Edição 06 - Revista de Agronegócios - Novembro/2006

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Edição 06 - Revista de Agronegócios - Novembro/2006

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Vai faltar café nos próximos anos?Vai faltar café nos próximos anos?Vai faltar café nos próximos anos?Vai faltar café nos próximos anos?Vai faltar café nos próximos anos?Os últimos dias tem sido impor-

tantes para o mercado futuro do café.Adversidades climáticas, previsão dequebra para a próxima safra nacional,avidez por terras devido à ‘explosão’dos biocombustíveis em todo o país e aprojeção da ampliação no consumomundial são fatores que podem pro-vocar uma alteração drástica nos meiosde produção no Brasil e no mundo.

Retratamos nesta edição infor-mações importantes à respeito da pro-jeção de quebra da próxima safra de ca-fé no Brasil, principalmente em MinasGerais.

A safra recorde (mais uma vez) dacana-de-açúcar neste ano e a ampliaçãodo programa de biocombustíveis do go-verno federal tem provocado rápidasalterações nos cenários agrícolas dasprincipais regiões agrícolas do centro-sul.

Mas é o aumento do consumo percapita de café no mundo que tem sidoobservado como um dos principaisfatores de incentivo à lavoura cafeeira.

Não vamos falar aqui das dificul-dades. Nem as técnicas, nem a falta deapoio do governo federal. Mesmo por-que a forte atuação do CNC - ConselhoNacional do Café nos últimos mesesminimizaram um pouco a falta de visãodos governantes.

Vamos falar do aumento no con-sumo mundial do produto.

Maior produtor de café do mun-do, o Brasil ocupa também a primeiracolocação no consumo do produto. Edisparado na frente. Só para se ter umaidéia, o Vietnã - segundo maior produ-tor mundial de café - consome apenas6% do que produz, enquanto que o

mercado brasileiro absorve 45% daprodução nacional.

Especialistas apontam, ainda, umpotencial de crescimento da ordem de31% no consumo do brasileiro. Em umfuturo próximo, praticamente toda aprodução brasileira será inteiramenteabsorvida pelo mercado interno.

Recentemente, a OIC - Organiza-ção Internacional do Café contratouuma empresa brasileira para elevar oconsumo em países produtores combaixo percentual de consumo, como éo caso da Índia, Indonésia e México.

Juntos, estes países têm populaçãode 1,5 bilhão de pessoas e consomemhoje 5 mihões de sacas. A previsão é deque esse volume suba para 7 ou 9 mi-lhões de sacas em cinco anos.

Analisando todo este cenário, oque podemos dizer? Vai faltar café nomercado? Teremos preços melhores?Aguardemos 2007. Mas não podemosnegar. A cafeicultura continuará sendouma excelente opção para o produtorrural.

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CADASTROCADASTROCADASTROCADASTROCADASTRO... Sou encarregado de planejamento e controlesagrícolas da Usina Colorado. Tive oportunidade deconhecer o número 5 da Revista de Agronegócios econsidero uma publicação importante para a região.

José Pedrosa de PaulaJosé Pedrosa de PaulaJosé Pedrosa de PaulaJosé Pedrosa de PaulaJosé Pedrosa de PaulaUsina Colorado

Guaíra (SP)

...Trabalho com cafeicultura e horticultura e gostariade receber a revista.

Sálvio Antunes PereiraSálvio Antunes PereiraSálvio Antunes PereiraSálvio Antunes PereiraSálvio Antunes PereiraSão Sebastião do Paraíso (MG)

...Gostaria de receber a revista.Cacildo BizinottoCacildo BizinottoCacildo BizinottoCacildo BizinottoCacildo Bizinotto

Agrosementes Sacramento Ltda.Sacramento (MG)

...A revista traz assuntos de meus interesses.Herbert de Paula MoreiraHerbert de Paula MoreiraHerbert de Paula MoreiraHerbert de Paula MoreiraHerbert de Paula Moreira

Assistente Agropecuário - Rifaina (SP)

Cartas ou e-mails para a revista, com crí-ticas, sugestões e agradecimentos devem serenviados com: endereço, município, nú-mero de RG e telefone, para Editora AttaleaAgronegócios:- Rua Eduardo Garcia, 1921,Residencial Baldassari. CEP 14.401-260 -Franca (SP) ou através do [email protected]

SUGESTÕESSUGESTÕESSUGESTÕESSUGESTÕESSUGESTÕES... Gostaria de orientações mais detalhadassobre a produção de frangos de corte.

Januário Silva MendesJanuário Silva MendesJanuário Silva MendesJanuário Silva MendesJanuário Silva Mendesagricultor - Ribeirão Corrente (SP)

Caro Sr. Januário, sua sugestão foi anotadae, em breve a Revista Attalea Agronegóciosiniciará uma série de reportagens sobreavicultura, tanto na produção de frangos decorte, quanto na produção de ovos.

... Gostaria de aprender sobre as questõesambientais na área rural, em linguagem aces-sível e que possa orientar os produtores.

Mário José de AlmeidaMário José de AlmeidaMário José de AlmeidaMário José de AlmeidaMário José de Almeidaagricultor - Batatais (SP)

Caro Sr. Mário, agradecemos a sugestão.Achamos muito importante a abertura desteespaço. Sua sugestão foi anotada.

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A Revista Attalea Agronegócios, registrada noRegistro de Marcas e Patentes do INPI, é

uma publicação mensal, com distribuição gratuita,reportagens atualizadase foco regionalizado

na Alta Mogiana paulista eno Sudoeste de Minas Gerais.

TIRAGEM3 mil exemplares

EDITORA ATTALEAREVISTA DE AGRONEGÓCIOS LTDA.

CNPJ nº 07.816.669/0001-03Inscr. Municipal 44.024-8

Rua Eduardo Garcia, 1921, Resid. BaldassariFranca (SP) - Tel. (16) 3723-1830

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DIRETOR E EDITOREng. Agrº Carlos Arantes Corrêa

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DIRETORA COMERCIALAdriana Silva Dias

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JORNALISTA RESPONSÁVELRejane Alves MtB 42.081 - SP

PUBLICIDADESérgio Berteli Garcia (16) 9965-1977Adriana Silva Dias (16) 9967-2486

ASSESSORIA JURÍDICARaquel Aparecida Marques

OAB/SP 140.385

FOTOS e PROJETO GRÁFICOEd. Attalea Revista de Agronegócios

COLABORADORESMéd. Vet. Josiane Hernandes Ortolan

Prof. Édson Ramos de SiqueiraDr. Paulo de Souza GonçalvesDrª Laura Maria Molina Melletti

Drª Priscilla AndradeCibele Aguiar

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www.graficacristal.com.br

CONTABILIDADEEscritório Contábil Labor

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É PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTALDE QUALQUER FORMA, INCLUINDO OS MEIOS

ELETRÔNICOS, SEM PRÉVIAAUTORIZAÇÃO DO EDITOR.

Os artigos técnicos e as opiniões e conceitosemitidos em matérias assinadas são de

inteira responsabilidade de seus autores,não traduzindo necessariamente a opinião da

REVISTA ATTALEA AGRONEGÓCIOS.

PECUÁRIADE CORTESisbov entraem nova fase

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CAFÉCafeicultor deFortaleza deMinas (MG)conquista o12º ConcursoCafé deQualidadeCooparaíso

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19 CITROSNutrição e alternância desafras nos citros

SERINGUEIRAEfeito do porta-enxerto nocrescimento e produção

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26 OVINOSProdução de carne de cordeiro

Foto da Capa:Editora Attalea

Parreiral deHermes e AnaTolói, emPatrocínioPaulista (SP)

...Gostaria de receber a revista.Carla Hespanhol de SousaCarla Hespanhol de SousaCarla Hespanhol de SousaCarla Hespanhol de SousaCarla Hespanhol de Sousa

Horticultora - Carmo do Rio Claro (MG)

BIODIESELA próximarevolução nocampo

10 LEITEAlimentos parabovinos de leite

7 LEITEOs 5 passos da rentabilidade leiteira:produção de leite e sólidos (gorduras)

10 CAFÉCooxupé estima quebra de 37% em 2007

18 UVAInício da colheita emPatrocínio Paulista (SP)

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Sérgio Alves TorquatoSérgio Alves TorquatoSérgio Alves TorquatoSérgio Alves TorquatoSérgio Alves Torquato11111

A crescente preocupa-ção mundial com os desdo-bramentos da geração deenergia, não só por fatoresambientais como tambémpor estar baseada em pro-dutos não renováveis en-contra nos biocombustíveisuma alternativa para geraçãode energia a partir de pro-dutos renováveis e menosagressivos ao meio ambiente.

Dessa forma, o biodie-sel vem ganhando espaço na pauta dediscussão e recentemente foi oficial-mente inserido na matriz energéticabrasileira.

O biodiesel pode ser obtido pordiferentes processos tais como o cra-queamento, a esterificação ou pelatransesterificação. Pode ser produzidoa partir de gorduras animais ou de óleosvegetais, existindo dezenas de espéciesvegetais no Brasil que podem ser utili-zadas, significando assim, uma estra-tégia para o setor agrícola brasileiro,geradora de emprego, renda e desen-volvimento. Também, uma alternativaeconômica as flutuações de preçosinternacionais para a soja.

Em estudo desenvolvido pelospesquisadores científicos Sérgio AlvesTorquato e Renata Martins, ambos doIEA - Instituto de Economia Agrícola,procurou-se avaliar as possibilidades deampliação da produção paulista deamendoim visando incrementar a ofer-ta de óleos vegetais para compor a mis-tura de biodiesel.

A análise baseou-senas características docultivar IAC Caiapó, comalto teor de óleo e boaprodutividade, e em pro-jeções de área plantadacom cana-de-açúcar con-siderando a atual dinâ-mica de produção doamendoim no estado de

São Paulo, que encontra espaço narenovação de canaviais.

Quando da adoção do cultivar IACCaiapó, a oferta de óleo alcançaria, em2006, 1,1 bilhões de litros (Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1), apartir da área plantada estimada em 550mil hectares, que corresponderia a 15%da área plantada com cana-de-açúcar(3,69 milhões de hectares).

Em 2008, a partir da projeção de4,30 milhões de hectares destinados aprodução paulista de cana-de-açúcar,seria possível renovar 0,64 milhões dehectares com lavouras de amendoim,resultando na produção de 1,27 bilhõesde litros de óleo.

Para 2010, as simulações apontampara uma produção de 1,62 bilhões delitros de óleo, a partir da produção de3,70 milhões de toneladas de grãos deamendoim para 0,81 milhões de hecta-res de área plantada em renovação decanaviais de um total de 5,40 milhões/ha para produção de cana-de-açúcar.

Segundo a Agência Nacional dePetróleo, Gás Natural e Biocom-

bustíveis (ANP), o consumo dediesel no Brasil, em 2005, foida ordem de 40 bilhões delitros. Para suprir a demanda debiodiesel na proporção deintermediária de 2% seriamnecessários 800 milhões delitros e para a mistura de 5%esse volume aumenta para 2bilhões de litros.

Assim, a partir dos re-sultados obtidos neste estudo,acredita-se que a renovação doscanaviais paulistas com oamendoim poderá ser uma

opção para o fornecimento de matéria-prima ao biodiesel, não só por apre-sentar condições de logística pela proxi-midade com as usinas de álcool, mastambém como uma forma de incre-mentar a produção do grão gerandoemprego e renda para os pequenos pro-dutores. Por outro lado para aprofundaro presente estudo, seria interessanteconsiderar outras oleaginosas e algunsaspectos importantes para condução deuma futura análise.

Alguns fatores determinarão quaisas oleaginosas serão mais adequadaseconomicamente para produção debiodiesel, H-bio ou simplesmente bio-combustíveis, dentre eles, podemosrelacionar: localização da planta indus-trial para produção do biocombustível;logística de transporte e distribuição;custo de produção, produtividade evolume de produção das oleaginosas;instalações e localização da agroin-dústria esmagadora; escala de produção;utilização econômica dos subprodutosobtidos após a extração do óleo; e preço

do óleo.De antemão pode-

mos apontar a soja, comode maior potencial nocurto prazo, devido aosfatores já mencionados.Mas no médio e longoprazo outras oleaginosas,poderão tomar a dianteirae também por preencheralguns fatores que forammencionados anterior-mente.

Renovação de Canaviais: Alternativa para o Biodiesel eRenovação de Canaviais: Alternativa para o Biodiesel eRenovação de Canaviais: Alternativa para o Biodiesel eRenovação de Canaviais: Alternativa para o Biodiesel eRenovação de Canaviais: Alternativa para o Biodiesel ea Produção de Amendoim no Estado de São Paulo.a Produção de Amendoim no Estado de São Paulo.a Produção de Amendoim no Estado de São Paulo.a Produção de Amendoim no Estado de São Paulo.a Produção de Amendoim no Estado de São Paulo.

1 - Pesquisador Científico. IEA -Instituto de Economia Agrícola.São Paulo (SP). Email: storquato@iea. sp.gov.br.

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1 - Professora Mestre, pesquisadora e docente docurso de Agronegócios da Unifran - Universidadede Franca. Email: [email protected] .

2 - Aluna do curso de Agronegócios da Unifran -Universidade de Franca.

Priscilla AndradePriscilla AndradePriscilla AndradePriscilla AndradePriscilla Andrade11111

Maria de Fátima Malaspini SilveiraMaria de Fátima Malaspini SilveiraMaria de Fátima Malaspini SilveiraMaria de Fátima Malaspini SilveiraMaria de Fátima Malaspini Silveira22222

A febre da energia limpa é ali-mentada por três fatores: petróleo caro,temores em relação à segurança ener-gética e preocupação com o aque-cimento global. Aplicado a esse contex-to atual surge a oportunidade de inves-timentos em biodiesel.

O Biodiesel é um combustívelbiodegradável derivado de fontesrenováveis, que pode ser obtido por di-ferentes processos tais como o cra-queamento, a esterificação ou pelatransesterificação. Produzido a partir defontes totalmente renováveis, especial-mente quando tem como suas matérias-primas etanol (ao invés de metanol) eum óleo qualquer de origem vegetal(mamona, soja, girassol) ou animal(como sebo). Há dezenas de espéciesvegetais no Brasil das quais se podeproduzir o biodiesel, tais como mamo-na, dendê (palma), girassol, babaçu,amendoim, pinhão manso e soja, dentreoutras.

O biodiesel substitui total ou par-cialmente o óleo diesel de petróleo emmotores ciclodiesel automotivos (decaminhões, tratores, camionetas, auto-móveis, etc) ou estacionários (geradoresde eletricidade, calor, etc). Pode serusado puro ou misturado ao diesel emdiversas proporções. A mistura de 2%de biodiesel ao diesel de petróleo échamada de B2 e assim sucessivamente,até o biodiesel puro, denominado B100.

Talvez, o fato mais relevante arespeito do biodiesel é que ele podecooperar para o desenvolvimentoeconômico regional brasileiro, na me-dida em que se possa explorar a melhoralternativa de fonte de óleo vegetalespecífica de cada região. O consumodo biodiesel em lugar do óleo diesel

baseado no petróleo podeclaramente diminuir a de-pendência ao petróleo, con-tribuir para a redução da po-luição atmosférica, já que contém me-nores teores de enxofre e outrospoluentes, além de gerar alternativas deempregos em áreas geográficas menospropícias para outras atividades econô-micas e, desta forma, promover a inclu-são social.

A necessidade de reduzir a polui-ção ambiental deu outro impulsoimportante. Em 2005, os países daUnião Européia usaram pelo menos 2%de combustíveis renováveis. Em 2010,esse percentual será de 5% e crescerágradativamente. A Alemanha é respon-sável por mais da metade da produçãoeuropéia de combustíveis e já conta comcentenas de postos que vendem obiodiesel puro (B100), com plenagarantia dos fabricantes de veículos. Ototal produzido na Europa já ultrapassa1 bilhão de litros por ano, tendocrescido à taxa anual de 30% entre 1998e 2002.

