Edição 13 - Fevereiro - 2010
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Revista
Graxaria Brasileira
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Revista Ano 3 / Edição 13 / Jan-Fev 2010 / www.editorastilo.com.br
Graxaria BrasileiraIndústria de Farinha e Gordura Animal
Catálogo Oficial
FENAGRA 2010 – Feira Nacional das GraxariasIX Workshop Embrapa / Sincobesp
Catálogo Oficial
FENAGRA 2010 – Feira Nacional das GraxariasIX Workshop Embrapa / Sincobesp
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CAPA ed 13B.pdf 1 09/02/10 16:59
Revista Ano 3 / Edição 13 / Jan-Fev 2010 / www.editorastilo.com.br
Graxaria BrasileiraIndústria de Farinha e Gordura Animal
Catálogo Oficial
FENAGRA 2010 – Feira Nacional das GraxariasIX Workshop Embrapa / Sincobesp
Catálogo Oficial
FENAGRA 2010 – Feira Nacional das GraxariasIX Workshop Embrapa / Sincobesp
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CAPA ed 13B.pdf 1 09/02/10 16:59
Revista
Graxaria Brasileira
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Revista
Graxaria Brasileira
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Revista Ano 3 / Edição 13 / Jan-Fev 2010 / www.editorastilo.com.br
Graxaria BrasileiraIndústria de Farinha e Gordura Animal
Catálogo Oficial
FENAGRA 2010 – Feira Nacional das GraxariasIX Workshop Embrapa / Sincobesp
Catálogo Oficial
FENAGRA 2010 – Feira Nacional das GraxariasIX Workshop Embrapa / Sincobesp
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CAPA ed 13B.pdf 1 09/02/10 16:59
Editorial
CARTA AO LEITOR
Seja bem vindo à sua nova edição da Revista Graxaria Brasileira
– Catálogo Oficial da Fenagra 2010.
Novamente o departamento de comunicação inova em busca da
satisfação de nossos leitores. Esta edição, além de comemorar o
terceiro ano da Revista Graxaria Brasileira, vem com novidades,
com novos projetos e perspectivas, mas com o mesmo
comprometimento com o leitor.
Foram criadas novas seções procurando atender as necessidades
do leitor, tanto quanto em informações mercadológicas como
em novos trabalhos técnicos.
Esta edição publicada no mês de Fevereiro, teve uma tiragem
de 5.200 exemplares, distribuída durante todo o ano aos
interessados no setor graxeiro.
Queremos agradecer a nossos leitores e anunciantes que
sempre acreditaram no potencial desse veículo de comunicação.
Mais uma vez toda a equipe da Editora Stilo, junto com o
Conselho Editorial da Revista, cumpre com o seu objetivo inicial:
oferecer de forma completa e abrangente a informação ao seu
seleto público leitor.
Seja muito bem-vindo ao Catálogo Oficial da Fenagra 2010.
Boa leitura!
Daniel Geraldes
Editor Chefe
Revista
Graxaria Brasileira
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Graxaria Brasileira
5Sumário / Expediente
DiretorDaniel Geraldes
Editor Chefe
Daniel Geraldes – MTB [email protected]
Jornalista Colaborador
Paulo Celestino - MTB 998/RN
PublicidadeLigia Caetano
RedaçãoLucas Priori
Direção de Arte e ProduçãoLeonardo Piva
Conselho EditorialBruno Montero
Claudio Mathias Clênio Antonio Gonçalves
Daniel GeraldesLuiz Guilherme Razzo
Valdirene Dalmas
Comitê TecnicoCláudio BellaverDirceu ZanottoLucas Cypriano
Fontes Seção “Notícias” BeefPoint, Avisite, Valor Econômico, Gazeta
Mercantil, Sincobesp, Abra, Sindirações, National Render, Embrapa, Biodiesel, AgriPoint, Aliança
Pecuarista.
Impressão GráficaIntergraf Ind.Gráfica Ltda
DistribuiçãoACF Alfonso Bovero
Editora StiloRua Sampaio Viana, 167 - Conj. 61
Cep: 04004-000 / São Paulo (SP)(11) 2384-0047
A Revista Graxaria Brasileira é uma publicação bimestral da Editora Stilo.
A Revista Graxaria Brasileira é uma publicação do mercado de Graxarias, clientes de graxarias, fornecedores de: máquinas, equipamentos, insumos, matérias-primas, biodisel, frigoríficos e prestadores de serviços, com
tiragem de 4.000 exemplares.
Distribuída entre as empresas nos setores de engenharia, projetos, manutenção, compras, diretoria, gerentes.
É enviada aos executivos e especificadores destes segmentos.
Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista.
Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias sem expressa autorização da Editora.
06 notícias
22 EmFoco1
26 EmFoco2
28 EmFoco3
30 capa
29 Índicesdemercado
46 Foconaqualidade
48 PetFoodOnLine
50 entrevista
56 cadernotécnico1
58 cadernotécnico2
62 cadernotécnico3
64 Agenda
65 PontodeVista
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7Notícias
Glicerolparasuínos Cientistas a Irlanda do Norte incluíram o glicerol,
um sub-produto do biodiesel, na ração de suínos. O
experimento, liderado por Elizabeth Ball, especialista em
Nutrição Animal do Instituto de Biociências (AFBI), em
Hillsborough, testou os efeitos da inclusão do glicerol nas
dietas de terminação sobre o desempenho do animal e a
qualidade da carne. Uma pesquisa semelhante já havia sido
feita em aves, com resultados positivos (veja).
Porém, diferente das aves, o desempenho dos suínos não
foi satisfatório. Quatro dietas foram produzidas, com
níveis de glicerol de 0, 4, 8 e 12%, e oferecidas para 48
suínos em grupos de seis. Os animais foram alojados,
o que permitiu avaliar com mais precisão o consumo de
ração e comportamento individual de cada suíno. Não
houve diferença no consumo de ração, mas o ganho médio
diário diminuiu em 4 e 12% depois da inclusão de glicerol.
A taxa de conversão alimentar também tendeu a ser menos eficiente com o aumento do nível de glicerol.
Para Ball, o glicerol tem potencial para ser um novo ingrediente na dieta suinícola e pode substituir uma parte dos
grãos da ração. Os insumos são a principal fonte de energia em dietas para suínos, mas a oscilação de preços pode
diminuir a rentabilidade do plantel. Ainda não há um ingrediente que possa substituir completamente o cereal como fonte
de energia, mas vale a pena considerar os ingredientes que podem ser utilizados como substituto parcial, desde que não
interfiram potencialmente na eficiência da produção de carne das granjas. As informações são do site Pig Progress.
Redação Suinocultura Industrial
Gorduravirabiocombustível
A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), a
Universidade do Minho e a empresa Irmãos Monteiro (todas de Portugal)
uniram-se para desenvolver um projeto de transformação da gordura
da carne em biocombustível. A parceria, que engloba também um
matadouro da Beira Litoral, deu origem ao projecto “FatValue”, financiado
pela Agência de Inovação.
Além do biocombustível, os investigadores do “FatValue” estudam
outras formas de aproveitar os resíduos do abate de aves, bovinos,
suínos e caprinos. As soluções serão depois implantadas nos parceiros
empresariais, antes de Março de 2011, para testar as aplicações úteis
das descobertas laboratoriais.
Uma das aplicações a ser investigada é o uso de ossos animais para
a produção de biomateriais de regeneração óssea em humanos. “Nem
todos os ossos podem ser usados para produzir biomateriais, mas é
possível usar neste processo alguns deles, como por exemplo, ossos
bovinos, como a tíbia”, afirma o docente da FEUP, Manuel Fonseca
Almeida, responsável pelo “FatValue”.
Lançado em 2009, o projeto permite dar resposta a um problema
ambiental, de saúde pública e mesmo financeiro, já que a gestão diária
do abate destes animais representa um custo de vários milhares de
euros, de acordo com o comunicado de imprensa da FEUP.
Portal Ambiente Online
Iníciode2010foimelhorqueode2009parapecuaristacomprarfarelo As relações de trocas para dois dos principais concentrados
protéicos se comportaram de forma distinta no início desse ano.
Em janeiro de 2010, o poder de compra do pecuarista em
relação ao farelo de soja melhorou quando comparado ao
mesmo período do ano passado.
Enquanto no primeiro mês de 2009, em São Paulo, para uma
tonelada do insumo, o pecuarista precisava, em média, de 11,1
arrobas de boi gordo, atualmente, é possível adquirir o mesmo
volume de farelo, com 10,5 arrobas, uma melhora de 5% no
poder de compra.
Embora o preço médio da arroba paulista, em janeiro de
2010, esteja cerca de 10% abaixo do observado nos primeiros
trinta dias do ano passado, o farelo de soja, por sua vez, caiu
13% no período.
A grande oferta do subproduto da soja pressionou o mercado.
Já para o farelo de algodão, a alta dos preços, em função da menor oferta, fez a relação de troca piorar no estado.
Em janeiro desse ano, para se adquirir um tonelada de farelo de algodão 28, foi preciso 6,0 arrobas em média, 30% a
mais do que em 2009, quando a relação de troca estava em 4,7 arrobas por tonelada do insumo.
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Isençãodealimentos
Biodiesel:JBSeDuPontirãoproduzirmetilatodesódioparaRaçãoAnimal
O setor de supermercados deve reivindicar ao governo a isenção dos impostos PIS/Cofins sobre produtos alimentícios
e de higiene, provavelmente em março, afirmou nesta quinta-feira o presidente da Associação Brasileira de Supermercados
(Abras), Sussumo Honda.
Segundo ele, o Brasil é um dos países que mais taxam o setor de alimentação, com uma média de 25%. “As isenções
de impostos deveriam ser feitas também para produtos de largo consumo, o que beneficiaria a todos e não apenas alguns
segmentos”, destaca.
No ano passado, o governo reduziu o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) de produtos como carros, materiais de
construção e eletrodomésticos.
O presidente da Abras afirma que já foi apresentado
um estudo sobre impacto das reduções ao Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), no ano
passado, e que agora o próximo passo será ir ao Ministério da
Fazenda.
“Sabemos que há uma sensibilidade no governo para isso,
então vamos trabalhar para que neste ano essas isenções, que
vão beneficiar também as classes que mais impulsionaram o
consumo em 2009 [C, D e E]”, afirmou. A carga do PIS/Cofins na
alimentação é em torno de 10%, sendo 7,65% de Cofins e 1,65%
de PIS.
Creme dental e sabonete
Para Honda, há a possibilidade de que o governo não aceite
isentar todos os produtos do setor, apenas parte deles. “Vamos
batalhar para conseguir ao menos em algumas categorias”. Ele
cita como exemplos, o creme dental e o sabonete.
O presidente da Abras diz ainda que o setor irá reivindicar a
isenção para todos os produtos de todos os tipos. “Não importa
se uma determinada marca de sabonete for de luxo, se houver
isenção para o produto, deverá ocorrer para todas as marcas.”
Ele argumenta ainda que não é necessário crise para que seja
feita a isenção de impostos destes produtos. “Isso independe de
qualquer crise, eles precisam deixar de serem taxados porque a
carga tributária está muito alta”, avalia.
A multinacional americana DuPont e a JBS firmaram uma parceria para produzir metilato
de sódio no Brasil. O produto, que acelera a produção de biodiesel, será industrializado na
fábrica da JBS em Pirapozinho (SP).
A decisão de produzir metilato de sódio no Brasil reflete o potencial do mercado de
biodiesel no país. O consumo nacional desse biocombustível está estimado em 2,4 bilhões
de litros para este ano, o que significa uma demanda entre 40 mil a 60 mil toneladas de
metilato de sódio.
A DuPont é uma das maiores produtoras de metilato de sódio do mundo e líder nos
Estados Unidos. A JBS tornou-se uma produtora respeitável de biodiesel no país, após a
incorporação da Bertin. As duas empresas vão aproveitar as suas sinergias para negociarem
o catalisador no mercado interno. Atualmente, a DuPont importa o metilato de sódio dos
EUA.
“Seremos os primeiros produtores efetivos de metilato de sódio em larga escala no país”, afirmou Vinícius Soares, diretor da
divisão de soluções químicas da DuPont para a América Latina. A unidade terá capacidade para produzir 60 mil toneladas/ano. A
Basf anunciou, no mês passado, que colocará em operação sua primeira fábrica no país a partir do segundo semestre de 2011,
também para 60 mil toneladas anuais. “A DuPont está acompanhando o mercado de biocombustíveis há pelo menos 10 anos.
Apostamos no crescimento desse segmento. É um caminho sem volta”, disse Soares.
As negociações entre DuPont e a Bertin começaram antes mesmo do processo de incorporação do frigorífico pela JBS.
Segundo Rogério Barros, diretor-executivo da divisão de biodiesel e óleo química da companhia, o grupo produz biodiesel em
sua unidade de Lins (SP). Boa parte da matéria-prima para a produção de biodiesel da JBS vem do sebo do boi. Em 2009, o grupo
negociou cerca de 90 milhões de litros de biodiesel por meio dos leilões realizados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis).
Segundo Rogério Barros, diretor-executivo da divisão de biodiesel e óleo química da companhia, a produção de biodiesel da
JBS tem como foco o mercado interno. O grupo ainda não tem planos de produzir o biocombustível nos Estados Unidos, onde o
frigorífico também tem fábricas instaladas.
A matéria é de Mônica Scaramuzzo, publicada no Valor Econômico, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
Minervainveste O Minerva, um dos líderes no Brasil na produção e comercialização de carne bovina,
couros e boi vivo, comunicou em 4 de janeiro a assinatura de instrumento de promessa
de compra e venda de uma planta de abate de bovinos localizada na cidade de
Campina Verde, na região do Triângulo Mineiro, no oeste do estado de Minas Gerais.
Segundo o comunicado, a compra do ativo, com capacidade de abate de 700
cabeças/dia e desossa de carne bovina, representará para o Minerva um acréscimo de 10% na sua capacidade total instalada
e fortalecerá ainda mais a posição da companhia no setor de proteína bovina. A unidade possui aprovações para mercados
externo e interno.
Os investimentos totais na aquisição e planos de expansão estão estimados em R$ 46 milhões e serão suportados por
linha de financiamento de mais de 10 anos e sujeito a linhas de agências de fomento. Para a empresa, a aquisição aumentará a
diversificação geográfica das plantas do Minerva, que passará a operar no estado de Minas Gerais, que se destaca por possuir
um dos maiores rebanhos bovinos do Brasil (estimado em 22,4 milhões cabeças).
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Abatedebovinos-Marfrig Quatro meses depois de arrendar 13 unidades de abate de bovinos
dos frigoríficos Margen e Mercosul, a Marfrig começou a operar as plantas
de Paranaíba (MS) e Ariquemes (RO). As duas eram do Margen e foram
arrendadas por cinco anos com opção de compra, junto com outras quatro
unidades de abate e uma para produção de charque. Na primeira, a Marfrig
deve abater 400 animais por dia inicialmente e em Ariquemes, 300 cabeças.
Até agora, apenas a unidade de charque está operando, já que as demais
arrendadas do Margen - hoje em recuperação judicial - estão passando
por adequações para poder iniciar a produção. Além de adequações nas
fábricas, questões burocráticas, como licenças ambientais, tiveram de ser
providenciadas nesse período.
A previsão da empresa é que Rolim de Moura (RO), Rio Verde (GO) e Mãe
do Rio (PA) era começar a operar em fevereiro. Paranavaí (PR) deve iniciar os
abates em março. Esta última, aliás, não foi anunciada pela Marfrig, quando
a empresa divulgou os arrendamentos, em setembro de 2009. A razão é que
havia pendências judiciais - hoje resolvidas, o que impedia a sua inclusão na
operação àquela época.
Das sete plantas arrendadas do gaúcho Mercosul em setembro passado, Bagé, Alegrete, Capão do Leão e Mato Leitão,
todas no Rio Grande do Sul, e Pirenópolis (GO) estão em atividade desde a conclusão do negócio. Nova Londrina (PR) e
Tucumã (PA) estão em obras para adequação, segundo a Marfrig.
Com as unidades de abate arrendadas, a Marfrig elevará a capacidade em 8,8 mil animais por dia, para 22.350 bois, no Brasil.
Além de colocar em operação as primeiras plantas alugadas do Margen, a Marfrig arrendou, em dezembro, por cinco
anos, uma unidade de produção de “corned beef” (carne enlatada) do frigorífico Quatro Rios. A planta está localizada em
Votuporanga (SP).
Segundo o diretor de operações da Marfrig, James Cruden, a planta é habilitada para o mercado doméstico e para
exportar aos Estados Unidos e União Européia.
O novo arrendamento da Marfrig ocorre num cenário de expectativa de recuperação da demanda por carne bovina no
mercado internacional, após um 2009 de demanda fraca. “Há expectativa de aumento da oferta de animais para abate e de
que a demanda melhore”, diz. Ele afirma já ver melhorias na demanda na UE, Rússia e no norte da África. “O que preocupa é
o câmbio”, queixa-se.
Fonte: Valor Econômico
Preçosdasojapressionamsebo A soja, principal concorrente do sebo no que diz respeito à
matéria prima para o biodiesel, tem pressionado as cotações do
produto, devido às recentes quedas de preço da saca.
As quedas registradas em novembro e dezembro para o preço
da oleaginosa tornou o uso de óleo de soja mais interessante para
a produção do biocombustível. Os preços de janeiro estão 11,5%
menores que os vigentes no final de 2009.
Brasil e Estados Unidos esperam colher safras recordes, o
que traz espectativa de queda para o preço da soja e pode afetar
o preço do sebo nos próximos meses, com a colheita da safra
brasileira.
