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Alterações Climáticas
Instituto Politécnico de Setúbal
Escola Superior de Educação
Unidade Curricular: Estudos Ambientais
Alterações Climáticas
Docente: Carlos Cruz e Helena Simões
Discentes: Ana Isabel Lopes
Marisa Casanova
Curso: Animação e Intervenção Sociocultural
Ano Lectivo: 2008/2009
Alterações Climáticas
ÍndiceIntrodução 1
Alterações climáticas – o que são? 2
Alterações climáticas em Portugal 4
Alterações climáticas – Impactos 8
Alterações climáticas – Soluções 10
Conclusão 12
Bibliografia 13
Alterações Climáticas
IntroduçãoNo âmbito da unidade curricular de Estudos Ambientais foi-nos proposto a
realização de um trabalho acerca de um tema tratado nesta unidade curricular. Dos
vários temas tratados, decidimos elaborar o trabalho sobre as alterações climáticas
em Portugal, sendo este um tema actual e pertinente.
Neste trabalho vamos focar os benefícios e as consequências que as alterações
climáticas estão a causar em Portugal e que se nada for feito para minimizar este
problema irá continuar a afectar-nos.
As alterações climáticas são cada vez mais um tema de debate na agenda política
e económica das principais potências mundiais, sendo tema de várias obras
literárias. O Nobel da Paz foi atribuído em 2007 ao antigo vice-presidente norte-
americano Al Gore e ao Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da
ONU (IPCC) pelos esforços para aumentar o conhecimento sobre mudanças
climáticas.
O prémio foi atribuído conjuntamente pelos esforços de recolha e difusão de
conhecimentos sobre as mudanças climáticas provocadas pelo Homem e por
lançar os fundamentos para a adopção de medidas necessárias para a luta contra
estas alterações.
Alterações Climáticas – o que são?
Alterações Climáticas
As alterações climáticas são fenómenos naturais que tem ocorrido desde a
formação da Terra. No entanto, no último século estas têm sido mais acentuadas e
preocupantes, levando a comunidade científica mundial a dar prioridade ao estudo
deste fenómeno.
A mudança faz parte do sistema climático. Qualquer que seja a alteração no eixo
da Terra, leva ao seu aquecimento/arrefecimento. As causas para o aumento da
temperatura estão relacionadas com os chamados gases com efeito de estufa
(GEE). Os GEE, como o dióxido de carbono ou o metano barram a radiação
infravermelha emitida pela superfície da terra, impedindo que parte desta seja
libertada para o espaço. Se este processo permite a vida na Terra, impedindo que
esta se torne demasiado fria, o aumento da libertação de GEE, resultante das
actividades humanas (principalmente actividades industriais e transportes), origina
o aumento da temperatura da troposfera.
Fonte: www.naturlink.pt/canais/Artigo=9083
Alterações Climáticas
Fonte: resistir.info/.../oportunidade_de_negocio.gif
Existe uma concordância de que as emissões resultantes da actividade humana,
quer directa ou indirectamente, para a atmosfera de GEE’s têm contribuído para as
alterações climáticas. A alteração climática poderá ter causas naturais,
antropogénicas, ou ambas.
A inexistência de GEE na superfície terrestre levaria ao impedimento da absorção
da radiação infravermelha pela atmosfera, e esta não emitiria energia suficiente
para a Terra. Perante esta situação, a temperatura média da atmosfera seria de
cerca de -18ºC, em vez dos actuais 15ºC. Esta diferença de 33ºC é o resultado de
um efeito de estufa natural que favorece a nossa habitação na Terra.
Outros GEE com emissões resultantes da actividade humana são: Dióxido de
Carbono, predominantemente proveniente da queima de combustíveis fósseis; CH4
proveniente da agricultura; o N2O e os CFC’s de várias indústrias.
Alterações Climáticas
Alterações climáticas em Portugal
O projecto SIAM (www.siam.fc.ul.pt/HOME.html) estuda, a nível nacional, o
impacte e a vulnerabilidade dos sistemas naturais e sociais às potenciais
alterações climáticas em Portugal, com vista ao desenvolvimento de estratégias e
políticas de adaptação e mitigação dos efeitos negativos dessas alterações.