Essa tendência deverá continuar,mesmo que a taxas menores, o quepoderá abrir um mercado importan-tíssimo para os produtores de biodiesel,como se busca iniciar e consolidar noBrasil. Já foi decidido que a partir de2008 o diesel comercializado no Brasilterá em sua composição 2% de misturado combustível vegetal. Após 2013, essepercentual deve passar para 5%.Estima-se que com a mistura em 2% omercado de biodiesel atinja 1 bilhão de

litros, volume que deve ultrapassar 2.7bilhões de litros por ano quando opercentual for elevado para 5%.

Além disso, a produção de bio-diesel possibilita pleitear financia-mentos internacionais em condiçõesfavorecidas, no mercado de créditos decarbono, sob o Mecanismo de Desen-volvimento Limpo (MDL), previsto noProtocolo de Kyoto.A vantagem consis-te, basicamente, em financiar empre-endimentos que contribuam parareduzir a emissão de gases causadoresdo efeito estufa tais como o gás carbô-nico e o enxofre, dentre outros. Assim,os empreendimentos são financiadosem condições especiais, como estímuloà sua contribuição para a melhoria dascondições ambientais do Planeta.

Sem dúvida alguma, o biodieselconstitui numa excelente oportunidadede negócios porém, como diz o ditadopopular, ‘quem chega primeiro bebeágua limpa’. O pioneirismo poderágarantir uma vantagem competitivasustentável e assegurar uma novarevolução no campo.

Biodiesel: a próximaBiodiesel: a próximaBiodiesel: a próximaBiodiesel: a próximaBiodiesel: a próximarevolução no camporevolução no camporevolução no camporevolução no camporevolução no campo

Várias culturas estão sendo estudadas quanto àVárias culturas estão sendo estudadas quanto àVárias culturas estão sendo estudadas quanto àVárias culturas estão sendo estudadas quanto àVárias culturas estão sendo estudadas quanto àprodutividade a campo e no processo deprodutividade a campo e no processo deprodutividade a campo e no processo deprodutividade a campo e no processo deprodutividade a campo e no processo deextração do óleo, como o Girassol (acima),extração do óleo, como o Girassol (acima),extração do óleo, como o Girassol (acima),extração do óleo, como o Girassol (acima),extração do óleo, como o Girassol (acima),Pinhão-Manso (ao alto) e a Mamona (ao lado).Pinhão-Manso (ao alto) e a Mamona (ao lado).Pinhão-Manso (ao alto) e a Mamona (ao lado).Pinhão-Manso (ao alto) e a Mamona (ao lado).Pinhão-Manso (ao alto) e a Mamona (ao lado).

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Os cinco passos para a rentabilidade na produção leiteiraOs cinco passos para a rentabilidade na produção leiteiraOs cinco passos para a rentabilidade na produção leiteiraOs cinco passos para a rentabilidade na produção leiteiraOs cinco passos para a rentabilidade na produção leiteira3º passo: Produção de Leite e de Sólidos (gorduras)3º passo: Produção de Leite e de Sólidos (gorduras)3º passo: Produção de Leite e de Sólidos (gorduras)3º passo: Produção de Leite e de Sólidos (gorduras)3º passo: Produção de Leite e de Sólidos (gorduras)

1 - Engenheiro Agrônomo e Gerente do ProdutoLeite da Lagoa da Serra, Sertãozinho (SP). Email:[email protected]

Wiliam TabchouryWiliam TabchouryWiliam TabchouryWiliam TabchouryWiliam Tabchoury11111

Nos três primeirosartigos da série “Os cincoOs cincoOs cincoOs cincoOs cincopassos para a rentabilidadepassos para a rentabilidadepassos para a rentabilidadepassos para a rentabilidadepassos para a rentabilidadena produção leiteirana produção leiteirana produção leiteirana produção leiteirana produção leiteira”,discorremos sobre a filo-sofia de melhoramento ge-nético de bovinos leiteirosdesenvolvido pela nossamatriz na Holanda, a Hol-land Genetics (HG), e tra-tamos, ainda, dos dois pri-meiros passos que influen-ciam no resultado técnicoe econômico das matrizesleiteiras, tais como a Dura-bilidade, Sanidade de Úbe-re e Fertilidade. Falaremos, nesta edi-ção, do terceiro passo da rentabilidade:o que determina a receita do fazendeiro.

Trata-se, portanto, da produção deleite e de sólidos (gordura e proteína),que exerce enorme influência genéticano aumento do volume de leite produ-zido e do seu respectivo nível e quanti-dade de sólidos (gordura e proteína).

Para tanto, as provas dostouros da HG exibem cin-co parâmetros básicos re-lativos ao seu mérito ge-nético para produção deleite e de sólidos, ou seja:

a) - Quantidade de Leite(kg Leite);

b) - Nível de Gordura (%de Gordura);

c) - Nível de Proteína(% de Proteína);

d) - Quantidade de Gor-dura (kg de Gordura);

e) - Quantidade de Pro-teína (kg de Proteína).

Tais indicadores técnicos são cal-culados através da diferença obtidaentre o desempenho produtivo médiodas filhas de um touro num deter-minado país (produção de leite e nívelde sólidos), quando comparado à média

Tabela 1. Produção de Leite e de Sólidos de Vacas Holandesas Preto e Branco.

PAÍS Número Vacas

Número Vacas

Controle Leiteiro

% Vacas Controle Leiteiro

Produção Leite (kg 305 dias)

% G kg G % P kg P kg G+P

Ano

EUROPA

HOLANDA 653.449 620.777 95 8514 4.34 369 3.45 294 663 2004/2005

Alemanha 2.250.000 2.049.263 91 8222 4.19 345 3.42 281 626 2003/2004

Itália 1.616.600 1.100.543 68 8592 3.71 319 3.32 285 604 2004

Espanha 1.158.000 526.339 45 8721 3.67 320 3.15 274 594 2005

Inglaterra 1.967.450 532.332 27 8085 4.04 327 3.24 262 589 2005

França 2.500.000 1.887.167 75 7397 3,96 293 3,31 244 537 2005

AMÉRICA DO NORTE

Canadá 1.001.703 689.217 69 9721 3.68 355 3.21 311 666 2004

EUA 8.559.500 3.877.315 45 9861 3.65 362 3.06 303 665 2004

OCEANIA

Austrália 1.680.000 704.000 42 6418 3.88 249 3.25 209 458 2003/2004

Nova Zelândia 1.285.855 89.259 7 4957 4.07 202 3.38 168 370 2001/2002

Fonte: World Holstein-Friesian Federation, 2006 (http://www.whff.info).Onde: G = Gordura e P = Proteína.

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Tabela 2. Produção das Vacas Holandesas Preto e Branco na Holanda (305 dias).

Ano Número Vacas kg Leite % Gordura % Proteína Kg G+P2005 620.777 8.514 4,34 3,45 6632000 761.035 8.222 4,30 3,43 6351995 708.218 7.584 4,44 3,46 5991990 739.220 7.122 4,42 3,43 559

Fonte: NRS, 2006 (http://www.nrs.nl).

de produção de todoo rebanho de vacasdaquela mesma na-ção onde este repro-dutor foi provado.

Do ponto devista de foco de me-lhoramento genéticode bovinos leiteirospara produção, o mundoatual se encontra divididoem dois grandes blocos: aEuropa, que busca o cres-cimento simultâneo daprodução e do nível de só-lidos do leite (gordura eproteína), e a América do Norte (EUAe Canadá), que está trabalhando basi-camente no aumento do volume de lei-te, sem se importar tanto com a eleva-ção do nível de sólidos.

Na tabela 1tabela 1tabela 1tabela 1tabela 1, podemos constatarque a Holanda detém a liderançaeuropéia na produção de sólidos: kgGordura (G) mais kg Proteína (P). Poroutro lado, Estados Unidos e Canadátrabalham com elevadas produções deleite, mas com baixo nível de sólidos.

Finalmente, embora na Oceaniaas produções leiteiras sejam bem maisbaixas daquelas registradas nos demaispaíses, o nível de sólidos é ligeiramentesuperior aos encontrados nos EUA eCanadá e bem abaixo da Holanda. Istoprova que na Holanda atingiu-seelevadas produções leiteiras e com altosníveis de sólidos (gordura e proteína).

Vale destacar que os touros da HGvêm das famílias de vacas mais produ-tivas e com mais elevado nível de sóli-dos do mundo.

Na tabela 2tabela 2tabela 2tabela 2tabela 2, pode-se comprovar aevolução da produção de leite e desólidos das vacas holandesas na Holandanos últimos 15 anos.

Quando se busca o aumento dopotencial genético paraprodução de leite, utiliza-se predominantemente oparâmetro kg de leite.Entretanto, caso o obje-tivo seja a elevação simul-tânea da produção deleite e do nível e quanti-dade de sólidos do reban-ho, deve-se optar, prefe-rencialmente, pela esco-lha de touros com osperfis listados a seguir:

1) Positivos para kg de leite epositivos para % de gordura e % deproteína ou;

2) Positivos para kg de leite epositivos para kg de gordura e kg deproteína.

Desta forma, há como direcionaradequadamente o melhoramento gené-tico visando uma elevação da produçãode leite e de sólidos. Para melhor exem-plificar os efeitos práticos da utilizaçãode touros com diferentes perfis de pro-dução de leite e de sólidos, apresen-tamos a seguir os resultados alcançadoscom a utilização de três touros comcaracterísticas distintas em um re-banho de 100 vacas, com produçãoinicial média de 8.200 kg de Leite (em305 dias), com 3,70% de Gordura e3,25% de Proteína.

A tabela 3tabela 3tabela 3tabela 3tabela 3 mostra as diferençasexistentes nas provas de produção detrês touros distintos:

Pelos resultados da tabela acima,têm-se três touros com diferentes perfisde produção:

1) - Addison:1) - Addison:1) - Addison:1) - Addison:1) - Addison: elevada produçãode leite (kg de leite) e negativo para %de G e % de P. Entretanto, ele apre-senta resultados positivos para kg de G

e kg de P. Touro comperfil para elevação daprodução de leite equantidade de sólidos;

2) - Harry:2) - Harry:2) - Harry:2) - Harry:2) - Harry: me-diana produção leiteira(kg de leite), bastantepositivo para % G, % P,kg G e kg P. Touro com

perfil para elevação daprodução de sólidos.

3)- Hokes:3)- Hokes:3)- Hokes:3)- Hokes:3)- Hokes: medianaprodução leiteira (kg deleite), negativo para % G, %P, kg G e kg P. Touro comperfil para redução no nível

e na quantidade de sólidos.De posse destas informações,

pode-se calcular os resultados advindosda utilização hipotética de um dessestouros em 100% do rebanho.

Como era de se esperar, as filhasde Hokes vão apresentar um ligeirocrescimento na produção de leite, comredução significativa no nível (% e/oukg) de sólidos (G e P).

Por outro lado, filhas do Addisonvão produzir muito mais leite, comligeira redução no nível percentual desólidos e aumento na quantidade de Ge de P. Finalmente, filhas do Harrymostrarão ligeiro aumento da produçãode leite, com significativa elevação nonível e na quantidade de sólidos (% oukg G e de P).

Como efeito comparativo, consi-derou-se para o cálculo dos resultadoscontidos na tabela 5tabela 5tabela 5tabela 5tabela 5 dois mercadosdistintos para a venda do leite:

a)a)a)a)a) - Mercado de Leite Fluido:- Mercado de Leite Fluido:- Mercado de Leite Fluido:- Mercado de Leite Fluido:- Mercado de Leite Fluido:pagando-se exclusivamente pelo volu-me de leite entregue, à proporção deR$ 0,55/kg de leite;

b)b)b)b)b) - Mercado de Sólidos:- Mercado de Sólidos:- Mercado de Sólidos:- Mercado de Sólidos:- Mercado de Sólidos:remunerando-se pelo volume de leite(R$ 0,5206/kg de leite), acrescidos do

diferencial do nível desólidos. Para tanto, traba-lhou-se com bonificaçãoacima de 3,09% para Pro-teína e maior que 3,29% para% de Gordura, baseados noSistema de Valorização daQualidade (SVQ) da DPA emvigor no Brasil (http://www.dpam.com.br/produtor).

Os resultados da tabelatabelatabelatabelatabela55555 comprovam claramente osseguintes fatos:

Tabela 3. Provas de Três Diferentes Touros da Holland Genetics.

Touro kg % % kg kgLeite Gordura Proteína Gordura Proteína

Addison 2.527 -0,83 -0,24 21 61Harry 574 0,35 0,32 55 47Hokes 320 -0,48 -0,14 -26 -1

Fonte: Lagoa, 2006 (http://www.lagoa.com.br).

Tabela 4. Efeito no Rebanho (usando em 100% mesmo).

Produção Média Filhas Filhas FilhasRebanho Hokes Addison Harry

kg Leite 8200 8360 9464 8487% Gordura (G) 3,70 3,46 3,29 3,88% Proteína (P) 3,25 3,18 3,13 3,41kg Gordura 303 289 311 329kg Proteína 267 266 296 289kg G + P 570 555 607 618Hokes = perfil mediano para produção leiteira e negativo para sólidos;Addison = perfil elevado para produção leiteira e kg de sólidos;Harry = perfil mediano para produção leiteira e elevado para sólidos.

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1) Deve-se evitara utilização de tourosnegativos para sólidos(nível e quantidade), in-dependentemente dacaracterística do mer-cado onde se esteja tra-balhando, ou seja, ha-vendo ou não o dife-rencial de recebimentopelo nível e quantidadede sólidos;

2) Touros comelevado mérito genéticopara kg de leite, kg degordura e kg de proteínapodem gerar resultados excelentes emambos os mercados que pagam ou nãoo diferencial de qualidade de sólidos;

3) Touros com elevados méritosgenéticos para nível e quantidade desólidos, mas com produções medianasde leite, são muito interessantes nosmercados que buscam a elevação nonível e na quantidade de sólidos pro-duzidos.

Comentei no início que o méritogenético de produção de um deter-minado touro provado é calculado em

função da diferença existente entre odesempenho médio das suas filhas,quando comparado à média do rebanhodo País onde ele foi testado. Desta for-ma, os resultados obtidos nas provas detouros testados no mundo são influen-ciados pela média dos rebanhos ondeestes touros foram testados.

Para facilitar a comparação entreos resultados obtidos nas provas deprodução dos touros testados em diver-sos países, o Departamento de Agri-cultura dos EUA criou as tabelas de

Tabela 5. Receitas Anuais no Rebanho de 100 Vacas (em R$).

Produção Média Filhas Filhas FilhasRebanho Hokes Addison Harry

Leite Fluido 451000 459800 520493 466785Sólidos (G&P) 451000 447260 498348 485796DiferençasMercado Fluido 0 8800 69493 15785Mercado Sólidos 0,00 -3740 47348 34796Preços do Leite em R$/kg (PL):Leite Fluido: PL (R$/kg) = R$ 0,55 x kg leiteSólidos: PL (R$/kg) = R$ 0,5206 + % G + % PDiferencial de Sólidos: Gordura > 3,29% e Proteína > 3,09% (SVQ - DPA):Sistema de Valorização da Qualidade (SVQ) da DPA (www.dpam.com.br/produtor)Gordura (R$/litro) 0,0175 0,0084 0,0000 0,0210Proteína (R$/litro) 0,0119 0,0060 0,0060 0,0308Leite Brasileiro: Média = 1.028 kg/litro e 3,70% G e 3,25% P

conversão nas quais po-de-se estimar e compa-rar os valores destasprovas de produção deleite, kg de gordura e kgde proteína.

O aumento da lu-cratividade do processoprodutivo leiteiro estácondicionado à geraçãode filhas mais produti-vas, do ponto de vista devolume de leite e prin-cipalmente com ummaior nível e quan-tidade de sólidos.

A Holanda é, reconhecidamente,o País que possui a melhor seleçãogenética do mundo para a produção desólidos e de leite de bovinos leiteirosdas raças holandesa preta e branca ouvermelha e branca. O melhoramentogenético buscando o aumento da lucra-tividade deve buscar a geração de filhasmais produtivas dentro dos rebanhos.

