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NESTA EDIÇÃO SOUSA JAMBA A grande ilusão OPINIÃO 11 REFINARIA DE LUANDA Produção de Jet A1 satisfaz o mercado ECONOMIA 26 BOUBACAR KEITA Presidente deposto no Mali regressa ao país ÁFRICA 22 LIBERDADE DE PENSAMENTO Oposição na Bielorrússia vence Prémio Sakarov MUNDO 23 JOSÉ CARLOS DA SILVA Turismo depende de boas infra-estruturas ECONOMIA 28|29 CPLP Angola contribui para o controlo dos recursos POLÍTICA 3 VIGAS DA PURIFICAÇÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO DR DR JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO RETORNO ÀS AULAS As condições de regresso às aulas pre- senciais no país são precárias, admitiu, ontem, em Luanda, a ministra da Edu- cação, Luísa Grilo, quando discursava na reunião global da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), realizada em videoconferência. “As condições de regresso às aulas pre- senciais no meu país, sobretudo no Ensino Primário, são precárias”, disse a governante. DESTAQUE 4 O Presidente da República, João Lourenço, nomeou, ontem, José Carvalho da Rocha para o cargo de governador da província do Uíge. José Carvalho da Rocha foi ministro das Tele- comunicações e Tecno- logias de Informação, de Outubro de 2008 a Março de 2020. Até à sua nomea- ção, foi deputado à Assem- bleia Nacional pela bancada parlamentar do MPLA. SEX23OUT www.jornaldeangola.co.ao Director: VÍCTOR SILVA Director-Adjunto: CAETANO JÚNIOR Kz 45,00 Sexta-feira 23 de Outubro de 2020 Ano 45 • N.º 16152 Bastonária nega desvio de fundos SOCIEDADE 24 ASSINADO MEMORANDO PNUD apoia Angola na luta contra a corrupção ORDEM DOS MÉDICOS Ministra da Educação reconhece precariedade das condições CACUACO Detidos durante tumulto no Sequele conhecem sentença DECRETO PRESIDENCIAL Carvalho da Rocha nomeado governador da província do Uíge Programa prevê mais meninas rurais nas escolas O Presidente da República, João Lourenço, afirmou ontem, em Luanda, que existe, no país, um programa inclusivo que visa permitir a inserção do maior número possível de meninas, sobretudo das zonas rurais, nas escolas. João Lourenço, que dis- cursava, por videoconferência, no Fórum Global da Unesco sobre Educação, que juntou Chefes de Estado de todos os continentes, esclareceu que a selecção das meninas para o referido programa resulta do facto de serem vítimas, desde tenra idade, de entraves culturais, estereótipos sociais e marginalização, que as empurra para o trabalho infantil e gravidez precoce. O Chefe de Estado garantiu que, apesar do quadro sombrio provocado pela pandemia da Covid-19, Angola não se deixou abalar e, com resiliência, está a implementar medidas para mitigar os efeitos negativos da doença nas mais diversas áreas da vida social. POLÍTICA 2 PRESIDENTE DA REPÚBLICA NO FÓRUM GLOBAL DA UNESCO O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Inspecção Geral do Estado (IGAE) assinaram, ontem, um Memorando de Entendimento para o combate à corrupção. O inspector-geral da Administração do Estado, Sebastião Gunza, disse que o acordo vai reger a relação entre a IGAE e o PNUD, assente, essen- cialmente, no esforço do combate à corrupção, com o qual o Governo está comprometido. Lembrou que o Estado está a realizar um combate cerrado con- tra a corrupção, que tem resultado na recuperação de activos financeiros e imobiliários. POLÍTICA 3 A bastonária da Ordem dos Médicos de Angola, Elisa Gaspar, nega ter desviado fundos da organização e alega que foi criada, há algum tempo, uma cabala para a sua destituição, porque os colegas de direcção exigiam salário mensal. SOCIEDADE 24 Um terço das infecções nas últimas duas semanas DESTAQUE 4 A 7 RECUPERADOS 265 PACIENTES

