Economia c

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Ano Letivo de 2013-2014

Economia C

Elementos do Grupo:

André Torres nº2 Renata Ribeiro nº21

Catástrofe Malthusiana

Docente:

Elementos do grupo:

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Direção Regional de Educação do Centro

160945 - Agrupamento de Escolas de Esgueira

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Departamento de Ciências Sociais e Humanas

Teoria Malthusiana

Durante os séculos XVIII e XIX houve um acentuado crescimento demográfico devido à

consolidação do capitalismo e à Revolução Industrial que proporcionou a elevação da produção

de alimentos nos países em processo de industrialização diminuindo a taxa de mortalidade

(principalmente na Europa e nos EUA). Isto fez com que os índices de crescimento da população

subissem provocando discussões que culminariam em diversas teorias sobre o crescimento

populacional, destacando-se o malthusianismo.

A Teoria Populacional Malthusiana foi desenvolvida por Thomas Malthus, estudioso das Ciências

Sociais. Thomas Malthus no seu ensaio a 1798 considera duas vertentes, sendo a primeira que o

alimento é necessário à existência do homem, e a segunda que a paixão entre os sexos é

necessária e permanecerá. Supondo, então, podemos dizer que a capacidade de crescimento da

população é indefinidamente maior que a capacidade da terra de produzir meios de

subsistência para o homem.

O crescimento da população, os meios de subsistência e as causas da pobreza em plena

Revolução Industrial são os problemas centrais analisados pelo economista Thomas Malthus.

Segundo Malthus “o poder da população é tão superior ao poder do planeta de fornecer

subsistência ao homem que, de uma maneira ou de outra, a morte prematura acaba por visitar a

raça humana.”

Dessa forma, a partir de determinado momento, não existiriam alimentos para

todos os habitantes da Terra, produzindo-se, portanto, uma situação

catastrófica, em que a humanidade morreria de inanição.

Malthus alertou que o crescimento desordenado acarretaria na falta de

recursos alimentícios para a população gerando como consequência a fome. Thomas dizia que a

população crescia em progressão geométrica, enquanto a produção de alimentos crescia em

progressão aritmética. Com base nesses dados, Malthus concluiu que inevitavelmente a fome

seria uma realidade caso não houvesse um controle imediato da natalidade.

Analisando a tabela seguinte conseguimos compreender que houve uma evolução positiva no

crescimento populacional desde de 1850 até 1994, conseguindo-se obter um aumento de um

bilhão de pessoas cada vez em períodos menores, enquanto no último período analisado o

tempo decorrido para alcançar um aumento de um bilhão de habitantes o período decorrido já

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foi superior ao anterior, uma vez que no último período decorreram 17 anos, e no penúltimo 9

anos, o que assim mostra uma diminuição da natalidade. A tendência é que nas próximas

décadas a população comece a diminuir.

Estaria Malthus correto?

Após quase dois séculos a Teoria de Malthus continua a suscitar controvérsia e dúvida, contudo

ainda reúna alguns apoiantes. Passado este tempo, os cientistas apontam que a teoria carece de

fundamentação científica.

O primeiro ponto da crítica deve-se a que se o crescimento da população tivesse ocorrido de

acordo com as previsões do demógrafo, a população mundial seria, em 1990, de 155 bilhões de

pessoas, quando na realidade era de 5,2 bilhões. Isso mostra que Malthus desconhecia a

dinâmica social, e que a Europa e as demais áreas desenvolvidas do mundo mostraram que o

desenvolvimento económico, acompanhado por reformas que conduzem ao bem-estar, são

importantíssimos para travar o rápido crescimento populacional.

O segundo ponto deve-se à emancipação feminina, que implica uma participação cada vez mais

decisiva no controla da fertilidade, através do uso de medidas contracetivas. Por outro lado o

desenvolvimento científico e tecnológico alcançado pelo homem no campo da agropecuária e

da genética mostrou ser capaz de produzir alimentos suficientes para suprir toda a humanidade.

Obviamente as taxas de crescimento populacional demasiado elevadas, e que não são

acompanhadas por um correto desenvolvimento económico e de reformas socioeconómicas,

geram problemas, sobretudo aos PED. Ainda assim, não se pode atribuir a culpa do estado de

miséria e fome existente no mundo ao crescimento populacional, uma vez que estas se

prendem a causas de caráter político e económico. Diversos países, tais como Portugal, Albânia

e Uruguai, há muito tempo convivem com baixas taxas de crescimento populacional, mas nem

por isso a maioria de sua população desfruta de um elevado padrão de vida.

1 a 2 bilhões de pessoas entre 1850 a 1925 75 Anos

2 a 3 bilhões de pessoas entre 1925 a 1962 37 Anos

3 a 4 bilhões de pessoas entre 1962 a 1975 13 Anos

4 a 5 bilhões de pessoas entre 1975 a 1985 10 Anos

5 a 6 bilhões de pessoas entre 1985 a 1994 9 Anos

6 a 7 bilhões de pessoas entre 1994 a 2011 17 Anos

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Contudo, a catástrofe Malthusiana acabou por ocorrer na Irlanda com a fome provocada pela

escassez de batatas no Século XIX. E no Século XX, novas Catástrofes Malthusianas ocorreram

na Etiópia e Somália. Felizmente, as profecias de Malthus ainda estão longe de se concretizarem

nos países desenvolvidos, houve um aumento populacional, mas também houve aumento da

produção, devido aos avanços na tecnologia e na medicina nos últimos dois séculos.

Entretanto, o aspeto Malthusiano ainda amedronta os países subdesenvolvidos da África (são

2.250.000 mortos em guerras civis), da Ásia (71,4% da população vive abaixo da linha de

pobreza) e da América do Sul (estimou-se mais de 349 milhões de habitantes no ano 2000).