Quando se fala em produtividadeleiteira, deve-se atentar para o aumentodo volume de leite, do nível e daquantidade de sólidos produzidos.

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Alimentos para bovinos de leiteAlimentos para bovinos de leiteAlimentos para bovinos de leiteAlimentos para bovinos de leiteAlimentos para bovinos de leite

1 - Médica Veterinária, mestre em Qualidade eProdutividade Animal e Doutoranda emQualidade e Produtividade Animal FZEA-USP,Promotora de rações Premix. Patrocínio Paulista(SP). Email: [email protected]

Josiane Hernandes OrtolanJosiane Hernandes OrtolanJosiane Hernandes OrtolanJosiane Hernandes OrtolanJosiane Hernandes Ortolan11111

ConcentradoConcentradoConcentradoConcentradoConcentrado

A palavra “concentra-do” é difícil de ser definida.Contudo, este termo pode serdescrito pelas suas caracte-rísticas alimentares e pelosseus efeitos na função rumi-nal. Normalmente, os con-centrados têm as seguintescaracterísticas:

• Eles têm baixa por-centagem de fibras e altaquantidade de energia.

• Eles podem ter uma alta ou baixaquantidade de proteína. Os cereaiscontém menos de 20% de proteínabruta (milho e sorgo) enquanto grãosde oleaginosas (soja, algodão, amen-doim), classificados como alimentosprotéicos contém mais de 20% de pro-teína bruta.

• Eles têm uma alta palatabilidadee normalmente são ingeridos rapida-mente pelo animal. Ao contrário de vo-lumosos, os concentrados são alimentosque normalmente têm um volumepequeno por unidade de peso (altadensidade).

• Ao contrário de forragens, nãoestimulam a ruminação.

• Normalmente fermenta maisrapidamente que forragens no rúmene, deste modo, aumentam a acidez(redução do pH) ruminal, o que podeimpedir a fermentação ruminal normal.

• Dietas com mais de 60 % deconcentrado podem causar problemasde distúrbios metabólicos no animal.

Vacas de leite de alto potencialgenético para produção de leite neces-sitam de altos requerimentos de proteí-na e energia, sendo que o oferecimentoapenas de forragem não suprirá seusrequerimentos diários de proteína eenergia.

Normalmente, os concentradossão adicionados à dieta de vacas de leite

para fornecer energia e proteína suple-mentar e, desta maneira, preencher osrequerimentos nutricionais destes ani-mais. Portanto, os concentrados são ali-mentos importantes que possibilitam aformulação de dietas que maximizam aprodução de leite. Em geral, a quanti-dade máxima de concentrado que umavaca deve receber por dia não deve sermaior que 12 a 14 kg.

Exemplos de concentradosExemplos de concentradosExemplos de concentradosExemplos de concentradosExemplos de concentrados

• Grãos Grãos Grãos Grãos Grãos (cevada, milho, sorgo,arroz, trigo) são os típicos alimentos dealta energia para bovinos; contudo,estes grãos possuem pouca proteína.Grãos quebrados ou prensados são exce-lentes fontes de carboidratos rapida-mente fermentáveis (amido), os quaisaumentam a concentração de energiaquando incluídos em uma dieta.

Contudo, um excesso de grãos nadieta (mais de 10 a 12 kg/vaca/dia) reduzo tempo de mastigação, a função rumi-nal e a porcentagem de gordura no leitediminuem. Os vários sub-produtos ori-ginados do processamento industrial degrãos têm valores nutritivos variados:

• A Protenose Protenose Protenose Protenose Protenose é obtida pela moa-gem úmida do grão de milho. É umaexcelente fonte de proteína (60%) eenergia. Glúten de milho, outro sub-produto da produção de milho, contémmenos proteína (21%) e mais fibra.Alguns de grãos (arroz, trigo) aumen-tam a fibra de uma dieta e contém 11 a20% de proteína. O trigo é uma boa

fonte de fósforo e ajuda aregular a função intestinal.A casca de alguns cereais(cevada, aveia, arroz) con-tém somente 3 a 4% deproteína, mas 85 a 90% defibra não digerível.

• Sub-produtos de cer-Sub-produtos de cer-Sub-produtos de cer-Sub-produtos de cer-Sub-produtos de cer-vejaria vejaria vejaria vejaria vejaria originados de grãoscereais são uma boa fonte decarboidratos de degradaçãolenta e proteínas (20 a 30%).O malte (parte germinativada cevada) tem um gostoamargo e são normalmentemisturados com outros

alimentos.• Raizes e tubérculos Raizes e tubérculos Raizes e tubérculos Raizes e tubérculos Raizes e tubérculos (cenoura,

beterraba, batata) são normalmentepalatáveis, boa fonte de carboidratosrapidamente fermentáveis (energia),mas com pouca proteína (menos de10%).

• Sub-produtos da indústria açu-Sub-produtos da indústria açu-Sub-produtos da indústria açu-Sub-produtos da indústria açu-Sub-produtos da indústria açu-careira careira careira careira careira (melaço, polpa de beterraba)normalmente possuem altas porcenta-gens de fibras digestíveis (polpa debeterraba) ou açucares simples (melaço)que podem torná-los alimentos bastan-te palatáveis.

• Algumas plantas possuem altasconcentrações de gordura em suassementes (oleaginosas). Muitas delascrescem em regiões tropicais e sub-tropicais (soja, algodão), mas algumascrescem em regiões temperadas (linha-ça, canola, e girassol). As sementespodem ser utilizadas como um alimentode alta concentração energética, maselas normalmente contêm fatores anti-nutricionais. Os farelos de grãos, pro-duzidos depois da extração de óleo dassementes, contém de 30 a 50% de pro-teína e são utilizadas como fontes pro-téicas para bovinos leiteiros (ex: farelode soja).

• Sementes de leguminosas Sementes de leguminosas Sementes de leguminosas Sementes de leguminosas Sementes de leguminosas (ex:feijão) contém substâncias antinu-tricionais, mas depois de corretamenteprocessadas, são boas fontes de energiae proteína.

Nas próximas edições continuare-mos a discorrer sobre este assunto,alimentos para bovinos de leite.

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Normalmente, os concentrados são adicionados à dieta de vacasNormalmente, os concentrados são adicionados à dieta de vacasNormalmente, os concentrados são adicionados à dieta de vacasNormalmente, os concentrados são adicionados à dieta de vacasNormalmente, os concentrados são adicionados à dieta de vacasde leite para fornecer energia e proteína suplementarde leite para fornecer energia e proteína suplementarde leite para fornecer energia e proteína suplementarde leite para fornecer energia e proteína suplementarde leite para fornecer energia e proteína suplementar

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Serviço de Rastreabilidade entra em nova faseServiço de Rastreabilidade entra em nova faseServiço de Rastreabilidade entra em nova faseServiço de Rastreabilidade entra em nova faseServiço de Rastreabilidade entra em nova faseA partir do início do mês

de dezembro, a inclusão denovos animais no Sisbov - Ser-viço de Rastreabilidade da Ca-deia Produtiva de Bovinos eBubalinos somente poderá serfeita com base nas alteraçõesintroduzidas pela InstruçãoInstruçãoInstruçãoInstruçãoInstruçãoNormativa nº 17Normativa nº 17Normativa nº 17Normativa nº 17Normativa nº 17, que entrouem vigor em 13 de julho desteano. A medida fixou a data de30 de novembro para que osprodutores que já contavamcom animais cadastrados noSisbov ainda fizessem a inclusão pelasnormas anteriores.

De acordo com o coordenador daDivisão de Controle Animal do Minis-tério da Agricultura, que inclui oSisbov, Serguei Brener, todas as medi-das já foram adotadas para que o novoprocesso flua normalmente, inclusivecom o desenvolvimento e instalaçãodos novos sistemas eletrônicos que vãogerenciar o novo Sisbov daqui pordiante.

A Instrução Normativa 17Instrução Normativa 17Instrução Normativa 17Instrução Normativa 17Instrução Normativa 17 trazmodificações importantes que pre-cisam ser observadas pelas empresas decertificação, bem como pelos pecua-ristas, especialmente no que diz respei-to aos processos e prazos.

Para o gerente da certificadoraOxxen Tecnologia em Rastreamento,Rômulo Rogério Canhete, o número deanimais rastreados vem se mantendonos mesmos índices até agora, comentrada média de 1,6 milhão de cabeçaspor mês em todo o Brasil, das quais 400mil cabeças em Goiás. “Não houveredução do estoque e acreditamos queagora, com a nova norma, o número deanimais rastreados vai crescer, porque

todos os bovinos e bubalinos da pro-priedade terão de ser incluídos confor-me a nova Instrução Normativa, e nãoapenas os animais destinados à expor-tação”, explica.

O que mudaO que mudaO que mudaO que mudaO que muda

A Instrução Normativa 17Instrução Normativa 17Instrução Normativa 17Instrução Normativa 17Instrução Normativa 17 intro-duz no Serviço de Rastreabilidade daCadeia Produtiva de Bovinos e Bubali-nos (Sisbov) o conceito de ‘Estabeleci-mento Rural Aprovado no Sisbov’, queinclui uma série de requisitos.

A adesão é voluntária, mas quemcria animais abatidos por frigoríficosque exportam são obrigados a rastrear.Além disso, todos os animais da pro-priedade terão de ser rastreados e nãoapenas aqueles destinados à exportação.

A norma estabelece também pra-zos para a entrada dos animais no sis-tema, tanto os nascidos na propriedadequanto os adquiridos em outras fazen-das. Rômulo Canhete explica que ocriador tem prazo de até dez meses paraincluir os bezerros após o nascimento,sempre antes da primeira movimen-tação.

Isso significa que, se umbezerro ainda ao pé da mãe forcomercializado para outrocriador, terá de ser identifi-cado e inserido na Base Nacio-nal de Dados.

Segundo Canhete, atual-mente o custo médio para ras-treamento dos animais é de R$3,00 por cabeça, com pequenasvariações.

Contudo, no novo mode-lo, poderá haver algum au-mento, porque será incluído o

custo das visitas que a empresa certifi-cadora terá de fazer à propriedade, jáque o sistema exige inspeção a cada 180dias na fazenda e a cada 60, em caso deconfinamentos. Canhete argumentaque os criadores devem ficar atentos,comparando serviços e custo/benefício,além de observar as empresas certifi-cadoras que tenham melhor estruturapara garantir a certificação.

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O estado das lavouras cafe-eiras na área de ação da Cooxupé- Cooperativa Regional dosCafeicultores em Guaxupé Ltda.,,,,,que abrange 78 municípios (38 nosul de Minas, 21 no Alto Para-naíba e 21 no Estado de São Paulo)preocupa. Dos 354.301 hectaresprodutivos, 25% dos pés de caféexibem apenas galhos e ramossecos; 35% das lavouras foramparcialmente atingidas pela seca eapenas 32% estão em bom estado.

Assim, a Cooxupé estimaque em 2007 o potencial de pro-dução de café, em sua área de ação,será no mínimo 37,3% inferior aosnúmeros registrados atualmente. Dadoscoletados pela cooperativa estimaramo potencial de produção de café em 7,5milhões de sacas em 2006; no próximoano, portanto, este número não devechegar a 4,8 milhões. (ver tabela).(ver tabela).(ver tabela).(ver tabela).(ver tabela).

Para que esta previsão inicial seconcretize, não poderá haver mais ne-nhuma intempérie nas fases de flores-cimento e desenvolvimento dos grãos.

As causas deste declínio de produ-ção são conhecidas.

Houve um período prolongado defrio em junho e julho, intercalado poraltas temperaturas e baixa umidaderelativa do ar em agosto, frio intensona primeira semana de setembro, o quenão é normal para o período, com o

Cooxupé estima quebra mínima de 37% em sua área de açãoCooxupé estima quebra mínima de 37% em sua área de açãoCooxupé estima quebra mínima de 37% em sua área de açãoCooxupé estima quebra mínima de 37% em sua área de açãoCooxupé estima quebra mínima de 37% em sua área de ação

agravante de estiagem prolongada noprimeiro semestre.

Apesar dos bons números da safraem andamento, os cafeicultores estãoapreensivos com a desfolha constantede muitas lavouras, que atualmentemostram sinais de depauperamento.Em muitos cafezais, a recepa ou es-queletamento será a saída para umprocesso de recuperação, aponta odepartamento técnico da Cooxupé

PrevençãoPrevençãoPrevençãoPrevençãoPrevenção

Esta é a palavra chave para que acafeicultura tenha total assistência nocaso de sofrer com as intempériesclimáticas. A agricultura é uma ativi-dade econômica de alto risco, já que

os resultados da exploraçãomantêm uma dependência diretacom fatores imprevisíveis e inevi-táveis, como estiagem, excesso dechuva, geada etc.

A conjugação desses fatoresimprevisíveis, aliada aos preçosmédios que não cobrem os custosde produção, faz com que a agri-cultura torne-se uma atividadeeconomicamente pouco atrativa.

O ex-ministro João Sayad,quando professor da USP, disse aosseus alunos “que dar crédito aoagricultor, mesmo que subsidiado,sem lhe propiciar preço remu-

nerador, equivale a convidar alguém apular do alto de um edifício em trocado pagamento de seu enterro”. Estasábia lição é absolutamente atual.

Não bastassem todas as incertezas,a cafeicultura da nossa região passa porum período de expectativas e apre-ensão, em função das condições climá-ticas atuais. A precipitação média anu-al, em nossa região, é superior a 1.500mm. Essa média foi obtida segundodados históricos de precipitação, de1983 a 2005.

O ano de 1984 foi consideradoanormal porque choveu apenas 1.142mm no município de Guaxupé. A safra1985/86 foi sensivelmente prejudicada.Em 1985, choveu menos ainda: 1.103,0mm. A média de precipitação registradanos últimos 23 anos, de abril a setem-bro, (período mais seco do ano), foi de287,9 mm. Em 1985 choveu apenas 137mm no período. Como conseqüência,as plantas não se desenvolveram comoocorreria em anos normais.

Em 2006, a situação foi ainda maiscrítica:de abril a setembro, choveuapenas 126,4 mm. O índice pluvio-métrico neste período foi de 33,40 mmem abril, caiu para 15,8 mm em maio,9,4 mm em junho, 2,6 mm em julho;subiu para 11,4 mm em agosto e 41,40mm em setembro último. Choveupouco em meses importantes para aslavouras de café.

A situação foi diferente em 2005:choveu 302,66 mm de abril a setembro.De 1984 para cá, o menor índice plu-viométrico registrado no período foiem 2002, quando choveu 119,20 mm.Na safra seguinte, a produção brasileirade café foi de 28,82 milhões de sacas.(www.cooxupe.com.br)(www.cooxupe.com.br)(www.cooxupe.com.br)(www.cooxupe.com.br)(www.cooxupe.com.br)

1 - Lavouras em BOM estado devem produzir 25 sacas por hectare, totalizando 2.808.857 sacas em 2007;2 - Lavouras em que os estragos foram MÉDIOS devem produzir 12 sacas/hectare, totalizando 1.496.853 sacas;3 - Já as lavouras em PIOR estado devem produzir 5 sacas por hectare, perfazendo 443.507 sacas em 2007.

O clima interferiu na florada do café da região,O clima interferiu na florada do café da região,O clima interferiu na florada do café da região,O clima interferiu na florada do café da região,O clima interferiu na florada do café da região,comprometendo a safra 2007.comprometendo a safra 2007.comprometendo a safra 2007.comprometendo a safra 2007.comprometendo a safra 2007.

