edição 6 - Aniversário de Guaruhos

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08 DE DEZEMBRO DE 2011 • ANO 1 • Nº 006 O JORNAL DO MOMENTO Edição Especial de Aniversário Guarulhos comemora 451 anos: conheça sua História No mês que o município completa mais um aniversário, quem ganha o presente é você, leitor. Após muito suor, disposição, profissionalismo e carinho, conseguimos concluir esta edição que está pra lá de especial. Acreditamos que o material reproduzido por nossa equipe, que foi assistida de forma bastante atenciosa por funcionários do Arquivo Histórico Municipal, certamente será lido e compartilhado por toda família e amigos, visto que trazemos para você com muitos detalhes, a História oficial de nossa querida Guarulhos, desde a sua fundação até os dias atuais. Câmara e Prefeitura Municipal construídas na década de 1920

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Guarulhos em movimento

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08 DE DEZEMBRO DE 2011 • ANO 1 • Nº 006O JORNAL DO MOMENTO

Edição

Especial de

Aniversário

Guarulhos comemora 451 anos: conheça sua História

No mês que o município completa mais um aniversário, quem ganha o presente é você, leitor. Após muito suor, disposição, profi ssionalismo e carinho, conseguimos concluir esta edição que está pra lá de especial. Acreditamos que o material reproduzido por nossa equipe, que foi assistida de forma bastante atenciosa por funcionários do Arquivo Histórico Municipal, certamente será lido e compartilhado por toda família e amigos, visto que trazemos para você com muitos detalhes, a História ofi cial de nossa querida Guarulhos, desde a sua fundação até os dias atuais.

Câmara e Prefeitura Municipal construídas na década de 1920

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08 de Dezembro de 20112 FUNDAÇÃO

Uma publicação da L.S. de Matos PublicaçõesCNPJ: 97.554.197/0001-42

Endereço: Rua Barber Greene, 105 – Jardim Pinhal – Guarulhos – SPCEP: 07120-260

Telefone: (11) 2087-3964

Impressão:

Tiragem: 50.000 exemplaresPeriodicidade: Edição Especial de Aniversário da Cidade

Artigos assinados são de responsabilidade de seus autores

Presidente: Lucila Santos de MatosDiretora Comercial: Waldyra Nagem

Conselho Editorial: Francisco RequenaEditor e Jornalista Responsável: Sergio Lessa (Mtb 21.871)

Arte e Diagramação: Erica Mendonça - E! ComunicaçãoFotografi a: Paulo Augusto

Colaboradores: Arquivo Histórico MunicipalE-mail: [email protected]

www.guarulhosemmovimento.com.br

EditorialParabéns!No mês que o município completa mais um aniversário, quem ganha o presente é você, leitor. Após muito suor, disposição, profi ssionalismo e carinho, conseguimos concluir esta edição que está pra lá de especial. Acreditamos que o material reproduzido por nossa equipe, que foi assistida de forma bastante atenciosa por funcionários do Arquivo Histórico Municipal, certamente será lido e compartilhado por toda família e amigos, visto que trazemos para você com muitos detalhes, a História ofi cial de nossa querida Guarulhos, desde a sua fundação até os dias atuais.

Tivemos esta iniciativa de viés cultural e educacional, porque acreditamos nas pessoas que vivem aqui. Se cada vez um número maior de pessoas, nascidas ou não na cidade, souberem da origem do município, sua formação, quais seus monumentos e símbolos, e quais seus signifi cados, certamente Guarulhos será mais valorizada e todos nós viveremos num mundo bem melhor. Então, nada mais salutar para o povo, do que no dia em que sua cidade completa 451 anos, ele esteja adquirindo conhecimento. Sabemos que este é um tema interessante para todas as idades e que de uma forma ou de outra estamos aqui também cumprindo com o nosso papel fundamental que é o de informar.

Não podemos nos esquecer de dizer que tudo isso só está sendo possível graças ao trabalho de inúmeros pesquisadores históricos, que mergulharam no tempo a fi m de trazer o passado a tona, nos ensinando tudo que aprenderam por meio do livro “Guarulhos espaço de muitos povos”, publicado em 2007. Utilizamos esta publicação como base de nossa pesquisa. Por fi m, agradecemos também a todos os nossos clientes, colaboradores e parceiros que desde o início acreditaram no projeto, ajudando a concretizá-lo. Encerramos esta edição com a sensação do dever cumprido. Que venha a edição de Natal!

Sergio LessaEditor e Jornalista Responsável

Guarulhos constituiu-se como aldeia indígena por volta de 1560, mas

seu nome, sua data de fundação e até mesmo o nome do padre fundador são alvos de polêmica. Pesquisas iniciais apontavam os nomes dos padres João Álvares, Manoel de Paiva e Manoel Vie-gas como possíveis fundadores. Em 1983, a Câmara Municipal votou a Lei nº 2.789/83, ofi cia-lizando o nome do padre Mano-el de Paiva como o fundador de Guarulhos.

A criação da aldeia de Nos-sa Senhora da Conceição, atu-al cidade de Guarulhos, esteve vinculada, desde o início, à Vila de São Paulo de Piratininga. A iniciativa dos colonizadores portugueses ao fundarem várias aldeias indígenas em São Paulo visava controlar o espaço para impedir a passagem dos espa-nhóis que rumavam, por terra, em direção às minas de ouro e prata de Potosí, na Bolívia, e também para a proteção contra os ataques dos índios Tamoios.

Em 1675, nas terras de São Paulo, a aldeia de Nossa Senhora da Conceição foi elevada à con-dição de distrito; dez anos depois, em 8 de maio de 1685, passou à categoria de freguesia. Apenas

em 24 de março de 1880 foi ele-vada à condição de vila, emanci-pando-se de São Paulo, ocasião na qual teve seu nome abreviado para Conceição de Guarulhos. A atual denominação, por sua vez, foi assumida em 6 de novembro de 1906, quando ganhou o esta-tuto de cidade.

OrigemA origem do topônimo Gua-

rulhos está intimamente rela-cionada aos primitivos habi-tantes do território. Os índios Maromomi foram os primeiros povoadores do lugar; expul-sos do litoral paulista pelos ín-dios Tupi, chegaram à região por volta de 1400 da era cris-tã; eram nômades e viviam da caça, da pesca e da coleta de frutos. Os Maromomi perten-cem à família dos índios Puri e ao tronco lingüístico Macro-Jê. Em contato com os coloniza-dores, foram escravizados e, a partir de 1640, passaram a ser chamados de Guarulhos. En-tre 1560 e 1623, Guarulhos era chamada de Nossa Senhora da Conceição dos Maromomi.

Localização geográfi ca

Guarulhos está situada a nordeste da Região Metropo-litana de São Paulo (RMSP) e fi ca a 17 quilômetros do centro da Capital. Dentre

os municípios dessa região, é apontada pelo IBGE como uma cidade industrial. Com 320,5 km², é um município relativa-mente pequeno. Guarulhos tem como limites Mairiporã e Na-zaré Paulista (N), Santa Isabel (NE), Arujá (E), Itaquaquecetu-ba (SE) e São Paulo (S, SW; W e NW). No município, o Sol e a Lua nascem no lado dos bairros

de Morro Grande, Bonsuces-so e Aracília, na zona leste, e põem-se no lado dos bairros de Vila Galvão, Jardim Vila Gal-vão e Itapegica, na zona oeste. Os bairros de Cabuçu de Cima, Tanque Grande e Capelinha es-tão na zona norte e os bairros de Jardim Nova Cumbica, Pimen-tas e Itaim estão situados na zona sul. Guarulhos localiza-se sobre a área de transição entre as zonas tropical e temperada. O Trópico de Capricórnio cor-ta o município em duas partes, de oeste a leste (WE), sentido Vila Galvão – Morro Grande. O município situa-se, pois, en-tre os paralelos 23º16’23” e 23º30’33” de latitude sul, e en-tre os meridianos 46º20’06» e 46º34’39» de longitude oeste, ou seja, o município encontra--se na latitude do Trópico de Capricórnio (23º27’S), que o cruza na altura do quilômetro 215 da via Dutra.

Estrategicamente posicionada no centro do principal eixo eco-nômico do Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais), Gua-rulhos atraiu para seu território empreendimentos de alto impac-to, o que possibilitou o desenvol-vimento regional e sua inserção no modo de produção capitalista no período colonial e contempo-râneo.

Mineração de ouro: início da expansão urbana da cidade de Guarulhos

Ilustr

ação

de

Ruge

ndas

Ilustr

ação

de

Ruge

ndas

Mulher indígena Puri

Indígena puri, aparentando aos Maromomi

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08 de Dezembro de 20114

A topografi a da cidade está ex-pressa no seu ter-ritório. O municí-pio de Guarulhos está localizado no Planalto Atlânti-co, possui grandes baixadas e picos elevados com mais de 1.000 metros de altura, onde as alti-tudes variam entre: máxima de 1.438 metros, ao norte, na Serra do Itabe-raba (Pico do Gil); média de 850 me-tros; e mínima de 660 metros, na foz do Córrego Jagua-ri, divisa com Aru-

já e Santa Isabel.A parte mais

acidentada fi ca no norte, junto aos limites com Mai-riporã e Nazaré Paulista. Podemos observar na região norte do municí-pio que os morros e montanhas são formados por ro-chas de origem p r é - c a m b r i a n a (grupos São Roque e Serra do Itabe-raba), tendo como destaques as serras da Cantareira e do Itaberaba. Já ao sul, onde encontra-mos o centro e os

bairros mais ocu-pados da cidade, percebemos que o relevo é formado por colinas, cujas elevações não passam de 40 me-tros de altitude, e planícies, que são áreas muito baixas sujeitas às inunda-ções dos rios Tietê, Cabuçu de Cima e Baquirivu-Guaçu. As colinas são for-madas por sedi-mentos terciários e as planícies por aluviões quaterná-rios.

Guarulhos, assim como os ou-tros municípios

da RMSP, depende de recursos hídricos limi-tados, considerando a grande demanda relati-va à região, que possui a economia mais ativa do País, e sua localização na região das nascentes que formam a Bacia do Rio Tietê. Desta forma, Guarulhos possui quan-tidades de água super-fi cial e subterrânea que não alcançam as neces-sidades locais, depen-dendo do fornecimento dos sistemas produtores Cantareira e Alto Tietê, que captam a água em

regiões distantes.Os principais rios

são o Tietê, o Baquiri-vu-Guaçu e o Cabuçu de Cima, sendo este último o único com a nascente em Guaru-lhos. As águas nas regi-ões de nascentes e ma-nanciais são de boa e ótima qualidade, como no caso das represas do Cabuçu e do Tanque Grande. Estudos hi-drogeológicos revelam a existência de signi-fi cativos reservatórios de água no subsolo, es-pecialmente na região sul do território, onde a geologia é sedimentar e reconhece-se o Aqüífe-

ro Cumbica, como é o caso dos bairros ao lon-go da Rodovia Dutra, próximos ao centro, ao aeroporto, ao Jardim Presidente Dutra e a Cumbica.

Na paisagem da cidade destacam-se os cursos d’água Pira-cema, Pedrinhas, Ca-nal de Circunvalação, Itapegica, São João, Queromano, Cavalos, Cubas, Japoneses, Co-caia, Taboão, Inverna-da (ou Cachoeirinha), Capão da Sombra, Água Suja, Tanque Grande, Lavras, Gua-raçau, Aracília, Água Chata, Moinho Velho,

Baquirivu- Mirim, Co-cho Velho, Parati-Mi-rim, Popuca e Botinha.

