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Universidade Federal de Campina Grande – UFCGCentro de Ciências e Tecnologias – CCT
Unidade Acadêmica de Engenharia Química - UAEQ
Energias Renováveis (Biogás)
Prof. Nilton Silva
Aula 1 – Tecnologias de BiodigestãoAnaeróbica
INTRODUÇÃO
BIODIGESTÃO ANAERÓBICA
... é um processo biológico que produz um gás composto
principalmente de metano (CH4) e dióxido de carbono (CO2),
conhecida como biogás.
Esses gases são produzidos a partir da ação de microrganismos
em resíduos orgânicos.
INTRODUÇÃO
BIODIGESTÃO ANAERÓBICA
O processo de digestão anaeróbico é composto de três etapas :
1. O primeiro passo é a decomposição (hidrólise) de matéria
orgânica vegetal ou animal.
2. O segundo passo é a conversão da matéria em decomposição
para ácidos orgânicos.
3. Finalmente, os ácidos são convertidos em gás metano.
Etapas fundamentais da Digestão Anaeróbica
BIOMASSA
Digestão em um Digestor Anaeróbico (Biodigestor)
Hidrólise Acidogênese AcetogêneseMetanogênese
BIOGÁS
ENERGIA
Fluxograma da digestão anaeróbica
Alimentação do material
residual
Digestor BiogásArmazenamento
do Biogás
Separador(ex. prensa)
Armazenamento do Licor
Sólido residual (fibras)
Combustível veicular
Turbina/ Gerador
Queimador a gás/Boiler
Armazenar e qualquer pré-tratamento inicial
Licor pode ser produto comercializável. Depende localidade.
CompressorUso do Biogás como combustível
Uso nos veículos Produção combinada de calor e energia
(eletricidade)
calor de processo para aquecimento do
digestor e/ou ambiente
Sistema digestivo humano
Sistema digestivo bovino
Pança é onde fica a comida armazenada; Barrete onde ocorre a regurgitação; Folhoso éo local onde é absorvida a água; Coalheira, onde o bolo alimentar é misturada com osuco gástrico.
BIODIGESTOR
FUNDAMENTOS
O Substrato é a matéria orgânica (biomassa), utilizada em
biodigestores para a produção de biogás através da decomposição
anaeróbia.
O Biodigestor Anaeróbio é uma central tecnológica que
acelera o processo de decomposição da matéria orgânica
(substrato).
As tecnologias utilizadas em biodigestores são estabelecidas em
função do estudo sobre o substrato que será utilizado para
alimentar o fermentador. Sendo assim, o primeiro passo para se
determinar a tecnologia é o estudo dos substratos.
Classificação das técnicas de geração de biogás
TECNOLOGIAS
Umidade do substrato
Alimentação do fermentador
Fases do processo
Temperatura da fermentação
Digestão úmida
Digestão seca
Descontínua
Semi-contínua
Contínua
monofásica
Bifásico
trifásico
psicrofilico
mesofilico
termofílico
OPÇÕES
VARIÁVEIS
Fonte: (Adaptado de Handreichung Biogasgewinnung und Nutzung, 2004)
Bioreator de mistura com agitador e demais tecnologias
Telhado inflável
Saída
Soprador de biogás de apoio
Isolamento
Tubulação de aquecimento
Coluna central
Nível de enchimento
Lona impermeávelGasômetro
Agitador com hélice
Plataforma
Motorredutor
Características de biorreatores com agitador
Observações Descritivo
Dimensionamento e material
• Estes biorreatores tem dimensões para capacidades de até 6.000 m³;• Biorreatores normalmente fabricados em aço ou em concreto;
Aplicações • Biorreator utilizado para quase todos os tipos de substrato com baixo ou médio teor de matéria seca;
• Equipamentos de transporte e agitação devem ser adaptados ao substrato;
• Possibilidade de recirculação em caso de digestão única de biomassa dedicada
• Biorreatores adequados para alimentação continuo, semicontínuo e descontinuo.