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No último dia 23 denovembro, a Cooparaíso -Cooperativa Regional dosCafeicultores de São Sebas-tião do Paraíso realizou asolenidade de premiação do12º Concurso Café de Qua-12º Concurso Café de Qua-12º Concurso Café de Qua-12º Concurso Café de Qua-12º Concurso Café de Qua-lidade Cooparaísolidade Cooparaísolidade Cooparaísolidade Cooparaísolidade Cooparaíso. O eventoaconteceu na Fazenda Pé deBoi, em São Sebastião do Pa-raíso (MG) e contou com aparticipação de cerca de 3mil pessoas, de autoridadeslocais, do deputado estadualAntônio Carlos Arantes e dodeputado federal e presiden-te da Cooparaíso, CarlosMelles.

O concurso contoucom 350 amostras inscritas,sendo que 10 foram sele-cionadas de acordo com aqualidade. Os lotes foram aleilão e, de acordo com o va-lor obtido pela saca definiu-se os cooperados vence-dores.

Cafeicultor de Fortaleza de Minas vence oCafeicultor de Fortaleza de Minas vence oCafeicultor de Fortaleza de Minas vence oCafeicultor de Fortaleza de Minas vence oCafeicultor de Fortaleza de Minas vence o12º Concurso Café de Qualidade Cooparaíso12º Concurso Café de Qualidade Cooparaíso12º Concurso Café de Qualidade Cooparaíso12º Concurso Café de Qualidade Cooparaíso12º Concurso Café de Qualidade Cooparaíso

O Engº Agrº Valter José da SilveiraO Engº Agrº Valter José da SilveiraO Engº Agrº Valter José da SilveiraO Engº Agrº Valter José da SilveiraO Engº Agrº Valter José da Silveira(gerente do Núcleo Cooparaíso de(gerente do Núcleo Cooparaíso de(gerente do Núcleo Cooparaíso de(gerente do Núcleo Cooparaíso de(gerente do Núcleo Cooparaíso deSão Tomáz de Aquino) ao lado doSão Tomáz de Aquino) ao lado doSão Tomáz de Aquino) ao lado doSão Tomáz de Aquino) ao lado doSão Tomáz de Aquino) ao lado do2º colocado, Juraci Alves de Lima2º colocado, Juraci Alves de Lima2º colocado, Juraci Alves de Lima2º colocado, Juraci Alves de Lima2º colocado, Juraci Alves de LimaNeto, do Sítio São Luiz, de SãoNeto, do Sítio São Luiz, de SãoNeto, do Sítio São Luiz, de SãoNeto, do Sítio São Luiz, de SãoNeto, do Sítio São Luiz, de SãoTomáz de Aquino (MG).Tomáz de Aquino (MG).Tomáz de Aquino (MG).Tomáz de Aquino (MG).Tomáz de Aquino (MG).

O cafeicultor Sebastião PereiraO cafeicultor Sebastião PereiraO cafeicultor Sebastião PereiraO cafeicultor Sebastião PereiraO cafeicultor Sebastião PereiraSobrinho e o seu filho, HélioSobrinho e o seu filho, HélioSobrinho e o seu filho, HélioSobrinho e o seu filho, HélioSobrinho e o seu filho, HélioPimenta, de São Tomáz de AquinoPimenta, de São Tomáz de AquinoPimenta, de São Tomáz de AquinoPimenta, de São Tomáz de AquinoPimenta, de São Tomáz de Aquino(MG).conquistaram o terceiro(MG).conquistaram o terceiro(MG).conquistaram o terceiro(MG).conquistaram o terceiro(MG).conquistaram o terceirolugar no concurso.lugar no concurso.lugar no concurso.lugar no concurso.lugar no concurso.

Sebastião Curimbaba, de FortalezaSebastião Curimbaba, de FortalezaSebastião Curimbaba, de FortalezaSebastião Curimbaba, de FortalezaSebastião Curimbaba, de Fortalezade Minas (MG), o grande vencedorde Minas (MG), o grande vencedorde Minas (MG), o grande vencedorde Minas (MG), o grande vencedorde Minas (MG), o grande vencedorda noite.da noite.da noite.da noite.da noite.

O anfitrião da festa,Carlos Melles,O anfitrião da festa,Carlos Melles,O anfitrião da festa,Carlos Melles,O anfitrião da festa,Carlos Melles,O anfitrião da festa,Carlos Melles,Deputado Federal e presidente daDeputado Federal e presidente daDeputado Federal e presidente daDeputado Federal e presidente daDeputado Federal e presidente daCooparaíso parabeniza os partici-Cooparaíso parabeniza os partici-Cooparaíso parabeniza os partici-Cooparaíso parabeniza os partici-Cooparaíso parabeniza os partici-pantes do concurso.pantes do concurso.pantes do concurso.pantes do concurso.pantes do concurso.

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Trator Valtra sorteado no eventoTrator Valtra sorteado no eventoTrator Valtra sorteado no eventoTrator Valtra sorteado no eventoTrator Valtra sorteado no evento

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Cooparaíso premia a qualidade em superfestaCooparaíso premia a qualidade em superfestaCooparaíso premia a qualidade em superfestaCooparaíso premia a qualidade em superfestaCooparaíso premia a qualidade em superfesta

Marcelo de Figueiredo e Silva (presidente da Uniata-Marcelo de Figueiredo e Silva (presidente da Uniata-Marcelo de Figueiredo e Silva (presidente da Uniata-Marcelo de Figueiredo e Silva (presidente da Uniata-Marcelo de Figueiredo e Silva (presidente da Uniata-Franca), Luis Carlos Diogo (presidente do SicoobFranca), Luis Carlos Diogo (presidente do SicoobFranca), Luis Carlos Diogo (presidente do SicoobFranca), Luis Carlos Diogo (presidente do SicoobFranca), Luis Carlos Diogo (presidente do SicoobNosso Crédito) e Luis Sérgio Marques (diretorNosso Crédito) e Luis Sérgio Marques (diretorNosso Crédito) e Luis Sérgio Marques (diretorNosso Crédito) e Luis Sérgio Marques (diretorNosso Crédito) e Luis Sérgio Marques (diretoradministrativo do Sicoob Nosso Crédito).administrativo do Sicoob Nosso Crédito).administrativo do Sicoob Nosso Crédito).administrativo do Sicoob Nosso Crédito).administrativo do Sicoob Nosso Crédito).

O anfitrião Antônio Jacinto Caetano (proprietário daO anfitrião Antônio Jacinto Caetano (proprietário daO anfitrião Antônio Jacinto Caetano (proprietário daO anfitrião Antônio Jacinto Caetano (proprietário daO anfitrião Antônio Jacinto Caetano (proprietário daFazenda Pé de Boi, onde foi realizada a premiação doFazenda Pé de Boi, onde foi realizada a premiação doFazenda Pé de Boi, onde foi realizada a premiação doFazenda Pé de Boi, onde foi realizada a premiação doFazenda Pé de Boi, onde foi realizada a premiação do12º Concurso de Qualidade), sua esposa Maria Salete e12º Concurso de Qualidade), sua esposa Maria Salete e12º Concurso de Qualidade), sua esposa Maria Salete e12º Concurso de Qualidade), sua esposa Maria Salete e12º Concurso de Qualidade), sua esposa Maria Salete eseu pai José Caetano.seu pai José Caetano.seu pai José Caetano.seu pai José Caetano.seu pai José Caetano.

Sebastião Curimbaba, após receberSebastião Curimbaba, após receberSebastião Curimbaba, após receberSebastião Curimbaba, após receberSebastião Curimbaba, após recebero prêmio de 1º colocado no 12ºo prêmio de 1º colocado no 12ºo prêmio de 1º colocado no 12ºo prêmio de 1º colocado no 12ºo prêmio de 1º colocado no 12ºConcurso de Qualidade de Café, as-Concurso de Qualidade de Café, as-Concurso de Qualidade de Café, as-Concurso de Qualidade de Café, as-Concurso de Qualidade de Café, as-sina contrato de venda do seu lote.sina contrato de venda do seu lote.sina contrato de venda do seu lote.sina contrato de venda do seu lote.sina contrato de venda do seu lote.

Mauro Lúcio da Cunha Zanin, prefeitoMauro Lúcio da Cunha Zanin, prefeitoMauro Lúcio da Cunha Zanin, prefeitoMauro Lúcio da Cunha Zanin, prefeitoMauro Lúcio da Cunha Zanin, prefeitode São Sebastião do Paraíso, e a esposa.de São Sebastião do Paraíso, e a esposa.de São Sebastião do Paraíso, e a esposa.de São Sebastião do Paraíso, e a esposa.de São Sebastião do Paraíso, e a esposa.

O Engº Agrº Cesar Augusto CorrêaO Engº Agrº Cesar Augusto CorrêaO Engº Agrº Cesar Augusto CorrêaO Engº Agrº Cesar Augusto CorrêaO Engº Agrº Cesar Augusto CorrêaCandiano, na apresentação do Progra-Candiano, na apresentação do Progra-Candiano, na apresentação do Progra-Candiano, na apresentação do Progra-Candiano, na apresentação do Progra-ma de Georeferenciamento.ma de Georeferenciamento.ma de Georeferenciamento.ma de Georeferenciamento.ma de Georeferenciamento.

Edgar Aparecido Santos, presidente da Coola-Edgar Aparecido Santos, presidente da Coola-Edgar Aparecido Santos, presidente da Coola-Edgar Aparecido Santos, presidente da Coola-Edgar Aparecido Santos, presidente da Coola-pa, e a esposa, Vânia Aparecida Silva Santos.pa, e a esposa, Vânia Aparecida Silva Santos.pa, e a esposa, Vânia Aparecida Silva Santos.pa, e a esposa, Vânia Aparecida Silva Santos.pa, e a esposa, Vânia Aparecida Silva Santos.

O Engº Agrº Albino João Rocchetti e seu filho AlbertoO Engº Agrº Albino João Rocchetti e seu filho AlbertoO Engº Agrº Albino João Rocchetti e seu filho AlbertoO Engº Agrº Albino João Rocchetti e seu filho AlbertoO Engº Agrº Albino João Rocchetti e seu filho AlbertoRocchetti Neto, da Crecicocapec, de Franca (SP).Rocchetti Neto, da Crecicocapec, de Franca (SP).Rocchetti Neto, da Crecicocapec, de Franca (SP).Rocchetti Neto, da Crecicocapec, de Franca (SP).Rocchetti Neto, da Crecicocapec, de Franca (SP).

Susana Souza (assessora deSusana Souza (assessora deSusana Souza (assessora deSusana Souza (assessora deSusana Souza (assessora deimprensa da Cooparaíso), orientaimprensa da Cooparaíso), orientaimprensa da Cooparaíso), orientaimprensa da Cooparaíso), orientaimprensa da Cooparaíso), orientaCarlos Melles, Deputado FederalCarlos Melles, Deputado FederalCarlos Melles, Deputado FederalCarlos Melles, Deputado FederalCarlos Melles, Deputado Federale presidente da Cooparaíso, nae presidente da Cooparaíso, nae presidente da Cooparaíso, nae presidente da Cooparaíso, nae presidente da Cooparaíso, naentrega das premiações aosentrega das premiações aosentrega das premiações aosentrega das premiações aosentrega das premiações aosprodutores classificados.produtores classificados.produtores classificados.produtores classificados.produtores classificados.

José Rodrigues de Souza, deJosé Rodrigues de Souza, deJosé Rodrigues de Souza, deJosé Rodrigues de Souza, deJosé Rodrigues de Souza, deS.Sebastião do Paraíso (MG) foiS.Sebastião do Paraíso (MG) foiS.Sebastião do Paraíso (MG) foiS.Sebastião do Paraíso (MG) foiS.Sebastião do Paraíso (MG) foio sorteado com um Trator Valtrao sorteado com um Trator Valtrao sorteado com um Trator Valtrao sorteado com um Trator Valtrao sorteado com um Trator Valtra

O Engenheiro AgrônomoO Engenheiro AgrônomoO Engenheiro AgrônomoO Engenheiro AgrônomoO Engenheiro AgrônomoMarcelo de Moura AlmeidaMarcelo de Moura AlmeidaMarcelo de Moura AlmeidaMarcelo de Moura AlmeidaMarcelo de Moura Almeida(gerente técnico da Cooparaíso),(gerente técnico da Cooparaíso),(gerente técnico da Cooparaíso),(gerente técnico da Cooparaíso),(gerente técnico da Cooparaíso),ao lado da ilustre presença deao lado da ilustre presença deao lado da ilustre presença deao lado da ilustre presença deao lado da ilustre presença deAntônio Carlos Arantes,Antônio Carlos Arantes,Antônio Carlos Arantes,Antônio Carlos Arantes,Antônio Carlos Arantes,Deputado Estadual .Deputado Estadual .Deputado Estadual .Deputado Estadual .Deputado Estadual .

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José Manoel Vaz (ao centro), 5º colocado, rece-José Manoel Vaz (ao centro), 5º colocado, rece-José Manoel Vaz (ao centro), 5º colocado, rece-José Manoel Vaz (ao centro), 5º colocado, rece-José Manoel Vaz (ao centro), 5º colocado, rece-be a premiação do deputado Carlos Melles.be a premiação do deputado Carlos Melles.be a premiação do deputado Carlos Melles.be a premiação do deputado Carlos Melles.be a premiação do deputado Carlos Melles.

Antonio Adolfo de Souza (ao centro) de S.Se-Antonio Adolfo de Souza (ao centro) de S.Se-Antonio Adolfo de Souza (ao centro) de S.Se-Antonio Adolfo de Souza (ao centro) de S.Se-Antonio Adolfo de Souza (ao centro) de S.Se-bastião do Paraíso (MG),conquista o 6º lugar.bastião do Paraíso (MG),conquista o 6º lugar.bastião do Paraíso (MG),conquista o 6º lugar.bastião do Paraíso (MG),conquista o 6º lugar.bastião do Paraíso (MG),conquista o 6º lugar.

De Capetinga (MG), Oswaldo Chiovetto (àDe Capetinga (MG), Oswaldo Chiovetto (àDe Capetinga (MG), Oswaldo Chiovetto (àDe Capetinga (MG), Oswaldo Chiovetto (àDe Capetinga (MG), Oswaldo Chiovetto (àesquerda), recebe a premiação de 7º colocado.esquerda), recebe a premiação de 7º colocado.esquerda), recebe a premiação de 7º colocado.esquerda), recebe a premiação de 7º colocado.esquerda), recebe a premiação de 7º colocado.

José Renato Russo (ao centro), 8º colocado,José Renato Russo (ao centro), 8º colocado,José Renato Russo (ao centro), 8º colocado,José Renato Russo (ao centro), 8º colocado,José Renato Russo (ao centro), 8º colocado,recebe premiação dos representantes da Toyotarecebe premiação dos representantes da Toyotarecebe premiação dos representantes da Toyotarecebe premiação dos representantes da Toyotarecebe premiação dos representantes da Toyotae do deputado Carlos Melles.e do deputado Carlos Melles.e do deputado Carlos Melles.e do deputado Carlos Melles.e do deputado Carlos Melles.

Janete Gonçalves Gomes (ao centro), conquis-Janete Gonçalves Gomes (ao centro), conquis-Janete Gonçalves Gomes (ao centro), conquis-Janete Gonçalves Gomes (ao centro), conquis-Janete Gonçalves Gomes (ao centro), conquis-tou a 9ª colocação e fez de São Tomáz de Aqui-tou a 9ª colocação e fez de São Tomáz de Aqui-tou a 9ª colocação e fez de São Tomáz de Aqui-tou a 9ª colocação e fez de São Tomáz de Aqui-tou a 9ª colocação e fez de São Tomáz de Aqui-no o município com maior vencedores.no o município com maior vencedores.no o município com maior vencedores.no o município com maior vencedores.no o município com maior vencedores.

Divino Garcia Maia (à esquerda), de AltinópolisDivino Garcia Maia (à esquerda), de AltinópolisDivino Garcia Maia (à esquerda), de AltinópolisDivino Garcia Maia (à esquerda), de AltinópolisDivino Garcia Maia (à esquerda), de Altinópolisfoi o único representante paulista na premia-foi o único representante paulista na premia-foi o único representante paulista na premia-foi o único representante paulista na premia-foi o único representante paulista na premia-ção, conquistando a 10ª colocação.ção, conquistando a 10ª colocação.ção, conquistando a 10ª colocação.ção, conquistando a 10ª colocação.ção, conquistando a 10ª colocação.