Alguns deles desá-guam nos rios Baquiri-vu-Guaçu e Cabuçu de Cima, outros diretamen-te no Rio Tietê, que é o destino fi nal das águas drenadas das áreas ur-banas de Guarulhos. Parte do município, em zona rural, ainda apre-senta relação com a Ba-cia Hidrográfi ca do Rio Paraíba do Sul, como é o caso dos ribeirões Tomé Gonçalves e Ita-beraba e dos Córregos Jaguari e Morro Gran-de, ambos no bairro do Morro Grande.

Hidrografi a

Pico do Itaberaba ou do Gil

ClimaO município de

Guarulhos apresenta um clima subtropical úmido, com tempe-ratura média anual entre 17 ºC e 19 ºC; umidade relativa do ar média anual de 81,1;

precipitação pluvio-métrica anual média de 1.470 mm; e ventos dominantes SE-NO--E-O. (Dados cedidos pelo Ministério da Ae-ronáutica – Divisão de Meteorologia.)

Relevo

ASPECTOS NATURAIS

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A equipe da Imobiliária Monte Carlo parabeniza Guarulhos por seus 451 anos

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08 de Dezembro de 20116 MEIO AMBIENTE

Encontra-se no município de Guarulhos parte

da Reserva da Biosfe-ra do Cinturão Verde de São Paulo (RBCV), outorgada pela Unes-

co como patrimônio mundial. Considera--se a sua existência das mais importantes para o controle das ilhas de calor, redu-ção de enchentes, po-

luição atmosférica e produção de água para região metropolitana e mananciais da Repre-sa do Cabuçu, Tanque Grande e Rio Jaguari. Represa Cabuçu - Foto de Cícero Felipe Guarnieri Ribeiro

Vegetação

A paisagem antiga de Guarulhos era totalmente

coberta por vegetação arbórea, arbustiva e herbácea. Era formada por vegetação fl ores-tal, compreendendo a Mata Atlântica; arbus-tiva ou cerrados e cer-radinho; herbácea de campos e várzea, junto aos rios. O uso rural, a mineração e a cres-cente urbanização da cidade mudaram quase totalmente a situação inicial, restando em

maior quantidade a fl o-resta tropical na região serrana, onde predomi-nam a mata secundária, havendo apenas no Nú-cleo Cabuçu do Parque Estadual da Cantareira a presença de mata pri-mária, e extensas áreas de campos antrópicos.

Com o crescimento da cidade restou apenas a vegetação da Serra da Cantareira, a maior mata nativa que sobrevi-ve dentro do município. A Reserva Estadual da Cantareira possui uma

área de 5.674 hectares, dividida entre a zona norte da Capital, parte de Guarulhos, Mairipo-rã e Franco da Rocha. É formada por fl orestas latifoliadas tropicais, onde vivem serelepes, nhambus, tucanos e ou-tros animais. Quase um terço da extensão do município é composto por áreas de proteção aos mananciais, fontes ou nascentes e reserva-tórios de água que são protegidos por lei.

Reservas ecológicas

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708 de Dezembro de 2011 DADOS GERAIS

Guarulhos: Região Metropolitana de São PauloAniversário da cidade (fundação): 08 de dezembroDistrito: 1675Criação da freguesia: 1685 – Denominação da Época, Nossa Senhora da Con-ceição dos GuarulhosCriação da vila: Lei nº 34, de 24 de março de 1880 – Denominação da época, Conceição de GuarulhosAlteração do nome: a Lei no 1.021, de 06 de novembro de 1906, altera o nome para a denominação atual, GuarulhosSanta Padroeira: Nossa Senhora da ConceiçãoDistrito Jardim Presidente Dutra: foi criado pela Lei no 3.198, de 23 de dezem-bro de 1981, com sede no bairro do mesmo nome em território desmembrado do distrito sede do município de Guarulhos.Prefeito atual: Sebastião Almeida (PT)Área: 320,5 km² (Seade)População: 1.221.979 (Fonte: IBGE 2011)Densidade demográfi ca: 3.767,08 hab/km² (2007)Latitude do distrito sede do município: 23º16’23” e 23º30’33” sulLongitude do distrito sede do município: 46º20’06” e 46º34’39” oesteLimites: ao norte com Mairiporã e Nazaré Paulista; nordeste com Santa Isabel; ao leste com Arujá; ao sudeste com Itaquaquecetuba; a sul, sudeste, oeste e noro-este com São PauloAltitudes: máxima – 1.438 metros, do Espigão da Serra do Itaberaba (Pico do Gil); média – 759 metros; mínima – 660 metros, localizada na foz do Ribeirão Jaguari e com o Rio Jaguari, nas divisas de Guarulhos, Santa Isabel e Arujá; sede – 773,14 metrosMarco Zero: Praça Teresa CristinaDistâncias: São Paulo – 17,7 quilômetros; Atibaia – 67 quilômetros; São José dos Campos – 75 quilômetros; Rio de Janeiro – 411 quilômetros; Belo Horizonte – 570 quilômetros; Brasília – 1.050 quilômetros; Santos (Porto) – 90 quilômetros; São Sebastião (Porto) – 183 quilômetros

Rodovias: Presidente Dutra (BR-116); Fernão Dias (BR- 381); Ayrton Senna (SP-70); Hélio Smidt (SP-19/BR- 610); Juvenal Ponciano de Camargo (SP-36)Avenidas: Guarulhos; Dr. Timóteo Penteado; Brigadeiro Faria Lima; Tiradentes; Presidente Juscelino Kubitschek; Papa João Paulo I; Santos Dumont; Monteiro Lobato; Emílio Ribas; Salgado Filho; Octávio Braga de Mesquita; Jamil João Zarif; Presidente Tancredo Neves; Antonio de Souza; Júlio Prestes; Benjamim Harris Hunnicult; Anel Viário, que liga a Vila Galvão ao Parque Cecap e engloba a Av. Pres. Humberto de Alencar Castelo Branco e parte da Av. Guarulhos. Esta via foi construída no local onde passava a E.F. Sorocabana (ramal Guarulhos), conhecida como Trenzinho da Cantareira; Estrada do Cabuçu, que liga a Vila Gal-vão ao bairro do Taboão, onde recebe outras denominações: Av. Pedro de Sousa Lopes, Estrada David Corrêa, Estrada do Recreio, Estrada Ana Dinis, Marginal Baquirivu, Av. Silvestre Pires de Freitas e Estrada do VeigasEstradas: do Cabuçu, David Corrêa, do Recreio, Ana Diniz, Tanque Grande ou Saboó, do Sacramento, dos Veigas, do MorroGrande, Albino Martello, do Capuava, Ary Jorge Zeitune, das Lavras, Água Chata e Guarulhos - NazaréAdjetivo pátrio: guarulhenseDDD: 11

Ary Jorge Zeitune, das Lavras, Água Chata e Guarulhos - NazaréAdjetivo pátrio: guarulhenseDDD: 11

Estação de trem em meados de 1930

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08 de Dezembro de 20118 GEOLOGIA

Quando andamos pela cidade raramente pres-tamos atenção nas for-

mas topográfi cas do local que nos cerca e, geralmente, não vemos mais os rios e suas en-costas. Quase tudo se tornou urbano.

A Terra se formou há apro-ximadamente 4,5 bilhões de anos, quando nem os conti-nentes, nem os oceanos hoje conhecidos existiam.

A superfície do planeta era tão quente, devido às ativida-des vulcânicas e aos impactos de meteoritos, que a água não

podia nem se condensar na su-perfície para formar rios, lagos e oceanos.

Durante a evolução geoló-gica da Terra, continentes in-teiros surgiram e foram destru-ídos por várias vezes e, assim, as formas dos continentes que hoje conhecemos são geologi-camente recentes.

Na região de Guarulhos o evento geológico reconhe-cido mais antigo correspon-de ao desenvolvimento de muitos vulcões, que resultou na formação de derrames de lavas há pouco mais de 1,5

bilhão de anos. Mas essas lavas formaram-se no fun-do de um oceano profundo, ou seja, para passar naquela época por onde hoje é Gua-rulhos, somente com um bar-co. A formação deste oceano deveu-se à quebra e à separa-ção de um grande continente que hoje não mais existe, e as partes resultantes afasta-ram-se uma da outra, como hoje ocorre com a a América do Sul e a África, separadas pelo Oceano Atlântico.

Neste antigo oceano, onde hoje está Guarulhos, havia muitos vulcões. As rochas formadas nesses vulcões es-tão hoje distribuídas princi-palmente no sopé da Serra do Itaberaba (ou do Gil), em Guarulhos, mas podem tam-bém ser observadas mais para nordeste e para sudoeste, até a região de Araçariguama, perto do município de São Roque. Entretanto, com as mudanças que ocorreram no interior da Terra, esses continentes in-verteram seu movimento de distanciamento e passaram a deslocar-se um em direção ao

outro. Isso ocorreu há cerca de 1,2 bilhão de anos, gerando zonas de subdução, processo geológico no qual o fundo do oceano penetra a Terra, quan-do se formou um arco de ilhas (como o Japão dos dias de hoje), com grandes vulcões na superfície e no fundo do mar, e com grandes terremotos.

É interessante obser-var que as rochas, quando submetidas a condições de pressão e temperatura como estas, são dobradas como um papel, sem que se que-brem; muitos registros deste metamorfi smo, suas dobras e seus minerais podem ser vistos nos arredores de Gua-rulhos. Assim, Guarulhos, nesta época, era como os Andes são hoje, uma grande cadeia de montanhas, com muitos vulcões e terremotos. Acalmados estes eventos ao longo de milhões de anos, a erosão causada pelas chuvas, ventos, geleiras e rios por milhares de anos foram des-gastando as montanhas, le-vando os materiais erodidos pelos rios até lagos e mares.

As chuvas torrenciais le-vavam grande quantidade de pedras, lama e areia das partes mais altas, acima das escarpas das falhas, para a parte afun-dada, chamada de bacia sedi-mentar, gerando, inicialmen-te, grandes escorregamentos, cujos depósitos foram retra-balhados por rios, com lagos, pântanos, fl orestas e matas entre eles. Hoje, nas partes mais altas, estes materiais, co-nhecidos como sedimentos do período Terciário, já foram re-movidos pela erosão, estando preservados quase que exclu-sivamente nas baixadas.

Como o tempo geológico não pára, hoje podemos ver os rios erodindo as encostas e espraiando-se, e as lagoas – aquelas que ainda não foram preenchidas com entulhos – entre eles, na região de Gua-rulhos. O contorno do relevo atual da cidade remonta a aproximadamente 60 mi-lhões de anos. Nesta época, a região do Aeroporto de Cum-bica sofreu um grande afun-damento, confi gurando o for-mato atual do município.

Garimpo de ouro do Tanque Grande – Vala talhada em trecho de montanha

Passado geológico de Guarulhos: vulcões, terremotos e mar

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908 de Dezembro de 2011

Os primeiros habi-tantes do território foram os índios

Maromomi, um povo pertencente à família Puri, do tronco lingüís-tico Macro-Jê, que eram nômades. A família Puri ocupava o imenso territó-rio entre a Serra do Mar, o Vale do Rio Paraíba do Sul e a Serra da Manti-queira. Os Maromomi passaram a freqüentar a região de Guarulhos por volta do ano de 1400 da era cristã, após serem ex-pulsos do litoral paulista pelos índios de língua tupi-guarani.

