Edição 583

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DIRECTORA: Sandra Ribeiro Gonçalves Ano XI n.º 583 de 24 a 30 de Maio de 2011 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Comício do CDS-PP trouxe Paulo Portas a Famalicão Pág. 7 MP acusa eleitos do PS de difamação Pág. 7 Especial EB 2, 3 Dr. Nuno Simões (Caderno Interior) Escola de afetos Cruz

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Edição 583

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DIRECTORA: Sandra Ribeiro Gonçalves Ano XI n.º 583 de 24 a 30 de Maio de 2011 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Comício do CDS-PPtrouxe Paulo Portas a Famalicão

Pág. 7

MP acusa eleitos do PS de difamação

Pág. 7

Especial EB 2, 3 Dr. Nuno Simões (Caderno Interior)

Escola de afetos

Cruz

Page 2: Edição 583

2 De 24 a 30 de Maio de 2011

Propriedade e Editor Grito de Força - Comunicação e Publicidade, Unipessoal Lda. - Nif 508116260 - Conservatória do Registo Comercial do Braga nº 3003/2007 - Registo do Instituto da Comunicação Social n.º123427 - Sede Rua Adriano Pinto Basto, n.º 161 - Tel.: 252 378 165 - Fax: 252 378 167 E-mail: [email protected] -

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* Todos os anúncios e fotografias são propriedade do editor, não podendo ser reproduzidos sem autorização por escrito *

Imediações do Hospital

de Famalicão:

Os passeios que ladeiam

a unidade de saúde,

principalmente os que a

servem na parte traseira,

estão longe de estar no

estado que seria exigível.

Os buracos surgem em

catadupa, representando

um verdadeiro circuito de

obstáculos para os

transeuntes.

Por outro lado, o muro de

suporte de terras não

evidencia grande

segurança. Um fenda

enorme relativamente ao

pavimento e uma

inclinação no sentido do

parque de

estacionamento, fazem

prever que a estrutura não

está em condições

de segurança...

Intervenção URGENTE,

para impedir danos!

Notícias de Famalicão

Com Palavras seEnganam as Pessoas…

Eu não ligo muito ao futebol, mas já liguei e isso

deixou marcas. Uma dessas marcas é o gosto de ver o

Futebol Clube de Famalicão em bom lugar. Fiquei con-

tente, por isso, com a subida para a 3ª divisão nacional.

Digo 3ª divisão, embora os jornais digam, mentindo

descaradamente por culpa dos responsáveis do futebol

nacional, que o Famalicão subiu para a 2ª divisão.

Dantes as coisas eram simples e verdadeiras: havia,

a nível nacional, a 1ª divisão; depois a 2ª; e finalmente

a 3ª divisão nacional com várias séries. Quem não se

aguentasse na 3ª divisão nacional descia para os

campeonatos distritais.

Agora, não são simples, nem verdadeiras. Segura-

mente, por razões comerciais, mudaram há alguns anos

o nome às coisas, confundindo as pessoas . Fui consul-

tar na net o jornal Record (o que melhor esclarece as

coisas) e pude verificar o seguinte:

À antiga 1ª Divisão, onde militam, entre outros o

Porto, o Benfica, o Sporting e o Braga, chamam-lhe

agora “Liga Zon Sagres”.

À antiga 2ª Divisão em que este ano vão à frente o

Varzim, o Feirense e o Gil Vicente chamam-lhe agora

“Liga Orangina”.

À antiga 3ª divisão nacional que tem agora 3 zonas

(Zona Norte, Centro e Sul), chamam-lhe agora 2ª

Divisão, o que como é bom de ver, é mentira.

Por outro lado, os responsáveis pelo futebol criaram

uma nova divisão nacional que é naturalmente a 4ª di-

visão. Esta tem 8 séries, das quais 6 no continente

(A,B,C,D,E, F) , 1 nos Açores e outra na Madeira. Era

aqui que estava o Famalicão, jogando na série B.

Chamam-lhe oficialmente 3ª Divisão mas , como se vê,

é redonda mentira.

Isto é uma boa prova de como com palavras se en-

ganam as pessoas.

Por isso, o Famalicão subiu para a 3ª Divisão e já

agora desejo que consolide essa sua posição e passe

dentro de algum tempo para a verdadeira 2ª divisão

(“Liga Orangina”). Já não seria nada mau e o concelho

merece.

Tudo sem as aventuras de má memória que o levaram

em tempos à 1ª Divisão e depois o fizeram tombar por

aí abaixo.

ANTÓNIO CÂNDIDO DE OLIVEIRA

PS - Os semáforos da Estrada Nacional 14, em

Santiago da Cruz, estão “loucos”. Provocam engarrafa-

mentos sucessivos e perigo de acidente. Importa corrigir

esta situação.

PPS – Estive hoje em Serralves. Quando vejo um par-

que amplo como aquele, em plena cidade do Porto, cada

vez tenho mais pena da nossa curteza de vistas a nível

municipal. Tínhamos possibilidade de fazer um grande

parque em Famalicão mas não fomos capazes disso.

Vem-me à memória o Dr. Nuno Carvalho e a luta que

travou por um grande Parque.

Uma jornada impressio-

nante de promoção do BTT e

de Vila Nova de Famalicão.

Assim se traduziu a III Mara-

tona BTT de Famalicão que

um milhar de atletas dispu-

taram ontem, 22 de Maio,

numa organização da Asso-

ci-ação Amigos do Pedal.

A equipa profissional Sa-

ertex Portugal/Bicicletas La-

varinhas esmagou a concor-

rência ao reservar para os

seus atletas a totalidade do

pódio tanto na maratona (80

quilómetros), como na meia-

maratona (40 quilómetros).

A prova ficou naturalmente

marcada pelo elevado núme-

ro de participantes que come-

çaram por invadir as ruas da

cidade famalicense, perante

o “espanto” do muito público

que parou para ver passar a

prova, partindo posteriormen-

te para um trilho que privile-

giou o contacto com a na-

tureza e que desvelou cená-

rios fantásticos do espaço

rural e florestal do concelho.

Entre quintas senhoriais,

campos de cultivo, vinhedos

verdejantes e bosques pren-

hes de primavera, a organiza-

ção soube conquistar a admi-

ração dos participantes que

desdobravam-se no final da

prova entre elogios à beleza e

competitividade do percurso

e a impecável logística colo-

cada no terreno pelos “Ami-

gos do Pedal”.

Concluíram a prova 800

dos cerca de mil que partiram.

Destes, apenas uma centena

optou por percorrer os 80 qui-

lómetros respeitantes à ma-

ratona, enquanto que a es-

magadora maioria preferiu

competir nos 40 quilómetros

da meia-maratona.

A prova teve início às 09h

30 e estendeu-se até às 16h

00, altura em que cortou a

meta o último atleta. Pelo

meio ficaram tempos tão dís-

pares, coincidentes com as

diferentes atitudes dos parti-

cipantes, uns concentrados

na competitividade, outros

com uma atitude mais relaxa-

da, apostados em explorar a

be-leza da paisagem e a con-

vivialidade proporcionada

entre amantes das bicicletas

todo-o-terreno.

Um milhar de atletas disputaram a III Maratona BTT

“Gerações” aborda envelhecimento ativo

A Associação Gerações promove no próximo dia 3 de

Junho, no Auditório da Biblioteca Municipal, um seminário

sobre Envelhecimento Activo, onde vão estar presentes

diversos especialistas. O “Envelhecimento Activo: Dar

Anos à Vida” com a Dra. Sofia Brandão, “Pobreza e

Exclusão Social na Terceira Idade – Reflexão” e

“Desafios da Transição para a Reforma”. Durante a tarde,

os trabalhos irão focar-se na apresentação de institui-

ções/universidades que têm como objectivo promover o

Envelhecimento Activo. O ingresso no seminário tem o

custo de dez euros, e metade no caso dos estudantes.

As inscrições podem ser realizadas na sede da Gera-

ções, através dos telefones 252374480 e 93 2886644 ou

de email – [email protected].

13.ª Milha Urbana é já este sábado

O Liberdade Futebol Clube promove, no próximo

sábado, dia 28 de Maio, a 13.ª Milha Urbana de Vila

Nova de Famalicão. Integrada no circuito nacional de

milhas, organizado pela Federação Portuguesa de

Atletismo, a milha parte do Parque da Juventude,

onde estará o palco.

Page 3: Edição 583

Jorge Paulo Oliveira, can-

didato à Assembleia da Repú-

blica pelo distrito de Braga

nas listas do PSD, reuniu on-

tem (segunda-feira) os jorna-

listas para fazer um balanço

da fase de pré-campanha

eleitoral, ao longo da qual vi-

sitou 38 das 49 freguesias do

concelho, contactando com

milhares de famalicenses e

ouvindo “as suas opiniões,

críticas e anseios”.

Depois de dezenas de

contacto com associações,

instituições, empresas e cida-

dãos anónimos, o famalicen-

se adianta que as suas preo-

cupações vão, de uma forma

geral, ao encontro das priori-

dades nacionais. O desem-

prego, frisou, assume o topo

das preocupações, dado que

o flagelo já atinge proporções

sem paralelo no país e na re-

gião. No entanto, Jorge Paulo

Oliveira sublinha que as prio-

ridades regionais também co-

locam a temática dos idosos e

da deficiência como prioritá-

ria. “As pessoas sentem que o

Estado não investe ou não

responde com a equidade

que deveria” nesta matéria,

tendo dado conta de uma

clara insuficiência das res-

postas sociais para esta fran-

ja da população. Entre em-

presário, disse, as preocu-

pações dos empresário são

sobretudo no sentido de man-

ter os postos de trabalho num

contexto de graves dificul-

dades. Do sector empresarial

ouviu apelos no sentido de

serem aumentados os incen-

tivos à exportação e à ino-

vação.

A temática da agricultura

também se revelou sensível

ao longo das jornadas de tra-

balho em fase de pré-cam-

panha. Segundo Jorge Paulo

Oliveira a evolução do sector

na freguesia de Fradelos re-

vela bem como têm sido des-

consideradas as políticas pa-

ra o sector. O famalicense a-

dianta que de 48 explorações

agrícolas existentes há dez

anos hoje contam-se apenas

24. Mesmo estas 24 resis-

tentes, frisou, encontram-se

em situação difícil.

Dos contactos com os jo-

vens Jorge Paulo Oliveira afir-

ma ter sentido especiais pre-

ocupações com o futuro e

com o desemprego, sobretu-

do junto dos jovens com mai-

ores qualificações. A emi-

gração também foi abordada,

enquanto “fuga” desta faixa

da população a uma situação

de desemprego; assim como

as dificuldades dos jovens es-

tudantes universitário, quer

com os cortesnas bolsas,

quer com as dificuldades de

sobrevivência com o atraso

sucessivo deste apoio.

Orientado para a promo-

ção de uma política de pro-

ximidade ao distrito e ao con-

celho, Jorge Paulo Oliveira a-

diantou que este será o estilo

que procurará impor ao cargo

de deputado caso venha a ser

eleito. Apesar de legalmente

os eleitos da Assembleia da

República não terem este es-

tatuto regional consagrado, o

famalicense entende que

uma relação de proximidade

“é mais proveitosa”.

Agora na fase de campa-

nha propriamente dita Jorge

Paulo Oliveira referiu que irão

manter-se os contactos no

concelho de Famalicão, que

deverá voltar a ser visitado

pelo líder Passos Coelho.

SANDRA RIBEIRO GONÇALVES

3De 24 a 30 de Maio de 2011

Candidato do PSD à AR fez balanço da pré-campanha e comprometeu-se a exercício de proximidade

Jorge Paulo Oliveira “bateu” concelho

em pré-campanha

Page 4: Edição 583

4 De 24 a 30 de Maio de 2011

Com as eleições de 5 de

Junho cada vez mais próxi-

mas, os candidatos à Assem-

bleia da República pelo Par-

tido Socialista intensificam o

trabalho de “aproximação” e

contactos com as popu-

lações. Na passada semana,

o famalicense Nuno Sá e o

cabeça de lista por Braga,

António José Seguro, efetua-

ram várias jornadas de trabal-

ho no concelho.

Depois de se terem asso-

ciado, na passada semana, á

inauguração da USF de Ri-

beirão, os candidatos man-

tiveram contato com respon-

sáveis do Centro Social e

Paroquial de Ribeirão, onde

foram recebidos pelo seu res-

ponsável máximo padre

Manuel Joaquim. Cómodo na

sua terra natal Nuno Sá a-

companhou o cabeça de lista

por Braga numa visita que

culminou com a entrega a

este de um cabaz de produ-

tos regionais produzidos na

freguesia de Ribeirão. A

comitiva passou ainda pela

Continental-Mabor, onde os

candidatos socialistas, con-

juntamente com o presidente

do Conselho de Adminis-

tração e do seu Director de

Produção, percorreram as

instalações fabris, cumpri-

mentando os trabalhadores e

conhecendo os novos desa-

fios de uma das maiores ex-

portadoras do País.

No mesmo dia reuniram

ainda com o director do Cen-

tro de Emprego para aprofun-

dar o diagnóstico e as neces-

sidades do concelho. Nesta

medida e com o mes-mo ob-

jetivo de sentir o pulsar da a-

tividade económica da re-

gião, Nuno Sá reuniu com o

presidente da ACIF – Asso-

ciação Comercial e Industrial

de Famalicão. O presidente

António Peixoto abordou

várias questões, destacando-

se as das instalações da insti-

tuição, da formação profis-

sional, do Gabinete de Inser-

ção Profissional, dos apoios

às PMEs e do desenvolvi-

mento comercial e industrial

de Famalicão que necessita

de políticas de planeamento

e de atracção, com particular

destaque para a reabilitação

e mobilidade.

Entretanto, ao inicio da

tarde, Nuno Sá deslocou-se à

ADRAVE – Agência de De-

senvolvimento Regional do

Vale do Ave, S.A., nas insta-

lações da qual o seu Admi-

nistrador-Executivo, Joaquim

Lima, deu a conhecer o tra-

balho de formação e de a-

companhamento de candi-

daturas a projectos nacionais

e comunitários que a agência

desenvolve, conjuntamente

com os seus parceiros, no

sentido de promover o desen-

volvimento regional.

O famalicense teve conta-

to com o CNO – Cento Novas

Oportunidades que aí fun-

ciona, falando com os res-

ponsáveis e profissionais do

centro, bem como com adul-

tos envolvidos nas Novas

Oportunidades. “Todos foram

unânimes em reconhecer os

méritos e importância do

Programa Novas Oportuni-

dades que, desde 2005, com

sete centros de formação em

Famalicão, já possibilitou que

5750 famalicenses vissem,

fruto do seu esforço e traba-

lho de formação, as suas

qualificações académicas

ampliadas”, refere Nuno Sá.

A discussão em torno do pro-

grama não dispensou rea-

ções de repúdio às afirma-

ções do líder do PSD, Passos

Coelho, acerca do programa.

Nuno Sá mostrou-se in-

dignado pelo facto de tais afir-

mações merecerem a apa-

rente anuência do candidato

do PSD Jorge Paulo Oliveira,

que também disputa um lugar

na Assembleia da República.

“Esperávamos que Jorge

Paulo Oliveira, enquanto can-

didato de Famalicão do PSD

a Deputado, e que o Paulo

Cunha, enquanto famalicen-

se vice-presidente da Câma-

ra e líder da distrital de Braga

do PSD, viessem manifestar

a sua discordância e repúdio

por estas afirmações do líder

do PSD”, refere Nuno Sá em

nota de imprensa, denunci-

ando a contradição destes

responsáveis do PSD. Refe-

riu-se em concreto ao facto

de terem apresentado e vota-

do favoravelmente um voto

de congratulação pelo Pro-

grama Novas Oportunidades

e, de ainda recentemente

Paulo Cunha ter distribuído

diplomas dos Centros Novas

Oportunidades em cerimónia

realizada na Casa das Artes.

