E-Book E-Marketing E-Consulting Corp. 2010

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E-Marketing Melhores Análises, Melhores Insights Uma coletânea de análises, percepções e insights sobre temas relevantes para o mundo do marketing online

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E-Marketing Melhores Análises, Melhores Insights

Uma coletânea de análises, percepções e insights sobre

temas relevantes para o mundo do marketing online

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E-Marketing | Melhores Análises, Melhores Insights 2

Índice

Web 2.0.10 3

Da Personalização à Clusterização: O Marketing na Web

deve ser Contexto, Utilidade e Verdade 6

M-Commerce: Hoje? Amanhã? 10

Público Móvel – Publicidade Móvel 14

Redes Sociais S.A. 16

Como Alcançar Desempenho Superior nas Ações de Cross

Channel Marketing 19

Marketing Boca a Boca 2.0 24

Inovação e Criatividade For Free em Propaganda Online

26

Redes sociais ou as Novas Igrejas, Bares e Praças 29

Uma Celular na Mão e uma Marca na Cabeça 34

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E-Marketing | Melhores Análises, Melhores Insights 3

Web 2.0.10

Segundo dados do indicador Varejo Online (VOL) produzidos trimestralmente pela E-

Consulting Corp., apenas no Brasil, em 2010, o Varejo Online atingirá a marca de 23,65

bilhões de reais, um crescimento de 8,4% em relação à 2009. Para 2012, estima-se que

31,35 bilhões de reais serão transacionados de forma online entre empresas e

consumidores.

Afora bens de consumo, que responde pelo pilar mais visível do varejo online, dentre

os principais mercados podemos destacar a evolução da atividade em Autos, Turismo e

Media, como mostra o gráfico abaixo:

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E-Marketing | Melhores Análises, Melhores Insights 4

Diante de tal panorama histórico (nos últimos 8 anos foram mais de 500% de

crescimento, sobre uma base de 4,3 bilhões), não é nenhuma novidade que a Web tem

se tornado cada vez mais a menina dos olhos dos executivos e empresários, tanto no

curto como no longo prazo. Como explorar tais oportunidades já no próximo quarter?

Como construir uma arquitetura transacional cada vez mais intangível, virtual e

flexível? Como conhecer os clientes, se relacionar e gerar mais vendas? Etc.

Apesar da tentação de se desenvolver novos ambientes de forma pontual ou de inserir

uma mega estrutura digital da noite para o dia - modelo top down - a forma mais

efetiva de se inserir a Web nos negócios com os clientes é de forma orgânica,

combinada com planejamento e inteligência.

Para tanto, a empresa deve partir das necessidades e possibilidades atuais derivadas

dos principais modelos, processos e atividades transacionais, de relacionamento e de

comunicação com seus diferentes perfis de cliente, e verificar como as tendências,

ferramentas e funcionalidades associadas à Web podem aprimorá-las, potencializá-las,

maximizá-las ou mesmo redefini-las. Essa é a melhor forma de se destinar

corretamente os recursos e investimentos para o mundo digital.

Deve-se olhar simultaneamente em volta e para dentro da empresa. Exemplo: a

Mobilidade é um passo natural para toda e qualquer empresa que já atua na Web.

Porém, conforme a audiência migra cada vez mais para as mini-telas e os formatos de

Web se renovam, as tradicionais estratégias de Push-Pull perdem a efetividade e são

substituídas pelo Follow. Só que nesse caso, são as empresas que devem acompanhar

clientes e consumidores de forma proativa e intuitiva para onde quer que estejam.

As empresas que desejam fazer parte do novo mundo do relacionamento,

colaboração, conteúdo, branding e transação 2.0 deverão ter claras as características

dos desafios que irão enfrentar. A dinâmica da atuação digital é distinta e uma vez

inserida no modelo de negócio, altera significativamente os processos corporativos –

mesmos os mais maduros e estabelecidos, além de impactar em variáveis

fundamentais, como posicionamento de marcas, modelos de competição e

interatividade com seus públicos.

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E-Marketing | Melhores Análises, Melhores Insights 5

Dessa forma, não basta provisionar um investimento significativo para Web se a

estratégia de atuação (e mais ainda, de inserção da Web no âmbito corporativo) não

estiver bem definida e consensada com os principais públicos internos, que na grande

maioria dos casos, terão que “mostrar a cara”, respondendo aos questionamentos e

dando satisfação (em tempo real!) para seus clientes.

Preparada ou não, cedo ou tarde, será imperativo às empresas destinarem recursos

relevantes para a Web – do desenvolvimento à comunicação. A curva de investimento

cresce a cada ano e quanto mais tarde uma empresa compreender seu futuro

inexorável, menos chances terá para competir nos novos mercados.

http://www.e-consultingcorp.com.br/midia/ultimos-artigos/Web-2.0.10

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E-Marketing | Melhores Análises, Melhores Insights 6

Da Personalização à Clusterização: O

Marketing na Web deve ser Contexto,

Utilidade e Verdade

A Internet permite o acesso aos mais diferentes Sites, Ambientes e Comunidades

Online e, com isso, o perfil das pessoas que acessam e usam a Internet varia do mais

alto executivo de uma multinacional a um aluno de uma escola estadual.

Compreendendo isso, e as diferentes necessidades de cada usuário, nasceu o conceito

– e, por decorrência, as plataformas - de personalização da comunicação digital e

também da navegação nos Sites e Ambientes Digitais.

Atualmente, a quantidade, qualidade, origem, variedade e formato da informação

disponibilizada nos diferentes ambientes digitais (Sites, Lojas Virtuais, Intranets, Blogs,

Comunidades, etc) é muito grande e, obviamente, boa parte dessas informações passa

a ser inútil para a maioria de pessoas. Claro, os modelos de segmentação presumem

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uma redução sensível no volume de usuários impactados, potencialmente

direcionados e sensíveis à determinada informação, porque esses modelos incorporam

parâmetros de corte e organização de universos, tais como idade, sexo, região, etc. No

marketing digital, assim como no tradicional, segmentação é fundamental porque é

sinal de foco, relevância, inteligência e otimização de mensagens, impactos e efeitos.

Isso é o mesmo que dizer maior assertividade e maior conversão a menores custos.

Na Web 2.0, no mundo interconectado multidevice, multi-ambiente, muti-usuário,

multiformato e multicanal, segmentar não é mais suficiente. Pessoas se tornam

avatares. Usuários assumem diferentes chapéus ao mesmo tempo. A famosa lei da

física – um corpo só em um só lugar do espaço – cai por terra. A mesma pessoa está

em vários ambientes, às vezes sendo ela mesma, às vezes sendo outra pessoa.

Diferentes pessoas estão no mesmo ambiente, ocupando exatamente o mesmo lugar

no espaço, às vezes sendo a mesma pessoa (ou melhor, avatar). Mapear, trackear e

organizar isso é muito difícil. Compreender mais ainda. Identificar padrões, encontrar

soluções e aproveitar oportunidades... bem isso é o que se espera do Marketing, não

é?