Outro fator que tem pressionado os preços deste derivado
bovino é a importação de sebo. Quantidades expressivas têm sido importadas, principalmente do Uruguai. O país tem
boa oferta e preços competitivos.
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Boasperspectivasparaosetordecarnes
O estudo “Perspectivas para o Agronegócio Brasileiro” em 2010,
do Rabobank, prevê um ano melhor para as cadeias produtivas de
carnes e confirma projeções divulgadas pelas principais associações de
frigoríficos nas últimas semanas de 2009. E, como no caso de entidades
como Abiec (carne bovina), Abef (frango) e Abipecs (suínos), a maior
preocupação é o câmbio - que, no patamar atual, tende a limitar ganhos
e, com isso, limitar a recuperação em relação a um 2009 que só não foi
mais fraco graças ao mercado interno firme.
“O setor de carnes inicia 2010 com bastante força”, afirma Guilherme
Bellotti de Melo, analista do Rabobank. Além do cenário ser mais
positivo para os mercados, avalia, o aprofundamento do processo de
consolidação fortaleceu os grandes frigoríficos. Em 2009, recuperações
judiciais e grandes aquisições e incorporações deram o tom, em um movimento que deverá ter continuidades em 2010,
conforme Melo.
“A diversificação de proteínas também podem permitir margens maiores aos frigoríficos”, diz, em referência aos
investimentos de tradicionais frigoríficos de carne bovina ou de frango e suínos em outras cadeias, inclusive a leiteira.
“Particularmente em bovinos, a agregação de valor é mais limitada. A diversificação abre novas possibilidades”, diz.
O estudo do Rabobank prevê preços melhores para a carne bovina nos mercados externo e doméstico. Mas projeta
aumentos moderados, uma vez que “os consumidores ainda estarão muito sensíveis a qualquer sinal de que o crescimento
da economia não será sustentável”. Boa notícia para os frigoríficos, apesar da ressalva. Em contrapartida, se esse aumento de
preços não for significativo, os pecuaristas terão um ano pior que 2009, uma vez que a fase é de recomposição de rebanhos
e, portanto, de elevação da oferta. Nesse contexto, os confinamentos podem se dar bem.
É parecido o horizonte para os preços da carne de frango, e, da mesma forma a força do mercado doméstico é destacada
como fator de sustentação das margens dos frigoríficos. Para os criadores, o banco realça a expectativa de que os custos
de rações e animais vivos sigam estáveis e, com isso, as margens mantenham-se firmes. O estudo pontua que, “por ser um
produto de menor valor em comparação às outras carnes, os impactos [da crise mundial] foram menores que em outros
mercados”.
Para a carne suína, o cenário traçado aponta para recuperação de preços e margens para os criadores, em virtude de
projeções de aumento da demanda nos mercados interno e externo. De qualquer forma, o câmbio é sempre um obstáculo,
ainda que tenha sido fundamental para a baixa inflação dos alimentos no país em 2009.
Valor Econômico
FAO:em2010,produçãomundialdecarnesavícolascresce3% As mais recentes previsões da Organização das Nações Unidas
para Agricultura e Alimentação (FAO) sugerem que em 2010 a
produção mundial de carnes avícolas (essencialmente, de frango)
deve crescer 2,5% e chegar aos 94,2 milhões de toneladas.
O maior crescimento (+3,1%) deve ocorrer entre os países
desenvolvidos que, por sua vez, irão responder por quase 57%
da produção mundial. A expansão prevista para os países em
desenvolvimento é de apenas 1,7%.
Em relação ao Brasil, especificamente, a FAO estima expansão
acima da média mundial, de 4,2%. Mas a produção apontada (não
só para 2010, mas também para 2010) se encontra bem aquém
daquela aceita internamente.
Assim, a produção estimada para 2010 é de cerca de 10,2 milhões
de toneladas de carnes avícolas, volume que coloca o Brasil como
quarto produtor mundial, atrás não só de EUA e China, mas
também da União Européia.
Em levantamento semelhante, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) estima, para o Brasil, produção total de
11,9 milhões de toneladas (11,420 milhões/t de carne de frango; 480 mil/t de carne de peru) e, para os 27 países da União
Européia volume próximo de 10,5 milhões de toneladas (8,650 milhões/t de frango; 1,815 milhões/t de peru).
De toda forma, o índice de expansão da produção brasileira previsto pelo USDA não difere muito daquele previsto pela FAO
– 4,2%, diferença de 0,6 ponto percentual entre as duas projeções.
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15Notícias
Biodieseltambéméfeitodesebo Já está valendo a lei que regulamenta a nova
proporção de biodiesel adicionada ao diesel da
frota brasileira (B5). Hoje, de cada 100l de diesel, 5l
deve ter origem renovável.
Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento, o consumo de biodiesel deve
chegar a 2,4 bilhões de litros em 2010.
Fato curioso é o “esquecimento” da participação
do sebo como matéria-prima.
É freqüente a citação de matérias-primas como
a mamona, palma, canola e outras tantas que não
representam nem 5% da produção de biodiesel
nacional e não atendem, nem de perto, a demanda crescente pelo biocombustível.
A soja é a principal matéria-prima, mas existem diversas ressalvas quanto à substituição de destino da oleaginosa.
Mas e o sebo? Bom, este várias vezes nem entra na história.
Na figura 1 temos a participação da soja, sebo e óleo de algodão na produção de biodiesel. Nos outros materiais graxos
estão incluídos os produtos da agricultura familiar.Fonte: Hyberville Neto (Consultor da Scot Consultoria)
Figura1
ProPorção das matéiras Primas utilizadas Para a Fabricação de biodiesel.
Fonte: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)
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Óleo de soja Outros Materiais GraxosSebo Óleo de Algodão
Mapaaumentafiscalizaçãodealimentospararuminantes No dia 09/10/2009, foi publicada pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a Instrução
Normativa Nº 41 de 08 de outubro de 2009, que aprova os
procedimentos a serem adotados na fiscalização de alimentos de
ruminantes em estabelecimentos de criação e na destinação dos
ruminantes que tiveram acesso a alimentos compostos por subprodutos de origem animal proibidos na sua alimentação.
Essa Instrução Normativa (IN), vem complementar a IN Nº 8 de 25 de março de 2004, que proibiu em todo o território
nacional a produção, a comercialização e a utilização de produtos destinados à alimentação de ruminantes que contenham
em sua composição proteínas e gorduras de origem animal, inclusive a cama de aviário e os resíduos da criação de suínos.
O importante é que a IN 41 prevê o abate dos ruminantes cuja análise dos alimentos ingeridos, resultou positiva para
subprodutos de origem animal proibidos na sua alimentação.
Durante a fiscalização da alimentação de ruminantes, os animais suspeitos de terem ingerido esses produtos proibidos,
serão identificados e terão sua movimentação interditada e a partir do resultado positivo emitido pelo Laboratório Oficial
do MAPA, terão um prazo de 30 dias para serem abatidos em frigorífico inspecionado que faça a remoção dos materiais
de risco específico (encéfalo, medula espinhal, olhos, tonsilas e íleo distal), ou na impossibilidade disso, deverão ser
sacrificados e destruídos na propriedade, não cabendo neste caso, indenização ao produtor.
Rotineiramente o MAPA já fiscaliza ativamente a alimentação de ruminantes, através da colheita de amostras em
propriedades de regiões consideradas de risco para a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), também conhecida como a
“Doença da Vaca Louca”, ou seja, em áreas de: maior administração de concentrado a bovinos; de alto risco de alimentação
cruzada/uso de cama de aviário e nas de maior risco de uso de farinha de carne e ossos na alimentação de ruminantes.
Também faz a fiscalização passiva, através do atendimento de denúncias pelo 0800 704 1995. Só em 2009, foram
fiscalizadas 106 propriedades rurais e foram coletadas 101 amostras para pesquisa de subproduto de origem animal no
Paraná.
O problema é sério e precisa do envolvimento de todos, não só por se tratar de uma barreira econômica sanitária, mas
pelo fato da EEB, mesmo inexistente no Brasil até o momento, ser uma zoonose fatal ao ser humano e aos animais.
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Graxaria Brasileira
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17Notícias
Sindirações:produçãoencerra2009comquedade0,5% Depois de um ano de turbulências, a indústria de rações vai encerrar 2009 com
produção praticamente estável em relação ao ano anterior. Serão 58,4 milhões de
toneladas no ano, recuo de 0,5% em relação a 2008. A avicultura de corte, carro-chefe
do segmento, registrou crescimento de 0,8%. Os segmentos mais afetados foram os de
bovinocultura de corte e de leite.
De forma geral, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal
(Sindirações), foi um ano de baixos preços de milho, portanto, de maior utilização do
grão pelo produtor e de menor uso de premix (pré-mistura de minerais e vitaminas usada
na ração). Para 2010 o objetivo é consolidar a recuperação iniciada em 2009. O setor
espera crescer de 5% a 10%, parte dessa projeção baseada na expectativa de expansão da
produção de proteína animal, sobretudo de avicultura e suinocultura.
Apesar de, na média, o desempenho dessa indústria ter sido mais estável, alguns
segmentos foram mais afetados, como o de bovinocultura de corte, que recuou 6% neste
ano. Parte dessa retração se deveu à diminuição da produção de bovinos em sistema de confinamento que, segundo a
Associação Nacional de Confinadores (Assocon), foi de 20% no país. Na bovinocultura leiteira o consumo de ração decresceu
7,9% em 2009, resultado de um descompasso entre receitas e custo de produção.
Apesar de a recuperação da demanda externa por carnes se
recuperar de forma mais lenta do que o esperado inicialmente,
há otimismo em relação a 2010 entre os agentes do setor. Para
representantes da indústria, associações e analistas, é possível que as
exportações retornem a níveis pré-crise, pelo menos em volume.
Quanto à receita, o câmbio apreciado deve dificultar uma
retomada mais significativa. Mas o dólar baixo, que em alguns
momentos de 2009 chegou a ameaçar a excelência brasileira
no segmento de aves, não deve ser suficiente para afetar a
competitividade do país a ponto de retirá-lo da primeira posição como
maior fornecedor mundial de carne de frango e bovina.
A disponibilidade de recursos naturais para expansão da
agropecuária e o baixo custo dessa atividade no país sustentam
a competitividade da indústria de carnes nacional. Especialistas e
agentes do setor são unânimes ao afirmar que, com uma taxa de
câmbio mais favorável às exportações, o desempenho do setor poderia ser melhor, com uma rentabilidade mais elevada. Mas
um dólar baixo não deixa o Brasil fadado ao fracasso. O problema, apontam, é a volatilidade do câmbio.
“Temos disponibilidade de matéria-prima, espaço para crescer e não temos problemas de sanidade. Esse é o contexto geral
da nossa competitividade. Não é o câmbio quem vai mudar estruturalmente o quadro competitivo”, afirma o diretor Financeiro
e de Relações com Investidores da BRF-Brasil Foods, Leopoldo Saboya.O executivo admite que o atual patamar do câmbio
pode ter deixado o frango norte-americano mais competitivo, mas isso não significa que os Estados Unidos roubarão espaço
significativo do Brasil no comércio mundial dessa proteína.
O presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (Abef), Francisco Turra, também apresenta uma visão
menos otimista para 2010, apesar de apostar em crescimento do setor. “Continuo achando que o Brasil pode perder um
espaço precioso conquistado a duras penas. Mesmo que você continue na liderança (como exportador), permanecer líder com
o mercado sem rentabilidade, ou com baixa rentabilidade, é triste”, afirma.
(Monitor Mercantil)
Brasildevecontinuarmaiorfornecedordecarnesdomundo
EcoVidadaBigFrango O escritório regional do deputado federal Alex Canziani na cidade paranaense de Londrina agora virou um “ecoponto” do
Programa de Coleta e Reciclagem de Óleo Vegetal da BF Ambiental, do Grupo Big Frango, de Rolândia. A proposta da BF é
recolher, em três meses e em todos os seus postos de coleta, um milhão de litros de óleo de fritura usado para reciclagem – o
que pode se transformar na maior campanha de reciclagem de óleo vegetal já vista.
Se não tiver a destinação correta, o óleo pode poluir os mananciais, comprometer o ecossistema e entupir esgotos e
galerias pluviais.
REPASSE – A campanha também tem aspecto humanitário e de responsabilidade social. Para cada litro reciclado, a BF destina
R$ 0,20 para o Hospital do Câncer de Londrina. É parte do projeto “EcoVida”.
Mais informações sobre o programa e a relação dos “ecopontos” você pode obter em: www.bfambiental.com.br/
Salmonelaemfrangos Uma pesquisa feita pelo FSIS, órgão de segurança alimentar do
Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), constatou a presença
de salmonela em diversos estabelecimentos agrícolas do país. Foram
recolhidas 1773 amostras em 172 locais.
Segundo a análise, 7,1% das amostras estavam contaminadas com
salmonela, ante uma taxa positiva de 5,2% no segundo trimestre de
2009. As informações foram divulgadas pelo boletim da Associação Norte
Americana de Processadores de Carne e apuradas pelo site Meating Place.
Revista
Graxaria Brasileira
18
Revista
Graxaria Brasileira
19NotíciasCrisebrecacrescimentodaindústriaderação
Os efeitos da crise financeira internacional
comprometeram o desempenho da indústria de
alimentação animal em 2009. A falta de crédito, o recuo
no consumo mundial de carnes e a valorização do real
perante o dólar, interromperam o ciclo de expansão do
setor de nutrição animal. Crescendo em “ritmo chinês”
nos últimos dois anos, o setor deve fechar o ano com
volume e receita estáveis neste ano.
Segundo estimativa do Sindicato Nacional da
Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), o setor
encerra 2009 com uma produção de 58 milhões de
toneladas de rações balanceadas, mais 1,8 milhão de
toneladas de suplemento mineral para pecuária de
corte. Os volumes praticamente repetem os números
registrados em 2008.
A movimentação financeira será proporcional à
produção. Segundo o Sindirações, o total de matérias-
primas movimentado pelas empresas do setor em
2009 deve atingir US$ 16 bilhões, valor um pouco
inferior ao assinalado no ano passado. Embora frustre
as expectativas iniciais da indústria - que projetava
um crescimento de 5% neste ano – o resultado é
comemorado pelo setor. “Tendo em vista o cenário
econômico mundial adverso podemos considerar o
desempenho da indústria brasileira de alimentação
animal positivo”, avalia Ariovaldo Zanni, diretor-
executivo do Sindirações.
Conjuntura desfavorável – Os resultados da
industrial de alimentação animal podem ser creditados,
principalmente, ao desempenho das exportações de
carnes brasileiras. Setores como o avícola e o suinícola
– os principais clientes da indústria de nutrição animal –
tiveram um ano difícil no mercado externo. Afetada pela
crise, a demanda mundial por proteína animal encolheu.
A instabilidade da economia global também prejudicou
o fluxo de comercialização entre os países. Importantes
mercados importadores de carnes tiveram dificuldades
em realizar suas compras, por falta de liquidez. “A
demanda mundial se retraiu num momento em que a
indústria brasileira produtora de carnes vinha num ritmo
acelerado”, explica Zanni. “O Brasil foi muito afetado por
essa desaceleração da demanda mundial”, conclui.
O executivo também cita a valorização do real frente
ao dólar, que diminuiu a competitividade da indústria
brasileira de proteína animal em relação a seus principais
concorrentes, onde as moedas locais não estão tão
valorizadas. No caso da suinocultura e da pecuária de
corte, em alguns mercados (e em determinados cortes)
os preços da carne brasileira estiveram mais altos
quando comparados aos dos produzidos em países
concorrentes.
Diante dessa conjuntura, os setores avícola e
suinícola fecham o ano com exportações estáveis
em volumes, mas com forte queda na receita. “A
instabilidade das exportações brasileiras de aves e
suínos teve reflexos diretor no desempenho da indústria
de alimentação animal”, explica Zanni.
Segundo ele, o volume de comercialização de ração
não chegou a ser comprometido, mas a utilização de
tecnologia nutricional caiu. O uso de pré-misturas
diminuiu em toda a industrial, o que significa menor
utilização de tecnologia para fabricação de ração. “Essa
queda afetou a rentabilidade das empresas do setor, já
que boa parte é composta por fornecedores de aditivos”,
revela Zanni.
Cenário para 2010 – Zanni acredita em dias melhores
para a indústria de ração animal em 2010. Segundo ele,
a recuperação da economia mundial deve reaquecer
a demanda de carnes no próximo ano. “O Brasil como
grande fornecedor deve valer-se dessa recuperação”,
afirma.
O crescimento da economia brasileira também deve
garantir bom desempenho para o setor de nutrição
animal. Na opinião de Zanni, o mercado interno de
alimentos, especialmente o de carnes, deve continuar
demandado em 2010 dando sustentação ao crescimento
da indústria de nutrição animal. “Estamos otimistas, em
2010 o setor de alimentação animal deve voltar a crescer
em torno de 5%”, prevê.
Redação Suinocultura Industrial
Revista
Graxaria Brasileira
20
Revista
Graxaria Brasileira
21Notícias
BRFprevêinvestimentosabaixodeR$1bilhãoem2010 O presidente executivo da BRF-Brasil Foods, José Antonio do Prado Fay,
disse que os investimentos da companhia devem ficar abaixo de R$ 1 bilhão
em 2010, considerando também os aportes da Sadia. Este ano, BRF e Sadia
devem investir, juntas, cerca de R$ 800 milhões em ativos permanentes e
aproximadamente R$ 370 milhões em matrizes, totalizando R$ 1,17 bilhão.
“Em 2010, devemos ficar ligeiramente abaixo disso. De 2011 para frente, é
difícil dizer, pois ainda não temos total visibilidade de como a companhia
ficará após a integração das operações”, afirmou o executivo, durante encontro
com analistas e investidores promovido pela Associação dos Analistas e
Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais em São Paulo (Apimec-
SP).