“Aliás, não só as fotogra-

fias retratam a convicção da

entrega dos diplomas, como

o discurso do Vice-Presiden-

te da Câmara e líder da Dis-

trital de Braga do PSD diz

“são mais 250 pessoas que

acrescentam valor àquele

que existia no passado. Nun-

ca desistam de aprender.”,

enaltecendo o desempenho

dos Centros Novas Oportu-

nidades existentes no conce-

lho”, recorda Nuno Sá. O can-

didato do PS lamenta “pro-

fundamente o seu contraste

com a hipocrisia insultuosa

do PSD e dos seus protago-

nistas que, pela sua gravi-

dade, denunciaremos por to-

dos os meios”, sugerindo que

“os famalicenses não podem

confiar, nem votar em quem

os insulta de ignorantes!”.

A propósito das declarações do líder acerca

das Novas Oportunidades

Nuno Sá acusa

responsáveis locais

do PSD de “hipocrisia”

AJJ na fase

final da Liga

A Associação Juventu-

de de Joane, confirma ago-

ra a sua presença na Fase

Final da Liga Futsal Fama-

licão 2010/2011 com o Es-

calão de Pré-Escolas, feito

que deixa os dirigentes da

colectividade muito satis-

feitos. No entender destes,

estas conquista demonstra

o grande trabalho que vem

sendo desenvolvido.

Page 5: Edição 583

5De 24 a 30 de Maio de 2011

A Feira Medieval e Qui-

nhentistas, uma iniciativa da

Escola Profissionao Cior com

o apoio da Câmara Municipal,

atraiu milhares de pessoas ao

centro da cidade, confirman-

do o sucesso do evento que

traz à cena as características

da época medieval.

As pessoas menos aten-

tas que passeavam por Vila

Nova de Famalicão, no pas-

sado fim-de-semana, ainda

pensaram ter entrado numa

máquina do tempo e viajado

até à Idade Média, tal era o

frenesim e o realismo do am-

biente criado pela Feira Me-

dieval e Quinhentista.

A todas as horas, impo-

nentes cavaleiros envergan-

do pesadas armaduras pas-

seavam a cavalo, cruzando-

se com as belas mouriscas

que deambulavam sentadas

em dromedários. Pelas ruas,

havia danças, acrobacias, lu-

tas de varapaus, saltimban-

cos e apedrejamentos. No

castelo montado junto ao

mercado medieval, decorria

uma tentativa de assalto pro-

tagonizada por guerreiros ar-

mados que, depois de uma

destemida batalha, conse-

guiam conquistar as mura-

lhas.

À noite, o banquete com a

presença da realeza abria o

apetite. Mas, logo ali ao lado,

decorria a Feira com a partic-

ipação de mais de 70 mer-

cadores e artesãos, prove-

nientes das várias regiões do

país, mas também da Galiza.

À prova estavam as melhores

e mais tradicionais iguarias

da época como o pão de mi-

lho, queijos e enchidos. Java-

li, veado e coelho eram outros

dos petiscos apreciados. No

final, o ambiente convidava a

um passeio pela feira, onde

não faltavam as barraquinhas

com bijutarias, tapeçarias,

pedras aromáticas e artesa-

nato.

Com a participação de cer-

ca de 700 figurantes que tra-

jados a rigor recriaram o mais

fielmente possível diferentes

episódios históricos, o evento

contou a animação diária

constante. Um dos momentos

altos do evento voltou a ser o

assalto ao castelo, uma ver-

tente do programa ainda de

maior espetacularidade e

perícia.

Feira Medieval e Quinhentista atraiu milhares

ao centro da cidade

Fotos de António Freitas

Page 6: Edição 583

6 De 24 a 30 de Maio de 2011

O atleta Luís Silva, da

Associação de Boccia Luís

Silva, provou mais uma vez

todo o seu potencial ao sa-

gra-se Vice-Campeão Nacio-

nal no Campeonato Nacional

de Boccia realizado em Alen-

quer nos dias 21 e 22 de

Maio.

Depois de demonstrar

uma regularidade espantosa

durante toda a competição,

somando vitórias atrás de vi-

tórias na fase de grupos, nas

meias finais superou o seu

companheiro de selecção Ar-

mando Costa (A.R.D.A). Na

final teve como adversário o

também seu companheiro de

selecção José Macedo (S.C.

Braga). Num jogo muito bem

disputado e de um elevado

nível técnico a vitória acabou

por fugir no final ao atleta

famalicense.

A Associação de Boccia

Luís Silva foi também repre-

sentada pela atleta Cristiana

Marques, que no ano da sua

estreia na modalidade conti-

nua a superar todas as ex-

pectativas. Depois de alcan-

çar um 3.º lugar no Campeo-

nato Nacional – Zona Norte

esta atleta alcançou agora

um honroso 6.º lugar, nesta

competição que reuniu os

melhores atletas de Boccia

do país.

Época 2010/2011 que ter-

mina em Coimbra nos dias

10, 11 e 12 de Junho, para o

Campeonato de Portugal de

Boccia, com os atletas Luís

Silva e Cristiana Marques

presentes.

Boccia

Luís Silva vice-campeão

nacional

Foi inaugurado em Joane,

na terça-feira, dia 17 de Maio,

o Balcão Único do Solicitador.

Este serviço aberto agora ao

público conta com uma e-

quipa de solicitadores lidera-

da pelo solicitador Paulo

Branco. O “Balcão Único do

Solicitador” é um local onde

os cidadãos resolvem todos

os problemas necessários a

certos actos jurídicos, a-

través de um profissional es-

pecialmente habilitado – o so-

licitador.

Na cerimónia de inaugu-

ração estiveram presentes,

entre outros, alguns em-

presários da região de Joane,

gerentes e funcionários ban-

cários, profissionais liberais e

outro profissionais cujos ser-

viços do Balcão Único pode-

rão representar uma mais-

valia nas suas actividades

profissionais e dos seus cli-

entes. É que o Balcão Único

do Solicitador possibilita - de-

pois da simplificação, desma-

terialização e desformaliza-

ção dos actos jurídicos apro-

vada pelo Decreto Lei nº

116/2008 - a realização de

actos jurídicos que até agora

apenas poderiam ser realiza-

dos em Notários e Conser-

vatórias existentes

apenas na sede de con-

celho, nomeadamente Docu-

mento Particular Autenticado,

o equivalente à escritura no-

tarial, Constituição ou modifi-

cação da propriedade hori-

zontal, assuntos relaciona-

dos com Heranças e Parti-

lhas, Constituição de Socie-

dades, alteração do Pacto

Social, Cessão de Quotas ou

Registo de Marca, Registo

automóvel, Autenticação de

Documentos e Reconheci-

mento de Assinaturas, entre

outros serviços. Estes e mui-

tos outros serviços jurídicos é

possível realizar no Balcão

Único de Joane no mesmo

espaço, sem complicações e

des locações desneces-

sárias, de uma forma cómo-

da, personalizada e sem cus-

tos desnecessários.

O Balcão Único do Solici-

tador está situado na Avenida

25 de Abril, 184, Edifício

Cruzeiro, junto ao Largo da

Feira.

Balcão único do Solicitador

inaugurado em Joane

Um grupo de cinco alunos

do 12.º ano da Didáxis pro-

moveu uma conferência

sobre a surdez, intitulado “Os

corajosos do dia-a-dia -

Surdez".

O objectivo foi o de mos-

trar o trabalho realizado ao

longo do ano, transmitir à so-

ciedade uma ideia geral so-

bre os problemas com que os

surdos se deparam no dia-a-

dia, sensibilizar a sociedade,

tentar mudar a atitude e opi-

nião face à comunidade sur-

da, facilitar a comunicação

com indivíduos surdos e mos-

trar que a comunidade surda

merece respeito e não ig-

norância.

A conferência contou com

a presença da autora do di-

cionário de língua gestual

portuguesa e intérprete da

associação de surdos do

Porto e do programa praça da

alegria, Anabela Baltazar.

Com ela vieram também mais

dois intérpretes de língua

gestual para traduzirem toda

a conferência aos surdos pre-

sentes.

Segundo as alunas “o

feedback recebido no final da

conferência foi muito positivo

e ficamos satisfeitos com o

nosso trabalho, dado que

todos os objectivos foram

atingidos e que ninguém ficou

indiferente a este tema de-

pois de assistir à nossa apre-

sentação”.

Didáxis: alunas promoveram

conferência sobre surdez

O vimaranense Alexandre Barros da

Cunha, ac tua l p res idente da JSD de

Guimarães é o novo líder da “jota” no distrito

na sequência das eleições do passado sába-

do. O acto eleitoral ficou marcado pelo reforço

da representatividade da concelhia de

Famalicão, que se tornou no único concelho

com dois elementos eleitos nesta nova Co-

missão Política Distrital, ocupando a primeira

vice-presidência através do presidente da

concelhia Hélder Filipe Costa e um lugar de

vogal, através do companheiro Firmino Costa.

“Conscientes da responsabilidade assumi-

da, acreditamos que esta representatividade,

premeia o trabalho que a JSD Famalicão tem

feito em prole da estrutura, do nosso concelho

e do nosso Distrito, merecendo a considera-

ção e reconhecimento de todas as outras con-

celhias da JSD”, adianta a concelhia em co-

municado de imprensa.

JSD reforça representatividade

a nível distrital

Page 7: Edição 583

7De 24 a 30 de Maio de 2011

ONTEM: Comício do CDS no fim de jornada de campanha no distrito

Paulo Portas recebido

com casa cheia em FamalicãoPaulo Portas foi recebido

com sala cheia em Vila Nova

de Famalicão. O líder do

CDS-PP, que esteve durante

o dia em ações de campanha

eleitoral no distrito de Braga,

esteve na Casa das Artes na

noite de ontem (segunda-fei-

ra) para um comício em que

apelou ao voto útil no CDS-

PP. Crítico com as opções

governantivas de José Sócra-

tes, Paulo Portas sublinhou

que este é o momento de

mudar o rumo de Portugal.

À entrada no auditório da

Casa das Artes o líder cen-

trista foi ovacionado pelas

centenas de militantes e sim-

patizantes que o aguarda-

ram. Muito aplaudido foi tam-

bém Nuno Melo, famalicense

eurodeputado e presidente

da Assembleia Municipal de

Vila Nova de Famalicão.

A jogar em casa, o líder do

CDS-PP famalicense, Ricar-

do Mendes, sublinhou que

Paulo Portas é o homem cer-

to para o momento do país.

“Paulo Portas tem a noção de

como ajustar a vela para nos

tirar do caminho errado” disse

o famalicense que para além

de líder da concelhia assume

também funções de diretor de

campanha do CDS-PP.

Na sua intervenção Paulo

Portas salientou que o CDS-

PP merece a confiança dos

eleitores por demonstrar tra-

balho feito, nomeadamente

na Assembleia da República.

Convicto de que o partido tem

condições para obter um re-

sultado eleitoral muito positi-

vo, nas eleições do próximo

dia 5 de Junho, Paulo Porta

lembrou a herança da dívida

de Sócrates, dívida essa que

ao longo de seis anos passou

dos 82 para os 170 mil mi-

lhões de euros. Colocou o

dedo na ferida do desempre-

go, que afeta 650 mil famílias

e 25 em cada 100 jovens para

atacar fortemente as políticas

do governo socialista.

Paulo Portas sugere uma

rutura total com o rumo que

tem sido traçado. O programa

eleitoral do CDS-PP aponta

medidas inovadoras, nomea-

damente ao nível do endivi-

damento do Estado. O esta-

belecimento de um limite con-

stitucional é a proposta que

mais sobressai do programa

eleitoral do partido da direita,

que estebelece como meta

governayiva o saneamento

das contas públicas.

Nesta linha de poupança e

de opção critoriosa no que

toca a investimentos público,

a suspensão imediata do pro-

jeto do TGV é outra linha

mestra do programa eleitoral

do CDS-PP. Assumidamente

contra a privatização da Cai-

xa Geral de Depósitos, o par-

tido de Portas defende antes

uma reforma da sua missão

no sistema financeiro na-

cional. Portas voltou a frisas

que a economia portuguesa

precisa de um banco público,

devendo a Caixa assumir-se

como banco de fomento da e-

conomia, especializado no

apoio às PME. Vender partic-

ipações na CGD implicaria

necessariamente uma sub-

velorização, e persistiria o

risco de alienação para capi-

tais não nacionais, alerta o

CDS-PP.

Outra medida inovadora

do partido visa a reavaliação

do papel de Institutos Públi-

cos, Fundações, Agências e

Grupos de Missão do Estado.

Um governo CDS-PP terá 90

dias para identificar os que

são desnecessários e pro-

ceder á sua extinção. Nesta

lógica, entende o partido que

os Governo Civis poderiam

ser extintos.

Pela moralização do sis-

tema de remunerações, o

CDS-PP também aponta para

a limitação dos salários dos

gestores públicos. O partido

de Porta defende a imposição

de um teto máximo, a im-

posição de objetivos a cada

gestor, e o fim de indemniza-

ções desproporcionadas.

Para a reformulação da e-

conomia nacional o CDS-OO

coloca como prioritárias as

PME’s e as expresas exporta-

doras. Paulo Portas entende,

contudo, que a competitivi-

dade carece de um sistema

fiscal mais simples e menos

pesado.

No plano social , numa das

propostas mais arrojadas, o

partido da direita aponta para

uma reconsideração do Ren-

dimento Social de Inserção

para que não haja pagamen-

to de subsídios a quem não

necessita. No que toca ao de-

semprego, entende o CDS-

PP que é necessário um regi-

me especial no caso de ca-

sais desempregados; da

mesma forma que é neces-

sário defender as pensões

mínimas.

Numa lógica de progres-

são por mérito, o CDS-PP

quer ser motor uma socieda-

de em que o direito a subir na

vida seja pela educação e

pelo trabalho, e não por qual-

quer outro expediente. No

plano da educação defende a

autoridade do professor e

pretende introduzir exame

nacionais nos finais de cada

ciclo.

SANDRA RIBEIRO GONÇALVES

Líder recebido entusiasticamente

Nuno Melo ovacionado

Page 8: Edição 583

Não sei o impacto que as palavras injustasde Pedro Passos Coelho, líder do PSD ecandidato a Primeiro – Ministro, tiveram nalguns responsáveis da Câmara Municipal,nomeadamente no Presidente da Câmara,Armindo Costa, no Vice – Presidente, PauloCunha, e no Vereador da Educação, LeonelRocha, os três participantes mais activos noprojecto “Novas oportunidades” em VilaNova de Famalicão, convidados frequentespara actos de entrega de diplomas, cerimónias onde dirigiram os mais rasgadoselogios, não só aos formandos que concluíram os seus novos percursos, comoàs entidades promotoras e organizadorasda formação e a todos os profissionais envolvidos no programa. Se não estão de acordo com aquilo que disse o líder doPSD, devem manifestá-lo publicamente e assumir com frontalidade os elogios quejá deram ao programa e às suas consequências positivas na sociedadefamalicense.