No mundo em que logs e senhas não são mais suficientes para determinar quem é

quem e que papel interpreta naquele momento, rever a forma de organizar os

indivíduos e seus grupos é a saída mais óbvia. Clusterizar é o nome da técnica de

organização de indivíduos e universos em função de seu comportamento, hábitos,

atitudes, preferências, opiniões, pertencimentos, ligações, conexões, valores,

interesses, história de vida, etc.

A Web social é sobre comportamentos simultâneos das pessoas – de usuário, de

consumidor, de emissor de mensagens, de formador de opinião, de blogueiro... Na

verdade tudo isso 2.0 (consumidor 2.0, funcionário 2.0, etc). Que ter sucesso

comercial, relevância de mensagem e recall na Web 2.0? Clusterize seus targets – e

isto começa por segmentá-los; mas não pára por aí, porque os critérios são diferentes,

como visto acima.

Para provar a necessidade de se pensar sistemicamente e começar a clusterizar

indivíduos – CRM 2.0 – basta ver os exemplos abaixo. Os números de cada onda da

Web são meramente ilustrativos (uma abstração mesmo)... mas representam um

pouco a evolução da interação e do comportamento de empresas e indivíduos na

Internet. Vejamos:

Exemplo Web 1.0 (Personalização)? Um usuário cadastrado que visita uma loja de CDs

e têm preferência pelo estilo de música clássica acaba recebendo informações sobre as

músicas do momento ou os últimos lançamentos do jazz... porque alguém achou que

pessoas que gostam de música clássica, gostam de jazz e transformou isso em regra de

sistema, de tecnologia. Esse tipo de postura causa perda de tempo, descontentamento

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E-Marketing | Melhores Análises, Melhores Insights 8

e pode fazer com que esse usuário abandone sua compra ou até a visitação do Site no

futuro.

Exemplo Web 1.25 (Personalização + Comunidades)? Um membro da comunidade

“Adoro Heavy Metal” no Orkut é um enfermeiro de 45 anos que não participa da

comunidade aberta “Enfermeiros Maduros” nem da comunidade “Enfermeiros do

Hospital X” – em que trabalha - e que, afinal, não tem interesse qualquer em trocar

informação sobre os temas de sua profissão com seus “colegas” de profissão. Se

comunicar com ele? Como? Outro exemplo? Um grupo social do tipo “Sou Corinthiano

e daí” com toda horda de perfis e públicos – de crianças a senhoras de idade, de

japoneses a negros, passando por homossexuais... Segmentar fica difícil.

Exemplo Web 1.5 (Personalização + Comunidades + Multiformato)? Um usuário recebe

um vídeo comercial de seu amigo e o replica para sua rede de contatos. Esse vídeo é

transformado em download e se torna game. Também virá tema de e-mail replicado

para toda lista desta pessoa. A marca de uma empresa está diluída na comunicação

nos diferentes formatos. O viral acontece em áudio, vídeo, imagem, interação...

Exemplo Web 1.75 (Personalização + Comunidades + Multiformato + Multicanal)?

Você está andando no Shopping e recebe um SMS de sua loja de roupas preferida

sobre uma promoção. Você não gosta do que vê. Ao contrário, filma uma pessoa que

está vestindo algo que seria de seu interesse e reenvia à loja, dizendo que quer algo

assim. Eles não têm! Você nem passa lá. Envia a mesmo foto a uma comunidade de

amigos, pede para que descubram a marca daquela roupa. É do maior concorrente de

sua loja preferida. Você compra no concorrente. E posta no seu Blog.

Exemplo Web 2.0 (Personalização + Comunidades + Multiformato + Multicanal +

Multichapéu)? O funcionário de uma grande operadora de telefonia celular é também

seu cliente. Mas um cliente um pouco diferente, porque está do lado de dentro. Ele

sabe o porquê das coisas. O telefone não funciona. O SMS não funciona. Ele liga para o

Contact Center. É mal atendido. Fica sem solução... como qualquer cliente normal.

Mas ele não é cliente normal, por que sabe o porquê das coisas. E o que faz então?

Comunica a verdade dos fatos em suas redes e comunidades na Web, vai em Sites de

reclamação, posta no seu blog, vai a comparadores de produtos e serviços... Esquece

as prerrogativas de cada chapéu, porque é um ser humano, naquele momento,

frustrado e com raiva. Só que o que diz tem fundamento... o tal celular não funciona

porque a torre da região está sem manutenção. Ele entrega o ouro para a

concorrência... ou para os advogados processistas.

A Internet é um tanto quanto fria em termos de relacionamento com os clientes. A

maioria das empresas também, independente do canal. Engatinham...

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E-Marketing | Melhores Análises, Melhores Insights 9

Já os usuários adoram ser reconhecidos pelo nome – quando querem ser - e de ter a

facilidade de achar o conteúdo, serviço e produto que procuram o mais rápido

possível.

Esse é o novo desafio das marcas e das empresas em sua relação com consumidores –

atuais ou prospects, interessados ou não. O marketing do contexto, do momento, da

verdade e da utilidade.

http://www.e-consultingcorp.com.br/midia/ultimos-artigos/da-personalizacao-a-

clusterizacao-o-marketing-na

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M-Commerce: Hoje? Amanhã?

Recentemente superarmos, segundo a Anatel, o patamar de 170 milhões de celulares

no país. Os assinantes brasileiros somam-se aos outros 2,7 bilhões de usuários no resto

do mundo.

Como dar sentido a essa afirmação? Isso significa que:

• Aproximadamente 40% da população do mundo atualmente carregam um

celular,

• Há hoje mais celulares do que veículos (800 milhões registrados no mundo) e

que cartões de crédito (1,4 bilhão),

• Demorou mais de 100 anos para que os telefones fixos fossem disponibilizados

em 80% dos países do mundo, ao passo que para os celulares esse tempo foi de

16 anos e que

• Em muitos países desenvolvidos, a penetração dos celulares é bem superior à

90% da população, ou seja, a dito "todo mundo tem um celular" está muito

próximo da realidade.

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A evolução do Mobile Commerce

A combinação de aparelhos mais poderosos, operadoras de telefonia mais inovadoras

e mudanças na infra-estrutura de rede móvel (como redes 3G, capazes de transportar

grandes quantidades de dados em alta velocidade) acelerou ainda mais as mudanças

em um setor já em rápido movimento e transformação.

O celular do futuro (ver links abaixo) é um dispositivo que permitirá aos usuários se

comunicar, conectar, interagir, transacionar e inovar.

Vídeos:

Pesquisador da Nokia fala sobre algumas das descobertas inesperadas encontradas

durantes suas pesquisas sobre as formas como as pessoas interagem com a tecnologia

(cerca de 16 min com - Legenda em Português).