Segundo Fay, nos próximos dois anos o foco da BRF será a captura de
sinergias geradas a partir da união com a Sadia. “No próximo ano, devemos
preparar o nosso plano de investimento até 2015. E ele vai depender muito
da nossa decisão de aquisição fora do Brasil”, adiantou Fay. Após a fase de
captura de sinergias, a prioridade da BRF será a expansão no mercado externo,
que pode ocorrer tanto por meio de compras como por crescimento orgânico.
Até lá, os investimentos devem ficar voltados para aumento de
produtividade e melhorias. Fay lembrou que a Sadia e a antiga Perdigão
vinham, nos últimos anos, em um ritmo acelerado de investimentos, inclusive
com a construção de novas fábricas. A Sadia construiu uma unidade em Vitória
de Santo Antão (PE) e a Perdigão construiu unidades em Rio Verde (GO) e Bom Conselho (PE). Também por essa razão,
explicou o executivo, investimentos na construção de novas unidades tornam-se desnecessários por enquanto.
Os“motores”daindústriaderação A avicultura continua a ser a principal responsável pelos resultados da
indústria de alimentação animal. Juntas, a avicultura de corte e postura,
respondem pelo consumo de mais de 50% de toda ração produzida no País.
Com uma produção estimada em 10,5 milhões de toneladas de carne de frango
e 61,6 milhões de caixas de ovos, o setor avícola vai encerrar 2009 registrando
um consumo de mais de 32 milhões de toneladas de ração, volume semelhante
ao demandado em 2008.
Ressentindo-se do baixo consumo de carne suína no mercado doméstico e
da queda da rentabilidade de suas exportações, a suinocultura brasileira deve
encerrar o ano com consumo de ração industrial estável, mas com queda no uso
de tecnologia nutricional. Responsável pelo consumo de 27% de toda a ração produzida no País, o setor suinícola fecha o ano
com um consumo de 15 milhões de toneladas de ração.
Ao contrário do ano passado, a pecuária de corte não ajudou a alavancar os resultados do setor em 2009. O descompasso
na relação do valor da arroba do boi e o preço do bezerro, somado aos outros fatores de ordem conjuntural, forçaram os
produtores a retardar o confinamento dos animais e, por extensão, o consumo de ração. Para se ter uma ideia o confinamento
de bovinos enclheu 20% em 2009. A bovinocultura de corte deve terminar o ano com uma queda de 7% no consumo de ração.
A surpresa ficou por conta da aquicultura. O apoio do governo federal ao setor – a Secretaria Especial de Pesca foi
recentemente transformada em Ministério da Pesca – e ao consumo de peixes no Brasil tem estimulado investimentos de
ordem privada na aquicultura, principalmente na região nordeste. “A profissionalização do setor vem alavancando o consumo
de ração industrial para peixes no País”, explica Ariovaldo Zanni, diretor-executivo do Sindirações. Em 2009 o setor deve
ampliar em 20% seu consumo de ração.Redação Avicultura e Suinocultura Industrial
Revista
Graxaria Brasileira
22
Revista
Graxaria Brasileira
23Em Foco 1
A sobrevivência das graxarias brasileiras
é marcada pela adesão à novas tecnologias.
Permanecem no mercado, com qualidade de
serviço e competitividade, aquelas que se
modernizam e sempre estão em busca de
formas mais eficientes e baratas de produzir.
A vigilância de setores governamentais
atentos à higiene, proliferação de doenças
como a EEB (Encefalopatia Espongiforme
Bovina) a “Doença da Vaca Louca”, e condições
insalubres de trabalho também tiveram seu
papel em modernizar as nossas graxarias.
Novatecnologiaparaaperfeiçoarprocessosemgraxarias
brasileiraseadequá-lasaospadrõesdepurezainternacionais
Novatecnologiaparaaperfeiçoarprocessosemgraxarias
brasileiraseadequá-lasaospadrõesdepurezainternacionais
Contudo, mais mudanças nas graxarias
brasileiras já podem ser vistas no horizonte.
Com a nova exigência do FDA (Food and Drug
Administration) – órgão norte-americano
semelhante ao nosso Ministério da Agricultura
– de permitir até 0,15% de CMPAF (Material de
Bovinos Proibidos em Alimentação Animal) no
sebo para petfood, as Centrifugas Decanter,
usadas em boa parte das graxarias brasileiras,
se tornam insuficientes conforme as novas
exigências internacionais de pureza em sebos
usados na fabricação de petffood.
No melhor dos casos, a centrífuga
consegue taxas iguais ou até maiores a
0,50% de CMPAF no volume total do produto
centrifugado.
Em breve, no Brasil, como historicamente
tem acontecido, o MAPA (Ministério da
Agricultura e Pecuária) deve deliberar
Instrução Normativa para adequar o Petfood
nacional aos padrões internacionais. Foi
assim com a Instrução Normativa nº 56 que
estabeleceu regras mais dignas no transporte
de animais para consumo. Após novas regras
em outros países e pressão interna veio
a Normativa que equiparou nossas regras
a normas internacionais de transporte de
animal. Outro exemplo são as diversas
Instruções Normativas que instituíram regras
de prevenção do mal da “Vaca Louca”. Embora
nenhum caso tenha sido registrado no Brasil, o
MAPA seguiu as mesmas resoluções tomadas
em outros países. A Instrução Normativa mais
recente sobre o assunto é IN n° 34 de maio de
2008, que também segue padrões europeus e
norte-americanos.
Para estar em sintonia com os números
exigidos de grau de pureza, o MAPA deve
também exigir no máximo os 0,15% de CMPAF
no sebo usado em alimentação animal por
meio de Instrução Normativa. Tal decisão vai
alterar completamente o processo de filtragem
de sebos e criar possibilidades de inovação
tecnológica nas graxarias brasileiras. A medida
irá também contribuir para a limpeza e melhoria
no ambiente das graxarias.
Uma boa opção para essa adequação seria
a incorporação do Filtro de Pré-Capa. Esse
equipamento, em razão de seu processo de
filtragem consegue reduzir a porcentagem de
CMPAF a números virtualmente próximos do
zero. O Filtro Pré-Capa seleciona o produto
por tamanho, não por peso como acontece
na decanter, fator físico determinante para a
filtragem e retirada praticamente absoluta de
impurezas dos sebos.
“A grande vantagem do Pré-Capa é seu
grau de pureza, o filtro consegue deixar o
sebo com alto teor de pureza exigido pela
maior parte de nossos compradores. Além
disso, os nossos clientes são muito exigentes,
com o Pré-Capa deixamos o sebo muito claro.
Revista
Graxaria Brasileira
24
Revista
Graxaria Brasileira
25
Isso agrega valor ao negócio, conseguimos
preços melhores e uma boa qualidade em
nossos produtos”, afirmou o Supervisor de
Produção da Razzo, Julio Fircher .
No entanto, as vantagens do Pré-Capa
em relação a centrifuga não se esgotam
em sua capacidade superior de filtragem.
Outra vantagem do Pré-Capa são as placas
de aço inox, que são limpas por meio de
vibração pneumática. Esse fator representa
uma economia substancial no processo,
primeiramente na mão de obra, não utilizada
na maior parte do processo. A outra vantagem
é a economia com energia elétrica, o Filtro
Pré-Capa não consome energia elétrica.
“Não temos dúvidas sobre os benefícios
em contar com o Pré-Capa em nossa planta,
o manuseio é muito simples e sua automação
permite que ele funcione praticamente
sozinho. Basta que um funcionário vez por
outra regule as válvulas. Além disso, não
precisamos trocar a todo momento de pano.
Com a vibração das telas é muito mais
simples e rápido fazer a limpeza e descarga
do bolo”, explicou o Gerente de Produção da
Agro Braido, Hélio Artigiani.
O supervisor de produção da Braido Ltda.,
Adão Soarez Donizeti, destaca a segurança do
Filtro de Pré-Capa.
“Quero registrar a segurança do Filtro
Pré-Capa, por trabalharmos com altas
temperaturas e o filtro funcionar fechado
nossos funcionários estão muito mais
protegidos”, afirmou.
Para Roberto Moretti, engenheiro técnico
da Braskor, empresa representante da
fabricante de Filtros de Pré-capa no Brasil,
Hollbras Filtros e Equip. Industriais, outra
grande vantagem do Pré-Capa em relação ao
Prensa é seu rendimento.
“A capacidade de trabalho do filtro
realmente é muito boa, enquanto o Prensa
tem perdas entre 35% a 40% de sebo residual
na torta descartada, o Pré-Capa tem cerca
de 30% abaixo deste residual, ou seja, 20%
a 25% de sebo na torta soprada por apenas
15-20 minutos. Isto resulta em ganhos diários
de sebo filtrado para a empresa. Além disso,
seu grau de pureza obtido já está de acordo
com os padrões norte-americanos que logo
estarão valendo no Brasil”, assinala.
O Pré-Capa ainda tem longa vida, existem
unidades que estão no mercado há mais
de 15 anos sem grandes reparos. Um bom
equipamento é aquele que tem eficiência e
durabilidade comprovada e atestada.
Portanto, conforme mudam as regras
se alteram também os meios de produção.
A sobrevivência das graxarias brasileiras
sempre foi marcada pela agregação de
novas tecnologias que ao mesmo tempo
conseguem se adaptar a novos padrões de
produção, oferecer condições mais dignas ao
trabalhadores e baratear os processos.
Em Foco 1
Revista
Graxaria Brasileira
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Revista
Graxaria Brasileira
27
ProjeçõesdoAgronegócio-Brasil2008/09a2018/19
Organizações públicas e privadas necessitam ter rumos,
saber que caminhos seguir para direcionar seus esforços e
recursos, num futuro próximo e de longo prazo. Esta visão
prospectiva não é estática, mas exige revisões periódicas, em
face de mudanças no ambiente interno e externo. Por este
motivo instituições que trabalham com essa visão de longo
prazo, atualizam sistemàticamente suas projeções.
Ao projetar o futuro do agronegócio brasileiro para os
próximos anos, este trabalho tem como objetivo indicar
possíveis direções do desenvolvimento e fornecer subsídios
aos formuladores de políticas públicas quanto às principais
tendências dos principais produtos do agronegócio. Os resultados
buscam, também, atender a um número enorme de usuários dos
diversos setores da economia nacional e internacional para os
quais as informações ora divulgadas são de enorme importância.
As tendências indicadas permitirão identificar trajetórias
possíveis, bem como estruturar visões de futuro do agronegócio
no contexto mundial para que o país continue crescendo e
conquistando novos mercados.
O trabalho Projeções do Agronegócio – Brasil 2008/09 a
2018/19, ora tornado público, é o quarto sobre uma visão
prospectiva do setor, base para o planejamento estratégico do
MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Para
sua elaboração foram consultados trabalhos de organizações
brasileiras e internacionais, alguns deles baseados em modelos
de projeções.
Metodologia Utilizada
O período das projeções abrange 2008/09 a 2018/19,
portanto um período de onze anos. Para facilitar o
acompanhamento e compreensão dos leitores, as comparações
realizadas ao longo do trabalho são feitas em relação ao ano
safra corrente, 2007/08.
Os dados básicos utilizados para realizar as projeções Brasil
no período observado são da CONAB, MAPA e Embrapa Gado de
Leite. As comparações internacionais, em geral foram realizadas
com informações do FAPRI e do USDA.
Em geral, o período que constitui a base das projeções
abrange 32 anos.
Para a experiência da agricultura brasileira é um período
longo, mas para a Estatística não é tão longo. As projeções foram
realizadas utilizando três modelos econométricos específicos
para realizar projeções de variáveis econômicas. São modelos
de séries temporais que têm grande utilização em previsões de
séries. Mas sua utilização no Brasil para a finalidade que está
sendo dada neste trabalho é inédita. Não temos conhecimento
de trabalhos publicados no Brasil que tenham trabalhado com
esses modelos.
Três modelos estatísticos foram usados: Suavização
Exponencial, Box & Jenkins (Arima) e Modelo de Espaço de
Estados. Há uma nota metodológica onde foram apresentadas as
principais características dos três modelos. Apesar de diferenças
específicas, contidas em cada um, a idéia básica de operação dos
modelos é que eles analisam os dados passados e as chances
desses fatos passados se repetirem no futuro.
As projeções foram realizadas em 18 produtos do
agronegócio: milho, soja, trigo, laranja, suco de laranja, carne de
frango, carne bovina, carne suína, açúcar, etanol, algodão, farelo
de soja, óleo de soja, leite in natura, feijão, arroz, batata inglesa
e mandioca.
PrinciPais resUltados e tendências das Projeções
O agronegócio brasileiro tem grande potencial de
crescimento. O mercado interno é expressivo para todos os
produtos analisados, e o mercado internacional tem apresentado
acentuado crescimento do consumo. Países superpopulosos terão
dificuldades de atender às demandas devido ao esgotamento de
suas áreas agricultáveis. As dificuldades de reposição de estoques
mundiais; o acentuado aumento do consumo especialmente de
grãos como milho, soja e trigo; o processo de urbanização em
curso no mundo, criam condições favoráveis aos países como
o Brasil, que têm imenso potencial de produção e tecnologia
disponível. A disponibilidade de recursos naturais no Brasil é
fator de competitividade.
Os produtos mais dinâmicos do agronegócio brasileiro
deverão ser a soja, milho, trigo, carnes, etanol, farelo de soja,
óleo de soja e leite. Esses produtos indicam elevado potencial de
crescimento para os próximos anos.
A produção de grãos (soja, milho, trigo, arroz e feijão) deverá
passar de 139,7 milhões de toneladas em 2007/08 para 180,0
milhões em 2018/19.
Isso indica um acréscimo de 40,0 milhões de toneladas à
produção atual do Brasil. A produção de carnes (bovina, suína
e aves), deverá aumentar em 12,6 milhões de toneladas. Isso
representa um acréscimo de 51,0% em relação à produção de
carnes de 2008. Três outros produtos com elevado crescimento
previsto, são, açúcar, mais 14,5 milhões de toneladas, etanol,
37,0 bilhões de litros e leite, 9,0 bilhões de litros.
Haverá expressiva mudança de posição do Brasil no mercado
mundial. A relação entre exportações brasileiras e o comércio
mundial, mostra que em 2018/19, as exportações de carne
bovina brasileira representarão 60,6% do comércio mundial; a
carne suína, representará 21,0% do comércio, e a carne de frango
deverá representar, 89,7% do comércio mundial. Esses resultados
indicam que o Brasil continuará a manter sua posição de primeiro
exportador mundial de carne bovina e de carne de frango.
Apesar do Brasil apresentar nos próximos anos forte aumento
das exportações, o mercado interno será um forte fator de
crescimento. Do aumento previsto nos próximos 11 anos
na produção de soja e milho, 52,0% deverá ser destinado ao
consumo interno, distribuídos da seguinte forma: 57,9% do
aumento da produção de milho devem ir para o mercado interno
em 2018/19, e 44,9% do aumento da produção de soja deverá
ir para o consumo interno. Haverá, assim, uma dupla pressão
sobre o aumento da produção nacional, o crescimento do
mercado interno e as exportações do país. Nas carnes, também
haverá forte pressão do mercado interno. Do aumento previsto
na produção de carnes, de 12,6 milhões de toneladas entre
2007/08 a 2018/19, 50,0% deverão ser destinados ao consumo
interno e o restante dirigido às exportações.
Também com relação a outros produtos o Brasil deve
melhorar sua posição no comércio mundial, dada pela relação
entre quantidade de exportação e comércio mundial. Para a
soja, essa relação deverá passar de 36,0% em 2008 para 40% em
2018/19; para o óleo de soja, de 63% para 73,5%; para o milho,
de 13% para 21,4%, e para o açúcar, de 58,4% para 74,3%.
O crescimento da produção agrícola deve dar–se com base
na produtividade. Deverá ser mantido forte crescimento da
produtividade total dos fatores como trabalhos recentes têm
mostrado. Os resultados revelam maior acréscimo da produção
agropecuária que os acréscimos de área. As previsões realizadas
até 2018/19 são de que a área de soja deve crescer 5,2 milhões
de hectares em relação a 2007/08; a área de milho, 1,75 milhão
de hectares; a área de cana deve crescer de 6 milhões de hectares;
as áreas de arroz e trigo devem aumentar e o café deve sofrer
redução de área. No total das lavouras analisadas, o Brasil deverá
ter um acréscimo de área da ordem de 15,5 milhões de hectares
nos próximos anos.