1.1.Se o Presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, ganhar

as eleições do próximo dia 5 de Junho e for Primeiro – Ministro

(coisa muito distante e muito incerta), os “Centros Novas

Oportunidades” que funcionam em Vila Nova de Famalicão, na

Escola Profissional CIOR, na Escola Profissional FORAVE, na

Cooperativa Didáxis, no CITEVE, na ADRAVE, na Escola

Secundária Padre Benjamim Salgado e na Escola Secundária

Camilo Castelo Branco, vão ter que fechar as portas, mandar

embora professores, formadores e alunos porque, segundo o

líder do PSD e candidato a Primeiro – Ministro, estão a «certi-

ficar a ignorância» dos milhares de Famalicenses que os fre-

quentaram e estão a frequentar!

Aquilo que o líder do PSD disse sobre as “Novas oportu-

nidades” é sobretudo ofensivo para aqueles homens e mu-

lheres que, sacrificando as famílias, os filhos e a sua vida pri-

vada, decidiram, com coragem, regressar à escola, agarrando

com entusiasmo uma “nova oportunidade” que lhes foi dada

para, com trabalho muitas vezes árduo e realizado em

condições difíceis, verem as suas competências certificadas

ou terem acesso a um grau de escolaridade que, por múltiplas

razões, não conseguiram enquanto mais jovens.

O líder do PSD falou daquilo que não conhece. Nunca terá

visitado um “Centro Novas oportunidades” e nunca terá falado

seriamente com muitos daqueles que o frequentaram ou fre-

quentam. Nunca terá também assistido a uma cerimónia de en-

trega de diplomas aos novos diplomados e nunca terá ouvido

o relato de muitos daqueles que, emocionados, falaram do seu

novo percurso escolar, daquilo que aprenderam, das novas

certificações de obtiveram, das novas portas que se abriram na

sua carreira profissional, da valorização pessoal acrescida que

obtiveram, da nova auto – estima que ganharam, dos novos

horizontes que se abriram para eles mesmos, para os seus fi-

lhos e para as suas famílias.

São 500 mil no País e são alguns milhares em Vila Nova de

Famalicão aqueles que devem ter-se sentido ofendidos e hu-

milhados com as palavras do líder do PSD. As “Novas

Oportunidades” não distribuem diplomas “a granel”, como

referiu. As “Novas Oportunidades” premeiam o esforço, o tra-

balho e a dedicação de muitos milhares de Portugueses e de

Famalicenses que, após uma avaliação justa e rigorosa, estão

em condições de ascender a um novo patamar na sua for-

mação.

Não sei o impacto que as palavras injustas de Pedro Passos

Coelho, líder do PSD e candidato a Primeiro – Ministro, tiveram

nalguns responsáveis da Câmara Municipal, nomeadamente

no Presidente da Câmara, Armindo Costa, no Vice –

Presidente, Paulo Cunha, e no Vereador da Educação, Leonel

Rocha, os três participantes mais activos no projecto “Novas

Oportunidades” em Vila Nova de Famalicão, convidados fre-

quentes para actos de entrega de diplomas, cerimónias onde

dirigiram os mais rasgados

elogios, não só aos forman-

dos que concluíram os seus

novos percursos, como às

entidades promotoras e or-

ganizadoras da formação e a

todos os profissionais en-

volvidos no programa. Se

não estão de acordo com

aquilo que disse o líder do

PSD, devem manifestá-lo

publicamente e assumir com

frontalidade os elogios que já

deram ao programa e às suas consequências positivas na so-

ciedade famalicense. Se estão de acordo com aquilo que disse

o líder do PSD, devem também assumi-lo publicamente e dizer

que se enganaram na avaliação que, por várias vezes, fizeram

do “Programa Novas Oportunidades”.

2.2.O assunto não é novo e já o trouxe aqui a esta página,

com o objectivo de sensibilizar os responsáveis para a neces-

sidade de uma intervenção urgente na regularização da circu-

lação automóvel, na Rua Alberto Sampaio, em Calendário, so-

bretudo nos dois cruzamentos existentes na via de comuni-

cação.

Como é sabido, a Rua Alberto Sampaio, para além de

“drenar” todo o trânsito entre Calendário e a Cidade, é também

utilizada por todos aqueles que vão para Vilarinho das Cambas,

Fradelos e outras localidades, “fugindo”, sobretudos nas “horas

de ponta”, ao também intenso tráfego da Avenida Humberto

Delgado. Tudo isto faz da Rua Alberto Sampaio uma via de in-

tensa circulação automóvel, com atropelos constantes à vida e

à integridade física das pessoas. Ainda recentemente, uma

senhora morreu atropelada e outra ficou ferida em dois aci-

dentes ocorridos junto aos cruzamentos que já referi. Se há rua

na área urbana a precisar de uma intervenção reguladora em

termos de circulação automóvel, essa rua é sem dúvida a Rua

Alberto Sampaio.

Os problemas seriam facilmente resolvidos com a insta-

lação de semáforos, o que não me parece nada do outro

mundo! Como estão é que as coisas não podem continuar…

8 De 24 a 30 de Maio de 2011

Dia a diaDia a dia Por Mário C. Martins

“Novas Oportunidades”: são todos

uns ignorantes!...

“A Cidade dos Mortes”, de Sergio

Tréfaut, é o filme em exibição esta quinta-

feira no Pequeno Auditório da Casa das

Artes , pelas 21h30

A Cidade dos Mortos, no Cairo, versa

sobre a maior necrópole do mundo. Um mi-

lhão de pessoas vivem dentro do cemitério

– em casas tumulares ou nos edifícios que-

cresceram em redor. Dentro do cemitério há

de tudo: padarias, cafés, escolas para as

crianças, teatros de fantoches...

A Cidade dos Mortos estende-se por

mais de dez quilómetros ao longo de uma

auto-estrada, mas não deixa de ser uma

aldeia, com mães à caça de um bom partido

para as filhas, rapazes a correr atrás das ra-

parigas, disputas entre vizinhos. Preparado

e rodado ao longo de cinco anos (2004-

2009), este filme procura dar a ver o a alma

invisível deste cemitério.

“A Cidade dos Mortos”

nas Noites do Cineclube

O fadista, guitarrista, compositor e

construtor da guitarra portuguesa, Carlos

Macedo apresenta no próximo dia 28 de

Maio, pelas 17h00, na Casa do Povo de

Lousado, o seu primeiro livro. Intitulado

“Simplesmente Peregrino”, retrata a ex-

periência do autor sobre a reflexão reli-

giosa.

Carlos Macedo

apresenta livroA Associação Cultural e Recreativa de

Brufe e a Junta do Louro apresentam ao

público os trabalhos efetuados pelas alunas

do curso de bordados. A exposição pode ser

visitada em Brufe todas as sextas-feiras de

Junho entre as 21 e as 23h00; e no Louro

todas as segundas-feiras do mês de Junho

entre as 21h00 e as 23h00.

Brufe: exposição

de bordados

Page 9: Edição 583

UNIÃO EUROPEIAFundo Social Europeu

SuplementoEspecial

Escola de afetosEscola Básica 2, 3 Dr. Nuno Simões

Page 10: Edição 583

De 24 a 30 de Maio de 20112 Uma Escola de afetos

ESCOLAÓrgãos de Administração e Gestão

Departamentos Curriculares

Subdepartamentos

Conselhos de Directores de Turma

Associações

Biblioteca

Saúde Escolar

Clubes, Desporto Escolar, Núcleos eProjectos

Áreas Curriculares do 2º Ciclo:Língua PortuguesaInglêsHistória e Geografia de PortugalMatemáticaCiências da NaturezaEducação Visual e TecnológicaEducação MusicaEducação FísicaE. M. R. C.Formação CívicaEstudo Acompanhado

Áreas Curriculares do 3º Ciclo:Língua PortuguesaInglêsFrancêsHistóriaMatemáticaÁrea de ProjectoCiências NaturaisCiências Físico - QuímicasGeografiaEducação VisualEducação TecnológicaEducação MusicalEducação FísicaE. M. R. C.Formação CívicaÁrea de ProjectoEstudo AcompanhadoT. I. C.

CEF2 - Operador de Informática

CEF - Operador de AutoCad

Agrupamento:Jardins de Infância (4)Escolas do 1º Ciclo (7)

Formação:Ficheiros do WorkShopWorkShop - BibliotecaAs TIC no processo ensino-aprendizagemTreino 1Treino 2

A Associação de Pais da Escola EB 2,3 de Calendário tem-

se assumido como um agente ativo da dinamização da escola.

A própria diretora Helena Pereira sublinha que são parceiros

privilegiados num trabalho de valorização constante da comu-

nidade educativa.

Isabel Pereira, presidente da direção da associação, adi-

anta que esta forma de estar é aquela que se impõe face ao tra-

balho meritório que tem sido feito não só pela direção, como

também pelos colaboradores e docentes. Segundo esta res-

ponsável, há um espírito de cooperação salutar entre todos, e,

nomeadamente a direção, está sempre aberta para ouvir as

propostas da Associação de Pais. Este clima, frisa, acaba por

facilitar o trabalho dos pais, tidos como efetivos agentes da co-

munidade educativa.

Consciente do papel ativo que este organismo tem assum-

ido na escola, Isabel Pereira adianta que, apesar de muitas

vezes ser extenuante, por exigir responsabilidades acerscidas,

e muitas vezes retirar tempo de convívio familiar, também é

muito compensador. E compensador por que os resultados sa-

tisfatórios da sua ação são uma realidade, entende.

Entre as várias iniciativas da Associação de Pais conta-se a

produção de um folheto com a oferta da escola. O referido su-

porte, com o slogan “Não feches os olhos à escola que somos”,

foi uma forma de fazer passar “o lado positivo e a dinâmica da

escola”.

Associação de Pais: parceira privilegiada

A Escola EB 2, 3 Dr. Nuno Simões foi inaugurada em 1997.

Nascida da necessidade de uma resposta para o 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico,

o equipamento de ensino começou por ser contestado pela população

da freguesia de Calendário, onde reside elevado número de famílias de etnia cigana

e de se prever esta como a escola de referência para esse núcleo da população.

No entanto, fruto do trabalho e empenho de uma vasta classe dirigente, docente, técnicos e

colaboradores, a escola soube libertar-se desse estigma.

Sede de Agrupamento desde há uma década, a escola tornou-se uma referência pelas

práticas inclusivas de sucesso. Isso fica bem patente quando se acompanha a quotidiano

da escola, e esta reportagem teve oportunidade de o comprovar durante os vários dias que

percorreu corredores, e falou com várias agentes de uma comunidade educativa exemplar.

Ficha Técnica:Textos, Fotografias e Edição: Sandra Ribeiro GonçalvesTratamento de Imagem: Luís CardosoDireitos Reservados

Page 11: Edição 583

De 24 a 30 de Maio de 2011 3Uma Escola de afetos

A EB 2,3 Dr. Nuno Simões está a comemorar este ano 14

anos de existência. Construída numa colina a partir da qual es-

preita a cidade, a escola que à nascença foi contestada as-

sume-se hoje com uma “escola de afetos”, referência de boas

práticas ao nível da dinamização da comunidade educativa e

da integração de minorias. Quem o confirma são vários orga-

nismos tutelares, que têm a unidade de ensino como um e-

xemplo do que deve ser o verdadeiro papel da escola. Agindo

para dentro da sua comunidade, mas ultrapassando barreiras

culturais sempre que está em causa o superior interesse da cri-

ança ou adolescente.

Ao “volante” de uma vasta equipa, orientada para os mes-

mos objetivos, está Helena Pereira, diretora do Agrupamento

de Escolas de Calendário desde há sete anos (o agrupamento

tem dez), e docente da escola há doze. Líder nata, dinâmica e

conciliadora, Helena Pereira é expressão de um trabalho cole-

tivo que conseguiu mudar a imagem menos positiva de uma es-

cola que foi muito contestada pela população de Calendário. As

práticas são elogiadas pelos organismos que tutelam a

Educação, os resultados são muito positivos, o clima social é

de harmonia, e a comunidade educativa funciona como um

todo. Ninguém fica de fora da dinâmica da tal “escola de afe-

tos”. Este é o nome que a diretora considera que melhor define

uma estratégia orientada para a inclusão e para a promoção da

multiculturalidade salutar.

ESTIGMA FICOU NO PASSADO

Na escola desde há doze anos, Helena Pereira conhece de

perto e por dentro o trabalho feito ao longo dos anos para a-

cabar com o “estigma da escola dos ciganos”. Os equívocos

criados aquando da construção da escola vincularam-na a uma

imagem negativa que foi preciso apagar e deixar no passado.

“Quando assumimos a direção tinhamos esta noção. Era pre-

ciso que o exterior visse o trabalho que se fazia aqui na esco-

la, o tipo de formação que davamos aos nossos alunos, e que

se desmistificasse esse paradigma que a escola tinha”, refere

a diretora, acrescentando que é neste campo que se tem vindo

a trabalhar. A escola está orientada para “o sucesso dos

alunos”, mas também para a promoção de um ambiente hu-

manista, que estreita laços entre dirigentes, professores, co-

laboradores e alunos.

Helena Pereira considera que, fruto desse trabalho persis-

tente, a imagem positiva da escola é hoje uma realidade, com-

provável em avaliações externas, no desempenho dos alunos,

e no sentido de cidadania participativa transversal a todos os

graus de ensino.

DIAGNÓSTICO E ESTRATÉGIA

No momento em que avançou como candidata a TEIP, a es-

cola fez um diagnóstico da sua relidade para descobrir que,

para além de combater o insucesso, era necessário valorizar o

sucesso escolar, em duas dinâmicas distintas, orientadas para

objectivos necessariamente diferentes. Por outro lado era

necessário combater o abanono, que ocorria não só mas tam-

bém nos miúdos de etnia cigana. Neste capítulo foi necessário

adaptar um modelo para alunos que já tinham ultrapassado a

idade cronológica do respetivo grau de ensino, e outro para

aqueles que estavam associados ao insucesso. Para as cri-

anças “em fim de linha”, adianta a dirigente, foi devolvida à a-

tividade a escola primária de Pelhe, numa parceria com a

Escola Profissional Cior e a Comissão de Proteção de Menores

e Jovens. Os alunos fora da idade cronológica para o 3.º ciclo

foram canalizados para Pelhe, onde o ensino foi adaptado às

circunstâncias. Para os outros foram implementadas técnicas

pedagógicas que viabilizassem o seu sucesso e a sua pro-

gressão normal nos estudos. Este trabalho, adianta a mesma

responsável, é muito feito com as próprias famílias, exigindo

um trabalho suplementar da escola no acompanhamento de

cada caso.

A par desta luta pelo sucesso escolar, o Agrupamento tem

apostado na valorização do pré-escolar para que apreendam

regras básicas que lhes permitem uma integração e adaptação

fáceis aos 1.º ciclo. Segundo Manuela Cruz, vice-presidente da

direção do Agrupamento, “os meninos andavam muitas vezes

por aí perdidos, e depois chegavam ao 1.º ciclo para lá da

idade”, situação que dificultava, por razões de idade, e de es-

cassez de competências, a sua integração. Este fenómeno o-

corria sobretudo na comunidade cigana, para a qual o Agrupa-

mento propôs uma Sala de Socialização em Meães, um espaço

na lógica do pré-escolar, mas que começou por funcionar uma

hora de manhã, outra de tarde, sempre na tentativa de não

impôr soluções a uma comunidade que tem uma cultura e com-

portamentos próprios. O facto é que, confessa Helena Pereira,

a situação foi evoluindo, com a própria comunidade a querer

mais desta Sala de Socialização. À data as crianças frequen-

tam a sala todo o dia, almoçando inclusive na escola.

Apesar de satisfeita com as conquistas ao nível da inclusão

e da normalização de um território educativo diverso, a direto-

ra sublinha que “nem tudo está feito”. No seu entender este tra-

balho tem que continuar.