Jan Chipchase on our mobile phones

Conteúdo:

Artigo escrito pelo pesquisador chefe da Ofcom (agência regulatória de

telecomunicações do Reino Unido) fala sobre o futuro dos celulares (3.200 caracteres –

cerca de 6 minutos de leitura. Inglês).

The future of mobile phones: A remote control for you life

No Brasil, assim como na maioria dos mercados, aparelhos com essas características

estarão disponíveis em um curto espaço de tempo.

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De acordo com a TechRepublic, o número de transações de mobile commerce (ou M-

Commerce) deve crescer de 498 milhões em 2006 para cerca de 4,8 bilhões em 2010.

Além disso, o ticket-médio dessas operações deve evoluir de US$ 7,00 para US$ 13,00

no mesmo período. Estudos da E-Consulting apontam que no Brasil, em 2010,

devemos chegar a algo perto de R$ 400 milhões.

O que querem os Consumidores?

Os consumidores de hoje querem conteúdo, comunicação, e serviços de comércio e

informação que possam ser acessados a qualquer hora, em qualquer lugar, em vários

dispositivos.

Conveniência, facilidade de uso e segurança são as principais preocupações dos

consumidores.

Eles querem comprar bens tangíveis ou digitais, usando as opções de pagamento

alternativo, como a M-Wallet (soluções de pagamento via celular), billing-on-behalf

(faturamento na conta de serviços) ou cartões pré-pagos.

Além disso, os consumidores querem ferramentas para gerenciar suas contas de

telefone e as de seus familiares, de maneira similar ao que acontece com os planos de

TV a cabo ou Internet. Ou seja, o consumidor quer ser capaz de controlar o conteúdo

acessado e os gastos feitos através de telefone de seu filho adolescente.

E, naturalmente, embora queiram uma ampla gama de serviços, os consumidores não

querem pagar a mais por isso.

Principais setores a serem beneficiados

Em nossa opinião, os setores de serviços bancários e produtos financeiros, emissão de

bilhetes (aéreos, espetáculos, etc), turismo e entretenimento, educação,

conhecimento (assinaturas, downloads, conteúdos, etc) e varejo (bens de consumo,

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serviços à pessoa física, etc) serão os mais beneficiados com a ascensão do M-

Commerce.

As empresas que forem capazes de transformar essa tendência em serviços de valor e

comodidade – com a devida e percebida segurança - terão oportunidades únicas de

diferenciar-se da concorrência, garantir novas fontes de receita e, principalmente,

incrementar o relacionamento com seus consumidores.

Ou seja

O aumento da oferta e da adesão ao M-Commerce é fruto da combinação de novas

tecnologias em infra-estrutura de telecomunicações e aparelhos celulares, associados

a uma postura mais inovadoras das operadoras de telefonia (em função de menor

regulação e aumento da competição) e a uma forte e sólida campanha de informação

e demonstração de vantagens e benefícios aos usuários. Para tal, usabilidade e

experimentação são variáveis-chave no processo de comunicação e “venda” do

serviço.

Em outras palavras, a adoção de estratégias de Mobile Commerce, por sua vez, não se

limita à instalação de plataformas de tecnologia – essa é a parte “simples”. Estudos

realizados em mercados mais maduros (especialmente Japão e Áustria) apontam o

caminho das pedras: as organizações devem também ser capazes de criar campanhas

de marketing e publicidade; gerir a privacidade dos consumidores, cumprir os

requisitos regulatórios diversos, garantir a segurança dos dados e ainda criar um

modelo de negócio bem sucedido.

http://www.e-consultingcorp.com.br/midia/ultimos-artigos/m-commerce-hoje-

amanha

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E-Marketing | Melhores Análises, Melhores Insights 14

Público Móvel – Publicidade Móvel

Especialmente nos últimos anos temos vivenciado um momento de fortes transições e

inovações no campo da comunicação. A massificação da Internet e o nascimento do

fenômeno da convergência mudaram radicalmente a forma como o relacionamento

ocorre entre os mais diversos tipos de atores, sejam em nas dimensões B2C, B2B, C2C,

etc.

A forma de se comunicar, os canais utilizados, a capacidade de disseminação de

informações, a velocidade com que uma informação vira notícia, a mudança do poder

de formação de opinião para as mãos dos consumidores, assim como a mobilidade

propiciada pelos dispositivos móveis são algumas dessas alterações que impactaram

diretamente na forma como uma infomação deve ser passada e absorvida nos dias de

hoje.

Neste contexto de mudanças e oportunidades a publicidade vem gradativamente

adaptando-se à utilização e exploração das mídias e canais convergentes e móveis. A

penetração de aparelhos celulares atingindo um marco de mais de 1 celular por

habitante, ocupando a 5ª posição no ranking mundial no mercado de celulares

mundiais e a 1ª colocação da América Latina representa um enorme potencial a ser

explorado no campo da comunicação e publicidade.

Segundo estudo do Strategy Analytics, mundialmente, o mercado de mídia móvel

deverá movimentar US$ 1,4 bilhão, no ano de 2010, atingindo 1/5 do gasto global com

publicidade na Internet, nos próximos três anos. No Brasil, este valor deve chegar a FR

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E-Marketing | Melhores Análises, Melhores Insights 15

80 milhões, de acordo com estudos do XPLab da E-Consulting Corp..

Com a evolução tanto dos aparelhos celulares, do acesso à banda larga móvel, assim

como da gradativa utilização mais ampla das funcionalidades disponíveis, teremos um

ambiente propício para um crescimento mais agudo dos investimentos em mídia

móvel, ofertando possibilidades mais elaboradas e interativas de comunicação (ex. TV

Digital e Utensílios) ou mesmo utilizando-se de simples mensagens de texto ou de

tecnologias como o bluetooth, todas parte do arsenal que está a disposição da

criatividade e objetividade dos publicitários que se lançam neste mercado ainda

embrionário.

Atualmente, as campanhas via mensagens de texto (SMS) representam a maior parcela

do orçamento da publicidade móvel. Estima-se que aproximadamente 1,5 bilhão de

usuários receberão publicidade via mensagem de texto neste ano.

As possibilidades de utilização do potencial da mobilidade são inúmeras. Exemplo de

ação promocional simples e alto impacto foi a que fez o Hard Rock Café em São

Francisco, que lançou mão de uma campanha de marketing móvel que utilizava a

tecnologia Bluetooth para convidar as pessoas a uma visita à loja. Todos os

consumidores que passavam pela área delimitada pelo Bluetooth no Pier 39, um ponto

turístico comercial da cidade de São Francisco, recebiam um convite, com endereço da

loja, para irem até o Hard Rock Café mais próximo. Caso o consumidor aceitasse o

convite, receberia um vídeo com conteúdo da marca e um cupom móvel (mobile

coupon), que dava direito a um desconto especial no café.