Em Foco 2
Produto
Milho
Soja
Trigo
Carne de Frango
Carne Bovina
Carne Suína
Farelo de Soja
Arroz
Produto
Milho
Soja
Carne de Frango
Carne Bovina
Carne Suína
Farelo de Soja
Produto
Milho
Soja
Trigo
Carne de Frango
Carne Bovina
Carne Suína
Farelo de Soja
Arroz
Unidade
1000 Ton.
1000 Ton.
1000 Ton.
1000 Ton.*
1000 Ton.*
1000 Ton.*
1000 Ton.
1000 Ton.
Unidade
1000 Ton.
1000 Ton.
1000 Ton.*
1000 Ton.*
1000 Ton.*
1000 Ton.
Unidade
1000 Ton.
1000 Ton.
1000 Ton.
1000 Ton.*
1000 Ton.*
1000 Ton.*
1000 Ton.
1000 Ton.
2007/088
58.586
60.072
5.414
11.130
10.382
3.107
24.948
12.112
2007/08
11.554
25.750
3.615
2.400
625
13.200
2007/08
44.000
35.050
10.250
7.514
8.013
2.482
11.800
13.000
2008/09
57.826
63.842
5.482
11.517
10.989
3.213
25.560
12.260
2008/09
11.152
27.071
3.805
2.627
688
13.440
2008/09
43.102
35.851
10.752
7.713
8.208
2.526
12.083
13.208
2008/09
57.826
63.842
5.482
11.517
10.989
3.213
25.560
12.260
2008/09
11.152
27.071
3.805
2.627
688
13.440
2008/09
43.102
35.851
10.752
7.713
8.208
2.526
12.083
13.208
2010/11
61.321
67.115
5.963
12.703
11.894
3.421
27.136
12.502
2010/11
13.503
28.782
4.364
3.027
773
13.758
2010/11
44.979
37.758
11.052
8.338
8.611
2.648
13.311
13.465
2011/12
62.870
67.612
6.203
13.295
12.346
3.525
27.924
12.622
2011/12
14.679
29.680
4.644
3.227
816
13.917
2011/12
45.918
38.619
11.202
8.651
8.812
2.709
13.925
13.594
2012/13
64.323
70.514
6.443
13.888
12.799
3.629
28.712
12.743
2012/13
15.854
30.631
4.924
3.427
858
14.076
2012/13
46.856
39.452
11.352
8.964
9.014
2.770
14.539
13.723
2013/14
65.827
71.054
6.684
14.480
13.251
3.733
29.500
12.864
2013/14
17.030
31.620
5.203
3.627
901
14.235
2013/14
47.795
40.265
11.502
9.277
9.216
2.832
15.154
13.852
2014/15
67.304
73.984
6.924
15.073
13.703
3.837
30.288
12.985
2014/15
18.205
32.574
5.483
3.827
943
14.395
2014/15
48.734
41.099
11.652
9.590
9.418
2.893
15.768
13.980
2015/16
68.793
74.504
7.165
15.665
14.155
3.941
31.076
13.106
2015/16
19.381
33.550
5.763
4.027
986
14.554
2015/16
49.672
41.924
11.802
9.903
9.620
2.954
16.382
14.109
2016/17
70.278
77.450
7.405
16.258
14.608
4.045
31.864
13.227
2016/17
20.556
34.520
6.043
4.227
1.028
14.713
2016/17
50.611
42.751
11.952
10.215
9.822
3.015
16.996
14.238
2017/18
71.763
77.966
7.645
16.851
15.060
4.148
32.652
13.348
2017/18
21.732
35.490
6.322
4.427
1.071
14.872
2017/18
51.550
43.579
12.102
10.528
10.024
3.076
17.610
14.367
2018/19
73.249
80.914
7.886
17.443
15.512
4.252
33.439
13.468
2018/19
22.907
36.461
6.602
4.627
1.114
15.031
2018/19
52.488
44.406
12.251
10.841
10.226
3.137
18.224
14.495
Fonte: AGE/MAPA, 2008
* Equivalente carcaça
Produção Brasil
ExPortação
Consumo
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO.Assessoria de Gestão estratégica - AGE
Coordenação Geral de Planejamento estratégico - CGPEEsplanada dos Ministérios, Bloco D – 7º Andar – 70.043-900 – Brasília / DF – Tel: (61) 3218 - 2644 – Fax: (61) 3225-4738 5
Revista
Graxaria Brasileira
28
Quetaltrocarnãopodeporcomopode?
"O Brasil já foi dito o país da construção
interrompida, não poderemos ser o da
oportunidade perdida. Essa chamada crise
internacional decorreu da especulação, nada
a haver com a produção. A nossa hora é,
justamente, agora.
O nosso grande desafio brasileiro é garantir
padrões e índices crescentes de desenvolvimento
de modo moderno, inovador e sustentável, isto
é: economicamente viável, ambientalmente cor-
reto e socialmente justo. A sustentabilidade não
é utopia, ela é possível com ações lógicas, éticas
e pragmáticas induzidas por uma gestão pública
eficiente e uma ativa participação da sociedade.
Não existem soluções mágicas para o
desenvolvimento. Escapar ao círculo vicioso
do "não pode" e gerar o circulo virtuoso do
"como pode" é a chave para liberar o potencial
desenvolvimentista da sociedade brasileira.
O país que queremos e precisamos é o que
compete para vencer e não apenas para
participar. A nossa meta olímpica é, também, a
medalha do progresso.
Assim, é preciso preservar e produzir. Ao
mesmo tempo em que é necessário preservar
a floresta em pé é fundamental produzir
alimentos, celulose, fibras e biocombustíveis
para o país viver e, também, vender para crescer.
Um caminho para a solução, uma vereda para a
salvação, está na integração lavoura-pecuária-
silvicultura. Compreender, também, que o
semiárido brasileiro não é problema, mas, sim,
Em Foco 3Fonte: Departamento Estatístico da Editora Stilo.
uma das soluções.
Para isso precisamos de um programa
decisivo, eficiente, eficaz e permanente de
extensão rural e tecnológica para levar para
respirar o puro ar da zona rural os diversos
estudos já existentes e empoeirados nas
estantes, prateleiras e computadores das
instituições de pesquisa e ensino brasileiras.
Ciência, tecnologia e inovação a serviço da
produção para benefício do cidadão.
Continuar a estimular a pesquisa (P), mas,
sobretudo acionar o desenvolvimento (D).
Induzir a capacitação, cooperação, comunicação,
compromisso e confiança (5C). Vale, assim,
o estabelecimento e/ou fortalecimento de
um Programa Nacional de Recuperação
das Pastagens Degradadas, aumentando o
suporte e conseqüentemente a produtividade.
Conseguiremos produzir mais nas mesmas
áreas já utilizadas, minimizando e tendendo a
zerar o desmatamento.
Para isso, deve ser levado em conta que o
Brasil é um país-continente e o programa deveria
ser adequado aos diversos climas, culturas,
níveis e portes das atividades produtivas, aliado a
um crédito com taxas e prazos compatíveis com
o segmento rural. Agronomia mais economia,
geografia e sociologia. Colocar no contexto o
que já estabeleceram no texto.
Não poderemos nunca sobreviver com uma
estagnação inconseqüente. Vamos avançar.
Participar e inovar é preciso."
O leitOr dO BeefPOint PaulO Cesar BastOs, engenheirO Civil e PrOdutOr rural, de feira de santana/Ba, enviOu um COmentáriO aO
artigO “avatar amBiental “. aBaixO leia a Carta na íntegra.
Colaboração de Dados – Aboissa, Sincobesp, Mapa.
As informações destes índices
são dados baseados no CIF-SP
podendo variar um pouco para
cima ou para baixo.
Revista
Graxaria Brasileira
29Índices de mercado
Revista
Graxaria Brasileira
31
Revista
Graxaria Brasileira
30 Capa
SincobespeEmbraparealizam,emMarço,
VFeiraNacionaldasGraxariaseIXWorkshop
SincobespeEmbraparealizam,emMarço,
VFeiraNacionaldasGraxariaseIXWorkshop
30
de renomados palestrantes nacionais e
internacionais (ver programa no site www.
sincobesp.com.br)
Para a solenidade conjunta de abertura
dos dois eventos estão sendo convidadas
autoridades e personalidades ligadas aos
setores da Agropecuária e da Indústria.
O público-alvo são empresários,
profissionais, técnicos e compradores
do mercado global de graxarias. Com
a participação de empresas nacionais e
visitantes de países da América Latina, o
evento é direcionado à toda cadeia produtiva
do setor de graxarias, fabricantes de
máquinas e equipamentos, fornecedores
de produtos e matérias-primas, tecnologia
e serviços. Esta edição, por solicitação dos
próprios expositores, terá um espaço 10%
maior que o anterior.
Destacamos para 2010 a participação de
empresas estrangeiras que irão expor – USA,
Chile, Itália, Austria e Alemanha.
2009
O evento foi um sucesso de vendas e
público. Mais de 700 visitantes passaram
pelo espaço da Fecomércio (Federação do
Comércio do Estado de São Paulo). A projeção
alcançada pela IV Fenagra e pelo VIII Workshop
Sincobesp/Embrapa, foi um marco para toda
a cadeia produtiva da indústria graxeira.
A expectativa da organização é de que, a
partir desta edição, ocorra um incremento
de negócios de US$ 10 milhões no setor. É
importante destacar a presença de diversos
expositores internacionais vindos da América
do Sul, Itália e Estados Unidos.
Entre os dias 25 e 26 de março próximo,
São Paulo receberá cerca de 5.000 visitantes
da V FENAGRA e participantes do IX
Workshop de Graxarias, eventos simultâneos
que sinalizarão as tendências da indústria
nacional de farinha e gordura animal para
este e os próximos anos.
Esses encontros são promovidos pelo
Sindicato dos Coletores e Beneficiadores de
Subprodutos de Origem Animal (SINCOBESP)
e contam com o apoio da EMBRAPA Suínos e
Aves. Novamente, serão realizados na sede
da Fecomércio – Federação do Comércio do
Estado de São Paulo e são os únicos e mais
importantes eventos nacionais do segmento.
Ambos são direcionados a toda cadeia
do setor – pecuária, beneficiadores de
matérias primas, indústria de máquinas
e equipamentos de beneficiamento,
compradores das indústrias de produtos
alimentícios, de cosméticos, de higiene
e limpeza, de pet food, indústrias de
conservação, de embalagens, frigoríficos e
outras, além de técnicos da agroindústria
-, de diversas regiões do Brasil e de muitos
países da América Latina, América do Norte e
Europa.
A V Fenagra deste ano será 10% maior que a
anterior, com 800 m2 de área, abrigando 42
expositores que apresentarão, aos esperados
5 mil visitantes, mais de duas centenas de
máquinas, equipamentos, insumos e serviços
para o setor. Mais detalhes da feira no site
www.fenagra.com.br.
O IX Workshop estima receber mais de 600
inscritos para os dois dias de conferências
e debates com destaque para a presença
Revista
Graxaria Brasileira
32
Revista
Graxaria Brasileira
33
destaqUe internacional
O doutor Sérgio Nates, presidente da FPRF
(Fats & Proteins Fondation), participante da
edição passada, volta este ano para mostrar
o trabalho desenvolvido pelas associações de
graxaria dos Estados Unidos e Canadá. Ele
também fez um convite para que o Sincobesp
se associasse à FPRF, o que já ocorreu. “Desta
associação de pesquisa mundial fazem parte o
Canadá, a Austrália, a Venezuela, a Indonésia
e o México e as três associações de Graxarias
mais importantes do mundo: EFPRA (Europa),
MLA (Austrália) e NRA (EUA e Canadá) e agora
o Brasil”, informa o presidente do Sincobesp,
Gustavo Razzo Neto.
`Todos os stands da Feira Nacional das
Graxarias foram vendidos e as empresas
confirmadas são: Aboissa, Abra – Associação
Brasileira de Reciclagem Animal, Alpha
Link Automação Industrial, Anhembi
Agroindustrial, AZ Máquinas, BDI Biodiesel,
Braido Ltda, Btech, Chibrascenter, Dupps
Company/Intecnial, Eurotec Nutrition,
Fast Indústria, Gava, Giglio, Grande Rio
Reciclagem, Gratt Máquinas, Grupo Braido,
Grupo SJG (Martec/Líder Metais Perfurados/
Marfuros), Haarslev/Tremesa Brasil, Hollbras,
Ixon/Qualitec/, Julian Máquinas, LDS
Máquinas, Marco Botteon, Nutract, Permecar,
Razzo, Sincobesp – Sindicato Nacional dos
Coletores e Beneficiadores de Subprodutos
de Origem Animal, Thor Máquinas.
sincobesP rePresenta UM setor qUe Processa 8,8
Milhões de toneladas/ano
Promotor do Workshop de Graxarias,
o Sindicato Nacional dos Coletores e
Beneficiadores de Sub Produtos de Origem
Animal (SINCOBESP) é uma entidade
instituída em 2002 para integrar, ordenar,
disciplinar, apoiar, promover e defender
corporativamente os legítimos interesses
políticos, jurídicos, tributários, legislativos,
ambientais, sanitários, institucionais e
mercadológicos da indústria brasileira de
farinhas e gordura animal (Graxarias).
Sediado em São Paulo, o SINCOBESP
representa nacionalmente um setor que coleta
e processa a reciclagem de subprodutos
de origem animal no País, estimado em 8,8
milhões de toneladas/ano.
Embora afetado pela crise fianceira
internacional, o setor manteve-se investidor,
tendo aplicado significativamente, em 2009,
na ampliação e modernização industrial.
Consultoria de Imprensa:Mecânica de Comunicação Ltda.Tels.: (11) 3259.6688/1719 Fax: (11) 3256.4312E-mail: [email protected]
Revista
Graxaria Brasileira
34
Revista
Graxaria Brasileira
35Capa
ÍNTEGRA DO PROGRAMAÍNTEGRA DO PROGRAMA25/03/2010
08h00 às 09h00 – Credenciamento e Entrega de Material
09h00 às 10h00 – Desafios e soluções na Preservação de Matérias Primas de Origem animal –
Equipe Eurotec Nutrition
10h00 às 10h30 – Intervalo
10h30 às 11h15 – EMBRAPA
11h15 às 12h00 – Qualidade das farinhas de Vísceras para a Indústria de Pet Food
12h00 às 14h00 – Brunch e Visitação a FENAGRA
14h00 às 15h00 – Abertura Oficial da 5ª FENAGRA – Cerimonial de Abertura do IX Workshop
2010
Pronunciamento do presidente do Sincobesp e demais autoridades
Apresentação da Orquestra Bachiana com o Maestro João Carlos Martins e palestra motivacional
sobre Superação
15h00 às 15h45 – Sergio Nates – Presidente FPRP Reaserch Program (Fats & Protein Fondation)
– New Market, Products e etc
15h45 às 16h30 – Biodiesel e Biogas - Oportunidades para Indústria de Graxaria - BDI / Tecnal
16h30 às 17h00 - Debates sobre os Temas do dia
17h00 – Visitação à Feira
26/03/2010
08h00 às 09h00 – Credenciamento e Entrega de Material
09h00 às 09h45 – CETESB
09h45 às 10h30 - Grande Rio Reciclagem Ambiental: Novo conceito de Educação Ambiental na
coleta e processamento de resíduos orgânicos de origem animal e vegetal. - Alessandra Caline
10h30 às 11h00 – Intervalo
11h00 às 12h00 - Desenvolver para crescer - Grande Rio Reciclagem Ambiental o respeito ao
Meio Ambiente: como o RH pode contribuir.– Claudio Domingos
12h00 às 14h00 – Brunch e Visitação à FENAGRA
14h00 às 14h45 – MAPA – Qualidade na Farinha de Carne – IN 34
14h45 às 15h30 - Isenção ou Desoneração de PIS / COFINS – Odair Z. Afonso Advogados
15h30 às 16h00 – Intervalo
16h00 às 17h00 – Debates sobre Temas do Dia
17h00 – Visitação à Feira e Coquetel de Encerramento
Maiores Informações:
SINCOBESP
(11) 3237-2860 ou [email protected]
Obs: a íntegra do programa acima está sujeito a alterações até a data de início do evento.
AUTORIDADES À CONFIRMAR:
Reinhold Stephanes, (Ministro da Agricultura), Carlos Minc (Meio Ambiente),Roberto
Mangabeira Unger (Ministro de Estado Extraordinário de Assuntos Estratégicos), José
Serra (Governo do Estado de S. Paulo),Gilberto Kassab (Prefeito do Estado de São
Paulo), João Carlos de Almeida Sampaio Filho (Secretário de Agricultura do Estado de
São Paulo),Inácio Kroetz (MAPA), Nelmon Oliveira (Mapa), Paulo Skaf (Presidente da
Fiesp), Roberto Rodrigues (Presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp),
Presidente da Embrapa - Pedro Antônio Arraes Pereira, Fernando Turra (Presidente da
ABEF), Dirceu Talamini (Embrapa), José Eduardo Cardoso (Deputado Federal), Regis de
Oliveira (Deputado Federal), Luis Carlos Setin (Deputado Federal).
Revista
Graxaria Brasileira
36
Revista
Graxaria Brasileira
37Capa
Razão Social: ABOISSA REPRESENTAÇÕES
S/C LTDA.
Nome Fantasia: ABOISSA
Endereço: Largo do Arouche, 396
Cidade: São Paulo
Estado: SP
Cep: 01219-010
Telefone: (11) 3353-3000
Fax: (11) 3353-3033
E-mail: [email protected]
Site: www.aboissa.com.br
Produto/Serviço: Farinhas, Gorduras,
Equipamentos, Banha Suína, Farinha de
Carne e Ossos, Farinha Calcinada, Farinha
de Carne Suína, Farinha de Peixe, Farinha
de Pena, Farinha de Sangue, Farinha de
Vísceras, Graxa Suína, Hemoglobina, Plasma,
Óleos e Gorduras para Biodiesel, Óleo de
Peixe, Óleo de Vísceras, Sebo Bovino, Sebo
Bovino Branqueado, Sebo Bovino Refinado
Desodorizado, Sebo Hidrogenado, Squid Meal,
Torta de Farinha de Carne, Terra Clarificante,
Soda Cáustica, Escama Líquida, Catalisador de
Níquel, Ácido Sulfúrico, Farelos e Grãos.
Lançamento durante a Fenagra 2010:
Stand nº: 37
Pessoa de Contato no Evento: Munir
Aboissa.
Razão Social: ALPHA LINK AUTOMAÇÃO
INDUSTRIAL LTDA
Nome Fantasia: ALPHA LINK AUTOMAÇÃO
Endereço: Alameda Japura, 270 - Vista Alegre
Cidade: Vinhedo
Estado: SP
Cep: 13280-000
Telefone: (19) 9258-5248
Fax:
E-mail: [email protected]
Produto/Serviço: Automação Industrial para
a Indústria de Graxaria.