Segundo os regis-tros, esses indígenas eram hábeis andarilhos, troncudos, muito fortes e de pequena estatura, o que lhes dava uma apa-rência um tanto distinta dos Tupi. Os Maromomi eram nômades e viviam da caça, da pesca e co-leta de frutos. A partir de 1640, aproximada-

mente, os colonizadores portugueses passaram a chamar os Maromomi de Guarulhos, possivelmen-te devido à semelhança física e cultural dos Ma-romomi com os parentes que habitavam o litoral norte do Rio de Janeiro, na freguesia de SantoAn-tônio de Guarulhos.

O território dos Guarulhos compreendia toda área situada entre a margem do Rio Paraíba do Sul, os municípios de São João da Barra, Itaperuna, Cambuci, São Fidélis e o Estado do Espírito Santo. Ou-tra hipótese possível é que, com o advento da mineração de ouro em Guarulhos, em 1602, o governador-geral do Brasil, d. Francisco de Sousa, trouxe para as minas de ouro paulista 200 índios do Espírito Santo. Das minas de ouro paulistas faziam parte as de Guarulhos,

descoberta feita por Afonso Sardinha, em 1597. Os Maromomi não praticavam a agri-cultura, pois eram co-letores. Mantinham-se com a coleta do pinhão, da castanha da sapucaia e do mel silvestre, além da caça e da pesca.

Viviam em pequenos grupos, deslocando-se de acordo com a esta-ção das frutas e morando em abrigos provisórios (tapuísas). Por isso, es-ses grupos coletores e, posteriormente, os que não falavam a língua tupi foram chamados de Tapuia. Não usavam re-des, preferindo dormir no chão, sobre folhas. Há registros de um con-tingente de aproximada-mente 3 mil Maromomis nas imediações de São Paulo. Os missionários tentaram aldeá-los, mas houve muita resistência. Os poucos que foram le-vados para as missões fu-

giram, pois não se acos-tumaram com uma vida sedentária.

Mesmo assim, os paulistas tentaram escra-vizá-los. Com o aban-dono das missões, o que hoje é a cidade de Gua-rulhos, se transformou em uma vila portuguesa. Frente à escravização, os Maromomi tiveram três atitudes: aceitar como um mal inevitável, rea-gir de forma violenta ou fugir para o sertão. Mui-tos reagiram de forma violenta e várias revol-tas ocorreram: em 1652, na fazenda de João Sutil de Oliveira; oito anos depois, em 1660, a Câ-mara de São Paulo regis-trou uma nova rebelião envolvendo Guarulhos. Do idioma falado pelos Maromomi foram con-servadas apenas duas palavras: arê, que sig-nifi ca padre, e Nhamã nhaxê muna, que signi-fi ca Deus.

Uma família dos índios Puris em viagem às margens do Paraíba, outubro de 1815. Gravura de

Maximilian Alexander Philipp

FORMAÇÃOUrbanização

O processo de ur-banização e ex-pansão territorial

da cidade começou com o ciclo do ouro. A mine-ração concentrou a for-ça de trabalho na região da Serra do Itaberaba, de Bananal, Tanque Grande e Lavras. Pas-sado o ciclo do ouro, aconteceu a ocupação das várzeas da cidade para produção de tijolos cozidos, atividade si-tuada próxima aos rios Tietê, Baquirivu-Guaçu e Cabuçu de Cima.

A grande expansão da cidade veio com a consolidação do pro-cesso industrial. Quan-to ao povoamento do município, pode-se ve-rifi car a presença indí-gena, dos colonizadores portugueses, de etnias africanas, de imigrantes europeus, árabes, asiáti-cos e dos próprios tra-balhadores rurais brasi-leiros. Atualmente, são mais de 40 etnias que habitam o município de Guarulhos.

Índios Maromomi – os primeiros habitantes de Guarulhos

Guarulhos Feli z Aniversário

Page 10: edição 6 - Aniversário de Guaruhos

08 de Dezembro de 201110 ECONOMIA

Comprovadamen-te, a primeira ati-vidade econômi-

ca/comercial da cidade foi a extração de ouro. A descoberta ocorreu no fi nal do século XVI na Serra do Jaguamim-baba, em 1597, e o fei-to é atribuído a Afonso Sardinha, o velho. No início do século XVII, Geraldo Corrêa também descobriu ouro no Rio Baquirivu-Guaçu e re-cebeu carta de sesmaria em 1611. Do início ao fi m da mineração fo-

ram mais de 200 anos de atividade. Quando os colonizadores por-tugueses chegaram à antiga Aldeia de Nossa Senhora da Conceição dos Maromomi, vindos da Vila de São Paulo e iniciaram a extração de ouro, nada do que exis-te hoje, em termos de infra-estrutura urbana, havia. Guarulhos, nesta época, era mata fecha-da. A caça ao ouro foi o início do processo de expansão urbana da lo-calidade e das ativida-

des comerciais.O garimpo de ouro

de Nossa Senhora da Conceição estava lo-calizado no centro da Vila de São Paulo de Piratininga, ou seja, en-tre a Vila de São Paulo e as saídas para o Rio de Janeiro e Minas Ge-rais. Os mineradores precisaram abrir cami-nhos para integrar-se à Capitania de São Vi-cente. Guarulhos inter-ligava-se às atividades da Capitania por três estradas: um caminho pela região leste, Bon-sucesso–Itaquaquecetu-ba–São Miguel Paulis-ta; outro pelo lado sul, Ponte Grande–Penha; e pelo lado norte, Cabu-çu–Santana.

Guarulhos, através desses acessos, ligava--se à Vila de São Paulo, ao litoral paulista e ca-rioca, bem como com as minas velhas do ser-tão de Taubaté. Ouro, caminhos, tropeiros e

pousos, Guarulhos co-meçou assim em seu processo econômico.

De modo geral, em torno dos pousos de tropeiros formaram--se pequenos povoados dotados com pequeno mercado coberto com folhas de pindoba, uma igreja, uma praça e pou-cas casas. Algo muito semelhante a Bonsu-cesso, onde no pequeno largo da praça existem a Igreja de Nossa Se-nhora de Bonsucesso, construída em taipa de pilão; e a Igreja de São Benedito dos Homens Pretos, onde há mais de 250 anos é realizada a romaria e a Festa da Carpição. O lugar com-põe parte do cenário do ciclo do ouro na cidade.

A mineração de ouro, entre outros fato-res, trouxe a Guarulhos duas novas etnias: os co-lonizadores portugueses e os negros africanos. Nesse período, índios,

brancos e negros, uns como escravos e outros como senhores, foram os principais atores da História da cidade. Em Guarulhos chegaram a existir pelo menos seis garimpos de ouro: Bairro das Lavras, Ca-tas Velhas, Monjolo de Ferro ou Lavras Velhas do Geraldo, Campo dos Ouros, Bananal e Tanque Grande. O ouro tornou-se base mone-tária internacional em 1445 e, justamente por isso, possuía signifi ca-do especial para o im-pério português. Neste contexto colonial, Gua-rulhos foi um dos locais a compor o mercantilis-mo português durante a Idade Moderna.

Durante os três pri-meiros séculos de pre-sença colonial portugue-sa no planalto paulista, as construções de casas, igrejas, câmaras, cadeias etc., eram feitas em taipa de pilão. A taipa repre-

sentava um modo cons-trutivo barato, seguro e duradouro, por isso uti-lizado pela comunidade lusa, sendo a terra a prin-cipal matéria- prima. Da época das construções em taipa de pilão restou pouco em Guarulhos.

Em 1685, foi ergui-da a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, atual Igreja Matriz, que mantém paredes de tai-pa revestidas com tijo-los e todas as paredes do altar em taipa de pi-lão. No bairro de Bon-sucesso, as igrejas de Nossa Senhora de Bon-sucesso e de São Bene-dito dos Homens Pretos foram construídas com essa técnica. No Bair-ro das Lavras, no meio da mata, resta um pe-daço de parede que os moradores afi rmam ser de uma antiga senzala, haja vista que há pouco tempo foram retiradas argolas de ferro da refe-rida parede.

Parte da parede de taipas da Casa Grande do Bairro das Lavras

O Jornal Guarulhos em Movimento, nasceu da idéia de se fazer um

veículo de comunicação e prestação de serviços, voltado totalmente para

a cidade de Guarulhos, pois nós acreditamos em seu potencial.

Aproveitamos esta data para agradecer a Cidade de Guarulhos pela receptividade e desejar cada vez mais sucesso, crescimento e

prosperidade.

Parabéns Guarulhos!

Ciclo do ouro – colonização portuguesa no território guarulhense

Page 11: edição 6 - Aniversário de Guaruhos

1108 de Dezembro de 2011 CHEGADA DOS IMIGRANTES

A atividade oleira foi tão signifi ca-tiva que marcou

a memória dos mais antigos e a paisagem da cidade. A introdução do tijolo como material construtivo, em substi-tuição à taipa de pilão, alterou a função das ola-rias e fez que Guarulhos reencontrasse seu espa-ço na economia paulista. O uso do tijolo impôs al-terações na forma tradi-cional de funcionamen-to das olarias, que além de telhas, passaram a produzir tijolos cozidos.

A atividade, além de todos os signifi cados históricos, aconteceu no período de transição da escravidão para a forma de trabalho assalariado. A expansão do mercado consumidor, aliada ao conhecimento técnico dos imigrantes europeus

na área da construção civil e à revolução tec-nológica no mundo do trabalho, fi zeram que o sistema produtivo arte-sanal das olarias sofres-se alterações, tanto na forma de produção de tijolos, como no sistema de transporte. Em 1915, foi implantada em Gua-rulhos a primeira indús-tria voltada à produção de tijolos e inaugurada a estação do Trenzinho da Cantareira, ambos em Vila Galvão.

Antes de começar a falar do ciclo do tijolo em Guarulhos, deve-mos pensar que sem argila não é possível produzi-los. A existên-cia de grandes jazidas de argila em Guarulhos explica-se pelo relevo da cidade.

Ao esgotamento das atividades de mineração

de ouro em Guarulhos, sucedeu outro modelo de ocupação do espa-ço. O povoamento e as atividades econômicas deslocaram-se dos mor-ros, nas regiões norte e leste da cidade, para as áreas próximas aos rios Tietê, Cabuçu de Cima e Baquirivu-Guaçu. A partir de 1870, a imi-gração subvencionada trouxe milhares de imi-grantes europeus para o território paulista; mui-tos italianos, alemães, espanhóis e portugue-ses vieram para Gua-rulhos. As condições naturais existentes em Guarulhos (água, argila, madeira, areia e pedra) e a proximidade com a Capital paulista possi-bilitaram o desenvolvi-mento de um novo ciclo econômico, baseado no tijolo cozido.

O consumo de tijo-los cozidos na região metropolitana, utiliza-dos em galpões indus-triais, vilas operárias, pontes, igrejas, pré-dios, moradias etc., fez aumentar a demanda, concorrendo para a am-pliação do número de olarias, fábricas e, con-seqüentemente, para a diversifi cação econômi-ca constatada na cidade.

No bairro da Ponte Grande existiu o Por-to da Igreja de Nossa Senhora da Conceição. Local de escoamento da produção de tijolos e areia, via Rio Tietê, para a cidade de São Paulo, propiciou a abertura de novas estradas, amplia-ção do comércio, incre-mento do rebanho bovi-no e grande número de engenhos voltados para a produção de cachaça.

