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*ANNO II CUYABÁ, 17 de Dezembro.de 1896
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EscriptorioRua 27 de Dezembro n.° 26 ADMINISTRADOR, Manoel R.idos Santos Tocantins. Oflicina
Rua 27 de Dezembro n. ° 26
O REPUBLICANO-) <_0— _
Publica-se duas vezes por semana.
ASSIGNATURAS'¦'¦¦. "
Para este Estado«
Amo 45$000Seis mezes 8%000
Para os demais Estados
Amo..., io%oooSeis mezes. 9%000
Pagamento adiantado
Numero avulso $200
ELEIÇÕES FEDERAESCANDIDATOS DO PARTIDO RE-
PUBLIQANO!_• if*¦ ¦¦..¦.<»¦*?
Para Senadorwm
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Dr. Antônio Francisco de AzeredoPara Deputados
Dr. Luiz Adolpho Corrêa da CosiaGeneral Francisco Raphael de Mel Io RegoCoronel Joaquim Caracciolo Peixoto de
Azevedo.General Joaquim Antônio Xavier do Valle
Um bom movimento de reacção pareceagora manifestar-se no espirito nacionalcontra a crise acabrunhadora em que sedebate o credito da Republica, e que se pa-tenteia pela constante e decrescente des-valorisação dos títulos da divida publica,bem como do seu meio circulante.
Para que esse movimento salutar consi-ga, porem, produzir o effeito a que se pro-põe, é necessário que elle tome um cara-cter geral, que todas as classes concorrão ecooperem com o mesmo impulso, levan-tando-se a nação como um só homem nacommunhão do sacrifício, que a todos ca-be pela salvação da pátria.
Não bastam cortes em cerlas e determi-nadas verbas, comoosque acaba tle fazer oSenado, suspendendo os créditos destina-dos ás obras nos Estados, algumas dc. cara-cter urgente. Para que esse movimento se-ja profícuo, é necessário ir alem, pois semmedidas radicaes, ainda que provisórias,emquanto dürár esta afflictiva situação, nãose operará no paiz o restabelecimento doequilíbrio orçamentário.
Aos nossos mais entendidos financeirose economistas tem falhado completamenteo calculo e a previsão, tomados para basena elaboração da lei de meios; ninguémpode hoje avaliar qual asorpresa que ama-
nhã nos reserva o futuro nessa extrema va-riab.ilidade com que oscillam os valores dasmercadorias, contrastando com a mis^iae a carestia invariáveis que pesam sobretodos, principalmente sobre as classes po-brese proletárias.
Se a muitos parece que só de cortes nasdespezas c dc reformas financeiras depen-de o levantamento do credito publico, nãodevemos oceultar que o regimen tle nossaorganisação politica precisa lambem serreformado, para sc alcançar esse desidera-lume garantir a sua estabilidade.
A experiência tem jáassaz demonstradoque, em grande parte, o mal provem da-quclla origem.
Demos á Republica um organismo com-plexo eaparatoso,quenão podefunecionarbem por faltar-lhe a harmonia do conjun-cto.
Entre of elementos heterogêneos do sys-tema, agrupados de modo independente eextranho á unidade tle acção, não podiadeixar tle manifestar-se o antagonismo. governo, tornou-se este por isso mesmo
,. , ¦ ¦¦,,. i, . . niais forte, porque a naeào teve interesseDaln_ tliíliculdade-paracombatero.mal,^ .sustentar o credito, assim como o go-e a inanidade dos meios empregados paraesse íim.
Precisamos de reformas.
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A subscripção nacionalDolorosa a impressão produzida pelo c-
ditorial (VO Matto-Grosso de 8 do corrente,em opposiçao á idéa de extineção da divi-da nacional por meio tle subscripção, muijustamente restaurada pelas eolumnas d'0Republicano; espectaculosa a allirmativade desillusáo reinante em todos os espiri-tos com a falta de patriotismo de que têmdado provas aquelles sobre quem pesa adirecção suprema do paiz, segundo affir-ma o articulista ; problemático o patriotis-mo exhibido pelo autor na pouco acerta-da exposição de suas idéas; digno de es-pecial attenção o perfeito antagonismorevelado em totlo seu extenso arrasoado.
Dir-se-hia que ahydra da obsessão estar-recia tle espanto e de pezar o despreveni-do leitor, ante o egoísmo profundo o sa-crilego tão facilmente expressado em meioos transes alllictivos em que, força é re-conheccl-o, se debate o actual governoda Republica.
E, desde já note-se, não digo como o ar-ticulista «em que se debate anacionalida-de brazileira », porque tào grandioso, tãoespontâneo é o sentimento de altruísmoqüe se observa no generoso caracter dagrande maioria do povo brazilico, que,chegado o momento preciso, estamos cer-Ios, toda a nação se ergueria identificadan'um mesmo.impslso, e prestes a própriadesgraça se transformaria no mais bemlã-zejo e lisongeiro sorriso, que se esboça na'consciência do cidadão apóz a pratica deuma'acçüo dignae útil.
Que nos diga o illustrado autor do edi-torial si em todos paizes em (pie se rriáni-testaram eommoçòes tia ordem das queultimamente nos sobrevieram, as innu-meras dilliculdades superveniente* nãoforam superadas com o auxilio dos cida-dãos, apoiados na firmezae uo elevado ti-nó dos homens illustres que conduziramos seus governos á prosperidade e á gran-
deza ? Que nos diga si os longos annos deluta sustentada pelos Estados tinidos doNorte, desde a proclamaçào de sua indo-pendtjncia até a approvação de sua consü-tuiçàci c o estabelecimento definitivo dogoverno republicano, gastaram a fé e opa-triotismo tio povo heróc, largamente ex-perimentado pela falta tle dinheiro, de in-dustria c de concórdia interna ?
: Observe-se o estado laslimoso de suasíinanças naquella época, e mesmo na pro-pria Inglaterra que acabava de perder làoextensas quão férteis regiões: A divida pu-blica (leste ultimo paiz clevou-sc á espan-tosa sommade 2o7 milhões de libras ester-linas, isto é, quasi o duplo da nossa con-siderado o cambio ao par.
Mas o patriotismo do povo inglez, se-cundado pela iníelligencia fecunda e pos-sanle do illustrc ministro William Pilt.censeguioem pouco tempo extirpar o enor-me déficit. «A divida da Inglaterra, diz oillustre publicista Cantu, apezar dos reve-zes das suas armas, tornou-se para ellescomo que um novo laço entre o governoe ossubditos: foi o refugio para os capi-lalistas, um estimulo para a industria epara o commercio. Como a existência daconstituirão se prendia com o credito do
Especiaes
ADVOGADO : — DesembargadorAlfredo J. Vieira.—Rua « General Mal-let» n.°23.