BUSCA DE SOLUÇÕES PARA CASOS PARTICULARES

A atuar num universo necessariamente diverso, a diretora

fala de um cuidado prioritário no sentido da “busca de soluções

para os casos particulares”, atendendo aos condicionalismos

que distinguem os alunos. Enquanto escola TEIP - Território

Educativo de Intervenção Prioritária, dispõem de recursos su-

plementares que permitem precisamente montar essa estraté-

gia de acompanhamento personalizado, por exemplo recor-

rendo a uma equipa de animação, ou a um gabinete de psi-

cologia e assistência social. A denominação de “TEIP”, que

Helena Pereira admite que por vezes assusta os diretores das

escolas, não foi mais do que uma mais-valia para a disponibi-

lização de recursos suplementares que permitiram melhorias

significativas as vários níveis. De outra forma, adianta a direto-

ra, muitos dos trabalhos e departamentos instituídos não seri-

am possíveis sem esses recursos.

O sucesso desta estratégia revela-se no desempenho dos

alunos, mas também nos níveis de absentismo e de abandono

escolar precoce. Ao nível do desempenho Helena Pereira su-

blinha que “os resultados são bons”, apesar de merecerem que

se mantenha a persistência no sentido de melhorar. Quanto ao

sucesso escolar ele anda próximo dos cem por cento, ao passo

que o absentismo e o abandono tem vindo a ser reduzido com

o empenho de docentes, dirigentes e técnicos sociais, que

fazem a ponte entre a escola e as famílias. O abandono con-

tinua a acontecer sobretudo nas crianças de cultura cigana.

Neste paritucular o Departamento de Animação assume um

papel importantíssimo, no entender da dirigente, ao promover

a “inclusão” e o convívio salutar entre culturas distintas. O que

diferencia as várias culturas, considera Helena Pereira, pode

ser também aquilo que as aproxima, num contexto de comple-

mentaridade e multiculturalidade com benefícios para todas as

partes.

DIREÇÃO PRÓXIMA DA COMUNIDADE ESCOLAR

“Esta é uma direção de porta aberta”. É desta forma que

Helena Pereira define a forma de atuar da direção perante os

vários agentes da escola, implementando uma forma huma-

nista de interagir, de se sentir responsável, parte dos proble-

mas e das soluções exigidas quotidianamente.

Apesar do Agrupamento de Calendário dirigir um território e-

ducativo extenso, com um total de onze escolas, sete do 1.º

ciclo e quatro jardins-de-infância, Helena Pereira acredita que

ao longo do tempo se conseguiram estreitar laços. “Neste mo-

mento trabalhamos verdadeiramente em equipa”, sublinha a

diretora, acrescentando que para a sede também não se

demite de visitas regulares às escolas, promovendo uma re-

lação próxima com os vários agentes.

AUDITÓRIO, O EQUIPAMENTO QUE FAZ FALTA

Com o espaço da escola a dispor de recursos capazes de

darem resposta às exigência da comunidade educativa,

Helena Pereira frisa que fica apenas a faltar um auditório, que

possa ser utilizado para os vários eventos promovidos pela es-

cola. A diretora não desistiu ainda de conseguir adaptar o es-

paço da escola para essa nova valência, que acredita que

poderá ser viabilizada com a construção do novo Centro

Escolar de Calendário, que poderá arrancar ainda este ano.

Este novo equipamento deverá nascer nas imediações da EB

2, 3, e poderá abrir caminho à supressão dessa carência.

Na lógica de uma escola aberta, que trabalha para dentro

mas também para fora, Helena Pereira adianta que são várias

as parcerias com entidades privadas que se vêm assumindo

como mecenas da escola. Referiu-se particularmente à Caixa

de Crédito Agrícola, à Famasete, às “Estufas Minho”, ou à

Escola Profissional CIOR. Em matéria de entidades privadas

sublinha que a própria Câmara Municipal tem sido muito aten-

ta e sensível às necessidades da escola.

Distinguida por um papel diferente, Helena Pereira também

não deixa de salientar o trabalho meritório que também vem

sendo feito pela Associação de Pais. Segundo a diretora esta

associação tem sido fundamental para a prossecução da es-

tratégia da escola, no sentido da valorização da sua valoriza-

ção enquanto exemplo de socialização e inclusão. Manuela

Cruz acrescenta que a Associação tem sabido assumir o seu

papel no sentido de “passar para fora o que se faz cá dentro”,

fazendo cair de vez ideias pré-concebidas acerca do que se faz

na escola.

“Escola de afetos” confirma sucesso de estratégia inclusiva

Page 12: Edição 583

De 24 a 30 de Maio de 20114 Uma Escola de afetos

O Gabinete de Psicologia,

coordenado por Diana Terro-

so, é maus uma ferramenta à

disposição do aluno, quer

para os problemas escolares

e quotidianos, quer no apoio à

definição de objetivos de vida

e orientação vocacional.

No entender da psicóloga

o gabinete assume um papel

essencial na normalização do

ambiente escolar, sendo

transversal a todos os agen-

tes da comunidade educativa,

não só da EB 2,3 Dr. Nuno

Simões, como do território do

Agrupamento.

Apostada num trabalho de

base, professores e diretores

de turma, ou mesmo assis-

tentes operacionais, são elos

fundamentais numa cadeia

de informação que desen-

cadeia o Gabinete de Psicolo-

gia para resolução do proble-

ma de cada aluno, seja ele ao

nível da integração, ou tam-

bém ao nível da assistência

social, de saúde, jurídico, fa-

miliar ou qualquer outro. Privi-

legiada é também a interação

com a família, no sentido de

tornar o trabalho da psicóloga

ou da assistente social se

tornar verdadeiramente con-

sequente.

Apesar dessa não ser uma

cincumbência formal do gabi-

nete, Diana Terroso promove

também um programa de ori-

entação vocacional, dando ao

alunos a máxima informação

possível acerca dos cursos e

saídas profissionais que mais

se adequam ao seu perfil. No

contexto deste trabalho su-

plementar o Gabinete de Psi-

cologia tem promovido visitas

a várias escolas, nomea-da-

mente a Cior, a Didáxis ou Se-

cundária Camilo Castelo

Branco, para que eles tomem

contacto com a realidade que

os espera depois do 9.º ano

de escolaridade.

Segundo Diana Terroso os

alunos têm vindo a aceitar

muito bem o papel deste gabi-

nete. A psicóloga constata

com agrado que tem vindo a

crescer substancialmente o

número de alunos que a pro-

curam por vontade própria,

com a consciência de que

poderão precisar de ajuda

para ultrapassar determinada

dificuldades ou problema.

Gabinete de Psicologia promove apoio transversal

Apostada na promoção de

uma escola humanista, a EB

2,3 Dr. Nuno Simões dispõe

de um departamento de Ação

Tutorial, através do qual um

conjunto de docentes são

nomeados para tutores de

alunos que revelem proble-

mas de insucesso escolar ou

de provável abandono. Con-

ceição Morais é a responsáv-

el pelo departamento que

“abraça” os alunos e assume,

por intermédio dos tutores, o

papel de vigilante de proble-

mas e ator da mudança.

Segundo esta responsável

os sinais que suscitam a

nomeação de um tutor podem

ser variados, desde a as-

siduidade e apresentação,

desde as dificuldades de

aprendizagem às de social-

ização e integração, desde a

falha nas suas responsabili-

dades lectivas ou para com a

própria escola. “Alguns des-

tes aspetos podem parecer

insignificantes, mas muitas

vezes uma pequenina coisa

impede-os de progredir, de a-

creditar em si mesmos, e de

com isso demonstrar um me-

lhor desempenho”, refere

Conceição Morais. O essen-

cial, num processo que en-

cara pela positiva as dificul-

dades dos jovens, é “mostrar

interesse pelos problemas

deles”, revela a coordenadora

do departamento.

Os tutores acabam sendo,

em contexto de escola, o “ali-

ado” que está em contacto

com os colegas, com os pro-

fessores e diretores de tur-

mas, com os assistentes o-

peracionais, e com a própria

família, sempre no sentido de

sanar “medos e inseguran-

ças”, para que jovem tenha

condições de “definir os seus

objetivos de vida e saiba per-

correr o caminho para os atin-

gir”. Ou seja, sublinha Con-

ceição Morais, “um tutor dá

muito do seu tempo ao aluno

de que está encarregue”, as-

sumindo-se como um par-

ceiro no seu sucesso.

Ao cabo de quase dois

anos de funcionamento,

Conceição Morais adianta

que o sucesso deste departa-

mento é notório com o traba-

lho destes tutores a traduzir-

se na melhoria do desempe-

nho e do comportamento da

grande maioria dos alunos a-

companhados. Eles próprios

reconhecem isso, frisa a do-

cente, dado que aceitam com

entusiasmo este apoio, e

muitas vezes são eles mes-

mos a tomar a iniciativa de o

solicitar. As famílias, por sua

vez, “também reconhecem a

importância do trabalho dos

tutores”, adianta Conceição

Morais, entendendo-os como

“um benefício para os seus fil-

hos”.

Ação Tutorial: docentes “aliados” dos alunos na promoção do seu sucesso

Animar para integrar. Este é o grande objectivo do

Departamento de Animação do Agrupamento de Escolas de

Calendário, uma unidade integrada por três animadores

(Carina Silva, Cristiana Silva e André Santos) que percorrem

o território do agrupamento promovendo iniciativas diversifi-

cadas de animação. O grande objectivo é fazer com que os

alunos gostem de estar na escola, estimem a escola, e se s-

intam plenamente integrados na sua comunidade educativa,

apesar das barreiras culturais que muitas vezes os separam.

Segundo Carina Silva, as actividades permanentes vão do

teatro à dança, do karaté ao canto, música e voz; da ani-

mação radiofónica, através do Clube da Rádio, e de outras

actividades pontuais que marcam presença nos intervalos,

no recreio, ou mesmo nos eventos promovidos pela escola ou

agrupamento. Por intermédio deste departamento é também

dinamizado o projecto “Nós”, desafio lançado pela psicóloga

Diana Terroso, que identificou alunos sinalizados e desafiou

a animação para uma intervençao localizada no sentido de

resgatar o seu interesse pela escola.

Existente desde há dois anos, o Departamento de

Animação já conseguiu “fazer com que os alunos gostem da

escola e tenham prazer em vir para a escola”, refere Carina,

sublinhando a importância deste sentimento para que se pro-

mova a assiduidade e o sucesso escolar, evitando-se os

cenário de abandono precoce. Segundo Carina e Cristiana,

os benefícios retirados do trabalho deste departamento são

já por demais evidentes. Segundo Cristiana, mesmo quando

não há actividades a serem dinamizadas, os alunos apare-

cem e pedem simplesmente para estar no espaço da ani-

mação, comportamento que revela a estima que têm pelo tra-

balho que é desenvolvido com eles e para eles. Este é um

fenómeno que também ocorre entre os alunos de etnia

cigana, que segundo as duas animadoras sentem que a sua

cultura é valorizada numa lógica de integração.

O universo prioritário da animação consiste assim nos

alunos menos assiduos, ou com menor interesse pela esco-

la, refere Cristiana Silva, numa lógica de inversão desta

tendência. No entanto, o Departamento de Animação é trans-

versal a toda a comunidade escolar, sendo exigida uma prova

de mérito escolar para a participação, nomeadamente, na

vertente de dança, que muitas vezes implica a participação

em eventos externos e de carácter competitivo.

Para além das ações na escola os animadores do

Departamento trabalham com as escolas do 1.º ciclo do a-

grupamento, ao todo sete. Cristiana Silva está todos os dias

na escola do Louredo, do meio-dia à uma e meia, acompa-

nhando o transporte em autocarro até à sede de agrupamen-

to, onde as crianças almoçam, e preenchendo com activi-

dades o período compreendido entre a refeição e a retoma

das aulas no período da tarde. Cristiana Silva adianta que as

iniciativas de animação, na escola que tem maior número de

alunos de etnia cigana, passam pela promoção de vários

jogos, nomeadamente tradicionais, como o do lenço, salto à

corda, macaca, entre outros. A animação permite dinamizar

as crianças nos períodos em que não estão dentro da sala de

aula. “Estarem por lá, sem fazer nada, não pode ser, porque

isso dá origem a problemas”, refere Cristiana, acrescentando

que a animação também vai até à implementação de regras

comportamentais básicas, que depois são uma mais-valia

para a sua forma de estar na própria escola.

Departamento de Animação: dinamizar para integrar

Page 13: Edição 583

De 24 a 30 de Maio de 2011 5Uma Escola de afetos

Escola do 1.º ciclo de

Meães, é mais uma expres-

são do empenho do Agrupa-

mento de Escolas de Calen-

dário em fazer da escola um

palco de valorização educati-

va e social. A partir desta u-

nidade de ensino, frequenta-

da na sua maioria por alunos

de etnia cigana, foi promovida

há dois anos uma experiência

piloto no sentido de fazer com

que as famílias de etnia ci-

gana se ambientassem com o

ensino pré-primário.

A solução encontrada foi a

de constituição de uma Sala

de Socialização, onde 12 cri-

anças permanecem como

que em regime de pré-esco-

lar, encontrando-se já a ad-

quirir competências que lhes

permitem uma melhor in-

clusão à posteriori, no 1.º

c ic lo. Segundo Manuela

Unas, coordenadora, o proje-

to assume-se já como um

sucesso, com a própria comu-

nidade cigana a reconhecer

os benefícios da valência

para os filhos.

Segundo a docente, a idei-

a desta experiência nasceu

das dificuldades que as cri-

anças tinham de integração

no ensino primário, dada a

ausência de competências

prévias de preparação. Ma-

nuela Unas adianta que este

trabalho começou pelo pró-

prio acampamento de Meães,

próximo da escola, tentando

captar a atenção das famílias

para a importância deste pas-

so.

Depois de dois anos de

funcionamento, “os resulta-

dos são espetaculares”. Aliás,

refere a coordenadora, as

próprias famílias acabaram

exigindo mais, de um serviço

que era suposto funcionar

apenas de manhã. O modelo

inicial proposto visava não

entrar em choque com a co-

munidade, face “ao receio de

que não aceitasse a dinâmica

própria de um jardim-de-in-

fância”. No entanto, as famí-

lias surpreenderam, revela

Manuela Unas. Acabaram

reclamando um período de

funcionamento mais alarga-

do, e também o almoço das

crianças na escola.

Neste sentido, a coorde-

nadora adianta que os resul-

tados são muito positivos,

quer no ponto de vista da uti-

lidade da valência, quer do

ponto de vista da aquisição de

competências por parte das

crianças que frequentam a

Sala de Socialização. A sua

integração no 1.º ciclo, que

funciona na mesma escola,

será necessariamente mais

fácil, remata Manuela Unas.

A nossa reportagem teve

oportunidade de visitar a es-

cola de Meães, onde os meni-

nos da Sala de Socialização

interagem com alunos do

primeiro ciclo. O clima é de

harmonia no seio de uma co-

munidade em que a grande

maioria dos alunos é de etnia

cigana. O clima é de apren-

dizagem e de ambientação

com regras, mas sobretudo

de respeito por uma cultura

diferente, que ocupa o seu

pró-prio espaço numa escola

resgatada para a inclusão.

Sala de Socialização: trabalho de base na integração

Orientada para a integra-

ção das crianças diferentes, a

EB 2, 3 Dr. Nuno Simões

conta com uma Unidade de

Apoio Especializado a Alunos

com Multideficiência (UAE

AM), através da qual 15 cri-

anças são acompanhadas

por uma equipa multidiscipli-

nar empenhada em fazê-los

evoluir nas suas competên-

cias, ultrapassando barreiras.