Vantagens • Biorreatores com arquitetura de baixo custo quanto volumes superiores a 300 m³;
• Permite operação variável entre regime de fluxo continua ou regime combinado de fluxo continuo e armazenamento;
• Conforme o tipo dos equipamentos, sua manutenção pode ser realizada sem exigir o esvaziamento do reator;
Desvantagens • Não é possível afirmar com certeza o TRH;• Possibilidade de formação de sobrenadante e de sedimentos.
Características de biorreatores com agitador
Observações Descritivo
Formas
construtivas
• Os reservatórios são cilíndricos enterrados verticalmente ou acima do solo;
• Os equipamentos de agitação devem ter potencia elevada, pode-se utilizar
recirculação através da injeção de biogás´;
• Agitadores com motor submergível no interior do biorreator, agitador axial em
tubo vertical, recirculação hidráulica com bombas externas, recirculação por
injeção de biogás em tubo guia vertical.
Fonte: (Adaptado de SCHULZe EDER, 2006)
Biogas & Biogasanlagen
Biogas & Biogasanlagen
Biogas & Biogasanlagen
Como funciona uma planta de biogás?
(3) Os recursos renováveis como milho, beterraba ou grama servem como alimento para
animais, como vacas e porcos, bem como para os microrganismos na unidade de biogás.
(1) Os insumos orgânicos, como restos alimentícios,
gorduras ou lodo podem ser alimentados na unidade de
biogás como substrato.
(2) estrumes também são alimentados na unidade de
biogás.
Como funciona uma planta de biogás?
(4) Mas sulfureto de hidrogénio agressivo também está contido no biogás. Um fermentador de aço inoxidável tem a vantagem
evidente que ele resiste aos ataques do sulfureto de hidrogénio e é utilizável durante décadas. Além disso, um fermentador de
aço inoxidável oferece a oportunidade de operação da unidade de biogás também na gama de temperaturas thermophile (até
56 °C).
(4) No fermentador, aquecida para aprox. 38-40 °C, o substrato
é decomposto pelos microrganismos sob exclusão de luz e
oxigénio. O produto final deste processo de fermentação é debiogás com metano como o ingrediente principal.
Como funciona uma planta de biogás?
(6) Os resíduos pode ser utilizada como fertilizante de alta qualidade. A vantagem: biofertilizante tem uma
viscosidade mais baixa e, por conseguinte, penetra no chão mais rapidamente. Além disso, o resíduo de
fermentação, muitas vezes tem um valor mais elevado de fertilizantes e é menos intensa aos sentidos
olfativos.
5) Uma vez que o substrato tenha sido fermentado, que é
transportado para os resíduos de fermentação termina
tanque de armazenamento e pode ser recuperada a partir daí
para posterior utilização.
Como funciona uma planta de biogás?
(11) O calor gerado pode ser utilizado para aquecer a construção ou para secar madeira ou produtos de
colheita.
(12) Processamento de biogás fornecimento de
(13) Gas à rede nacional ou estações de abastecimento de gás
(7) secando-o, posteriormente, pode usá-lo como fertilizante seco.
(8) O biogás gerado é armazenado no teto do tanque e de lá
(9) é queimado na planta de calor e energia combinados (CHP)
para gerar eletricidade e calor.
(10) A energia elétrica é alimentada diretamente na rede elétrica.
Outras tecnologias clássicas...
Biodigestor indiano
H - é a altura do nível do substrato;
Di - é o diâmetro interno do biodigestor;
Dg - é o diâmetro do gasômetro;
Ds - é o diâmetro interno da parede superior;
h1 - é a altura ociosa (reservatório do biogás);
h2 - é a altura útil do gasômetro.
a - é a altura da caixa de entrada.
e - é a altura de entrada do cano com o afluente
Fonte: (DEGANUTTI, Roberto, PALHACI, 2002)
Outras tecnologias clássicas...
Biodigestor chinês
D - é o diâmetro do corpo cilíndrico;
H - é a altura do corpo cilíndrico;
Hg - é a altura da calota do gasômetro;
hf - é a altura da calota do fundo;
Of - é o centro da calota esférica do fundo;
Og - é o centro da calota esférica do gasômetro;
he - é a altura da caixa de entrada; De - é o diâmetro da caixa
de entrada; hs - é a altura da caixa de saída; Ds - é o diâmetro
da caixa de saída; A - é o afundamento do gasômetro;
Fonte: (DEGANUTTI, Roberto, PALHACI, 2002)
Outras tecnologias clássicas...