Lançamento durante a Fenagra 2010:
Stand nº: 21
Pessoa de Contato no Evento: Luiz Alberto
Castrucci.
Razão Social: ANHEMBI AGRO INDUSTRIAL
LTDA
Nome Fantasia: ANHEMBI
Endereço: Rua Américo Vespúcio, 900 -
Jardim Platina – Altura do Km. 16,5 da Via.
Anhanguera
Cidade: Osasco
Estado: SP
Cep: 06273-070
Telefone: (11)3658-8900
Fax: (11) 3658-8909
E-mail: [email protected]
Produto/Serviço: Farinha de Carne, Sebo
Industrial e Serviço de Armazenagem
Frigorífica.
Lançamento durante a Fenagra 2010:
Stand nº: 03/04/05
Pessoa de Contato no Evento: Claudio
Manoel de Oliveira.
Razão Social: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
RECICLAGEM ANIMAL
Nome Fantasia: ABRA
Endereço: SRTV/S Qd. 701 – Centro
Empresarial Brasília – BL B – Sala 619
Cidade: Brasília
Estado: DF
Cep: 70340-907
Telefone: (61) 4501-7199 / (61) 8137-4030
Fax: (61) 4501-7199
E-mail: [email protected]
Site: www.abra.ind.br
Produto/Serviço: Entidade de classe
representativa.
Lançamento durante a Fenagra 2010: sem
lançamentos.
Stand nº: 20
Pessoa de Contato no Evento: Vinícius
Marques Oliveira.
Razão Social: AZ Ingeniería y Máquinas Ltda
Nome Fantasia: AZ Ingeniería
Endereço: Tobalaba 4033-B Providencia
Cidade: Santiago
Estado: CHILE
Telefone: + 56-2-2774450 +56-2-2774370
Fax: + 56-2-2266098
E-mail: [email protected]
Site: www.azing.cl
Produto/Serviço: Plantas de Rendering;
Secadores Rotadiscos, Rotatubos, Aire
Caliente; Evaporadores; Control de Olores;
Control de aguas residuales em plantas
FENAGRA 2010 - Expositoresde rendering; Evaluaciones técnicas;
Optimización de processos.
Lançamento durante a Fenagra 2010:
Controle de Odores vía plasma frio BEKZON;
Rotadiscos Stord; Evaporadores AZ.
Stand nº: 16
Pessoa de Contato no Evento: Camilo
Avendano
Company Name: BDI – BIODIESEL
INTERNATIONAL AG
Address: Parkring 18
City: Grambach / Graz
UF: AUSTRIA
Zip Mail: 8074
Phone: +43 316 4009 100
Fax: +43 316 4009 110
E-mail: [email protected]
Web-Site: www.bdi-biodiesel.com
Products/Service: Market- and technology
leader for building tailor-made and turn-key
Multi-Feedstock BioDiesel plants.
Launching during the Expo Fenagra 2010:
Booth nº: 02
Contact Person during the Expo: Hannes
Stabla.
Razão Social: BRAIDO AGROINDUSTRIAL
LTDA
Nome Fantasia: BRAIDO
Endereço: Rua João Batista Pessini, 555 / 595
Cidade: Itupeva
Estado: SP
Cep: 13295-000
Telefone: (11) 4368-4933
Fax: (11) 4368-4933
E-mail: [email protected]
Site: www.braidoltda.com.br
Produto/Serviço: Farinha de Carne e Ossos e
Sebo Industrial.
Lançamento durante a Fenagra 2010:
Stand nº: 03/04/05
Pessoa de Contato no Evento: Celso Braido e
Carlos Braido.
Revista
Graxaria Brasileira
38
Revista
Graxaria Brasileira
39
Razão Social: BTECH TECNOLOGIAS
AGROPECUÁRIAS E COMÉRCIO LTDA
Nome Fantasia: BTECH
Endereço: Rua Dr. Eraldo Aurélio Franzese,
222 – Bairro Paiquerê
Cidade: Valinhos
Estado: SP
Cep: 13271-608
Telefone: (19) 3829-5080
Fax: (19) 3829-5081
E-mail: [email protected]
Site: www.btech.com.br
Produto/Serviço: O Salmex é um aditivo
antimicrobiano de amplo espectro com eficiência
comprovada no controle da contaminação de
rações e ingredientes (bactérias gram-negativas,
gram-positivas e formadoras de esporos, além
de fungos e leveduras).
Sua fórmula é aprovada pelo FDA (Food
and Drug Administration - EUA) para uso em
rações e ingredientes destinados a todas as
espécies animais, e apresentada pela EFSA
(European Food Safety Authority) como uma
das melhores alternativas no controle de
Salmonela na cadeia de produção de rações.
Além do produto, acompanha um
pacote que se destaca por incluir: serviços
especializados na dosagem de líquidos;
responsabilidade de logística integrada que
garante a segurança na utilização, transporte
e descarga do produto; treinamentos aos
clientes com foco em suas necessidades;
além do desenvolvimento e acompanhamento
de trabalhos de pesquisa para a comprovação
e garantia dos resultados.
Lançamento durante a Fenagra 2010:
Stand nº: 39
Pessoa de Contato no Evento: Flavio Longo
Razão Social: CHIBRASCENTER
SEPARADORES LTDA.
Nome Fantasia: CHIBRASCENTER
Endereço: Rua Augusto Ferreira de Morais,
273
Cidade: São Paulo
Estado: SP
Cep: 04763-000
Telefone: (11) 5521-3373
Fax: (11) 5521-3373
E-mail: [email protected]
Site: www.chibrascenter.com.br
Produto/Serviço: Centrífugas Decanters
para Subprodutos, Sebo, Sangue e Óleos;
Coaguladores Contínuos de Sangue Animal;
Reformas em Decanters de Qualquer Marca
ou Procedência; Assistência Técnica em
Campo.
Lançamento durante a Fenagra 2010:
Centrífuga Decanter modelo CB-3700 para
altas vazões
Stand nº: 08.
Pessoa de Contato no Evento: Wilson
Moreno.
Company Name: THE DUPPS COMPANY /
INTECNIAL S/A
Address: 548, North Cherry St
City: Germantown (OH)
Zip Mail: 45327
Phone: + (1) 937-855-6555
Fax: + (1) 937-855-6554
E-mail: [email protected]
Web-Site: www.dupps.com
Products/Service: Process machinery,
systems and services. The Dupps Company
designs, builds and installs high quality
process equipment, including protein co-
products rendering systems, rotary drum
dryers, screw presses and more. We also
provide complete maintenance, repair and
rebuild support
Launching during the Expo Fenagra 2010:
Booth nº: 25 and 30
Contact Person during the Expo: Frank
Dupps Jr. / Lais
Razão Social: GIGLIO S/A INDÚSTRIA E
COMÉRCIO
Nome Fantasia: GIGLIO
Endereço: Rua Rio Preto, 145 – Vila Vivaldi
Cidade: São Bernardo do Campo
Estado: SP
Cep: 09615-020
Telefone: (11) 3382-1188
Fax: (11) 4368-7288
E-mail: [email protected]
Site: www.giglio.com.br
Produto/Serviço: Sebo derretido, Farinha de
Carne e Ossos e Ração para Cães
Lançamento durante a Fenagra 2010:
Stand nº: 28
Pessoa de Contato no Evento: Rodrigo Giglio
Capa
Revista
Graxaria Brasileira
40
Revista
Graxaria Brasileira
41
Dalmir Sant’Anna
Razão Social: GRANDE RIO ALIMENTOS
LTDA
Nome Fantasia: GRANDE RIO
Endereço: Rua F, 50 Santa Rita –
Complemento: Est. Velha S. Rita, 410
Cidade: Nova iguaçu
Estado: RJ
Cep: 26041-270
Telefone: (21) 2765-9550
Fax: (21) 2765-9550
E-mail: monique.domingues@
grhigienelimpeza.com.br
Site: www.grhigienelimpeza.com.br
Produto/Serviço:
Lançamento durante a Fenagra 2010:
Stand nº: 09/10
Pessoa de Contato no Evento: Monique
Domingues
Razão Social: GRATT INDÚSTRIA DE
MÁQUINAS LTDA
Nome Fantasia: GRATT
Endereço: Rua Antonio Pelegrini, 45 - Jardim
da Serra
Cidade: Capinzal
Estado: SC
Cep: 89665-000
Telefone: (49) 3555-8500
Fax: (49) 3555-8514
E-mail: [email protected]
Site: www.gratt.com.br
Produto/Serviço: Fabricação de Decanters
Centrífugos, Flotadores, Secadores de
Lodo, ETA, ETE, Centrífugas, Tanques de
Aquecimento.
Lançamento durante a Fenagra 2010:
Stand nº: 01
Pessoa de Contato no Evento: Everton Gratt.
Razão Social: HAARSLEV INDUSTRIES
LTDA.
Nome Fantasia: TREMESA BRASIL / HAARSLEV
INDUSTRIES
Endereço: Rua Cyro Correia Pereira, 3.210 -
CIC
Cidade: Curitiba
Estado: Paraná
Cep: 81460-050
Telefone: (41) 3389-0055
Fax: (41) 3389-0035
E-mail: [email protected]
Site: www.haarslev.com
Produto/Serviço: Bombas de Lamelas;
Trituradores; Prensa de Penas; Hidrolisadores
Contínuos; Secadores de Discos, Tubos e
Ar; Digestores Contínuos e Descontínuos;
Prensas Continuas; Tambores Rotativos;
Moinhos de Farinha; Aerocondensadores;
Trocadores de Calor; Esterilizadores;
Evaporadores; Pré-Cozinhadores; Sistema de
Recuperação de Condensados;.
Lançamento durante a Fenagra 2010:
Stand nº: 6 e 7
Pessoa de Contato no Evento: Orlando
Guelfi.
Razão Social: HOLLBRAS EQUIPAMENTOS
INDUSTRIAIS LTDA
Nome Fantasia: HOLLBRAS
Endereço: Rua Oneda, 483 – Vila Planalto
Cidade: São Bernardo do Campo
Estado: SP
Cep: 09895-280
Telefone: (11) 4390-0095
Fax: (11) 4390-0187
E-mail: [email protected]
Site: www.hollbras.com.br
Produto/Serviço: Fabricação usando
Tecnologia de Filtração de Líquidos.
Lançamento durante a Fenagra 2010:
Stand nº: 24
Pessoa de Contato no Evento: Elói Capitánio.
Razão Social: INDÚSTRIA AGRO-QUÍMICA
BRAIDO LTDA
Nome Fantasia: BRAIDO
Endereço: Rua São Jorge, 300
Cidade: São Caetano do Sul
Estado: SP
Cep: 09530-901
Telefone: (11) 4227-9500
Fax: (11) 4224-1800
E-mail: [email protected]
Site: www.grupobraido.com
Produto/Serviço: Óleo Química.
Lançamento durante a Fenagra 2010:
Stand nº: 03/04/05
Pessoa de Contato no Evento: Nelson Braido.
Razão Social: JOÃO GAVA & FILHOS LTDA
Nome Fantasia: GAVA
Endereço: Rua do Tesouro, 23 – 10ª Andar
Cidade: São Paulo
Capa
Revista
Graxaria Brasileira
42
Revista
Graxaria Brasileira
43
Estado: SP
Cep: 01013-901
Telefone: (11) 3105-2146
Fax: (11) 3105-2146
E-mail: [email protected]
Site: www.joaogava.com.br
Produto/Serviço: Farinha de Carne e Ossos e
Sebo Industrial.
Lançamento durante a Fenagra 2010:
Stand nº: 04 e 05
Pessoa de Contato no Evento: Sergio Gava e
Adriano Amadio.
Razão Social: JULIAN MÁQUINAS – PEDRO
VALDOMIRO JULIAN
Nome Fantasia: JULIAN IND. E COM.
Endereço: Rua Inácio Curi, 2.846 – Jd. Concha
de Ouro
Cidade: Jaú
Estado: SP
Cep: 17204-350
Telefone: (14) 3621-6937
Fax: (11) 3621-6937
E-mail: [email protected]
Site: www.julian.ind.br
Produto/Serviço: Equipamentos para
graxaria: Digestores de Ossos, Esterilizadores
de Torta, Trituradores de Ossos, Prensas
Expeller, Tolvas, Roscas Transportadoras,
Caixa percoladora, Caixa separadora de
borra, Redutores de Velocidades, Blow Tanks,
Clarificadores de sebo, Filtros Prensa, Bombas
de engrenagem, entre outros.
Lançamento durante a Fenagra 2010:
Stand nº: 19
Pessoa de Contato no Evento: Thiago /
Junior
Razão Social: LDS MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS LTDA
Nome Fantasia: LDS MÁQUINAS
Endereço: Av. Dr. Luciano Pacheco de
Almeida Prado Neto, 900
Cidade: Jaú
Estado: SP
Cep: 17213-481
Telefone: (14) 2104-3200
Fax: (14) 2104-3209
E-mail: [email protected]
Site: www.ldsmaquinas.com.br
Produto/Serviço: Fabricação de
equipamentos para graxarias: Prensas
Expeller, trituradores, moinhos de martelo,
esterilizadores, digestores, transportadores
helicoidais, filtros-prensa, tolvas,
percoladoras, blow tanks, clarificadores,
elevadores de canecas, silos, decantadores,
transportadores tipo redler, redutores de
velocidade, entre outros. Fabricação de
peças de reposição para máquinas de linha
e de outras marcas. Venda de equipamentos
novos e usados. Reforma e manutenção de
equipamentos.
Lançamento durante a Fenagra 2010:
Prensas Expeller LDS.
Stand nº: 22
Pessoa de Contato no Evento: Valdomiro
Criado Júnior / Antonio Aparecido Stefanin
Razão Social: MARCO BOTTEON INDÚSTRIA
E COMÉRCIO LTDA
Nome Fantasia: MARCO BOTTEON
Endereço: Av. Euclides Miragaia, 2.321
Cidade: Birigui
Estado: SP
Cep: 16204-000
Telefone: (18) 3643-1000
Fax: (18) 3643-1001
E-mail: [email protected] ou seiti@
botteon.com.br
Site: www.botteon.com.br
Produto/Serviço: equipamentos para
graxaria de farinha de osso e sangue
Lançamento durante a Fenagra 2010: não
Stand nº: 31
Pessoa de Contato no Evento: eng. Décio e
eng. Seiti
Razão Social: MARCOS PAULO GRECCO EPP
Nome Fantasia: MARTEC
Endereço: Rua do Comércio, 227 – Pq.
Industrial de Irape
Cidade: Chavantes
Estado: SP
Cep: 18970-000
Telefone: (14) 3342-3301
Fax: (14) 3342-3301
E-mail: [email protected]
Site: www.moinhosmartec.com.br
Produto/Serviço: moinhos a martelo, martelo
para moinhos de todas as marcas e modelos,
peneiras para moinhos e chapas perfuradas
Capa
Revista
Graxaria Brasileira
44
Revista
Graxaria Brasileira
45
em geral.
Lançamento durante a Fenagra 2010:
Stand nº: 23
Pessoa de Contato no Evento: Salvador,
Marcos Paulo, Klauss, Jocelito e Juliana.
Razão Social: NUTRACT
AGROINDUSTRIAL LTDA
Nome Fantasia: NUTRACT
Endereço: Rua Inocêncio de Souza Branco,
81-E - Bairro Quedas do Palmital
Cidade: Chapecó
Estado: SC
Cep: 89815-310
Telefone: (49) 3329-1111
Fax: (49) 3329-1112
E-mail: [email protected]
Site: www.nutract.com.br
Produto/Serviço: Aditivos Antioxidantes e
Antisalmonellas
Lançamento durante a Fenagra 2010:
Stand nº: 34
Pessoa de Contato no Evento: Maurício
Marcos Júnior
Razão Social: PERMECAR INDÚSTRIA DE
METAIS PERFURADOS LTDA
Nome Fantasia: PERMECAR
Endereço: Rua Pedro Gonçalves de Lima,
nº 46 – Distrito Industrial
Cidade: Iracemápolis
Estado: SP
Cep: 13495-000
Telefone: (19) 3456-1726
Fax: (19) 3456-1726
E-mail: [email protected]
Site: www.permecar.com.br
Produto/Serviço: linha de metais
perfurados, peneiras para moinhos,
peneiras de pré-limpeza de cereais,
peneiras para brunidores, martelos
e eixos para moinhos, canecas para
elevadores de cereais, chapas recalcadas
para pisos de segurança industrial,
chapas expandidas muito utilizadas em
plataformas, assoalhos e bojos para usina
de açúcar e álcool.
Lançamento durante a Fenagra 2010:
Stand nº: 35
Pessoa de Contato no Evento: Márcia
Nicolau Martin
Razão Social: PRONUTRA DO BRASIL
COMÉRCIO E INDÚSTRIA LTDA.
Nome Fantasia: EUROTEC NUTRITION
Endereço: Rua Ivo Luchi, s/nº – Área
Industrial
Cidade: Palhoça
Estado: SC
Cep: 88133-510
Telefone: (48) 3279-4000
Fax: (48) 3279-4012
E-mail: [email protected]
Site: www.euronutri.com.br
Produto/Serviço: Linha Completa
de Nutrição Animal. Antioxidante,
Antisalmonela, Antifúngico, Acidificante,
Corretor de Acidez, Sequestrante de
Micotoxinas, Aditivos Fitogênicos, Aromas
e Hidratante para Leitões.
