Educação Estatística - Educacional · 62% da população vive em Java, que tem menos de 7% da...
Transcript of Educação Estatística - Educacional · 62% da população vive em Java, que tem menos de 7% da...
No momento da sua fundação se definiu a Estatística como:
“ Conjuntos de fatos, em relação ao Homem, susceptíveis de serem expressas em números, e suficientemente
numerosos para serem representados por leis”.
1834: Fundada a Royal Statistical Society
(Batanero, Godino)
1885: Instituto Internacional de Estatística (ISI)
1991IASE – Educação Estatística
(uma das sessões do ISI)
(Batanero, Godino)
A inglesa Florence Naghtingale(1820-1910) é reconhecidapor muitos como a fundadorada profissão de enfermeira.Ela salvou milhares de vidasusando a estatística.
Quando encontrou um hospital sem condições dehigiene e sem equipamentos, ela melhorouaquelas condições e depois usou a estatística paraconvencer outros da necessidade de reformasmédicas mais amplas. Ela desenvolveu gráficosoriginais para ilustrar que, durante a guerra daCriméia, morreram mais soldados emconsequência das baixas condições de higiene doque em consequência dos combates.
Florence Naghtingale foi pioneira no uso daestatística social bem como de técnicas gráficas.
Existe uma diferença fundamental entre
Educação Matemática e Educação Estatística:
Na Educação Matemática:
busca-se operar com
fenômenos reais e imaginários.
Na Educação Estatística:
busca-se resumir
informações grupais
para explicar e inferir
sobre esses fenômenos.
UM EXEMPLO: (PISA - 2003)
A Indonésia está localizada entre a Malásia e a Austrália. Na tabela
abaixo figuram alguns dados sobre a população da Indonésia e a sua
distribuição pelas ilhas:
Um dos principais desafios que se colocam à Indonésia é a distribuição
desigual da população pelas ilhas. Pela tabela podemos ver que quase
62% da população vive em Java, que tem menos de 7% da área total.
PROBLEMA ESTATÍSTI CO
Desenhe um gráfico (ou gráficos) que mostre(m) a desigualdade da
distribuição da população indonésia.
GRÁFICO COM A DISTRIBUIÇÃO DA
POPULAÇÃO INDONÉSIA
JAVA SUMATRA BORNÉU CELEBES BALI IRIAN
JAIA
Áre
a e
m m
ilhare
s d
e K
m2
PROBLEMA MATEMÁTICO
A Indonésia é formada por uma arquipélago localizado entre a
Malásia e a Austrália. Um dos principais desafios que se
colocam à Indonésia é a distribuição desigual da população
pelas ilhas, por exemplo, quase 62% da população vive em
Java, que tem menos de 7% da área total do país. Já a menor
concentração da população está na ilha de Kalimantan
(Bornéu), onde vivem 6 721 habitantes espalhados em 539 460
Km2. A menor das ilhas é Bali, que possui apenas 0,3% da área
total do pais e concentra aproximadamente 2,5 milhões de
habitantes.
O país, que se divide em seis ilhas, possui uma superfície de
1.905.569 Km2. O último censo, indicou uma população de
232.516.771 habitantes distribuída pelo arquipélago.
Com base nessas informações, responda:
a) Quantos habitantes vivem na ilha de Java?
b) Qual a superfície, em quilômetros quadrados, da ilha Bali?
c) Indique a concentração (por Km2) da população nas três
ilhas citadas no texto.
a) 144 160 397 habitantes
b) 5716,707 Km2
c) Aproximadamente 216 hab./km2
Leitura de códigos e linguagens nos meios de comunicação e no cotidiano
das organizações.
EDUCAÇÃOESTATÍSTICA
A Estatística, em particular, é uma área que está estreitamente relacionada à Análise de Dados e, portanto, envolve “usar números e gráficos para descrever nosso mundo” (VAN de WALLE, p. 485, 2009)
Principal objetivo:
é “muito mais que construir gráficos e calcular estatísticas. Incluilevantar e responder questões sobre o nosso mundo. Pararesponder às questões, os dados devem ser coletados,organizados e, então, analisados”. (VAN de WALLE, p. 486, 2009)
. Descreve, resume e apresenta os dados deforma que sejam fáceis de interpretá-los;
. o interesse centra-se no conjunto de dadosfornecidos e não se preocupa em estender asconclusões a outros dados diferentes.