PÍLULAS do Di'. Heinzelmann.—-Deposito nesta capital: Pharmacia de Pe-tiro Celestino.
yerno"se achou obrigado a sacrificar tudoá manutenção das liberdades publicas.»
Entre nós, por ventura, o concurso di-recto tia nação no resgatamentò da dividapublica não concederia ao povo o direitodeexigircerto numero de privilégios, quena presente situação se transformariamno mais benéfico provento para todas asclasses cm geral ?
A virtude dos cidadãos é o mais seguropadrão dc estabilidade nas diversas for-mas tle governo republicano, e essa virtu-de somente a perseverança e o patriotismodemonstráo.
Si ê bem verdade qüe lavra o descon-tentamento nos ânimos de nossos conci-dadáos este sentimento é tão diverso dadcsillusão, cuja existência afíirma o autorser o facto dominante, que o manifesto en-gano de apreciação exclue qualquer con-troversia : a desillusáo já não admiltequaesquer vislumbres tle esperança nasa-tisfação de um ideal, ao passo que o des-contentamento implica o ensejo a novastentativas na execução do mesmo ideal:uma arrasta apóz si a idéa de mudança ra-dicál, a outra o emprego de novos esforços.
Assim restabelecido o verdadeiro senti-(lodo estado dos ânimos, diga-nos o arti-çülista qual ou quaes os meios de sanardeprompto os males que nos atormentào,originados na divida actual, cque S. S. re-conhece prestes a eomprometter total-mente o credito nacional e a acarretaracompleta e irremediável mina do paiz ?
Será, por ventura, expondo a ferida ácontagiosidade do ar que ella cicatrizará,ou seráadoplando um meio prophilacticoenérgico e de effeito seguro (pie sc conse-guirá aquelle magnilico resultado ? Deve onauta esperar o embate da vaga enormeque ameaça tragar-lhe o frágil batei, ou fu-girante a impei uosidade da corrente, uni-camente abrigado com seu experimenta-do valor ?
A idéa da subscripção nacional deve,pois, ser acolhida por todos os cidadãoscomo uma necessidade urgente o incon-(estável; e nossos votos são que o illustreredactor d' O Republicano abra desde jáespaço nas suas columna, para a realisa-ção do patriótico tentamen, que elevará
por toda a duração dos tempos o gloriosonome do Estado de Matto-Grosso, libertamdo-nos do falai egoísmo que tanlo avilta asnovas instituições.
O illustrado articulista naturalmenteesqueceu-se de qüe essa intervenção po-pular, si fòr realisada, a,ssumirá o caracterilè verdadeira manifestação em prol tiospoderes constituídos tio paiz; e servirá deeslimuloa quese preste deoraavaniemaisattenção e melhor interesse para os nego-cios públicos, não só pelo lado das classespopulares como pelo próprio governo.Bem sc comprehende, pois, que tivemossobejas razões em taxar de dolorosa a im-pressão produzida pelo lãtal editorial d-OMatto-Grosso, e que .certamente neste -mo-monto já deve ter sido energicamente pro-fligada pelo autor da idéa restaurada, aquem pedimos desculpa tle nossa ousadiapor entrar em matéria para cujo desen-vol vi mento somos os primeiros areconhe-cer a nossa incompetência.
Cáceres, 20 tle Novembro de 1896,
Toda a correspondência desta fo-lha deve ser dirigida para o respe-ctivo escriptorio, á rua 27 de De-zembro n.° 26.
Nao se devolverão autographos,embora nâo tenham sido publica-dos.
Consla-nos que importante casa com-mercial desta praça recebeu telegrammado Rio, communicando-lhe que o cambioestava a 9'/', o que dá os seguintes valo-res ás moedas pelas quaes realisam-se astransacções do nosso commercio com o cs-trangeiro:
Libra esterlina 29$945Peso ouro o$520Marco |$297Franco I $020
Mandou-se o Thesouro do Estado in-formar sobre o estado do credito poronde deve' correr o pagamento da quantiade ll:_6_$690, importância do materialpara fardamento do corpo de policia mili-tar, fornecido pelo Sr. Arthur Josetti.
Concedeu-se a prorogaçáo de praso, pe-ilida pelo Sr. Dr. Joaquim Villela de Olivei-ra Marcondes, para vir exercer o logar dechefe de policiado Estado.
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\O Republicano
CONVERSA FIÀDÀ^4^ artindo muil° e<-H,° tio Burity, segui-JÍP T~ mos'oom ° £uia em demanda damages-jm&Jfc: tosa queda do Coxipó, conhecida sòb a/TttK poética denominação de —Véode noi-va.
I Tinha chovido m.iito durante a noite. O chão hu-mido amortecia o passo dos animaes pelos caminhos«ande duas vezes cruzamos o leito do formoso tribu-ígrio, ainda pobre de águas, na visinhança de suascabeceiras.Ào fresco da manhã" sabiam dos vegetaes aljofa-radb'S,elHuv o* suaves que se misturavam ás ema-naçõeTlja terra molhada. Entrava nos pulmões umar balsãii%üe salubre; oscavallos dilatavam as na-rmas o mordiam os freios, respirando largamentea brisa cheirosa da serra.Entrando em terreno ondulado, começ mos asubir e descer outeiros cobertos de m.cej,., atéchegarmos ei i um ca .ípo que se inclinava pára onorte. Deixando os cavallos, chegamos a pé em um
po Ho onde v .os de repente o terreno abrir-sejunto de nós, em um precipício profundo, escarpa-do, produzindo uma formidável escavação em for-madeU. Nos .-chuvamos perto do extremo direitoda curva, e viamos o paredão fronteiro muito alto,cortado verticalmente, de uma cor de tijolo commrnclias oxydadas. Aqui e alli uma enorme pedraponteaguda parecia prestes a desprender-se do mu-ralhão inteiriço.
Embaixo, muito embaixo, lá bem no fundo doabysmo, estendia-se uma superfície escura, quasinegra, do cimo da floresta mal illuminadà. Na partomais interna da curva, pela rocha lisa e aprumndào Coxipó precipitava-se rugindo, de 70 metros dealtura, em uma .o't*mna branca pulvcrsada, trans-parenle «. c ro uma immensa peça de gaze vaporosaque estivessem arrastando de cima da montanha.Espectaculo soberbo, indescriplivel
gasta-se tanta pólvora em rojões e petar-dos. A propositodequalquercousa— san-to do calendário ou testa em casa repicamos bronzes o queimam-se as gyrandoías.Ora, isso, alem de grandemente encom'modo pára quem nao goza da festa é peri-goso, porque um foguete pode causar a mor-te dé tuna pessoa. Ènlne alguns desastrespor elles causados, sabemos de um oceor-rido na tarde de 8 do corrente, poroeca-siço da procissão quc então saldo à rua. Umpobre moço, empregado ha.casticommer-ciai do Sr. Dario de Moura, foi gravemen-te ferido cm uma perna por um dos taesfoguetes, e agora jaz no leito da dor ondepor muitos dias ainda soffrerã as conse-quencias da incúria com que até hoje setem olhado para certas coisas em umacida-de quc pretende foros de civilizada.