Lançamento durante a Fenagra 2010:
Stand nº: 36
Pessoa de Contato no Evento: Diogo
Steck
Razão Social: QUALITEC INDÚSTRIA E
COMÉRCIO LTDA
Nome Fantasia: IXON
Endereço: Rua Ijuí – Vila Flores – nº 70
Cidade: Santa Rosa
Estado: RS
Cep: 98900-000
Telefone: (55) 3512-6654
Fax: (55) 3512–6654
E-mail: [email protected]
Site: www.ixon.ind.br
Produto/Serviço: Equipamentos para a
Indústria de Carne
Lançamento durante a Fenagra 2010:
Stand nº: 15
Pessoa de Contato no Evento: Jefferson
Irion Almeida
Razão Social: RAZZO LTDA
Nome Fantasia: RAZZO
Endereço: Av. Marginal Direita do Tietê,
830
Cidade: São Paulo
Estado: SP
Cep: 05118-100
Telefone: (11) 2164-1313
Fax: (11) 2164-1330
E-mail: [email protected]
Site: www.razzo.com.br
Produto/Serviço: Produção e
comercialização de farinha de carne/
ossos, sebo bovino bruto, sebo bovino
branqueado, glicerina bi-destilada
animal, glicerina bi-destilada vegetal,
noodles (massa base para sabonetes).
Agrobusiness.
Lançamento durante a Fenagra 2010:
Stand nº: 33
Pessoa de Contato no Evento: Bruno
Montero
Razão Social: SINDICATO NACIONAL
DOS COLETORES E BENEFICIADORES DE
SUBPRODUTO DE ORIGEM ANIMAL
Nome Fantasia: SINCOBESP
Endereço: Rua da Consolação, 222 – 15ª
Andar – Sala 1.503
Cidade: São Paulo
Estado: SP
Cep: 01302-000
Telefone: (11) 3237-2860
Fax: (55) 3256-9173
E-mail: [email protected]
Site: www.sincobesp.com.br
Produto/Serviço: Sindicato Nacional /
Entidade de Classe.
Lançamento durante a Fenagra 2010:
Stand nº: 29
Pessoa de Contato no Evento: Valdirene
Dal’mas Rocha Paes.
Razão Social: THOR MÁQUINAS E
MONTAGENS LTDA
Nome Fantasia: THOR
Endereço: Estrada Municipal Francisco
Viterbo Borges, s/nº
Cidade: Santa Maria
Estado: RS
Cep: 97070-370
Telefone: (55) 3211-1515
Fax: (55) 3211-1473
E-mail: [email protected] / rodrigo@thor.
com.br / [email protected] / [email protected].
br
Site: www.thor.com.br
Produto/Serviço: Equipamentos para
processamento de Subprodutos de bovinos,
aves e suínos. Máquina de prensagem e
secagem de rúmen para queima na caldeira
gerando energia e reduzindo custo de
lenha, sistema de aquecimento de água
até 92gc com aproveitamento dos gases
dos digestores, trituradores de ossos e
barrigadas, digestores contínuos e bateladas,
prensa expeller hidráulica e demais máquinas
do processo, equipamentos totalmente
automatizados.
Lançamento durante a Fenagra 2010:
Digestor batelada de alto rendimento, com
eixo similar ao do digestor contínuo com
grande área de troca térmica.
Stand nº: 26 e 27
Pessoa de Contato no Evento: Paulo Caneda,
Rodrigo Miranda, Ed Carlos, Sérgio Pippi.
Revista
Graxaria Brasileira
46 Foco na qualidade
Os produtos cárneos cozidos produzem aromas e
odores havendo cerca de 30 anos de pesquisas no assunto.
Os compostos são determinados laboratorialmente por
cromatografia gasosa ou espectrometria de massa. Há cerca
de 1.000 componentes com características especificas que
conferem aroma e/ou odor. Dependem de condições de
cocção tais como: tempo de retenção na cocção, temperatura
de cocção e a composição dos produtos cozidos.
Os compostos voláteis que podem ser encontrados
são hidrocarbonetos (200 compostos: alcanos, alcenos,
aromáticos), álcoois e fenóis, aldeídos, ésteres e ácidos
carboxílicos de cadeia curta e média, lactonas, furanos,
piranos, piróis, piridinas, pirazinas, compostos sulfurados
heterocíclicos e não heterocíclicos. Dois grupos principais de
reações são responsáveis pelos odores da cocção: a) reação
de Maillard e b) oxidação térmica dos lipídios. Os produtos da
oxidação e degradação lipídica são os de maior importância
e, entre os compostos principais citam-se: componentes
alifáticos como hidrocarbonetos, álcoois, aldeídos, cetonas,
e ácidos carboxílicos conjuntamente com lactonas, furanos,
compostos aromáticos.
Substancias solúveis em água, como aminoácidos,
açúcares redutores, nucleotídeos, e tiamina são responsáveis
por compostos heterocíclicos dando a coloração de tostado.
As maiores classes de compostos heterocíclicos incluem
pirazina, oxazóis, tiazóis, e tiofenos, mas outros compostos
como pirazóis, piridinas, tri-tiolenos e ainda compostos
sulfurosos heterocíclicos.
Na degradação de Strecker a cisteína produz o sulfeto
Compostosvoláteisdacocçãodeprodutos/subprodutoscárneos
Por: Claudio Bellaver
Claudio Bellaver
Med. Vet., PhD, ProEmbrapa e QualyFoco - Consultores
Associados, Concórdia SC - [email protected]
de hidrogênio. A interação entre o sulfeto de hidrogênio e
compostos alifáticos contendo enxofre com aldeídos furanos
e compostos carboxílicos são rotas de compostos voláteis.
A mistura de subprodutos de aves, suínos e bovinos
aumenta em três vezes concentração de compostos voláteis
(4.828 μg/kg amostra) em relação a cocção dos músculos
puros das respectivas espécies (1.604 μg/kg amostra).
Subprodutos que passam por processos de proteólise
com origem microbiológica geram aminas biogênicas,
sendo essas substâncias altamente voláteis, tóxicas e que
conferem odor desagradável, sendo facilmente perceptível e
acentuadas pela cocção.
O tratamento térmico deve ser moderado para que
não haja resultados desfavoráveis na digestibilidade de
proteínas e vitaminas, incluindo nesse caso, diminuição da
digestibilidade protéica e da disponibilidade de aminoácidos
indispensáveis. Um aquecimento exagerado torna as
gorduras impróprias à alimentação, pois leva à formação
de Acroleína, substância volátil e tóxica aos animais e ao
homem.
A pergunta que fica à todo o setor de farinhas e gorduras
e ao MAPA é:
Quem controla os níveis dessas substâncias prejudiciais à
saúde dos animais e do homem?
- Certamente não são as IN´s ou a palavra do fabricante. Os
compostos estão presentes em níveis variados e, até pela cor
dos produtos e odor de muitas graxarias, sabe-se disso. A
solução reside nas auditorias voluntárias e independentes de
Gestão da Qualidade.
Revista
Graxaria Brasileira
48
Revista
Graxaria Brasileira
49Pet Food On LinePor Claudio Mathias
Claudio Mathias
Andritz Feed & Biofuel
Divisão de Extrusão
Embora a extrusão a seco tenha sido inicialmente
projetada para o cozimento de soja, cereais e alimentos
para animais em fazendas, atualmente sua utilização em
aplicações diversas reflete a sua versatilidade e capacidade
de obter o objetivo necessário em uma forma rentável.
Abaixo estão algumas das atuais aplicações de extrusoras a
seco:
- Transformação de sementes oleaginosas, incluindo soja,
canola, caroço de algodão, girassol e amendoin.
- Processamento de subprodutos com alta umidade
proveniente da indústria alimentícia, animal e marinha em
ingredientes de alta qualidade para rações.
- Pré-tratamento das sementes oleaginosas antes da extração
do óleo. O cozimento por extrusão das sementes oleaginosas,
facilita a extração do óleo devido a rupturas da células e
desidratação parcial antes de entrar na prensa, aumentando
assim a sua capacidade nominal e eficiência (Said, 1998).
- Estabilização do farelo de arroz através da desativação da
enzima natural, lipase.
- A produção de protéina vegetal texturizada e fabricação de
alimentos cereais.
- Agindo como um reator para desintoxicar o amendoin ou
o caroço de algodão, através da “redução” de aflatoxina
de ambas as sementes e à redução do gossipol livre nas
AAPLICAÇÃODEEXTRUSÃOASECOAAPLICAÇÃODE
EXTRUSÃOASECO
sementes de algodão.
- Pasteurização ou esterilização de alimentos para humanos
e para animai s.
- Desativação de fatores antinutricionais presentes em
leguminosas.
- Produção de altas protéinas não degradáveis para ruminantes
(by pass proteins).
- Produzir produtos com liberação lenta de amônia para
a alimentação segura de nitrogênio não protéico para
ruminantes.
Vantagens nUtricionais do Processo de eXtrUsÃo a seco
Desde a sua introdução no mercado a extrusora a seco foi
estudada e comparada à outras técnicas de processamento
relevantes para as conseguências nutricionais da alimentação
do produto extrusado produzido por este método para
diferentes espécies. As vantangens nutricionais foram
relatadas em muitos jornais científicos, em reuniões e em
artigos. Por causa da extensa literatura disponível sobre este
assunto, não entraremos em detalhamento das informações
completas sobre todos os dados, mas as conclusões da
investigação serão destaque.
eXtrUsÃo de soja
A soja bruta, não pode ser usada efetivamente como
um ingrediente de alimentação animal. Há muitos fatores
antinutricionais na soja crua que pode dificultar a digestão dos
nutrientes. Alguns desses fatores antinutricionais incluem os
seguinte:
- Inibidores: tripsina e quimotripsina; eles interferem na
digestão das proteínas. (Kakade et al. 1973) estimou que
cerca de 40% da redução no desempenho do crescimento dos
animais alimentados com soja crua é devido aos inibidores
de tripsina. Clinicamente, a hipertrofia do parcreas ocorre
nestes animais devido ao esforço do pâncreas para compensar
estes fatores através do aumento da secreção de tripsina e
quimotripsina (Mian e Garlich, 1985).
- Hemaglutininas (lectinas): elas interferem com a disgestão
dos carboidratos por interferir na função da enzima amilase.
- Urease: esta enzima é importante na alimentação de
monogástricos apenas como um guia para medir a eficiência
do processamento. Existe uma grande preocupação na
alimentação de ruminantes com dietas que muitas vezes
contêm quantidades consideráveis de uréia, sendo que a
urease pode dividir a uréia em duas moléculas de amônia, que
pode ser tóxico para o animal.
- Fatores Alergênicos: glicinina e beta conglicinina são as
proteínas de armazenamento na soja. Eles afetam a integridade
da microvilosidade do intestino delgado resultando assim em
má absorção de nutrientes em animais jovens.
- Lipases e lipoxigenases: resultam em peroxidação e sabor
de feijão cru, respectivamente.
- O ácido fítico: este interfere com a absorção adequada de
minerais, especialmente zinco.
- Isoflavonas: estes possuem atividade estrogênica, que
pode resultar em problemas reprodutivos.
Todos, menos os dois últimos fatores antinutricionais
podem ser desativados através de tratamento térmico
adequado, tal como ocorre na extrusão. Porque
todos esses fatores antinutricionais são de natureza
protéica. O tipo de processamento térmico pode afetar
negativamente as proteínas oleaginosas, assim sendo
deve-se ser cauteloso no processamento da soja a fim
de se obter um produto com elevado teor de nutrientes
digestíveis, especialmente energia e proteína, e ao
mesmo tempo reduzindo os fatores anti nutricionais ou
mesmo alterando a estrutura dos mesmos tornando-os
inativos.
A alta temperatura e o curto tempo de cozimento
fornecido pelo processo de extrusão a seco realizam essa
função melhor do que qualquer outro processo. A não
necessidade de um processo posterior de secagem que
expõe o produto a altas temperaturas, como se requere para
técnicas de extrusão úmida,pode ser a razão da manutenção
da alta digestibilidade da proteina e dos aminoácidos.
Revista
Graxaria Brasileira
50
Revista
Graxaria Brasileira
51Entrevista
KENTSWISHER
a reVista graXaria brasileira entreVistoU Para essa ediçÃo esPecial da Fenagra 2010 o
sr. Kent swisher.
Kent swisher é Vice Presidente do dePartaMento internacional de MarKeting da
national renderers association (nra), a qUal rePresenta as indústrias de graXarias norte
aMericana.
eM sUa PosiçÃo, sr. swisher e o coMitê de desenVolViMento do Mercado internacional
da nra iMPleMenta o acesso a PrograMas de MarKeting e de Mercado Para ProdUtos de
resídUos atraVés do MUndo. ele rePresenta a indústria de graXarias dos estados Unidos
nas áreas de Políticas de coMércio e nas negociações relatiVas às barreiras sanitárias.
ele taMbéM ProVidência leVanta estatísticas e análises sobre a ProdUçÃo de ProdUtos de
resídUos, sUPriMentos e deManda. ele coordena escritórios da nra eM hong Kong e na
cidade do MéXico e UM núMero de consUltores eM todo o MUndo. atUalMente taMbéM o sr.
swisher atUa no dePartaMento de agricUltUra dos estados Unidos (Usda), no coMitê
técnico consUltiVo Para negócios de ProdUtos aniMais e Por últiMo à UniÃo da agência de
negócios dos estados Unidos.
ele é gradUado eM econoMia na agricUltUra Pela UniVersidade de PardUe.
RGB - Como esta o mercado americano de farinha de carne atualmente?Kent Swisher - A produção de farinhas de proteína animal
nos Estados Unidos continuou forte em 2009, cerca de 4
milhões de toneladas métricas, sendo 57% de farinha de
ruminantes, espécies mistas e de ossos, 28% de farinha de
subprodutos de aves e 15% de farinha de penas. A maior
mudança na indústria de processamento americana foi
a implementação de maiores restrições, impostas pela
Administração de Alimentos e Drogas (FDA). Em abril de
2008 a FDA publicou sua regra final com mais restrições
sobre certos materiais de ruminantes, não permitindo o
uso cérebros e cordões espinhais de gado com mais de
30 meses em todas as rações animais. A publicação desta
regra, proposta pela primeira vez em outubro de 2005, foi
parte de negociações comerciais com a Coréia do Sul para
permitir a importação de carne bovina americana. A regra
final passou a vigorar em 27 de abril de 2009. Entretanto,
para que a indústria tivesse mais tempo de se acomodar a
esta regra, a entrada em vigor foi adiada para 27 de outubro
de 2009. Especificamente, a regra proíbe o seguinte nas
cadeias alimentares:
• Toda a carcaça de gado positiva para encefalopatia
espongiforme bovina (BSE);
• os cérebros e cordões espinhais de gado com 30 meses
ou mais;
• toda a carcaça de gado não inspecionado e aprovado
para consumo humano com 30 meses ou mais quando os
cérebros e cordões espinhais não tivessem sido removidos;
• sebo derivado de gado positive para BSE;
• e sebo derivado de outros materiais proibidos por
esta regra que contivesse mais de 0,15% de impurezas
insolúveis.
Houve muitos debates sobre o custo final desta regra
e ainda existem muitas incógnitas para podermos avaliar
o valor real do custo desta regra no presente. A maior
incógnita é saber a que nível animais abatidos não poderão
mais ser utilizados pela indústria de processamento. Um
estudo independente da Informa Economics calcula que a
produção de farinha de carne e ossos poderá diminuir em
35.900 toneladas métricas e o sebo em 21.815 toneladas
métricas, apenas pela redução do estoque de animais
abatidos. Isto ocasionaria uma perda de receita de cerca de
30 milhões de dólares na indústria de processamento.
RGB - O que podemos esperar deste mercado? Kent Swisher - 2010 poderia ver facilmente uma queda na
produção de produtos processados devido a esta legislação
e também uma queda da matéria prima devido à diminuição
do abate.
RGB - Quais são as expectativas para o país?Kent Swisher - O Banco Mundial estima que o PNB global
Por Daniel Geraldes
Revista
Graxaria Brasileira
52
Revista
Graxaria Brasileira
53
diminua 0,9 % enquanto nos países em desenvolvimento
esta queda seja de 4,5%, menor do que o 7,9% de 2007.
Assim, esta crise econômica poderia indicar uma recessão
na demanda por commodities. Além disto, em médio
a longo prazo, aumentos maciços da dívida americana
forçariam a queda do dólar e levariam a pressões
inflacionárias sobre os Estados Unidos. Estima-se que dívida
americana dobre entre o presente e 2015, quando se prevê
que chegará a 20 trilhões de dólares e deve alcançar pelo
menos 100% do PNB. Como porcentagem do PNB, valores
como estes não foram vistos desde a Segunda Guerra
Mundial. Uma questão subjacente é se o dólar continuará
sendo a principal moeda de reserva ou se será substituído
por outra moeda. Sem pretender fazer análises muito
profundas, torna-se claro que o aumento da dívida terá
repercussões em longo prazo, não apenas na America do
Norte, mas também na economia global.
Tendo dito isto, os preços dos produtos processados
continuam firmes. Não devemos esquecer que, mesmo
com a recessão econômica, o crescimento do PNB
da china para 2009 é estimado em 7,5 a 8,5% e é
projetado um recuo para 2010, com todos os países
em desenvolvimento apresentando uma média de
crescimento de 4,5%. Além disto, o Banco Mundial estima
que a classe média global cresça de 400 milhões em
2005 até 1,2 bilhões em 2030, com o maior crescimento
na Ásia. À medida que há um aumento de renda as
pessoas consomem mais carne e peixe. O Banco Mundial
estima que quando a renda cresce 10%, o consumo de
carne cresce 15%. Assim, a demanda por alimentos e
ingredientes de rações deve continuar forte.
