Edição Zero
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seja umparceiro dessa ideiacicL
a m b i e n t a l
realização Revista
www.revistacicloambiental.com.br
09 CULTURA VERDETUDo EsTá ConECTADo
10 soCIALMEnTE JUsToÉ Tão DIfíCIL CopIAR?
11 ECoLoGICAMEnTE CoRRETo
MApA VERDE CoMo fERRAMEnTA DE InTERVEnção soCIAL
Maria Oliveira
12 EConoMICAMEnTE VIáVEL (MATÉRIA EspECIAL)
o MEIo AMbIEnTE ChEGoU Ao MERCADo Amyra El Khalili
18 fICA A DICA
sUsTEnTAbILIDADE nAs oRGAnIzAçõEs. Gabriela Prado
19 EM sUA CIDADEpRoJETos MUnICIpAIs DE bARUERI, JAnDIRA,
ITApEVI E sAnTAnA DE pARnAíbA Itapevi
20 VIVER bEMbEM EsTAR no VERão
Lilian Zaboto
21 pAIsAGIsMo EM foCoA hIsTóRIA Do pAIsAGIsMo
Gabriel Baeta
22 ATITUDE ConCEITopERfIL Do bIóLoGo bIDú, sECRETáRIo
DE MEIo AMbIEnTE DE bARUERI. Bidú
editorial
Hoje na mídia nacional e internacional, as notícias ambientais entram em pauta quando
desastres naturais fazem milhares de desabrigados, e quebram a economia dos municípios
atingidos, ou quando morrem animais por asfixia ao comerem sacolas descartáveis, entre
outros impactos ambientais negativos, que realmente chocam e atraem nossa atenção. O fato é que
tudo isso entra no foco jornalístico somente no ápice do ocorrido, até o ponto em que há audiência.
E foi na busca por notícias e iniciativas que nos levem a acreditar em um novo conceito de
comunicação, que hoje trazemos um jornalismo de imersão, onde retrataremos temas variados de
responsabilidades socioambientais. A idéia é contribuir com a sociedade inserindo essas informações
na agenda da comunidade e do cidadão, só assim, com essa proximidade, ficará mais fácil alcançar
o desenvolvimento sustentável.
Depois de 3 anos de planejamento, apresentamos a Ciclo Ambiental, uma mídia 100%
sustentável. Somos a mídia pioneira em adquirir o selo Carbon Free, onde os gases GEE emitidos
durante nossas atividades, serão totalmente neutralizados através do plantio de árvores em larga
escala, anulando assim nossa contribuição negativa na atmosfera. Contratamos profissionais de
municípios próximos, para estimular a geração de renda. Os articulistas vivem e conhecem a nossa
região, contribuindo na qualidade do conteúdo transmitido.
Senhoras e senhores, nós estamos em emergência planetária, o mundo precisa de ação imediata.
Nossa semente está plantada, e colheremos os frutos dessa árvore, quando formos referência em bancos
acadêmicos, capaz de elevar o debate de idéias sobre a relação do homem com seu habitat.
Se a comunidade não estiver bem informada sobre os projetos sustentáveis e seus avanços,
como poderão apoiar e contribuir?
Foi pensando na resposta para essa questão que idealizei a Ciclo Ambiental, para informar,
causar reflexão e impulsionar a prática sustentável.
Começa agora o ciclo da informação, é a hora da sustentabilidade!
Henrique vilela
Publisher: [email protected]
Um FlasH
NESTE MÊS
Rosana Aragon
Fernando Papa
ÍNdiCe
4 5 4 5
Mais de 1,4 bilhão de pessoas de todo o mundo não possuem acesso à eletricidade e cerca de um bilhão tem
acesso intermitente, ou seja, não contínuo, o que acarreta em problemas de saúde, déficit educacional, destruição
ambiental e, até mesmo, atraso econômico.
A ONU proclamou 2012 como o Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos. O anúncio faz parte de uma
iniciativa maior – também batizada de Energia Sustentável para Todos (Sustainable Energy for
All, em inglês), comandada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que até o ano de 2030
pretende alcançar três grandes objetivos. São eles:
4 assegurar que todos tenham acesso a serviços modernos de energia;
4 reduzir em 40% a intensidade energética global e;
4 aumentar em 30% o uso de energias renováveis em todo o mundo.
Para isso, a iniciativa espera receber apoio dos governos, empresas do setor privado,
ONGs e da própria sociedade civil, que pode acessar o site do Sustainable Energy for All e
participar, ou mesmo, propor ações que garantam a universalização da energia sustentável.
www.sustainableenergyforall.org
2012: aNo iNterNaCioNal da EnErgia sustEntávEl para todos
Se prepare. CalibrE sEus pnEus!
EM bREVE, o pRIMEIRo pAssEIo CICLísTICo
sUsTEnTáVELrealização Revista
cicLa m b i e n t a lwww.revistacicloambiental.com.br
6 6
tUdo estÁ COnECtaDO
Cultura verde
Fui convidada para colaborar com esta revista, escrevendo uma coluna sobre
indicações de leitura, programas culturais, campanhas com enfoque sustentável.
Fiquei pensando em como começar. Em primeiro lugar, acho importante que vocês
conheçam as minhas convicções.
Há cerca de quatro anos, quando através da Viva S/A - publicação mensal da
Projeto Editora, da qual sou diretora de redação; organizei um evento em Alphaville.
Durante o planejamento, pesquisei respeito e percebi que a sustentabilidade nunca
esteve ligada somente ao meio ambiente e em manter florestas em pé.
Embora isso seja o mote de tudo, percebi que tudo que está realmente conectado.
Por que manter as florestas em pé? Para que o ar possa ser mais puro e que elas possam
transformar o gás carbônico em oxigênio novamente.
Você sabia que as chuvas que caem nos Estados Unidos podem ter sido formadas
pela evaporação de água da Floresta Amazônica e que essas nuvens carregadas são
chamadas de rios voadores? Que a castanha do Pará que hoje é extraída por populações
ribeirinhas do Rio Amazonas, é comprada por exemplo pelo WallMart?
Fico pensando em que histórias nossos filhos irão contar para seus filhos, já
hoje não guardamos memórias da nossa vida. Onde está o folclore de hoje em dia? As
brincadeiras de rua? Não acho que temos que deixar a evolução de lado, mas acredito
que sempre devemos nos lembrar das nossas raízes. De onde viemos e onde queremos
chegar.
Na minha concepção, sustentabilidade começa em casa, com nossos familiares.
Se não conseguirmos tratar nossos pais, filhos com educação e respeito, como podemos
ensiná-lo a apagar a luz ao sair do quarto, ou tomar banho em apenas 10 minutos?
A sustentabilidade começa dentro de nós e se expande em todas as áreas que
atuamos no nosso modo de olhar e perceber o mundo. Nessa coluna, pretendo pensar
com vocês como fazer com que a sustentabilidade desperte dentro de nós, faça um
sentido e nos traga significado.
Só assim iremos mudar o mundo, através de uma mudança interna e individual
que se propagará para o inconsciente coletivo.
Nunca se esqueça de pensar coletivamente, pois tudo está conectado!
Rosana Aragon é a editora-chefe da revista Viva S/A. Idealizadora da Rua de Lazer e Cultura, o maior
evento do gênero na região, que esse ano completa sete edições, ela é também membro da Câmara
do Comércio de Barueri e apresentadora do programa Agenda Viva, transmitido durante as noites de
quinta e sexta-feira na TV Alphaville.
CartooN
Zeca Vilela
8 8
É tÃO DiFÍCil COpiar? O sistema de Mapas Verdes foi fundado em 1995 nos
Estados Unidos e desde então sua metodologia foi
aplicada em mais de 600 cidades, vilas e aldeias, em
55 países. Trata-se de uma uma ferramenta de mapeamento
social que promove a participação da comunidade no
desenvolvimento sustentável, por meio da cartografia “em e
para” todo o mundo. Conheço o lugar onde moro? Qual meu
espaço preferido? Onde estão localizadas as áreas de lazer e
espaços culturais? Que lugar gostaria de transformar? Como
estão nossas nascentes? E nossas áreas verdes? O nosso
lixo está sendo destinado de forma adequada? Estas são só
algumas das perguntas que os envolvidos respondem ao longo
do processo de mapeamento dos aspectos sociais, ambientais
e culturais da localidade. As respostas destas perguntas são
inseridas no mapa através de ícones que as representam e
vão construindo uma espécie de retrato da realidade. O Mapa
Verde irá revelar então como uma comunidade vê seu espaço
e suas relações para envolvê-la em ações e projetos voltados
a melhoria de seu ambiente e qualidade de vida.
Santana de Parnaíba ingressou na rede mundial de
Mapas Verdes em 2010 a partir de uma experiência piloto
realizada pelo Instituto Brookfield com o apoio de parceiros
no bairro Cidade São Pedro. O Mapa Verde do bairro foi
construído com a participação das escolas municipais e
comunidade e hoje é um documento que contribui com o
planejamento de ações para o bairro rumo a sustentabilidade
já que identifica os pontos fortes e os desafios socioambientais
a serem enfrentados. Um dos exemplos de transformação
fomentados a partir do Mapa Verde no bairro foi a disposição
inadequada do lixo, um dos pontos identificados pelos grupos.
A partir do envolvimento da União dos Moradores do Bairro
Cidade São Pedro e da Avemare, cooperativa responsável
pela coleta seletiva no município, foi construído um projeto
para implantação da coleta seletiva no bairro. Os parceiros
definiram que a melhor estratégia seria a implantação de
Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) e estes foram construídos,
pintados e implantados em sistema de mutirão. A comunidade
também recebeu um curso de capacitação de Agentes
Ambientais para realizar o trabalho de sensibilização porta-
porta e mobilizar a população do bairro para participação da
coleta seletiva. O bairro tem destinado mais de 3 toneladas
de materiais recicláveis por mês para a cooperativa e é visível
uma maior limpeza das ruas e terrenos onde os PEVs foram
implantados. Novas lideranças do bairro têm solicitado a
instalação de PEV’s em novos pontos e estima-se que a coleta
de recicláveis atinja 5 toneladas por mês com esta ampliação.
A leitura contínua do Mapa Verde do bairro irá indicar
muitos outros pontos a serem trabalhados pela comunidade
e pelo poder público, tais como a proteção de algumas
áreas verdes e das nascentes, a ampliação das áreas de
lazer, dentre outros. Esta experiência revela o quanto as
metodologias de diagnóstico e planejamento participativo,
com os conhecimentos e recursos disponíveis na própria
localidade, podem mobilizar a população para cuidar do
ambiente onde vivem e consequentemente melhorar sua
qualidade de vida.
Maria Oliveira é fundadora da Práxis Consultoria Socioambiental,
empresa que assessora o Instituto Brookfield na implantação do
projeto do Mapa Verde. A Práxis é uma empresa dedicada ao
desenvolvimento de processos e projetos sustentáveis a partir de
metodologias participativas.
mapa verde Como FerrameNta DE intErvEnÇÃO sOCial
sOCialMEntE jUsto
ECOlOgiCaMEntE Correto
a Federação das Indústrias do Estado do Rio de
Janeiro divulgou o Índice Firjan de Desenvolvimento
Municipal (IFDM) baseado em três pilares: Emprego
& Renda, Educação e Saúde. Barueri foi a campeã em
desenvolvimento no Brasil. Para conhecer um pouco mais
sobre a cidade, busquei informações aprofundadas no
anuário Finanças dos Municípios Paulistas, que é referência
para a compreensão do efeito “gestão empresarial no
executivo”.
Barueri se destaca por praticamente dobrar a
receita total no período de 2004 a 2009 e por concentrar
uma elevada taxa de investimento na composição da
despesa. Em 2009, no último levantamento, o índice de
investimento foi de 29,1%. Cidades vizinhas como Itapevi
investem apenas 10,7%, Carapicuíba 5,7% e Jandira é a
campeã com 4,2%, a pior média dos municípios entre 100
e 300 mil habitantes. Já o gasto com pessoal foi de 49,4%,
53,5% e 43,5%, respectivamente, enquanto em Barueri
esse mesmo índice chega a 34,1%.
Um bom gestor público busca por meio de políticas
antecipatórias, preventivas e de incentivo fiscal, trazer o
cidadão como cliente na esfera macro, qualificando-o para
que seu atrativo industrial não seja somente “mão-de-obra”
para a construção civil. Temos na Região Oeste um paradoxo
entre as cidades mais desenvolvidas (parâmetro para outros
municípios do Brasil seguirem) e as menos desenvolvidas
que “floreiam” no marketing para mostrar o que não são. Na
corrida para ser - ou pelo menos (a) parecer - eficientes,
obras amplamente divulgadas apresentam vulnerabilidades.
Neste caso, o munícipe é o principal prejudicado além de
pagar a conta.
Sinto isso aqui em Itapevi onde administro, junto
com o grupo, a ONG Projeto Semente. Com quatro anos
e meio de atuação, continuamos sendo a única entidade
ambientalista a tratar das questões socioambientais e
sequer conseguimos ser atendidos pela prefeita. Por essa
falta de diálogo que crescemos e nos destacamos fora da
cidade e hoje somos reconhecidos pela ousadia e pelas
ações de impacto que realizamos.
Durante o II Fórum Econômico de Barueri, evento
promovido pelo LIDE (Grupo de Líderes Empresariais),
o prefeito Furlan destacou que quando tentou incorporar
com alguns municípios um Eixo Regional Oeste foi mal
compreendido e neste caso os interesses individuais dos
municípios sobressaíram sobre o coletivo.
Agora, temos o exemplo de sucesso, talvez esteja
na hora de compor esse eixo para que a região cresça por
um todo.
Fernando Papa é diretor da ONG Projeto Semente - considerada
pelo 3º ano consecutivo uma das ONG mais atuantes do Brasil
segundo o Anuário Análise Gestão Ambiental.
www.projetosemente.org.br
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ECOnOMiCaMEntE
viÁvel
r esumo: Quando lidamos com meio ambiente não
podemos tratar deste direito fundamental como se
fosse um produto negociado com base em contratos
e regras determinados a portas fechadas. Pelo contrário, tais
negociações devem acontecer com o coletivo da sociedade.
Se a sociedade não aderir, não há projeto socioambiental que
possa ser concretizado. Analisar o desenho mercadológico e
criticar acordos internacionais em sua estrutura operacional,
o da execução financeira, não significa condenar as lutas
dos movimentos ambientalistas e dos direitos humanos ao
fracasso, mas apontar suas possíveis falhas. Poucos são os
que podem criticar esse mecanismo porque, em geral, quem
conhece engenharia de projetos não conhece o mercado
financeiro, e quem conhece o mercado financeiro, sequer
sabe ainda o que é gestão ambiental. Para construir uma
economia socioambiental, respeitando-se as diferenças
culturais, multirraciais e religiosas, é preciso uma nova
consciência para o mercado que tenha como base o tripé
educação, informação e comunicação.
Lidando diretamente com as grandes especulações
internacionais e conhecendo a fundo esse jogo em que
tanto se ganha quanto se perde em milhões num mesmo
dia, passamos a estudar a relação direta entre as guerras e
o mercado financeiro: observe a cada vez que as cotações
do ouro, petróleo e moedas oscilam bruscamente, estoura
uma guerra em algum lugar. Quando alguns poucos estão
ganhando muito dinheiro de um lado, proporcionalmente estão
morrendo milhares do outro. São questões que envolvem o
ambiente político-econômico e o desenvolvimento sustentável.
Portanto, sustentabilidade representa novos desafios, dentre
eles o de fazer valer a ética nas macrorelações econômicas,
fator determinante entre guerra e paz.
“Ao longo prazo estaremos todos mortos!” — esta
frase de Keynes tornou-se um mantra entre os operadores de
commodities e derivativos nos mercados de capitais.
Durante anos treinamos os garotos para que seus
negócios fossem rápidos, com resultados de curtíssimo prazo
já que, a longo prazo estaríamos todos mortos. Agora projete
esta frase no imaginário destes brokers para operações
que envolvem 30, 40 até mesmo 200 anos, pois mitigar não
acontece da noite para o dia.
Meio ambiente tem outra lógica. Afinal, precisamos
preservar para presentes, e principalmente para as futuras
gerações. No entanto, esta lógica não bate com a matemática
de um sistema que convencionou comprar de manhã e vender
à tarde. Tudo é muito rápido. E o mundo das finanças gira
zilhões que sequer têm tempo de compensar seus cheques.
Acontece que “sustentabilidade” há infinitas variáveis
que vão, desde as mudanças climáticas, até os interesses
políticos e financeiros para troca de energias, matrizes
fabris e critérios de certificação e classificação de produtos
agropecuários e industriais. Transformações de posturas
e comportamentos por parte da sociedade que envolve
um profundo debate sobre consumo proativo, consciência
ecológica e social, que aliados a discussão em políticas
públicas exigem reformas tributárias e fiscais consideráveis,
bem como uma rigorosa regulamentação do sistema
financeiro que se adapte a todas estas condições.
Na América Latino-caribenha encontramos a maior
biodiversidade do planeta. Temos, ainda, água abundante e
terras férteis, que os outros continentes já não têm. Contudo,
as mesmas preocupações que os árabes têm com as guerras
no Oriente Médio, poderão ser as nossas daqui a alguns
anos, justamente por conta da escassez da água.
O MEiO aMbiEntE CHEgOu aO MErCaDO
Em Cochabamba, já houve convulsão social por
causa da água. Já no Uruguai foi necessária uma reforma
legislativa para que ela voltasse às mãos do governo e da
sociedade, pois estava sendo privatizada e, no Espírito
Santo, aqui no Brasil, foi registrado um caso de morte por
disputá-la. Ora, a água é um recurso natural de uso público
chamado bem difuso; pertence, pois, a todos e à Nação. A
iniciativa privada não pode simplesmente cercar uma bacia
hidrográfica e dizer-se dona dela. Antes de tudo, deve-se
prover água suficiente para a população, para os animais e
agricultura. Somente seu excedente poderia, em hipótese, ser
comercializado.
Outro problema a ser tratado é o de nossa cultura de
servidão ao sistema financeiro internacional, essa aceitação
passiva de uma subserviência que nos torna sempre vítimas
da usura do capital estrangeiro, que só faz fomentar a
corrupção endêmica que infelizmente nos assola.
Não se resume, portanto, no interesse financeiro de
alguns investidores estrangeiros em aplicar seus recursos
num instrumento econômico que venha a lhes compensar,
por exemplo, a emissão de dióxido de carbono na atmosfera
com a compra e venda de créditos (emission trading). Passa
por uma ampla adaptação do conhecimento e informação
disponibilizada para que todos possam acompanhar estas
alterações econômico-financeiras. Deve-se compreender
que aquilo que se deseja eliminar — os gases do efeito
estufa — não pode gerar um mercado exponencial que seja
competitivo para estimular a produção de mais poluição.
Analisar o desenho mercadológico e criticar acordos
internacionais, como o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
em sua estrutura operacional, o da execução financeira, não
significa condenar o Protocolo de Quioto ao fracasso, mas
apontar suas possíveis falhas. Poucos são os que podem
criticar esse mecanismo porque, em geral, quem conhece
engenharia de projetos não conhece o mercado financeiro,
e quem conhece o mercado financeiro, sequer sabe ainda o
que é gestão ambiental.
Quando lidamos com meio ambiente não podemos
tratar deste direito fundamental como se fosse um produto
empresarial, uma mercadoria, negociado com base em
contratos e regras determinados a portas fechadas em
reuniões entre pares. Pelo contrário, tais negociações devem
acontecer com o coletivo da sociedade. Se a sociedade
não aderir, não há projeto socioambiental que possa ser
concretizado.
Quando exportamos soja, vendemos também solo,
Amyra El Khalili
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ECOnOMiCaMEntE
viÁvel
água, energia, biodiversidade, sangue e suor dos que
produzem e sofrem com o sol inclemente na imensidão das
lavouras. O estudo da ONG WWF, mostra o Brasil como
líder do ranking dos países importadores de “água virtual”
agrícola: exporta 91 bilhões de metros cúbicos por ano,
mas importa 199 bilhões. O saldo é uma importação líquida
anual de 108 bilhões. Por outro lado o WWF afirma que o
Brasil gasta 5,7 bilhões de metros cúbicos anuais de água
na produção de mercadorias que serão consumidas na
Alemanha, principalmente café, soja e carne. Esse requisito
não é considerado como dado formal no processo produtivo
padronizado para a compra e venda de commodity,
exemplificando, cada tonelada de soja vendida implica o uso
de 2 mil toneladas de água.
A rica diversidade dos nossos vários ecossistemas é
o lastro de um novo modelo econômico para América Latina
e o Caribe. Para isso, faz-se necessário que atuemos junto
às bases, com pessoas que não têm acesso à internet, que
não recebem fácil informação, posto que moram em áreas
afastadas, ou em locais onde há exclusão social. Nosso
trabalho consiste, ainda, em conscientizar essas populações
para que não sejam tolas presas nas mãos dos especuladores,
que as levam a assinar contratos absurdos de modo a melhor
explorar suas riquezas e matéria-prima.
Crimes ou créditos ambientais?O mecanismo de compensação fundamentado no
princípio poluidor-pagador, rediscutido na 15ª Conferência
das Partes das Nações Unidas – Copenhagen 2009 (CoP-
15), conhecido pela sigla REDD, estabeleceria, a princípio, a
regulamentação de um mercado para os créditos relativos à
preservação e recuperação florestal, já que as matas absorvem
gases do efeito estufa quando estão em pé, e liberam carbono
quando são derrubadas. A CoP-15 não conseguiu chegar a
um acordo sobre as metas de emissões, resultando apenas
em polêmica “Carta de intenções”que delineou a formação
de um fundo de US$100 bilhões proposto pelos EUA, a
ser baseado em recursos públicos e privados, ecoando a
posição dos países desenvolvidos de que estes mecanismos
de mercado devem ser considerados no financiamento das
metas que forem estabelecidas. Este é um dos pontos de
divergência com os países em desenvolvimento, que não
querem uma parcela significativa dos recursos vindo do
mercado que, por natureza, é volátil e instável, como a última
crise financeira demonstrou.
Segundo agente da Interpol, Peter Younger à Reuters,
durante uma 13ª Conferência das Partes das Nações
Unidas – Bali 2007 (CoP-13), possíveis fraudes incluiriam
a reivindicação de créditos por florestas inexistentes ou
desprotegidas.
Se você vai comercializar qualquer ‘commodity’
no mercado aberto, está criando uma situação de lucro e
prejuízo. Haverá um comércio fraudulento de créditos de
carbono. No futuro, se você está administrando uma fábrica e
precisa desesperadamente de créditos para compensar suas
emissões, haverá alguém que poderá fazer isso acontecer para
você. Absolutamente, o crime organizado estará envolvido...
Começa com suborno e intimidação de autoridades que
podem impedir seu negócio. Aí, se houver nativos envolvidos,
há ameaças e violência contra essas pessoas. Há documentos
forjados. (Peter Younger, especialista em crimes ambientais
da Interpol – Polícia Internacional).
Uma reportagem da Associated Press da Australia
(AAP) viajou pelo interior da Papua Nova Guiné e descobriu
que mais de 500 camponeses compraram certificados
falsificados com a promessa de grande retorno financeiro.
Outros foram convencidos a venderem seus direitos de
exploração de créditos de carbono florestais.
Os escândalos envolvendo REDD no país tiveram
início meses atrás, quando o sobrinho do primeiro-ministro
Michael Somare foi acusado de forçar pequenos proprietários
de terras a vender seus direitos sobre as matas.
Uma investigação do Financial Times em 2007
descobriu grandes falhas nestes mecanismos, denunciando
que as organizações estavam pagando por reduções de
emissões que não estavam ocorrendo. Enquanto isso, outros
estavam obtendo grandes lucros com o comércio de carbono
de forma suspeita. O Financial Times encontrou:
• Muitos casos de pessoas e organizações comprando
créditos sem valor que não produzem nenhuma redução de
emissões de carbono.
• Indústrias lucrando apesar de fazerem muito pouco
— ou ganhando créditos de carbono com base em ganhos de
eficiência com os quais já se beneficiaram substancialmente.
• Corretores fornecendo serviços de valor questionável
ou sem valor.
• Uma escassez de auditoria, o que dificulta para os
compradores avaliarem o verdadeiro valor dos créditos de
carbono.
• Empresas e indivíduos estão arcando com a despesa
da compra privada de permissões de carbono da União
Europeia, que despencaram de valor por não resultarem em
redução de emissões.
Agentes alfandegários prenderam recentemente, nove
pessoas na região de Londres, sob a suspeita de uma fraude
de vários milhões de dólares no comércio de autorizações
para emissão de carbono. A fraude carrossel, também
conhecida como o esquema do corretor desaparecido,
explora o comércio, isento de alguns impostos, entre países.
Estelionatários importam bens isentos, vendem-nos, com o
imposto embutido no preço, à outra companhia que, então,
os reexporta. Em vez de repassar o imposto recolhido ao
governo, os vendedores embolsam o valor e desaparecem.
As prisões confirmaram temores de que estelionatários
— operando nos pregões da Europa e nas florestas tropicais
— estão sendo atraídos para um mercado que já movimenta
mais de US$100 bilhões.
Quando a União Europeia (EU) lançou seu esquema
de comércio de emissões para combater as mudanças
climáticas, o bloco provavelmente não considerou a hipótese
de que poderia eventualmente fornecer um incentivo para
poluir. Um excesso de permissões (créditos de carbono) foi
feita e os baixos preços derrotaram o propósito original do
esquema. O resultado disso foi o crescimento das importações
de carvão para a Europa, com a Inglaterra chegando a
importar volumes recordes em 2007.
O preço era é muito mais barato para as usinas
queimar carvão e comprar as permissões para poluição, do
que comprar combustíveis mais limpos como o gás natural.
Estimava-se que uma usina poderia comprar carvão €10 por
megawatt/hora mais barato do que o gás. Mas o mecanismo
foi desenvolvido para incentivar as grandes indústrias e usinas
de energia a substituir suas fontes de energia altamente
poluidoras como o carvão por combustíveis mais limpos,
como o gás.
Para a geógrafa italiana Teresa Isenburg, professora
do Departamento de Estudos Internacionais da Universidade
de Milão, que há décadas se debruça sobre as relações
internacionais que envolvem o meio ambiente, o Protocolo de
Kyoto é inócuo para deter o aquecimento global. Teresa afirma
que o documento assinado em 1997 na cidade japonesa
acabou atendendo somente os interesses do mercado
financeiro, o que pode ser percebido na União Europeia, onde
os impactos do tratado deveriam ser mais sentidos.
Há que se compreender que sem um debate aberto
14 15 14 15
e participação da sociedade para que ocorram decisões
democraticamente “sustentáveis” não é possível implantar
mercados e novos modelos de gestão financeira.
Se de um lado a COP15 foi considerada um fracasso
abjeto, testemunhamos também um sucesso retumbante.
Segundo analisa o ativista Rubens Harry Born e equipe
organizadora da Campanha TicTacTicTac:
Saímos da CoP15 com ânimo redobrado. O
ceticismo, o desânimo e o derrotismo não destruirão nosso
movimento, que reuniu já mais de 15 milhões de assinaturas
e colocou 100.000 pessoas marchando em Copenhague dia
12 de dezembro, representando a esperança dos que, em
todo o planeta, compartilharam a bandeira da campanha
TicTacTicTac / TckTckTck. Colocar 120 líderes mundiais,
reunidos e encurralados pela opinião pública, trabalhando
noite adentro para tentar fazer em 2 dias o que deveriam ter
feito em 2 anos já foi uma enorme vitória. O mesmo podemos
dizer da inédita atenção que o tema teve das empresas, da
mídia, dos políticos e do público em geral. Mesmo ainda
sem uma boa base para políticas públicas, são conquistas
irreversíveis.
Quando chegamos nas comunidades e falamos
ao indivíduo comum, no sentido de melhor orientá-lo, aos
poucos vamos inibindo a ação predatória dos grandes
especuladores, oportunistas e estelionatários. A única forma
de mudar esse modelo econômico deteriorado e disseminado
pelo mundo é com mobilização. Mas para isso é preciso uma
nova consciência que tenha como base o tripé educação,
informação e comunicação. É preciso torná-la, ainda, didática
para que a sociedade possa pensar melhor seus fatos.
Para acabar com a autofagia financeira, com a
degradação ambiental e injustiças sociais é preciso levar
aos cidadãos comuns orientação transparente e isenta,
para que cada um saiba melhor se defender e decidir seus
caminhos verdadeiramente sustentáveis!
Amyra El Khalili, economista. Idealizadora e Fundadora do Projeto
BECE (sigla em inglês) Bolsa Brasileira de Commodities Ambientais,
da Aliança RECOs Redes de Cooperação Comunitária Sem
Fronteiras e do Movimento Mulheres pela P@Z!
ECOnOMiCaMEntE
viÁve l
grEEnCO2Economia de baixo carbono - Consciência e a atitude
ambiental corporativa são um forte diferencial com-
petitivo em todos os segmentos de mercado e o
consumidor já agradece e reconhece, preferindo as marcas
ambientalmente corretas.
Posicionar as empresas dentro do que chamamos de
Desenvolvimento Sustentável e que pode ser entendido como
uma série de atividades que satisfaçam as necessidades
atuais sem comprometer ou inviabilizar a capacidade produtiva
das futuras gerações já é uma das grandes preocupações
dos executivos, uma vez que a sustentabilidade ambiental é
hoje um dos fatores que definem a opção do consumidor por
marcas, produtos e serviços.
Nesta última década, um determinado segmento
da sociedade assumiu uma postura consciente e ativa
sobre causas ambientais e vem apresentando uma série
de resultados positivos, apontando para uma realidade
até então inesperada, onde é possível fazer e proteger ao
mesmo tempo. Estamos falando do segmento empresarial,
onde inicialmente algumas empresas européias perceberam
que seus clientes estavam optando por marcas que tinham
alguma atividade sócio ambiental aplicada e que por sua
vez, estas empresas começaram a se destacar no mercado.
A certificação CARBON FREE conquistada por uma
organização não significa que a empresa abriu mão de seus
lucros, mas que possui ferramentas de consciência ambiental
e também de um eficiente posicionamento mercadológico,
o que a promoverá perante seu mercado consumidor. Uma
empresa não é algo separado do meio ambiente. O modo
que ela faz negócio e se posiciona ambientalmente reflete
no que acredita e valoriza e por conseqüência, será vista no
mercado desta forma.
Em recente pesquisa, o IBOPE apresentou estudo
onde aponta que 89% da população acreditam que as
empresas tenham obrigação de prevenir problemas
que possam ser causados ao meio ambiente e que 59%
compram de marcas ambientalmente conscientes e
responsáveis, mesmo que seu custo seja um pouco superior
às marcas concorrentes sem este posicionamento. Desta
forma, as empresas passaram a buscar pela implantação
de Sistemas de Gestão Ambiental, inventariar e compensar
suas emissões de GEE e em muitos casos, implantando a
norma ISO da série14000; que possui atuação em fatores
ambientais.
“Independente de possuir certificação da série
ISO 14000 ou Sistema de Gestão Ambiental, as empresas
podem realizar a compensação das emissões dos GEE ou
mesmo atribuir sua marca, produto ou serviço a atividades
ambientais através do plantio voluntário de árvores, como
por exemplo; a cada produto ou serviço vendido, ter uma
árvore designada plantada na Amazônia, o que além
de proporcionar atividades ambientais para a empresa,
possibilita eficientes ações de relacionamento com o mercado
nacional ou internacional, já que uma árvore leva no mínimo
10 anos para crescer e pode ser certificada tanto em nome
da empresa como no de seu cliente e este vínculo ambiental
com o consumidor poderá durar todo este período.”, Explica
Fernando Fernandes, diretor de marketing e novos negócios
da empresa Green CO2 Projetos Ambientais
Já é fato que os consumidores tenham mais simpatia,
reconhecimento e confiança nas organizações que possuem
atividades ambientais distintas e assim, mais uma vez o
mercado define as ações e ditam as tendências e prioridades
pelas quais as empresas devem se orientar para manter seu
espaço atual e garantir sua presença futura. E você, já optou
por estas empresas? www.greenco2.net
MarCasCorretas
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sustEntabiliDaDE Nas OrganiZaÇÕEsa fortunadamente e para o bem do mundo coorporativo, pode-se notar um movimento cada vez maior por parte destes
empreendedores, para transformar suas empresas em exemplos de sustentabilidade. Cabe aqui salientar que este
movimento ainda é muito precoce.
Infelizmente, trazemos, já desde o início do trabalho assalariado, uma cultura coorporativa que nunca deu a real
importância aos seus “instrumentos”, ou seja, àqueles que de fato promovem seu objetivo principal: o lucro. E nisso,
incluímos os funcionários que trabalham nestas organizações, o meio ambiente no qual estão inseridas e o meio cultural e
social do qual fazem parte.
Portanto, para que a organização consiga atingir seu objetivo principal, mantendo, assim, impactos sempre positivos
para todos aqueles que participam direta ou indiretamente de suas atividades, ela terá a capacidade de se sustentar em
longo prazo, ou seja, será uma organização focada na sustentabilidade.
Desta forma, os executivos destas organizações precisam pensar na realização de trabalhos e programas internos,
inicialmente, que visem esse objetivo e ter em mente que a sustentabilidade abrange, basicamente, quatro aspectos: o meio
ambiente, o social, o cultural e o econômico.
A sustentabilidade ambiental se preocupa claro, com o meio ambiente, em pontos como a reciclagem do lixo, o
reaproveitamento dos resíduos e o apoio a iniciativas ecológicas dentro da comunidade.
A sustentabilidade social se refere à preocupação direta com os funcionários da organização: se
são respeitados como profissionais, dentro de suas atuações; se recebem salários justos; se existem
segurança e condições de trabalho adequadas e se a organização se preocupa com o apoio
a programas sociais dentro da comunidade.
A sustentabilidade cultural diz respeito à adequação da organização
dentro da comunidade na qual está inserida, ou seja, se ela se encaixa no
perfil desta comunidade, se apóia programas culturais, se a atividade que
a organização exerce está de acordo com a região na qual está e, o mais
difícil de ser ajustado, se os valores cultuais dos funcionários da organização
estão de acordo com os do empreendedor.
A sustentabilidade econômica refere-se diretamente ao objetivo principal, que é a
geração de lucro. Neste caso, deve existir a preocupação com os seguintes pontos: a
geração deste lucro de forma legal; a justiça nas negociações com os fornecedores; a
não utilização de falsa propaganda, que caracterizaria um ganho desleal sobre o suposto
desconhecimento por parte do cliente e a presença da ética na relação com os
concorrentes.
Cabe aos empreendedores e empresários refletir sobre estes diversos
pontos que realmente fazem a diferença, para que possam, não só
vivenciar o crescimento da organização, como também, sentir o
prazer dos impactos positivos dentro da comunidade.
Gabriela Prado, psicóloga, fundadora e responsável pelo
CEDOP - Centro de Desenvolvimento Organizacional e
Pessoal. Especialista em psicologia clínica, atua
como psicóloga e “coach” organizacional/executivo e
pessoal. [email protected]
www.cedop.net
FiCa a
diCa
sua CiDaDEBARUERI - Cooperativa Unindo ForçasAs cinzas caiam do céu e sujavam as roupas da lavadeira Jordânia, incomodada com o prejuízo que tinha, foi saber quem era o responsável pelo fogo. Surgiu assim, o primeiro encontro com os palletes. A lavadeira começou então seu trabalho de reutilização, onde palletes descartados começaram a se transformar em lindos produtos para comercialização. Hoje aos 44 anos, a baiana Jordânia que sempre teve o sonho de ser assistente social, é diretora da Cooperativa Unindo Forças, que atende clientes do porte de TokStok e Brazilianscients. Dentro do galpão, as produções não param, é muito amor e dedicação, mas a meta da diretora além de gerar renda, é garantir a qualidade de vida dos cooperados. www.unindoforcas.com.br
ITAPEVI - Urbanização do AreiãoAs obras de urbanização do bairro Areião na Cohab serão finalizadas ainda este ano. Representantes da Prefeitura e da Sabesb, visitaram o bairro em fevereiro deste ano, para vistoriar o andamento das obras. Já foram implantados mais de 300 registros hidráulicos, que aguardam a ligação da água devido a finalização de serviços em alguns pontos, como drenagem e preparo das ruas para pavimento, bem como o ligamento da rede de esgoto. As obras estão sendo realizadas com recursos do PAC 2 (Plano de Aceleração do Crescimento), de uma parceria entre a Prefeitura, o Governo Federal e o Banco Interamericano de Desenvolvimento, sendo destinados recursos no valor aproximado de R$ 16 milhões. www.itapevi.sp.gov.br
JANDIRA - Cursinho PopularCriado em 2003 numa iniciativa da Prefeitura Municipal de Jandira, no intuito de oferecer melhores condições aos jovens e adultos de ingressarem em uma Universidade pública de boa qualidade. Os Professores do CPJ são estudantes de 3º e 4º ano da USP, que trabalham devido a convênio firmado entre a Prefeitura e a Universidade de São Paulo- USP. A unidade conta com corpo docente de professores graduados pela USP. É oferecido gratuitamente o material pedagógico com apostilas do sistema POLI de ensino, biblioteca, plantões de dúvidas todos os dias das 13h00 às 19h00, aulas de concurso público aos sábados, passeios pedagógicos e também atividades sociais aos alunos. Tel. (11) 4707-7669 [email protected]
STNA DE PARNAÍBA. Faixa AdicionalA região vem aumentando muito o fluxo de veículos, principalmente no bairro de Alphaville. A Prefeitura de Santana de Parnaíba decidiu criar uma faixa adicional na Avenida Yojiro Takaoka, na altura da Praça da Paz - trecho onde o tráfego é intenso nos horários de pico. As obras foram executadas por meio da Coordenadoria Municipal de Transporte e Trânsito. A faixa adicional implantada está localizada na pista sentido Barueri. Ela tem, aproximadamente, 200 metros de extensão. A intervenção irá melhorar muito o fluxo de carros no local. Os motoristas já passaram a respeitar a nova s inalização. Com isso, percebemos uma melhora significativa do conge stionamento no local. Onde antes trafegavam somente dois veículos ao mesmo tempo, agora são três, permitindo um melhor trafego na via. www.santanadeparnaiba.sp.gov.br Fo
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projetos
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O verão chegou e as férias pedem descanso e viagem.
Para que não haja nenhuma surpresa, antes de
viajar, devemos nos proteger contra as doenças mais
comuns de cada estação.
Para aproveitar as férias de verão com saúde,
devemos nos preocupar em estar com a carteira de
vacinação em dia. Doenças como meningite, sarampo,
coqueluche, febre amarela, e hepatite A certamente são
lembranças que ninguém quer trazer para casa depois de
um período de descanso. Também precisamos pensar no
carnaval, época em que aumenta o número de casos de
doenças sexualmente transmissíveis.
Saiba que algumas delas já podem ser prevenidas
por vacinas, como as causadas pelo vírus do HPV e a
hepatite B. Além destas doenças, inconvenientes como
queimaduras do sol e desidratação também podem
estragar uma viagem. Não deixe de usar protetor solar,
chapéu e abusar da ingestão de água. Os horários de
exposição ao sol devem ser respeitados, evitando-se o
período das 10 às 16hs.
Proteger-se antes de viajar significa não deixar que
uma doença estrague as férias ou obrigue a pessoa a fazer
um tratamento ao voltar para a casa.
Saiba um pouco sobre estas doenças: CoqueluChe - esta doença tem uma incidência dis-
cretamente maior no verão e é causada por uma bactéria. Os
sintomas são tosse intensa e acessos, conhecida como “tosse
em guincho”. Nos adultos, os sintomas são mais brandos. Já
nas crianças, as consequências da doença podem ser graves
e os bebês têm mais chances de desenvolver complicações,
como pneumonia e insuficiência respiratória.
hepatite a - Quem pretende passar as férias na praia,
deve ficar atento à hepatite A, cuja transmissão ocorre pela
ingestão de água e alimentos contaminados pelas fezes de
alguém doente. As vezes a pessoa só vai ter contato com
o vírus da Hepatite A, a partir da adolescência, quando a
doença se apresenta de forma mais grave.
Febre amarela - A febre amarela é causada por um vírus
transmitido pela picada de um mosquito. De cada cem
pessoas infectadas, apenas 15 apresentam os sintomas
clássicos da doença, das quais metade chega a óbito.
Os sintomas são febre alta, mal-estar e dor de cabeça.
Posteriormente, o doente apresenta pele e olhos amarelados,
sangramento e diminuição da urina.
poliomielite - quem vai viajar para o Exterior precisa ter
atenção especial ao país que vai visitar. Após 17 anos longe
da poliomielite, a China confirmou em setembro 10 casos
da doença. Em 2010 houve 561 casos de poliomielite, dos
quais 489 em países não endêmicos.
“A vacina quádrupla contra difteria, tétano, coqueluche e
poliomielite para uso em adolescentes e adultos confere
proteção rápida. É especialmente indicada para todas as
gestantes e também para adolescentes e adultos que se
dirigem aos países da África, Ásia e, agora, também China,
onde a pólio não foi eliminada.
Sarampo - Considerado sob controle no Brasil, o sarampo
continua provocando surtos em vários países, inclusive
desenvolvidos. Em 2011, a Europa registrou 26 mil casos em
36 países. A doença pode ter conseqüências graves como
pneumonia, insuficiência respiratória e até morte.
Curta o verão com saúde e garanta o seu Bem Estar.
LiLian Zaboto é médica pediatra, CRM 90973, diretora da Clinica de
Vacinas Vacinville, membro da Sociedade Brasileira de Imunologia-
SBIM, mebro da Sociedade Brasileira de Pediatria – SBP, Oficial
Médica R2 da Força Aérea Brasileira e coordenadora do Departamento
de Obesidade Infantil da ABESO.
bEM Estar nO vErÃO
vivEr
bem
Jardim botânico do Rio de Janeiro
HistÓria DO paisagisMOE xistem registros nas antigas civilizações da Pérsia, Egito
e Roma de planos de jardins ornamentais, e grandes
projetos de irrigação destinados à agricultura. Mas é
a partir do séc.XVII, que o paisagismo passa a ter grande
importância na ornamentação de palácios e monumentos. Na
França, destacamos o trabalho do arquiteto Andre Le Notre.
Paisagista que projetou o magnífico jardim do Palácio de
Versalhes. O jardim possui escala monumental, com traçado
geométrico e forte simetria, formando alamedas ladeadas por
topiárias, espelhos d’água e esculturas.
No séc.XVIII, o paisagista William Chambers traz
da China novas influências, que marcariam o estilo inglês.
Esses jardins buscavam reproduzir o ambiente natural, com
desenhos orgânicos, formando pequenos bosques, clareiras
e lagos. Essa idéia de criar um ambiente bucólico junto à
atmosfera das grandes cidades, deu origem a projetos de
grandes jardins urbanos como o Central
Park de Nova Iorque.
Com o vertiginoso
crescimento da cidade
americana, o
paisagista Frederick Law Olmstead é contratado para projetar
um ambiente, capaz de proporcionar tranqüilidade em meio
ao agitado cotidiano nova-iorquino. Ele cria um jardim no
centro da ilha de Manhattan, com aproximadamente 3,5km².
O parque é composto de sinuosas vias, cercadas por grandes
árvores, canteiros floridos, lagos e pontes. Tornou-se famoso
mundialmente, recebendo cerca de 25 milhões de visitantes
todos os anos.
No Brasil, nosso maior expoente é o arquiteto e
paisagista Roberto Burle Marx. Aos 19 anos vai à Alemanha
estudar arte. É no jardim botânico da cidade de Dhalen que
ele se encanta com as espécies tropicais. De volta ao Brasil,
encontra no Rio de Janeiro o local perfeito para suas mais
belas criações. Em conjunto com os arquitetos Lúcio Costa e
Oscar Niemeyer projeta grandes jardins em áreas públicas,
como o Largo da Carioca, a orla do Leme, o calçadão de
Copacabana, os jardins suspensos do Outeiro da Glória e um
de seus projetos preferidos: o Aterro do Flamengo.
Gabriel Baeta, arquiteto, cresceu ouvindo histórias sobre plantas
e jardins com sua mãe. Dirigiu por mais de 5 anos uma empresa
de jardinagem em Alphaville. Atualmente desenvolve projetos de
Paisagismo e Arquitetura.
Foto
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aprEnDEnDO
paisagismo
20 21 20 21
seCretÁrio vErDEno pleito de 2000, Marco Antônio foi eleito para sua 1ª legislatura com
1645 votos, quando ocupou o cargo de Relator da Comissão de
Justiça e Redação. Iniciou o curso de Engenharia Elétrica na PUC e
Ciências Contábeis na Faculdade Campos Sales, porém não concluídos.
Fora dos cursos superiores, Bidú, como é conhecido formou-se em cursos
Técnicos como Ajustagem Mecânica e Ferramenteiro, ambos no SENAI se
qualificando para exercer essas profissões, além de sua ocupação como
comerciante na área automotiva. No ano de 2003, esse vereador retorna ao
meio acadêmico, e se forma em Biologia no Centro Universitário UNIFIEO.
Em 2003, foi eleito Presidente da Comissão Permanente de Meio
Ambiente e em 2004, presidente da Comissão de Segurança Publica,
cargos esses em que foi reeleito em sua 2ª legislatura para o biênio 2005-
2006, além de ser eleito para o cargo de Relator da Comissão de Finanças.
Nas eleições de 2004, Bidú obteve o reconhecimento dos baruerienses,
sendo eleito com 2.297 votos, para a sua 2ª legislatura. O Vereador do
meio ambiente criou vários projetos em suas legislaturas como a Semana
da Água, a Proibição do uso de Cerol no município de Barueri, o PEMA
– Programa de Educação e Monitoramento Ambiental, A Semana de
Orientação e Prevenção da Gravidez na Adolescência, o Selo Ambiental,
selo que visa premiar as Pessoas Físicas e as Pessoas Jurídicas que são
amigas do meio ambiente e da Qualidade de Vida no Município. Atualmente
estão em desenvolvimento, novos e ousados programas ambientais em
Barueri, onde se destaca a municipalização do Parque Ecológico do Tiête,
e a criação de uma universidade do meio ambiente, para que a população
tenha formação técnica, e contribua para a preservação e conservação de
Barueri. O secretário também tem como meta, a criação de uma usina de
reciclagem na Aldeia da Serra, bairro escolhido como piloto para projetos
sustentáveis. Bidú acredita que com as iniciativas sócio-educativas,
Barueri e toda região terão mais qualidade de vida para nós hoje e para
as próximas gerações.
Marco Antônio de Oliveira (Bidú)
45 anos, Vereador e Secretário de Meio Am-
biente do Município de Barueri.
atituDECoNCeito
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ãoJoão e seu alimento. Santana de Parnaíba.
Fotógrafo Henrique Vilela
Publique sua foto sobre meio ambiente.
Envie para [email protected]
Publisher: Henrique Vilela
Redação: Guilhermina Ludovico
Projeto Gráfico: Hurpia Comunicação
Diagramação e tratamento de imagem: Ana Hurpia
Administração: Júlia Chávez
Financeiro: Tamira Daniela
Cartoon: Zeca Vilela
Web: Rogério Alencar
Pesquisa: Gilberto Vilela
Logística: Miguel Pampa
Colaboradores: Amyra El Khalili, Fernando Papa, Gabriel Baeta, Gabriela
Prado, Lilian Zaboto, Maria Oliveira e Rosana Aragon.
Impressão: Cidade Gráfica
www.revistacicloambiental.com.br
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