A nova Câmara Municipal, portanto, quedecrete uma postura regulando os.toquesde sino e prohibindo que no perímetro (Iacidade sc ataquem foguetes e bombas. Is-to sc tem feito em toda parle, no interesseda população.
JÃHELLA JLÉÊRTAMal a madrugada vinha tingindo de rosa
as cortinas do oriente, quando o passare-çlo alegre espalhava no ar os prelúdios dohymno matinal, já eu estava á janelrajsaboreando o meu cafésinho quente.Ahi me esqueci durante longo tempo,absorvido na contemplação do maravilho-so espectaculo que nos offerece o desper-tarda natureza.
Depois, quando o sol derramou em cheiosobre a terra as rutilas vibrações de sua luzdeslumbradora, sentindo-me bem dispôs-Io, fui vestir-me com todo o esmero e sàhidespreoecupado, féncionando fazer umpasseio pela cidade.
eclaramo, iriana serra,
Os raios oblíquos do astro nascente prosobre os altos cabeços um clarão alaranjaido a cascata. Da banda do sul, embaixo c „ ...,,.,,viamos pedaços distantes de terras tormentosas en-tre as brumas da evaporação, tomando a apparenciade um oceano enraivecido, cujas vagas tivessemsido subitamente imri obilisadas.
Aquelle scenario grandiqio impressionava pelaimponência de seusabysmos inaccessiveis, pelamcomparavel belleza do silio, onde, ha muitos milannos, o formoso Coxipó arrasta sua gaze vaporosapelo paredão aprumado, lançando como uma lamen-taçao aos eclios das quebradas e desíiladeiros oseu rugido
Thaumeh
Para Corumbá, onde pretende fixarrc-sidencia, seguio no Rio Verde o nosso es-timado amigo Estevão de Mendonça, oRaul Plínio das Notas a Lápis c do De quan-do em vez.
Talentoso, modesto e bom, o Estevãoloi,nosso dedicado companheiro desdeque veio á luz este periódico, ao qual con-sagrava as poucas horas dc descancoquelhe concedia o seu labor pela existência.Ao nosso lado encontramol-o sempre, ale-gre e desinteressado, já escrevendoas suasespirituosas e apreciadas chronicas, já fa-zendo noticias, umas vezes dando servi-ço á tesoura ( não vai nisto malícia ai-guma ), outras emfim revendo provas.Foi, podemos dizel-o, um dos mais opc-rosos auxiliares d'0 Republicano.
E agora, que partio, sentimos-lhc dupla-mente a faUa —como amigo a quem consa-gramos sincero affecto, e como compa-nheiro de trabalho que grande auxilio nosprestava. Mas esse sentimento écompcn-sado por sabermos que foi o nosso amigomelhorar as condições de sua existemcia c preparar um'futuro para a fami-lia, a quem cxtrcmcce; e que lá ha dc re-oordar-sc sempre, e talvez com saudade,dos affeiçoados que aqui deixou, e dashoras quc passávamos; todos nós obscu-ros collaboradorcs desta folha, a prosarou a trabalhar no escriptorio delia.
Receba o nosso companheiro um afie-ctuoso abraço c os votos que fazemos pelasua prosperidade.
No paquete regressou para o Uacuruiubao nosso distineto amigo Sr. Dr. João FelixPeixoto de Azevedo, que alli vai continu-ar o importante serviço de que já demosnoticia nestas columnas.
Oue o melhor suecesso coroe os seus es-forços, são os nossos desejos.
A'sG horas da tarde dc 14 do correnteregressou para Corumbá o paquete Rioverde, do Lloyd Brazileiro, a cujo bordoseguiram os passageiros constantes da se-guinte lista:
Tenente Coronel Caetano Manoel de Fa-ria Albuquerque, sua Sr.", 2 filhas maiorese 3 menoresDr. NerêoM. M. Guerra, sua Sr.n, 3 ti-lhos maiores e 3 menores e um sobrinho
maiorFòrriel Carlos FreireSoldado Francisco da Cunha Moraes2 Criados: I do TenenteCoroncl Caetanoeo outro do Dr. NeréoCyriaco Olvmpio FerreiraEugênio Gomes da SilvaDoutores Hcrmann Meyer e Carlos Ran-kee 4 camaradasPedro DehinJosé PoliTenente Coronel Antônio Paes de BarrosOrencio Gomes MonteiroEstevão de MendonçaAli pio Guarim
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A' Câmara Municipal recentemente elei-ta vamos lembrar uma medida, (pie deveser tomada em sua primeira reunião or-dinaria.
Queremos referir-nos a uma posturasobre toques de sino c sobre bombas e fo-guetes, dous flageles desta pacata popula-ção. '
'Durante os trezentos sessenta e cincodias que tem o anno, trazemos o.s ouvidos
atordoados com o bimbalhar dc sinos, es-tamos sob o constante susto de receber nacabeça um foguete, e vemos os telhadosde nossas casas arrombados por elles.
Não ha o menor exagero no quc dize-mes: o ponto indiscutível que em parlealguma dá-se tanto que fazer aos sinos e
Do nosso illustre collaborador Mucariorecebemos mais as linhas que em seguidapublicamos:
Amigo Sr. RedactorVolta de novo Rcmiqio, em seu ultimo
folhetim, a tratar pilhèricamcntc do nos-so pseudo-plagio.
Desta vez, sim, nos melindrou.attribu-indo-nos mal contido despeito. Juramos-lhe que está equivocado.
Pondera elle (pie a denuncia partio dcum nosso collega dc redacção. Nós nãopodíamos senão responder a quem publi-cou e subscreveu a denuncia, deixando delado o denunciante.
Com um endurecimento de peccadorobstinado, diz Rcmigio «que plagio tem ha-vido n' O Republicano e ainda houve nodomingo passado; que está promplo pa-ra trazel-o a publico, sc quizerem a nome-ação dc um tribunal para julgar da sua as-severaoão».
Desculpe-nos o nosso censor: o tribunalproposto é uma mesa examinadora, á qualnão queremos sujeitar-nos. Publique aspeças justificativas da sua grave aceusa-ção, e vamos discutir o assumpto no ter-reno impessoal. O tribunal que vae nosjulgar é o publico que nos lè. Está, por-tanto, convidado a exhibir as provas deplagio.