Se considerarmos a demanda básica por produtos
processados vemos que continua forte em todo o mundo.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos
Estados Unidos (USDA) relações de estoque/uso das 7
principais farinhas de vegetais e proteína mostraram
uma tendência decrescente nos últimos 20 anos, caindo
de cerca de 6% em 1987 a aproximadamente 3,4% em
2008. As relações estoque/uso dos 7 principais óleos
vegetais mostraram uma tendência semelhante de cerca
de 13% em 1987 a aproximadamente 7,5% em 2008. Uma
das principais novas variáveis de demanda origina-se da
indústria de biodiesel.
RGB - Quais são os desafios?Kent Swisher - Para os Estados Unidos e Canadá os
desafios continuam a se originar das restrições comerciais
impostas sobre a indústria de processamento devido a
encefalia espongiforme bovina. À medida que o tempo
passou mais países se abriram a exportações de proteínas
animais dos Estados Unidos. Na realidade, tanto a Indonésia
como as Filipinas agora permitem a importação de farinha
de carne e ossos (MBM) de ruminantes dos Estados Unidos.
RGB -Como está o mercado internacional no momento?Kent Swisher - O mercado internacional continua forte
com uma produção global de aproximadamente 13 milhões
de toneladas métricas de proteína animal e 10 milhões de
toneladas métricas de gordura processada. O comércio
global de proteína animais é de cerca de 1,3 milhões de
toneladas métricas e, de sebo, cerca de 2 milhões de
toneladas métricas. Ironicamente, a União Européia é o
maior exportador de farinhas de proteína. A UE exporta
aproximadamente 340 mil toneladas métricas seguida
pelos Estados Unidos, que exportam em torno de 298 mil
toneladas métricas e a Austrália, com 250.000 toneladas
métricas.
Um desafio para a indústria de processamento global
são as restrições que tem efeitos negativos sobre o
comércio, impostas por grupos intergovernamentais
globais. A Organização Mundial de Processadores
(World Renderers Organization - WRO) pode ser uma voz
importante representando a indústria de processamento
junto aos grupos intergovernamentais globais. A WRO reúne
processadores de todo o mundo e cria uma única voz para
representar a indústria de processamento em reuniões
globais. Para conhecer a WRO visite o seu site www.
worldrenderers.org
RGB - E quais são as previsões para 2010?Kent Swisher - A previsão de preços para 2010 depende
muito da produção de soja na América do Norte e do Sul
e da demanda da China. Nos últimos anos a China dobrou
seu estoque de soja. Este fato ao lado da diminuição de
produção na América do Sul foi um fator importante no
aumento do preço de farinhas de proteína em todo o
mundo.
RGB - Quais são os novos usos de produtos processados?Kent Swisher - O maior uso novo de gordura processada
é a produção de biodiesel. A indústria de biodiesel,
relativamente nova, apresentou um crescimento dramático
em escala global. Enquanto a utilização de produtos
processados no biodiesel continua relativamente baixa, a
demanda por outras gorduras e óleos no complexo global
reforça a demanda e assim os preços de um modo geral.
A produção de biodiesel dos dois maiores produtores, os
Estados Unidos e a Comunidade Européia cresceu cerca de
11% atingindo aproximadamente 8 milhões de toneladas
métricas em 2008. A produção global de biodiesel
dos principais produtores foi de aproximadamente 11
milhões de toneladas métricas no total. A maioria da
matéria prima é óleo de soja, de semente de colza e de
palma, mas o uso de gorduras e graxas animais está
começando a ser mais aceito. Por exemplo, gorduras
e graxas animais representaram mais de 20% do total
A indústriA de biodiesel, relAtivAmente novA, Apresentou um crescimento drAmático em escAlA globAl. enquAnto A utilizAção de produtos processAdos no biodiesel continuA relAtivAmente bAixA.
Entrevista
Revista
Graxaria Brasileira
54
Revista
Graxaria Brasileira
55
de matéria prima usada na produção de
biodiesel nos Estados Unidos em 2008. Foi
também de cerca de 15% no Brasil, 67% no
Paraguai, 60% no Uruguai, e a maioria da
matéria prima usada no Canadá foi gordura
e graxa animal. À medida que produtores de
biodiesel encontram gorduras processadas
com preços mais competitivos que os óleos
vegetais, seu uso continuará a crescer nos
países que tem acesso a gorduras animais.
Este novo mercado não deve ser desprezado
pelos processadores. Em escala global,
estima-se que a produção de biodiesel é de
aproximadamente 11 milhões de toneladas
métricas, com um milhão de toneladas
métricas de matéria prima originária de
gorduras e graxa animal.
Este quadro positivo da indústria do
biodiesel pode estar piorando à medida que
as empresas produtoras de biodiesel na
América do Norte e na Europa se esforçam
para ser lucrativas. A indústria do biodiesel
americana enfrenta pressões adicionais das
tarifas aplicadas a exportações de biodiesel
para a União Européia. Além disto, o preço
das matérias primas forçou muitas empresas
americanas a suspender a produção ou até
a sair do negócio, mesmo com subsídios
governamentais. Uma solução para este
problema seria a imposição de misturas como
foi implementado no Brasil.
Outro uso novo é a utilização de proteínas
animais processadas como substituição parcial
da farinha de peixes nas rações aquáticas. A
indústria de processamento está em posição
confortável para fornecer proteínas animais
de alta qualidade a clientes que queiram
reduzir sua dependência de farinha de peixes.
A produção de farinha de peixe permaneceu
relativamente estável nos últimos vinte anos,
com uma média de 6 milhões de toneladas
métricas. Mas, durante o mesmo período,
a produção de aquicultura quintuplicou.
Assim, os preços de farinha de peixes tiveram
aumentos dramáticos nos últimos anos e as
pessoas procuram substitutos. A pesquisa
demonstrou que farinhas de proteína animal
são um bom substituto parcial da farinha de
peixes e podem diminuir dramaticamente o
custo de certas rações para animais aquáticos e
terrestres.
RGB - Quais são as novas tecnologias no mercado de processamento?Kent Swisher - A maioria das novas
tecnologias na industria de graxaria têm
focado no manuseio dos materiais, melhorando
a biosegurança (controle da salmonella
usando antebactericidas), controle do odor,
prevenção de poluição (tecnologia da água
limpa), biodiesel, e novas aplicações para o
emprego de produtos animais em materiais
como plásticos, por exemplo.Também tem
havido um incremento em mudanças nos
equipamentos, com uso da eletronica e
software. A industria da graxaria continua
em busca de sua consolidação, e nos U.S.A.
nos temos desenvolvido o “Carbon Foot Print”
um calculador para específicas unidades de
processamento. O calculador inclui modelar
o “carbon foot print” de várias opções de
tratamento de biosolidos.
RGB - Diga algo sobre sua experiência relacionada ao workshop do ano passado e o que espera da conferência deste ano. Kent Swisher - Foi muito prazerosa a nossa
presença em 2009 e esperamos que o encontro
deste ano tenha uma boa oportunidade para
as empresas das Américas Central e do Sul se
reunirem.
Entrevista
Revista
Graxaria Brasileira
56
Revista
Graxaria Brasileira
57Caderno Técnico 1Por David L. Meeker
PreparandooFuturocomoCódigodePráticas
daIndústria Os eventos dos últimos anos originaram
uma pletora de novos regulamentos
sobre segurança de alimentos ao lado de
preocupações e suspeitas dos consumidores.
A ampla e infeliz contaminação de rações para
pets com melamina foi seguida por vários
recalls de alimentos humanos. Em meio a este
clima desfavorável à indústria, o Congresso
aprovou a Lei de Emendas do FDA que obriga
o FDA a desenvolver e implementar o Registro
de Alimentos Reportável, que exige um relatório
rápido sobre contaminação de alimentos, rações
para pets e animais, que resultaria em recalls de
Classe 1.
Em 20 de julho de 2009 a Câmara dos
Deputados aprovou a Lei de Aprimoramento da
Segurança dos alimentos.
Revista
Graxaria Brasileira
O FDA continua a elaborar um sistema de
segurança dos alimentos que pode obrigar
as práticas de fabricação a serem também
aplicadas aos ingredientes de rações para
animais. Fabricantes de rações para pets
estão examinando cuidadosamente todos os
ingredientes e todos os setores de produção
de alimentos procuram uma certificação de
terceiros na matéria prima. Tudo isto, mais
uma nova administração muito a favor de
novos regulamentos e restrições na indústria,
tornam todos os participantes da indústria
extremamente apreensivos sobre como lidar
com estes fatos no futuro de forma lucrativa
A indústria de processamento compreende
perfeitamente seu papel na produção de
ingredientes seguros e nutritivos para rações
de animais e vem fazendo isto de forma muito
eficiente há mais de 100 anos. Tomando uma
posição proativa, a indústria de processamento
dos Estados Unidos desenvolveu e aprovou, há
cinco anos, um Código Voluntário de Prática da
Indústria de Processamento Norte Americana.
A finalidade era promover a segurança de
proteínas animais e gorduras processadas para
rações por meio do estabelecimento de controles
e certificação do processo, para verificar se
os controles funcionam. O Código de Prática
tornou-se muito mais do que isto - tornou-se a
melhor preparação da indústria para atender às
expectativas futuras de clientes e reguladores.
Processadores, recicladores de gorduras
e misturadores de proteína podem melhorar a
segurança das rações implementando controles
para prevenir, eliminar ou reduzir os riscos para
segurança dos produtos. O programa do Código
de Prática envolve treinamento de funcionários e
manutenção de registros, seguidos por auditoria
de terceiros independentes para garantir a
conformidade das plantas aos planos. Uma
empresa pode obter muitas vantagens e afastar
as preocupações de clientes e reguladores
quando demonstra que os funcionários e
administradores da planta possuem orientações
por escrito para garantir a segurança dos
produtos e devem comprovadamente seguir
estes planos.
A certificação do Código de Prática tem dois
anos de validade e após este período a planta
deve ser re-certificada por outra auditoria por
terceiros e re-exame dos processos utilizados.
O código é atualizado regularmente para refletir
novos regulamentos ou novas informações sobre
como melhor produzir produtos processados
seguros. As pesquisas da indústria de
processamento continuam a apoiar o programa
e redefinir cada vez mais a documentação
disponível para os processadores sobre as
temperaturas de cocção e outras importantes
práticas de fabricação.
Cada planta desenvolve seu próprio plano de
controle do processo tendo como base a matéria
prima usada e os produtos fabricados. O plano
de uma planta é semelhante a um programa de
análise de riscos e ponto de controle crítico,
pois identifica possíveis riscos; determina se
existem riscos físicos biológicos ou químicos; e
estabelece formas de monitorá-los e controlá-los
dentro dos padrões adequados.
Registros acurados, rastreabilidade dos
produtos e documentação também são exigidos.
A indústria também apoia a adoção e uso do
Código de Prática através de programas de
educação continuada e programas de treinamento
em certificação oferecidos anualmente. Até
hoje, 100 plantas de processamento foram
certificadas por seguir controles de processo
adequados para sua planta (ver lista à direita). A
Associação Nacional de Processadores (National
Renderers Association - NRA) calcula que estas
100 plantas certificadas produzem mais de 90%
dos produtos processados na América do Norte.
NRA continuará a trabalhar com as
organizações de agricultura, alimentos e
rações para fazer o máximo para eliminar os
regulamentos desnecessários. Entretanto,
clientes como os fabricantes de rações para
animais e pets e os consumidores finais dos
produtos também tem expectativas crescentes.
O Código de Prática não apenas prepara as
empresas para cumprir os regulamentos futuros
como pode colocá-las em melhor posição
para continuar a vender produtos doméstica e
internacionalmente.
código de Prática Para controle de salMonella PUblicado no reino Unido
No Reino Unido foi publicada, em 4 de
novembro de 2009, uma revisão do Código de
Prática para Controle de Salmonella em Rações
para Animais em parceria com o Departamento
do Meio Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais
e a Agência de Padrões de Alimentos.
A principal finalidade do código é fornecer
informações sobre as melhores práticas e ajudar
os envolvidos na fabricação, armazenamento
e transporte de rações a minimizar o risco de
contaminação por Salmonella.
Para ajudar os usuários, o código reúne em
um único documento os conselhos que estavam
espalhados em três códigos e foi atualizado
após longas consultas com os interessados. Foi
também analisado e endossado pelo Conselho
Independente sobre Rações para Animais. O
código é voluntário, mas a orientação que
apresenta reflete os recentes desenvolvimentos
da legislação, incluindo os requisitos da
Comissão Européia de Regulamentos de Zoonose
2160/2003 e os Regulamentos sobre Higiene de
Alimentos 183/2005.
O código está disponível em: www.food.gov.
uk/multimedia/pdfs/committee/copsal.pdf
David L. Meeker, PhD, MBA
Vice Presidente Sênior, Serviços Científicos,
Associação Nacional de Processadores
Revista
Graxaria Brasileira
58
Revista
Graxaria Brasileira
59Caderno Técnico 2
AuniãoEuropéiachegaaumacordosobrenovasregraspara
subprodutosanimais
AuniãoEuropéiachegaaumacordosobrenovasregraspara
subprodutosanimais
As regras da União Europeia (UE) regem
o que os produtores da UE podem ou
não podem fazer com seus produtos. Na
realidade, a influência destas regras vai
bem além das fronteiras da Europa, pois
muitos países seguem a EU e às vezes
copiam literalmente as regras européias.
Assim, processadores americanos podem se
defrontar com as regras e normas da UE ao
tentar fazer negócios com a Europa e outros
países. Portanto, mudanças nas regras da EU
são importantes para processadores de todo
o mundo. Houve muitos desenvolvimentos
interessantes nos últimos tempos, incluindo
alguns ajustes das regras da UE sobre
encefalopatia espongiforme transmissível
e outras importantes novas iniciativas que
poderão impulsionar o setor de energia
renovável, especialmente biodiesel. Existe
até discussão sobre a possibilidade de que a
União Européia permita novamente o uso de
proteínas suínas e de aves em rações para
peixes devido à diminuição da incidência de
casos de encefalopatia espongiforme bovina
(BSE) (por exemplo, apenas sete casos no
Reino Unido nos nove primeiros meses de
2009) e a necessidade da aumentar as fontes
de proteína para o setor de criação de animais
na União Européia
Mas, o principal foco de interesse nos
últimos anos foi a revisão do regulamento sobre subprodutos animais da UE
(ABPR). Um acordo foi assinado pelos ministros de governo dos 27 países
membros da UE, o Parlamento Europeu e a Comissão Européia para alterar o
regulamento atual (conhecido por seu número, Regulamento 1774/2002).
Para começar, vamos rever os fatos.
Cerca de 15,5 milhões de toneladas de materiais de origem animal não
destinado ao consumo humano são produzidos na UE anualmente. Parte destes
materiais é transformada em rações animais, cosméticos, produtos médicos,
dispositivos médicos e outros produtos (fertilizantes, produtos para o solo,
produtos oleoquímicos, revestimento de papel fotográfico, etc.) e parte é
descartada como resíduo por meio de incineração ou co-incineração.
De acordo com a comissão, “Cada vez mais materiais estão sendo importados
de outros países para a UE para finalidades semelhantes”.
Como os subprodutos animais podem representar uma ameaça à saúde
humana e animal se não descartados adequadamente, a UE regula estes materiais,
da apresentação à eliminação, para garantir a rastreabilidade e um alto nível
de proteção à saúde. A ABPR determina as regras para subprodutos animais
não destinados a consumo humano, consideradas “o principal componente da
estratégia da comissão para combater e erradicar crises originárias de rações,
como a EEB, febre aftosa e contaminação por dioxina.”
Tem o propósito de excluir animais mortos e outros materiais condenados
da cadeia alimentar e de garantir o processamento seguro e descarte de
subprodutos animais. Proíbe, também, a reciclagem intra espécies.
Para dar um exemplo, o regulamento estabelece regras claras sobre o que
pode ser feito com materiais animais excluídos, impondo um sistema rígido
de rastreabilidade e identificação, exigindo que certos produtos como farinhas
de carne e ossos e gorduras destinados à destruição tenham uma marcação
permanente para evitar possíveis fraudes e o risco de utilização de produtos
não autorizados em alimentos e rações.
O novo regulamento tem o objetivo de introduzir regras mais proporcionais
ao risco e clarificar as regras sobre subprodutos animais, além da interação
destas regras com as outras da legislação da EU. Isto significa que a
documentação será reduzida, alguns usos adicionais de subprodutos animais
serão permitidos e a confusão com legislação que se sobrepõe será clarificada
(na medida do possível). Por exemplo, alguns subprodutos animais classificados
atualmente com de alto risco serão reclassificados permitindo um maior gama
de usos, por exemplo, rações, agregando valor a estes produtos.
Esta parte de usos adicionais é interessante uma vez que a nova ABPR
introduz o conceito de um “end point” (ponto terminal) na produção de
subprodutos animais e depois deste ponto os materiais processados não serão
mais sujeitos a ABPR, pois riscos potenciais foram removidos por tratamento
ou são considerados insignificantes.
Sob a nova ABPR, gorduras animais destinadas a combustível para combustão
ou para a produção de biodiesel não serão mais considerados resíduos. O
regulamento contém a sentença “o uso de subprodutos animais ou produtos
derivados como combustível em processo de combustão deve ser autorizado e
não deve ser considerado como uma operação de descarte de resíduos.”
O novo regulamento reconhece que “o descarte de todos os subprodutos
animais não é uma opção realista, pois levaria a custos e riscos insustentáveis
para o meio ambiente… há um nítido interesse de todos os cidadãos de que, se
os riscos para a saúde forem minimizados, uma ampla gama de subprodutos
animais podem ser utilizados com segurança em várias aplicações, de forma
sustentável.”