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N E S T A E D I Ç Ã O

SOUSA JAMBAA grande ilusão

OPINIÃO • 11

REFINARIA DE LUANDA

Produção de Jet A1 satisfaz o mercado

ECONOMIA • 26

BOUBACAR KEITAPresidente deposto noMali regressa ao país

ÁFRICA • 22

LIBERDADE DE PENSAMENTOOposição na Bielorrússiavence Prémio Sakarov

MUNDO • 23

JOSÉ CARLOS DA SILVA

Turismo depende de boas infra-estruturas

ECONOMIA • 28|29

CPLPAngola contribui para o controlo dos recursos

POLÍTICA • 3

VIGAS DA PURIFICAÇÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO

DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO

DR DR

JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRORETORNO ÀS AULAS

As condições de regresso às aulas pre-senciais no país são precárias, admitiu,ontem, em Luanda, a ministra da Edu-cação, Luísa Grilo, quando discursava

na reunião global da Organizaçãodas Nações Unidas para

a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO),realizada em videoconferência. “Ascondições de regresso às aulas pre-senciais no meu país, sobretudo noEnsino Primário, são precárias”, dissea governante. DESTAQUE • 4

O Presidente da República,João Lourenço, nomeou,ontem, José Carvalho daRocha para o cargo degovernador da provínciado Uíge. José Carvalho daRocha foi ministro das Tele-comunicações e Tecno-logias de Informação, deOutubro de 2008 a Marçode 2020. Até à sua nomea-ção, foi deputado à Assem-bleia Nacional pela bancadaparlamentar do MPLA.

SEX23OUT

www.jornaldeangola.co.ao

Director: VÍCTOR SILVADirector-Adjunto: CAETANO JÚNIOR

Kz 45,00

Sexta-feira23 de Outubro de 2020

Ano 45 • N.º 16152

Bastonária nega desvio de fundos

SOCIEDADE • 24

ASSINADO MEMORANDO

PNUD apoiaAngola na lutacontra a corrupção

ORDEM DOS MÉDICOS

Ministra da Educação reconhece precariedade

das condições

CACUACO

Detidos durante tumulto no Sequele conhecem sentença

DECRETO PRESIDENCIAL

Carvalho da Rocha nomeado governador da província do Uíge

Programa prevê mais meninas rurais nas escolas

O Presidente da República, João Lourenço, afirmou ontem, emLuanda, que existe, no país, um programa inclusivo que visapermitir a inserção do maior número possível de meninas,sobretudo das zonas rurais, nas escolas. João Lourenço, que dis-cursava, por videoconferência, no Fórum Global da Unesco sobreEducação, que juntou Chefes de Estado de todos os continentes,esclareceu que a selecção das meninas para o referido programa

resulta do facto de serem vítimas, desde tenra idade, de entravesculturais, estereótipos sociais e marginalização, que as empurrapara o trabalho infantil e gravidez precoce. O Chefe de Estadogarantiu que, apesar do quadro sombrio provocado pela pandemiada Covid-19, Angola não se deixou abalar e, com resiliência, estáa implementar medidas para mitigar os efeitos negativos dadoença nas mais diversas áreas da vida social. POLÍTICA • 2

PRESIDENTE DA REPÚBLICA NO FÓRUM GLOBAL DA UNESCO

O Programa das Nações Unidaspara o Desenvolv imento(PNUD) e a Inspecção Geral doEstado (IGAE) assinaram,ontem, um Memorando deEntendimento para o combateà corrupção. O inspector-geralda Administração do Estado,

Sebastião Gunza, disseque o acordo vai reger arelação entre a IGAE e oPNUD, assente, essen-cialmente, no esforço docombate à corrupção, como qual o Governo estácomprometido. Lembrouque o Estado está a realizarum combate cerrado con-tra a corrupção, que temresultado na recuperaçãode activos financeiros eimobiliários. POLÍTICA • 3

A bastonária da Ordem dos Médicos deAngola, Elisa Gaspar, nega ter desviadofundos da organização e alega que foicriada, há algum tempo, uma cabala paraa sua destituição, porque oscolegas de direcção exigiamsalário mensal.