Correspondendo ao momento econômico, além da chegada dos imigrantes europeus, inicia-se a imigração de turcos, libaneses e japo-neses. O ciclo do tijolo, entre outras coisas, trou-xe três elementos novos para o cenário político da cidade, a saber: im-plantação das primeiras indústrias, o modelo assalariado para a re-muneração do trabalho e o aparecimento dos primeiros operários ur-banos. Na Inglaterra as ofi cinas artesãs prece-deram a indústria; em Guarulhos o processo industrial foi antecedido pelas olarias, também chamadas de proto-in-dústrias.

O ciclo industrial guarulhense começou a se formar paralelamen-te ao ciclo do tijolo. Em 1915, a primeira fábrica

instalada em Guarulhos, de propriedade da Com-panhia Agrícola e Indus-trial de Guarulhos, no bairro de Vila Galvão, produzia tijolos cozidos e telhas. A presença dos povos que chegaram no segundo momento da imigração externa – tur-cos, libaneses e japone-ses –, contribuiu para a História local, fato que pode ser constatado nas áreas do comércio, da agricultura e do setor hortifrutigranjeiro. Em 1950, o ciclo econômico da cidade já era conside-rado industrial. A produ-ção de tijolos guarulhen-se foi fundamental para a nova confi guração arquitetônica da cidade de São Paulo. Os tijolos cozidos substituíram a tradicional técnica cons-trutiva da taipa de pilão.

Tijolo Cabuçu

Ciclo do tijolo – chegam os italianos, alemães, árabes e japoneses

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08 de Dezembro de 201112 METROPOLIZAÇÃO

O primeiro momen-to, de 1915 a 1945, com-preende a implantação do ramal da Tramway Cantareira, trecho fer-roviário que trouxe o trem de ferro ao centro de Guarulhos e a im-plantação das primeiras fábricas no município. O trem da Cantareira em Guarulhos foi um dos principais indutores da indústria nascente. Nos primeiros anos do século XX, Guarulhos insere-se no contexto do desenvolvimento pau-lista como fornecedora

de produtos para cons-trução civil, produtos agrícolas e alimentícios.

A construção do ramal da Tramway até o centro de Gua-rulhos possibilitou o deslocamento do eixo de produção para ou-tros bairros da cidade, principalmente para os bairros atendidos pelo trem. Integrando Gua-rulhos pela zona nor-te da Capital, o trem tornou-se a principal via de transporte de passageiros e de mer-cadorias do município.

Nesta fase acon-teceu a implan-tação de fábricas de bens de consu-mo para o atendi-mento da deman-da criada com a rápida urbaniza-ção da cidade de São Paulo e para substituição das

importações, interrom-pidas pela Primeira Guerra Mundial.

A inauguração da Estação de Trem Cabu-çu (Vila Galvão) coin-cide com a instalação da primeira fábrica, em 1915, de propriedade de Francisco Gonzaga de Vasconcelos, dono da Fazenda Cabuçu. A Cerâmica Paulista, lo-calizada ao lado da Es-tação de Trem da Vila Galvão, era a segun-da maior empresa do ramo do Estado de São Paulo, e olarias tradi-cionais transportavam sua produção de tijolos e materiais cerâmicos para atendimento da demanda da urbaniza-ção da cidade de São Paulo, através do trem da Cantareira.

A economia no período contava com três empresas do ramo

têxtil: Empresa Carbo-nel, de Henrique Car-bonel, inaugurada em 1923, situada próximo à Estação Guarulhos, e mais duas empre-sas dos srs. Giacomo Candenuto e Evaristo Bisognini; duas fábri-cas de polainas, sandá-lias e artigos de couro, uma de propriedade de José Saraceni, situada nas proximidades da Estação de Vila Au-gusta e uma fábrica de alpargatas do sr. Cer-dam Galvez, também na Vila Augusta; Moi-nhos Reisa de moagem de grãos e fabricação de farinha dos irmãos Fiúza, na Vila Augus-ta; um Matadouro Mu-nicipal, de propriedade de Gino Montagnani, inaugurado em 1929 no local onde hoje é o Tiro de Guerra.

lista como fornecedora cadorias do município. Nesta fase acon-teceu a implan-tação de fábricas de bens de consu-mo para o atendi-mento da deman-da criada com a rápida urbaniza-ção da cidade de

substituição das Maria-Fumaça na Estrada de Ferro Cantareira

Ramal Guarulhos

Ciclo industrial

No estudo da evo-lução do proces-so de industria-

lização, da ocupação do espaço territorial e aéreo, bem como da for-mação do proletariado urbano, consideramos importante periodizar o estudo e, para isso, de-fi nimos três momentos do processo evolutivo da industrialização na cidade. O desenvol-vimento econômico e urbano de Guarulhos

pode ser compreendido a partir da combinação de fatores naturais e so-ciais. Condições naturais apro priadas e a proximi-dade da Capital paulista são fatores que possibi-litaram a integração da cidade no contexto de desenvolvimento pro-dutivo nacional, além de ações planejadas e subsidiadas pelo Estado brasileiro para indus-trialização do País, du-rante o século XX.

Primeiro momento – o surgimento das fábricas

Fábrica de Tecidos Carbonel, edifi cada em 2 de março de 1925

Navegue em nosso sitewww.guarulhosemmovimento.com.br

Page 13: edição 6 - Aniversário de Guaruhos

1308 de Dezembro de 2011 TRANSPORTE

No fi nal do século XIX, discutiu-se na Câmara Mu-

nicipal a necessidade de a região ser servida por uma estrada de ferro. A justifi cativa recaía sobre as riquezas dos recursos naturais da região, mais especifi camente a produ-ção de madeira e pedra, além da produção de ti-jolos, dado o grande nú-mero de olarias em fun-cionamento, sendo que toda a produção estava direcionada às crescen-tes edifi cações da Capi-tal, justifi cando, então, a implantação do ramal ferroviário que se efeti-vou somente em 1915,

com a inauguração do ramal Guapira–Guaru-lhos, o trem da Canta-reira.

Foram cinco as es-tações em território guarulhense: Vila Gal-vão, Torres Tibagy, Gopouva, Vila Augus-ta e Guarulhos, além do prolongamento até a Base Aérea. O trecho de Guarulhos come-çou como um ramal da Estrada de Ferro da Cantareira, que, aberto em 15 de novembro de 1910, saía da estação do Areal e atingia o Asilo dos Inválidos, no Guapira (depois Jaça-nã). Somente em 1913

foi aberta a primeira estação intermediária, Tucuruvi, e, aos pou-cos, outras estações passaram a ser abertas na linha, que atingiu Guarulhos em 1915. Em 1947, a linha teve a bitola ampliada de 60 centímetros para 1 metro, quando esta já atingia o aeroporto mi-litar de Cumbica. Em 31 de maio de 1965, o tráfego do ramal foi suprimido, um ano de-pois de o trecho Are-al–Cantareira ter sido suprimido. Os trilhos foram retirados logo depois e diversas esta-ções foram demolidas.

A estação de Gua-rulhos foi inaugurada em 1915, como termi-nal do ramal de Gua-rulhos. A partir da pri-meira metade dos anos 1940, passou a sair de lá um ramal – na ver-dade, a continuação da linha – para a Base Aé-rea de Cumbica. Esse ramal foi extinto apa-rentemente juntamente com o ramal de Gua-rulhos, em 1965. A es-tação de Guarulhos foi desativada em 1965, com o ramal. É uma estação de madeira que hoje serve de sede para a Guarda Civil Metro-

politana, na Praça IV Centenário, situada no Jardim Santa Francis-ca, no coração da cida-de e uma das entradas de Guarulhos. Hoje a estação não existe, mas as instalações que ela possuía foram res-tauradas e foi colocada na praça uma locomo-tiva antiga, da Usina Tamoio, de Araraquara

que, segundo consta, foi resgatada pela Pre-feitura, que a deixou exposta em frente à plataforma da antiga estação. Junto a ela, de um lado, a casa que abrigava o chefe da es-tação de trem, conhe-cida como Casa

Amarela, foi restau-rada e se apresenta em perfeitas condições.

Estação Ferroviária de Cumbica

que, segundo consta,

Locomotiva

Estrada de ferro

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08 de Dezembro de 201114 INDUSTRIALIZAÇÃO

No segundo mo-mento, de 1946 a 1989, entre ou-

tros fatores, cinco foram essenciais para o avan-ço da industrialização guarulhense: início das obras de construção da Base Aérea de Cumbica e da estrada de rodagem Rio-São Paulo; força de trabalho disponível; im-plantação do loteamento Cidade Satélite Industrial de Cumbica, em 1946, pela família Guinle e o Aqüífero Cumbica. Es-ses fatores representaram o divisor de águas para a próxima fase da indus-trialização da cidade, sem

desconsiderar os demais.As obras federais da

Base Aérea de Cumbica e da estrada de rodagem Rio-São Paulo, cujo tra-çado atinge a parte mais baixa da cidade, têm con-corrido também para o progresso crescente que se verifi ca, principal-mente pela grande valo-rização de propriedades. A transferência da base aérea do Campo de Mar-te, em São Paulo, para Guarulhos, como par-te do Plano Qüinqüenal de Desenvolvimento do Governo Getúlio Vargas, modifi cou radicalmente a vida da cidade, pois até

o presente momento as atividades econômicas do município davam-se ape-nas no espaço territorial.

A chegada do equipa-mento militar signifi cou também o início da ocu-pação do espaço aéreo para fi ns militares e co-merciais; parte dos pou-sos e decolagens na pista da Base Aérea era voltada para o transporte de car-ga. A implantação do lo-teamento Cidade Satélite Industrial de Cumbica, e a respectiva infra-estru-tura vinda com a Base Aérea, mudaram o eixo de implantação de indús-trias e logística na cidade. O eixo produtivo da cida-de, localizado nas regiões do Centro, Sul e Leste, defi nido pela Estrada de Ferro Sorocabana, trans-fere-se para Cumbica, na região Leste, nas proxi-midades da Rodovia Pre-sidente Dutra.

A partir da Segunda Guerra Mundial, inves-timentos do capital es-trangeiro, principalmente norte-americano, impul-

sionaram o desenvolvi-mento do setor industrial de bens de consumo du-ráveis e capital, caracte-rizando uma nova fase do processo industrial bra-sileiro. A predominância do modelo de desenvolvi-mento dependente sobre o desenvolvimento nacio-nalista se confi gurou com o Plano de Metas de Jus-celino Kubitschek (1956-1961). Como lema “50 anos em 5”, aceleraria o desenvolvimento com a entrada maciça de capital estrangeiro na implanta-ção da chamada indús-triapesada. Guarulhos, neste contexto histórico, é favorecida por sua lo-calização geográfi ca na Região Metropolitana de São Paulo e por estar no principal eixo industria-lizado, entre Belo Hori-zonte, Rio de Janeiro e São Paulo.

O ciclo industrial, di-ferentemente dos ciclos do ouro e do tijolo, que dispunham de sua matéria--prima no próprio municí-pio, passou a contar com

matérias-primas vindas de outras regiões. Para isso, as duas principais artérias rodoviárias, as rodovias Presidente Dutra e

Fernão Dias foram também importante fator de estímulo à industria-lização do município. Além da localização no triângulo entre Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, o Aqüífero Cumbica foi essencial para o pleno desenvolvi-mento do ciclo industrial na cidade. A necessidade de grande quantidade de água para suas atividades e processos, fez com que as perfurações de poços aumentassem bastante durante a década de 1960.

O sucesso do desen-volvimentismo associado pode ser observado na quantidade e velocidade da instalação do parque industrial na cidade. Em 1953, eram 27 grandes indústrias; em 1956, eram 90 grandes fábricas e 80 pequenas. Ao processo de implantação das indús-trias de grande porte nas

décadas de 1950, 1960 e 1970 correspondeu uma aceleração do processo migratório para a cidade de Guarulhos, provocan-do profundas mudanças na sua estrutura urbana e social. A cidade vê multi-plicada sua população.

A concentração de indústrias foi acompa-nhada pela aglomeração de força de trabalho em loteamentos populares e ocupações de terras públicas e particulares, criando uma demanda por serviços públicos de abastecimento de água, transporte, pavimentação, educação, saúde, entre outras. Para criação de infra-estrutura

necessária à industria-lização houve a sociali-zação dos gastos e até fi -nanciamento pelo Estado, porém, para a satisfação da demanda

surgida pela ocupação desordenada, decorrente do processo industrial, os gastos foram assumidos prioritariamente pelo po-der público.

Fábrica de Casimiras Adamastor S/A.

Segundo momento: oferta de emprego e explosão demográfi ca

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1508 de Dezembro de 2011 TERCEIRO MOMENTO

Período que vai do iní-cio da década de 90 até os dias atuais, re-

gistra o momento em que a economia da cidade sofreu um grande impacto, o qual vem aos poucos se recupe-rando. Em 1990, algumas grandes empresas faliram e outras mudaram-se do muni-cípio. Nesta época falava-se que a cidade havia deixado de ser industrial, tornando--se uma cidade de serviços. O que aconteceu em Guaru-lhos refl ete uma tendência mundial das economias pe-riféricas frente à política de globalização.

Em 1989, na cidade de Washington, representantes das oito maiores economias do mundo reuniram-se e ela-boraram um plano para os demais países capitalistas. A estratégia visava resolver a crise de superprodução de mercadorias e excedentes de capitais constatadas en-tre eles. De forma resumida,

a política adotada consistia em abertura comercial, es-tado mínimo e garantia de contratos.

A economia guarulhen-se, neste contexto, foi afe-tada com a política de aber-tura econômica. A falência de empresas e a redução da participação das expor-tações do Brasil no merca-do internacional trouxeram conseqüências para a vida da cidade. Amplos seto-res passaram a apostar na perspectiva de abertura da economia brasileira com a implantação da Área de Li-vre Comércio das Américas (ALCA) e na otimização das atividades aeroportuárias como elemento privilegiado para amplo desenvolvimen-to dos setores de serviços e comércio.

Esperando a grande mu-dança de rota econômica, o município passou a receber muitos hotéis na região cen-tral e o incentivo ao turismo

de negócio. A repercussão das falências de algumas

empresas, no início da década de 1990 (Governo Collor), e a construção de vários hotéis no centro da cidade levaram à criação do mito da mudança de per-fi l econômico do municí-pio. Para o senso comum, a economia da cidade havia deixado de ser industrial e tornara-se de serviços.

A confusão sobre o des-tino da economia brasileira e a vocação econômica do município durou, aproxima-damente, dez anos. A vitó-ria dos movimentos sociais no plebiscito em 2002, no qual 10 milhões de pessoas votaram contra a Alca, e a publicação de um estudo do IBGE, em 2005, favorece-ram a compreensão sobre a situação e os rumos da eco-nomia da cidade.

Segundo estudo IBGE/IPEA (2005), “Onde se instalam indústrias con-

centram-se serviços e po-pulação. Tal concentração é refl exo direto do nível de industrialização. Além do próprio peso da atividade, a indústria agrega uma série de serviços em torno de si, o que faz crescer a econo-mia local. É a indústria, e não diretamente o Aeropor-to Internacional, a grande responsável pelo Produto Interno

Bruto de Guarulhos. A produção se reflete na receita do município: cer-ca de 60% da arrecadação vêm, segundo a Prefeitu-ra, das atividades indus-triais. Guarulhos faz parte do seleto grupo das nove cidades brasileiras respon-sáveis por 25% do Produto Interno Bruto (PIB).

A industrialização na região metropolitana, espe-cialmente em Guarulhos, gerou enormes contrastes sociais, criando riquezas e também muita pobreza, in-

clusive um grande passivo socioambiental. Junto com a industrialização se deram a formação do operariado urbano e a organização dos seus membros em sindica-tos, partidos políticos, asso-ciações etc.

Do processo de desen-volvimento e da forma como se deu a expansão territorial urbana é que decorreu a quantidade de problemas ambientais e so-ciais: desmatamento, água e solo contaminados e po-luição atmosférica. A loca-lização geográfi ca do mu-nicípio em certos períodos é defi citária em corrente de ar, o que agrava ainda mais a dispersão dos poluentes. Nos últimos anos o Poder Público tem investido em programas socioambien-tais no sentido de melhorar a qualidade de vida da po-pulação e recuperar o meio ambiente degradado.

Shopping Internacional de Guarulhos – antiga Fábrica Olivetti

De 1990 até os dias atuais

Antiga Fábrica Olivetti, 1958 – prédio

atual doShopping Internacional.

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08 de Dezembro de 201118

Vista aérea da cidade de Guarulhos, 1958. Aqui vemos a Estação Guarulhos, atual Praça IV Centenário

HISTÓRIA

Da fundação aos dias atuais, Guarulhos passou por cinco mo-mentos em sua história política e administrati-va: foi aldeia indígena, distrito, freguesia, mu-nicípio e cidade. Em 8 de dezembro de 1560, ocorre a fundação da al-deia de Nossa Senhora da Conceição dos Gua-rus, pelo padre jesuíta Manuel de Paiva, de acordo com pesquisa do memorialista João Ranali. Para o pesqui-sador Benedito Prezia, a aldeia de Nossa Se-nhora da Conceição dos

Maromomi foi funda-da, provavelmente, em 1606, tendo como su-perior o padre Manoel Viegas. Ainda segundo ele, em 1604 os jesuítas de São Paulo pediram ao superior-geral em Roma, autorização para implantar o aldeamento para os Maromomi, no Planalto Paulista.

Em 1638, é feita a concessão de datas de terras na região das mi-nas descobertas por Ge-raldo Corrêa, próximas ao Rio Baquirivu-Gua-çu, localidade co nhecida por Lagoas Velhas do

Geraldo, através de car-ta de sesmaria. A carta de sesmaria constitui um importante documento que atesta a antigüidade da mineração de ouro em Guarulhos. Sesma-ria é um lote de terras inculto ou abandonado, que os reis portugueses cediam a sesmeiros que se dispusessem a explo-rá-la. Nesse mesmo ano, os jesuítas são expulsos de São Paulo, por sua posição intransigente contra a escravização in-dígena na região. Sem os padres, os Maromomis passaram a ser usados em trabalhos nas fazen-das, realizando trans-porte de carga. Quando os jesuítas retornaram a São Paulo, em 1653, não reassumiram a mis-são dos Maromomi. Em 1652, houve um levante dos índios que traba-lhavam na fazenda de João Sutil de Oliveira, ocasião em que foram mortos os moradores e a

propriedade incendiada. Mais três fazendas fo-ram incendiadas no fi nal da mesma década, em rebeliões com participa-ção dos Guarulhos.

No dia 8 de maio de 1685, ocorre a mudança de distrito para fregue-sia de Nossa Senhora da Conceição dos Gua-rulhos. No mesmo dia e ano, ocorre a fundação da paróquia de Nossa Se-nhora da Conceição dos Guarulhos, atual Igreja Matriz, localizada na Praça Tereza Cristina. A terceira mudança, de fre-guesia para vila, ocorreu em 1880, de acordo com a Lei Provincial nº 34, de 24 de março de 1880. Foi aprovada pela Assem-bléia Legislativa Provin-cial e sancionada pelo então presidente Laurin-do Abelardo de Brito.

A presença de grandes latifundiários rurais da época infl uenciou, pesso-almente, que ocorresse a transformação, pois vila

é uma povoação superior às duas categorias ante-riores e inferior à cidade. A vila caracteriza-se pela existência de um conjun-to de casas, construídas em volta de uma praça e com poucas ruas de aces-so, dotada com Câmara de Vereadores, intendente municipal e outros equi-pamentos públicos.

É muito provável que dois homens públicos da cidade nesta época, o padre João Vicente Valadão e João Álvares de Siqueira Bueno, gua-rulhense – que foram, durante muitos anos, o vigário desta paróquia e deputados –, tenham infl uenciado a tomada de decisão. No entanto, apenas João Bueno fora eleito para a legislatura de 1880/1881, em cujo início apareceu o proje-to de lei criando o mu-nicípio. Levando-se em conta o espírito dinâmi-co e hábil de João Bue-no, dada a sua condição

de fi lho da terra e resi-dente, deve-se presumir que foi dele a providen-cial iniciativa.

O projeto de lei foi apresentado à mesa da Assembléia na sessão de 14 de fevereiro de 1880, sob o nº 21, tendo como signatários Reis França; Oliveira Braga; Campos Toledo; C. Ga-vião; Antônio Carlos, o barão de Pinhal; Luiz Carlos; João Clímaco de Camargo; Tito Cor-reia de Mello e Ferreira Braga. João Bueno não assinou o projeto e não estava presente à sessão em que foi apresentado o documento, talvez por conveniência política. A lei não fi xou as divisas do município, posto que as mesmas devessem coincidir com os limites das paróquias que o inte-gravam. A instalação do município deu-se com a presença dos vereadores de São Paulo.

Mudanças político-administrativas

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1908 de Dezembro de 2011

A ata lavrada na ocasião é a seguinte: “Aos vinte e quatro dias do mês de

janeiro de mil oitocentos e oi-tenta e um, nesta Vila de Nos-sa Senhora da Conceição dos Guarulhos, Comarca da Impe-rial Cidade de São Paulo, na Casa destinada para sessões da Câmara Municipal da mesma, ao meio-dia, compareceram os srs. presidente e vereadores da Câmara Municipal da Capital, drs. João Mendes de Almeida Júnior, Américo Brasiliense Almada Mello, Antônio Fran-cisco Aguiar Castro, Augusto de Souza Queirós, tenente--coronel Antônio José Fernan-des Braga, para instalação da Câmara Municipal da Vila de Nossa Senhora da Conceição

dos Guarulhos, e dar jura-mento e posse aos vereadores eleitos da Câmara Municipal, capitão Joaquim Francisco de Paula Rabello, Francisco So-ares da Cunha, Joaquim Ro-drigues de Miranda, José de Sant’Anna, Marciano Ortiz de Camargo e José Alves de Al-meida Pinho”.

A ata foi lavrada por An-tônio Joaquim da Costa Gui-marães, secretário da Câmara paulistana. Em ata seguinte, lavrada no mesmo dia, consta a eleição do capitão Joaquim Francisco de Paula Rabello para presidente da Câmara lo-cal. O prédio da Câmara, nessa ocasião, fi cava na Rua D. Pe-dro II, na esquina da Rua Felí-cio Marcondes, no lado direito

de quem sobe por esta.Em 3 de maio de 1886,

pela Lei Provincial no 71, Guarulhos perdeu a Paróquia da Penha, que se reintegrou ao município da Capital. Em 27 de março de 1889, pela Lei Provincial nº 66, perdeu Ju-queri (atual Mairiporã), que se constituiu município inde-pendente. Antigamente era co-mum dizer-se Conceição dos Guarulhos ou, simplesmente, Conceição. Mas, no Governo Tibiriçá, pela Lei nº 1.021, de 6 de novembro de 1906, pas-sou a denominar-se, ofi cial-mente, Guarulhos.

