudante crítico, capaz de agir com autonomia nas suas relações
sociais e, para isso, é necessário que ele se aproprie de conhecimentos
dentre eles, a Matemática.
É necessário discutir a História da Matemática, pois por meio dessa,
encontra-se a oportunidade de compreender a Ciência Matemática desde
suas origens e como a disciplina Matemática tem se configurado no
currículo escolar brasileiro.
OBJETIVOS GERAIS:
- Possibilitar ao estudante realizar análises, discussões, conjunturas,
apropriação de conceitos e formulação de idéias.
- Desenvolver hábitos de estudos, de rigor e precisão, de ordem e
clareza de uso correto de linguagem, de perseverança na obtenção de
soluções para os problemas abordados e de críticas e discussões dos
resultados obtidos.
- Adquirir habilidades específicas para medir e comparar medidas,
calcular e construir tabelas.
- Desenvolver a capacidade de obter, a partir de condições dadas,
resultados válidos para situações novas, utilizando o método dedutivo.
- Reconhecer a inter-relação entre os vários campos da Matemática e
a interdisciplinaridade.
- Correlacionar conteúdos teóricos com a historicidade concernentes
aos temas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Para o Ensino Fundamental da Rede Pública Estadual, os conteúdos
estruturantes são:
• Números, operações e álgebra;
• Medidas;
• Geometria;
• Tratamento da Informação.
NÚMEROS, OPERAÇÕES E ALGEBRA
Propõe-se, assim, o estudo dos números, tendo como meta primordial,
no campo da aritmética, a resolução de problemas e a investigação de
situações concretas relacionadas ao conceito de quantidades.
Da mesma forma, sugere-se que o trabalho com as operações:
adições, subtração, multiplicação e divisão se dê, principalmente, por meio
de situações-problema e que o professor faça correlações com o cotidiano
dos alunos, como também estimule os cálculos por estimativas. Ressalta-se
a importância de compreender as várias idéias envolvidas numa operação e
as relações existentes entre as operações.
É necessário enfatizar nessas Diretrizes que a álgebra é um conteúdo
que perpassa todos os anos escolares e está diretamente vinculada à
aritmética básica ensinada nos primeiros anos de Ensino Fundamental.
MEDIDAS
Propõe-se o uso das medidas como elemento de ligação entre os
conteúdos de numeração e os conteúdos de geometria; a idéia presente
neste conteúdo estruturante é a de que medir é essencialmente comparar.
GEOMETRIA
Para iniciar atividades com o conteúdo estruturante de Geometria no
Ensino Fundamental problematizadas a partis da realidade, o estudante
pode explorar o espaço para situar-se nele e analisá-lo percebendo os
objetivos neste espaço para, então, poder representá-los.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Esta informação está, todos os dias, nos diferentes meios de
comunicação, vêm acompanhadas, muitas vezes, de lista de dados, tabelas
e gráficos. Para entender o significado desse dados e, ao mesmo tempo,
saber interpretá-los. É importante utilizar diferentes instrumentos de
Tratamento de Informação.
METODOLOGIA:
Os conteúdos deverão ser retomados constantemente, como um
currículo em especial, ora com desenvolvimento de conceitos aritméticos,
ora com desenvolvimento de conceitos algébricos, ora com
desenvolvimento de conceitos geométricos, relacionando-os sempre entre si
e aprofundando os assuntos de acordo com a condição do educando e a
própria necessidade do conteúdo abordado.
AVALIAÇÃO:
Modelagem etnomatemática, resolução de problemas, uso das
tecnologias e histórias da Matemática.
Deve-se avaliar levando em consideração o processo de construção,
insistindo com o aluno para que explicite os procedimentos adotados e que
tenha a oportunidade de explicar oralmente ou por escrito as suas
afirmações. Avaliar nestas diretrizes representa um papel de mediação no
processo ensino-aprendizagem.
Cabe ao professor considerar no contexto das práticas de avaliação
encaminhamentos diversos como a observação, a intervenção, a revisão de
noções e subjetividades, isto é, buscar métodos avaliativos (formas escritas,
orais e de demonstração) incluindo o uso de materiais manipuláveis,
computador e/ou calculadora.
O professor ainda poderá problematizar: Por que o aluno foi por este
caminho e não por outro ? Quais conceitos utilizou para resolver uma
atividade de maneira equivocada / Como ajudá-lo a retornar o raciocínio
com vistas à apreensão de conceitos ? Que conceitos precisam ser
discutidos ou rediscutidos? Há alguma lógica no processo escolhido pelo
aluno ou ele fez uma tentativa mecânica de resolução?
A avaliação deve ser uma orientação para o professor na condução de
sua prática docente e jamais um instrumento para reter o aluno na
construção de seus esquemas de conhecimento teórico e prático.
BIBLIOGRAFIA:
Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental.