Equipe 5

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COACHING COMO INSTRUMENTO DE DESENVOLV IMENTO PARA A LIDERANÇA COACH Carolina Lobato do Couto O coaching é um instrumento cada vez mais consagrado e aplicado no mundo empresarial, surgindo como resposta cada vez mais complexa às solicitações dos líderes e suas organizações modernas. É crescente o número de empresários que utilizam o coaching como processo de obtenção de melhores resultados, através da refinação do potencial do próprio executivo e como instrumento de superação pessoal. Na relação com o cliente, o coach deve estimulá-lo a identificar seus valores essenciais e a expressá-los, desenvolvendo uma postura de integridade pessoal e desafiá-lo a “sonhar acordado”, isto é, criar para si mesmo uma visão de futuro que o entusiasme e que utilize, ao máximo, a sua energia criadora. Além disso, torna-se necessário estabelecer uma relação de confiança. Para isto é imprescindível que haja feedback constante entre os dois, facilitando a compreensão mútua dos valores e a troca de experiências. No processo de coaching, o simples fato de compartilhar pensamentos/ideias que estão soltos e poder organizá- -los, transformando em uma meta desafiante com um Plano de Ações, pode levar a concretizar antigos sonhos. O coaching cria consciência, capacita a escolha e produz mudança. Mais do que ensinar, ele ajuda a aprender. O trabalho de coaching não resulta em respostas “certas” ou “erradas”. O coach conduz o profissional, através de diversas ferramentas, a identificar uma linha de raciocínio que propicie uma melhor tomada de decisão. Nos processos de formação de liderança o coaching pode ser utilizado como forma de potencializar resultados e alinhar as perspectivas pessoais (do gestor) com as organizacionais. Em reuniões, através do diálogo reflexivo, o coaching ajuda o gestor a compreender as questões trazidas e a explorá-las adequadamente através de perguntas, observações, feedback e inputs, possibilitando que ele chegue às suas próprias decisões e soluções. O coaching aplicado nas empresas reforça o alinhamento das pessoas em relação à missão, a valores, a estratégias e objetivos de organização, alem de envolver os gestores de forma mais efetiva nos processos de mudança. Eleva a eficiência das equipes e a competitividade da empresa. Nas reuniões de coaching o gestor é levado a fazer uma pausa e com isso: ouvir, desenvolver-se, refletir como melhor enfrentar e resolver seus principais desafios e tomar decisões. Um dos principais benefícios é possibilitar ao líder a diálogo e o pensar em conjunto sobre questões que o preocupam e que ele deseja resolver, chegando a conclusões e insights valiosos e significativos, através do apoio, questionamento, inputs e ângulos adicionais providos pelo coach. A prática não foca somente nas competências técnicas ou capacidades específicas, das quais um bom programa de treinamento poderia dar conta perfeitamente. O processo de coaching no desenvolvimento de lideranças é mais do que treinamento, o coach permanece com a pessoa até o momento em que ela atingir o resultado estipulado. Assim, ampliam- se as oportunidades através das quais a pessoa possa produzir avanços e em que suas intenções se transformem em ações, que por sua vez se traduzam em resultados. O gestor participando de processos de coaching favorece sobremaneira a possibilidade de que atue como coach com seus liderados. Assim o coaching torna-se uma ferramenta gerencial nas organizações. O líder que pratica coaching é aquele que orienta seus liderados, com o objetivo de aprimorar o desempenho e o desenvolvimento de habilidades e competências individuais e coletivas, na busca constante de melhores resultados. Entretanto, não basta decidir ser um Líder Coach para começar a agir como tal. É necessário que se faça um grande trabalho de autoconhecimento e estabeleça junto à equipe um clima de respeito e confiança.

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COACHING COMO INSTRUMENTO DE DESENVOLV IMENTO PARA A LIDERANÇA COACH

Carolina Lobato do Couto

O coaching é um instrumento cada vez mais consagrado e aplicado no mundo empresarial, surgindo como resposta cada vez mais complexa às solicitações dos líderes e suas organizações modernas. É crescente o número de empresários que utilizam o coaching como processo de obtenção de melhores resultados, através da refinação do potencial do próprio executivo e como instrumento de superação pessoal.

Na relação com o cliente, o coach deve estimulá-lo a identificar seus valores essenciais e a expressá-los, desenvolvendo uma postura de integridade pessoal e desafiá-lo a “sonhar acordado”, isto é, criar para si mesmo uma visão de futuro que o entusiasme e que utilize, ao máximo, a sua energia criadora.

Além disso, torna-se necessário estabelecer uma relação de confiança. Para isto é imprescindível que haja feedback constante entre os dois, facilitando a compreensão mútua dos valores e a troca de experiências. No processo de coaching, o simples fato de compartilhar pensamentos/ideias que estão soltos e poder organizá- -los, transformando em uma meta desafiante com um Plano de Ações, pode levar a concretizar antigos sonhos.

O coaching cria consciência, capacita a escolha e produz mudança. Mais do que ensinar, ele ajuda a aprender. O trabalho de coaching não resulta em respostas “certas” ou “erradas”. O coach conduz o profissional, através de diversas ferramentas, a identificar uma linha de raciocínio que propicie uma melhor tomada de decisão.

Nos processos de formação de liderança o coaching pode ser utilizado como forma de potencializar resultados e alinhar as perspectivas pessoais (do gestor) com as organizacionais.

Em reuniões, através do diálogo reflexivo, o coaching ajuda o gestor a compreender as questões trazidas e a explorá-las adequadamente através de perguntas, observações, feedback e inputs, possibilitando que ele chegue às suas próprias decisões e soluções.

O coaching aplicado nas empresas reforça o alinhamento das pessoas em relação à missão, a valores, a estratégias e objetivos de organização, alem de envolver os gestores de forma mais efetiva nos processos de mudança. Eleva a eficiência das equipes e a competitividade da empresa.

Nas reuniões de coaching o gestor é levado a fazer uma pausa e com isso: ouvir, desenvolver-se, refletir como melhor enfrentar e resolver seus principais desafios e tomar decisões. Um dos principais benefícios é possibilitar ao líder a diálogo e o pensar em conjunto sobre questões que o preocupam e que ele deseja resolver, chegando a conclusões e insights valiosos e significativos, através do apoio, questionamento, inputs e ângulos adicionais providos pelo coach.

A prática não foca somente nas competências técnicas ou capacidades específicas, das quais um bom programa de treinamento poderia dar conta perfeitamente. O processo de coaching no desenvolvimento de lideranças é mais do que treinamento, o coach permanece com a pessoa até o momento em que ela atingir o resultado estipulado. Assim, ampliam- se as oportunidades através das quais a pessoa possa produzir avanços e em que suas intenções se transformem em ações, que por sua vez se traduzam em resultados.

O gestor participando de processos de coaching favorece sobremaneira a possibilidade de que atue como coach com seus liderados. Assim o coaching torna-se uma ferramenta gerencial nas organizações. O líder que pratica coaching é aquele que orienta seus liderados, com o objetivo de aprimorar o desempenho e o desenvolvimento de habilidades e competências individuais e coletivas, na busca constante de melhores resultados.

Entretanto, não basta decidir ser um Líder Coach para começar a agir como tal. É necessário que se faça um grande trabalho de autoconhecimento e estabeleça junto à equipe um clima de respeito e confiança.

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A atuação do gestor como Lider Coach é um processo que se constrói no encontro e na troca diária entre o gestor e seu liderado. Não se limita apenas em atingir resultados, está voltado também para o desenvolvimento do liderado como um todo, ou seja, seu aperfeiçoamento e realização.

Algumas questões essenciais para reflexão e respostas que direcionam para uma avaliação da atuação de um gestor como Líder Coach:

• S e o líder, como coach, tem como objetivo fazer com que o liderado amplie o conhecimento acerca de si próprio, o líder já trabalhou isso em si?

• O líder está preparado para ouvir? Consegue evitar distrações? Consegue ouvir e escutar a mensagem, por completo? Sabe observar todas as mensagens verbais e não-verbais do liderado? Mostra-se interessado e atento? É receptivo?

• Ao responder, o faz baseado na mensagem ou na forma como o liderado comunica-se? Permite que o liderado finalize sua exposição? Busca respostas antes de entender completamente a situação? Consegue perceber se está, ele próprio, preso apenas a um nível de entendimento sobre o problema.

Grande parte dos líderes não conhecem seus liderados, não conhecem seus anseios, seus sonhos, suas limitações, seus objetivos pessoais e profissionais e é justamente aí que encontramos o grande “gargalo” das empresas. As equipes são constituídas por pessoas, de diferentes as pectos, com anseios e sonhos distintos, todos em prol de um objetivo comum; se o líder não se concentrar nisto, como promover um resultado satisfatório na equipe? O compromisso do líder é despertar a motivação individual no liderado, assumir o compromisso de conhecer as potencialidades individuais e de partilhar os sonhos. É necessário buscar meios de despertar a motivação de cada integrante de sua equipe. O papel do líder é o de influenciar um processo de realização das metas, ser um agente participativo na concretização destes sonhos.

O que faz as pessoas crescerem é ter um norte, um sonho, uma meta, e o líder é o maior responsável por estimular seu liderado nesta busca. Esta habilidade reside em despertar no liderado, um novo olhar sobre as coisas, uma forma de fazer diferente, de inovar, de questionar modelos antigos e provocar mudança. É essencial que o líder tenha capacidade de se relacionar, na verdade, esta questão é muito mais profunda, ele tem que se colocar no mesmo “barco”, conseguir a confiança ao remar junto e, para isto necessita conhecer intensamente a sua equipe.

Como transformar esta motivação para as metas pessoais em objetivos organizacionais? Como canalizar a motivação para dentro dos objetivos da organização? O segredo consiste no líder associar as diferentes ambições pessoais em torno das metas da empresa. Diariamente recebemos solicitações de treinamento para motivar a equipe, eventos de integração. Fico me quêstionando até que ponto isto realmente funciona, se não temos o principal, não conhecemos o real desejo das pessoas. Quando perguntamos às pessoas qual é o seu sonho, qual é a sua meta, as respostas geralmente giram em torno de coisas muito simples, os sonhos são pouco desafiadores.

O líder precisa trabalhar justamente isso, influenciar o liderado para que ele desenvolva novos sonhos, novos objetivos pessoais, só assim a pessoa começará a ter motivações permanentes e aí não é preciso ficar tentando através de ações externas despertar algo que é interno. Quem ocupa uma posição de liderança, precisa entender que seu tempo está a serviço do liderado, que sua “arte” é conhecer muito mais de gente que de números.