Logo a seguir, em 19 de dezembro de 1906, pela Lei Estadual Nº 1.038, a Vila de Guarulhos foi elevada à ca-

tegoria de cidade, quando possuía população de quase 5 mil habitantes. Finalmente, a Lei Estadual nº 2.456, de 30 de dezembro de 1953, criou a Comarca (Poder Judiciário lo-cal), com jurisdição no territó-rio municipal, cuja instalação se deu, solenemente, a 18 de fevereiro de 1956.

Capitão Joaquim Francisco de Paula Rabello

Principais documentos

LEGISLAÇÃO

Page 20: edição 6 - Aniversário de Guaruhos

08 de Dezembro de 201120 PASSO A PASSO

Da formação de uma capela ao estabelecimen-

to de um município, existe um percurso de denominações. Enten-dam melhor quais são e o que signifi cam:

- Capela: pequeno templo erigido ou fun-dado pelos nobres ou senhores nas terras de sua propriedade, geral-

mente ao lado de sua casa; convertia-se mui-tas vezes em paróquia, cuja povoação origina-va a vila.

- Freguesia: sede de uma igreja paroquial, que servia também para a administração civil; categoria ofi cial, institucionalmente re-conhecida, a que era elevado um povoado

quando nele houves-se uma capela curada (ministrada em caráter permanente por um pá-roco) ou paróquia, na qual pudesse manter um padre à custa des-ses paroquianos, pa-gando a ele a côngrua anual.

- Vila: unidade po-lítico-administrativa autônoma equivalente

a município, trazida de Portugal para o Brasil no início da coloniza-ção, tendo perdurado até fi ns do século XIX; toda vila deveria pos-suir Câmara e cadeia, além de um pelourinho – símbolo da autono-mia. Termo empregado em substituição a mu-nicípio, pois este não podia ser usado na co-

lônia, ou seja, em ter-ras não emancipadas.

- Termo: território da vila, cujos limites são imprecisos; tinha a sua sede nas vilas ou cidades respecti-vas; era dividido em freguesias, limite, raia ou marco divisó-rio que extrema uma área circunscrita.

- Cidade: título honorífi co concedi-do, até a Proclamação da República, pela Casa Imperial, a vi-

las e municípios, sem nada acrescentar à sua autonomia; a partir da Constituição de 1891, este poder é delegado aos Estados, que po-dem tornar cidade toda e qualquer sede de mu-nicípio; nome reconhe-cido legalmente para as povoações de deter-minada importância.

- Distrito: divisão territorial e adminis-trativa em que certa autoridade administra-tiva, judicial ou fi scal exerce sua jurisdição.

- Município: divi-são administrativa de origem romana, levada pelos romanos para a Península Ibérica, e de Portugal trazida para o Brasil; equivalente à vila; menor unidade territorial político-ad-ministrativa autôno-ma; entre os romanos, cidade que possuía o direito de se adminis-trar e governar por suas próprias leis; no Brasil substitui defi nitiva-mente o termo “vila” a partir da República, tendo aparecido pela primeira vez na legis-lação através da Carta Régia de 29 de outubro de 1700.

Rua D. Pedro II, 1930 – Praça Conselheiro Crispiniano

De capela a município

Page 21: edição 6 - Aniversário de Guaruhos

2108 de Dezembro de 2011 NOMENCLATURA

Há muito tem-po vem sendo considerada a

informação defi nida por Teodoro Sampaio em O Tupi na Geo-grafi a Nacional: guaru signifi ca o indivíduo que come – o comedor, em alusão ao formato

do peixe desse nome, cuja parte ventral é sa-liente. Consideramos que os colonizadores europeus, na tentativa de resolver as difi cul-dades de comunicação e compreensão da di-versidade lingüística dos povos indígenas

criaram uma tupinolo-gia amadora, sistema-tizada na língua geral e expressa na toponí-mia nacional e local.

Ainda sobre a ori-gem do nome Guaru-lhos, são considera-das significativas as considerações do his-toriador John Manuel Monteiro: “A partir da independência do Brasil, o tupi come-çou a ser um instru-mento importante da nacionalidade, tudo era chamado de no-mes tupis, e mesmo em lugares em que não existiam popula-ções tupis, como no caso de Guarulhos, quase todos os nomes são de língua geral, são tupis. Isso suge-re evidentemente que são nomes que foram atribuídos posterior-mente, e às vezes é

um exercício enga-noso, porque muitas vezes a gente acha que tem um nome indígena porque os índios deram esse nome, a maior parte dos lugares no Brasil tem nomes indígenas que foram dados por não-índios, e muito posteriormente. No caso dos Guarulhos é muito curioso porque Guarulhos é o nome

que ficou de fato, a partir do século XVII (não se sabe exata-mente quando), mas que pegou e substi-tuiu o nome anterior para designar um certo grupo indígena, esses que eram cha-mados Maromomi e que, mais tarde, isso foi corrompido para guaru-mirim, que se-ria o tupi para guaru pequeno, enfim, seria

uma corruptela para marumirim. É algo bastante revelador desses processos de mudança e a gente tem que ter bastante atenção”. (Monteiro, 2006.) A atribuição do nome Guarulhos reflete o processo de colonização portu-guesa na tentativa de generalização da cul-tura Tupi através da língua geral.

Calçamento da Av. Guarulhos, trechos da antiga Estrada da Conceição, acesso para a Penha

Ponte Grande 1940

Guarulhos, Cidade acolhedora, onde recebe a todos de braços

abertos, pessoas vindas de todas as partes do Brasil, trazendo uma diversidade de culturas e

beleza.Parabéns a todos os

guarulhenses natos, como também os de coração, que ajudam a movimentar esta cidade grandiosa e calorosa.

Parabéns Guarulhos pelos seus 451 anos de muito

trabalho e Progresso.

A origem do nome

Ponte Grande - 1940

Dra. Sandra Matos

Page 22: edição 6 - Aniversário de Guaruhos

08 de Dezembro de 201122 EDUCAÇÃO

A educação esco-lar em Guaru-lhos está direta-

mente relacionada com a História, trajetória e política educacional do Estado de São Paulo. As primeiras ações edu-cacionais no município efetivaram-se por meio dos padres jesuítas que chegaram ao núcleo indígena de Nossa Se-nhora da Conceição, por volta de 1580, ini-ciando a catequese dos indígenas Maromo-mi. O padre Manuel de Paiva, fundador da cidade, é considerado pelos historiadores lo-cais como o primeiro educador da cidade. O sistema educacional de Guarulhos, no século XIX, a exemplo do sis-tema educacional brasi-leiro, era extremamente precário. Escolas eram fechadas ora por falta

de professor, ora pela evasão escolar, o que não permitia reunir em uma única classe o nú-mero mínimo de alu-nos exigido para seu funcionamento, isto é, 16 alunos. Faltavam re-cursos para pagamento de professor, compra de material didático e até para pagamento do aluguel dos imóveis onde funcionavam as escolas.

As escolas isoladas – assim denominadas as unidades esco-lares onde os pro-fessores ministra-vam o ensino para crianças de diver-sas idades e com conhecimentos e habilidades hete-rogêneos; situa-vam-se, normal-mente, nas zonas rurais e suburba-nas e tinham como

objetivo alcançar a po-pulação mais carente de instrução – foram as únicas alternativas de acesso à educação pública no município até 1926, quando foi inaugurado o primeiro grupo escolar, a Esco-la Estadual Capistrano de Abreu, localizada na Rua Luiz Faccini e posteriormente trans-ferido para Rua Capi-tão Gabriel, resultado de pressão da elite do-minante local. Na úl-

tima década do século XX, assistimos a um aumento dos investi mentos na área edu-cacional, dos setores públicos municipais de Educação Fundamen-tal, e privados de Ensi-no Superior.

As políticas pú-blicas, em especial de educação, não fo-ram sufi cientes para atender a demanda do município, embora nos últimos anos seja notório o aumento de

investimentos no se-tor educacional. Ainda há um longo caminho a ser percorrido. Po-líticas públicas para a educação são determi-nantes para a supera-

ção das desigualdades sociais, o mais efi caz mecanismo de inclu-são, de superação da violência e do desen-volvimento integral do ser humano.

EE Conselheiro Crispiniano – início de funcionamento em 1o de agosto de 1951

Hino a Guarulhos

Autora da Letra: Nicolina BispoMúsica: maestro Vicente Aricó JúniorOrquestra: Wenceslau Nasari Campos

Sob o céu desta Pátria queridamais cem anos de luta e laborcingem hoje o teu nome Guarulhos,que se ergueu por seu próprio valor.

Chaminés, como lanças erguidas,nos apontam o caminho a seguir.Trabalhando, vencendo empecilhos,desfraldando o pendão do porvir.

Tuas praças são livros abertos,onde lemos futuro e glória.Crispiniano e Bueno fulguramcomo vultos eternos na história...

Que teu nome em mais um Centenárioe na língua tupi proclamado,seja um hino de paz, de esperança,por teu povo feliz entoado.

Pequenina nasceste, e João Álvares,jesuíta, benzeu-te com fé.Tu és hoje cidade progresso,uma terra que vence de pé.

Eia, pois, guarulhense, avante,com bravura na luta febril,por São Paulo e por tudo o que é nosso,e, acima de tudo o Brasil!

15 ANOS

Escolas de Guarulhos

Grupo Escolar de Guarulhos, inaugurado em 1o de julho de 1926. Atual EE Capistrano de Abreu

Page 23: edição 6 - Aniversário de Guaruhos
Page 24: edição 6 - Aniversário de Guaruhos

08 de Dezembro de 201124 POLÍTICOS

1881 a 1890 – Capitão Joaquim Francisco de Paula Rabello. Eleito pela Câmara Municipal, foi o primeiro chefe do Execu-tivo guarulhense. Acumulava os cargos de presidente da Câmara e do Executivo municipal

1890 a 1891 – Antônio José Si-queira Bueno. Interino. Escolhi-do pela Câmara Municipal

1891 a 1894 – Após a Procla-mação da República, a Câmara foi dissolvida e o Governo Pro-visório indicou quatro intenden-tes: Vicente Ferreira de Siqueira Bueno, Felício Marcondes Mu-nhoz, Antônio Dias Tavares e Luiz Dini. Jesuíno José de Souza e Lúcio Francisco Pereira Paiva foram indicados para ocuparem as intendências de justiça, polí-cia, fi nanças e obras públicas

1894 a 1896 – Lúcio Francisco Pereira, eleito pela Câmara

1896 a 1902 – Capitão João Francisco da Silva Portilho. Es-colhido e reeleito várias vezes

pela Câmara

1902 a 1906 – Dr. Leonardo Va-lardi. Eleito vereador em 30 de julho de 1902, foi escolhido in-tendente pela Câmara

1906 a 1907 – Capitão João Teófilo de Assis Ferreira, es-colhido pela Câmara. Para ser intendente o postulante tinha que ser eleito vereador. Eleito pela maioria dos seus pares da Câmara Municipal, acumulava os cargos de presidente do Le-gislativo e do Executivo. Gua-rulhos deixou de pertencer ao município de São Paulo no dia 24 de março de 1880, passan-do de freguesia à categoria de município. Devido a esta nova situação política, passou a ele-ger vereadores e intendentes da própria localidade a partir de 1881. Até então, todos os registros sobre Guarulhos en-contram-se ainda no Arquivo Histórico do Município de São Paulo.