SOCIEDADE • 24

Um terço das infecções nas últimas duas semanasDESTAQUE • 4 A 7

RECUPERADOS 265 PACIENTES

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César Esteves

O Presidente da República,João Lourenço, deu a conhecer,ontem, a existência, no país,de um programa inclusivo quevisa permitir a inserção domaior número possível demeninas, sobretudo das zonasrurais, nas escolas.Ao discursar , por video-

conferência, no Fórum Globalda Unesco sobre Educação,que juntou Chefes de Estadode todos os continentes, JoãoLourenço esclareceu que aselecção delas para o referidoprograma resulta do facto deserem vítimas, desde tenraidade, de entraves culturais,estereótipos sociais e margi-nalização, que as empurrapara o trabalho infantil e gra-videz precoce.O Titular do Poder Execu-

tivo garantiu, que, apesar doquadro sombrio provocadopela pandemia da Covid-19,Angola não se deixou abalare, com resiliência, está a imple-mentar medidas para mitigaros efeitos negativos da doençanas mais diversas áreas davida social.Sublinhou que a Educa-

ção, apesar da sua transver-salidade e principal guia parachegar ao conhecimento,através da ciência e tecno-logia, também foi “severa-mente afectada”.O Presidente da República

revelou que mais de 13milhões de alunos matricu-lados no presente ano lectivoviram-se, temporariamente,confinados em casa e privadosdo acesso às aulas. “Decidi-mos pelo retorno gradual dasaulas, a partir do passado dia5 de Outubro, tendo, para oefeito, elaborado um calen-dário lectivo reajustado comos respectivos programasmínimos e orientações meto-dológicas”, esclareceu.João Lourenço disse estarem

a ser alocadas verbas extraor-dinárias às escolas para asse-gurar a sustentabilidade doprocesso de ensino e devolveraos alunos, professores e famí-lias a esperança e confiançade uma vida escolar segura.Neste particular, destacou

o programa “Valor Criança”,que está a ser implementadoem três províncias , noâmbito do sistema integradode gestão da acção social,que incide sobre a prevençãoda malnutrição e promoçãoda saúde infantil, e registode nascimento na inserçãodo sistema de ensino, atri-buindo apoio financeiro àsfamílias mais pobres.João Lourenço ressaltou

que o programa de protecçãosocial através de transferên-cias monetárias, denominadoKwenda, implementado emparceria com o Banco Mun-dial, está a causar impactopositivo na vida das famíliase das comunidades, sobre-

Adelina Inácio

A suspensão do mandato eretirada de imunidade dodeputado do grupo parlamen-tar do MPLA Manuel AntónioRabelais é discutida e votada,na próxima terça-feira, durantea primeira sessão plenária donovo ano parlamentar.A conferência de líderes da

Assembleia Nacional estevereunida, ontem, para tratar daagenda da próxima sessão ple-nária, tendo o assunto da sus-pensão do mandato de ManuelRabelais sido introduzida.As comissões dos Assun-

tos Constitucionais e Jurídicose a de Mandatos, Ética eDecoro Parlamentar daAssembleia Nacional reú-nem, hoje, para discutireme elaborarem o relatório pare-cer conjunto a ser submetidona plenária de terça-feira. Tendo em conta os pro-

nunciamentos dos líderes dosgrupos parlamentares, oassunto deverá estar concluído,na terça-feira. Rabelais deveráver retirada a imunidade pararesponder em julgamento. Opronunciamento no plenárioserá apenas a confirmação. O presidente do grupo par-