Em seu folhetim de ti do corrente o nos-so critico afíirmouque oscollaborndaresd'0 Republicam guardavam o incógnitopara poderem plagiar á vontade. Oual alei que prohibe investigar a procedênciade artigos subscriptos porpseudonymos,ou nao assignados?
Esta injustiça, para não dizer descorte-zia, foi feita a todos os collaboradorcs danossa folha: ellesagradeçam-lh'a penhora-dos, especialmente Traumer como o maisassíduo.
Para terminar, só manifestamos o dese-jo de conhecer o denunciante do pseudo-plagio ; pois queríamos saber qual é, entretodos os collaboradorcs d'0 Republicano, ofelizardo que não é considerado plagiario.Publicaremos opportunamente o nossoverdadeiro nome, quando cessar nossacollaboraçáo. Até lá tenha um pouco depaciência o Remiqio; esse incógnito só po-dera durar uns 15 annos.
Corriam no espaço uns sons agudos pro-duzidospela banda de cometas, que noquartel tocava o avançar da parada.Encaminhando os meus passos pelaave-nida Murtinho, cheguei á praça do BispoD. Carlos, estacando á porta da casa com-mercial do amigo Dario, afim detomar par-te no ajuntamento que apreciava as mano-bras executadas pelo oitavo batalhão, soba direcçao de üm oííicial.
A musica exhibia algumas polkase wal-sas, cmquanto os commandantes deguar-das passavam revista.
Ninguém por alli transitava então, semdemorar-se um pouco para admirar o iria-gnilico effeito das forças militares em for-mal ura, uniformisadas aqarance.
Caixeiros cm mangas dc camisas, sobra-çando embrulhos; creadascom cestas decompras; meninos que iam para as esco-Ias: tudo isto se apinhava na praça.Subitamente appareceu uma pequenatrazendo na máo direita uma garrafa enaoutra um pedaço de papel, naturalmentealguma receita para ser aviada na boticado Pedrinho.
Náoquiz, também ella, fazer excepçãoaos demais, edeixou-se ficar bem perto demim.
Tão descuidada estava, tal era o seu esta-do de abstraecão, que não deu pela appro-ximação de uma cabra e muito menos sen-tio quando esta lhe subtraído a receita, in-gerindo-acomose tosse um molho de palhaou um punhado de milho.
Ouando dispersou-se ogrupo, não sabiaa coitadinha para onde se mudara o papelque trazia.
No entanto, a cabra que o tinha devora-do, jazia por terra, revolvendo-se nas ulti-mas convulsões que precedem a morte.
Uma testemunha ocular da scena queacima referi, encarregou-se de convencera menina das minudencias (}o oceorrido.
Assim, pois, não teve ella outro recursosenão voltar para casa e contar Um tim portim tim á sua família o extraordinário caso.
Mandaram de novo chamar o medico, ea este por sua vez fizeram ouvir a narrati-va da tal historia.
O facultativo, arregalando os olhos, co-çandoacaréca, exclamou: « Ha malesquevêm para bem !»
Mandou vir, depois, papel,pennae tinta;rellectiò muito e receitou um outro medi-camento em substituição acerta droga queimpensadamente impingira na primeirareceita.
DE QUAlfDO^te^VEZOuando esta chronjca tiver*
talvez*C)»tejav|á o signatário delfito qa cidade de CoruiiM.
O^^kmíblica^oicm tudo aluej-àrcaSí aa aüweucin.-.o Rduldé h&muito quíera
^lo na Jifeira dos collalfo-p^^stafolha, simplesmente como um personagemhistórico.
Do mesmo modo quc se conserva umsoldado invalido num batalhão de garbo-sos filhos de Marte, como uma recordação,como uma relíquia, assim era o Rauliui-mittido neste cantinho.
Representava um trabalhador dos tem-pos ditíleeis, embora se tivesse tornadoinútil o seu contingente no presente.**E', pois, motivo para dar parabéns a ORepublicano, que se vé livre de uma car-ga encommoda,e ao leitor, que descança-rada prosa enfadonha do
Raul Plínio
Mandou-se pagar aos Srs. Orlando, Ir-mãos & Comp.» a quantia de 3:500$000, im-portanciade um cofre de ferro que forne-ceram ao Thesouro do Estado.
Sabe-se que o imperador da Ailemanhaé um soberano de variadas aptidões. Alemde imperante, é soldado, marinheiro, sport-mem, poeta, compositor, director de or-chestra.
Agora revelou-se cosinheiro!Noticiam as folhas allemãs que o sobe-
rano, descontente desde algum tempocom a maneira como o seu chefe de cozi-nha lhe preparava as refeições, se dignoudescer ás cozinhas e deu a todo o pessoalalli empregado uma verdadeira licçâo pra-tica de culinária...
Completamente transtornado com estalicção imprevista, o chefe da cozinha ca-hiu doente, tendo de ser substituído.
Exigio-se do juizo de direito da comarcade S. Luiz de Caceres copia authenticados documentos necessários para pedir-sea extradicção dos paraguavos Pedro Fer-reira, Eustaquio Scena e Cyprian6;Euci-na, indiciados autores do assassinato dePedro Avalie, acontecido na noite dei.»para 2! de Maio deste anno, no logar depo-minado Bahia de Pedra.
* *
Encontrando aqui ograciosoe perfuma-do cartão do amável collega Luiz Mario,aproveitei o ensejo para retribuir-lhe tãodelicada visita.
Agradecido, fui pessoalmente patentear-lhe o meu júbilo pelas animadoras referen-cias que se dignou fazer sobre a minha hu-milde apresentação.
Nessa mesma oceasião, felicitei-o pelobrilhante resultado das eleições munici-pães, nas quaes fdi justamente suffragadoo seu distineto nome.
Para satifazel-o ainda mais, prometti en-vidar todos os esforços, afim de manteraberta a minha janella, até que por ellavenha frazer-me sua*s despedidas a bellaChroniqueta.
i
Lyrio Silvio
Macario
Uma varia do Jornal Commercio:«Irá servir na commissão encarregada
do estabelecimento de linhas telegraphi-cas do Estado de Matto-Grosso, o majorDr.Carlos de Oliveira Costa, medico de 5.» cias-se do exercito.»