Nicchio SobrinhoNicchio SobrinhoNicchio SobrinhoNicchio SobrinhoNicchio Sobrinho MC CoffeeMC CoffeeMC CoffeeMC CoffeeMC Coffee Café Toko e CafecajubaCafé Toko e CafecajubaCafé Toko e CafecajubaCafé Toko e CafecajubaCafé Toko e CafecajubaOs representantes da Louis DreyfusOs representantes da Louis DreyfusOs representantes da Louis DreyfusOs representantes da Louis DreyfusOs representantes da Louis Dreyfus

Os representantes da ToyotaOs representantes da ToyotaOs representantes da ToyotaOs representantes da ToyotaOs representantes da Toyota Os representantes da SumatraOs representantes da SumatraOs representantes da SumatraOs representantes da SumatraOs representantes da Sumatra Os organizadores preparam o sorteio do tratorOs organizadores preparam o sorteio do tratorOs organizadores preparam o sorteio do tratorOs organizadores preparam o sorteio do tratorOs organizadores preparam o sorteio do trator

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Cibele AguiarCibele AguiarCibele AguiarCibele AguiarCibele Aguiar11111

A frustração das floradas e baixafrutificação causam apreensão entretécnicos e produtores nas principais re-giões cafeeiras do Brasil.

O assunto está em pauta em en-contros técnicos e aqueceu o debate naComunidade Manejo da Lavoura Cafe-eira, na subrede do Consórcio Brasileirode Pesquisa e Desenvolvimento do Café(CBP&D/Café) coordenado pela Em-brapa Café, na rede virtual Peabirus. Osdepoimentos sugerem que o fenômenode baixa frutificação está generalizadoe deverá representar quebra ainda mai-or na próxima safra, reduzida natural-mente pela bienalidade de altas pro-duções.

Engenheiro agrônomo e consultorna região de Ribeirão Preto (SP), JoséMário Jorge iniciou o debate sobre otema no Peabirus, questionando princi-palmente as causas para o fenômeno ese há tempo e condições para futurasfloradas. Ele ressalta o momento alinha-mento entre custos e preços do café, emque uma quebra de safra trará aindamais dificuldade e exigirá mais atençãodo produtor.

Apreensão em todas as regiõesApreensão em todas as regiõesApreensão em todas as regiõesApreensão em todas as regiõesApreensão em todas as regiões

Engenheiro agrônomo e cafeicul-tor na região de Viçosa (MG), Antôniode Pádua Nacif, primeiro gerente geralda Embrapa Café, diz que em sua regiãoo problema está generalizado, comfloradas tímidas e pouca diferenciaçãode gemas. “Para minha lavoura, depotencial para 40 -50 sacas por hectare,

até agora não deu flor nem para 10%.Na esperança de não ficar no zero, estourezando para uma florada tardia, masestá sem jeito”, desabafa.

O pesquisador da Epamig, Antô-nio de Pádua Alvarenga reitera quecasos semelhantes estão ocorrendo emlavouras na mesma região, a Zona daMata Mineira.

Em Caratinga (MG), o consultorRodrigo Sobreira acredita que lavourasque tiveram baixa carga na safra passadaestão respondendo melhor à florada.Ele comenta que lavouras em altitudesentre 600 e 800 metros já foram regis-tradas três floradas, enquanto em altitu-des mais elevadas a primeira florada foifraca e os produtores aguardam outramaior.

No Triângulo Mineiro, RamonOlini Rocha, presidente da Associaçãodos Cafeicultores de Araguari, contaque mesmo com as chuvas de setembro,as floradas foram pequenas e desuni-

formes. “Um fato atípico para o cerradomineiro, onde comumente as floradassão concentradas devido ao estressenatural com a alta evapotranspiraçãonos meses de agosto e setembro”,afirma.

Consultor na região de Araguari,Eduardo Mosca comenta que lavourasque produziram acima de 55 sacas nãovão repetir a produtividade e acrescentasua preocupação no aumento médio datemperatura, em alguns casos de atédois graus. Na região de Coromandel/MG, o engenheiro agrônomo LuísAmérico Paseto lembra da bienalidadenatural da produção, quando já eraesperada redução para próxima safra.

Safra 2007 menor que o esperadoSafra 2007 menor que o esperadoSafra 2007 menor que o esperadoSafra 2007 menor que o esperadoSafra 2007 menor que o esperado

Gestor de negócios da maior co-operativa de café do mundo, a Cooxupé,Antônio Augusto Ribeiro de MagalhãesFilho acrescenta que a frustração daflorada também ocorreu de maneirageneralizada no Sul de Minas e que aestimativa de quebra para a próximasafra em cerca de 37% deverá ser aindamaior, quando serão mensurados asfloradas e seu pegamento, em avaliaçãono final de novembro. “As floradas têmsido expressiva apenas em lavourassubmetidas a podas ou que estavamdescansadas”.

O representante da Cooxupé co-menta que as lavouras mais novas, salvoas irrigadas, sofreram demais a seca emfunção do baixo volume radicular eapresentarão produtividade muitoaquém de seu potencial (quebras supe-riores a 50% do que prometiam). Naslavouras mais velhas, mesmo aquelasque saíram da safra em boas condições

Frustração de florada deve aumentar quebra de safraFrustração de florada deve aumentar quebra de safraFrustração de florada deve aumentar quebra de safraFrustração de florada deve aumentar quebra de safraFrustração de florada deve aumentar quebra de safra

1 - Jornalista. Embrapa Café. Email:[email protected]. Site: www.embrapa.br.

Estimativas indicam quebra de até 40% na safraEstimativas indicam quebra de até 40% na safraEstimativas indicam quebra de até 40% na safraEstimativas indicam quebra de até 40% na safraEstimativas indicam quebra de até 40% na safra2007, devido à frustração nas floradas.2007, devido à frustração nas floradas.2007, devido à frustração nas floradas.2007, devido à frustração nas floradas.2007, devido à frustração nas floradas.

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vegetativas, houve apenasduas floradas pequenas, semsinais de que novos floresci-mentos acontecerão.

Também no Sul de Mi-nas, o gerente de comercia-lização da Cocatrel - Co-operativa de Cafeicultoresde Três Pontas, ManoelRabelo Piedade é enfático:“A florada não vingou. Cafe-eiros que tiveram carga ple-na este ano devem produzirquase nada em 2007”, avalia.

Na Alta Mogiana, orepresentante da Cocapec -Cooperativa de Cafeicul-tores e Agropecuaristas, Ri-cardo Lima de Andrade, informa quena região de Franca (SP) o pegamentodas floradas manifesta-se conforme ascondições das lavouras.

O grupo que tem despertado maisapreensão inclui as lavouras que vieramde baixa carga ou safra zero, onde afrustração da florada também se mani-festa de forma acentuada, com ramossem diferenciação floral ou rosetas combaixo pegamento.

Coordenador do recém criadoGrupo Técnico Café Cooperativas, daSyngenta, Marcos Roberto Dutra co-menta que a situação é preocupante naavaliação de representantes de dez co-operativas de café (Capebe, Cocapec,Coocatrel, Coopama, Cooparaíso, Co-operrita, Coopinhal, Cooxupé, Minasule Unicoop). “O baixo índice de floraçãodeverá refletir em quebra na próximasafra na ordem de 50% em relação à sa-fra anterior. Se as lavouras não estive-rem apresentando novos botões floraisjá desenvolvidos, muito provavelmentenão teremos uma nova florada, o quepreocupa ainda mais os membros dogrupo”, avalia.

Explicação científicaExplicação científicaExplicação científicaExplicação científicaExplicação científica

Os pesquisadores do Centro dePesquisa e Desenvolvimento de Ecofi-siologia e Biofísica do IAC - InstitutoAgronômico, Joel Irineu Fahl, MarceloBento Paes de Camargo e Maria LuizaCarvalho Carelli, apresentam uma ex-plicação para o fenômeno de baixa fru-tificação.

Eles citam o fenômeno comoocorrência generalizada, abrangendolavouras com alto e baixo potencial pro-dutivo, com exceção das culturas novase das que receberam, no ano anterior,podas de decote e esqueletamento (des-ponte).

Eles observam que algumas va-riedades como a Obatã e a Mundo Novoapresentaram quebra na frutificaçãomais intensa do que outras, como aCatuaí. “A quebra na produção podeestar relacionada com as condições cli-máticas reinantes no período indutivodas gemas florais do cafeeiro, queabrange o período de fevereiro a mea-dos de junho. A análise das tempe-raturas médias decendiais de algumas

das regiões cafeicultoras,mostra que no mês de janeiroaté final de março ocorreramtemperaturas médias bemsuperiores às médias histó-ricas para as regiões de Cam-pinas (SP) e Mococa (SP),que ilustram o que ocorreunas demais regiões, em me-nor ou maior intensidade.

Ainda no período in-dutivo, durante os mesesabril/maio, foram observadasquedas acentuadas nas tem-peraturas médias, em relaçãoà média histórica, fato esteque também pode levar aredução na indução floral.

Potencializando os prováveis efei-tos das temperaturas extremas, tambémfoi verificado a ocorrência de déficit hí-drico no período indutivo, atípico nosmeses de janeiro/fevereiro. Em adição,o período de deficiência hídrica foiantecipado, com inicio já no final demarço, e mais prolongado em relaçãoao que ocorre normalmente”.

Eles acrescentam que essas con-dições climáticas atípicas e adversas,para o processo de floração do cafeeiro,certamente foram as causas principaispara a baixa indução floral.

As plantas apresentam ramosplagiotrópicos vigorosos, com mais de12 nós produtivos, mas com ausênciade estruturas reprodutivas, mesmo apósas chuvas que ocorreram a partir deagosto, com intensidade suficiente paracausar a abertura dos botões florais.

Em conseqüência da baixa indu-ção de gemas florais, proporcionadopelas condições climáticas anterior-mente descritas, tem-se observado umaintensificação do desenvolvimento deramos plagiotrópicos de segunda or-dem.

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Inicio da colheita de uva Niagara em Patrocínio PaulistaInicio da colheita de uva Niagara em Patrocínio PaulistaInicio da colheita de uva Niagara em Patrocínio PaulistaInicio da colheita de uva Niagara em Patrocínio PaulistaInicio da colheita de uva Niagara em Patrocínio PaulistaA pesquisa agrícola

já comprovou que a regiãode Franca (SP) apresentauma excelente aptidão paraa fruticultura. Diferente-mente dos municípios pau-listas na Serra do Mar, aAlta Mogiana apresentaaltitude e clima altamentefavoráveis à produção defrutas, tanto na diversifica-ção, quanto na aparência,no sabor e no aroma.

Várias são as pesqui-sas sobre o assunto, tantona CATI - Coordenadoriade Assistência Técnica In-tegral da Secretaria daAgricultura do Estado deSão Paulo; quanto no IAC- Instituto Agronômico de Campinas e naUnesp FCAVJ - Faculdade de CiênciasAgronômicas e Veterinárias de Jaboti-cabal. Mas na prática muito poucas sãoas propriedades que adotaram o cultivode frutíferas.

Em 2002, buscando diversificar asatividades agrícolas e incentivar o cultivode frutíferas na região, os agrônomos daCATI distribuiram mudas de uva paracada produtor interessado do municípiode Patrocínio Paulista (SP), criando umpequeno módulo de aprendizagem.

Um desses produtores, o sr. HermesTolói e sua esposa Ana - ambos com as-

cendência européia -, receberam 40 mu-das da Secretaria da Agricultura e, como apoio dos extensionistas, adquiriram osconhecimentos necessários para ex-pandir a produção. Assumiram o desa-fio e adquiriram mais 260 mudas de uvaNiagara Rosada, no sistema de plantio em“latada”.

O sistema de plantio foi com espa-çamento 3 x 2 metros. O dossel (copa) éhorizontal e as varas são atadas horizon-talmente aos fios de sustentação. As vi-deiras são alinhadas em fileiras cujas dis-tâncias entre plantas é de 2 metros. É defácil manejo, porém exige o mesmo cui-

dado das uvas finas de me-sa, ou seja, adubação ade-quada e uso intenso dematéria orgânica.

A parreira foi condu-zida respeitando todos osprocedimentos recomen-dados pelos extensionistasda Casa da Agricultura,inclusive a enxertia foi fei-ta através de porta-enxerto577, proveniente de Jales,extremo oeste do Estadode São Paulo, com o acom-panhamento do Engº AgrºAlceu Tavares de Andra-de. “Essa é a terceira co-lheita do parreiral, quedeve produzir este ano aoredor de 600 caixas de 5

kgs, que é consumida parte em PatrocínioPaulista e o restante em Franca, queabsorve com facilidade por se tratar desabor diferenciado das uvas encontradasno comércio”, afirma Andrade.

Para os proprietários, a atividade semostra muito prazerosa, mesmo que aárea ocupada seja pequena. “Primeiro,pelo cuidado dispensado às plantas du-rante o ano todo, o que muito nos satisfaz.Mas também pelo fato das plantas nospresentear com frutas saborosas, coro-ando-nos de êxito do ponto de vistacomercial”, complementam Hermes eAna Tolói.

Hermes e Ana Tolói estão satisfeitos com a produção do parreiral.Hermes e Ana Tolói estão satisfeitos com a produção do parreiral.Hermes e Ana Tolói estão satisfeitos com a produção do parreiral.Hermes e Ana Tolói estão satisfeitos com a produção do parreiral.Hermes e Ana Tolói estão satisfeitos com a produção do parreiral.

Não é apenas em PatrocínioPaulista (SP) que o cultivo da uva estásendo estimulado. Encontramos pro-dutores de uva de mesa em pratica-mente toda a região da Alta Mogiana.

Contando com o apoio da zo-otecnista Claudine Campanhol Mi-linski, agente de desenvolvimento doPrograma SAI-Sebrae, produtores dosmunicípios de Franca (SP), RibeirãoCorrente(SP), São José da Bela Vista(SP) e Itirapuã (SP) estão interessadosno cultivo de uva.

Mudas da variedade Niagara, dealta qualidade genética e isentas devírus, provenientes do Centro IAC/APTA de Jundiaí (SP), já estão sendoaclimatadas no Horto Florestal deCristais Paulista (SP). De acordo como Engº Agrº Edilson Sunao Condo,

secretário de agricultura do municí-pio, o plantio deverá acontecer até nomáximo dia 15 de dezembro próximo.

No município de Ribeirão Cor-rente (SP), o prefeito Airton Montan-her se destaca na fruticultura, culti-vando 2,5 hectares da variedade Nia-gara Rosada.

Em Pedregulho (SP), um grupo defruticultores estão organizando umentreposto regional para a comercia-lização conjunta de frutas e, em espe-cial, de uva.

Há inclusive a possibilidade de seutilizar o Galpão de Agronegócios deCristais Paulista (SP), para concentraros produtos e viabilizar a sua distri-buição para toda a região e, a longoprazo, para o Ceasa de Ribeirão Pretoe de São Paulo.

Viticultura é estimulada na regiãoViticultura é estimulada na regiãoViticultura é estimulada na regiãoViticultura é estimulada na regiãoViticultura é estimulada na região

Além da variedade Niagara, a propriedadeAlém da variedade Niagara, a propriedadeAlém da variedade Niagara, a propriedadeAlém da variedade Niagara, a propriedadeAlém da variedade Niagara, a propriedadepossui alguns pés da variedade Itália.possui alguns pés da variedade Itália.possui alguns pés da variedade Itália.possui alguns pés da variedade Itália.possui alguns pés da variedade Itália.

