Ensino médio dadaísmo marcel duchamp

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D A D A Í S M O

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D A D A Í S M O

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MOVIMENTO MODERNO

QUE MAIS INFLUENCIOU

A ARTE CONTEMPORÂNEA:

O DADAÍSMO

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Marcel Duchamp, foto de Henri Cartier Bresson

Principal artista:

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•Características principais do dadaísmo:

- Objetos comuns do cotidiano são apresentados de uma nova

forma e dentro de um contexto artístico;

- Irreverência artística;

- Combate às formas de arte institucionalizadas;

- Crítica ao capitalismo e ao consumismo;

- Ênfase no absurdo e nos temas e conteúdos sem lógica;

- Uso de vários formatos de expressão (objetos do cotidiano,

sons, fotografias, poesias, músicas, jornais, etc.) na composição

das obras de artes plásticas;

- Forte caráter pessimista e irônico, principalmente com relação

aos acontecimentos políticos do mundo.

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O Dadaísmo foi o movimento moderno que mais

influenciou a Arte Contemporânea. Surgiu em 1916 por

iniciativa de um grupo de artistas que, decepcionados com

a sociedade responsável pela Primeira Guerra Mundial,

decidiram romper deliberadamente com todos os valores e

princípios estabelecidos, inclusive os artísticos.

O principal foco de difusão do Dadaísmo foi o Cabaré

Voltaire, em Zurique. Com atuações provocativas e a

publicação de inúmeros manifestos, o Dadaísmo ficou logo

conhecido em toda a Europa, obtendo a adesão de artistas

americanos.

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A palavra dadá pode ter vários significados

dependendo da língua. Uma das versões sobre a

origem do nome conta que o poeta Tristan Tzara,

em 1916, abriu um dicionário e apontou para uma

palavra aleatoriamente. Esta palavra era dadá.

Embora a palavra dada em francês signifique

cavalo de madeira, sua utilização marca o non-

sense ou falta de sentido que pode ter a

linguagem (como na fala de um bebê).

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Tristan Tzara dizia que dada, palavra que

encontrou casualmente num dicionário, pode

significar: rabo de vaca santa, mãe; certamente;

ama-de-leite. Mas acabou afirmando, no

movimento dadaísta: DADÁ NÃO SIGNIFICA

NADA.

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Em mais uma afirmação

retumbante, Tzara decreta: “A

obra de arte não deve ser a

beleza em si mesma, porque a

beleza está morta.”

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Marcel Duchamp (1887-1968). Foi o principal

artista dadaísta. Em 1913 este artista inventou o

termo readymade (já pronto) para nomear os objetos

que ele escolhia e designava como obra de arte.

O readymade Roda de bicicleta consiste em uma

roda de bicicleta montada sobre um banco.

Duchamp declara que simplesmente colocou uma

roda de bicicleta sobre um banco e ficou olhando-a

girar. Assim a ideia de movimento estava implícita no

readymade. “E depois vieram os readymade sem

movimento como a Fonte”. Esta obra envolve uma

situação que ficou famosa: Duchamp fazia parte da

curadoria de uma exposição de esculturas em Nova

York e inscreveu a “Fonte” com o pseudônimo de “R.

Mutt”.

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Apesar do suposto caráter aberto da exposição,

acessível a qualquer um que pagasse a taxa de

inscrição, a obra foi considerada imoral e rejeitada pelo

resto do comitê. Nesta ocasião Duchamp disse uma

frase que ficaria famosa: “Quem decide o que é arte ou não, sou eu, o artista.” Com os ready-made, Duchamp provocava o observador e questionava vários aspectos que definiam a Arte e o seu valor: a idéia de obra de arte única, a figura do artista como um gênio iluminado, o conceito de beleza como um pressuposto para a obra, a noção de obra como um objeto produzido manualmente com técnicas específicas. Duchamp dizia que queria se afastar do ato físico de pintar. Declarou ainda, que dependia da linguagem verbal para completar o sentido do seu trabalho, usando a ironia para batizar suas obras, como no caso da sua Fonte.

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Como ele mesmo disse: “Para mim o título da obra era o mais importante. Eu estava interessado em ideias e não em produtos meramente visuais. Eu queria colocar a arte mais uma vez a serviço da mente”. Dizia ainda, que queria uma arte cerebral e não retiniana (aquela que requer apenas contemplação). Desta forma, vinculou sua arte com a questão intelectual e teórica. A apropriação dos objetos do cotidiano tornou-se uma operação decisiva para a arte moderna e para a arte contemporânea. Esta converte-se em dispositivo emblemático no processo de rompimento com o espaço herdado do Renascimento ao questionar por que o artista deveria continuar representando ou simulando os objetos se ele poderia utilizá-los concretamente em suas criações.

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Duchamp entronizou o objeto no pedestal da arte, se

apropriou dele e o descontextualizou, questionando

o próprio pedestal. Por essas ideias e por suas obras,

Marcel Duchamp foi considerado o grande precursor

da Arte Contemporânea, especialmente da Arte

Conceitual, tendo aderido ao dadaísmo e tornando-

se o artista mais importante deste movimento.

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O secador de garrafas,

A fonte Roda de bicicleta

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“Roda de bicicleta”,

1913

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“Fonte”, 1917

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“LHOOQ”, 1919

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A falta de lógica e a espontaneidade alcançam

na literatura sua expressão máxima. Em seu

último manifesto, Tzara diz que o grande

segredo da poesia é que “o pensamento se faz

na boca”.

Para orientar melhor seus seguidores, cria

uma receita para fazer um poema dadaísta:

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Pegue um jornal. Pegue a tesoura. Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema. Recorte o artigo. Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco. Agite suavemente. Tire em seguida cada pedaço um após o outro. Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco. O poema se parecerá com você. E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público.