Um jornal argentino conta o seguintefacto:
Em um trem da linha de Cordoba á Cruzdei Eje viajava uma alegre comitiva dera-pazes, a qual, entre outra cousas,se diver-tia com um craneo humano que um estu-dante levara comsigo. Outro estudante te-ve a infeliz idéa de assustar as pessoas queviajavào em outro compartimentodomes-mo carro. Dito e feito. O craneo foi collocado na ponta de uma bengala e envolvi-do com um lenço branco; depois um dosrapazes, estendendo o braço pela porti-nhola da carruagem,approximou o craneoda vidraça do compartimento contíguo.Ouvio-se immediatamente um grito de ter-ror, ao qual se seguio ó mais profundo si-lencio. >*dkjib
Quando o trem chegou á estação da Cruzdei Eje, os passageiros presenciarão úmquadro eommovedor. Dos trez passarei-ros que iao no compartimento contiguoiaodos estudantes, duas senhoras estavàodes-maiadas e um homem, um velho, semi-louco.
Declarou-se ao Thesouro do Estado queficava definitivamente aceita a propostado cidadão João Antônio Pimenta para ofornecimento de gado á colônia ifterezaChristina no exercicio de 1897, curriprirtdoque no contracto a lavrar-se se assegure o*"*"quanto possível a bôa execução d'esse ser-viço.
• v ..-.»)Em deferimento á petição do Sr. Atíto
nio Jorge da Cunhae D. Maria Luija-.daCunha, foi nomeado juiz commissariò'«d-hoc, para proceder á medição e demarca-çao de suas terras, o tenèntè-còròneliAnto-•nio Jacintho Mendes Gonçalves, visto sersuspeito o actual juiz cqmmissario, quedemarcou as posses Mangabal, Morcego eSanta Rosa, cuja approvaçâo impugnaramcomo hereos confinantes.
Foi deferido o requerimento em que oSr. Serafim Luiz de Menezes pediu a de-signação doagrimensor Hector Darmarospara proceder á demarcação dos lotes; deterras de sua propriedade,.situados no mu-nicipio de Miranda.
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CHRONIQUETAí Os romancistas, e em geral todas aspes-soas que escrevem cousas litterarias, pro-curam para seus personagens e para suasObras um nome catita, uma palavra de
pronuncia ligeira e sonora, um vocábuloqiuf por si só inspire sympathia e attraia oq loitor, que;vô nessa delicada escolha umprenuncio de que vae ler umas paginasípiíregnadasj de perfume suave, que nãoasptiyxia, nem produz dores de cabeça.
Ha excepçõesde regra e exemplos dia-naetralmente oppostos; em prova do quecitaremos o « Traumer», que dá ás mimo-sàsjperolas que engasta nas columnas d'0Reúiblicano, lidas com sofreguidão por to-dosí quantos sabem «apreciar o bello, aex-trayaganle epigraphe de Conversa Fiada.
Nós que rabiscamos estas despretencio-sasfChroniquelas, sem outro fito que nãoseja corresponder a confiança generosa-ifiehte a nos despensada pelo estimadoqhefe, não nos deteremos na escolha donome para o nosso heróe.
É, se Cosia e\\c se chama, porque Iiave-mojs de chamal-o de outra maneira ?
Cõm\ E' na verdade um conjuneto delettras que produz um effeito bem desas-trado: e, depois, o quc exprime, o que si-gnifica a palavra Costa I
Representa o quer que seja, é exactó;mas que idéa de costa acima teve a pri-meira pessoa que se lembrou de adoptal-apara seu nome?
Temos um amigo, más um amigo quesabe dar a este titulo o valor que elle en-cerra, que tem no nome a palavra — Cos-ta—juntamente co^ _c0rréa—, outrafeiúra, que com a primeira faz um parquedevia atravessar os séculos sempre namais fraternal união ; entretanto, appli-cadasaquem nos referimos, nào nos pa- 1recém tão feias nem (ao exquisitas. Ê quea pessoa emprestou-lhes o iman que pos-siie e que tem-lhe grangeado a admiraçãode todo este Cuyabá, sem distineçao degrandes nem pequenos.
Convém dizer quc não é como Costanem como Corrêa que elle tem conquis-tado esse grande prestigio cillimitada es-tima, mas sim com a primeira metade doseu respeitável nome, que por si só jáconstituio um nome completo.
o domínio dos fiuidos magnéticos de impiedosa cobra.
Havia tomado uma posição de quemquer avançar: um pé muito para frente,outro muito partf traz.
0 corpo num movimento de constantevae-vem, as mãos em attitude de baterpatas, o queixo inferior em completoabandono.
Os espectadores da circum visinhança jálhe prestavam bastante attenção, e sua se-nhora não tinha outro alvo para seus bel-los olhos.
Houve momento em que o enthusias-mo attingiu ao delírio; allucinado o ra-paz, dava vivas, hurrahs, apoiados e tudoqu.mto lhe bailava na cabeça.
Bis 1 Bis I gritava elle, desvairado.
' CORRESPONDÊNCIA
Caeeres, 30 de Setembro de 1896.
No meio das mais estrcpitos.is acclama-çõescahiu o panno. Só entao lembrou-seo nosso homem quc era chefe de familia efoi retomar o seu log«ir no camarote.O Sr. precisa compenetrar-se de suaposição e lembrar-se que tem deveres acumprir. Oue papel ridículo e grotescoacaba de representar ?! Assim fallou a vozsentida de sua esposa.
Eu fiquei inspirado, senhora, e quempode ver uma cousa assim que não liqueenthusiasmado? murmurou o Costa, ain-da offegaute pelo excesso que fizera.
* **
O que mais suecedeu ninguém sabe,Nem tao pouco-convém indagar-se ;O caso ó que o rapaz, submisso,Promette, jura, garante emendar-se.
Luiz Mario
*&&<. SOS >=02=-
A KERMESSE
*
O nosso Costa é um rapaz que, n'outrostempos, foiestroina, « cabaça quefoi de pimenta sempre arde ».
Deu-lhe na cabeça ser casado, entrarpara o rol dos homens sérios. Se não ocohséguio nas primeiras tentativas, che-gou uma vez que teve o grande prazer dever realisado o seu sonho dourado.
AJheiado a toda espécie de preoceupaçãoque nào fosse o céo anil de sua felicidade,desde ent«io tudo lhe parecia cor de rosa.
O -raiar da aurora era o inicio de umasuecessão de venturas, que iam alem docrepúsculo vespertino
Decorreram tempos.Annunciou-se um espectaculo, e o Cosia
foi gentilmente obsequiado (era em bene-. íicio) com um bilhete de camarote, pre-sente que muito o penhorou ; precisava ir,
e isto ficou resolvido sem a menor cliscre-pancia.
A' hora aprazada lá se achava elle comsua jovem esposa.
O programma da festa era abundante, euma parte delia já havia corrido sem no-ta digna de menção : boas pecas, bom de-sempenho.
Os inlervallos são ordinariamente mui-to longos nos nossos theatrinhos, e o nos-so personagem aproveitou um delles parair palestrar com um amigo sobre assum-pto de real importância.