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Nutrição e alternância de safras nos citrosNutrição e alternância de safras nos citrosNutrição e alternância de safras nos citrosNutrição e alternância de safras nos citrosNutrição e alternância de safras nos citrosCamilo Lázaro MedinaCamilo Lázaro MedinaCamilo Lázaro MedinaCamilo Lázaro MedinaCamilo Lázaro Medina11111

Ana Karina de Souza PradoAna Karina de Souza PradoAna Karina de Souza PradoAna Karina de Souza PradoAna Karina de Souza Prado22222

Eduardo Caruso MachadoEduardo Caruso MachadoEduardo Caruso MachadoEduardo Caruso MachadoEduardo Caruso Machado33333

A alternância de safracaracteriza-se pela redução daprodução de frutas num anoem decorrência da alta pro-dução anterior, independentedo clima, ou seja, admitindoque este seja semelhante deum ano para outro. Ela é fre-quente em laranjeiras (Valên-cia e Hamlin), em tangerinase em híbridos Murcott. Redu-ções na produção de frutosentre 20% e 80% dependem da varie-dade e das condições da própria árvore.

São muitas as causas da alter-nância. O florescimento em laranjeirastardias ocorre quando ainda há frutosem desenvolvimento e a presença delespode inibir o “pegamento” das flores(Guardiola, et al., 1992Guardiola, et al., 1992Guardiola, et al., 1992Guardiola, et al., 1992Guardiola, et al., 1992). Contudo, aredução da produção seguinte é causadatambém pela redução do número deflores na primavera nas árvores quetiveram alta produção.

A redução no número de florespode estar relacionada a mudanças noteor de hormônios produzidas pelapresença dos frutos. Tais hormônios,principalmente giberelinas, inibem aformação de flores na primavera se-guinte (Davenport, 1990Davenport, 1990Davenport, 1990Davenport, 1990Davenport, 1990). Isso ocorrefrequentemente em algumas varieda-des, como a Mexerica do Rio, comproduções tipicamente bianuais.

Contudo, estudo realizado emlaranjeiras Valência (Prado, 2006Prado, 2006Prado, 2006Prado, 2006Prado, 2006)mostrou que o maior número de floresde primavera se origina de ramos comseis a oito meses de idade, que tenhamsido originados no verão anterior. Ra-mos com frutos ou mais velhos (12 me-ses ou mais) apresentaram númeroreduzido de flores.

Notou-se, também, que as inflo-rescências dos ramos mais novos

possuiam mais folhas, que possibilitammaior fixação dos frutos. Por outrolado, flores originárias de ramos maisvelhos apresentaram menores númerosde folhas, com menor possibilidade dedesenvolvimento emitem poucasbrotações no verão e na primavera se-guinte, não produzem flores suficientespara a boa produção seguinte.

A redução nas brotações no verãocausa queda no potencial produtivo pa-ra a primavera do ano seguinte e podeter várias origens. Entre elas, os frutospodem exercer dominância apical eimpedir que as gemas adjacentes bro-tem. A dominância pode estar rela-cionada aos hormônios e à menor dis-ponibilidade de nutrientes para o de-senvolvimento das novas gemas.

A menor disponibilidade denutrientes decorre da maior extraçãopromovida pelos frutos nas árvores comalta produção. Prado (2006)Prado (2006)Prado (2006)Prado (2006)Prado (2006) observouvariação nos teores foliares de nutrien-tes minerais entre ramos que conti-nham ou não frutos (Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1Tabela 1).

O fato dos nutrientes mineraisestarem envolvidos explica porquêárvores bem nutridas, com fertilizaçãovariável em função da produção pen-dente, apresentam alternância de saframenos intensa.

1 - Engenheiro Agrônomo, presidente doGCONCI - Grupo de Consultores em Citros.

2 - MsC Pós-Graduação. IAC - InstitutoAgronômico de Campinas.

3 - Departamento de Fisiologia e Biofísica. IAC- Instituto Agronômico de Campinas.

Em pomares bem nu-tridos, a alternância de sa-fras tende a ser menos acen-tuado. Em São João da BoaVista (SP), pomares de la-ranjeiras Valência sobreSwingle apresentam cargapendente de 68 toneladas defrutos por hectare (4 caixaspor planta, em 417 plantas/ha). Nestes mesmos poma-res, observa-se grande nú-mero de brotações jovens eemissão de novas inflores-cências nos ramos jovens.

Além da competiçãopor nutrientes minerais entre diversosórgãos em crescimento há a competiçãopor nutrientes orgânicos, ou seja, peloscarboidratos formados fotossinteti-camente. As carências de substrato or-gânico e de energia limitam a constru-ção das novas brotações. Esse processoé fundamental, pois a participação doscarboidratos na constituição da matériaseca dos tecidos ou órgãos da planta éde aproximadamente 95%.

A planta possui um limite para aprodução de carboidratos, relacionadoà capacidade de fotossíntese que depen-de da dimensão do seu sistema fotossin-tetizante, ou seja, do índice de área fo-liar.

O aumento da produção de car-boidratos ou frutos em função do índicede área foliar também possui limite queestá relacionado ao autosombreamen-to que o excesso de folhas pode exercer,ou capacidade de interceptação daenergia luminosa. Medina & RibeiroMedina & RibeiroMedina & RibeiroMedina & RibeiroMedina & Ribeiro

Em pomares bem nutridos, a alternância de safras tende a ser menosEm pomares bem nutridos, a alternância de safras tende a ser menosEm pomares bem nutridos, a alternância de safras tende a ser menosEm pomares bem nutridos, a alternância de safras tende a ser menosEm pomares bem nutridos, a alternância de safras tende a ser menosacentuada, como estes observados na região de Tambaú (SP).acentuada, como estes observados na região de Tambaú (SP).acentuada, como estes observados na região de Tambaú (SP).acentuada, como estes observados na região de Tambaú (SP).acentuada, como estes observados na região de Tambaú (SP).

O florescimento de uma planta está intima-O florescimento de uma planta está intima-O florescimento de uma planta está intima-O florescimento de uma planta está intima-O florescimento de uma planta está intima-mente ligado à capacidade de brotação no verãomente ligado à capacidade de brotação no verãomente ligado à capacidade de brotação no verãomente ligado à capacidade de brotação no verãomente ligado à capacidade de brotação no verãoanterior.anterior.anterior.anterior.anterior.

TABELA 1 - Concentração de nitrogênio epotássio em folhas de laranjeira Valênciasobre limoeiro Cravo, em ramos com e semfrutos.

TRATAMENTO N K

Ramos c/ frutos 22,9 6,2Ramos s/ frutos 26,3 10,8

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(2006)(2006)(2006)(2006)(2006) discutem comdetalhes estes processos deauto-sombreamento.

Os carboidratos pro-duzidos fotossinteticamen-te são utilizados para ocrescimento dos frutos, ra-mos, raízes e novas flores,como também para a ma-nutenção, metabolismo ereserva das plantas (Perei-Perei-Perei-Perei-Perei-ra, et al., 2005ra, et al., 2005ra, et al., 2005ra, et al., 2005ra, et al., 2005). Se hámuitos frutos em desen-volvimento, exigindo amaior parte dos carboi-dratos, a capacidade deemissão de novas folhas,ramos, flores e fixação denovos frutos será limitada.Por isso, alguns chamam a alternânciade “descanso da árvore”, ou seja, o perí-odo no qual a árvore produz pouco pararecompor suas folhas e reservas,possibilitando o início de novo períodoprodutivo.

A redução da produção pode nãoocorrer em períodos anuais, pois ela élimitada em função da disponibilidadeglobal de carboidratos (produção fotos-sintética e reservas de carboidratos,produzidas em diferentes anos) e nãoem função do ano. Assim, é possível quetenhamos dois anos de grande produçãoe um ano de “descanso”, manifestandocom maior ou menor intensidade aalternância.

Tangerineiras são susceptíveis àalternância de safra. Em anos de altaprodução, o consumo de nutrientes mi-nerais e de carboidratos para manter o

crescimento das tangerinas é muito al-to, levando a uma debilitação da plantade tal ordem que causa desfolha e mortede ramos e a debilitação do sistemaradicular, conduzindo a planta aocolapso. Como a energia para a manu-tenção da atividade de ramos e do siste-ma radicular tem origem na fotossínteserealizada pelas folhas, o desbaste defrutos é praticamente obrigatório parase manter a integridade de plantas comoa Murcott (figura acimafigura acimafigura acimafigura acimafigura acima).

Essa prática traz a vantagem depermitir que a planta emita maiornúmero de brotações durante o verão,tenha maior energia disponível paraproduzir mais flores e consiga ter boaprodutividade ano após ano.

Outros fatores podem estar envol-vidos na planta que contribuem para amenor disponibilidade de carboidratos

para a safra seguinte, ou se-ja, as reservas armazenadas.Observamos, por exemplo,que a própria curvatura dosramos devido ao peso dosfrutos na extremidade, fe-cha a copa e reduz a dispo-nibilidade de luz interna,onde muitos ramos ficamsem energia para fazer afotossíntese e perdem a ca-pacidade para a emissão denovas brotações.

Esses fatos podem ex-plicar porquê plantas jo-vens bem conduzidas apre-sentam menor alternânciade safra, pois, além de apre-sentarem maior vigor, pos-

suem maior disponibilidade de nutri-entes minerais, haja vista a proporcio-nalidade entre o tamanho da planta e ovolume explorado de solo.

Há mais luz disponível para osramos, pois em plantas pequenas osraios solares penetram facilmente.Assim, há a tendência de maior cresci-mento da planta, da emissão de novasbrotações, crescimento da área foliar edo aumento da produção ao longo dosanos, até que os processos de limitaçãoda produção passem a existir.

A necessidade de desbaste é maiorem algumas variedades que em outras,pois a capacidade de fixação de frutosdiferencia-se nas variedades. Em algu-mas, o ‘pegamento’ é alto e ao desen-volver muitos frutos, há maior extraçãode nutrientes minerais e orgânicos e amanifestação dos processos de alternân-cia em maior intensidade.

A poda em árvores adultas e gran-des é outra prática que permite reduzira alternância, pois além de reduzirflores ou frutos novos, o corte dos ramospromove a emissão de muitas brotaçõesnovas, que aumentam o número defolhas e capacidade fotossintética dasplantas, o acúmulo de reservas e a for-mação de ramos produtivos para o anoseguinte. Porém, se feita após um anode muita produção, ela pode cortartodos os ramos novos, brotados noverão anterior, localizados mais exter-namente e reduzir a safra com muitaintensidade. Dessa forma, o controledas safras pela poda merece atençãoespecial. (Extraído da Revista Citri-(Extraído da Revista Citri-(Extraído da Revista Citri-(Extraído da Revista Citri-(Extraído da Revista Citri-cultura Atual, agosto 2006).cultura Atual, agosto 2006).cultura Atual, agosto 2006).cultura Atual, agosto 2006).cultura Atual, agosto 2006).

O desbaste de frutos na Tangerineira Murcott com alta produção éO desbaste de frutos na Tangerineira Murcott com alta produção éO desbaste de frutos na Tangerineira Murcott com alta produção éO desbaste de frutos na Tangerineira Murcott com alta produção éO desbaste de frutos na Tangerineira Murcott com alta produção éimportante, dada a porcentagem de frutos e a alta exigência de nutrientes,importante, dada a porcentagem de frutos e a alta exigência de nutrientes,importante, dada a porcentagem de frutos e a alta exigência de nutrientes,importante, dada a porcentagem de frutos e a alta exigência de nutrientes,importante, dada a porcentagem de frutos e a alta exigência de nutrientes,que podem exaurir os recursos minerais e orgânicos das plantas.que podem exaurir os recursos minerais e orgânicos das plantas.que podem exaurir os recursos minerais e orgânicos das plantas.que podem exaurir os recursos minerais e orgânicos das plantas.que podem exaurir os recursos minerais e orgânicos das plantas.

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Laura Maria Molina MelettiLaura Maria Molina MelettiLaura Maria Molina MelettiLaura Maria Molina MelettiLaura Maria Molina Meletti11111

1.1.1.1.1. IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntrodução

Muitas espécies de maracujásão cultivadas pelas suas proprie-dades alimentícias, ornamentais oumedicinais, mas principalmente pelaqualidade de seus frutos.

O valor ornamental é conferi-do pelas belas flores, que exercematração pelo seu tamanho, pela exu-berância das cores e originalidadedas formas. Os frutos, além de consu-midos in natura, são usados comer-cialmente na confecção de sucos,doces, refrescos e sorvetes. O usomedicinal, já bastante difundido,baseia-se nas propriedades calman-tes da PASSIFLORINA, um sedativonatural encontrado nos frutos e nasfolhas.

O que mais atrai, no entanto, oprodutor, é o preço alcançado pelafruta no mercado interno. Em virtudedele, nos meses de agosto a novembro,que coincidem com a entressafra nocentro-sul do país, todos os estadosbrasileiros ampliam a área cultivada oufazem a renovação de parte dos pomaresjá existentes. Nesse contexto, informa-ções sobre como formar mudas de altaqualidade são essenciais para o sucessoda atividade.

Para a formação de mudas, o maisimportante é ter em mente quenenhum pomar será melhor que a mudaque lhe der origem. Por isso, obter mu-das com desenvolvimento superior egarantia de sanidade é o melhor indi-cativo de que o pomar poderá ser igual-mente saudável e vigoroso. Ao contrá-rio, um pomar constituído a partir demudas mal formadas, com sintomas dedoenças ou com enovelamento deraízes, jamais será produtivo.

2. Propagação do maracujazeiro2. Propagação do maracujazeiro2. Propagação do maracujazeiro2. Propagação do maracujazeiro2. Propagação do maracujazeiro

A multiplicação do maracuja-zeiro em escala comercial é feita quase

exclusivamente por sementes, maspode ser realizada também por enxertiae estaquia. Como as sementes conferempraticidade e economia em frete, sãoutilizadas em 98% dos casos.

Devido a redução da vida útil dasplantas em campos comerciais namaioria das regiões brasileiras, arenovação dos pomares tem se dado acada dois anos, o que por si só tornaanti-econômica a utilização de plantasenxertadas.

Sendo um cultivo com peque-no número de mudas por hectare, de500 a 800 plantas, dependendo doespaçamento, os produtores têm pre-ferido adquirir sementes de insti-tuições idôneas e formar suas pró-prias mudas. Alguns, por falta deprática ou condições de manter umviveiro, preferem adquirir mudasprontas de viveiristas, associações oucooperativas, que as fornecem deacordo com a necessidade, qualidadee quantidade requeridas pelo pro-dutor.

Obtenção das SementesObtenção das SementesObtenção das SementesObtenção das SementesObtenção das Sementes

Quando o fruticultor opta pelaaquisição da semente, deve procurarum fornecedor idôneo e se certificarde que o material atende a sua fina-lidade de comercialização. Há sele-ções com características própriaspara cada segmento, conforme a pro-

dução seja destinada à indústria ou aomercado de frutas frescas.

Pode-se adquirir sementes dascultivares registradas no Ministério daAgricultura, que apresentam garantiade origem, ou seleções regionais, queapresentam um padrão mais definidoem relação às sementes obtidas defrutos do mercado.

A opção por retirar as sementesde plantas em produção é mais econô-mica, mas deve levar em conta a grande

Produção de mudas de maracujáProdução de mudas de maracujáProdução de mudas de maracujáProdução de mudas de maracujáProdução de mudas de maracujá

1 Pesquisador Científico. Drª, InstitutoAgronômico (IAC). Coordenadora do ProgramaMaracujá. Campinas (SP). Tel. (19) [email protected]

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variabilidade do material resultante dautilização de sementes não selecio-nadas.

Em qualquer situação, sempre énecessário utilizar sementes novas, comaté seis meses de retiradas dos frutos,para o maracujá-amarelo e roxo, e comaté quinze dias, para o maracujá-doce,quando a capacidade de germinação seencontra na faixa dos 90%. Após estesperíodos, decai drasticamente.

Quando o produtor opta por obtersuas próprias sementes, é absoluta-mente necessário que faça uma crite-riosa seleção de plantas matrizes, aque-las que fornecerão os frutos para semen-tes.

O pomar de onde serão retiradasas sementes deve ser sadio e bem con-duzido, isento de doenças, porque algu-mas delas são transmitidas pelasemente.