Estatística Descritiva
Utiliza como ferramenta
matemática a probabilidade.
Estatística Inferencial ou IndutivaTrata de obter
conhecimento sobre certos conjuntos
extensos ou populações, a partir das informações
disponíveis de um subconjunto da
população chamada amostra.
TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃOANÁLISAR E
ORGANIZAR DADOS
GRÁFICOS E
TABELASPRINCIPIO
FUNDAMENTAL DA
CONTAGEM
INFERIR SOBRE
DADOS
PROBABILIDADESESTATÍSTICAS(MEDIDAS)
ESTATÍSTICA
DESCRITIVA
ESTATÍSTICA
INFERENCIAL
ESTOCÁSTICA
O TERMO ESTOCÁSTICA É UTILIZADO PARA TRATAR A ESTATÍSTICA E
A PROBABILIDADE COMO ELEMENTOS INSEPARÁVEIS.
NA MEDIDA CERTA!
OBJETIVOS
- Coletar e organizar dados;
- Construir gráficos circulares utilizando materiais alternativos.
MATERIAIS
- Folha “Tiras para gráfico circular”, lápis colorido, régua e caneta.
SEQUENCIA DIDÁTICA
NA MEDIDA CERTA!
Uma sugestão para trabalhar essa atividade é o
professor realizar uma enquete em sala de aula,
anotando no quadro as respostas dos alunos. Pedir
para que cada aluno preencha uma tabela em seu
caderno e, a partir dela, construa um gráfico de
setores (ou circular).
Pesquisa: QUAL SEU ESPORTE PREFERIDO?
Qual desses esportes você prefere:
1 – Futebol;
2 – Voleibol;
3 – Corrida;
4 – Judo.
Construa um gráfico circular com esses dados.
Esporte Preferência
Futebol 10
Voleibol 8
Corrida 6
Judô 3
COMO CONSTRUIR O GRÁFICO
1 – Tomar uma tira e pintar as barras
correspondentes à freqüência
absoluta de cada de cada um dos
dados;
2 – Unir as extremidades pintadas da
tira com fita adesiva. (Unir interna e
externamente)
COMO CONSTRUIR O GRÁFICO
3 – Medir o diâmetro aproximado do
cilindro que foi formado. Desenhar um
círculo com esse diâmetro no caderno;
4 – Sobrepor o cilindro sobre o círculo
desenhado e marcar os setores
correspondentes. Colorir o gráfico.
COMO CONSTRUIR O GRÁFICO
5 – Unir o centro às marcações,
colorir o gráfico e inserir a legenda. Esporte preferido
NA MEDIDA CERTA!
Outra posibilidade.
OBJETIVOS
- Coletar e organizar dados;
- Construir gráficos circulares utilizando materiais alternativos;
- Explorar a relação entre frações e porcentagem;
MATERIAIS
- Régua;
- Tiras de papel com 100 cm de comprimento e aproximadamente
2 cm de largura (máquina de calcular);
- Transferidores (caso trabalhe com ângulos).
SEQUENCIA DIDÁTICA 5.1
Pesquisa: QUAL SUA MATÉRIA FAVORITA?
Qual dessas materias você prefere:
1 – Português;
2 – Geografia;
3 – Matemática;
4 – História.
Construa um gráfico circular com esses dados.
Esporte Preferência
Português 3
Geografia 8
Matemática 11
História 4
COMO CONSTRUIR O GRÁFICO
1 – Registrar os dados na tira de 1 metro (previamente
graduada), decidindo quantos centímetros devem ser
usados para cada um:
42
cm
12
cm
15
cm
31
cm
11
26= 0,420 42%
3
26= 0,115 12%
4
26= 0,153 15%
8
26= 0,307 31%
COMO CONSTRUIR O GRÁFICO
2 – Confeccionar o gráfico a partir dessa tira, do mesmo
modo que na atividade anterior, registrando os dados no
gráfico.