Aquando da ratificação do Protocolo de Quioto pela União Europeia, esta decidiu
diminuir as emissões de alguns GEE para 8%, entre 2008 e 2012. As projecções
nacionais de emissão de GEE indicam um aumento de 46.5% em 1990 para 53,5%
em 2010. De acordo com estas projecções, Portugal terá que diminuir as emissões
entre 12,6 e 17,2 Milhões de toneladas de dióxido de carbono para cumprir o
Protocolo de Quioto. As medidas e políticas executadas para que Portugal possa
cumprir o Protocolo de Quioto estão inseridas no PNAC – Plano Nacional para as
Alterações Climáticas. O PNAC procura identificar essencialmente de uma forma
equilibrada as responsabilidades de redução de emissões de GEE nos ramos da
indústria, energia, transportes, agricultura, etc.
Em Portugal as alterações climáticas têm impactos directos nos:
Recursos hídricos.
Portugal dispõe de uma distribuição irregular dos recursos hídricos. Esta
irregularidade é a fonte de muitos problemas na gestão de recursos
hídricos; as alterações climáticas irão contribuir ou solidificar esta
situação, afectando assim a oferta e a procura de água.
Os principais impactos das alterações climáticas nos recursos hídricos são:
“Alterações no regime de precipitação e de evapotranspiração;
Aumento da intensidade da precipitação que poderá conduzir a maior
escoamento superficial e menor recarga efectiva;
Alterações Climáticas
Alterações dos padrões de vegetação natural e de culturas que irão
influenciar a recarga;
Subida do nível médio do mar;
Aumento de fenómenos de cheias que afectará a qualidade da água
subterrânea em aquíferos aluvionares;
Alterações da concentração de dióxido de carbono que irão influenciar os
processos de dissolução dos carbonatos, aumentando a carsificação;
Alteração das concentrações de carbono orgânico no sol que deverá afectar
as propriedades de infiltração dos aquíferos.”
Fonte: Alterações climáticas em Portugal. Cenários, impactos e medidas de
adaptação. Página 121
Em relação à qualidade da água, esta poderá vir a degradar-se, como resultado da
subida da temperatura. Por outras palavras, a subida da temperatura irá provocar
alterações bioquímicas nos meios hídricos e a diminuição de oxigénio dissolvido na
água. As alterações climáticas podem levar à substituição de certas culturas por
outras, melhor adaptadas, para as novas condições. A existência de grandes
bacias hidrográficas partilhadas por Portugal e Espanha envolve que as alterações
climáticas neste último afectam Portugal e o escoamento da água.
Zonas costeiras
A zona costeira de Portugal Continental alastra-se por cerca de 950 km. A
tendência migratória para o Litoral persiste, aumentando a actividade económica,
entrando muitas vezes em conflito com os valores ambientais. As consequências
das alterações climáticas na zona costeira são:
Alteração do regime da agitação marítima – inundações mais frequentes;
Alterações Climáticas
Elevação do nível médio do mar – intensificação do processo erosivo,
aumento da influência marinha em bacias de maré costeiras.