Produção de MudasProdução de MudasProdução de MudasProdução de MudasProdução de Mudas

Uma vez adquirida a semente queatenda as suas necessidades, o fruti-cultor deverá identificar o método deprodução de mudas compatível com asua realidade. Atualmente, as mudas domaracujá-amarelo são formadas pordois processos: o tradicional, em sacosplásticos, ou em tubetes cônicos.

Independentemente do métodoescolhido, o viveiro deve ficar semprelonge de pomares comerciais e plantasadultas, perto de água de boa qualidade,e em local levemente inclinado paraevitar encharcamento.

Sistema tradicionalSistema tradicionalSistema tradicionalSistema tradicionalSistema tradicional

As mudas são formadas em sacosplásticos pretos, com furos, de dimen-sões de 14 x 28 cm. Recipientes meno-res não são indicados, apesar de seremmais baratos, porque limitam o desen-volvimento das raízes.

Para enchimento dos saquinhos,utiliza-se um substrato à base de 2 par-tes de terra de barranco ou esterilizada,2 partes de esterco de curral bem cur-tido e 1 parte de material volumosocurtido (bagaço de cana, serragem,palha de café). Acrescentar 1 parte deareia se o solo for muito argiloso. Adu-bar cada metro cúbico desta misturacom 2 kg de calcário dolomítico e 1 kgde superfosfato simples. Os componen-

tes dessa mistura deverão ser penei-rados, dispostos em camadas e leve-mente umedecidos, homogeneizados edispostos em canteiros com até 20 cmde altura. Submetê-los à esterilização,para destruição dos microorganismosnocivos, com Dazomet (Basamid), queé um produto fungicida, herbicida enematicida microgranulado.

A desinfecção do substrato podeser conseguida também por solarização,através do uso de coletores solares, inte-ressante somente para quem produzmudas periodicamente e em grandevolume.

Cada metro cúbico de substratopermite encher 580 saquinhos. Devemser preparados pelo menos 10% a maisda necessidade de mudas, para cobrireventuais falhas no canteiro e tambémreplantios.

O substrato deve ser levementecompactado dentro dos recipientes,para mantê-los em pé. Formar canteiroscom largura máxima de um metro,protegidos lateralmente com suporte demadeira para que não caiam.

Um metro quadrado de canteirocomporta 120 saquinhos, em média.Deixá-los em repouso por 30 dias, mo-lhando-os regularmente, para compac-tação do substrato.

Na semeadura, são utilizadas duassementes por recipiente, colocadas até0,5 cm de profundidade. Nessa propor-ção, 1 kg de sementes pode formar15.000 mudas.

Recomenda-se proteger os can-teiros com uma cobertura de palha ou

sacos de pano, a 20 cm de altura. Re-tirá-la gradativamente, após a emissãodo segundo par de folhas, deixando-asdesenvolver a pleno sol.

São necessários de 14 a 28 dias atéa completa germinação das sementes,conforme a temperatura. Até esta fase,rega-se duas vezes ao dia, e depois,conforme a necessidade, normalmenteuma vez por dia, sempre com cuidadopara não encharcar o substrato.

Quando as plântulas apresen-tarem duas folhas verdadeiras, realiza-se o desbaste, deixando-se apenas uma,a mais vigorosa. As excedentes sãoretiradas com tesoura, sempre apósirrigação do canteiro, para não lesionaras remanescentes.

No viveiro, é imprescindível pre-venir doenças foliares com pulve-rizações de oxicloreto de cobre a 0,2-0,35%, a cada 15 dias, na estação seca,e a cada 7 dias, nos períodos úmidos.

O controle de pragas é feito cura-tivamente, após a constatação da suapresença, com fenthion a 0,05% oucartap a 0,06%.

As mudas podem ser levadas parao campo em 60-80 dias, a partir daformação do quarto par de folhas até aemissão da primeira gavinha. Reduziras regas quando o plantio estiver pró-ximo.

As mudas do sistema tradicionalproporcionam excelentes resultados,originando pomares de rápido cres-cimento, sem doenças no sistema radi-cular, entrando precocemente emprodução.

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Apesar disso, um grande númerode produtores prefere adquirir mudasprontas, por comodidade.

Os viveiristas, por sua vez,preferem utilizar os tubetes, devido àmaior facilidade de manuseio erotatividade.

Produção em tubetes Produção em tubetes Produção em tubetes Produção em tubetes Produção em tubetes

Este sistema é recomendado paraquem produz mudas continuamente,por pelo menos três anos consecutivos.Para quem forma um número limitadode mudas, esporadicamente, é anti-econômico. Assim, a formação demudas em tubetes só é recomendadapara viveiristas comerciais, porque éconsiderado um sistema mais prático.

São utilizados tubetes de 14,5 cmpor 3,5cm de diâmetro, capaz de contercerca de 120 ml de substrato. Eles ficamalojados em telas de arame com ta-manho suficiente para sustentá-los, sus-pensas a 1 m do solo. Uma coberturaplástica é instalada a cerca de 2 m dealtura, para proteger da chuva, quedesaloja sementes e substrato e provocaperda de nutrientes. O sistema de irri-gação baseia-se em microaspersores.

O substrato utilizado é encon-trado pronto para uso, conveniente-mente adubado e desinfectado. Deveser adquirido de fornecedores idôneos.Os tubetes estão adequadamente cheiose compactados quando não há perda desubstrato pela abertura inferior.

São semeadas 2 sementes portubete, a 0,5 cm de profundidade máxi-ma. São feitas 4-6 regas diárias até acompleta emergência das plântulas,após o que irriga-se 2-3 vezes por dia,controlando-se a quantidade de águapara evitar lavagem do substrato oudesenvolvimento vegetativo excessivo.

O desbaste é feito como no siste-ma anterior. Após realizado, é feita aredistribuição dos tubetes, dispostos emmalhas alternadas na tela de arame.Faz-se a uniformização dos lotes por ta-manho da muda.

Em vista da pequena quantidadede nutrientes que o substrato pode re-ter, são necessárias adubações de cober-tura regulares, com uma solução de0,05% de sulfato de amônia, 0,05% decloreto de potássio e 0,01% de super-fosfato simples. Aplicar esta solução àbase de 2 a 3 litros por metro quadrado,em intervalos semanais ou quinzenais,

conforme o desenvolvimento desejadodas mudas.

É necessário controlar o desen-volvimento das plantas, pois um cres-cimento exuberante, com internódiolongo e folhas muito tenras compro-mete o pegamento em campo e é in-compatível com o desenvolvimentoradicular dentro do tubete. As mudasestão prontas para o plantio com 8folhas e cerca de 20 cm de altura. Comoas raízes estão limitadas a um pequenovolume de substrato, são mais suscep-tíveis à seca e devem ser irrigadas fre-quentemente até o total pegamento.

Propagação VegetativaPropagação VegetativaPropagação VegetativaPropagação VegetativaPropagação Vegetativa

A vida útil do maracujazeiro vem-se reduzindo em decorrência de pro-blemas fitossanitários. Plantas supe-riores podem ser reproduzidas atravésde estacas enraizadas e enxertia, possi-bilitando a obtenção de plantas filhasgeneticamente iguais às boas matrizesque lhe deram origem.

É tecnicamente possível mul-tiplicar o maracujazeiro por estaquia ouenxertia, realizadas em agosto/setem-bro, no início da brotação primaveril.Há, porém, problemas na fase de coletasde garfos e de estacas e também naobtenção de porta-enxertos.

Comercialmente, são processosque ainda apresentam restrições parauso generalizado. Embora a propagaçãodo maracujazeiro seja predominan-temente por via sexuada, o maracujá-doce já apresentou um aumento signi-ficativo na propagação por estaquia.

Portanto, atualmente, até que es-sas técnicas estejam adequadamentedisseminadas e testadas em larga escala,o produtor deverá optar pelo processosexuado, multiplicando as plantas atra-vés de sementes selecionadas, devido àalgumas dúvidas que ainda persistemcom relação ao desenvolvimento dasplantas enxertadas.

VariedadesVariedadesVariedadesVariedadesVariedades

Para o maracujá-amarelo, devidoà sua evolução de cultivo, já estão dispo-níveis cultivares comerciais, como oshíbridos IAC-275, para processamentoindustrial; IAC-273 e IAC-277 paramercado de frutas frescas. Há, também,algumas seleções regionais de impor-tância localizada.

No caso do maracujá doce, sele-ções regionais mais produtivas e comfrutos oblongos são preferíveis. Suadisponibilidade é pequena, não haven-do ainda comércio regular de materialpropagativo.

As sementes deste tipo demaracujá apresentam problemas degerminação e curta viabilidade.

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1Engº. Agrº., MSc., Programa Seringuei-ra, Bolsista FAPESP, Campinas, SP. E-mail: [email protected];2Engº. Agrº., Dr. Sc. , Pesquisador Cien-tífico, Programa Seringueira do InstitutoAgronômico, Campinas, SP E-mails:[email protected] e [email protected] ,3Engº. Agrº., Dr. S.c., Pesquisador APTA/DDD Pólo Regional Centro Norte, Pin-dorama, SP. E-mail: [email protected],4Pós-graduanda,Programa Seringueira,Instituto Agronômico, Campinas, SP. E-mail: [email protected]

Efeito do porta-enxerto no crescimentoEfeito do porta-enxerto no crescimentoEfeito do porta-enxerto no crescimentoEfeito do porta-enxerto no crescimentoEfeito do porta-enxerto no crescimentoe produção de clones de seringueirae produção de clones de seringueirae produção de clones de seringueirae produção de clones de seringueirae produção de clones de seringueira

Átila Bento Beleti CardinalÁtila Bento Beleti CardinalÁtila Bento Beleti CardinalÁtila Bento Beleti CardinalÁtila Bento Beleti Cardinal11111

Paulo de Souza GonçalvesPaulo de Souza GonçalvesPaulo de Souza GonçalvesPaulo de Souza GonçalvesPaulo de Souza Gonçalves22222

Antônio Lúcio Mello MartinsAntônio Lúcio Mello MartinsAntônio Lúcio Mello MartinsAntônio Lúcio Mello MartinsAntônio Lúcio Mello Martins33333

Adriano Tosoni da Eira AguiarAdriano Tosoni da Eira AguiarAdriano Tosoni da Eira AguiarAdriano Tosoni da Eira AguiarAdriano Tosoni da Eira Aguiar22222

Ligia Regina Lima GouvêaLigia Regina Lima GouvêaLigia Regina Lima GouvêaLigia Regina Lima GouvêaLigia Regina Lima Gouvêa44444

Em programas de plantio deseringueira [Hevea brasiliensis (Willd.ex Adr. de Juss.) Muell.-Arg.], os clonessão selecionados criteriosamente, po-rém os porta-enxertos são negligencia-dos.

Considerando-se que o método depropagação vegetativa asseguraria queos enxertos de um bloco monoclonalfossem homogêneos, observa-se, noentanto, que na maioria dos plantiosessa uniformidade esperada é apenasteórica. À campo, ocorrem altos coefi-cientes de variação para as variáveisvigor e produção de borracha, causadospela influência dos porta-enxertosutilizados.

Visando-se alto vigor, produti-vidade e uniformidade, foram testadas36 combinações entre porta-enxertos eenxertos (clones) de seringueira, com afinalidade de recomendação para plan-tio no Estado de São Paulo.

Um experimento em blocos aoacaso com parcelas subdivididas comquatro repetições foi instalado no PóloRegional do Centro Norte, emPindorama (SP) (21º13’S,48º56’W; alt. 560m), a fim detestar as combinações entre seisporta-enxertos (GT 1, IAN 873,PB 235, RRIM 600, RRIM 701 eSNS - sementes não-seleciona-das) e seis clones (GT 1, IAN 873,

PB 235, RRIM 600, RRIM 701 e PR107).

As parcelas constaram de 20plantas (6 úteis), espaçadas em 7 mentre linhas x 3 m entre plantas nalinha.

O sistema de sangria adotado foi½ S d/4 5d/7.11m/y ET 2,5%Ga 8/y ,ou seja: sangria em meia espiral (½ S),realizada em intervalos de quatro dias

(d/4) com atividade de sangria em cincodias na semana (5d/7), durante 11 mesesno ano (11m/y); estimulação com 2,5%de etephon (ET 2,5%) na canaleta semcernambi (Ga) oito vezes por ano (8/y).

Os caracteres analisados foram operímetro do caule em centímetros e aprodução, em gramas de borracha secapor árvore por sangria (g/árvore/sangria); média de 72 sangrias anuais.

Pela análise de variânciado vigor, observou-se que omaior efeito é de clone, signi-ficativo tanto no período deimaturidade quanto no perío-do adulto. Já o efeito de porta-enxerto foi significativo sobreperímetro de caule apenas doprimeiro ao terceiro ano, masnão permitiu separar materiaiscom desempenhos diferencia-dos ao longo do período deavaliação (Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1Figura 1).

Foi detectado efeito deporta-enxerto sobre a pro-dução de borracha em todos oscinco anos de avaliação. Omelhor desempenho produ-tivo foi alcançado pelo uso deporta-enxerto PB 235, queinduziu uma produção média

5,43

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GT 1 IAN 873 PB 235 RRIM 600 RRIM 701 SNS

Porta-enxertos

1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano 6º Ano 7º Ano 8º Ano

9º Ano 10º ano 11º ano 12º Ano 13º Ano 14º Ano 15º Ano

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Seringal adulto de RRIM 600 com deformação denominada “pata de elefante” devido àSeringal adulto de RRIM 600 com deformação denominada “pata de elefante” devido àSeringal adulto de RRIM 600 com deformação denominada “pata de elefante” devido àSeringal adulto de RRIM 600 com deformação denominada “pata de elefante” devido àSeringal adulto de RRIM 600 com deformação denominada “pata de elefante” devido àincompatibilidade do enxerto vs. porta-enxerto.incompatibilidade do enxerto vs. porta-enxerto.incompatibilidade do enxerto vs. porta-enxerto.incompatibilidade do enxerto vs. porta-enxerto.incompatibilidade do enxerto vs. porta-enxerto.

Figura 1: Desempenho relativo ao perímetro do cauleFigura 1: Desempenho relativo ao perímetro do cauleFigura 1: Desempenho relativo ao perímetro do cauleFigura 1: Desempenho relativo ao perímetro do cauleFigura 1: Desempenho relativo ao perímetro do caulede seis clones de seringueira em função de seisde seis clones de seringueira em função de seisde seis clones de seringueira em função de seisde seis clones de seringueira em função de seisde seis clones de seringueira em função de seisdiferentes porta-enxertos, em relação aos períodos dediferentes porta-enxertos, em relação aos períodos dediferentes porta-enxertos, em relação aos períodos dediferentes porta-enxertos, em relação aos períodos dediferentes porta-enxertos, em relação aos períodos deimaturidade (até o 7º ano) e adulto.imaturidade (até o 7º ano) e adulto.imaturidade (até o 7º ano) e adulto.imaturidade (até o 7º ano) e adulto.imaturidade (até o 7º ano) e adulto.

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dos clones nele enxertados de 53,25 g/árvore/sangria (Figura 2Figura 2Figura 2Figura 2Figura 2). O porta-enxerto obtido de sementes não-sele-cionadas (SNS) proporcionou baixasproduções à todos os clones testados, emcomparação aos demais materiais.

Os resultados obtidos para produ-ção de borracha mediante as análisesmostraram que o porta-enxerto obtidode semente do clone PB 235 apresentouos melhores resultados, ou seja, é oporta-enxerto que, em geral, mostramaior produção em qualquer um dosclones sob ele enxertado.

Por outro lado, o porta-enxerto desementes não selecionadas (SNS) mos-trou-se bem inferior aos demais. Naprática isso representa seu efeito su-pressivo sobre a produção de todos osclones enxertados sobre esse material.

Em relação ao perímetro do caule(vigor), os porta-enxertos não diferiramsignificativamente na fase adulta.