Intendentes1908 a 1915 – Capitão Gabriel José Antônio. Eleito pela Câma-ra. A partir de então a titularidade do Executivo passava a deno-minar-se prefeito. Eleito várias vezes faleceu durante o mandato1915 a 1916 – Felício Antônio Alves. Escolhido para substituir o capitão Gabriel1917 a 1919 – Zeferino Pires de Freitas, eleito pela Câmara1919 a 1930 – José Maurício de Oliveira Sobrinho. Escolhido várias vezes para o cargo de prefeito pela Câmara1930 – João Eduardo da Silva. Com a vitória da Revolução de 1930, empossou-se no cargo, sendo deposto José Maurício1930 a 1931 – Delezino de Almeida Franco. Empossado pela Junta Revolucionária, pertencia ao Partido Democrático. Dirigiu o município do dia 11 de novembro de 1930 a 21 de janeiro de 19311931 – Dr. Alberto Cardoso de Melo. Nomeado pelo Governo do Estado, atuou de 21 de janeiro de 1931 a 10 de abril de 19311931 a 1933 – Major Ariovaldo Panadés. Nomeado pelo Go-verno do Estado de São Paulo para o período de 11 de abril de 1931 a 31 de agosto de 19321932 – Dr. Alfredo Ferreira Paulino Filho. Nomeado interinamente pelo Governo do Estado para substituir Ariovaldo Panadés do dia 23 de outubro de 1932 a 23 de novembro de 19321933 – Carlos Panadés. Funcionário da Prefeitura, recebeu o cargo do seu irmão após demissão do mesmo e permaneceu nele de 31 de agosto de 1933 a 2 de setembro de 1933

Prefeitos indicados de 1908 a 1933

Page 25: edição 6 - Aniversário de Guaruhos

2508 de Dezembro de 2011 EXECUTIVO

1933 a 1938 – Guilhermino Rodrigues de Lima. Nomeado pelo Governo do Estado, governou do dia 2 de setem-bro de 1933 a 11 de julho de 19381936 – Gentil Bicudo. Contador da Prefeitura, foi nomeado pelo Governo do Estado durante licença de Guilher-mino Rodrigues de Lima e permane-ceu no cargo do dia 14 de fevereiro de 1936 a 26 de fevereiro de 19361936 – José Saraceni. Nomeado inte-rinamente para substituir Guilhermino Rodrigues de Lima, cuja nomeação foi feita pelo secretário da Justiça para o período de 26 de fevereiro de 1936 a 13 de março de 19361938 – Gentil Bicudo. Nomeado para substituir Guilhermino Rodrigues de Lima devido à sua demissão, perma-neceu no poder no período de 11 de julho de 1938 a 21 de julho de 19381938 a 1940 – Major José Moreira Matos. Nomeado pelo Governo do Estado pelo período de 21 de julho de 1938 a dezembro de 19401940 a 1945 – José Maurício de Oli-veira Sobrinho. Nomeado pelo Gover-no do Estado em 19 de dezembro de 19401945 – Gentil Bicudo. Nomeado in-ternamente pelo Governo do Estado, devido enfermidade e morte de José Maurício de Oliveira, para o período

de 9 de janeiro de 1945 a 23 de maio de 19451945 a 1947 – Dr. Heitor Maurício de Oliveira. Nomeado pelo Governo do Estado para a gestão de 23 de maio de 1945 a 25 de março de 19471945 – Vasco Elídio Egídio Brancale-oni. Nomeado interinamente pelo Go-verno do Estado1947 – Dulce Insuelo Macedo. Antes da posse do sr. João Mendonça Fal-cão a funcionária da municipalidade é nomeada e assume interinamente por 13 dias1947 – João Mendonça Falcão. No-meado pelo Governo do Estado, per-maneceu no cargo de 9 de abril de 1947 a 12 de julho de 19471947 a 1948 – Dr. Olivier Ramos No-gueira. Nomeado pelo Governo do Estado para o Executivo de 12 de ju-lho de 1947 a 4 de setembro de 19481948 a 1952 – Fioravante Iervolino. Nomeado pelo Governo do Estado, governou de 4 de setembro de 1948 a 3 de janeiro de 19521952 a 1953 – Antônio Prátici. Nome-ado pelo Governo do Estado, de 31 de janeiro de 1952 a 13 de dezembro de 1953

Prefeitos indicados de 1933 a 1953 Prefeitos indicados por voto direto

“Parabéns Guarulhos pelos seus 451 anos!

Quero cumprimentar a todos os guarulhenses nesta data e em especial as personalidades que ajudaram a construir

e fortalecer o bairro da Vila Galvão, tornando-o um cartão de visita, que

engrandeceu ainda mais a nossa cidade.”

1953 a 1957 – Rinaldo Poli. Eleição di-reta. Exerceu o cargo de prefeito de 13 de dezembro de 1953 a 13 de dezem-bro de 1957. Primeiro prefeito eleito pelo voto direto na cidade1957 a 1961 – Fioravante Iervolino. Exerceu o cargo de 13 de dezembro de 1957 a 13 de dezembro de 19611961 a 1966 – Dr. Mário Antonelli. Teve o mandato eletivo prorrogado por um ano por decreto do marechal Castelo Branco em 23 de dezembro de 1965. Governou de 13 de dezembro de 1961 a 24 de novembro de 1966.1962 – Francisco Antunes Filho, na qualidade de vice-prefeito, substituiu Mário Antonelli durante licença médica, entre os dias 15 de outubro de 1962 e 15 de novembro de 19621966 a 1970 – Waldomiro Pompêo. Go-vernou do dia 24 de novembro de 1966 a 31 de janeiro de 19701970 – Alfredo Antônio Nader. Assu-miu em 31 de janeiro de 1970 e teve o mandato cassado com base no Artigo 13 do AI-5, por Decreto de 13 de junho de 19701970 a 1973 – Jean Pierre Hermann de Morais Barros. Nomeado como inter-ventor pelo Governo Federal, de 14 de junho de 1970 a 30 de janeiro de 1973.1973 a 1977 – Waldomiro Pompêo. Go-vernou de 31 de janeiro de 1973 a 30 de janeiro de 1977

1977 a 1982 – Professor Néfi Tales. Foi prefeito durante o período de 19 de fevereiro de 1977 a 13 de maio de 1982, quando deixou o cargo para disputar o cargo de deputado estadu-al, sendo eleito1982 a 1983 – Dr. Rafael Rodrigues Fi-lho. Como presidente da Câmara, em face da desincompatibilização do vice--prefeito Oswaldo de Carlos. Assumiu em 13 de maio de 1982, indo até 19 de fevereiro de 19831983 a 1988 – Dr. Oswaldo de Carlos1988 a 1992 – Paschoal Thomeu1993 a 1996 – Vicentino Papotto1997 a 1998 – Nefi Tales. Foi afastado pela Justiça e posteriormente cassado pela Câmara Municipal1998 a 2000 – Jovino Cândido, como vice de Néfi Tales, assumiu após a cas-sação do titular. O presidente da Câma-ra, Sebastião Bispo Alemão, assumiu o cargo de prefeito por alguns dias2001 a 2004 – Elói Pietá. Eneide Morei-ra Lima assumiu o cargo por algumas vezes, na ausência do prefeito2005 a 2008 – Elói Pietá. Além da vice--prefeita Eneide Moreira Lima ter assu-mido o cargo por algumas oportunida-des, o presidente da Câmara Municipal, Gilberto Penido, assumiu o cargo de prefeito no fi nal do mês de novembro de 2006, por poucos dias2008 a 2012 – Sebastião Almeida

Francisco RequenaLago de Vila Galvão em 1950

Prefeitos indicados de 1908 a 1933

Page 26: edição 6 - Aniversário de Guaruhos

08 de Dezembro de 201126 SÍMBOLOS MUNICIPAIS

Instituída pela Lei nº 1.679, de 7 de dezembro de 1971, de autoria do heraldista e professor Arcinoé An-

tônio Peixoto Faria, a bandeira apre-senta as seguintes características: es-quartejada em cruz, sendo os quartéis de azul constituídos por quatro faixas brancas carregadas sobre faixas ver-melhas, dispostas duas a duas no sen-tido horizontal e vertical e que partem do vértice de um losango branco cen-tral, onde o brasão municipal é apli-cado. O esquartejamento em cruz con-forme a tradição heráldica portuguesa simboliza o espírito cristão do povo de Guarulhos; o brasão central expressa o Governo Municipal, fi gurando como sede do município, o losango onde é aplicado. As faixas representam o Po-der Municipal que se expande a todos os quadrantes do território e os quar-téis assim formados representam as propriedades rurais existentes no solo de Guarulhos.

As cores da bandeira da cidade identifi cam-se com as do brasão, simbolizando: o azul, justiça, nobre-za, perseverança, zelo, lealdade, re-creação e formosura; o branco, sim-bolismo de paz, trabalho, amizade, prosperidade e pureza; o vermelho, o amor pátrio, dedicação,audácia,

desprendimento, valor, integridade e coragem. Obedece, o nosso lábaro, às dimensões ofi ciais adotadas para a Bandeira Nacional, levando-se em consideração 14 módulos de altura por 20 módulos de comprimento de retângulo. Com hasteamento obriga-tório às 8 horas de cada dia e arrea-mento às 18 horas. Quando usada no período noturno, deve permanecer iluminada. Para o seu hasteamento, observam-se as seguintes regras: quando hasteada em conjunto com a Nacional e a Estadual, fi cará a Na-cional ao centro, a Estadual à direi-ta e a Municipal à esquerda. Quan-do distendida, sem mastro, em rua, praça, entre edifícios ou portas, será postada ao comprido, com o lado maior do retângulo, em sentido ho-rizontal e a coroa municipal voltada para cima.

Brasão de armasFoi instituído, em 1º de fe-

vereiro de 1932, pelo prefeito nomeado, o major reformado na Polícia Militar, Ariovaldo Pa-nadés, pelo Ato nº 87, tornando obrigatório o seu uso em todas as repartições e impressos co-munais da cidade. Deve-se ao profundo conhecedor dos feitos dos paulistas, Affonso

D’Escragnole Taunay, a sua composição, assim descrita pelo heraldista Cló-vis Ribeiro, na sua obra Brasões e Bandeiras do Brasil: “Escudo redondo português, encimado pela coroa municipal privativa das municipalidades. Em campo azul, duas cabeças de índios e duas de brancos, de carnação, afron-tadas. Em chefe (acima das duas primeiras cabeças) a Lua crescente de ouro, atributiva de Nossa Senhora da Conceição; em abismo, a cruz ‘ancora-da’, atributo do apelido Álvares, na antiga heráldica portuguesa.

No listel, enramado de hastes de cana de açúcar e de trigo, as mais ve-lhas culturas do município, inscreve-se a divisa: Meu sangue é genuinamente paulista, ou VERE PAVLISTARVM SANGVIS MEVS. Como suportes do es-cudo, duas anhumas, as belas, grandes e ariscas aves que outrora deram nome ao Tietê de Anhembi (Rio das Anhumas), nos anos primeiros de São Paulo. Banha o antigo Anhembi as terras de Guarulhos e têm, como todos sabem, o maior signifi cado no conjunto das tradições paulistas, como o ‘Rio das Monções’”.

Neste brasão, escreve Taunay, estão reunidas as fi guras relembradas da fundação do arraial luso-indiático, do século XVI; e a do padre bandeiran-te João Álvares, vigário de São Paulo e grande benfeitor da antiga aldeia de Nossa Senhora da Conceição, denominação atributiva ao arraial, depois vila e hoje cidade, pois indiferentemente chamava-se o lugar Conceição ou Guarulhos. Consta ter sido o historiador e primoroso pintor Wasth Rodrigues quem desenhou o brasão proposto por Taunay. Artista a quem Carlos Drum-mond de Andrade assim se referiu: “Wasth não ostenta ciência, possuía-a simplesmente”. Em 1991, no governo Paschoal Thomeu, o brasão foi modifi -cado pela Lei nº 3.761, de 24 de abril.