Uma das características que diferencia o marketing móvel do tradicional é a sua

característica de unir a capacidade de personalização e de mensuração da Web com a

capacidade de acesso anytime, anywhere da telefonia celular.

Se capaz de unir personalização e adequação do conteúdo relevante, no timing correto

de interagir com o cliente certo, sem barreiras geográficas, é uma prerrogativa

mercadológica fundamental que certamente diferenciará quem terá ou não sucesso no

mundo da comunicação convergente e móvel.

http://www.e-consultingcorp.com.br/midia/ultimos-artigos/publico-movel-2013-

publicidade-movel

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Redes Sociais S.A.

A evolução da Internet em possibilidades de utilização, mais notadamente no que se

refere ao seu poder de disseminação de informações e promoção da comunicação

multilateral entre diversos agentes, fez surgir ambientes e “ferramentas” que vieram

para fomentar a capacidade nata do ser humano em se relacionar e interagir.

Comunidades Online como Orkut, Facebook, MySpace, Youtube, Linked-in e Twitter,

dentre outras, caíram no gosto dos internautas apresentando índices de crescimento e

adesão assutadores.

Internautas, antes consumidores com pouca voz ativa, agora são mídia e, portanto,

capazes de impactar gigantes corporativos com uma simples postagem de um vídeo,

opinião ou relato pessoal de um fato positivo ou negativo que vivenciou com

determinada interação com uma empresa, sua marca, produto, serviço ou

representantes.

Todo este poder vem sendo gradativamente compreendido e utilizado pelas empresas

em diversos formatos como bolgs corporativos, twitters corporativos ou redes e

comunidades privadas. Porém, uma das grandes oportunidades que esta onda 2.0

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E-Marketing | Melhores Análises, Melhores Insights 17

propicia é a utilização do ferramental e modus operandi das redes sociais para

usufruto de negócios da corporação.

Recente pesquisa conduzida pela Universidade de Massachussetts Dartmouth, com as

empresas da Inc. 500 (publicado pela Inc. Magazine) nos anos de 2007 e 2008, sobre a

utilização de mídias sociais nos ambientes internos das corporações, revelou que as

midias sociais vêm alcançando altos níveis de penetração nas empresa em ritmo

acelerado. A familiaridade com ferramentas 2.0 e ambientes colaborativos quase

dobrou em 2008, quando comparada com 2007.

A midia social mais popular e mais familiar para as empresas continuou a ser a de

networkng (tais como Facebook, Linkedin, Multiply, Orkut, etc), com 57% dos

respondentes dizendo ser muito familiar a elas (contra 42% em 2007), agregando um

crescimento de 44% em apenas 1 ano.

Os Wikis, que em 2007 ocupavam o último lugar, com apenas 16% de usuários dizendo

ter muita familiaridade com a ferramenta, em 2008 já ultrapassaram o podcasting com

35% dos usuários dizendo que eram muito familiares com a ferramenta. O ranking de

familiaridade segue a seguinte ordem: Social Networking-57%, Vídeos Online-52%,

Blogs-52%, Fóruns-39%, Wikis-35% e Podcasts-33%.

Já em relação ao uso efetivo das ferramentas de mídias sociais pelas empresas norte-

americanas, temos um crescimento médio em relação a sua adoção (2008 em relação

a 2007) de 77%. Social Networking apresentou nível de penetração de 49%, Videos

Online com 45%, Blogs com 39%, Fóruns com 35%, Wikis com 27% e Podcastings com

21%. Ainda vale ressaltar que em 2007, 43% das empresas entrevistadas não usavam

nenhum tipo de ferramenta relacionada a mídias sociais e, em 2008, apenas 23%

faziam parte deste grupo.

A importância da utilização das mídias sociais para os negócios e estratégias de

marketing das empresas nos EUA também foi pesquisada: 84% das pessoas

pesquisadas consideram as mídias sociais como muito importante (44%) ou de alguma

forma importante (40%), contra 60% em 2007 (26% muito importante e 34% de

alguma forma importante).

Recente estudo da E-Consulting com 288 das 1000 maiores empresas do país, entre

Março e Julho de 2009, apontou que o ranking de familiaridade no Brasil se comporta

da seguinte maneira: Social Networking-69%, Vídeos Online-58%, Fóruns-41%,

Podcasts-33%, Blogs-32% e Wikis-21%. O Twitter se configura na rede de maior

crescimento entre 2008 e 2009, atingindo 224% em aumento do nível de familiaridade

da ferramenta no ambiente corporativo. Quanto à penetração de utilização, esse

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E-Marketing | Melhores Análises, Melhores Insights 18

patamar cresceu de 11% em 2008 para 34% em 2009. Fóruns atingem 32% de

penetração, seguido por Podcasts com 29%, Social Networking com 24%, Blogs com

19% e Wikis com 14%. Vídeos Online atingiram 46%, mas sua utilização corporativa

não necessariamente está ligada aos negócios. (para saber mais sobre este estudo fale

conosco em [email protected])

A comunicação corporativa passa a ser uma atividade cross e não mais específica de

uma área, assim como a colaboração em projetos ganha participantes

multidisciplinares com visões e experiências complementares. Os ambientes

colaborativos promovem o palco ideal para que, de forma organizada e “controlada”,

se revele o conhecimento individual e se potencialize o conhecimento corporativo e

comunitário. Vídeos, áudio, richtexts, links, games, animações e demais formatos

passam mensagens e conhecimentos de forma experiencial sem, contudo, perder em

seriedade, foco e propósito.

A crescente adoção das mídias sociais nos ambientes corporativos se evidencia como a

migração bem sucedida de uma tendência que começou no mundo individual e chegou

ao organizacional. A compreensão e o reconhecimento prático da sua utilidade como

meio e/ou estratégia para melhorar os negócios, processos, relacionamentos e

comunicações da empresa – internas ou externas, de forma a transformar sua prática

diária em um modelo mais participativo e interativo com os diversos públicos de

relacionamento (stakeholders) é fator essencial para que as empresas 1.0 se

redefinam, de fato, como organizações 2.0.

http://www.e-consultingcorp.com.br/midia/ultimos-artigos/Redes-Sociais-S.A-1

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E-Marketing | Melhores Análises, Melhores Insights 19

Como Alcançar Desempenho Superior nas

Ações de Cross Channel Marketing

A possibilidade de meios que as empresas podem escolher ou combinar para melhor

se comunicarem com seus clientes tem crescido rapidamente na última década, desde

que os veículos tradicionais, tais como TV, Rádio e Mídia Impressa, foram

complementados por outros Canais e Ambientes, principalmente os digitais.