Os porta-enxertos obtidos desementes de PB 235 e IAN 873 deverãoser os mais recomendados para uso naregião do Planalto do Estado de SãoPaulo, devido ao bom desempenho queproporcionaram aos clones, no que serefere à produção de borracha seca.

Por outro lado, porta-enxertosobtidos de sementes não-selecionadas(SNS) foram os piores por propor-cionarem baixa produção nos clonesenxertados sobre eles.

Figura 2: Desempenho produtivo de seis clonesFigura 2: Desempenho produtivo de seis clonesFigura 2: Desempenho produtivo de seis clonesFigura 2: Desempenho produtivo de seis clonesFigura 2: Desempenho produtivo de seis clonesde seringueira em função de seis diferentesde seringueira em função de seis diferentesde seringueira em função de seis diferentesde seringueira em função de seis diferentesde seringueira em função de seis diferentesporta-enxertos, em cinco anos de avaliação.porta-enxertos, em cinco anos de avaliação.porta-enxertos, em cinco anos de avaliação.porta-enxertos, em cinco anos de avaliação.porta-enxertos, em cinco anos de avaliação.

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PB 235 IAN 873 RRIM 600 GT 1 RRIM 701 SNS

Porta-enxertos

5º ano

4º ano

3º ano

2º ano

1º ano

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1 - Prof. Titular do Departamento de Produçãoe Exploração Animal. FMVZ-UNESP. Botucatu(SP). Email [email protected]

Na edição anterior,relacionamos os fatores queafetam o crescimento e odesenvolvimento dos cor-deiros. A partir de agora,analisaremos cada fatordistintamente.

Peso ao nascerPeso ao nascerPeso ao nascerPeso ao nascerPeso ao nascer

É o reflexo dos aspectos genéticose, sobretudo, das condições ambientaisa que estiverem submetidas as ovelhasdurante a gestação. O peso ao nascercorrelaciona-se com os pesos posterio-res, todavia, sua relação com a taxa demortalidade dos cordeiros é signi-ficativa.

Filhotes mais pesados estão dota-dos de reservas energéticas, o que ospossibilitam a enfrentar eventuas situa-ções climáticas (baixas temperaturas,chuvas e ventos frios) e que exijam opleno funcionamento do sistema determorregulação.

Em trabalho científico apresen-tado no Chile, observou-se mortalidadede 34% para cordeiros na faixa de 2,6 a3,0 kg e 11% para aqueles com peso aonascer de 3,6 a 4,0 kg.

Perfil hormonalPerfil hormonalPerfil hormonalPerfil hormonalPerfil hormonal

Os diferentes hormônios produ-zidos pelo organismo ovino interagemresultando, em condições de perfeitoequilíbrio, taxas de crescimento condi-zentes.

Fatores ambientais, como o foto-período, podem alterar de forma signi-ficativa o perfil hormonal.

Já é por demais conhecido o efeito

Produção de carne de cordeiroProdução de carne de cordeiroProdução de carne de cordeiroProdução de carne de cordeiroProdução de carne de cordeiro

dessa variável sobre as questões repro-dutivas do ovino. Por outro lado, osestudos têm demonstrado que o foto-período pode afetar o crescimento.

Em pesquisa efetuada na Unesp,em Botucatu (SP), dois grupos de cor-deiros foram mantidos sob distintosfotoperíodos:

G1G1G1G1G1:- 18 horas de luz +6 horas de escuridão

G2G2G2G2G2:- 12 horas de luz +12 horas de escuridão

O G1G1G1G1G1 apresentou um ganho depeso médio diário de 0,275 kg, conver-são alimentar de 4,88:1 e 77 dias paraatingir o peso de abate.

Já o G2G2G2G2G2 apresentou um ganho depeso médio diário de 0,233 kg, conver-são de 5,51:1 e 84 dias de confinamento.

Um outro efeito de hormôniopode ser ilustrado por pesquisa, na qualse comparam cordeiros inteiros comcastrados, tendo os primeiros cresci-mento com maior rapidez e eficiênciaque os segundos, em função da testos-terona. Logo, não se castra cordeiros emsistemas de produção de carne.

AlimentaçãoAlimentaçãoAlimentaçãoAlimentaçãoAlimentação

O bom desempenho dos cordeirosinicia-se com uma boa alimentaçãoláctea, que está na dependência dapotencial idade leiteira da ovelha e dascondições ambientais que ela dispõepara exprimir sua potencialidade.

Os cordeiros únicoscrescem mais rápido que osgêmeos, em função da maiordisponibilidade de leite,tendo em vista que o acrés-cimo na produção das matri-zes de partos múltiplos é, nomáximo, de 30 a 50%.

Após a desmama, éimprescindível a compatibi-lização dos níveis nutricio-nais das dietas com o poten-cial genético de crescimen-to dos animais, sempre vi-sando a maximização da efi-ciência de produção com

uma boa relação custo/benefício.Os ganhos de peso na fase de ter-

minação variam de acordo com asdietas e com genótipo, havendo na lite-ratura citações desde 181 até 485 gra-mas por dia.

Idade da matrizIdade da matrizIdade da matrizIdade da matrizIdade da matriz

As borregas apresentam menoreficiência reprodutiva que as ovelhas,originando, também, cordeiros maisleves ao nascer.

A eficiência reprodutiva aumentacom a idade, até 6 a 7 anos, diminuindoa partir de então. São muito comuns osrebanhos envelhecidos, sem a devidareposição de fêmeas; fato que compro-mete substancialmente a viabilidadeeconômica das criações.

RaçaRaçaRaçaRaçaRaça

A principal influência da raça dizrespeito ao peso, à maturidade e à velo-cidade com a qual ele é atingido, alémdas diferenças na deposição de gordurainterna.

Entretanto, os distintos sistemasde produção praticados no mundo sãodelineados, levando-se em conside-ração a interação genótipo-ambiente,já abordada anteriormente. Aproxima-damente 70% da qualidade da carne éconsequência da alimentação.

Na próxima edição falaremossobre o tema “Carcaças e Carnes de AltaQualidade”.

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5ª PARTE5ª PARTE5ª PARTE5ª PARTE5ª PARTE(extraído do jornal Oextraído do jornal Oextraído do jornal Oextraído do jornal Oextraído do jornal OOVELHEIROOVELHEIROOVELHEIROOVELHEIROOVELHEIRO, Informativo daASPACO - AssociaçãoPaulista de Criadores deOvinos)

Dr. Édson Ramos de SiqueiraDr. Édson Ramos de SiqueiraDr. Édson Ramos de SiqueiraDr. Édson Ramos de SiqueiraDr. Édson Ramos de Siqueira11111

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CURSO DE HORTIFRUTIORGÂNICOSdia 09. Sítio Cata-Vento. AAO.Indaiatuba (SP). INF. (11) 3875-2625. wwwv.aao.org.br

5º CURSO DE GPS NAVEGAÇÃONA AGROPECUÁRIAdias 09 e 10. FCAVJ-Unesp.Jaboticabal (SP). INF. (16) 3209-1300. [email protected]

14º CURSO TÉCNICASCONTROLE DE BRUCELOSE ETUBERCULOSEdias 11 a 15. FCAVJ-Unesp.Jaboticabal (SP). INF. (16) 3209-1303. [email protected]

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSUCURSO PROTEÇÃO DEPLANTASa partir de janeiro. UFV e ABEAS.Curso à Distância. INF. (31) 3899-1094 ou [email protected]. ou sitewww.ufv.br/dfp/laboprotecao/abeas ou www.abeas.com.br

Envie-nos fotos antigas para a Seção Nos Trilhos doTempo, sob o tema “Estradas de Ferro” da região da Alta

Mogiana e Sudoeste Mineiro. Favor incluir nomecompleto, data da foto e cidade para:- Email:-

[email protected]

RemanescentesRemanescentesRemanescentesRemanescentesRemanescentes. Em Passos (MG), só restou a antiga estação ferroviária,. Em Passos (MG), só restou a antiga estação ferroviária,. Em Passos (MG), só restou a antiga estação ferroviária,. Em Passos (MG), só restou a antiga estação ferroviária,. Em Passos (MG), só restou a antiga estação ferroviária,hoje transformada em casa da cultura e museu.hoje transformada em casa da cultura e museu.hoje transformada em casa da cultura e museu.hoje transformada em casa da cultura e museu.hoje transformada em casa da cultura e museu.

Ovinocultores de Franca criam núcleoOvinocultores de Franca criam núcleoOvinocultores de Franca criam núcleoOvinocultores de Franca criam núcleoOvinocultores de Franca criam núcleo

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No último dia 06 de novembro, na Casa do Criador, doParque de Exposições ‘Fernando Costa’, em Franca (SP), umgrupo de ovinocultores se reuniram e criaram o Núcleo dosProdutores de Ovinos de Franca e Região, que passará arepresentar na região a Aspaco - Associação Paulista dosCriadores de Ovinos.

Na foto, da esquerda para à direita: Méd. Vet. Gabriel: Méd. Vet. Gabriel: Méd. Vet. Gabriel: Méd. Vet. Gabriel: Méd. Vet. GabrielVillela Rosa (Villela Rosa (Villela Rosa (Villela Rosa (Villela Rosa (agente de desenvolvimento do Programa SAI-Sebrae); Eduardo Alves e Marcos Antonio Carrijo Filho ; Eduardo Alves e Marcos Antonio Carrijo Filho ; Eduardo Alves e Marcos Antonio Carrijo Filho ; Eduardo Alves e Marcos Antonio Carrijo Filho ; Eduardo Alves e Marcos Antonio Carrijo Filho (sóciosno Sítio Santa Rita, Franca/SP); Luis Prior ; Luis Prior ; Luis Prior ; Luis Prior ; Luis Prior (representando ofilho, Gabriel Prior, Sítio das Codornas, São José da Bela Vista/SP); Zootecnista Sérgio Bertelli Garcia ; Zootecnista Sérgio Bertelli Garcia ; Zootecnista Sérgio Bertelli Garcia ; Zootecnista Sérgio Bertelli Garcia ; Zootecnista Sérgio Bertelli Garcia (Sírio Irundi, PatrocínioPaulista/SP); José Mário Marcolino Alves (; José Mário Marcolino Alves (; José Mário Marcolino Alves (; José Mário Marcolino Alves (; José Mário Marcolino Alves (Fazenda Estrela,Patrocínio Paulista/SP); Marcelo Lopes David ; Marcelo Lopes David ; Marcelo Lopes David ; Marcelo Lopes David ; Marcelo Lopes David (Recanto ML,Guaranésia/MG); e Luis Henrique Neves Freitas (; e Luis Henrique Neves Freitas (; e Luis Henrique Neves Freitas (; e Luis Henrique Neves Freitas (; e Luis Henrique Neves Freitas (FazendaNossa Senhora do Monte Serrat, Patrocínio Paulista/SP).....

08/02/07 - sexta-feira08/02/07 - sexta-feira08/02/07 - sexta-feira08/02/07 - sexta-feira08/02/07 - sexta-feira9:00 – 10:00h – Provocação inicial: Cana x Leite –9:00 – 10:00h – Provocação inicial: Cana x Leite –9:00 – 10:00h – Provocação inicial: Cana x Leite –9:00 – 10:00h – Provocação inicial: Cana x Leite –9:00 – 10:00h – Provocação inicial: Cana x Leite –

índices de rentabilidade e perspectivasíndices de rentabilidade e perspectivasíndices de rentabilidade e perspectivasíndices de rentabilidade e perspectivasíndices de rentabilidade e perspectivasChristiano Nascif – Educampo / UFV10:00 – 12:30h – Casos de Sucesso e Debate10:00 – 12:30h – Casos de Sucesso e Debate10:00 – 12:30h – Casos de Sucesso e Debate10:00 – 12:30h – Casos de Sucesso e Debate10:00 – 12:30h – Casos de Sucesso e Debate14:00 – 15:00h – Bases para a produção de leite14:00 – 15:00h – Bases para a produção de leite14:00 – 15:00h – Bases para a produção de leite14:00 – 15:00h – Bases para a produção de leite14:00 – 15:00h – Bases para a produção de leite

sustentável em regiões com cana-de-açúcarsustentável em regiões com cana-de-açúcarsustentável em regiões com cana-de-açúcarsustentável em regiões com cana-de-açúcarsustentável em regiões com cana-de-açúcarAndré Luiz Novo – EMBRAPA Pecuária Sudeste15:00 – 16:00h - A diversificação como forma de15:00 – 16:00h - A diversificação como forma de15:00 – 16:00h - A diversificação como forma de15:00 – 16:00h - A diversificação como forma de15:00 – 16:00h - A diversificação como forma de

redução de riscos. redução de riscos. redução de riscos. redução de riscos. redução de riscos. Alexandre M. Barros – FGV16:30 – 17:30h – Utilização da cana-de-açúcar em16:30 – 17:30h – Utilização da cana-de-açúcar em16:30 – 17:30h – Utilização da cana-de-açúcar em16:30 – 17:30h – Utilização da cana-de-açúcar em16:30 – 17:30h – Utilização da cana-de-açúcar em

sistemas de produção de leite. sistemas de produção de leite. sistemas de produção de leite. sistemas de produção de leite. sistemas de produção de leite. Luiz Gustavo Nussio -ESALQ

17:30 – 18:30h – debate17:30 – 18:30h – debate17:30 – 18:30h – debate17:30 – 18:30h – debate17:30 – 18:30h – debate

09/02/07 - sábado09/02/07 - sábado09/02/07 - sábado09/02/07 - sábado09/02/07 - sábado8:00 – 12:00 h – visita a propriedades da região8:00 – 12:00 h – visita a propriedades da região8:00 – 12:00 h – visita a propriedades da região8:00 – 12:00 h – visita a propriedades da região8:00 – 12:00 h – visita a propriedades da regiãoSítio Boa VistaSítio Boa VistaSítio Boa VistaSítio Boa VistaSítio Boa Vista – Antônio Fernando Rodrigues, em

Eliziário/SP. Produção de 500 a 600 litros diários,explorados em 6 hectares, com 33.000 litros/ha/ano.

Nivaldo Figueiras Filho – Nivaldo Figueiras Filho – Nivaldo Figueiras Filho – Nivaldo Figueiras Filho – Nivaldo Figueiras Filho – propriedade com pastejoirrigado em Valentim Gentil, com produção de34.826 litros/ha/ano, 81% de vacas em lactação, UFCmédia de 38.000/ml, CCS de 398.000/ml,gordura de 3,6%, proteína total de 3,1%.

CURSO: ATUALIZAÇÃO EMINSEMINAÇÃO ARTIFICIAL DEBOVINOSdias 15 a 18. Instituto de Zootecnia.Nova Odessa(SP). INF. (19) 3466-9465 ou [email protected]

CURSO: NUTRIÇÃO EFORMULAÇÃO DE RAÇÕES EMMICROCOMPUTADORES PARABOVINOS DE CORTEdias 16 a 18. Centro de TreinamentoRecursos Humanos Esalq/USP.Piracicaba (SP). INF. (19) 3417-6604 ou [email protected]

CURSO: TRANSFORME AFAZENDA EM EMPRESAdias 22 a 26. Lagoa da Serra.Sertãozinho (SP). INF. (16) 2105-2299. www.lagoa.com.br

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO:INVESTIMENTO, PLANEJAMENTOE GESTÃO NO COMPLEXOSUCROALCOOLEIROde 02 de março 2007 a 07 demarço de 2009. Esalq/USP.Piracicaba (SP). INF. (19) 3429-8857. [email protected]

1º Workshop “Leite Competitivo”1º Workshop “Leite Competitivo”1º Workshop “Leite Competitivo”1º Workshop “Leite Competitivo”1º Workshop “Leite Competitivo”Tema: Como Competir com a Cana-de-açúcar?Tema: Como Competir com a Cana-de-açúcar?Tema: Como Competir com a Cana-de-açúcar?Tema: Como Competir com a Cana-de-açúcar?Tema: Como Competir com a Cana-de-açúcar?

8 e 9 de fevereiro 2007 - São José do Rio Preto/SP

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