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Ecrans de visualização
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Ficha Técnica
Título: “Écrans de Visualização – Normas e Procedimentos”
Autores:
Técnicas de Saúde Ambiental
Carmo Pereira Filomena Sampaio
Lúcia Lacerda Lúcia Pereira
Teresa Pereira Vanda Brito
Sub-Região de Saúde de Setúbal
Setembro, 2003
Écrans de Visualização Setembro 2003
GLOSSÁRIO
LUX – Unidade de medida da intensidade de iluminação. (Manual de
Ergonomia, 1998)
LUMINÂNCIA – Intensidade luminosa por unidade de área aparente de uma
superfície, numa dada direcção. (Apontamentos da
Formação – Gestão da Qualidade do Ar Interior, 2002)
Técnicas de Saúde Ambiental
Carmo Pereira, Filomena Sampaio, Lúcia Lacerda, Lúcia Pereira, Teresa Pereira, Vanda Brito
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Écrans de Visualização Setembro 2003
ÍNDICE Pág.
GLOSSÁRIO ....................................................................................................................... 3
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 6
2. OBJECTIVOS ................................................................................................................ 7
3. O QUE É O TRABALHO COM ÉCRANS DE VISUALIZAÇÃO? ....................... 8
4. QUAIS AS PRINCIPAIS QUEIXAS NO TRABALHO COM ÉCRANS ............ 9
4.1 PERTURBAÇÕES OCULARES ................................................................................ 9
4.2 PERTURBAÇÕES MUSCULO-ESQUELÉTICAS .................................................... 9
4.3 PERTURBAÇÕES DE ORDEM PSICOLÓGICA ....................................................... 10
5. ELEMENTOS E EXIGÊNCIAS DO POSTO DE TRABALHO COM ÉCRANS
DE VISUALIZAÇÃO ...................................................................................................
11
5.1 O MONITOR ........................................................................................................ 11
5.1.1 Dimensão do Écran ............................................................................. 11
5.1.2 Curvatura do Écran ........................................................................... 11
5.1.3 Mobilidade do Écran .......................................................................... 12
5.1.4 Caixa do Écran .................................................................................... 12
5.2 O TECLADO ......................................................................................................... 12
5.3 O PORTA-DOCUMENTOS ................................................................................... 12
5.4 MESA DE TRABALHO .......................................................................................... 13
5.4.1 Espaço Reservado às Pernas ........................................................... 14
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5.4.2 O Descanso para os Pés ................................................................... 14
5.4.3 Suporte para os Cabos ..................................................................... 15
5.5 A CADEIRA DE TRABALHO ................................................................................ 15
5.6 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE UMA POSTURA CORRECTA ......................... 17
6. ILUMINAÇÃO DOS POSTOS DE TRABALHO COM ÉCRANS DE
VISUALIZAÇÃO ...............................................................................................................
19
6.1 ILUMINAÇÃO NO LOCAL ................................................................................... 19
6.1.1 Intensidade de Iluminação ............................................................... 19
6.1.2 O Tom da Luz ...................................................................................... 20
6.1.3 Reflexos ............................................................................................... 20
6.1.4 Iluminação Natural ............................................................................ 21
6.1.5 Iluminação Artificial ......................................................................... 24
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 27
8. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 28
Técnicas de Saúde Ambiental
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1. INTRODUÇÃO
Actualmente o trabalho com écrans de visualização tem mais
representatividade numérica do que há uns anos atrás. No trabalho em
geral e nomeadamente nos serviços das administrações públicas e locais
começa a generalizar-se o trabalho com écrans (computadores, televisores,
video-conferências etc.), a evolução é fulgurante.
Muitos locais de trabalho passam por metamorfoses: o antigo escritório de
papel passa a escritório electrónico. Enquanto que em 1965 só havia alguns
écrans de visualização no sector económico, em 1975 já se estimava o seu
número em 30 000, em 1980 em 80 000 e em 1985, 220 000. Em 1990 são
utilizados em número superior a 500 000. Se lhe acrescentarmos os
computadores pessoais (p. c.) nos últimos anos o número é certamente muito
superior a 1 milhão. (Walter Lips, 1991)
Posto isto, e tendo em conta o aumento significativo desta forma de trabalho há
que preparar uma brochura/manual que permita inserir recomendações e formas de
procedimento que de uma forma acessível permitam vislumbrar os princípios
básicos do trabalho com écrans de visualização.
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2. OBJECTIVOS
•
•
•
Dar ferramentas à entidade empregadora para fazer monitorização.
Avaliar as condições de segurança e saúde existentes nos locais de trabalho
com equipamento de visor, nomeadamente no que respeita aos factores
ambientais, aos riscos para a visão, às afecções físicas.
Dar a conhecer aos profissionais de saúde formas de estar e actuar, bem como
os conhecimentos essenciais para a prevenção dos riscos profissionais
inerentes à utilização dos écrans de visualização.
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3. O QUE É O TRABALHO COM ÉCRANS DE VISUALIZAÇÃO?
Quando se fala muito simplesmente de “trabalho com écran” minimiza-se o
problema. A prática mostra que este trabalho pode diferir caso a caso, consoante a
carga mental e física. É por isso que é vantajoso fazer a distinção entre os dois
principais tipos de trabalho com o écran: introdução de dados e trabalho tipo
conversacional.
No primeiro, numerosas informações são introduzidas por unidade de tempo, pelo
operador por meio de teclado. Uma ou duas mãos estão sobre o teclado. O olhar
está na maior parte do tempo fixo no documento e não passa ao écran senão de
relance. A postura sentada e a posição da cabeça são constantes. O trabalho é
monótono. É sobretudo o aparelho de suporte, ou seja, a coluna vertebral, os
músculos e os tendões dos braços e das mãos, que é solicitado. A carga visual é
devida sobretudo à má legibilidade de certos documentos e a um brilho incómodo
do plano de trabalho. Apesar da monotonia do trabalho, a capacidade de
assimilação e de concentração são muito solicitadas.
O trabalho em moldes conversacionais usa o aparelho para saída e entrada de
dados. Neste caso, é predominante a incidência do olhar sobre o écran. Na prática,
há sempre trabalhos acessórios, tais como, procurar dados nos dossiers, chamadas
telefónicas, etc. o trabalho é variado. Põe grandes exigências na capacidade de
concentração assimilação e redacção. A carga visual provocada pelo écran é menor
na pesquisa do que no lançamento dos dados, e a tendência para posturas forçadas
é igualmente menor.
O trabalho efectuado pelos profissionais da Sub-Região começa a generalizar-se
sob a forma de informática, pelo que importa ter a percepção adequada de que 8
horas a trabalhar com écrans pode provocar queixas, que poderão estar
relacionadas com o trabalho.
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4. QUAIS AS PRINCIPAIS QUEIXAS NO TRABALHO COM ÉCRANS?
O trabalho com écrans de visualização pode originar:
•
•
•
•
•
•
•
Uma carga visual considerável (perturbações oculares);
Posturas forçadas (perturbações musculo-esqueléticas);
Solicitação excessiva das capacidades de assimilação e concentração
(perturbações de ordem psicológica).
4.1 PERTURBAÇÕES OCULARES
No que respeita às perturbações oculares, a sua origem deve ser procurada na
carga visual e na fadiga dos olhos que daí resultam e que são devidas aos seguintes
factores:
Maiores exigências visuais de acomodação e de adaptação (adaptação dos olhos
às intensidades luminosas que variam constantemente);
Encandeamento directo e indirecto (superfícies brilhantes, reflexos);
Forma insatisfatória de certos caracteres, linhas ou páginas inteiras;
Falta de nitidez e de contraste dos caracteres.
4.2 PERTURBAÇÕES MUSCULO-ESQUELÉTICAS
As dores na nuca e nos membros podem ter origem nas posturas incorrectas
frequentemente adoptadas no trabalho com os écrans.
A carga intelectual acrescida durante o trabalho com écrans de visualização
provoca a diminuição do limiar da tolerância e, em consequência, o aumento das
queixas. Toma-se consciência, por exemplo, de certas perturbações visuais que até
então não eram incómodas.
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4.3 PERTURBAÇÕES DE ORDEM PSICOLÓGICA
É preciso não esquecer as dificuldades de ordem psicológica sentidas pelos
indivíduos perante as novas formas de trabalho e as novas formas de organização
do mesmo, agravadas também pela falta de formação adequada.
Como fazer face a estes problemas e prevenir as perturbações daí
resultantes?
É o que vamos explicar a seguir.
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5. ELEMENTOS E EXIGÊNCIAS DO POSTO DE TRABALHO COM
ÉCRANS DE VISUALIZAÇÃO
Nos postos de trabalho com écrans de visualização é necessário conceber o maior
número possível de elementos do sistema em função uns dos outros, de tal maneira
que, por um lado, o trabalho possa ser feito sem dificuldades, sem erros e resulte
do ponto de vista económico, e, por outro lado, as exigências colocadas ao homem
não sejam, se possível, nem excessivas, nem insuficientes.
5.1.1 Dimensã
A dimensão do é
que permite ap
espaços suficien
5.1.2 Curvatu
Um écran, o men
diminuir os ref
aparelhos são m
lado, um écran d
da informação n
Carmo Pere
5.1 O MONITOR
o do écran
cran deve ser adequada ao trabalho. Considera-se como máxima a
resentar a informação na zona de trabalho com caracteres e
temente grandes, isto é, de maneira bem legível.
ra do écran
os curvado possível (grande raio de curvatura), tem a vantagem de
lexos que provêm das fontes luminosas do ambiente. Estes
ais fáceis de colocar em posição de evitar os reflexos. Por outro
e grande curvatura permite evitar mais facilmente as distorções
as zonas periféricas.
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5.1.3 Mobilidade do écran
Para permitir um posicionamento óptimo em função das exigências do utilizador e
das particularidades do posto de trabalho, o écran deve permitir a sua inclinação e
orientação tal como ser deslocado na horizontal e na vertical.
5.1.4 Caixa do écran
Para evitar os contrastes muito violentos, a caixa do écran não deve ser um factor
de reflexão muito elevado, isto é, não deve ser nem brilhante nem muito clara.
Recomenda-se para a caixa superfícies neutras e mates com luminâncias que se
situem aproximadamente entre as do fundo do écran e as do documento.
5.2 O TECLADO
Para as pessoas que utilizam com frequência ou permanentemente o écran de
visualização é importante, do ponto de vista ergonómico, que seja possível adaptar
a posição do teclado ao tipo de tarefa (em frente do écran ou do documento) e a
outras situações.
A utilização de um porta-documentos impõe-se como necessária quando o
lançamento de dados é frequente. Assim, deve respeitar os seguintes requisitos:
5.3 O PORTA-DOCUMENTOS
• Ser reguláveis em altura e permitirem uma inclinação de 30 a 70º em relação ao
plano horizontal.
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•
•
•
•
•
•
A inclinação do documento deve corresponder de muito perto à do écran.
Para as operações que implicam a mudança frequente do olhar do documento
para o écran é necessário que as distâncias olho-écran e olho documento sejam,
tanto quanto possível, iguais. Isto permite evitar uma constante ginástica de
acomodação.
Para prevenir a fadiga dos músculos oculares é preciso colocar o documento e o
écran de modo a ficarem o mais próximo possível um do outro. Quando o olhar
alterna mais entre o documento e o teclado, o documento deve ser colocado o
mais perto possível do teclado.
As dimensões da
fisiológica dos p
trabalho deve po
O tampo da m
permitir uma
A superfície
O tampo dev
cm, o que cor
Carmo Pere
5.4 A MESA DE TRABALHO
mesa e a sua construção são decisivas para uma boa acomodação
ostos de trabalho com écrans de visualização. Assim, a mesa de
ssuir as seguintes características:
esa deve oferecer espaço suficiente para as tarefas a executar e
disposição fácil dos diferentes elementos.
do tampo não deve ser de material frio ao toque.
e ter a largura mínima de 160 cm e a profundidade mínima de 90
responde a uma superfície de 1,44 m2.
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•
•
•
•
•
•
O tampo da mesa difere com a estatura das pessoas e com o comprimento das
pernas, não sendo por isso conveniente que a altura das mesas seja fixa. Assim,
devem escolher-se preferencialmente mesas de trabalho que sejam reguláveis
em altura e permitam igualmente uma fraca inclinação.