Essa mudança ocasionou um aumento da dificuldade das empresas em otimizar as

ações de suas campanhas online e offline, incluindo-se aí orçamentos, expectativas e

proporções. Além disso, esse vasto leque de opções criou um novo desafio para o

marketing das organizações: garantir que a informação correta seja entregue no

tempo certo e através da Mídia** preferida/mais adequada a cada perfil, segmento ou

cluster de cliente/consumidor.

Diferenças entre Multicanal e Cross-Channel Marketing

É preciso compreender que as diferenças entre cross-channel e multi-channel

marketing (ou multicanal) não são apenas semânticas.

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E-Marketing | Melhores Análises, Melhores Insights 20

• Multicanal é a capacidade de executar diferentes campanhas em diversas

Mídias. Aqui, em tese, não há preocupação com a consistência da mensagem e

nem com a coordenação entre as diferentes mídias.

• A abordagem Cross-Channel está relacionada à capacidade de conduzir uma

determinada campanha em diversas mídias (mesma campanha, mesma

mensagem e várias mídias). Há, portanto, a preocupação com consistência da

mensagem e coordenação das mídias.

Essa preocupação com a consistência das mensagens e a coordenação entre as mídias

se relaciona principalmente com o impacto disso na experiência do consumidor –

portanto sua percepção. Mensagens dissonantes e mídias não alinhadas reduzem a

eficácia das campanhas ao comprometer a percepção do consumidor e, no final do dia,

se traduzem em perdas institucionais e reputacionais e gastos de verbas

desnecessários e ineficazes.

Dificuldades

Em todo o mundo, organizações de diversos setores têm buscado executar campanhas

e ações sob uma visão de cross-channel marketing.

No entanto, essas empresas têm encontrado algumas dificuldades, em especial:

1. Medir e comparar o retorno das ações de Marketing (ausência de comparativos e

cases de sucesso);

2. Inconsistência dos temas e mensagens das campanhas nas diversas Mídias;

3. Ausência de integração entre as Mídias,

4. Customizar o conteúdo das mensagens em função do segmento de cliente.

Soluções

A solução para problemas como esses está na execução de uma estratégia de cross

channel marketing que combine a centralização das atividades e tecnologias de

coordenação às ferramentas que permitem gerir as informações sobre o

comportamento e performance dos clientes e sobre o desempenho das campanhas.

Além disso, é muito importante que as diferentes áreas da organização tenham uma

visão única do cliente (Visão 360º. ou Visão Única do Cliente).

Melhores Práticas

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E-Marketing | Melhores Análises, Melhores Insights 21

Empresas como a Virgin Megastore, EMI, Sephora, Fnac, Porsche e Accor têm se

destacado em seus respectivos setores e obtidos ROMIs (Return on Marketing

Investments) superiores à média. Essas empresas compartilham algumas

características na execução de suas campanhas:

1. São obsessivas na utilização de métricas de performance e as utilizam para

otimizar as campanhas futuras.

As empresas reconhecem a importância da mensuração da performance das

campanhas e as utilizam.

2. Centralizam informações

Apesar da grande dificuldade envolvida, algumas dessas empresas centralizaram as

informações sobre seus clientes para garantir que a mensuração da performance e a

visão única do cilente em toda a organização sejam praticadas pela organização (do

CRM aos diversos canais de contato presenciais e remotos com os clientes e

consumidores).

3. Atualizam os cadastros dos clientes baseados em suas interações multicanais

Essas empresas centralizam as informações de Vendas, Marketing, Operações e

constantemente atualizam os cadastros desses clientes baseados em suas interações

multicanais.

Essa informação é utilizada para otimizar campanhas, testar aeficácia de algumas

mídias para alguns segmentos de clientes e entegar mensagens de marketing mais

impactantes e relevantes.

4. Padronizam os processos relacionados à execução do Cross Channel

Essas empresas utilizam processos padronizados e tecnologias que permitem

automatizar: (1) o processo de aprovação de suas campanhas de marketing (para

manter a consistência de branding), (2) a gestão do desenvolvimento da campanha e

(3) a medição da performance da campanha. O foco, portanto, está na otimização da

campanha.

5. Identificam dos Clientes de Alto Valor

As melhores empresas são mais eficientes que a média em identificar e se

comunicar com seus clientes de alto valor; com isso, otimizam o ROMI, pois é mais

Page 22: E-Book E-Marketing E-Consulting Corp. 2010

E-Marketing | Melhores Análises, Melhores Insights 22

barato efetuar cross e up-sell com esses clientes.

6. Mudam o Foco do Offline para o Online

Essas empresas têm buscado desenvolver competências relacionadas às mídias

digitais, como e-mail marketing, social media, conteúdo multimídia, aplicativos

interativos, games e webadverstising, ao contrário de foco puramente centrado nos

veículos tradicionais offline (TVs, Jornais, etc).

7. Executam a mesma campanha de marketing em várias mídias (consistência)

Preocupação em entregar a mesma mensagem, campanha ou tema em várias

mídias, ao contrário da entrega de várias mensagens, campanhas ou temas em várias

mídias.

Conclusão

O número de mídias** (veículos, canais e ambientes) disponíveis para se interagir e

comunicar com os consumidores aumentou significamente nos últimos anos.

As campanhas de marketing hoje devem abranger diversos canais, cada um com suas

peculiaridades, desafios e limitações. A razão disso é que os consumidores não fazem

mais distinção entre o mundo real e o virtual quando de suas interações com as

marcas, busca por informações ou pesquisas sobre produtos. Para eles é tudo uma

coisa só, e todas as interações contribuem para a formação de sua experiência com as

marcas.

Temos observado as dificuldades que as empresas têm tido em gerir campanhas que

abrangem várias mídias de forma integrada e com mensagens consistentes. Na prática,

as empresas utilizam-se de uma abordagem Multicanal (várias campanhas x várias

mídias), enquanto que nossas pesquisas sugerem que uma abordagem Cross-Channel

(mesma campanha x várias mídias) pode levar a retornos superiores.

A abordagem Cross-Channel otimiza a gestão das campanhas, entrega mensagens e

temas de marketing de forma consistente e promove uma visão unificada do cliente

em toda a organização. Em tempos de Consumidor 2.0, a abordagem Cross-Channel

estará cada vez mais relacionada à geração de valor para as empresas (Resultados

Financeiros + Ativos Intangíveis).

Anexo:

Page 23: E-Book E-Marketing E-Consulting Corp. 2010

E-Marketing | Melhores Análises, Melhores Insights 23

** Procuramos definir Mídia como o conjunto de Veículos, Ambientes e Canais à

disposição de uma organização.

* Canais: Relacionam-se a vendas e transações (Ex. Lojas Físicas, Vendas Diretas,

Vending Machines, etc).

* Ambientes: Está ligado presença/atuação/interação do cliente/usuário (seja este

qual for), ou seja, o que o usuário acessa (ex. sites, hot-sites, extranets, blogs, wikis,

intranets, portal corporativo, etc).