O signai de suspender panno o sorpre-hendeu no mesmo sitio, onde deixou-seficar para não cortar a conversa que lheestava interessando.
Q signai repetiu-se c o panno subio.Em scena apresentavam-se o arrogante
meirinho e a pobre compenetrada de suasorte ingrata.
Aparte commovente do dueto foi exe-cutada com geral applauso.
Quando a falsa pobre síicudiu de siaquellas vestes de indigencia, para paten-tear o seu talhe gracioso, apertado em ele-•raptes roupagens de vivas cores e scintil-Jantes de ouro c brilhante; quando os seusbraços de jíispe se mostraram sahindod'entre uns folhos de vistosas titãs c ren-das; quando aquel Ia formosa sereia sol-tou a sua voz fresca e maviosa e com todoo chie tangeu o seu pandeiro 0nosso Costa era preza de um deslumbra-mento indesriptivel: dir-se-ia um sapo sob
Ocambio I Maldito cambio, que lem sidocausa dc tantas contrariedades I Por issonao nego razão ao nosso distineto amigoRaul Plinio, por ter commettido esta faltabastante sensivel: deixar de comparecera essa famosa Kermesse, que elle mesmotanto havia decantado I
Mas será este o único motivo quc teve ?Nao creio, porque a mim não correm me-lhortis cousas, e entretanto nào pude re-sislir a esse prazer, mesmo para me certi-ficar do que já uma vez fallei sobre os tr«i-balhos manuaes; e posso assegurar que fi-quei immensamente satisfeita, vendo quenào me enganei: foi tal a diversidade dostrabalhos que quasi confundio-me a cabe-ca.
Sinto muitíssimo que o Raul Plinio nàotenha visto muitos trabalhos importantes,como elle mesmo confessa, masque nãopoude mencionar.
Eu, porem, como sou mais curiosa, to-mei o cuidado de ver minuciosamente tu-do.Entre os que tive a satisfação de admirarc que prenderam-me de um modo especial,notarei uma lindíssima pasta, bordada porD. Almira Monteiro ; dous porta-cartas echromos, pelas Ex.""" Sr.*" Dl). Eucharis cSylvia Pereira Jorge; um bonito porta-ca-nusola, pela Ex,™ Sr.» D. Elisa Carstcns ;dousporta-retratos etoalha,pelasExmisSr
D. Clolilde e Maria 0. Pereira Mendes; umainteressante cestinhade contas, pela Ex.Sr.a D. AlbertinadcGouvéa; e muitos aio-da, de que nào me recordo os nomes.
Nào me esquecerei lambem dos traba-lhos apresentados pelas alumnas da esco-Ia, que foram admiráveis; pelo que felici-to as minhas jovens e amáveis palrieiaspelo brilhantismo da mesma Kermesse,devido em parte ás suas primorosas intcl-ligencia e generosidade,, o que captivousobremaneira a encarregada da festa.
Zélia
- •¦!•:»»* i..-
Em officio de 12 do corrente á Directoriada Instrucção, o Sr. Dr. Presidente do Es-tado designou a dia 2;> subsequente, às 9horas da manhã, para ter logar a distribui-çao de prêmios aos alumnos das escolasprimarias e de diplomas aos alumnos doLyceu Cuyabano.
Mandou-se pagar ao cidadão João deDeus Leite a quantia de 92$000, peloc.ii-xãoque forneceu para o enterramento doalferes do corpo de policia militar Joa-quim Firmino da Silva.
No dia 18 do corrente, foi abfrta a 3.°sessão do jury da comarca, presidida peloillustrejulz dedireito, dr. J. V. deOliveiraMarcondes, que a 28 dc Agosto ultimo as-sumio o respectivo cargo. Foraru submet-tidos a julgamento os seguintes réos:
Honorio Soares Cardoso, crime de ho-mieidio, absolvido unanimemente, defen-dido pelo advogado .1. Campos Vidal;
José Maria, boliviano,.crime de homici-dio, absolvido unanimemente, tambemdefendido pelo mesmo advogado Vidal;
Pedro Gonçalves, crime do ferimentosleves, absolvido unanimemente, teve pordefensor o advogado Dr. Costa Marques.
O réo José Maria P. dos Reis, apresenta-do para receber o segundo julgamento,nào poude conseguil-o, por ter-se esgotadoa urna dos 48 sem formar o conselho dos12. Pelo que, cm conformidade com asdisposições em vigor, ficou para ser jul-gado na 4.n sessão do corrente anno.
Alem destes, existem pronunciados nacomarca, nove réos, cujos processos nàoestavam preparados para o jury.— Acha-se ém estado dc adiantada rui-na o deposito de artigos bellicos pérten-ccnle ao comrnando dá Fronteira.
O tecto quasi a cáhir, as paredes comprofundas ráchaduras e já mostrando osadobes, por falta de encasco c reboco.Com um reparo ainda se conseguiria me-lhorar bastante as condições de tão neces-sario edilicio, que foi feito e dado ao go-verno pelo li nado major João Carlos Pe-reira Leite, em 1863, em signai de pátrio-tismo, conforme se lò na frente do portãoda entrada;
Esta medida urgente podia íomal-a oEx.mo Sr. General Roberto Ferreira, a bemdos interesses da nação, pois actualmentenão conseguiria sem enormes gastos umprédio igual; ao passo que eom pequenaverba se oblem a conservação do actual,tanto mais que jà nào existe a Casa daPólvora, outro edilicio de notável impor-tapeia que era situado alem do cleposi-to,~e com todas as condições peculiares àsua espécie. Esse edilicio desappareceomais por falia de cuidados do quc por cs-trago próprio; e a mesma sorte aguardao deposilo acima referido. Assim comonào se reconstruioa Casada Pólvora, nàose reconstruiráp deposito certamente; eo comrnando da Fronteira terá dc alugaruma casa particular para o substituir, co-mo já alugou para a enfermaria, que domesmo modo, por falia absoluta cleallcn-ção por parte do governo, foi-se arruinai)-do até caliir, e se acha reduzida a terrenoinaproveitadoaté hoje.
E assim vão se acabando os própriosmilitares nesta cidade 1E os orçamentos da despeza sào cnor-
mes c as contribuições tão pczadaslE nào ésó. Oqtiarlcl do 19."carece tam-bem de ser ou mudado, ou reformado.Situado a insignilicante distancia da barran-ca do Paraguay, em poucos annos terá dcser ameaçado cie destruição, como já des-truidas foram muitas casas, eaté ruas des-se lado. Este quartel é um edilicio mal con-slrUido, mal repartido, e sem as precisasacommodações para o pessoal o mais per-lences do balalhão.