Anabela Roriz Campos, a

coordenadora da unidade,

sublinha que esse é o grande

desafio num universo de dife-

rentes patologias e graus de

deficiência. A compensação,

confessa a professora de E-

ducação Especial, chega com

as pequenas e grandes con-

quistas de cada criança ou

adolescente, fruto de um tra-

balho que tem que ser neces-

sariamente persistente e sis-

tematizado.

PROJECTOS DINAMIZAM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Divididos por duas salas,

consoante as potencialidade

de aprendizagem, os meni-

nos desta unidade têm vindo

a ser envolvidos em vários

projectos que visam potenciar

a sua aprendizagem. Foi o

caso a ornamentação de flo-

reiras, para a qual contribuiu a

Câmara Municipal com o for-

necimento de centenas de

plantas que acabaram por

embelezar os canteiros da es-

cola.

Sempre orientados para a

dinamização de mais e novas

actividades que potenciem o

desenvolvimento cognitivo

destes meninos e meninas,

um outro projecto deverá ser

implementado em breve.

Anabela Roriz Campos adi-

anta que a empresa “Estufas

Minho” ofereceu à unidade

uma estufa para que possam

começar a envolver as cri-

anças no cultivo de determi-

nadas espécies. Segundo a

coordenadora o intuito deste

projecto é colocá-los a fazer

trabalho manual e a “trabalhar

junto da terra para que pos-

sam estar preparados para a

vida activa”. A Junta de Fre-

guesia já se disponibilizou en-

tretanto para adequar o espa-

ço da escola à instalação da

estufa.

A UAEAM promove diver-

sos tipos de actividades, en-

volvendo uma equipa multi-

disciplinar. Das actividades

de expressão plástica à musi-

coterapia, dos jogos didáticos

à informática, do relaxamento

aos estímulos visuais, da fi-

sioterapia à terapia da fala,da

psicomotricidade à hidrogi-

nástica, tudo obedece a um

calendário pré-estabelecido,

construindo uma estratégia

que procura potenciar a evo-

lução.

BENEFÍCIOS DA INTEGRAÇÃO

Com alguns anos de ex-

periência nesta área, Anabela

Roriz Campos entende que

esta solução de integração é

aquela que melhor serve as

necessidades destas crian-

ças. Alguns dos alunos, aque-

les com maiores competên-

cias, têm turmas às quais per-

tencem e que frequentam,

numa lógica de integração so-

cial que beneficia o seu fu-

turo.

Apesar da EB 2, 3 ter como

tecto o 3.º ciclo, os alunos que

frequentam esta unidade,

dada a escassez de respos-

tas ao nível do, acabam fican-

do até completarem os 18

anos de idade. A unidade vai

tentando fazer a ponte com as

famílias, no sentido de que

inscrevam cada vez mais ce-

do os filhos, tentando assegu-

rar assim que após a saída da

EB 2, 3 de Calendário eles

tenham uma instituição espe-

cializada para a qual transitar.

COMPENSAÇÃONAS PEQUENAS E GRANDES CONQUISTAS

Do lado de quem trabalha

com estas crianças, o quotidi-

ano faz-se sobretudo de re-

compensa com as conquistas

que vão tendo ao longo do

processo de aprendizagem,

confessa a coordenadora. “É

sempre uma alegria quando

conseguimos comunicar com

um menino, quando ele cor-

responde aos estímulos sen-

soriais que lhes vamos dan-

do”, refere a propósito.

Para lá do trabalho espe-

cializado que é feito na UAEA

M, o envolvimento da própria

família é essencial para o

sucesso do plano estabeleci-

do para cada criança, subli-

nha a coordenadora. É por

isso que a unidade aposta em

estreitar laços com as famí-

lias de cada criança, assegu-

rando-se que o trabalho da e-

quipa multidisciplinar tem pro-

longamento em casa. Num

trabalho que é muito siste-

matizado e enfatizado, é es-

sencial que a persistência dos

técnicos tenha correspondên-

cia em casa.

Equipa multidisciplinar ao serviço da dificiência

Em representação do Agrupamento de Escolas de

Calendário, Mónica Dias trouxe para a escola de Calendário

o primeiro prémio da iniciativa Parlamento Jovem, através

da qual a Câmara Municipal desafiou este ano os alunos a

debater a violência em meio escolar.

A aluna do 9.º ano foi quem defendeu a moção apresen-

tada pela escola, perante quase cem alunos, que foram pro-

tagonistas de um debate de ideias que Mónica Dias consi-

dera ter sido muito interessante do ponto de vista do debate

de ideias.

A aluna, que foi a porta-voz de um equipa de alunos, teve

oportunidade de dar a conhecer a realidade da EB 2, 3 Dr.

Nuno Simões, onde não existem casos de violência escolar,

mas onde já existem mecanismos de prevenção destes

fenómenos, no sentido de preservar a normalidade da co-

munidade educativa. A unidade de ensino conta com um

Clube de Mediadores, sob orientação da Equipa Multidisci-

plinar e da Direção, através do qual “um grupo de alunos

tenta ajudar e ser mediador de eventuais problemas”. Como

bem sublinha Mónica Dias, este grupo de alunos, comun-

gando da mesma faixa etária, “tem mais facilidade em perce-

ber e comunicar”, servindo de intermediário entre os alunos

e professores. No fundo, as várias escolas defendem uma

perspectiva de vigilância do fenómeno, dado que não exis-

tem fenómenos visíveis de violência em contexto escolar.

Satisfeita com a conquista do primeiro prémio, a aluna de

apenas 15 anos descreve a experiência que é falar perante

quase uma centena de pessoas: “é muito difícil, porque, ape-

sar de não ter tentado não mostrar medo, estava sempre re-

ceosa do que pudesse acontecer. Receio de falharem as

palavras na hora, com as pernas a tremer, mas tudo correu

bem”. Defensora de uma moção que é resultado dum colec-

tivo (com nove elementos), Mónica Dias confessa que “é um

orgulho” ter conseguido passar a mensagem ao seu au-

ditório” e com isso ter conseguido trazer para a escola de

Calendário o primeiro prémio.

Agrupamento venceu Parlamento Jovem

Page 14: Edição 583

Na EB 2,3 Dr. Nuno Si-

mões, o Departamento de

Desporto Escolar tem ido

além da componente letiva.

Segundo o coordenador

David Dias, são cerca de 200

os alunos que estão integra-

dos em atividades paralelas,

que vão do xadrez à dança,

do ténis de mesa à natação,

do badminton à escalada,

num total de seis equipas.

Neste momento adianta, a es-

cola de Calendário assume-

se no contexto do distrito

como aquela que tem maior

número de equipas.

No entender deste respon-

sável, para além da prática de

modalidades diferentes, por

intermédio da participação

em competições e encontros

desportivos externos à esco-

la, os alunos têm a possibili-

dade de tomar contacto com

outras vivências, benefician-

do de experiências enrique-

cedoras. Todavia, a potenci-

ação destas atividades, aca-

ba por traduzir-se também

num benefício material para a

unidade de ensino de Calen-

dário. Segundo David Dias, e-

stando integrada num circuito

competitivo, há a potenciação

de novos equipamentos e re-

cursos financeiros, que bene-

ficiam a o Desporto Escolar e

a própria escola.

Segundo o coordenador

estas atividades fora da com-

ponente letiva alimentam-se

do entusiasmo dos alunos em

cada uma das modalidades,

resultam do empenho dos do-

centes aos quais é exigido um

tempo suplementar de traba-

lho, e já resultam em alguns

resultados competitivos muito

positivos. “Obviamente que o

nosso grande objetivo não

são os resultados, mas de

facto temo-nos superado e

temos tido boas surpresas,

nomeadamente nos nacio-

nais de natação, nos na-

cionais de ténis de mesa e de

escalada. Portanto temos tido

resultados de relevo que tam-

bém nos animam”, sublinha

David Dias.

Em matéria de infra-estru-

turas, o docente da área de

Desporto adianta que a esco-

la está bem servida. Mas isso

acontece, sobretudo, porque

tem sabido capitalizar uma

po l í t i ca de p romoção e

adesão a projetos que permi-

tem usufruir de mais recur-

sos. Prosseguindo uma es-

tratégia de parcerias, também

a este nível, David Dias adi-

anta que a própria iniciativa

“Giravólei” traz recursos, as-

sim como as parcerias com

coletividades como o Liber-

dade Futebol Clube ou o Fa-

malicense Atlético Clube se

traduzem num benefício ao

nível dos equipamentos.

Na base desta política, o

Desporto Escolar é muito

mais do que uma compo-

nente letiva, mas uma forma

“de criar algumas sinergias

que possam beneficiar os

alunos, a escola e o meio em

que está envolvida”.

De 24 a 30 de Maio de 20116 Uma Escola de afetos

Como resgatar alunos de

um ciclo de insucesso esco-

lar? A esta pergunta a EB 2, 3

Dr. Nuno Simões respondeu

com ação, e promoveu um

Curso de Carpintaria, atual-

mente frequentado por uma

dezena de alunos, que reen-

contraram numa proposta de

ensino diferente a vontade de

“estar na escola”. Quem o

confirma é Álvaro Costa, co-

ordenador do curso que este

ano começou, e que já per-

mite fazer um balanço muito

positivo.

O Curso de Carpintaria,

para o qual Calendário se as-

sume como única oferta no

território concelhio, foi “uma

aposta da escola”, sublinha o

coordenador. Confrontada

com um grupo de alunos cujo

rendimento e pouca frequên-

cia fez recear pelo abandono,

a escola decidiu evitar que

isso acontecesse com a cria-

ção de uma oferta formativa

diferente, “que os levasse a

gostar da escola”. Segundo

Álvaro Costa esse objectivo

foi integralmente conseguido,

com os alunos a demonstrar

interesse pelo curso, e a com-

provar a aquisição de com-

petências que lhes poderão

ser úteis no futuro. O inte-

resse materializa-se no inte-

resse generalizado dos alu-

nos em prosseguir estudos e

vincular-se ao curso Tipo 2

que já está proposto para o

próximo ano. Serão mais dois

anos de estudos, que lhes

darão a equivalência ao 9.º

ano.

Segundo o coordenador,

“há uma evolução enorme

dos alunos” comparando o

comportamento e o domínio

das técnicas. O mesmo res-

ponsável entende que, a con-

sciência disso, por parte

deles, também os tem motiva-

do a continuar. Ou seja, o

curso de Carpintaria, que co-

meçou por ser um meio para

atingir um fim: o de evitar o a-

bandono escolar, acabou por

suscitar o interesse que os

anima a continuar a aprender.

Estes alunos já integra-

ram, entretanto, várias em-

presas onde vão poder prati-

car os seus conhecimentos.

Em contexto de trabalho, re-

fere Álvaro Costa, “eles vão

tomar consciência das roti-

nas, das responsbailidades,

das regras” inerentes ao mer-

cado de trabalho, o que tam-

bém é um muito positivo para

a sua formação.

Esta prática da profissão

abre também uma porta para

a empregabilidade. A es-

cassez de profissionais habili-

tados nesta área poderá po-

tenciar o sucesso destes alu-

nos ao nível do emprego, ad-

mite o coordenador do curso.

Curso de Carpintaria resgatou alunos para o sucesso escolar

Desporto Escolar beneficia alunos e escola

Fugindo à rotina, o des-porto escolar ganhou há al-gum tempo mais uma modalidade: o

xadrez. O departamento está a cargo do docente Nuno Santos, envolvendo no momento cerca

de uma centena de alunos. Mais de duas dezenas são os praticantes na EB 2-3, e os res-

tantes são alunos de três escolas do 1.º ciclo do Agrupamento, onde a modalidade chegou

este ano como “experiência piloto”.

Segundo Nuno Santos, num quotidiano onde as crianças estão habituadas a jogos de “di-

gestão” rápida, com resultados ao segundo, nem sempre é fácil introduzi-los numa modali-

dade que exige reflexão e estratégia. No entanto, sublinha o docente, os ganhos são enor-

mes, dado que o xadrez treina o raciocício rápido e coloca à prova muitas noções matemáti-

cas, como as coordenadas cartezianas, que estão sempre presentes nas regras do jogo.

Para este responsável, um bom jogador de xadrez é quase sempre um aluno eficiente em

todas as disciplinas que envolvem lógica e cálculo. Apesar de não haver confirmação cientí-

fica desta realidade, Nuno Santos adverte que é uma realidade que constata, comparando o

desempenho dos alunos no xadrez e o aproveitamenta em disciplinas nucleares, num ciclo

de resultados positivos que entende que não devem ser negligenciados.

Dominar as variáveis do xadrez, enquanto exigência do jogo, acaba por constituir tam-

bém uma motivação extra para que os alunos queiram aprender mais e queiram dominar cada

vez melhor o jogo que em determinados países europeus é mesmo uma disciplina, adianta

Nuno Santos.

Quanto à experiência piloto, a decorrer em turmas do 1.º ciclo, o professor adianta que está

a ter resultados muito positivos, com os alunos a demonstrarem-se muito abertos a aprender.

Segundo Nuno Santos a abordagem em crianças tão jovens é necessariamente diferente,

contudo, é com agrado que sente a curiosidade que têm em torno do jogo. E é também com

sa-tisfação suplementar que os vê não dispensar o xadrez, mesmo tendo como alternativa

modalidades mais correntes.

Consciente de que esta é uma modalidade complexa, Nuno Santos entende que os alunos

mais jovens poderão ter muito sucesso na prática do xadrez, podendo mesmo entrar no cir-

cuito competivivo que já integram várias escolas.

Xadrez potencia competências dos alunos

Page 15: Edição 583

De 24 a 30 de Maio de 2011 7Uma Escola de afetos

“Metamorfoses: estudo do

ciclo de vida do bicho da

seda”. É este o nome do pro-

jecto desenvolvido na área

das ciências naturais que

neste momento envo lve

dezenas de a lunos num

processo de carácter científi-

co. Nascido para se propor ao

prémio “Ciência na Escola”,

da Fundação Ilídio Pinho, o

projecto é coordenado pela

professora Helena Manuela

Rego, que introduziu na abor-

dagem das ciências a ober-

vação de uma metamorfose.

Encontrou no bicho da seda

um processo fácil de obervar.

O envolvimento vai para

além das paredes da EB 2, 3

Dr. Nuno Simões, estenden-

do-se a várias escolas primá-

rias e pré-primárias do Agru-

pamento de Escolas com

sede na unidade de ensino de

Calendário. Neste sentido, o

projecto abarca crianças dos

três aos 14 anos, prevendo a

observação de diferentes

fases da metamorfose.

Segundo a coordenadora

“o projecto está a suscitar i-

menso interesse”. Desde os

mais pequenos, que se limi-

tam a manusear e desenhar

as lagartas; aos mais velhos,

aos quais incumbe medir,

pesar as lagartas, e observá-

las à lupa, todos partilham do

mesmo entusiasmo, frisa

Helena Rego.

Para além do conhecimen-

to resultante do desenvolvi-

mento do projecto, a coorde-

nadora adianta que este já

trouxe inúmeros benefícios

do ponto de vista da moti-

vação dos alunos para a área

das ciências. “Se numa aula

eu propuser uma abordage

prática, experiemental das

ciênticas eu estou a captar o

interesse dos alunos. Nós

aqui na escola temos turnos

práticos no 7.º e 8.º anos. Ou

seja, nós trabalhamos com

metade da turma de cada vez,

e isso permite-nos realizar

muitos trabalhos experimen-

tais em laboratório, e desta

foma suscitar muito o interes-

se dos alunos”, refere a pro-

pósito.