* Veículos: Aquilos que leva a mensagem de forma unilateral a algum público (TV, TV

interna, revista, outdoor, e-marketing, twitter, mobile, etc).

http://www.e-consultingcorp.com.br/midia/ultimos-artigos/como-alcancar-

desempenho-superior-nas-acoes-de

Page 24: E-Book E-Marketing E-Consulting Corp. 2010

E-Marketing | Melhores Análises, Melhores Insights 24

Marketing Boca a Boca 2.0

A velha conhecida propaganda “boca a boca”, em que um cliente (in)satisfeito

multiplica sua opinião sobre determinado produto, serviço ou empresa a seus contatos

mais próximos (amigos, parentes, colegas de trabalho etc), recebeu uma roupagem

sócio-hightech e potencializou seu poder de alcance e efeito em milhares de vezes. O

boca a boca virou marketing viral.

Com a massificação do acesso a web, o fenômeno das redes sociais e a mudança no

eixo e nos agentes propagadores da informação, o bom e velho marketing boca a boca

parece inofensivo - ou no mínimo pouco impactante - quando comparado à nova

realidade 2.0 alicerçada em redes e comunidades sociais, blogs, wikis, twitters,

messengers, sms, etc, tropa de choque em que o marketing viral se apóia.

O marketing viral, assim como um vírus, precisa de um receptor que, ao ser

“contaminado”/influenciado pela mensagem/vírus, passa a ser um

hospedeiro/disseminador dessa mensagem (memes, no caso da informação) ou

informação genética (no caso dos vírus). O processo viral é caracterizado por possuir

uma capacidade de propagação/exposição exponencial, potencializado pela facilidade

e pela penetração que os novos canais digitais colaborativos propiciam.

Page 25: E-Book E-Marketing E-Consulting Corp. 2010

E-Marketing | Melhores Análises, Melhores Insights 25

A adoção em massa dos meios digitais fez surgirem novos agentes protagonistas nas

cadeias de comunicação. Hoje, teoricamente, todos os indivíduos conectados são

potenciais geradores de mídia. Basta um post em um canal digital de grande tráfego,

que milhares de pessoas serão impactadas, e, se suscetíveis à mensagem,

multiplicarão sua visibilidade em questão de segundos, minutos, horas ou dias.

No mundo digital, redes de consumidores se formam a cada minuto, comunidades de

relacionamento trocam informações sobre marcas, produtos e serviços, influenciando

milhares de agentes que interagem ou apenas observam o desenrolar dos mais

variados temas.

Sob o ponto de vista das empresas, as oportunidades são proporcionais à capacidade

de propagação das informações na rede.

Uma boa estratégia de maketing viral é aquela que consegue fazer com que seu

público alvo seja sensibilizado pela mensagem e a dissemine ao maior número de

contatos e relacionamentos que tiver.

Como exemplos clássicos do marketing viral, podemos citar o pioneiro Hotmail (em

que as pessoas que mandam uma mensagem por e-mail estão transmitindo a

mensagem a outros usuários que lêem no rodapé: "Tenha você também um e-mail

gratuito") e, mais recentemente, o Orkut, uma vez que a entrada na comunidade se dá

apenas por convite, que se tornou o gatilho da ação (o Google adotou a mesma tática

com o Gmail).

Porém, vale ressaltar que a imprevisibilidade é algo que caracteriza o marketing viral e

seu resultado nem sempre pode ser mensurável.

Construir credibilidade, divulgar um produto ou serviço, suscitar curiosidade, associar

valores a uma marca e provocar experimentação são algumas das principais aplicações

para o marketing viral.

As vantagens da correta utilização desta arma da comunicação moderna se baseia,

principalmente, na amplitude de impacto associada ao baixo custo das campanhas e

na velocidade com que se disseminam, uma vez que o disseminador não é alguém que

é pago pela marca para sê-lo, que a mídia utilizada é gratuita e que o conceito viral

encontra um campo fértil e propício nas redes da Web para se desenvolver em plena

capacidade.

http://www.e-consultingcorp.com.br/midia/ultimos-artigos/Marketing-Boca-a-Boca-

2.0

Page 26: E-Book E-Marketing E-Consulting Corp. 2010

E-Marketing | Melhores Análises, Melhores Insights 26

Inovação e Criatividade For Free em

Propaganda Online

De acordo com análise do IDC, divulgada este mês, os gastos globais com anúncios na

internet caíram 5% no segundo trimestre, movimentando 13,9 bilhões de dólares,

representando o segundo trimestre consecutivo de queda nas vendas de anúncios

online.

Apesar da queda acentuada - resultado direto da retração das verbas de marketing e

comunicação em função da crise econômica global – e da perspectiva de retomada do

crescimento em meados de 2010, a propaganda online, em seus diversos formatos,

meios e mídias é a principal ferramenta do marketing moderno para empresas e

anunciantes divulgarem sua marca, produtos e serviços.

Não é de hoje que os gestores lidam com o dilema marketing dirigido x marketing de

massa. Mas de alguns anos para cá, com a consolidação dos modelos de negócio de

propaganda online, a consagração de estratégias e cases com resultados

surpreendentes e a disseminação de indicadores e métricas de performance e valor

das ações - atrelando cada centavo gasto ao seu retorno quantitativo – a curva de

adoção corporativa desta nova mídia aponta para o céu.

Page 27: E-Book E-Marketing E-Consulting Corp. 2010

E-Marketing | Melhores Análises, Melhores Insights 27

Com as verbas minguando, o que está em jogo é o conhecimento para se extrair o

máximo de cada formato, canal, ambiente e estratégia de propaganda online.

Quando pensamos em propaganda online, a associamos diretamente aos

investimentos em anúncios em sites, portais, lojas virtuais e demais ambientes Web de

grande acesso (hubs) ou segmentados através de formatos “tradicionais” como

Banners, Skyscrapers e Pop Ups ou Webdoors, a versão para Internet dos famosos

"outdoors".

A grande diferença para o mundo tradicional é a possibilidade de se agregar

interatividade e funcionalidades colaborativas que tornam a experiência do

consumidor com a marca, em seu momento de aquisição, mais rica. Apesar de

“tradicionais”, estes formatos comportam a evolução e sofisticação derivada dos

novos conteúdos multimídia - como o Vídeo Ad - e da criatividade dos publicitários. Em

estratégias cross-channel, a utilização combinada das versões offline com versões

online colaborativas tende a potencializar os resultados.

Uma das regras de ouro da propaganda online é segmentar a comunicação em termos

de mensagem em função do público-alvo e dos ambientes que freqüenta e conteúdos

que este acessa (pois fazer marketing de massa na web é tão fácil quanto no mundo

offline; só que neste caso, a possibilidade desperdiçada de obter resultados superiores

está há um click e não em um outro mundo).