3 – A atividade pode ser estendida, relacionando cada
setor do gráfico com sua respectiva medida em graus
(nesse caso, será necessário utilizar o transferidor).
Objetivos:
- Explorar conceitos estatisticos como: população,
amostra, percentual, estimativa;
- Recolher, organizar e analizar dados e, por meio de
ferramentas estatísticas, realizar inferências;
-Perceber como o tratamento estatístico permite realizar
inferencias a partir de grandes conjuntos de dados;
- Se familiarizar a termos como impossível, certo,
provável, mais provável, menos provável.
ESTIMANDO CERTO
SEQUENCIA DIDÁTICA 3
ESTIMANDO CERTO
Materiais:
- 100 fichas, azuis e vermelhas (podem ser
tampas, bolas, etc);
- Recipiente misturar e sortear as fichas;
- Lápis e caderno.
Dentro do recipiente serão colocadas fichas
azuis e vermelhas, num total de 100 fichas.
A tarefa será estudar a população por meio de
amostras, de modo a fazer uma previsão do
resultado.
Cada um dos alunos se aproxima e retira uma
amostra de 10 fichas, registrando as informações:
a) a quantidades de fichas vermelhas que há na
sua amostra;
b) Em relação à amostra que retirou do recipiente,
qual é o percentual de fichas vermelhas;
c) Uma estimativa do número de fichas vermelhas
que estão no recipiente.
Encaminhamento:
No quadro, o professor preenche um gráfico de
pontos com a quantidade de fichas vermelhas que
cada aluno obteve em sua amostra.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Caso você fosse retirar uma amostra de 10 fichas desse
recipiente, qual seria sua estimativa de quantas fichas seriam
vermelhas?
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A observação do gráfico nos leva a dizer que entre 2/10 e 3/10
das fichas da amostra serão vermelhas.
Observando esse resultado, qual seria a melhor aproximação
para o número de fichas vermelhas no recipiente?
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
O experimento foi realizado com 100 fichas, sendo que 23 eram vermelhas. Foram
colhidas 39 amostras.
Pode-se inferir que há entre 20 e 30 fichas vermelhas no
recipiente.
1. Pretendia-se fazer um estudo sobre o número de
irmãos dos alunos do 10º ano de escolaridade de uma
Escola Secundária.
Para isso, efetuou-se um inquérito ao qual responderam
60 alunos. Indique:
a) a população em estudo;
b) a amostra escolhida;
c) a variável em estudo e classifique-a.
População: todos os alunos do 10º ano da escola.
Amostra: os 60 alunos submetidos ao inquérito.
Variável: n.º de irmãos de cada aluno do 10º ano.
Esta variável é quantitativa discreta
POPULAÇÃO E AMOSTRA
2. Diga porque é que as seguintes situações
representam más amostras:
a) Para saber qual o candidato mais votado,
para a Câmara de determinada cidade,
sondou-se a opinião dos clientes de
determinado supermercado.
b) Para conhecer a situação financeira das
empresas têxteis portuguesas, verificou-se a
situação das empresas que tiveram maior
volume de exportações, no último ano.
ANALISANDO AMOSTRAS
a) Diferentes tipos de pessoas frequentam diferentes
tipos de supermercados. A amostra daria unicamente
indicações sobre a população constituída pelos
clientes desse supermercado. Podemos ainda referir,
como exemplo, que os preços e o tipo de produtos
que estão à venda, não são iguais em todos os
supermercados, pelo que a amostra não é
representativa.
b)Verificou-se certamente que a situação financeira
das empresas têxteis portuguesas é melhor do que
na realidade é.
POSSIBILIDADES DE ARGUMENTOS
PARTICIPANTES:
2 (Jogador e adversário)
MATERIAL:
- 2 dados;
- Fichas de trabalho a serem entregues aos alunos para
coleta e análise das informações;
Obs: O professor precisará desenhar tabelas no quadro para
apresentar e analisar o jogo. Uma opção é confeccionar essas
tabelas em acrílico, pois permite reutilização quando registrado
apenas com marcador para quadro branco.
DIFERENÇA ENTRE DADOS
REGRAS
-Um dos jogadores será o “lançador” e o outro será o “adversário”.