EJ verdade quc no anno passado veio aesta cidade o tenente-coronel Caetano deAlbuquerque escolher um local para outroquartel c levantar a respectiva planta, o(pie, dc facto, exceulou, voltando para acapital do Macio, onde apresentou o re-sultado dos seus trabalhos ao conluiandodo districto, que era o general Solon; mastudo ficou nHsso mesmo, como prophelisouo povo desta cidade.
Tal c a fé que vão merecendo os «iclos(pie devem ser praticados pelo governo.
ram crescendo, mas só estavam bem quan-do brincavam juntas, c depois de cresci-das, iam ambas para o trabalho, sem queninguém podesse scparal-as.
Viveram sempre «ao pé uma da outra ctiveram ambas as mesmas doenças, saram-po em pequemas, depois febres intermi-tentes, c ha «lias uma cFcllas adoeceu umpouco mais gravemente. Vieram os me-dicos,que não poderam precisara dorn-ça. D-alii a pouco adoeceu a outra, e nodia 14 deste mez, em que «ambas com pio-tavam vinte annos, morreram apenas comduas horas de differença, exactamente otempo que mediou entre o seu riaseimen-to,
Fez7l.l1 es a morte talvez á vontade, por-que nem assim as poderam separar. Enter-raram-as ambas ao mesmo tempo I
A pedidoA Irmandade de N. S. da Conceição dafreguezia de S. Gonçalo tem a lionra de con-vidar aos fieis devotos para assistirem osactos da respectiva festa, (pio constará dcmissas de madrugadas, começando a II
do corrente, missa canladaa 20, ás 7 i/2horas, e procissão àsò'lioras, terminandocom illuminação c fogos de artificio.
Pede aos moradores das ruas por ondetransitar a procissão, o obséquio de orna-montarem a frente de suas casas.
Cuyabá, 9 dc Dezembro de 1896.A secretariada Irmandade,
Caro Una Pompeo.
DESPEDIDA0 abaixo assignado, seguindo para a Ca-
pilai Federal por motivo cie moléstia, des-pede-se de seus amigos e clientes por estemeio, por não lhe sobrar tempo para ofa-zer pessoalmente.
Cuyabá, 14 dc Dezembro de 1896.Dr. Nerèo M. M. Guerra
S. I). P. « Amantes da Arte »De ordem da Directoria desta sociedade
convida-se os Srs. sócios para, em ás-sembléa geral, reunirem-se no dia 2«i docorrente, ao meio dia, no recinto do thea-(roda mesma sociedade, afim de elegerema nova Directoria, (pie deverá servir no an-no vindouro.
Outrosim, encarccidamenlc pede-se ocomparecimento dos mesmos, para qucnào haja adiamento.
Cuyabá, 16 de Dezembro dc 1896.O 1° secretario interino,
Fidelcino Coelho
EDtTAES
Remei teu-se á Directoria dc Terras, parainformar, o processo dc medição e demar-cação do rocio da cidade de S. Luiz de Ca-ceres, apresentado pelo engenheiro Ma-noel Espiridiào da Costa Marques.
'Lemos n'uma folha porlugueza :«E* verdadeiramente extraordinária esta
historia. Em Foz da Certa, logar da fregue-zia deSernache do Bom Jardim, leve haannos uma mulher duas filhas gêmeas,muito parecidas.
Chamavam-se Claudinae Joaquina. Fo-
DELEGACIA FISCALPor esta Repartição se faz publico,
de ordem do Sr. Delegado Fiscal, queem virtude do telegramma da Inspe-ctoria da Caixa de Amortisacão, da-tado de 13 do mez lindo, foi proro-gado até 31 de Março de 1897 o pra-so para substituição, sem desconto,das notas do governo de 500$000 c100$000 da ri.1* estampa ; 200$000,100$000 e 50$000 da G.aestampa; e20$000 da 7.a estampa.
Delegacia Fiscal em Cuyabá, 1.° deDezembro de 1896.
0 2.0Escripturario«,Anselmo Liberalo dc Oliveira
-o-acaxjej^nKx*-
De ordem do Sr. Delegado Fiscalse faz publico, para conhecimentodos interessados, que acham-se nes-ta repartição as patentes expedidaspelo Governo Federal, pertencentesaosoíliciaes honorários do exercito,abaixo mencionados, prevenindo-sequc serão devolvidas ao Ministério daGuerra, para os devidos cjíeitos, aspatentes não solicitadas no prazo deseis mezes, a contar desta data; asaber :
MajorAntônio Maria de MoraesNavarros
O Republicano
CapitãesVeriáncio Furtado de MendonçaManoel do Espirito Santo SaldanhaManoel Teixeira CoelhoAlbano Moreira SerraDemetriô Moreira SerraManoel Lino da SilvaJoaquim llenriques dos Santos Vi-
annaTenente
Francelino Nunes FerrazA (feres
Torquato Alves FerreiraDelegacia Fiscal em Cuyabá, 5 de
Dezembro de 18DG.O 2.° Escripturario,
Anselmo Liberato de Oliveira
Aviso
Havendo cessado o molivo que determinou oadiamento do casamento de minha (ilha, previnoás pessoas convidadas que esse aclo se realisaráno dia 21 do corrente, ás fi hora. da tarde, na ca-sa de minha residência.
Cuyabá, 16 de Dezembro dc 1896.José Joaquim Graciano de Pina
\ 111 MUNILIQUIDAÇÃO ATÉ DEZEMBRO
O abaixo assignado tem resolvidovender até 31 de Dezembro os
artigos ultimamenteche-gados, pelos preços se-
guintes :Morim sem gomma, sup/, peça U$000Sapalinhos para meninos, ver-
niz e chágrins etc, dc ns. 2 a G... 5$000Irlanda superior, metro, a3$500 A$000Morim entrelino para forro, peça 8$000Diagonal preto superior infesta-
doa <!Ü$000....... I8$000Cachimbos de madeira, duzia,
5$, 7$e 8$000Bombilhas para maltc M'Cadarco para botinas, peça de
10 metros |<*rElástico superior para botinas,
metro 3$000Colheres e garfos de metal, du-
zia de pares, 12$ 18$000Colherinhas de metal para chá,
duzia 5$000Escovas para roupa 2$000Escovas para sapatos a 800 c.... 1 $000Merinó preto infestado, metro, 3$000Cestas de vime, a %%, 3$, 4 e.... (.$000Algodão liso, superior a 3§500 4$500Espelhos grandes, a h-%, 0$, 8$ 10$000Escovas para dente, 1 $000Barbatanas polidas superiores,
duzia, .$200Arminho para pó de arroz, a... 1 $000Meadas de seda para bordar, a.. $300Caixas de pennas Mallat, i$000Botões de madreperola para ves-
tido, duzia, $800Botões de madreperola para ca-
misa, grosa, 2$000Botões de osso, brancos e pretos,
grosa, $300Caixas de linha para marcar, $500Caixas de linha para crochet, 3$500Linha para bordar, branca e de
cores, meada a $ 100Sovaqueiras de borracha, par .. . $000Guarda-sol de seda com mola 2_.$000Vinho velho do Porto, garrafa. 3$000Guarda-sol para senhora, a 5$ 6$«00Botinas para homem, par, 18$ 20$000Lenços bordados, pequenos, a $500Velas de cera, libra 3$5(»0Camisas brancas para homem, a
6$e 7$000Leques para noiva, a I5$000e 20$000
Chapeos para homem, grande sortimento.E assim outros artigos, nos quaes se
faz grande abatimento atéaquella data.