A evolução dos formatos de propaganda online na Web trata da inserção de anúncios

e links no próprio fluxo de navegação (como os Intersticiais, onde um anúncio é

exibido em tela inteira enquanto a página carrega) ou na exibição de conteúdos como

textos (com palavras chave e links contextualizados), imagens (atrelando links a

produtos que aparecem nas fotos) e vídeos (o YouTube e demais portais vídeo-

oriented permitem realizar discretas inserções durante a reprodução de vídeos

apontando links relacionados ao conteúdo reproduzido).

Nos últimos anos, duas grandes tendências se consolidaram nas estratégias de

marketing online: o Marketing de Busca (SEM - Search Engine Marketing), que se

divide em Links Patrocinados e SEO (Search Engine Optimization) e as Redes Sociais

(Social Media).

Conforme a “cultura de busca” se dissemina na Web – uma vez que o volume de

conteúdo atingiu níveis extremos e definir sua relevância deixa de ser papel do usuário

e passa a ser o resultado dos algoritmos dos buscadores – atuar estrategicamente com

Marketing de Busca, de forma integrada com as demais ações e de acordo com o ciclo

de vida do produto/consumidor é fator crítico de sucesso.

Page 28: E-Book E-Marketing E-Consulting Corp. 2010

E-Marketing | Melhores Análises, Melhores Insights 28

O case da construtora Tecnisa em SEM é emblemático e a empresa terminou

reconhecida pelo Google como a empresa do mercado imobiliário que possui as

melhores práticas de campanha de Links Patrocinados no mundo. Os resultados

intrínsecos da estratégia – em termos de audiência, page-views, click-trough, etc – já

se justificam. Porém, o resultado para o negócio, derivado da venda de um

apartamento pela internet (a partir de um link patrocinado), mostra um novo patamar

da propaganda online.

Mantendo a mesma linha estratégica, a Tecnisa desenvolveu uma ação promocional

no Twitter que resultou na 1ª venda de um apartamento do mercado imobiliário com

contato gerado por este canal.

Enquanto o SEM tem um foco no conteúdo, as redes sociais são focadas no diálogo.

Por este motivo, é muito importante que profissionais de marketing utilizem e

compreendam em profundidade seu público-alvo, para assim planejar ações de

relacionamento e experiência no Youtube, Twitter, Facebook e outras redes que

tragam novos consumidores para os canais transacionais.

Um exemplo inusitado de utilização de Social Media para a realização de ações de

marketing é o case da campanha Whooper Sacrifice, do Burger King. Através de um

aplicativo no Facebook, que provocava os usuários a “sacrificar” 10 dos seus amigos

para ganhar um sanduíche Whopper, o case foi short-list do Cannes Lions 2009 na

categoria Cyber, um dos mais importantes prêmios da propaganda online.

Explorar as possibilidades da propaganda na Web para gerar leads e oportunidades

comerciais é questão de criatividade e inovação e não depende, estritamente, de

grandes investimentos. Associar a visão digital ao processo de marketing e

comunicação só tem a gerar benefícios para empresas e seus acionistas, seja qual for

seu core-business, tamanho ou setor de atuação.

http://www.e-consultingcorp.com.br/midia/ultimos-artigos/invoacao-e-criatividade-

for-free-em-propaganda

Page 29: E-Book E-Marketing E-Consulting Corp. 2010

E-Marketing | Melhores Análises, Melhores Insights 29

Redes sociais ou as Novas Igrejas, Bares e

Praças

A compreensão histórica dos estudos sobre Comunidades e Sociedades pode auxiliar

as organizações a compreenderem o porquê de a Colaboração e a Interatividade

serem tão valorizadas pelos consumidores.

Antes de tudo um olhar sobre as Comunidades

A noção de "comunidade" evoluiu de um quase "ideal" de família e aldeia para abarcar

um maior conjunto de grupos humanos e interesses com o passar do tempo. O

conceito passou a incluir a idéia de relações sociais que indivíduos com as seguintes

características compartilham:

Page 30: E-Book E-Marketing E-Consulting Corp. 2010

E-Marketing | Melhores Análises, Melhores Insights 30

1. Base territorial comum (lugar físico, como o bairro ou a cidade)

2. Interesses comuns (religiosos, profissionais, sociais, etc)

3. Colaboração para um fim comum

As comunidades reais quase desaparecem

De acordo com Raquel da Cunha Recuero (UFRGS):

“Ray Oldenburg disse que haveriam três tipos importantes de lugar em nossa vida

cotidiana: o lar, o trabalho e os "terceiros lugares", referentes àqueles onde os laços

sociais fomentadores das comunidades seriam formados, como a igreja, o bar, a praça

e etc.

Esses lugares seriam mais propícios para a relação social que ele julga necessária para

o "sentimento de comunidade", porque seriam aqueles onde existe o "lazer", onde as

pessoas encontram-se de modo desinteressado para se divertirem.

Como esses lugares estariam desaparecendo da vida moderna, devido às atribulações

do dia a dia, as pessoas estariam sentindo que o "sentimento de comunidade" estaria

em falta.”

Howarld Schultz (Chairman e CEO da Starbucks) em seu excelente livro Pour Your

Heart Into It defende explicitamente que uma das causas de sucesso da rede de

cafeterias baseou-se na possibilidade de oferecer aos consumidores o “terceiro lugar”.

As redes sociais aparecem – ou devemos chamá-las de igrejas, bares e praças do

mundo pós-moderno?

- Será que de alguma maneira a ausência do sentimento de comunidade levou ao

surgimento das comunidades virtuais?

As redes sociais por sua vez permitiram às pessoas realizarem, de certa maneira, quase

tudo o que fazem nas praças, bares e igrejas do mundo real, como: solicitar

informações, colaborar, comprar, vender e barganhar produtos, se relacionar com

conhecidos e estranhos, etc. A principal diferença é que isso é realizado online.

Page 31: E-Book E-Marketing E-Consulting Corp. 2010

E-Marketing | Melhores Análises, Melhores Insights 31

Particularmente não pretendemos encontrar amigos e familiares em um restaurante

ou mesmo igreja online. Por outro lado, conseguimo-nos imaginar indo ao Médico ou a

Faculdade pela Internet.

Se as pessoas querem participar de comunidades (i.e: interagir e colaborar), porque

não criar campanhas publicitárias que promovam isso?

Em julho de 2008, a Mozilla Foundation estabeleceu um novo recorde mundial. Em 24

horas, seu navegador Web (Firefox) foi baixado por 8.002.530 de pessoas.

As principais razões disso são duas:

1. A empresa articulou uma estratégia de marketing que buscou alavancar a presença

em diversas redes sociais e também em promover ações em portais de Internet que

auxiliariam a levar internautas à página de download da empresa.

2. O Firefox é um software de código aberto, ou seja, interação e colaboração estão

em seu cerne. Isso auxiliou no desenvolvimento de uma comunidade de “fans –

usuários – desenvolvedores” que estarão dispostos a defender e promover as ações da

empresa.