Conforme a actividade e a forma dos elementos do terminal assim haverá
necessidade de uma superfície maior ou menor.
As arestas da mesa deverão ser arredondadas.
No que respeita à cor da mesa, são aconselhados os tons neutros ( por exemplo,
cinzentos, verdes ou castanhos) com um factor de reflexão relativamente baixo
– entre os 20 e os 50% - a superfície do tampo deve, em princípio, ser baça.
5.4.1 Espaço reservado às pernas
Com base em experiências que têm sido feitas recomenda-se um espaço mínimo de
60 cm ao nível dos joelhos e 80 cm ao nível dos pés.
Em certas condições (comprimento das pernas, concepção pessoal, mudança, etc.),
as dimensões inferiores até 10 cm são toleradas. A altura do espaço reservado às
pernas depende necessariamente do tampo e não deve ser em caso nenhum
reduzido por gavetas ou outros elementos do mesmo género.
5.4.2 O descanso para os pés
O descanso para os pés deve ter em conta o comprimento das pernas e as
necessidades individuais de cada um.
Deve ter área suficiente para um posicionamento confortável e estar regulado
(em altura e inclinação) de acordo com a estatura e características do posto de
trabalho.
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•
•
•
•
Deve ter no mínimo 40 cm de largura, uma profundidade não inferior a 30 cm,
uma inclinação entre 0º e 20 º e a possibilidade de regulação da altura de 15
cm.
Este tipo de descanso para os pés limita a mobilidade fisiológica. Devem ser
anti-derrapantes o que poderá ser conseguido utilizando um tapete anti-
derrapante ou fixando o descanso para os pés.
Não devem ser utilizados pequenos suportes onde só existe espaço para os pés
ou que tenham no meio um tubo ou uma barra.
Poderá ser utilizado como apoio de pés uma lista telefónica.
5.4.3 Suporte para os cabos
O escritório deve estar equipado com suportes de forma a evitar a existência de
cabos soltos, susceptíveis de provocar quedas ou outros acidentes de trabalho. Se
os cabos forem introduzidos logo do início em tubos próprios, no solo, eliminam-se
as desagradáveis possibilidades de tropeçar.
5.5 A CADEIRA DE TRABALHO
Para as actividades na posição permanentemente de sentado, a cadeira de trabalho
deve permitir uma posição sentada cómoda e o alívio dos músculos das costas. As
características da cadeira de trabalho são assim, de uma grande importância do
ponto de vista ergonómico. Assim, a cadeira deverá apresentar as seguintes
características:
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•
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•
•
•
Para os postos de trabalho com écrans são indicadas cadeiras giratórias com
cinco rodas cuja altura seja ajustável entre os 42 e os 55 cm, e que permitam
uma boa estabilidade, não deslizem nem tombem e permitam ter os pés bem
apoiados no chão, mantendo os seus joelhos alinhados com as ancas.
Recomenda-se para a cadeira uma base de assento de cerca de 40 x 40 cm,
ligeiramente côncava mas não completamente moldável ao corpo, com um ligeiro
estofo de látex com uma espessura de cerca de 1 cm e coberta com um
material permeável ao vapor de água (por exemplo, fibra natural ou tecido
misto).
Por outro lado, é aconselhável um dispositivo de regulação que permita inclinar
o assento, 2º para diante e 14º para trás, relativamente à posição horizontal. O
rebordo anterior da cadeira deve ser ligeiramente arredondado a fim de evitar
a pressão mecânica sobre os vasos e os nervos das pernas. Os assentos
almofadados, ligeiramente côncavos no meio e inclináveis, têm tido também
resultados satisfatórios.
O espaldar da cadeira deve ter uma à volta de 50 cm acima do assento. Deve
ter um apoio lombar em forma de almofada com uma altura de 10 a 20 cm e ser
ligeiramente moldado na parte superior. Se não possuir este apoio pode utilizar
uma toalha enrolada com cerca de 5 a 8 cm de diâmetro. O espaldar da cadeira
deve ser inclinável e poder ser fixado na posição desejada.
A cadeira não deve ter braços. O mais importante é existir apoio adequado
para os antebraços assim como para as mãos no bordo anterior da mesa (diante
do teclado e do écran).
A cadeira não deve ser demasiado alta ou encontrar-se afastada do local de
trabalho, obrigando a arquear as costas.
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Em numerosa
écran, sem jus
Para evitar as
conta igualmen
pernas. Isto s
do posto de tr
relativamente
O simples fact
calma e relaxa
exigência resp
com écrans de
é representad
Muitas horas d
visual, mas tam
posição rígida
•
•
•
•
Variar a inc
Alternar a
Fazer paus
contínuo co
Variar as t
Carmo P
5.6 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE UMA POSTURA CORRECTA
s publicações define-se como posição sentada correcta, diante do
tificação fisiológica, aquela em que a coluna está direita.
posturas forçadas e as sequelas que daí resultam é preciso ter em
te as posições correctas e de conforto da cabeça, braços, mãos e
ó se pode fazer com a possibilidade de regulação dos componentes
abalho já mencionadas (posicionamento dos instrumentos de trabalho
á altura, inclinação, etc.).
o das condições de trabalho que não permitem adoptar uma postura
da estarem muitas vezes na origem de perturbações, prova que esta
onde a uma necessidade fisiológica imperiosa. Assim, para o trabalho
visualização, é importante a adopção de uma postura correcta, como
o na Figura 1.
e trabalho contínuo com écrans de visualização levam não só à fadiga
bém à fadiga postural, uma vez que se está muito tempo na mesma
ou estática. Assim, devem ser seguidas as seguintes recomendações:
linação do encosto;
postura sentada com a postura de pé;
as de mais ou menos 15 minutos por cada duas horas de trabalho
m écrans;
arefas durante o dia.
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Figura 1 – Princípios fundamentais de uma postura correcta
[Centro Regional de Saúde Pública - Pólo de Setúbal – Folheto - 2002]
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6. ILUMINAÇÃO DOS POSTOS DE TRABALHO COM ÉCRANS DE
VISUALIZAÇÃO
Como em outros sectores profissionais o trabalho com écrans de visualização
poderá afectar a vista do homem. Assim, visto que a iluminação tem um papel
fundamental no posto de trabalho com écrans de visualização, de seguida
apresentam-se as principais características que a mesma deve apresentar, assim
como a sua disposição relativamente aos diferentes elementos do posto de
trabalho.
6.1 ILUMINAÇÃO NO LOCAL
6.1.1 Intensidade de Iluminação
As principais tarefas a executar num posto de trabalho com écrans de visualização
colocam em termos de iluminação duas exigências quase opostas. A leitura do texto
e o olhar sobre o teclado requerem um nível de iluminação relativamente elevado,
enquanto que a leitura da informação no écran exige um bom contraste entre os
caracteres e o fundo. Pela sua natureza este contraste diminui em função do
aumento do nível da iluminação do local por interferência da luz.
A qualidade da iluminação do local de trabalho deve ser de modo a não existir
diminuição do contraste no écran de visualização e reflexos, e permitir uma boa
leitura do documento, por isso as recomendações para intensidades de iluminação
divergem bastante entre si.
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Podem ser recomendadas as seguintes orientações gerais para a intensidade de
iluminação:
•
•
•
Para documentos bem legíveis, valores de 300 Lux.
Para documentos com legibilidade diminuída, valores de 400-500 Lux.
Para trabalho de introdução de dados, valores iguais ou superiores a 500 Lux.
6.1.2 O tom da luz
Deve-se escolher como tom da luz os tubos fluorescentes o “branco neutro” ou o
“branco quente”, sendo este último o mais compatível com as exigências acrescidas
em matéria de conforto e o que permite um ambiente luminoso agradável. Para além
disso, os tubos fluorescentes com tons quentes têm um grau de oscilação e uma
tendência de cintilação inferiores. Por outro lado, a tolerância aos efeitos da
iluminação é mais elevada quando a luz é “branco quente”.
6.1.3 Reflexos
O factor de reflexão influi seriamente na difusão da luz no local. Sobre a
superfície dos écrans podem formar-se reflexos mais claros o que pode levar a
ofuscamentos incómodos.