Saúde Humana
Impacto sobre a saúde Associado a
Aumento do desconforto, morbilidade e mortalidade associados ao calor
Ondas de calor mais intensas e frequentes
Diminuição do desconforto, morbilidade e mortalidade associados ao frio
Invernos moderados
Aumento da prevalência de afecções respiratórias e cardiovasculares
Deterioração da qualidade do ar
Aumento da mortalidade e morbilidade geral devido a alterações de saúde mental
Inundações, tempestades, secas e fogos
Aumento da incidência de doenças transmitidas pela água e alimentos
Inundações, secas, temperaturas mais elevadas, subida do nível do mar
Mudanças na distribuição e frequência das doenças transmitidas por vectores roedores
Temperaturas mais elevadas, secas, inundações e alterações da humidade
Tabela 6.1: Alterações climáticas em Portugal. Cenários, impactos e
medidas de adaptação. Página 239
Doenças transmitidas por mosquitos
Malária
Febre do Nilo Ocidental
Leishmaniose
Alterações Climáticas
Febre escaro-nodular
Leptospirose
Alterações climáticas – Impactos Portugal é bastante vulnerável às alterações climáticas, pelo que haverá:
Aumento da temperatura média em +3°C a +5°C em 100 anos;
Ondas de calor – temperaturas acima dos 35ºC;
Alterações Climáticas
Aumento da precipitação intensa e diminuição da precipitação fraca;
Maior consumo de energia em edifícios;
Redução séria do escoamento de rios, em particular na região Sul;
Alteração da produtividade de culturas e florestas;
Maior risco de incêndios;
Alterações climáticas - soluções
Se cada um de nós por si só optar por soluções individuais e não pensar que se
por agir sozinho nada mudará, então não conseguiremos minimizar os problemas
ambientais, dos quais as alterações climáticas. Podemos então, adoptar as
seguintes soluções:
Alterações Climáticas
Optar por andar em transportes colectivos, a pé ou de bicicleta.
Utilizar mais as escadas em vez do elevador, se tiver de subir ou descer um
ou dois andares.
Não deixar os aparelhos ficarem no modo stand by enquanto não os utiliza.
Desligue-os directamente da tomada.
Utilizar mais a luz natural, abrindo janelas, cortinas, persianas, deixando o
sol entrar e iluminar a casa em vez de acender lâmpadas.
Trocar as lâmpadas incandescentes por lâmpadas florescentes. São mais
duradouras e eficientes, economizando a energia eléctrica.
Usar racionalmente o ar condicionado, com portas e janelas fechadas e
limpar regularmente os filtros.
Pôr as roupas a secar no estendal em vez de as colocar na máquina.
Utilizar painéis solares em casa.
Fazer reciclagem.
Separar o óleo em garrafas pois pode ser reutilizado para fazer biodiesel.
Ao comprar um monitor para o computador opte por comprar um LCD, pois
são muito mais económicos.
Alterações Climáticas
Http://www.mdbc.gov.au/subs/The_River/september2006/images/climate-change.jpg
Alterações Climáticas
ConclusãoCom a realização deste trabalho, concluímos que devemos proteger o
Ambiente contribuindo de uma forma individual, pois, se cada um de nós
esforçar-se para atenuar os problemas ambientais a que estamos sujeitos,
estamos a contribuir para uma melhor convivência no Mundo, protegendo
assim as gerações futuras.
Nenhum país está livre de sofrer com as consequências das alterações
climáticas, pelo que se não forem tomadas medidas a nível global este
problema não será só nosso, mas também das gerações futuras que irão
ser ainda mais afectadas com o agravamento deste problema ambiental,
que não deixa de ser também económico, político e social.
Portanto não podemos a resolução desta questão para os ecologistas e/ou
os ambientalistas por se tratar de uma questão ambiental. Devemos sim,
por nós e pelo futuro dar o nosso contributo positivo para a resolução deste
problema que não é dos Estados Unidos nem da China, do Japão nem de
França, mas de todos nós seres humanos.
Bibliografia
Alterações Climáticas
Livros:
Gore, Al – “A Terra à procura de equilíbrio. Ecologia e espírito humano”. Editorial
Presença. Lisboa, 1993, pp. 309/358
Garcia, Ricardo – “Sobre a Terra”. Público Abril, 2006 – 2ª edição.
Projecto Siam II – Alterações climáticas em Portugal: cenários, impactos e medidas
de adaptação. Janeiro de 2006
Revistas:
Ribeiro, Luís. Visão nº 764. 25 De Outubro de 2007, pp. 167/174.
Internet:
www.quercus.pt
ec.europa.eu/eurostat
http://arquivo.ese.ips.pt/ese/destaques/informacoes/altera_clima.pdf
http://www.centrovegetariano.org/Article-157-Altera%25E7%25F5es%2Bclim
%25E1ticas%2Bem%2BPortugal.html
http://www.esquerda.net/index.php?
option=com_content&task=view&id=1111&Itemid=64
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