Enquanto docente coorde-

nadora do projecto, Helena

Manuela Rego confessa que

ela própria está a “adorar o

projecto e a descobrir coisas

que não sabia acerca do

bicho da seda”. No processo

de observação foi possível

constatar que algumas das

crisálidas crescem sem casu-

lo, uma realidade descon-

hecida que vai agora justificar

a procura de uma explicação

para esta excepção. Num uni-

verso de redescobertas, os

alunos verificaram ainda que

“a fase larvar é mais demora-

da do que aquilo bibliografia

diz”, uma situação que se tem

consta tado ao longo do

processo. Trata-se de outra

excepção que vai atirar os

alunos para a procura de uma

explicação. “Isto pode ter a

ver com o alimento disponí-

vel, com a temperatura ou

com outros factores que va-

mos tentar descobrir”, explica

a coordenadora, acrescen-

tando que estes imprevistos

“só veem enriquecer o projec-

to”.

Para além da fase de cri-

ação e observação dos vários

ciclos da metamorfose, o pro-

jecto já evoluiu entretanto

para uma outra fase, a de

criação de uma página na in-

ternet, através da qual podem

ser conhecidas todas as fa-

ses pelas quais passou. Será

através deste suporte que o

juri do prémio irá avaliar cada

projecto concorrente. Na pá-

gina da internet poderá ser

encontrada informação diver-

sa acerca do estudo promovi-

do pelos alunos, nomeada-

mente fotografias, resultados

científicos e todos os aspec-

tos do projecto.

Ciência envolve alunos no estudo da metamorfosedo bicho da seda

Biblioteca: um espaçoonde os jovensgostam de estar

A necessidade

de estudar e pes-

quisar, quer nos

livros quer na in-

ternet, ou a von-

tade de uma ativi-

dade mais recre-

ativa, entre livros,

filmes e música,

justifica o entra e

sai na biblioteca

da EB 2, 3 Dr. Nu-

no Simões. Uma

das bibliotecári-

as, Isabel Folhadela, salientou que este é um espaço

acarinhado pelos alunos, que eles respeitam e onde se

sentem bem.

Abandonado que considera estar o modelo de bibli-

oteca escura e séria, a docente constata com satisfação

que foi feito um trabalho de renovação nas bibliotecas es-

colares, associando-lhes nomeadamente outros motivos

de interesse como a TIC’s (tecnologias de informação e

comunicação), o que tornou estes espaços mais atrativos

para os alunos. “O aluno entra, procura o livro que quer,

pede ajuda se precisar, consulta, e tem acesso livre aos

recursos existentes, num ambiente muito leve, de aber-

tura, informal”, refere Isabel Folhadela, numa filosofia que

não é exclusiva na escola de Calendário mas que foi im-

plementada nas bibliotecas escolares com benefícios

que considera evidentes.

Quanto à relação com os livros, a bilbiotecária confes-

sa que esssa é a vertente “mais complicada”. Os jovens

têm mais apetência para recorrer ao suporte informático,

no entanto, sublinha, os docentes exigem sempre deles

uma parte da pesquisa em suporte papel, o que consi-

dera importante para a promoção do interesse pelos

livros. Ao passo que permanece alguma resistência no re-

curso aos livros de carácter científico, a secção recreati-

va evidencia maior sucesso, frisa a docente. Segundo ela

a biblioteca analisa resultados, através de um barómetro

regular do número de livros recreativos requisitados

pelos alunos, e constata que tem havido uma evolução

muito positiva nos hábitos de leitura dos jovens.

Mais de 1600 alunos, uma

centena de docentes e cerca

de 36 funcionários. É este o u-

niverso humano do Agrupa-

mento de Escolas de Calen-

dário, ao qual corresponde

uma carga burocrática imen-

sa, que só se torna gerível

com serviços administrativos

capazes de dar resposta à d-

inâmica que está hoje implíci-

ta a um ensino diferente.

Ao leme está Paulo Ma-

chado, chefe de secretaria e

funcionário da escola desde

1997. Profundo conhecedor

do território educativo que

perfaz a EB 2,3 Dr. Nuno Si-

mões, e o Agrupamento Verti-

cal de Calendário, o segredo

de dar resposta a um trabalho

exigente está, segundo este

responsável, na delegação

de competências, na espe-

cialização, mas também na

criação de um ambiente de

trabalho salutar, onde todos

se sintam membros de um e-

quipa que trabalha para o

mesmo objectivo. Para Paulo

Machado esta é mesmo uma

questão essencial ao suces-

so numa área de actividade

que é “cada vez mais exigen-

te”. E mais exigente porque

há uma necessidade cada

vez maior de reciclar e adqui-

rir competências. Quer no

âmbito da informática, onde

por vezes escasseia a for-

mação e os funcionários têm

que descobrir por si mesmo

as funcionalidades de uma

nova aplicação; quer na inter-

pretação de legislação, “que

tem saído em catadupa”.

O chefe da secretaria adi-

anta ainda que o próprio cres-

cendo de dinâmica das esco-

las exige hoje dos serviços

administrativos mais dil i-

gentes. A título de exemplo a-

dianta que só os cursos EFA

(Educação e Formação de

Adultos) exigem uma enorme

entrega, na fase de concreti-

zação dos projecto, dado que

do seu sucesso depende a re-

spectiva aprovação.

Não obstante o elevado

grau de exigência, Paulo Ma-

chado refere que este é tam-

bém um trabalho “muito moti-

vador”, desde logo porque há

empenho comum e solida-

riedade entre todos os ele-

mentos dos quais depende a

máquina burocrática do Agru-

pamento. “Tenho a sorte de

ter aqui colegas muito em-

penhados, conseguimos

sempre dar resposta ao que

nos vai aparecendo”, subli-

nha, acrescentando que a

eficácia do serviço foi recen-

temente reconhecida por

uma avaliação externa.

Paulo Machado orgulha-

se ainda dos serviços admi-

nistrativos do Agrupamento

escaparem à lógica do “servi-

ço público sisudo”. Apesar de

haver sempre um formalismo

exigido ao trabalho em causa,

os serviços administrativos

fazem questão de fazer parte

da comunidade educativa,

participando e agindo pelo

objectivo comum que é o da

educação e formação dos

adultos de amanhã. “Faze-

mos tudo para fazer parte

desta engrenagem e para

que ela não páre nas nossas

mãos”, refere a propósito.

Universo burocrático imenso enfrentado com “empenho e dedicação”

Page 16: Edição 583

“Trazer os jovens para a escola, mas sobretudo fazer com que queiram ser alunos”. É esta a

matriz do trabalho que está a ser promovido pelo Agrupamento Vertical de Escolas de

Calendário, que promoveu na passada sexta-feira um fórum subordinado ao tema

“Inter/Multiculturalidade”, promovendo precisamente uma reflexão sobre e-

xemplos bem sucedidos de inclusão de minorias. O fórum/debate encheu

durante a manhã e tarde o auditório do Centro de Estudos Camilianos,

em Seide S. Miguel, contando com o testemunho de estudiosos, es-

pecialistas, e de representantes de escolas e associações com ex-

periência na matéria.

Inserida numa comunidade onde as famílias de etnia cigana

existem em número significativo, a EB 2, 3 Dr. Nuno Simões

sempre teve como desafio primordial a inclusão destes alunos,

com pouca tradição de escola. Na abertura do fórum, Helena

Pereira, diretora do Agrupamento, sublinhou que antes de tudo

importa “não partir do pressuposto que as minorias têm que se

submeter á cultura dominante”. Foi orientada por esta convicção,

que a direção partiu para o projecto TEIP (Território Educativo de

Intervenção Prioritária) determinada a capitalizar todos os recursos que

disponibiliza ao serviço do sucesso de uma estratégia inclusiva. “Para além de

combater o absentismo, o inuscesso, o abandono, queríamos promover a inclusão.

Não por imposição, não limitando-nos a dizer que a escola é orbigatória, mas fazer com

eles quisessem de facto estar na escola”, descreve acerca da estratégia que considera ter sido bem

sucedida.

Certa dos benefícios do TEIP, que disponibiliza mais recursos para as escolas, Helena Pereira lançou mesmo um

apelo a Isabel Simões, da direção dos Serviços de Inovação Educativa, para que o projecto se mantenha no

terreno. Olhado de soslaio inicialmente, confessou, o projeto acabou por se confirmar comm uma “mais-

valia” para as escolas, confessa a mesma responsável. Desde logo porque viabiliza despartamentos

de aminação, de ação social, de psicologia, entre outros, departamentos esses que “fazem falta

nas escolas”. Em tom informal, conclui a sua intervenção desta forma: “o Agrupamento de

Calendário podia viver sem o TEIP? Podia, mas não era a mesma coisa”.

Sem poder dar garantias, Isabel Simões não deixou de reagir ao repto de Helena Pereira,

confirmando que pode pelo menos contar com a sua pressão na manutenção do TEIP.

António Leite, da Direção Regional de Educação, aproveitou a presença no fórum para

sublinhar o investimento que o Governo tem feito na Educação e para salientar os bons pro-

jetos que têm beneficiado as escolas, como é o caso do TEIP em Calendário. O mesmo res-

ponsável frisou a importância da aposta na Educação para o desenvolvimento e para a criação

de riqueza no país, e referiu que um modelo massificado não pode deixar de fora as minorias. “As

escolas têm que se adaptar. Há questões de multiculturalidade para as quais o ensino tem que estar

preparado, tratando todos por igual”, disse, acrescentando que o país não pode continuar a aceitar as mi-

norias apenas na lógica do benefício que retira delas, nomeadamente ao nível laboral. No entender de António

Leite é preciso integrá-las verdadeiramente, e esse é um papel que cabe também ás escolas. O representante da Direção

Regional de Educação saudou entretanto o Agrupamento pela iniciativa, pela reflexão e consciencialização que promove acerca da matéria da inter/multicultu-ralidade.

Leonel Rocha, vereador da Educação, também marcou presença no fórum e mostrou-se satisfeito com o papel que as escolas famalicense têm sabido assumir, “aproveitando as aparentes di-

ficuldades para as tornar em verdadeiras oportunidades”. No entender do responsável da Câmara Municipal, a dinâmica do Agrupamento de Calendário é mais um exemplo do bom trabalho que

se faz no concelho em matéria de Educação, considerando que a “partilha é a chave do êxito”.

Fruto de uma escola dinâmica, o “Calendas” é o

jornal/barómetro da atividade do Agrupamento Vertical de

Escolas de Calendário. Coordenado por Joaquim Meneses,

coadjuvado com Leonel Ramos, a revista é de caráter trimes-

tral e vai já no sexto ano consecutivo de publicação.

Segundo Joaquim Meneses, o “Calendas” surgiu de uma

iniciativa da direção da EB 2, 3 Dr. Nuno Simões. Começou

por ser um pequeno projeto, mas “foi crescendo, ganhando

forma e sendo cada vez mais abrangente”, descreve o coor-

denador da publicação.

O “Calendas” procura ser “um pólo aglutinador de toda a

comunidade escolar, pois colaboram alunos, funcionários,

professores, encarregados de educação, associações de

pais, entre outros”. No entanto, sublinha Meneses, “os traba-

lhos dos alunos, quer sejam individuais ou de grupo, têm

sempre prioridade”. Apesar de imbuído numa lógica parti-

cipativa abrangente, “vai havendo espaço para todo”. O

número de páginas tem aumentado constantemente, e com

isso os custos associados so projeto, confessa o mesmo do-

cente.

Ao cabo de seis anos de existência, a revista “procura

manter-se fiel aos princípios que devem presidir à elaboração

de um jornal escolar: divulgar acontecimentos, iniciativas,

ideias, promover o gosto pela escrita e pela sua fruição, ser

um veículo de comunicação e união de entre toda a comu-

nidade escolar”, adianta Joaquim Meneses, acrescentando

que se constitui também como “uma forma da direcção co-

municar com todos os agentes educativos, de promover cada

escola ou Jardim, e de fomentar auto-estima”. Neste sentido,

o “Calendas” toma a dianteira como meio privilegiado da pub-

licitação das iniciativas promovidas pela escola.

Instado sobre a qualidade da publicação, Joaquim Mene-

ses prefere não ser “juíz em causa própria” e deixa à comu-

nidade essa apreciação valorativa. Não deixa de referir, no

entanto, que gostaria que o projeto evoluísse para uma ver-

tente mais “alegre” e recreativa, com passatempos variados,

cartoons, anedotas, entre outros. O problema na prosse-

cução desse objetivo é sempre a falta de espaço. “Debatemo-

nos com falta de espaço, temos que ser poupadinhos e, em

primeiro lugar, estão os trabalhos originais da comunidade e-

ducativa”, diz Joaquim Meneses a propósito. O coordenador

confessa ainda que também gostaria que as vendas subis-

sem. “Se cada aluno comprasse um Calendas… Mesmo

assim, já são umas centenas! Vamos continuando a teimar!”,

conclui a propósito.

“Calendas”: revista é correia de transmissão das iniciativas da escola

Fórum Inter/MulticulturalidadeAgrupamento de Calendário

promoveu reflexão com estudiosos, escolas e associações

Auditório do Centro de Estudos

Camilianos encheu para acolher fórum

Page 17: Edição 583

O Ministério Público (MP)

de Vila Nova de Famalicão

deduziu acusação contra os

cinco eleitos da Assembleia

de Freguesia de Santiago da

Cruz, devido ao voto de pro-

testo que fizeram aprovar a

25 de Abril de 2010, respon-

sabilizando o ex-autarca José

Moreira Fernandes pelo de-

saparecimento dos documen-

tos de prestação de contas

relativos ao ano de 2009. A

queixa-crime apresentada

pelo ex-autarca teve provi-

mento junto do MP, resultan-

do na acusação daqueles

cinco eleitos pelos crimes de

difamação, agravado pela

publicidade, pela calúnia e

pela qualidade do ofendido.

No âmbito do presente pro-

cesso José Moreira Fernan-

des reclama ainda uma inde-

mnização de cinco mil euros

pelos arguido.

Na acusação à qual O

Povo Famalicense teve aces-

so, o ex-autarca de Cruz ale-

ga que a apresentação do

referido voto de protesto por

parte dos eleitos socialistas,

foi feita em termos dos quais

tinham consciência que não

corresponderiam à verdade.

O documento, cujo teor foi

conhecido à data, os eleitos

acusavam a Junta cessante

de conduta “anti-democráti-

ca” e “não coerente com

princípios básicos de rigor, le-

galidade e de total transpa-

rência na Administração de

Bens Públicos”; de penalizar

e não dignificar a imagem da

freguesia, de relevar “um dé-

fice de idoneidade democráti-

ca e de falta de respeito e con-

sideração pelos eleitores” ;e

de revelar “uma elevada falta

de profissionalismo autárqui-

co e assertividade democráti-

ca”. Esta situação ocorria

num contexto de não apre-

sentação dos documentos de

prestação de contas relativos

ao ano de 2009, documentos

esses que os actuais órgãos

afirmavam ter reclamado por

diversas vezes, sempre sem

sucesso junto dos anteriores

responsáveis, nomeadamen-

te de José Moreira Fernan-

des.