A Ford está apostando o sucesso do Fiesta em blogs, tweets e no Facebook.

Em janeiro de 2009 a empresa entregou a 100 jovens norte-americanos 100 unidades

do Fiesta para que eles o testem por 6 meses. Em troca, esses jovens só precisam

realizar algumas missões e compartilhar suas experiências online (Flickr, Youtube,

Twitter e Facebook).

• Twitter: 6.389 seguidores

• Youtube: 80.000 vídeos assistidos

O objetivo da empresa é promover a idéia de que carros compactos (ou como os

norte-americanos chamam: estilo europeu) podem ser bacanas. Talvez mais do que

isso, a centenária gigante de automóveis queira parecer como uma empresa “bacana e

Page 32: E-Book E-Marketing E-Consulting Corp. 2010

E-Marketing | Melhores Análises, Melhores Insights 32

antenada” – o que em tempos como os nossos não é nem um pouco fácil para um

fabricante de automóveis norte-americano.

Definitivamente foi uma ação inteligente. O modelo antigo das milionárias campanhas

publicitárias suportadas por artigos da chamada “mídia-especializada” parece não

funcionar mais. Consumidores buscam informações não enviesadas e fruto da

experiência de uso de “pessoas reais” que possam contactar, se relacionar, se espelhar

e até conhecer.

Foto: http://www.flickr.com/photos/fiestamovement/page1/

Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=lBs8jPDPveg

Conclusão

Cada vez mais o movimento de colaboração e interação mostra que veio para fazer

parte definitiva da vida das pessoas e, por decorrência, dos planos de marketing das

empresas. Há alguns anos as pessoas alardeavam que a Internet privaria as pessoas de

se relacionarem mutuamente... mas o que vemos hoje é exatamente o contrário. E,

apesar de estar um pouco difícil para as praças (segurança e tudo mais), bares e,

principalmente, igrejas no mundo real, não param de abrir e crescer.

Links de interesse:

Mozilla Blog: Set a Firefox World Record!

http://blog.mozilla.com/blog/2008/05/28/set-a-firefox-world-record/

http://www.spreadfirefox.com/en-US/worldrecord

Wikipedia: Lista das redes sociais mais importantes:

http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_social_networking_websites

Blog Harvard Business Rewiew: How Ford Got Social Marketing Right

http://blogs.hbr.org/cs/2010/01/ford_recently_wrapped_the_firs.html?utm_source=f

eedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+harvardbusiness+%28HBR.

org%29&utm_content=Google+Reader

Artigo Wired: Are you cool enough to drive a Ford Fiesta?

http://www.wired.com/autopia/2009/02/are-you-cool-en/

Page 33: E-Book E-Marketing E-Consulting Corp. 2010

E-Marketing | Melhores Análises, Melhores Insights 33

Site Oficial: Fiesta Movement

http://www.fiestamovement.com/

http://www.e-consultingcorp.com.br/midia/ultimos-artigos/Redes-sociais-ou-as-

Novas-Igrejas-Bares-e-Pracas

Page 34: E-Book E-Marketing E-Consulting Corp. 2010

E-Marketing | Melhores Análises, Melhores Insights 34

Uma Celular na Mão e uma Marca na Cabeça

A forma como as empresas e agências pensam e fazem publicidade mudou

radicalmente com o desenvolvimento da Internet como canal tanto voltado ao

business (viés transacional) como mídia central para comunicação, relacionamento e

colaboração, ou seja, desde o surgimento dos primeiros E-Commerce até a atual onda

2.0, pautada no envolvimento do usuário através da produção de conteúdo em

formato rich media (User Generated Content – UGC).

Com o maior engajamento do usuário e dos clientes no processo de construção e

criação (na verdade, co-construção e co-criação) das marcas e imagens destas marcas -

uma vez que a identidade, essência e propósitos das marcas são de propriedade e

controle das empresas, porém a imagem – obtida através da interpretação, utilização,

contextualização e aplicação prática, nos modelos de um processo antropofágico –

depende quase que exclusivamente da atuação de seus usuários.

O processo interativo de Branding e o papel da marca como instrumento de

identificação e formação da personalidade e identidade do ser humano-consumidor-

cliente não é novidade alguma. A dinâmica que tornou marcas como Apple, Nike,

Starbucks, MasterCard, Google, Absolut, Wal Mart, Louis Vitton, All Star etc em

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E-Marketing | Melhores Análises, Melhores Insights 35

bastiões de estilo de vida e sinônimos do “cool” contou com o engajamento intensivo

de seus consumidores.

A série de anúncios customer made de MasteCard (“Existem coisas que o dinheiro não

paga”) e Absolut (Absolut Anything) parodiando as versões oficiais das propagandas se

tornaram fenômeno com direito a premiações e reconhecimento internacional,

representando um bom exemplo de como a colaboração revolucionou o branding e a

publicidade.

Porém, tais cases (apesar de serem referência) datam de uma época onde a tecnologia

e as possibilidades de criação de rich content pelo usuário derivadas da Convergência

de devices e das funcionalidades da Web 2.0 não existiam ou eram limitadas àqueles

que possuíam conhecimento técnico dos processos de criação ou acesso aos

softwares, hardwares, sistemas e ambientes web específicos.

Com a popularização de sites e redes de compartilhamento multimídia

(especificamente as redes de vídeo como YouTube e Vimeo e fotos como Filckr, Picasa

e Photobucket ) , funcionalidades simplificadas de edição e editoração, e mais ainda,

com o embarque de câmeras de foto/vídeo de boa qualidade em todo e qualquer novo

celular produzido, os antes simples consumidores passivos se tornaram publicitários

profissionais que precisam apenas de uma marca na cabeça e um celular na mão para

viralizarem sua mensagem adiante.

Com a credibilidade de quem, a princípio, não tem interesses por trás de uma ação de

divulgação e branding espontânea, os consumidores assumirão o papel de publicitários

e defensores maiores das marcas. Patrocinar tais consumidores ou simular ações

publicitárias como se fossem espontâneas, assim como fez a Coca-Cola na campanha

Hapiness Machine é a resposta das empresas para participar no jogo da nova

publicidade 2.0.

http://www.e-consultingcorp.com.br/midia/ultimos-artigos/uma-celular-na-mao-e-

uma-marca-na-cabeca

Page 36: E-Book E-Marketing E-Consulting Corp. 2010

E-Marketing | Melhores Análises, Melhores Insights 36

Os artigos deste e-book fazem parte da série de artigos disponibilizados nas newsletters do Grupo ECC.

Os textos são produzidos pelos analistas do SRC (Strategy Research Center) do Grupo ECC e pelos sócios

e consultores da E-Consulting Corp. (www.e-consultingcorp.com.br)

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