Equipe 4

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LIDER COACH: APRIMORANDO PESSOAS, DESEMPENHOS E RESULT ADOS Tatiana Finamore A cada dia mais, a eficácia do papel da liderança é colocada no cerne da questão quando se pensa em pessoas, desempenho e resultado. Não há mais espaço para o velho ditado popular “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. A eficácia do líder, hoje, está atrelada à sua capacidade de inspirar e de mobilizar pessoas e equipes. Essa é uma das reflexões que se pretende neste artigo. Conceber que o processo de coaching é comportamental e intervém na conduta observável e na esfera do consciente e que a visão do conflito seja percebida como algo saudável e orientada para a solução em nome de resultados. Assim, cabe ao líder “tocar” as pessoas pela palavra: promover o diálogo é essencial neste processo que é de crescimento conjunto tanto para o líder quanto para o liderado. A atuação do lider coach aponta possibilidades e não os erros do passado. Toda experiência é, por si só, aprendizagem e, portanto, um processo, todo o resto é informação. Compete ao gestor abrir possibilidades de ação, expandir cenários e contextos. A aprendizagem é ativa, dinâmica porque requer intenção e ação de movimento de um estado a outro. Significa sair da zona de conforto para um novo lugar, um novo espaço que muitos autores denominam “zona de expansão”. Motivar pessoas neste sentido é um processo para se desenhar o futuro. O que lamentavelmente ainda assistimos são gestores apostando na gestão do medo. Onde existe o medo não há espaço para o diálogo e a construção coletiva. No medo, o que queremos é estar a salvo e poderá haver cumprimento, mas nunca comprometimento. E a prática do coaching é o antônimo de comando e controle. Pensar no lider coach é assumir um novo estilo de liderança. Uma liderança compromissada com o autodesenvolvimento. E que, portanto, preocupa-se com a qualidade do clima organizacional entendendo que cabe a ele, gestor, oferecer apoio e ferramentas, propiciar atividades que gerem novos aprendizados e, consequentemente, estimular o desenvolvimento de potenciais continuamente. Não há como pensar em alto desempenho sem geração de desenvolvimento humano. Assim sendo, o feedback, tão amplamente falado e vulgarmente utilizado, é uma ferramenta rica na construção do engajamento. É o momento da empatia, um encontro de dois, olho no olho, cara a cara. É necessária a palavra franca, construtiva e provocativa. O feedback é um presente para ambas as partes. Para aquele que se dispõe a ensinar e para aquele que se dispõe efetivamente a aprender. Pois é nesta interação que os papéis se misturam, os lugares se revezam e ocorre a transformação, não dos fatos e dados, mas sim das pessoas. Valorizar e reconhecer pessoas, humanizar o modelo de gestão, potencializar competências é o que de maior valor a empresa pode oferecer aos empregados, pois compreende que pessoas melhores e mais capazes oferecem mais oportunidades de crescimento à organização. Mas fazer acontecer esta premissa

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LIDER COACH: APRIMORANDO PESSOAS, DESEMPENHOS E RESULT ADOS

Tatiana Finamore

A cada dia mais, a eficácia do papel da liderança é colocada no cerne da questão quando se pensa em

pessoas, desempenho e resultado. Não há mais espaço para o velho ditado popular “manda quem pode,

obedece quem tem juízo”.

A eficácia do líder, hoje, está atrelada à sua capacidade de inspirar e de mobilizar pessoas e equipes.

Essa é uma das reflexões que se pretende neste artigo. Conceber que o processo de coaching é

comportamental e intervém na conduta observável e na esfera do consciente e que a visão do conflito

seja percebida como algo saudável e orientada para a solução em nome de resultados. Assim,

cabe ao líder “tocar” as pessoas pela palavra: promover o diálogo é essencial neste processo que é de

crescimento conjunto tanto para o líder quanto para o liderado.

A atuação do lider coach aponta possibilidades e não os erros do passado. Toda experiência é, por si só,

aprendizagem e, portanto, um processo, todo o resto é informação.

Compete ao gestor abrir possibilidades de ação, expandir cenários e contextos. A aprendizagem é ativa,

dinâmica porque requer intenção e ação de movimento de um estado a outro. Significa sair da zona de

conforto para um novo lugar, um novo espaço que muitos autores denominam “zona de expansão”.

Motivar pessoas neste sentido é um processo para se desenhar o futuro. O que lamentavelmente ainda

assistimos são gestores apostando na gestão do medo. Onde existe o medo não há espaço

para o diálogo e a construção coletiva. No medo, o que queremos é estar a salvo e poderá haver

cumprimento, mas nunca comprometimento. E a prática do coaching é o antônimo de comando e

controle. Pensar no lider coach é assumir um novo estilo de liderança.

Uma liderança compromissada com o autodesenvolvimento.

E que, portanto, preocupa-se com a qualidade do clima organizacional entendendo que cabe a ele,

gestor, oferecer apoio e ferramentas, propiciar atividades que gerem novos aprendizados e,

consequentemente, estimular o desenvolvimento de potenciais continuamente.

Não há como pensar em alto desempenho sem geração de desenvolvimento humano.

Assim sendo, o feedback, tão amplamente falado e vulgarmente utilizado, é uma ferramenta rica na

construção do engajamento. É o momento da empatia, um encontro de dois, olho no olho, cara a cara. É

necessária a palavra franca, construtiva e provocativa. O feedback é um presente para ambas as partes.

Para aquele que se dispõe a ensinar e para aquele que se dispõe efetivamente a aprender. Pois

é nesta interação que os papéis se misturam, os lugares se revezam e ocorre a transformação, não dos

fatos e dados, mas sim das pessoas.

Valorizar e reconhecer pessoas, humanizar o modelo de gestão, potencializar competências é o que de

maior valor a empresa pode oferecer aos empregados, pois compreende que pessoas melhores e mais

capazes oferecem mais oportunidades de crescimento à organização. Mas fazer acontecer esta premissa

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é, na essência, o exercício da liderança porque implica enxergar as pessoas em termos de potencial e

não de performance.

O líder é tal qual um maestro que ensina e guia. Anima os músicos levando-os a extrair o melhor de si.

Catalisa as diferentes habilidades, afina instrumentos e determina o tom. Combina pessoas e seus

talentos em nome do resultado. O bonito da melodia não consiste em um único acorde, mas na

combinação dos sons que ora se sobrepõem, ora se harmonizam. Mas tudo isso sob a batuta de um

líder que imprime o ritmo e deixa um legado. E sua equipe, que música está tocando?