A queixa crime movida

contra aqueles eleitos, apoia-

se precisamente no facto dos

eleitos do PS saberem, ale-

gadamente, que a descrição

feita no referido Voto de Pro-

testo não correspondia à ver-

dade. A acusação alega que a

Junta tinha protocolado des-

de 2001 a prestação de ser-

viços de contabilidade com

Adelino Campos, pessoa a

quem atribuem a “exclusiva

responsabilidade” da não

apresnetação dos documen-

tos em falta. O texto da a-

cusação frisa que a situação

chegou inclusive a ser confir-

mada pelo próprio na reunião

ordinária da Assembleia de

Freguesia ocorrida a 25 de

Abril de 2010. Aliás, acres-

centa o texto da acusação,

esta mesma “responsbaili-

dade já tinha sido transmitida

à Junta de Freguesia por car-

ta enviada por este a 28 de

Dezembro de 2009”.

Apoiado no alegado con-

hecimento que os eleitos teri-

am quanto à verdadeira res-

ponsabilidade da não apre-

sentação dos documentos, o

MP entende admite a existên-

cia de um crime de difama-

ção, que terá sido agravado

pela forma como foi divulga-

do, por via de edital, mas tam-

bém em carta dirigida a várias

entidades públicas, como a

todos os jornais locais. Ao vi-

sar especialmente o ex-presi-

dente da Junta, a ação dos

eleitos do PS com a aprova-

ção do voto de protesto e res-

petiva publicitação, será pas-

sível, entende o MP, de ferir a

honra do ex-eleito.

Nos termos da acusação

deduzida pelo MP, os cinco

eleitos irão ser julgados pela

autoria de um crime de difa-

mação, agravado pela publi-

cidade, pela calúnia e pela

qualidade do ofendido. A ação

interposta por José Moreira

Fernandes, agora acolhida,

reclama ainda uma indem-

nização cível, “a título de da-

nos não patrimoniais infligi-

dos, a quantia de cinco mil eu-

ros.

RETROSPETIVA

Foi em Abril de 2010 que

foi conhecida publicamente a

situação da Junta de Fregue-

sia de Cruz relativamente aos

documentos de prestação de

contas do ano anterior. O Voto

de Protesto que dá origem à

acusação contra os eleitos do

PS punha a nu o desapareci-

mento dos documentos e res-

ponsabilizava diretamente o

ex-autarca pela situação. Na

reação às acusações do PS,

José Moreira Fernandes de-

fendia-se atirando toda a res-

ponsabilidade para o conta-

bilista da Junta, pessoa que

estava na posse dos docu-

mentos em falta e única res-

ponsável pela sua não apre-

sentação. De resto, o próprio

contabilista chegou a confir-

mar a tese do ex-autarca.

No entanto, no sentido de

ultrapassar a questão formal

do fecho das contas, a atual

Junta chegou a estabelecer

vários prazos para entrega

das contas. Os prazos foram

sendo sucessivamente ultra-

passados até que deu origem

a uma ação judicial para en-

trega dos mesmos.

SANDRA RIBEIRO GONÇALVES

9De 24 a 30 de Maio de 2011

Queixa-crime movida por José Moreira Fernandes teve provimento

Eleitos do PS acusados de difamação pelo MP

Page 18: Edição 583

A Escola Secundária Ca-

milo Castelo Branco sagrou-

se campeã nacional na prova

de estafeta feminina de esti-

los, nos Campeonatos Nacio-

nais de Desporto Escolar, re-

alizados entre os dias 20,21 e

22 de Maio, nas piscinas mu-

nicipais de Santiago do Ca-

cém. Numa competição onde

estiveram presentes alunos

de todas as regiões do país, a

Escola Secundária Camilo

Castelo Branco integrou a se-

lecção da DREN, fazendo-se

representar por seis alunas e

pelo professor responsável

pelo grupo equipa de nata-

ção, Bruno Pereira, sendo a

escola com maior número de

alunas presentes.

As alunas famalicenses

estiveram em plano de desta-

que, sagrando-se campeãs

nacionais não só na prova de

equipas como também, nas

provas individuais de 50 cos-

tas e de 200 livres, ganhas re-

spectivamente pelas alunas

Francisca Carmo e Hedviges

Carvalho. Para além destes

títulos nacionais a equipa

constituída por Ana Azevedo,

Vanessa Moreira, Ana Fran-

cisca Pereira, Daniela Ri-

beiro, Francisca Carmo e

Hedviges Carvalho, obteve

diversos lugares de pódio,

garantindo um total de 10

medalhas.

Fruto desta participação,

quatro destas alunas foram s-

elecionadas para representar

o nosso país nos Campeona-

tos Europeus de Desporto

Escolar, a realizar durante o

mês de Julho, adianta a se-

cundária.

10 De 24 a 30 de Maio de 2011

Após o término das obras

de renovação das instala-

ções do Externato do Barrei-

ro, a direção pedagógica pro-

porcionou a oportunidade

aos alunos e aos familiares

de aprimorarem o trabalho

realizado. Neste âmbito, a co-

munidade educativa foi de-

safiada a criar um Painel de

Azulejos que, “além de em-

belezar as instalações da es-

cola, familiariza os alunos

com este novo espaço, tor-

nando-o representativo para

eles”.

Um dos encarregados de

educação realizou um atelier

de pintura, do qual resultou

uma obra conjunta. Para a-

lém da vertente prática, foram

abordadas neste atelier vá-

rias técnicas de pintura, inclu-

indo um estudo aprofundado

da cor, a qual, como os alu-

nos puderam perceber, é re-

veladora de sentimentos,

sendo considerada, por isso,

também uma forma de escri-

ta.

“É nesta dinâmica de arti-

culação com a família e parti-

lha recíproca de saberes que

se movimenta a comunidade

educativa do Externato que

concretiza, assim, um núme-

ro significativo de projectos

do seu Plano de Actividades,

recorrendo aos saberes e ofí-

cios dos Encarregados de

Educação dos seus alunos”,

refere a unidade de ensino

em nota de imprensa.

Um outro um momento de

interacção entre a comuni-

dade educativa do Externato

decorrerá já no dia 28 de

Maio, momento em que se

celebrará o Dia da Família

com a realização de um ped-

dy-paper pela cidade, ao qual

se seguirá um piquenique

nas instalações da Escola.

Além de promover mais um

momento de interacção entre

os alunos e a respectiva fa-

mília, esta actividade permi-

tirá “que todos conheçam lo-

cais importantes na dinâmica

do Externato e na dinâmica

da própria cidade de Famali-

cão”, adianta a escola.

Uma vez que esta activi-

dade antecede o Dia da Cri-

ança, para a direcção do Ex-

ternato “esta será a melhor

prenda antecipada que pode-

rão oferecer aos seus alu-

nos”.

Externato do Barreiro: alunos

criam Painél de AzulejosSecundária

Camilo Castelo Branco

Campeã de Desporto Escolar

O Infantis masculinos da

modalidade de basquetebol

da Escola Cooperativa de

Vale S. Cosme sagraram-se

campeões distritais. A proeza

foi alcançada a 14 de maio no

Pavilhão da Escola Básica de

Vila Verde, na quarta e última

jornada do campeonato.

Desde a primeira jornada

que a equipa liderada pelo

professor Estêvão Liberal

demonstrou alguma superio-

ridade técnica e tática face

aos adversários, contudo o

conjunto estava longe de

imaginar que venceria todos

os jogos do campeonato e al-

guns com larga vantagem.

“O sucesso deste conjun-

to, formado há dois anos, é

fruto de um trabalho semanal

e da assiduidade, concen-

tração e empenho que os

alunos demonstraram em

cada treino”, adiantam os res-

ponsáveis técnicos.

No final do encontro, os

alunos estavam bastante sa-

tisfeitos pelo título alcançado,

aproveitando-se este artigo

para desejar os parabéns aos

alunos campeões: Abílio Al-

meida (6.1), António Correia

(6.5), Bruno Monteiro (7.7),

David Peliteiro (7.2), Ivo Dias

(7.7), Jaime Silva (5.2), João

Paulo Costa (7.7), João Pau-

lo Sousa (6.1), João Pedro

Salgado (6.1), José Paulo

Ferreira (6.1), Luís Carvalho

(5.8), Rui Carvalho (5.2),

Simão Monteiro (7.2), Vítor

Silva (5.2) e ao professor

Estêvão Liberal.

Escola Cooperativa Vale S. Cosme

Basquete: Infantis Campeões

invictos de Desporto Escolar

A Fundação Cupertino de Miranda pro-

move, no próximo dia 31 de Maio, mais um

Ciclo de Música e Poesia.

A iniciativa tem lugar pelas 21h30 na

sede da fundação. A entrada é gratuita.

Ciclo de Música e Poesia na Fundação

Na próxima quarta-feira dia 25 de Maio a

Associação de Dadores de Sangue de Fa-

malicão promove uma “Colheita de San-

gue” na Escola Bernardino Machado de

Joane, aberta à população em geral.

A “colheita de Sangue” será realizada

entre as 15h00 e as 19h00 pelo Instituto

Português do Sangue do Porto.

Colheita de Sangue em Riba de Ave

Page 19: Edição 583

“Com este seminário, o

Município de Famalicão as-

sume a vanguarda do debate

de uma matéria nova em Por-

tugal, de grande interesse

para o desenvolvimento das

cidades contemporâneas”.

Foi com estas palavras que o

presidente da Câmara Muni-

cipal de Vila Nova de Famali-

cão, Armindo Costa, abriu, na

passada sexta-feira, o semi-

nário “Rede de Museus: Terri-

tório. Identidade. Património”,

que decorreu até o passado

sábado, na Casa das Artes,

reunindo alguns dos mais

conceituados especialistas

em museologia e vários re-

sponsáveis pela criação de

r e d e s d e m u s e u s e m

Portugal. Para além do autar-

ca famalicense, marcaram

ainda presença na abertura

do seminário o director do de-

partamento de Ciên-cias e

Técnicas do Património da

Faculdade de Let ras da

Universidade do Porto, Ar-

mando Coelho e do coorde-

nador da Rede de Museus,

Artur Sá da Costa.

Organizado pelo pelouro

da Cultura da autarquia fa-

malicense em colaboração

com a Faculdade de Letras da

Universidade do Porto, este

seminário serviu de ponto de

partida para a criação de uma

rede de museus em Fama-

licão. Como explicou Armindo

Costa “foi no quadro da cri-

ação da Rede de Museus de

Famalicão que decidimos or-

ganizar este seminário, convi-

dando vários especialistas,

para falar sobre os nossos

museus, mas também sobre

modelos de gestão e de co-

municação”. Além disso, o

seminário contou ainda com a

presença de vários respon-

sáveis por redes de museus

que estão a emergir em algu-

mas zonas do país.

“Uma das imagens mais

poderosas e inovadoras que

o município projecta no país é

a de que possui uma rede de

equipamentos culturais acti-

va, múltipla e incomum”, sali-

entou o autarca, acrescentan-

do que “Famalicão possui es-

paços museológicos de ex-

celência, que justificam ple-

namente um modelo de ges-

tão em rede que potencie este

património como produto tu-

rístico”.

Perante uma sala repleta

de especialistas e investi-

gadores na área da museolo-

gia, o presidente da Câmara

Municipal explicou a impor-

tância da criação de “uma

rede de museus que ligue o

passado com o presente de

Famalicão e que faça uma

ponte com dois sentidos entre

o local e o universal”. Segun-

do o edil “a partir da sua rede

de museus, Famalicão tem

condições para oferecer ao

mercado um produto turístico

atraente e competitivo”. E fun-

damentou: “Temos museus

tradicionais, vocacionados

para a contemplação das

suas colecções, mas também

temos um Museu de Arte

Contemporânea, na Funda-

ção Cupertino de Miranda, a-

licerçado na colecção surrea-

lista, cuja vitalidade decorre

das exposições temporárias

promovidas com regularida-

de”.

Abrindo a sua intervenção

ao debate, Armindo Costa

deixou algumas ideias, nome-

adamente, no âmbito da ges-

tão e comunicação dos mu-

seus. “Nos tempos que cor-

rem, um museu só existe se

existir no espaço mediático,

pois, de outra forma, não sus-

cita o interesse dos patroci-

nadores”, referiu destacando

que “um museu sem público

tende para a morte”.

Neste âmbito, o edil salien-

tou que “é fundamental articu-

lar a rede museológica com

outras ofertas turísticas, no-

meadamente ao nível da gas-

tronomia, do lazer, da cultura

e do património”. “Estamos no

tempo das indústrias cultu-

rais”, destacou, acrescentan-

do que, por isso “impõe-se

uma lógica industrial, que tra-

balhe para todo o público, que

incorpore no serviço cultural

do museu o turismo, o en-

tretenimento e o lazer, fomen-

tando, assim, a economia das

cidades”. “Só com esta visão

estratégica a Cultura e o

Turismo podem dotar o mu-

nicípio de uma alavanca de

competitividade e de um fac-

tor de desenvolvimento e-

conómico e social” destacou

o edil.

11De 24 a 30 de Maio de 2011

Presidente da Câmara Municipal abriu seminário que decorreu na Casa das Artes

Armindo Costa anuncia criação

de rede de museus

Evento teve lugar na Casa das Artes

O Serviço Educativo da Fundação Cuperti-

no de Miranda tem as portas abertas à comu-

nidade escolar de Vila Nova de Famalicão no

próximo dia 31 de Maio, dia que antecede o

Dia Mundial da Criança, numa iniciativa que

decorrerá frente à Fundação Cupertino de

Miranda, entre as 09h30 e as 17h00.

A tarefa que será proposta ao mais pe-

quenos será a realização de um cadavre-ex-

quis gigante numa das faixas que já serviram

para a divulgação de uma exposição e que ha-

bitualmente estão expostas na fachada da

Fundação. Com criatividade, brincadeira, boa

disposição e muita tinta a crianças poderão in-

tervir num material com mais de 10 metros de

comprimento e que após conclusão será ex-

posto durante uma semana na fachada da

Fundação exibindo o resultando da passagem

de inúmeras crianças provenientes da escola

do concelho.

Na véspera do Dia Mundial da Criança

Fundação abre portas

à comunidade escolar

A Junta de Freguesia de Gavião pro-

move, no próximo dia 28 de Maio, um

Espaço Saúde, entre as 10h00 e as 17h00.

A iniciativa, inteiramente gratuita, permitirá

contactar com um médico Pediatra, pes-

quisa de glicemias, medição de tensões ar-

teriais, rastreio de podologia, medicina den-

tária, índice de massa corporal, avaliação p-

sicomotora dos 0 aos 5 anos, rastreio de

perturbação de hiperactividade e défice de

atenção, alimentação saudável, e esclarec-

imento de dúvidas acerca da saúde do seu

filho (obesidade).

Gavião: Junta promove Espaço Saúde

Page 20: Edição 583

Os alunos de Física Apli-

cada (área de projecto) da

Escola Secundária Padre

Benjamim Salgado, de Joa-

ne, decidiram embarcar numa

aventura espacial participan-

do no concurso FisicUM2011,

proposto pelo grupo ECUM

da Universidade do Minho, no

âmbito das comemorações

do cinquentenário do primeiro

voo espacial tripulado.

O concurso destinou-se a

alunos do 3.º ciclo do ensino

básico e a alunos do ensino

secundário, a nossa turma,

seis alunos do 12.º C, aceitou

o desafio proposto pela pro-

fessora de área de projecto.

Assim durante o primeiro pe-

ríodo os alunos colocaram a

imaginação a funcionar e os-

conhecimentos de física,

relembrando conceitos de

mecânica, de corrente eléctri-

ca e um pouco de electrónica,

bem como todos os conceitos

associados a estes temas.

Foi uma primeira fase difícil

pois passar para o papel as

ideias e planificar o projecto

foi uma tarefa árdua e por

vezes um pouco controversa,

pois as regras do concurso

eram muito claras; os alunos

teriam de idealizar um enge-

nho que fosse capaz de voar,

planar e aterrar num períme-

tro circular com cinco metros

de raio, sem usar electrónica

ou aparelhos já construídos,

como por exemplo engenhos

telecomandados.