Em muitas pesquisas de campo foi constatado que os reflexos eram considerados a
mais desagradável manifestação que acompanha o trabalho com monitores (Manual
de Ergonomia, 1998)
É possível lutar contra os reflexos a partir da regulação do écran. O meio mais
simples consiste em inclinar o écran para baixo. O écran deve ser inclinável de 88 º
a 105 º relativamente ao plano horizontal.
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Outro factor que contribui para a existência de reflexos são as características
das superfícies de trabalho. Estas devem ser mates de modos a diminuir a sua
intensidade.
É também necessário escolher e colocar as armaduras de maneira a evitar o mais
possível os reflexos na superfície de écran.
o
A – Raio luminoso
B - Raio luminoso
Figura 2 - Inclinação do écran e
diferentes ângulos vis
Técn
Carmo Pereira, Filomena Sampaio, L
Correct
o
Incorrectcom ângulo de incidência de 30º
com ângulo de incidência de 15º
reflexos possíveis da iluminação do tecto sob os
uais [ IDICT,1991]
icas de Saúde Ambiental úcia Lacerda, Lúcia Pereira, Teresa Pereira, Vanda Brito
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6.1.4 Iluminação Natural
A luz do dia, só por si, não convém para iluminar os postos de trabalho com écrans
de visualização porque está sujeita a fortes variações (atingindo o máximo de
10000 lux directamente por detrás das janelas). Dado que a maior parte dos locais
onde existem écrans de visualização têm janelas, convém ter em conta os seguintes
pontos:
Não deve haver janelas nem diante nem atrás do écran. •
•
•
•
•
O ângulo principal do olhar deve ser paralelo à fila de janelas.
Os écrans de visualização devem, tanto quanto possível, ser colocados ou
mudados para zonas ou sítios do local de trabalho afastados das janelas.
As janelas deverão ser equipadas com estores exteriores porque estes são
termicamente mais vantajosos do que os interiores. Para as janelas com vidros
isolantes do calor devem ser tomadas medidas particulares no interior do local.
É vantajoso a existência de cortinas ou estores interiores. Estes devem ser
reguláveis e de material espesso, liso e claro (tons pastel), de modo a evitar
reflexos.
Se, por razões de serviço, os écrans não podem ser implantados de acordo com os
critérios estabelecidos, ou se há mais do que uma fila de janelas, é necessário
recorrer a divisórias amovíveis para obter a solução óptima. Nestes casos trata-se
não somente de eliminar os eventuais reflexos sobre o écran, mas também de
reduzir as luminâncias demasiado elevadas no campo visual.
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As janelas est
visual, daí res
luminância.
As janelas re
visor.
Diferenças de
existem super
reflexão do vi
Figura 3 - Disposição do écran de visualiza
[IDICT,1991]
Técnicas de Saúde Ambie
Carmo Pereira, Filomena Sampaio, Lúcia Lacerda, Lúcia Pe
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Má colocação
ão colocadas dentro do campo
ultam grandes diferenças de
Má colocação
flectem-se na superfície do
Boa colocação
luminância equilibradas. Não
fícies luminosas, na zona de
sor
ção num local com luz do dia.
ntal reira, Teresa Pereira, Vanda Brito
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6.1.5 Iluminação artificial
Os locais iluminados pela luz do dia têm necessidade, em todos os casos, de uma
iluminação artificial complementar.
Esta deve ser composta sob a forma de filas de lâmpadas dispostas paralelamente
à fila das janelas. Por vezes a iluminação artificial provoca reflexos e complica
ainda mais a colocação do écran no local adequado. A figura seguinte mostra como
ultrapassar esta dificuldade.
Janelas com Estoresinteriores e exteriores
Filas de Armaduras
Janelas com Estores interiores e exteriores
Postos de Trabalho com Écrans
Figura 4 - Disposição dos postos de trabalho com écra
combinação dos meios de iluminação natural e
de Manual de Ergonomia, 1998]
Técnicas de Saúde Ambiental
Carmo Pereira, Filomena Sampaio, Lúcia Lacerda, Lúcia Pereira, Teresa Per
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ns de visualização,
artificial. [Adaptado
eira, Vanda Brito
Écrans de Visualização Setembro 2003
Os locais de trabalho interiores com écrans de visualização devem ser iluminados
com a ajuda de filas de lâmpadas contínuas, dispostas paralelamente ao eixo do
olhar, podendo ser colocadas separadamente.