Biodigestor batelada
Di é o diâmetro interno do biodigestor;
Ds é o diâmetro interno da parede superior;
Dg é o diâmetro do gasômetro
H é a altura do nível do substrato;
h1 é a altura ociosa do gasômetro;
h2 é a altura útil do gasômetro; h3 é a altura útil para
deslocamento do gasômetro; b é a altura da parede do
biodigestor acima do nível do substrato; c é a altura do
gasômetro acima da parede do biodigestor.
Fonte: (DEGANUTTI, Roberto, PALHACI, 2002)
Biodigestor Sertanejo
(I)
(II)
(III)
(V)(IV)
(VI)
(I) Tanque de alimentação; (II) Biodigestor; (III) Gasômetro; (IV) Adaptador de ajuste
de pressão; (V) filtro primário de água; (VI) Tanque de saída.
Biodigestor Marinha
Biodigestor marinha
Biodigestor sertanejo Monteiro
15 cm
60 cm
2.60
m
2.40
m
4.4
5
m
2.2 m
15 cm
50 c
m
25 cm
2.40
m
20 c
m
1.5 m
50 c
m
25 c
m1.65
m
1.2 m
1.14
m
2.7
m
1.14
m
1.2 m
2 m1.5 m
80
cm
Biodigestor sertanejo Monteiro
Biodigestor sertanejo Monteiro
Planta de biogás Monteiro
(I)
(II)
(III)
(1) (2)
(1)
(2)(IV)
(I.a)
(I.b)
(I.c)
(II.b)
(II.a)
(II.c) (II.d)
(II.e)
(IV.a) (IV.b)
(I) Biodigestor; (II) Unidade de tratamento, distribuição do biogás e conversão de
eletricidade; (III) Painel fotovoltaico e (IV) equipamentos de cogeração de energia
Planta de biogás Monteiro
(III)
(II)
(IV) (II)(V)
Elétrica Gás
(VI)
(I)
(I) Painel elétrico e hidráulico; (II)
Motor/Compressor; (III) Vaso de pressão;
(IV) Pressostato; (V) Manômetro; (VI)
Regulador Distribuidor.
(II)
Gás
(I) (II)
(I) Filtro de água; (II) Filtro de com
palha de aço; (III) Condensador.
(III)
Planta de biogás Monteiro
(II)
Gás
(II) (III)
(IV)
(I)
(I) Painel Solar; (III Regulador de Carga; (III) Inversor; (IV) Baterias
Planta de biogás Monteiro
(I)
(II)
(III)
(1) (2)
(1)
(2)(IV)
(I.a)
(I.b)
(I.c)
(II.b)
(II.a)
(II.c) (II.d)
(II.e)
(IV.a) (IV.b)
(I) Biodigestor; (II) Unidade de tratamento, distribuição do biogás e conversão de
eletricidade; (III) Painel fotovoltaico e (IV) equipamentos de cogeração de energia
Quais as etapas para geração do biogás?
2
2
Materiais orgânicos complexos
Carboidratos
Proteínas
Lipídios
Açúcares simples
AGV
Aminoácidos
NH3
Ac. Lático
Ac. Butírico
Ac. Valérico
Ac. Propiônico
H2+CO2
LCFA
AC.
ACÉTICO
H2+CO2 CH4 CO2
1
1
1
2
2
2
2
22
23
3
33
4 4 4
I II III
IV
Referências
• DEGANUTTI, Roberto, PALHACI, Maria do Carmo Jampaulo Plácido, ROSSI, Marco et al.
Biodigestores rurais: modelo indiano, chinês e batelada. In Procedings of the 4th Encontro de
Energia no Meio Rural, 2002.
• SILVA, A. E. M. C.; CAVALCANTI, M. T.; ALMEIDA, R. R.; SILVA, J. N. Projeto de
unidade rural de geração e distribuição de biogás. In: Giovanni Seabra. (Org.). Educação
Ambiental & Biogeografia. IIed. Ituiutaba-MG: Barlavento, v. Vol. 2, p. 1663-1673, 2016.