lamentar do MPLA, AméricoCuononoca, informou que oprocesso sobre Manuel Raba-lais, no Tribunal Supremo,passou para julgado e, tendoo deputado imunidades, nãopode ser julgado, nem preso,razões pelas quais foi solicitadaà Assembleia Nacional a reti-rada das imunidades e a sus-pensão do mandato, para poderresponder em julgamento.Américo Cuononoca subli-

nhou que, apesar disso, ManuelRabelais goza do princípio dapresunção de inocência.O primeiro vice-presi-

dente do grupo parlamentarda UNITA, Maurílio Luiele,disse que a retirada das imu-nidades do deputado é neces-sária, para poder ser julgado.Maurílio Luiele garantiu

que a UNITA não vai contrapora solicitação do TribunalSupremo. “Há um processoem curso, o deputado não foisequer condenado ainda, apresunção de inocência estápresente, mas para que possaser julgado a lei consideranecessária a retirada de imu-nidade”, lembrou.Luiele questionou o facto

de existirem processos deoutros deputados com omesmo tempo que o de ManuelRabelais, mas que ainda nãofoi solicitada, as retiradas deimunidades. “Isso coloca algu-mas reticências. Dá a impressãoque há, aqui, dois pesos e duasmedidas e é por isso que nóstemos considerado que há umcerto carácter selectivo no

combate à corrupção”, disse.Benedito Daniel, do PRS,

concorda com a retirada deimunidade e suspensão demandato de Manuel Rabelais,para que possa apresentar adefesa perante o Tribunal.“Todos os cidadãos devemcumprir a lei, independen-temente da função. Se a jus-tificação do Tribunal Supremofor convincente, acho normalque o deputado apresente-seem tribunal e isso não significacondenação”, considerou.O também líder do PRS

discorda das opiniões de algunspolíticos que defendem queos processos contra a corrupçãosão selectivos. Para ele, existeelitismo e não selecção. “Ocombate à corrupção está anível da elite política e empre-sarial, selecção como tal nãoexiste. O que existe, sim, é afalta de informação”, realçou. Lucas Ngonda, da FNLA,

considera um processo legal aretirada de imunidade a ManuelRabelais. O deputado da FNLAdefende que muitas questõesligadas ao combate à corrupçãodevem ser esclarecidas parase evitarem especulações. Antigo director-geral da

Rádio Nacional de Angola(RNA) e ministro da Comu-nicação Social, Manuel Rebe-lais foi constituído arguido,em Setembro do ano passado,por haver indícios de crimesde peculato, violação de nor-mas de execução do plano eorçamento, recebimento inde-vido de vantagens e bran-queamento de capitais,enquanto director do Gabinetede Revitalização e Execuçãoda Comunicação Institucionale Marketing da Administração(GRECIMA), entre os anos2016 e 2017.

Reapreciação do Código PenalO porta-voz da AssembleiaNacional, Raul Lima, informouque os presidentes dos gruposparlamentares agendaram,também para a plenária deterça-feira, a discussão e rea-preciação do novo CódigoPenal, que deve ser aprovado,em definitivo, em Novembro. O presidente do grupo par-

lamentar do MPLA admitiuque o novo Código Penal foiaprovado pela AssembleiaNacional com algumas insu-ficiência e, por isso, vai ser rea-preciado, para ser conformadoà realidade socioeconómica.Benedito Daniel, do PRS,

entende que as leis devemser feitas em função da rea-lidade do país. “Se o Presidenteda República pediu a con-formação da lei e se esta nãofere os direitos fundamentaisdos cidadãos, o PRS está deacordo com a revisão do novoCódigo Penal”, declarou.