- O “lançador” é quem jogará os dados e o outro jogador registrará
os pontos.
- Cada participante começa o jogo com 10 pontos.
- Ao jogar os dados, subtrair o menor número obtido, do maior,
achando assim o resultado da jogada.
- A tabela relaciona o resultado obtido com a pontuação dos
participantes:
- Ganha quem tiver mais pontos ao fim de 10 jogadas.
- Se um dos participantes chegar a zero o jogo termina.
Resultado Lançador Adversário
0, 1 ou 2 Ganha 2 pontos Perde 2 pontos
3, 4 ou 5 Perde 2 pontos Ganha 2 pontos
DIFERENÇA ENTRE DADOS
ETAPA 1 – Aprendendo a jogar
Momento para familiarizar os alunos com o jogo. Fazer a simulação
de uma partida: o professor será o “lançador” e os alunos serão o
“adversário”. Desenhar uma tabela no quadro, para registrar os
resultados e a pontuação dos jogadores.
Jogada 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Resultado 0 a 5
Lançador 10
Adversário 10
ETAPA 2 – Jogar
Antes de jogar, responda: Esse jogo é justo?
As duplas recebem uma cópia da ficha 1 e dois dados para realizar
as jogadas. Nesse momento decidem quem será o “lançador” e
quem será o “adversário”.
A cada jogada preenchem a tabela com os resultados e suas
pontuações.
O professor acompanha as atividades, intervindo sempre que
necessário.
ETAPA 3 – Analisando os resultados
Ainda que em alguns grupos o “adversário” possa ter ganho, os
alunos poderão perceber uma certa tendência nas vitórias. À medida
que os grupos indicam quantas vezes cada um ganhou, o professor
registra esses dados no quadro.
Provocar os alunos para indicar qual o percentual de acertos do
”lançador” e do “adversário”. Pode-se usar uma calculadora para
isso.
Discussão:
- Estão convencidos da previsão inicial? Por que?
- Não estão mais convencidos da previsão inicial? Por que?
Obs.: Caso os alunos ainda não estejam satisfeitos com o fato de o
“lançador” obter a vitória a maior parte das jogadas, pedir para que
joguem algumas partidas a mais. Utilize esses resultados com os
anteriores para verificar a tendência de vitória do “lançador”.
ETAPA 4 – Explorando um dos “motivos”
-Caso vocês achem que lançar os dados aumenta as chances de
ganhar, vamos mudar as coisas e verificar. Joguem algumas vezes
com as regras abaixo e depois registrem suas conclusões.
Agora é o “adversário” que lança os dados e o “lançador” registra. A
pontuação será da seguinte forma:
Resultado Lançador Adversário
0, 1 ou 2 Perde 2 pontos Ganha 2 pontos
3, 4 ou 5 Ganha 2 pontos Perde 2 pontos
ETAPA 5 – Analisando
Propor aos alunos que preencham a tabela com os resultados
possíveis e analisem as possibilidades de cada resultado.
- 1 2 3 4 5 6
1
2
3
4
5
6
- 1 2 3 4 5 6
1 0 1 2 3 4 5
2 1 0 1 2 3 4
3 2 1 0 1 2 3
4 3 2 1 0 1 2
5 4 3 2 1 0 1
6 5 4 3 2 1 0
ETAPA 6 – Tornando o jogo justo
Responder à questão:
O que poderia ser feito para tornar o jogo justo?
A incerteza abrange os fenômenos e as relações probabilísticas e estatísticas, que têm cada vez mais importância na sociedade da informação. Estes fenômenos são temas de estudo de probabilidades e estatística. (NCTM, p. 88, 2008)
EDUCAÇÃO ESTATÍSTICA
Habilidade de Leitura e Interpretação: .
interpretação da situação-problema
Ensino de Estatística
Desenvolvimento de
Habilidades e Competências
Habilidade Estatística:
. identificação das ferramentas
a serem utilizadas;
. correta interpretação e explanação
do significado das mesmas .
Habilidade Matemática:
. obtenção/cálculo das medidas
RESULTADOS DE UM TESTE
O gráfico seguinte mostra os resultados de um teste de Ciências obtidos
por dois grupos de alunos, designados por “Grupo A” e “Grupo B”.