Após algumas discussões

foram então planificadas du-

as “máquinas”, uma por cada

grupo de trabalho, “nas nu-

vens” (figura 1) e “JF|MF-23-

09-AMR” (figura 2). Os dois

engenhos foram a concurso

no dia 14 de Maio e uma das

equipas, JF|MF-23-09-AMR

conseguiu o 10º lugar e a e-

quipa Nas Nuvens obteve o

melhor tempo de voo do con-

curso.

Apesar de todas as dificul-

dades encontradas e supe-

radas foi um grande desafio e

talvez uma base de lança-

mento para a opção futura,

uma vez que a maioria pre-

tende seguir um curso de en-

genharia, durante o qual tere-

mos oportunidade seme-

lhante de projectar ideias e

conceber protótipos, mecâni-

cos e/ou electrónicos, que

possam vir a ser utilizados

num futuro próximo.

A escola agradece à UM

pela oportunidade de projecto

a partir do concurso FISICUM

2011, à professora Isabel Al-

meida (Professora de AP) e fi-

nalmente aos pais e familia-

res que apoiaram os alunos,

em especial nesta fase final

do concurso.

12 De 24 a 30 de Maio de 2011

Secundária Padre Benjamim Salgado consegue melhor tempo

no FISICUM2011

“Muito participado. Muito

aplaudido”. Assim se resume

o Concerto Coral Sinfónico

que decorreu na Didáxis de

Riba de Ave, no passado dia

13 à noite, juntando cerca de

130 artistas, entre músicos e

cantores.

Quem o diz é a escola de

Riba de Ave, que se juntou

para ouvir a Orquestra Artavi-

nhos (42 músicos na sua mai-

or parte alunos do 8ºano de

escolaridade) e o Coro Didá-

xis (90 alunos do ensino bási-

co). Esta parceria com a Arta-

ve permitiu trocas de expe-

riências entre os participan-

tes.

A orquestração e direcção

dos 13 temas estiveram a

cargo do professor de Edu-

cação Musical da Didáxis,

Manuel Afonso. Três dos te-

mas apresentados são origi-

nais: “Capricho Juvenil” e

“Adeus água do rio” e “Hino à

Didáxis”.

E se o Coro da Didáxis

cantou e encantou, os solis-

tas Joel Freitas, professor de

Educação Musical, Susana

Gomes, professora de Edu-

cação Física, Ana Sousa,

Paula Carvalho, Cátia Fer-

nandes, Ana Rita Machado,

alunos da Didáxis, e Carlos

Ortiga, professor de Guitarra,

emocionaram as dezenas de

pessoas que marcaram pre-

sença neste serão musical.

Os objectivos do evento

eram essencialmente peda-

gógicos: conhecer a forma-

ção da orquestra e sua cons-

tituição por famílias e seus

timbres: sopros de metal, so-

pros de madeira, cordas e

percussão. Foi muito impor-

tante que os alunos adquiris-

sem competências de afi-

nação, extensão e equaliza-

ção vocal. “Para isso foi ne-

cessário ao longo de seis

meses fazer ensaios 3 vezes

por semana e seleccionar

posteriormente os candi-

datos” , expl icou Manuel

Afonso.

A Didáxis – responsável

por toda a logística (alimen-

tação, transporte, adereços)

sentiu-se honrada com este

concerto. Alunos e profes-

sores da Didáxis que partici-

param activamente, ou basti-

dores do acontecimento ape-

nas pediram que se repetisse

assiduamente “noites assim”.

Concerto na Didáxis junta mais de 130 artistas

Espectáculo

de homenagem às mães

em S. Miguel-o-Anjo

“A ti, Mãe!”.

Este é o nome

de um espec-

táculo que terá

lugar no próxi-

mo dia 29 de

M a i o , p e l a s

15h30, no Sa-

lão do Centro

Soc ia l de S -

Miguel-o-Anjo,

e que servirá de

homenagem a

todas as mães.

Integrado no

mês dedicado a

Maria, este es-

pectáculo pre-

tende ser uma

sentida home-

nagem de a-

gradecimento a todas às mães. Será um espectáculo

com música, poesia, dança e teatro.

O espectáculo contará com a presença dos cantores

Ivo Machado, Joana Lopes e Margarete Monteiro, dos

declamadores António Sousa e Filomena Fonseca, do

Grupo Coral Dominicanus e do grupo de teatro Amarcul-

tura, da freguesia de Calendário. Haverá ainda uma sur-

presa para todas as mães presentes. A entrada é livre e

haverá serviço de bar disponível.

A iniciativa é organizada pela Associação Projecto

Amarcultura, Calendário, com o apoio do Centro Social,

Cultural e Recreativo de S. Miguel-O-Anjo.

Page 21: Edição 583

A Associação de Futebol

Salão Amador de Vila Nova

de Famalicão promove no

próximo dia 27 de Maio de

2011, pelas 21h00, na Bibli-

oteca Municipal uma Assem-

bleia Geral.

O principal ponto da or-

dem de trabalhos é a dis-

cussão e aprovação dos

Estatutos e Regula-

mento Interno, sen-

do o ponto dois

para discus-

são e a-pro-

vação das

Leis de

Jogo.

Um grupo de jovens volun-

tários Time4U tomaram con-

tacto com uma nova expe-

riência de voluntariado no

passado dia 21. Os jovens

desenvolveram diversas ac-

tividades de construção Civil,

desde fazer massa, até re-

vestimento das paredes com

cimento (areado), em Gomil-

de, Vila Verde.

Esta actividade teve como

principal objectivo, dar apoio

em mais uma iniciativa de-

senvolvida pela Associação

Habitat for Humanity, com

sede nacional em Braga. Esta

associação tem como objecti-

vo ajudar no desenvolvimen-

to de comunidades com pes-

soas carenciadas, através da

construção e renovação de

casas para que todos possam

ter acesso a uma habitação

digna.

Juntamente com grupo Ti-

me4U participou na activi-

dade um grupo jovens

vindos de Lisboa. “Foi um dia

diferente, cheio de partilha e

de novas experiências, onde

o grande objectivo de cons-

trução de uma casa foi atingi-

do”, refere a YUPI em nota de

imprensa, acrescentando

que “os voluntários avaliaram

a actividade de forma muito

positiva e pretendem desen-

volver este tipo de activi-

dades em cooperação

com a Habitat de for-

ma mais regular, a-

judando as famí-

lias na cons-

t r u ç ã o d e

c a s a s

( jun ta -

mente com os

membros da

mesma fa-

mília).

Enquanto dinamizadores

da bolsa de voluntariado juve-

nil Time4U, a YUPI foi convi-

dada a representar a zona

Norte de Portugal para um

Seminário sobre o Volunta-

riado, que decorreu de 15 a

20 de Maio na zona fronteiriça

entre Vila Nova de Cerveira e

Goyan (Galiza).

Este Seminário nasce na

cooperação entre a Agência

Nacional para o Programa

Juventude em Acção de Es-

panha e Portugal e as duas

Redes de Ex-Voluntários Eu-

ropeus dos dois países en-

volvidos neste Seminário e

pretende dar um impulso e

mobilizar a sociedade civil

para a importância do desen-

volvimento com qualidade de

programas de voluntariado e

o potencial de aprendizagem

para os jovens que este tipo

de serviço proporciona. Nes-

tes dias de Seminário foi dado

a conhecer a jovens dos dois

lados da fronteira a possibili-

dade de realização de um

Serviço de Voluntariado Euro-

peu, programa este onde ca-

da jovem pode escolher um

país/área de intervenção pa-

ra, durante 2 a 12 meses, rea-

lizar de forma gratuita e com

apoio a alojamento, alimen-

tação, curso de línguas e di-

nheiro de bolso, poder reali-

zar um serviço voluntário. A

YUPI é entidade de acolhi-

mento e envio de voluntários

euro-peus, o que se torna

uma mais-valia para a cidade

de Vila Nova de Famalicão.

O Seminário contou com

especialistas na área do vo-

luntariado e serviço de apoio

à comunidade dos dois lados

da fronteira e foi também de-

senvolvido uma campanha de

informação de rua e nas es-

colas galegas e do norte de

Portugal, semelhante ao que

a YUPI propõe a todas as es-

colas em que é convidada a

trabalhar.

A avaliação deste Seminá-

rio “foi muito positiva porque

permitiu a criação de uma re-

de de contactos, partilhar ex-

periências sobre os procedi-

mentos das diferentes bolsas

de voluntariado aqui presen-

tes e chamar a atenção de

políticos e restante so-

ciedade civil para uma

participação mais ac-

tiva através de ac-

ções de volunta-

riado na comu-

nidade”, adi-

a n t a a

YUPI.

13De 24 a 30 de Maio de 2011

Seminário do Voluntariado com representação

da bolsa de voluntariado juvenil Time4U

Jovens Voluntários apoiam Associação

Habitat na construção de mais uma casa

AFSA reúne em

Assembleia Geral

Page 22: Edição 583

Um dos principais acessos

ao futuro Parque da Cidade

de Vila Nova de Famalicão, a

Avenida do Brasil, está a be-

neficiar de um conjunto de

obras de reabilitação. A aveni-

da que vai limitar o parque a

norte está a ser transformada

numa via ampla, com preocu-

pações paisagísticas ao nível

do ambiente e do design.

A empreitada envolve um

investimento municipal de

cerca de um milhão de euros,

e segundo o presidente da

Câmara Municipal, Armindo

Costa, implica “a reconversão

de uma típica estrada na-

cional (EN 206) – sem pas-

seios em grande parte do seu

troço – num arruamento ur-

bano, conciliando segurança

e conforto na sua utilização”.

Assim, entre as várias in-

tervenções destaque para o

alargamento da estrada que

passará a ter quatro vias,

duas em cada sentido dividi-

das por um separador central.

Serão criados passeios per-

mitindo a circulação pedonal

em toda a sua extensão, e

será ainda colocada nova ilu-

minação, diverso mobiliário

urbano e plantadas árvores.

Com cerca de um quilóme-

tro de cumprimento, a Aveni-

da do Brasil é um dos princi-

pais acessos à cidade a partir

do lado nascente do conce-

lho. Por outro lado, permite

igualmente o acesso a vários

equipamentos públicos como

a Casa das Artes e a Biblio-

teca Municipal Camilo Caste-

lo Branco. Com a criação do

Parque da Cidade, esta via

ganha uma nova dimensão

transformando-se num dos

seus principais acessos.

Neste âmbito, a autarquia

tem também já em andamen-

to a construção de uma Ave-

nida que vai delimitar o Par-

que a sul. A via que vai ligar o

campo da feira semanal à

Igreja de S. Tiago de Antas

será mais uma via estrutura

no acesso ao Parque da Ci-

dade.

As obras de beneficiação

da Avenida do Brasil estão a

cargo da empresa José Mo-

reira Fernandes e Filhos,

S.A., que deve concluir os tra-

balhos durante o início do

próximo ano.

14 De 24 a 30 de Maio de 2011

Pequenos e graúdos ru-

maram bem cedo a Lisboa

para participar em mais uma

actividade promovida pelas

escolas do Benfica, desta fei-

ta o 7.º encontro Nacional da

rede de escolas dos “encar-

nados” que teve como palco o

relvado do Estádio da Luz.

Os jovens atletas tiveram

a oportunidade de pisar o

palco das águias, numa tarde

que fica também marcada pe-

lo primeiro voo oficial da nova

águia do Benfica, que de for-

ma magistral encheu de sor-

risos o relvado, repleto de cri-

anças e jovens de todo o país.

Nesta actividade partici-

param cerca de 200 atletas a-

companhados pelos pais, fa-

miliares e amigos num dia

que ficará marcado na memó-

ria dos futuros campeões.

Elias Pinto, coordenador

técnico responsável pelo pro-

jecto no Norte, realça a im-

portância de aproximar os

atletas do Benfica, do clube :

“esta actividade tem real-

mente um grande impacto

junto dos mais pequenos,

viver um dia no relvado da

Luz é marcante para qualquer

criança. Aproximarmos os

atletas das escolas mais dis-

tantes do nosso estádio, está-

dio que estão habituados a

ver na televisão é sem duvida

motivo de muita alegria para

eles e para toda a nossa es-

trutura. O voo da águia foi um

momento feliz para todos os

presentes”.

Em relação ao futuro, que

passa por federar equipas,

Elias Pinto mostra-se confi-

ante no trabalho que aos pou-

cos tem atingido níveis muito

satisfatórios. “Temos vindo a

trabalhar segundo a nossa

metodologia durante toda a

época e os níveis dos nossos

praticantes tem aumentado

de uma forma satisfatória.

Somos uma escola de futebol

que para além de ter o dever

de formar atletas de elevada

competência tem também um

papel social muito activo e

penso que estamos bem em

todos os aspectos. Federar e-

quipas é um processo natural

tendo em conta um dos ob-

jectivos definidos pelo Benfi-

ca, que passam pela prática

desportiva, ocupação dos

tempos livres e o talento na

captação de novos jogadores

de futebol” conclui a propósi-

to.

O Benfica promove treinos

de captação para as equipas

federadas durante o mês de

Junho nas cidades de Famali-

cão, Braga, Trofa e Chaves.

Os campeões entram de

férias apenas no mês de A-

gosto, até lá terão ainda a o-

portunidade de participar no

primeiro campo de férias or-

ganizado pelos encarnados a

Norte do país.

Escola Geração Benfica

viajou até ao Estádio da Luz

Câmara investe um milhão de euros

na ampliação da Avenida do Brasil

ANTÓNIO FREITAS

Campeonato de Sueca

em Mogege

A Comissão de festas em honra de Santa Marinha de

Mogege promove, no próximo dia 28, um campeonato de

sueca na sede da Associação Desportiva do Carril. O

campeonato será disputado em pares. No local fun-

cionará uma cozinha regional com vários petiscos e vinho

da região.

23.º Grande Prémio

de Ciclismo em Avidos

O Centro Ciclista de Avidos promove, no próximo dia

4 de Junho, o seu 23.º Grande Prémio de Ciclismo.

A prova arranca pelas 14h30, sendo dividida pelas ca-

tegorias de cadetes e juniores. A primeira tem um iti-

nerário de 42 quilómetros, e a segunda um itinerário de

60 quilómetros.

Liberdade em

grande nas provas

do fim-de-semanaO Liberdade Futebol Clube participou no passado fim-de-

semana nos Campeonatos Distritais de Pista, em Braga.

Susana Malheiro, em infantis, sagrou-se campeã; Hélder

Salazar, juvenil, foi vice-campeão nos 800 metros e camepão

nos 1500 metros. A equipa juventil feminina também con-

seguiu o primeiro lugar em estafetas.

Entretanto, em Viana do Castelo, Óscar Mendes e Mónica

Pereira ocuparam o 3.º lugar do pódio no Grande prémio de

Locar.

Corrida das EscolasA par da Milha Urbana, é já no próximo sábado que tem

lugar mais uma Grande Corrida das Escolas do Concelho de

Famalicão. A prova que costuma contar com milhares de

jovens atletas terá lugar entre as 16h00 e as 17h30.

Page 23: Edição 583

De 24 a 30 de Maio de 2011 15

V E N D E - S EDIVERSO EQUIPAMENTOHOTELEIRO USADO

9 1 8 5 8 9 9 7 0

AR CONDICIONADOBOMBA DE CALOR

SUPERCLIMA, LDA20 ANOS DE ACTIVIDADE

ORÇAMENTOS917 337 391917 337 391

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Page 24: Edição 583