Bandeira

Page 27: edição 6 - Aniversário de Guaruhos

2708 de Dezembro de 2011 TOMBAMENTO

Patrimônio cultural

Em 26 de dezembro de 2000, o então prefeito Jovino Cândido, con-forme indicação do Conselho Consultivo Municipal do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Arquitetônico e Paisagístico de Guarulhos

decretou o tombamento dos seguintes imóveis, não podendo ser demolidos, nem sofrer acréscimos ou diminições:

Ao ensejo dos 451 anos de Guarulhos, cidade eminentemente tra-balhadora, fazemos uma saudação especial à classe trabalhadora gua-rulhense, principalmente aos metalúrgicos da ativa e aposentados.

Nesta data, e com satisfação, registramos a forte presença dosmetalúrgicos na economia local e a grande contribuição da catego-ria ao desenvolvimento da nossa cidade.

Ganhos - Em 2011, encerramos campanha salarial com au-mento real para os 60 mil trabalhadores. É o oitavo ano consecutivode ganhos reais e mais direitos.

Também conquistamos pagamento de abonos salariais, quevariam entre 26 e 28% do salário do trabalhador.

Mulher - Outra conquista importante é a extensão da licença-maternidade de 180 dias para mais de 80% das trabalhadoras danossa base. A mulher metalúrgica passa a dispor de estabilidadetambém quando adota criança.

Cidadania - Afora as ações no campo trabalhista, o Sindicatoamplia o trabalho social e as lutas cidadãs. Ao mesmo tempo, nos-sa entidade estimula a participação do metalúrgico e da metalúrgica

Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região

Telefone 2463.5300 - www.metalurgico.org.br

Pereira e Heleno comandam assembleia de aprovação do acordo da Campanha Salarial

Pro

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(11)

323

1.34

53

na vida política da cidade, buscando, sempre, o progresso e a qua-lidade de vida.

Futuro - O metalúrgico é agente ativo na história guarulhense.Já fizemos muito no passado. Temos forte atuação no presente. Equeremos cada vez mais influir nos destinos de nossa cidade.

Sanatório Padre Bento

Igreja Nosso Senhor do

Bom Jesus (da Capelinha)Estrada de Nazaré Igreja do Bom Jesus da Cabeça –

Estrada do Cabuçu

Igreja Nossa Senhora de Bonsucesso

Page 28: edição 6 - Aniversário de Guaruhos

08 de Dezembro de 201128

Sítio da Candinha

Bosque Maia

Prédio localizado a Rua Sete

de Setembro esquina com Rua

Felício Marcondes (1ª sede da

Prefeitura) – hoje calçadão

Antiga estação de trem e antiga casa do chefe da

Estação – Casa Amarela

Prefeitura) – hoje calçadão

EEPSG Conselheiro Crispiniano – Centro,

projetada por Vila Nova Artigas, profi ssional

que construiu o bairro do Cecap

Igreja São João Batista dos Morros – Cocaia

IMÓVEIS TOMBADOS

Page 29: edição 6 - Aniversário de Guaruhos
Page 30: edição 6 - Aniversário de Guaruhos

08 de Dezembro de 201130 PATRIMÔNIO CULTURAL

Prédio na Rua Sete de Setembro, esquina

com Felício Marcondes (Casa do ex-prefeito

José Maurício de Oliveira) – hoje a casa está abandonada no Centro

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Page 31: edição 6 - Aniversário de Guaruhos

3108 de Dezembro de 2011 CRÉDITOS

Agradecimento especial

Agradecemos a todos os funcionários do Arquivo Histórico Municipal que nos forneceram os materiais necessários para esta publicação.

Fonte: livro “Guarulhos espaço de muitos povos”

Editor Responsável

Nelson de Aquino Azevedo

Coordenador Editorial

Jefferson Pereira Galdino

Organizadores do Livro

Elton Soares de Oliveira, Maria Cláudia Vieira Fernandes, Gláucia Garcia de Carvalho, Elmi El Hage Omar, Benedito Antônio Genofre Prezia, Sandra Emi Sato, William de Queiroz, Márcio Roberto Magalhães de Andrade, Antônio Manoel dos Santos Oliveira, Lúcia de Jesus Cardoso Oliveira Juliani, Edson José de Barros, José Elmano de Medeiros Pinheiro, Caetano Juliani e Vagner Carvalheiro Porto

Fotografi as

Maria Cláudia Vieira Fernandes, Márcia Pinto, Alexandre de Paula,

Elton Soares de Oliveira, João Machado, Aparício Reis (Índio), José Maria Muniz Ventura, Levi da Silva, acervo de Isabel Borazanian, Gláucia Garcia de Carvalho, acervo da Casa de Cultura Paulo Pontes, Massami Kishi, acervo do Grupo Literário Letra Viva,

Acervo da Prefeitura Municipal de Guarulhos e Arquivo Histórico de Guarulhos

Arquivo Histórico Municipal: Rua Tapajós, 80 – Jardim Barbosa – Guarulhos

Telefone: 2442-8723

Email: [email protected]ários do Arquivo Histórico Municipal

Page 32: edição 6 - Aniversário de Guaruhos

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Caldas Novas 4 diasHotel Golden Dolphin Express com passeio

2 adultos ...............................10x R$ 133,60

2 crianças ............................................grátisFamília com 4 pessoas ......10x R$ 133,60 Crianças grátis até 12 anos. Total R$ 1.336. Preço para saídas 1º, 8 e 15/dezembro

Bonito 8 diasHotel Tapera com passeio

2 adultos ...............................10x R$ 339,60

2 crianças ............................................grátisFamília com 4 pessoas ...... 10x R$ 339,60Crianças grátis até 11 anos. Total R$ 3.396. Preço para saídas 4 e 11/dezembro

Porto Seguro 8 diasHotel Fênix com passeio

2 adultos ...............................10x R$ 179,60

2 crianças ............................................grátisFamília com 4 pessoas .......10x R$ 179,60Crianças grátis até 12 anos. Total R$ 1.796. Preço para saída 10/dezembro

Inclui: passagem aérea, transporte aeroporto/hotel/aeroporto, diárias de hospedagem com café da manhã

Ilhéus 8 diasCana Brava Resort com jantar e passeio

2 adultos ...............................10x R$ 389,60

2 crianças ............................................grátisFamília com 4 pessoas ......10x R$ 389,60Crianças grátis até 12 anos. Total R$ 3.896. Preço para saída 17/dezembro

Maceió 8 diasHotel Brisa Mar com passeio

2 adultos ...............................10x R$ 377,60

1 criança ..............................................grátisFamília com 3 pessoas .......10x R$ 377,60Crianças grátis até 12 anos. Total R$ 3.776. Preço para saídas 13, 17, 18/janeiro

Maragogi 8 diasHotel Praia Dourada com jantar e passeio

2 adultos .............................. 10x R$ 557,60

2 crianças ............................................grátisFamília com 4 pessoas ......10x R$ 557,60Crianças grátis até 12 anos. Total R$ 5.576. Preço para saídas 13, 17 e 18/janeiro

Natal 8 diasHotel Natal Praia com passeio

2 adultos ...............................10x R$ 313,60

2 crianças ............................................grátisFamília com 4 pessoas ...... 10x R$ 313,60Crianças grátis até 12 anos. Total R$ 3.136. Preço para saída 24/dezembro

Na CVC, criança viaja de graça São diversos destinos e hotéis por todo o Brasil com passagem aérea e hospedagem gratuita

para até duas crianças de até 12 anos no período de Natal, Réveillon e Férias*. Isso mesmo: viagem

grátis para as crianças é só na CVC.

E o melhor, tudo em até 10x sem juros e sem entrada.

Resorts e hotéis selecionados Os melhores hotéis e resorts para suas férias.

Costa Brasilis Resort 8 diasEm Porto Seguro

2 adultos ..............................10x R$ 289,60

2 crianças ............................................grátisFamília com 4 pessoas ......10x R$ 289,60Crianças grátis até 12 anos. Total R$ 2.896. Preço para saída 10/dezembro

Hotel Quinta do Porto 8 diasEm Arraial D’ Ajuda

2 adultos ..............................10x R$ 239,60

2 crianças ............................................grátisFamília com 4 pessoas ...... 10x R$ 239,60Crianças grátis até 12 anos. Total R$ 2.396.Preço para saídas 10 e 18/dezembro

Hotel Náutico 8 diasEm Porto Seguro com passeio

2 adultos ..............................10x R$ 249,60

2 crianças ............................................grátisFamília com 4 pessoas ......10x R$ 249,60Crianças grátis até 12 anos. Total R$ 2.496.Preço para saída 10/dezembro

Ocean Palace Resort 8 diasEm Natal com passeio

2 adultos ............................. 10x R$ 645,60

2 crianças ............................................grátisFamília com 4 pessoas ......10x R$ 645,60Crianças grátis até 12 anos. Total R$ 6.456.Preço para saída 16/janeiro

Hotel Ponta Mar 8 diasEm Fortaleza com passeio

2 adultos ..............................10x R$ 487,60

2 crianças ............................................grátisFamília com 4 pessoas ...... 10x R$ 487,60Crianças grátis até 12 anos. Total R$ 4.876.Preço para saída 16/janeiro

Oceani Resort 8 diasNo Ceará com passeio e jantar

2 adultos .............................. 10x R$ 781,60

2 crianças ............................................grátisFamília com 4 pessoas .......10x R$ 781,60Crianças grátis até 12 anos. Total R$ 7.816.Preço para saída 16/janeiro

Inclui: passagem aérea, transporte aeroporto/hotel/aeroporto, 7 diárias de hospedagem com café da manhã

Vila Galé Cumbuco 8 diasNo Ceará com passeio e tudo incluído

2 adultos ..............................10x R$ 919,60

2 crianças ............................................grátisFamília com 4 pessoas ...... 10x R$ 919,60Crianças grátis até 12 anos. Total R$ 9.196.Preço para saída 16/janeiro

Acesse cvc.com.br/lojas e veja a loja CVC ou o agente de viagem mais perto de você.Condições gerais: os preços publicados são por pessoa, com hospedagem em apartamento duplo, com saídas de São Paulo em voos específicos. Preços, datas de saída e condições de pagamento sujeitos a reajuste e mudança sem aviso prévio. Oferta de lugares limitada e reservas sujeitas a confirmação. Parcelamento promocional em até 10x sem juros, sendo a 1a parcela no ato da compra e as demais mensais com cheque ou cartão. Passeios não incluem ingressos. Ofertas válidas para compras realizadas até um dia após a publicação. Taxas de embarque cobradas pelos portos e aeroportos não estão incluídas nos preços. Crédito sujeito a aprovação. Promoção válida para compras no período de 26/novembro a 10/dezembro/2011 com embarques entre dezembro/2011 e janeiro/2012. Promoção válida para até 2 crianças de até 12 anos desde que acompanhadas de 2 adultos pagantes hospedados no mesmo apartamento, conforme disponibilidade de apartamentos triplos e quádruplos de cada hotel participante. *Nas viagens em voos regulares as crianças pagam a passagem aérea e as taxas de embarque. Nas viagens em voos fretados as crianças pagam somente as taxas de embarque. Consulte regras dos hotéis participantes e as cidades servidas por voos fretados CVC com nossos vendedores ou seu agente de viagens.

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