A nota média no grupo A é de 62,0 e no grupo B é de 64,5. Os alunos
passam neste teste se tiverem uma nota igual ou superior a 50.
(PISA - 2003)
Habilidade de Leitura e Interpretação:
Com base neste gráfico, o professor concluiu que o grupo B teve melhores
resultados neste teste do que o grupo A.
Os alunos do grupo A não estão de acordo com o professor. Tentam
convencer o professor de que o Grupo B não teve necessariamente
melhores resultados.
Utilizando o gráfico, apresente um argumento matemático que possa ser
utilizado pelos alunos do Grupo A.
Habilidade de Leitura e Interpretação:
GRUPO A GRUPO B
Nº ALUNOS (FR) NOTA * TOTAL Nº ALUNOS (FR) NOTA * TOTAL
1 4,5 4,5 2 44,5 89
3 54,5 163,5 1 54,5 54,5
4 64,5 258 5 64,5 322,5
2 74,5 149 3 74,5 223,5
2 84,5 169 1 84,5 84,5
12 744 12 774
* MÉDIA NO INTERVALO Habilidade Matemática
GRUPO A GRUPO B
MEDIDAS MEDIDAS
MÉDIA 62,0 MÉDIA 64,5
MODA 64,5 MODA 64,5
MEDIANA 64,5 MEDIANA 64,5
PONTO MÉDIO 44,5 PONTO MÉDIO 64,5
GRUPO A GRUPO B
Nº ALUNOS (FR) NOTA * TOTAL Nº ALUNOS (FR) NOTA * TOTAL
1 4,5 4,5 2 44,5 89
3 54,5 163,5 1 54,5 54,5
4 64,5 258 5 64,5 322,5
2 74,5 149 3 74,5 223,5
2 84,5 169 1 84,5 84,5
12 744 12 774
Habilidade Estatística :
Habilidade Matemática : Cálculo das medidas
- interpretação e explanação do
significado das mesmas.
-identificação das ferramentas
a serem utilizadas;
Exemplos de bons argumentos:
- O aluno que tirou de 0-9 baixou a média dos demais. Se esse
aluno tivesse conseguido pelo menos 30 pontos, então eles
teriam a mesma média do grupo B.
- Comparando as notas individuais 11 alunos do grupo A
estão acima da média contra apenas 10 do grupo B.
- A maior parte dos alunos aprovados provêm do grupo A.
O PESO DOS ALUNOS
Na tabela seguinte, apresenta-se o peso dos alunos de uma
das turmas do 8 º ano de uma escola.
O peso médio dos alunos da turma é 52,96 kg.
1. Verifique se o peso médio dos alunos da turma está correto.
2. Se entrar, na turma, mais um aluno com 50 kg de peso, o
peso médio dos alunos da turma aumenta ou diminui?
Justifique sua resposta apenas com auxilio da tabela, sem
realizar cálculos.
3. Imagine que entrou um novo aluno na turma. Que peso
pode ter esse aluno para que o peso médio dos alunos não
varie mais do que 0,5 kg. Justifica sua resposta.
(PISA - 2003)
O PESO DOS ALUNOS
Na tabela seguinte, apresenta-se o peso dos alunos de uma
das turmas do 8 º ano de uma escola.
O peso médio dos alunos da turma é 52,96 kg.
1. Verifique se o peso médio dos alunos da turma está correto.
Resposta:
Sim. (3x45+4x48+6x50+5x55+2x58+4x60+1x66)/25=52,96
(PISA - 2003)
O PESO DOS ALUNOS
Na tabela seguinte, apresenta-se o peso dos alunos de uma
das turmas do 8 º ano de uma escola.
O peso médio dos alunos da turma é 52,96 kg.
2. Se entrar, na turma, mais um aluno com 50 kg de peso, o
peso médio dos alunos da turma aumenta ou diminui?
Justifique sua resposta apenas com auxilio da tabela, sem
realizar cálculos.
Resposta:
Diminui, pois 50 kg é menor que a média.
(PISA - 2003)
O PESO DOS ALUNOS
Na tabela seguinte, apresenta-se o peso dos alunos de uma
das turmas do 8 º ano de uma escola.