tudo dos agregados familiaresmais vulneráveis.Outra pr ior idade do

Governo angolano, prosse-guiu, prende-se com a for-mação e capacitação dosprofessores e gestores esco-lares para a mudança danova abordagem das escolasem contexto da Covid-19,com ferramentas que colo-cam a acção em prol dadefesa da vida e da cons-trução do conhecimento.Apesar dos diversos con-

dicionalismo, com os quaiso Governo se bate, João Lou-renço revelou estar emdesenvolvimento, no país,um programa que visa a mas-sificação do uso das novastecnologias de informaçãoe comunicação em escolasdo ensino secundário, tendojá sido aprovada a modali-dade de ensino à distânciae semi-presencial.Disse terem sido já dispo-

nibilizados todos os materiaiscurriculares, sobretudo doensino primário, através doportal de Serviços PúblicosElectrónicos (SEPE), para per-mitir o acesso fácil aos con-teúdos oficiais ministradosnas diferentes classes.“Encontra-se em fase final

o processo de revisão, actua-lização e melhoramento dosmanuais escolares e instru-mentos co-relacionados doensino geral, sendo que, poresta via, estima-se promovere melhorar o ensino e apren-dizagem”, frisou.

Aumento de salas de aulaO Titular do Poder Execu-tivo disse terem sido esta-belecido parcerias paraalargar os espaços educa-t ivo s e a tende r ma io rnúmero de crianças, tendo,desta acção, resultado adisponibilidade de mais de69.348 novas salas de aulas.Foram disponibilizadas

16.069 salas de aula para oensino secundário e 11.895para o I Ciclo. João Lourenço informou

que os resultados do PlanoIntegrado de Intervenção nosMunicípios (PIIM) têm per-mitido o aumento significativodo número de salas de aulas,tendo já gerado 22.844 salasde actividades para as criançasdos zero aos quatro anos,17.400 para a classe de iniciaçãoe 1.140 para reforçar o combateao insucesso escolar e atenderas crianças com necessidadeseducativas especiais.“Gostaria de reafirmar o

inabalável engajamento domeu Governo em criar, cadavez mais, oportunidadespara o acesso das nossascrianças à escola e uma edu-cação de qualidade, inves-tindo, no sector, recursosnecessários e indispensáveispara a segurança e qualidadedo processo de ensino eaprendizagem”, realçou.O Presidente João Lourenço

reconheceu as consequênciasda Covid-19 na economia, nodesenvolvimento humano esocial das nações.

Evitar catástrofeAo falar à imprensa sobre oevento, a ministra de Estadopara a Área Social, Carolina Cer-queira, esclareceu que tevecomo principal objectivo a mobi-lização de recursos para o finan-ciamento à educação, tendoem conta que a pandemia daCovid-19 trouxe uma grandefalência, a nível de todo omundo, na disponibilidadeque os Estados e Governosdeviam dedicar à educação.A ministra de Estado disse

ter sido reafirmado que todosos doadores deviam aumentaro investimento na educação ena formação, de 7 para 10 por-cento, para evitar uma catás-trofe mundial no segmento daeducação que, como destacou,

CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO

Comissões especializadas discutem, hoje, o caso Rabelais

ANÚNCIO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA CASO MANUEL RABELAIS

Partidos concordam com retirada de imunidade

Presidente disse que o país está a implementar medidas para mitigar os efeitos da Covid-19

Criado programa para inserirmais meninas rurais nas escolasJoão Lourenço discursou no Fórum Global da Unesco sobre Educação, decorridopor videoconferência e que juntou Chefes de Estado de todos os continentes

é a chave do desenvolvimentosustentável e do bem-estardas populações.“Deixou-se um apelo mun-

dial para que se invista maisna educação, que recursossejam disponibilizados pelosEstados para que nenhumacriança fique fora da escola,uma vez que, desde o surgi-mento da pandemia da Covid-19, vinte e quatro milhões decrianças deixaram de ir àsescolas”, frisou.Carolina Cerqueira disse

ter s ido lançado, nesteencontro, o apelo para serepensar e fazer a educaçãocom resiliência, que permitaque as crianças tenham oacesso à escola, que nãoaumente o fosso entre asmais pobres e aquelas, cujasfamílias tenham mais pos-sibilidade de ter uma edu-cação com qualidade.Outro apelo foi no sentido

de que a Covid-19 não tragaa rotura da esperança de queas crianças possam, atravésdo saber e da escola, contribuirpara um futuro melhor paraas jovens gerações.A ministra de Estado para

a Área Social disse ser aprimeira vez que um Chefede Estado angolano parti-cipou, ao mais alto nível,neste encontro.