Não devem ser colocadas luminárias atrás do écran de visualização porque
provocam reflexos, nem na frente e são fontes de ofuscamento directo, conforme
se pode observar na figura seguinte.
Figura 5 – Fontes luminosas atrás do operador de écrans de visualização provocam
reflexos. Fontes luminosas na frente do operador são fontes de
ofuscamento directo. [Manual de Ergonomia, 1998]
Não são convenientes:
As lâmpadas fluorescentes nuas. •
•
•
•
As armaduras dispostas em forma de calha.
As armaduras dispostas em filas paralelas.
As armaduras dispostas em filas cruzadas.
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As armaduras de grelha prateadas com luz dirigida para baixo. •
• As armaduras de luz incandescente com lâmpadas nuas.
O mais conveniente é uma iluminação em todas as direcções, difusa em grandes
superfícies e de pouca luminância.
Em certos casos pode ser útil uma iluminação de apoio dirigida sobre o posto de
trabalho. Excluem-se em regra os candeeiros de mesa porque ofuscam muitas
vezes os operadores dos postos próximos.
Sendo dado adquirido que a lâmpada fluorescente com a armadura convencional é a
iluminação mais comum dedicamo-nos a ela com mais detalhe. São recomendáveis as
armaduras com lâminas ou grelha.
A protecção dos reflexos que incidem sobre o écran e que resultam das armaduras
faz-se tomando medidas apropriadas sobre o próprio écran (protecção anti-
reflexo, mudança da disposição da sala).
Luz directa
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Luz indirecta atenuada combinada com indirecta
Fig. n.º 6 - Diversas modalidades de iluminação para postos de trabalho com
visor. [IDICT,1991]
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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A organização do trabalho, as características do equipamento, o mobiliário,
a iluminação, e outras condições de trabalho podem afectar a saúde, o bem
estar e a eficiência dos trabalhadores. Através da organização do ambiente
de trabalho e hábitos pessoais podem minimizar-se a fadiga e o desconforto
reduzindo assim o risco de tensões que podem provocar danos físicos.
Sempre que existe um posto de trabalho com écrans de visualização são
tomadas decisões que podem afectar o conforto e a segurança dos
trabalhadores. Daí que seja importante a escolha adequada de cadeiras,
mesas, do próprio computador e de outros equipamentos de trabalho. A
possibilidade de regulação dos diferentes elementos do posto de trabalho, dos
factores ambientais e a adopção de condições posturais adequadas são
determinantes para o desenvolvimento de um trabalho eficiente em boas
condições de segurança e saúde.
Para arrumação dos postos de trabalho e adaptação dos seus elementos ao pessoal
que lhe está afecto deve ser solicitado apoio às equipas de saúde ocupacional, que
posteriormente irão apoiar a sua execução.
Pretendemos com este Manual criar um documento com recomendações que
visam ajudar a trabalhar de um modo mais seguro, confortável e saudável.
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8. BIBLIOGRAFIA
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Coluna. Lisboa: Associação Portuguesa de Fisioterapeutas, 2000.
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SAÚDE OCUPACIONAL – Promoção da Saúde no Local de Trabalho – Écrans
de Visualização (Folheto). Setúbal: 2002.
GRANDJEAN, E. - Manual de Ergonomia – Adaptando o trabalho ao Homem,
Bookman. Porto Alegre: 1998.
INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO E INSPECÇÃO DAS CONDIÇÕES DE
TRABALHO (IDICT) - O Trabalho com Écrans de Visualização. Lisboa: 1991.
INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO E INSPECÇÃO DAS CONDIÇÕES DE
TRABALHO (IDICT) - Segurança e Saúde no Trabalho com Equipamentos
Dotados de Visor (Folheto). Lisboa.
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Editora, 2000.
OLIVEIRA, C. G., MACEDO, C. M. - Segurança Integrada. Lisboa: Companhia
de Seguros Bonança, 1996.
Decreto Lei n.º 349/93, de 1 de Outubro, Diário da República – I Série – A.
Portaria n.º 989/93, de 6 de Outubro, Diário da República – I Série – A.
www. idict.gov.pt