O peso médio dos alunos da turma é 52,96 kg.
3. Imagine que entrou um novo aluno na turma. Que peso
pode ter esse aluno para que o peso médio dos alunos não
varie mais do que 0,5 kg. Justifica sua resposta.
Resposta:
65,96 kg. Se entrar um novo aluno pesando 52,96 kg a média
se mantém. Para que ela varie 0,5 kg, temos que adicionar
isso ao peso de cada aluno.
(PISA - 2003)
Os alunos deverão desenvolver o raciocínio estatístico em três etapas:
. compreensão (perceber quando um problema particular é similar a uma classe de problemas)
. planejamento e execução (aplicar adequadamente métodos para resolver um problema) e
. avaliação e interpretação (interpretar os resultados relacionados ao problema original).
Garfield (2002), por exemplo, descreve algumas atividades de aprendizagem que auxiliam no
desenvolvimento do raciocínio estatístico, tais como:
Raciocínio sobre dados:
. reconhecer e categorizar dados quantitativos equalitativos, discretos e contínuos;
. saber que tipo de dados leva a um tipo particular detabelas, gráficos e medidas estatísticas.
Garfield (2002), por exemplo, descreve algumas atividades de aprendizagem que auxiliam no desenvolvimento do raciocínio estatístico, tais como:
Raciocínio sobre representação de dados:
. compreender qual o tipo de gráfico é mais adequado pararepresentar uma amostra;. saber modificar gráficos para representar melhor umconjunto de dados;. estar apto a enxergar além dos artifícios aleatórios deuma distribuição para reconhecer características geraiscomo forma, centro e variabilidade.
Garfield (2002), por exemplo, descreve algumas atividades de aprendizagem que auxiliam no desenvolvimento do raciocínio estatístico, tais como:
Raciocínio sobre medidas estatísticas:
. compreender por que medidas de centro, variabilidade e posiçãodizem coisas diferentes sobre um conjunto de dados;. saber qual a melhor medida para se usar em diferentescondições, e por que elas são ou não representativas de umconjunto de dados;. saber por que o uso de medidas-resumo para predições é maisexato para grandes amostras do que para pequenas amostras;. saber por que um bom resumo de dados inclui uma medida decentro e uma de variabilidade e por que essas medidas são úteispara comparar conjuntos de dados.
Garfield (2002), por exemplo, descreve algumas atividades de aprendizagem que auxiliam no desenvolvimento do raciocínio estatístico, tais como:
Raciocínio sobre incerteza:
. usar corretamente conceitos de aleatoriedade, possibilidade eprobabilidade para fazer julgamentos sobre eventos incertos;
. saber quando e por que usar diferentes métodos paradeterminar a probabilidade de diferentes eventos (tais como:diagrama de árvore de probabilidade, simulação usando moedasou um programa de computador).
Garfield (2002), por exemplo, descreve algumas atividades de aprendizagem que auxiliam no desenvolvimento do raciocínio estatístico, tais como:
Raciocínio sobre amostras:
. saber como as amostras estão relacionadas com apopulação e o que pode ser inferido de uma amostra;
. saber por que uma amostra bem selecionada serámais exata para representar uma população e por queexistem diferentes métodos de escolha que tornam asamostras não representativas da população.
Garfield (2002), por exemplo, descreve algumas atividades de aprendizagem que auxiliam no desenvolvimento do raciocínio estatístico, tais como:
Raciocínio sobre associações:
. saber como julgar e interpretar relações entre duas variáveis;
. saber como examinar e interpretar uma tabela de dupla entradaou um gráfico de dispersão ao representar uma relação bivariada,sabendo por que uma correlação forte entre duas variáveis nãosignifica que uma causa a outra. (VENDRAMINI, In: BRITO, 2006, p. 246-47)
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS – PCN’s
“A Estatística possibilita o desenvolvimento de formas específicas de pensamento e raciocínio, envolvendo
fenômenos aleatórios, interpretando amostras, fazendo inferências e comunicando resultados por meio da
linguagem própria quantitativa”.