É muito importante para os processadores americanos o fato de que a
ABPR (antiga e nova) determina os requisitos para importação e trânsito de
Por Bruce Ross
Revista
Graxaria Brasileira
60
Revista
Graxaria Brasileira
61Caderno Técnico 2Por Bruce Ross
certos subprodutos animais e produtos
derivados originários de países não membros
da UE. A nova ABPR declara que “um conjunto
simplificado de regras de importação deve ser
aplicável a produtos que não serão utilizados
na cadeia alimentar.” As gorduras animais
americanas podem ter permissão para entrar
na EU sem tratamentos adicionais, ainda que
as regras detalhadas para isto ainda não
tenham sido elaboradas. Da mesma forma,
a entrada de gorduras animais americanas
para outros usos técnicos, como na indústria
oleoquímica, podem ser facilitada.
Os processadores americanos
interessados procuram explicações sobre
quais regulamentos da UE se aplicam à
permissão para o uso de gorduras animais
como combustível em instalações industriais
ou como matéria prima para biodiesel.
Durante anos tem havido confusão sobre
se a Diretiva sobre Resíduos, a Diretiva
sobre Incineração de Resíduos, a Diretiva de
Prevenção e Controle da Poluição (também
recentemente revisada) ou a ABPR devem
definir o que é ou não é resíduo e, assim, o
que pode ser feito com certos subprodutos
animais. Obviamente, não é de interesse da
indústria de processamento que gorduras
animais sejam consideradas um resíduo
quando tem um uso valioso, por exemplo, na
substituição de óleos combustíveis pesados
para combustão em plantas industriais.
Não pensem que a União Européia
abandonou sua posição regulatória rígida,
pois importantes provisões da ABPR
continuam em vigor, entre elas:
• classificação de subprodutos animais
em três categorias de acordo com o risco
envolvido;
• exclusão da cadeia alimentar de subprodutos
animais inadequados para consumo humano;
• a proibição de reciclagem intra-espécies;
• a regra de que apenas materiais originários
de animais submetidos a inspeção veterinária
no abatedouro podem entrar na cadeia
alimentar na criação de animais;
• a proibição do uso de restos de alimentos
humanos para animais, especialmente suínos.
Aqui está incluído óleo de cozinha usado que
deve ser mantido fora da cadeia alimentar
(ainda que possa ser utilizado como matéria
prima para biodiesel).
Material técnico gentilmente cedido pela Revista
Render (The National Magazine of Rendering),
edição Dezembro de 2009.
Reprodução autorizada pelo autor.
Tradução de Anna Maria Franco
Este novo regulamento é importante em
termos econômicos e é também importante
para a imagem de produtos processados. A
indústria de processamento precisa transmitir
a imagem de que fornece um serviço de
importância vital utilizando produtos que
poderiam ser considerados resíduos e
transformando os mesmos em subprodutos
valiosos. Há falta de ingredientes protéicos
para rações na UE, por exemplo, rações para
peixes e as proteínas animais processadas
poderiam atender à demanda crescente. A
União Européia deseja ser líder do mundo em
energia renovável – já 36% de suas gorduras e
proteínas animais vão para o setor de energia
(até 5% em biodiesel). A nova ABPR está no
rumo certo.
Já foi mencionado que há um movimento
gradual para mais afrouxamento das
restrições da UE quanto ao uso de proteínas
animais e subprodutos, mas isto está também
acontecendo a nível nacional.
(Alguns estados membros tinham
restrições que iam além das impostas pela
UE.)
Um exemplo do afrouxamento das regras
é a Alemanha que re-autorizou a inclusão de
todas as gorduras animais em rações para
não ruminantes. A nova regra entrou em vigor
em 4 de julho de 2009 e significa que cerca
de 400.000 toneladas de gorduras animais
por ano terão um novo mercado em potencial.
Além disto,a proibição alemã sobre gorduras
animais em todas as rações era também
aplicada a gorduras destinadas a exportação
– a Alemanha permitirá que suas gorduras
sejam exportadas para outros mercados da
UE.
Antes de ficar muito entusiasmado com
a nova ABPR, lembre que ela só entrará em
vigor no começo de 2011. E a nova ABPR não
é o fim da história; regulamentos detalhados
da implementação devem ser estabelecidos
antes que o sistema possa ser seja alterado.
A comissão pretende que haja um acordo
sobre as novas regras nos próximos meses
a fim que um novo conjunto de regras sobre
subprodutos animais possa ser utilizado nas
primeiras semanas de 2011.
Revista
Graxaria Brasileira
62
Revista
Graxaria Brasileira
63Caderno Técnico 3
ProcessadoresdeAvesFocalizamSegurançaeEconomiadeEnergia
Vinte e um anos atrás um pequeno grupo de
empresas de processadores de aves reuniu-se para
avaliar a produção e o marketing de subprodutos
de aves e para revisar os resultados da pesquisa
sobre o uso de farinha de penas na ração de gado
de corte, com dados que demonstraram um valor
protéico duas vezes maior que o da farinha de
soja. A implicação é que a farinha de penas seria
também valiosa para a ração de gado leiteiro. O
investimento nesta pesquisa teve um impacto
significativo sobre o mercado, o preço da farinha
de penas aumentou quando se constatou que seu
valor protéico era comparável ao da farinha de soja.
Desta primeira reunião originou-se o que é
agora o Conselho de Gordura e Proteína de Aves
(Poultry Protein and Fat Council-PPFC) da Associação
de Produtores de Aves e Ovos dos Estados Unidos
(U.S. Poultry and Egg Association). Todos os anos
o grupo se reúne para discutir o potencial do
mercado, necessidades de pes quisas e assuntos
operacionais; neste ano o foco do seminário foi o
papel do processamento na produção de carne e
novas tecnologias para economizar energia.
Gerald F. (J.J.) Smith Jr., presidente da Valley
Proteins, declarou que o processamento é uma
necessidade absoluta para a produção industrial
de carne,pois além de agregar valor à agricultura
animal é um método comprovado de eliminação
de doenças. Explicou que processadores contri-
buíram com 95% dos fundos para pesquisa da
Fundação para Pesquisas de Gorduras e Proteínas
(Fats and Proteins Research Foundation - FPRF), no
entanto 80% do valor retornou aos fornecedores de
subprodutos.
Processadores viram os preços mais altos
de gorduras em 2008 e de proteínas em 2009,
ainda que estes preços sejam mais baixos que
os da década de 70 e começo da década de 80
se considerarmos valor em dólares ajustados à
inflação.
Smith acredita que o crédito da mistura
alternativa ao combustível de sete centavos e meio
por libra acrescentou um valor significativo aos
produtos de gordura nos últimos anos, a despeito
da redução da produção de subprodutos devido
às perdas sofridas pelos principais processadores
de carne e aves. Salientou os novos desafios
para a indústria de processamento como créditos
de carbono, sustentabilidade de biocombustíveis, baixa produção de carne, aumento
de regulamentos sobre o meio ambiente e segurança alimentar e ativistas de direitos
animais. E, a despeito dos novos regulamentos sobre encefalopatia bovina espongiforme
dos Estados Unidos que tornaram alguns subprodutos de carne praticamente sem valor,
Smith estava otimista sobre o estado da indústria.
“É um momento entusiasmante e lucrativo para os processadores!” disse ele.
Tommy Bagwell, presidente da American Proteins, falou sobre seus mais de quarenta
anos de experiência como defensor do meio ambiente. Ele obteve uma das primeiras
permissões de uso do solo na Geórgia e a instalação de algumas das primeiras lagoas
anaeróbicas cobertas da indústria de processamento. Ele tem certeza de que lagoas
anaeróbicas são o melhor sistema de tratamento de efluentes no processamento de aves
e de que mais processadores deveriam usar biofiltros; com estes, a American Proteins
obteve muito sucesso, a despeito de algumas desvantagens como o monitoramento
constante. Bagwell disse que ter sido proativo e ter incorporado as relações com a
comunidade ajudou a companhia a ficar à frente de problemas ambientais, mas que
novos desafios continuam aparecendo. Atualmente ele trabalha para modificar a lei de
liberdade de criação aprovada na Geórgia que exclui as plantas de processamento da
posição de instalações de suporte a agricultura.
As pesquisas da indústria também foram discutidas no seminário, começando com
o Dr. Sergio Nates, presidente da FPRF, que estabeleceu uma meta alta, de um milhão
de dólares, para fundos de pesquisa durante o próximo ano fiscal, com objetivo de
apoiar projetos que focalizam o processamento térmico, proteção ao meio ambiente e
desenvolvimento de novos produtos. Wayne Hudson, presidente da PPFC, relatou que a
receita do conselho cresceu, mas despesas com pesquisas diminuíram devido ao menor
número de propostas recebidas. Entretanto, projetos de pesquisa anteriores da PPFC são
comprovadamente um sucesso, conforme indicado pelo aumento constante do valor da
farinha de penas.
Mudando de assunto para a segurança nas plantas de processamento Paul Schlumper,
George Tech Research Institute, alertou os participantes sobre a tendência em Washington,
DC, de tornar mais rígidas as leis sobre mão de obra. Como prova, mencionou o novo
programa nacional da Administração de Saúde e Segurança Ocupacional (Occupational
Safety and Health Administration-OSHA) que enfatiza a manutenção de registros de
dados sobre lesões e doenças registrados por empregadores, especialmente nas
indústrias de processamento de carne e aves. Ainda que o processamento não esteja na
lista de “indústria de escopo,” os processadores devem estar cientes do esforço e devem
garantir que estão reportando com precisão casos de lesões e doenças.
Schlumper focalizou também os riscos da poeira combustível. Os processadores
devem ter em mãos o documento NEP da OSHA sobre poeira combustível e uma cópia
da norma 654 da Associação Nacional de Proteção contra Incêndios (National Fire
Protection Association) que a OSHA usa em suas recomendações. Schlumper enfatizou a
necessidade de eliminar um ou mais dos cinco requisitos para explosão – combustível,
ignição, confinamento, oxigênio, e dispersão – para reduzir riscos.
O seminário PPFC teve também uma sessão em duas partes sobre nova tecnologia
para economia de energia. Steve Heitert, Armstrong International, discutiu o uso de
bombas de vapor para retorno do condensado e Aspie Gowadia, Spirax Sarco, descreveu
sistemas de retorno do condensado a altas pressões.
Em outra sessão, sobre eficiência energética nas plantas de processamento,
Steve Phillips, Haarslev, e David Lilly, The Dupps Company, compararam o cozimento
convencional com evaporadores de calor perdido e evaporadores de pasta. Roger
Sorel, Electric Energy Conservation Company, e Joe Ribovich e Erin Weeks, Baldor
Electric Company, discutiram a eficiência de motores enquanto Bill Meffert, Georgia
Tech Economic Development Institute, descreveu ferramentas de eficiência energética
disponíveis no Departamento de Energia dos Estados Unidos em www1.eere.energy.gov/
industry.
Por Tina Caparella
Revista
Graxaria Brasileira
65Ponto de VistaPor Alexandre Ferreira
Alexandre FerreiraConsultor Técnico em Processos Industriais.
RECICLAGEM Será que a atividade de processar subprodutos de
origem animal pode ser enquadrada como Reciclagem ?
Quem procura no dicionário Aurélio encontra uma
definição sucinta: reciclagem significa “tratamento de
resíduos, ou de material usado, de forma a possibilitar
sua reutilização”.
Fui procurar o pai dos burros modernos, o Google e
digitei : Definição de reciclagem.
Encontrei 686.000 resultados para a minha busca. Li
de 30 a 40, triturei, cozinhei, prensei, esterilizei e
depois de peneirar tirei isto aqui :
“A reciclagem é o termo genericamente utilizado para
designar o reaproveitamento de materiais beneficiados
como matéria-prima para um novo ...”
O Ministério da Agricultura define a nossa matéria
prima como sendo resíduos animais.
Processamos os resíduos da indústria da carne
de modo a possibilitar sua reutilização em outros
processos seja dentro da cadeia de produção de carne ou
cadeias diversas como energia ( biodiesel ), higiene e
limpeza , óleo químicas entre outras.
Graxaria é uma indústria de Reciclagem.
A conclusão é clara, porém buscar o reenquadramento
da atividade pode ser um pouco mais difícil. Trata-se,
no entanto, de um caminho que pode ser extremamente
benéfico para as empresas pois este seria o ponto
de partida para buscar incentivos fiscais, linhas de
crédito especiais, entre outras vantagens.
Já existe pelo menos uma iniciativa neste sentido,
mas o setor de maneira organizada pode obter resultados
mais efetivos.
Pense nisso e até a próxima.
64 Agenda
V FEnaGRa - FEiRa naCiOnal DaS GRaxaRiaSData: 25 e 26 de Março de 2010.
Local: São Paulo (SP)
Site: www.fenagra.com.br
ix WORKSHOP EMBRaPa / SinCOBESPData: 25 e 26 de março de 2010.
Local: São Paulo – SP
Site: www.fenagra.com.br
aQuaCultuRE 2010Data: 01 a 05 de Março de 2010.
Local: San Diego, CA.
Site: www.was.org
12tH annual intERnatiOnal COnFEREnCE On aBOVEGROunD StORaGE tanKSData: 02 a 04 de Março de 2010.
Local: Orlando, FL.
National Institute for Storage Tank
Management’s
Site: www.nistm.org
natiOnal GRain anD FEED aSSOCiatiOn 114tH annual COnVEntiOnData: 03 a 05 de Março de 2010.
Local: Maui, HI - USA.
Site: www.ngfa.org
aMERiCan FEED inDuStRy aSSOCiatiOn’S PuRCHaSinG anD inGREDiEnt SuPPliERS COnFEREnCEData: 10 a 12 de Março de 2010.
Local: San Antonio, TX – USA
Site: www.afia.org
natiOnal inStitutE FOR aniMal aGRiCultuRE annual MEEtinGData: 15 a 17 de Março de 2010.
Local: Kansas City, MO (USA).
Site: www.animalagriculture.org
WORlD BiOFuElS MaRKEtSData: 15 a 17 de Março de 2010.
Local: Amsterdam (Holanda).
Site: www.worldbiofuelsmarkets.
com
31º COnGRESSO BRaSilEiRO Anclivepa
Data: de 17 a 20 de Abril de 2010.
Local: Belém – PA
www.anclivepa2010.com.br
GlOBal FEED anD FOOD iii COnGRESS MExiCO 2010Data: 20 a 23 de Abril de 2010.
Local: Cancun, México.
The National Renderers Association
and World Renderers Organization
will be participating and offering a
breakout seminar.
Site: www.globalfeed-food.com/
english/index.html
natiOnal REnDERERS aSSOCiatiOn (nRa) SPRinG MEEtinGData: 27 a 29 de Abril de 2010.
Local: Cincinnati, OH (USA)
E-mail: NRA at renderers@
nationalrenderers.com.
EuROPEan Fat PROCESSORS anD REnDERERS aSSOCiatiOn 2010 COnGRESSData: 02 a 05 de Junho de 2010.
Local: Budapest (Hungria).
Site: www.efpra2010.org
natiOnal REnDERERS aSSOCiatiOn CEntRal REGiOn COnVEntiOnData: 09 a 11 de Junho de 2010.
Local: Green Lake, WI.
Fone: (815) 744-1453 or e-mail
9ª PEt SOutH aMERiCaData: de 06 a 08 de Outubro de
2010.
Local: São Paulo – SP
www.petsa.com.br
Horário: das 13 hrs as 21 hrs
natiOnal REnDERERS aSSOCiatiOn 77tH annual COnVEntiOnData: 26 a 29 de Outubro de 2010.
Local: Naples, FL - USA.
Site: www.nationalrenderers.org
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AboissaTel. (11) 3353-3000E-mail: [email protected] AbraTel. (61) 4501-7199E-mail: [email protected] www.abra.ind.br AligraTel. (12) 3632-1011www.aligra.com.br Anhembi Agro IndustrialTel. (11) 3685-8907E-mail: [email protected] BDI Biodiesel Internationalwww.bdi-biodiesel.com BovimexTel. (14) 3413-2700www.bovimex.com.br BraidoTel. (11) 4368-4933E-mail: [email protected] Braskor / HollbrasTel. (19) 3289-2384 E-mail: [email protected] Celgon AgroindustrialTel. (51) 3447-5677E-mail: [email protected] ChibrascenterTel. (11) 5521-3373E-mail: [email protected]
Dupps CompanyTel. (+1) 937-855-6555www.dupps.com Eurotec NutritionTel. (48) 3279-4000 E-mail: [email protected] FarimaTel. (44) 3544-1292E-mail: [email protected] www.farima.com.br FolemTel. (46) 3544-2000E-mail: [email protected] www.folem.com.br Frigorífico ArgusTel. (41) 3382-3883E-mail: [email protected] www.frigorificoargus.com.br GavaTel. (11) 3105-2146E-mail: [email protected] www.joaogava.com.br GiglioTel. (11) 4368-1822 E-mail: [email protected] www.giglio.com.br Grande Rio ReciclagemTel. (21) 2765-9550E-mail: [email protected] www.grgrupo.com.br Grupo BraidoTel. (11) 4227-9500E-mail: [email protected]
Haarslev / Tremesa BrasilTel. (41) 3389-0055E-mail: [email protected] www.haarslev.com Impropel / ColossoTel. (41) 3525-9797 E-mail:[email protected]: [email protected] Informe Agro BusinessTel. (11) 3853-4288E-mail: [email protected] www.agroinforme.com.br IpufolTel. (49) 3449-0372E-mail: [email protected] IxonTel. (55) 3512-6654www.ixon.ind.br E-mail: [email protected] Julian MáquinasTel. (14) 3621-6937E-mail: [email protected] LDS MáquinasTel. (14) 2104-3200 E-mail: [email protected] Martec – Grupo SJGTel. (14) 3342-3301 Tel. (11) 4018-4222 Moinhos GVTel. (11) 3965-6928E-mail: [email protected]
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