IO TRAVESSA DO VILLAS-BOASIOCuyabá, 5 de Outubro de 1896.
Caetano Carlos Galvão
oiooo\3 •O.3" XX )TKR1A
BENEFICIO DA SANTA CASAÍJfÉ MI.SEIUGOKDIA
EXTRACÇÃOSabbado - i 9 do corrente - Sabbado
A's íl horas da manhaNA INTENDENCIA MUNICIPAL
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O abaixo assignado, declara para os devidos ei-feitos, que perdeu meio bilhete da ffi loteria doEstado, sob n.° 114.
Cuyabá, 16 de Dezembro de 189(5.Antônio Nicoláo Pinto
Indicações úteisKron-hite cura-se radicalmente com
O Nectar Divino. 'Tosses de todas as origens desappare-
cem completamente com o uso do NectarDivino.
Ásthmá combate-se, tomando-se de 2em 2 horas um calix do maravilhoso fie-ciar Divino.
Coqueluche. Qu em maissoflrerá desta
maldita moléstia depois que apparcccu oNectar Divino ?
Cholcrina. Cura-se em 10 minutos, to-mando-seâ ou 3 cálices do precioso NectarDivino.
lüdiflestocs, Náuseas, ColicaseGastral-gias, por mais dolosas que sejam curam-serapidamente com algumas doses do Ne-ciar Divino.DEPOSITO GERAL EM CASA DE
ARTHUR JOSETTI20 Largo do Ipiranga 26
II II
_| AVISO-4 *¦4> José Martins de Figueiredo avi-zjj saque brevemente tem de retirar- p.3 se desta capital para a cidade de Ca- f:-J ceres; por isso previnc ás pessoas pJj que quizerem utilisar-sc de seus Wrá trabalhos dentários procurarem- l*~-i no a rua do Barão de Melgaço n. 46. lt-
m^wmmmmmm
DR. .'. At JQSETTt
OpcíiTicíor
Cirtirjiào effocfh o do Hospital de Miseri-cordia de Porto-Alegre, ex-interno de
cirurgia da Faculdade de Mediei-na do Rio de Janeiro
Com longa pratica especialmenteem moléstias de senhoras, vias uri-narias e lumoresdo ventre, dispGedeum arsenal cirúrgico completo pa-ra iodos os casos e emergências,assim como de pessoal para a assis-lencia provecla dos pacientes. Ten-do percorrido as grandes capitães daEuropa, em excursão profissional,tem um gabinete cirúrgico providode instrumentario para todas as ap-plicações electricas, de que faz em-prego diário, e laboratório de micros-copia clinica.
Porto-AlegreEstado do Rio Grande do
Sul
II n^mm&mim^^í^^M^SMM^^^&i^^^M
IWilMHIIWmêM
O abaixo assignado continua com asuaphotographia aber-
ta ao publico nesta capital, junto ao sobrado dos Srs. João'#1 Jorge & Irmão, á praça do Bispo D. Carlos, onde tira retratos de•íj| todos os tamanhos e systemas, ao gostodas pessoas, com todaa%$ perfeição que requerem os adiantos mais modernos da arte; pre-•Jjgj vinindo, porem, que só trabalhará até o fim do corrente mez.>m Os preços serão desde 25$000 a duzia, até 120$000.$§ Joaquim Izcue
rí» V *m\ J»TV JmA. JjjíJlj*. -jT- -V- -V- .tt- -V- -V- A* Ar- A^ •
¦':¦*AO BOM GOSTOAltas novidades
ti in» i mi siTendo chegado o proprietário desta casa de volta do Uio de Janeiro, S.
Paulo, Santa Catharina, Rio Grande do Sul eRepublicas do Prata, faz sei-ente a todos os amigos e freguezes que traz um escolhido e variado sorti-mento de fazendas de lei e de phantasia ; como sejam : crespão, setine-tas modernas, clamasse; os mais faceiros em cores; ricas sedas, padrõesos mais modernos ; seda branca para casamento; surah de muitas cores;merinó de cores lisas ; chitas modernas ; cortes de casemira; roupas fei-tas, sórtidas ; chapeos modernos ; capotas (chie); guardas-sol os maismodernos ; miudezas de armarinhos ; ricos enxovaes para baptisados;papel de varias qualidades, pautados, de Hollandae lisos; livros, pauta-dos e lisos (jogos commerciaes ); machinas para costuras (novo syste-ma ) ; ferragens; molhados ; cora de primeira e regular ; fumo desfiadoe charutos finos ; papeis finos e ricos para forro de sala e outros compar-timentos; bezerros frescos, couro da Rússia, verniz de primeira, carnei-ras; calçados sortidos ; perfumarias ; relógios dc parede e até com o ka-lendário ; louça grossa e porcellana ; violões tinos e violas de pinho (por-j-ugüézas ); objectos de armador ; fazendas para anjos ; tintas sórtidas ;óleo de linhaça ; seccante ; pedra hume e alvaiade; e muitos artigos que
se venderão de preferencia por maior, na certeza de que o seu lucro será"de pequena commissão, para prompta venda, e sempre a dinheiro.
Bahús e malas de mão, grande escolha, cobertos de lona, solla e folhagalvanisada ; bolças modernas para collegio e para viagem.
Café de primeira ; cerveja Babylonia (estaé muito recommendada); ar-mas, grande sortimento e até finíssimas para caça; revólveres e balas,cartuchos e espoletas.
DEPURATIVOSFJixir Morato e Manso Sayão.ÁlmanacksLuzo-Brazileiro, encadernados.Folhinhas Laemmert.Chicotes de prata, lindos trabalhos, para passeios. Aos freguezes sé dis-
tribuirá uma folhinha de escriptóriò para 1897, para o que chamaaatten-ção dos mesmos, a procurarem as melhores compras nesta casa.
Ruaf/dc Marco n.2Cícero deSa'