PROVA BRASIL – DESCRITORES – TEMAS
9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Atividades de
desenvolvimento
cognitivo complexo
Descritor 36 – Resolver problema envolvendo informações apresentadas em tabelas ou em gráficos
9º ANO
Descritor 36 – Resolver problema envolvendo informações apresentadas em tabelas ou em gráficos
9º ANO
Descritor 37 – Associar informações apresentadas em listas e/ou tabelas simples aos gráficos que as representam e vice-versa
9º ANO
D34 – Resolver problema envolvendo informações apresentadas em tabelas e/ou gráficos.
3ª série
O gráfico abaixo mostra a distância, em metros, que um pequeno
roedor está de sua toca, no período de 17h até às 23h.
Os dados indicam que o animal
(A) está mais longe da toca às 23 horas.
(B) está 8 metros longe da toca às 20 horas.
(C) está sempre afastando-se da toca entre 18 e 20 horas.
(D) estava na toca uma única vez entre 17 e 23 horas.
(E) estava sempre a menos de 12 m da toca nesse, nesse período.
D35 – Associar informações apresentadas em listas e/ou tabelas simples aos gráficos que as representam e vice-versa.
3ª série
A tabela abaixo mostra a distribuição dos gastos médios, per capita,
com saúde, segundo os grupos de idade.
Qual dos gráficos representa a distribuição dada pela tabela acima?
ENEM 2009 - QUESTÃO 142
Quanto ao número de cigarros consumidos e a incidência decâncer pulmonar, qual a “visão” que esse tipo de gráfico podegerar no leitor?
Será que esse é o melhor estilo de gráfico para exporfidedignamente os resultados da pesquisa?
Este gráfico é muito estranho. Não parece razoável que se tenha a
mesma incidência de câncer de pulmão entre os que fumam 1 ou
14 cigarros por dia. E faria pouco sentido o risco mais que dobrar
quando se passa de 14 para 15 cigarros...
A provável fonte da adaptação é o texto “Cigarette Smoking and
Lung Cancer”, do site “Epidemiology Program Office” do centro
citado, http://www.cdc.gov/eis/casestudies/casestudylist.htm. A
tabela 3 desse texto informa que, em uma certa amostra estudada,
o número de mortes por câncer de pulmão foi 136. Desses, 3 eram
não fumantes, 22 fumavam de 1 a 14 cigarros por dia, 54
fumavam de 15 a 24 cigarros por dia e 57 fumavam mais de 25
cigarros por dia. Esses são os números que foram parar no eixo
vertical do gráfico da prova. O modo como esses dados forma
usados para gerar esse gráfico demonstra que quem elaborou a
questão não tem a habilidade de “ utilizar informações
expressas em gráficos ou tabelas para fazer inferências” nem
de “ analisar informações expressas em gráficos ou tabelas
como recurso para a construção de argumentos”.
Fonte: RPM – Revista do Professor de Matemática nº 71, p.19, ano 28 – 2010 (SBM)
Esse tipo de gráfico (setores) tem um apelo visual muito
grande. Deve ser utilizado quando se quer passar
informação geral
Não deve ser utilizado quando a variável possui muitas
categorias, quando se deseja transmitir padrões de
comportamento, tendências ou precisão; neste caso é
preferivel o gráfico de barras/coluna ou de linhas.
PESQUISANDO A FONTE
Acessado em 06/12/2010 http://www.dieese.org.br/ped/metropolitana/ped_metropolitana0310.pdf
PESQUISANDO A FONTE INTERMEDIÁRIA
Acessado em 06/12/2010 http://epoca.globo.com/infograficos/621_rio_morro.html
Obs.: A reportagem não faz menção ao gráfico indicado, sendoutilizado mais com o enfoque de validar a situação de inchaço em quese encontram as favelas! Na fonte original (gráfica) não há indicaçõespara os anos 2004 e 2010!
PESQUISANDO A FONTE ORIGINAL
http://www.favelatemmemoria.com.br acessado em 15/12/2010
Fonte do site: Censo de 1991 e 2000 (IBGE)
PESQUISANDO A FONTE ORIGINAL
Fonte: http://veja.abril.com.br/080409/p_092.shtml acessado em 15/12/2010
....Tal volume exigiu das empresas uma verdadeiraoperação de guerra. Lacta, Nestlé e Garoto, quejuntas respondem por 70% dos chocolates no país,começaram a planejar a Páscoa de 2009 umasemana depois da de 2008. A fabricaçãopropriamente dita teve início seis meses atrás.Para executar a "Operação Páscoa", como já éconhecida a empreitada, foi preciso contratar, emregime temporário, algo como 25 000funcionários.....
Matriz de Referência de Matemática e suas Tecnologias,
destinadas ao Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)
Competência:
Interpretar informações de natureza científica e social
obtidas da leitura de gráficos e tabelas, realizando
previsão de tendência, extrapolação, interpolação e
interpretação.
Habilidades:H24 - Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas
para fazer inferências.
H25 - Resolver problema com dados apresentados em
tabelas ou gráficos.
H26 - Analisar informações expressas em gráficos ou tabelas
como recurso para a construção de argumentos.
Matriz de Referência de Matemática e suas Tecnologias,
destinadas ao Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)
Competência:
Compreender o caráter aleatório e não-
determinístico dos fenômenos naturais e sociais e
utilizar instrumentos adequados para medidas,
determinação de amostras e cálculos de
probabilidade para interpretar informações de
variáveis apresentadas em uma distribuição
estatística.
Habilidades:
H27 - Calcular medidas de tendência central ou de dispersão
de um conjunto de dados expressos em uma tabela de
freqüências de dados agrupados (não em classes) ou em
gráficos.
H28 - Resolver situação-problema que envolva conhecimentos
de estatística e probabilidade.
H29 - Utilizar conhecimentos de estatística e probabilidade
como recurso para a construção de argumentação.
H30 - Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando
conhecimentos de estatística e probabilidade.
OS GRÁFICOS PODEM SER LIDOS COMO
UM TIPO DE TEXTO.
Os gráficos são mediadores no
processo de compreensão da análise de dados.
EXISTEM TRÊS TIPOS DE LEITURA DE GRÁFICOS:
. A LEITURA DOS DADOS (ler nas linhas)
. A LEITURA ENTRE OS DADOS
(ler nas entrelinhas)
. A LEITURA ALÉM DOS DADOS
(ler nas entrelinhas)
Níveis e Dificuldades na Compreensão de Gráficos
A habilidade na leitura crítica de dados é uma
componente da Alfabetização
Quantitativa e uma necessidade na nossa
sociedade tecnológica.
“Ler os dados”:
. este nível de compreensão requer uma leitura literal do gráfico;
. não se realiza interpretação da informação contida no mesmo;
Níveis distintos de compreensão dos gráficos:
“Ler entre os dados”:
. inclui a interpretação e aintegração dos dados nográficos e o uso de outrosconceitos e competênciasmatemáticas;
Níveis distintos de compreensão dos gráficos:
“Ler além dos dados”:
. requer que o leitor realize inferências a partir dos dados sobre informações que não se expressam diretamente no gráfico.
Níveis distintos de compreensão dos gráficos:
EXEMPLO (PISA - 2003)
A Indonésia está localizada entre a Malásia e a Austrália. Na tabela
abaixo figuram alguns dados sobre a população da Indonésia e a sua
distribuição pelas ilhas:
Um dos principais desafios que se colocam à Indonésia é a distribuição
desigual da população pelas ilhas. Pela tabela podemos ver que quase
62% da população vive em Java, que tem menos de 7% da área total.
O correto é
(em milhares)
Outra opção
é utilizar a
vírgula:
27,981
Os gráficos que serão mostrados a seguir fazem
parte da reportagem “Haiti está à míngua 6 meses
após tragédia“, sobre a tragédia ocorrida no início
de 2010, e publicada na Folha de São Paulo do dia
12 de Julho de 2010.
Vamos observar atentamente cada um dos gráficos:
A BOA E VELHA TABELA
“Será que gráfico serve pra tudo?
Porque os dados dos desastres são tão
discrepantes, nenhum gráfico fica bom
neste caso. O jeito é adotar nossa velha e
boa tabela. A informação fica clara e
organizada. Veja só:”
Fonte: www.atireiopaunografico.com.br