Acreditação de embaixadoresAntes de participar no FórumGlobal sobre Educação, o Pre-sidente da República acreditouos novos embaixadores da Itá-lia, Cristiano Gallo, da Índia,Pratibha Parkar, da UniãoEuropeia, Jeanne GeorgineSeppen, da Argélia, Abdrlha-kim Mihoubi, e da Sérvia,Milos Perisic.O Chefe de Estado acre-

ditou, igualmente, o embai-xador do Líbano, KabalanFrangieh, com o estatuto denão residente.

DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO

2 Sexta-feira23 de Outubro de 2020POLÍTICA

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3Sexta-feira23 de Outubro de 2020

Adelina Inácio

O Programadas Nações Uni-das para o Desenvolvimento(PNUD) vai cooperar com aInspecção Geral do Estado(IGAE) na prevenção e com-bate à corrupção no país.

As duas instituições assi-naram, ontem, um Memo-rando de Entendimento parao combate à corrupção, umProjecto de Prevenção deR i s c o s d e Co r rup ção ,Reforço Institucional e oPlano Anual de Trabalhopara 2020.

O inspector-geral daAdministração do Estado,Sebastião Gunza, disse queo acordo vai reger a relaçãoentre a IGAE e o PNUD,assente, essencialmente, noesforço do combate à cor-rupção, com o qual o Governoestá comprometido.

Sebastião Gunza indicouque as instituições preten-dem trabalhar para a ela-boração de instrumentoslegais que visam a avaliaçãode riscos contra a corrupçãoe previsão de medidas aserem implementadas portodas as instituições públicasque lidam com recursospúblicos, bem como a cria-ção de instrumentos per-manentes de monitorizaçãode indícios ou, mesmo, deactos de corrupção.

“O PNUD manifestou-seinteressado em vir cooperarcom a IGAE no sentido deauxiliar no aspecto da for-

mação, apoio institucional,reforço da prevenção de ris-cos contra a corrupção eapoios materiais para queo combate à corrupção, queo Estado angolano leva acabo, seja efectivo”, infor-mou Sebastião Gunza, paraquem, com apoio da comu-nidade internacional, a IGAEsaíra vencedora.

O responsável da IGAElembrou que o Estado estáa realizar “um combate cer-rado contra a corrupção, quetem resultado na recuperação

de activos financeiros e imo-biliários e reintegração finan-ceira, bem como processosdisciplinares aos agentespúblicos que incorreram, ouincorrem, naquelas práticas,além da responsabilizaçãocivil e criminal.

Estas acções, disse, sãoresultado das políticas públi-cas, reforço do quadro legale mudança de atitude dosagentes públicos.

Sebastião Gunza decla-rou, ainda, que, com estasacções, aumentou o nível

de responsabilidade no tra-tamento da coisa pública ea cultura da denúncia doscidadãos de agentes públicosprevaricadores.

O inspector-geral doEstado reconheceu que ocaminho é ainda longo, masque acredita que, com a par-ticipação de organizaçõesinternacionais, como oPNUD, o lugar de Angola noíndice da transparênciainternacional vai melhorar,ainda mais, num períodomuito curto.

REFORÇO INSTITUCIONAL

JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO

Instrumentos foram assinados pelo inspector-geral do Estado e representante do PNUD

PNUD e IGAE assinam memorandocom vista ao combate à corrupção

As duas instituições pretendem trabalhar para a elaboração deinstrumentos legais que visam a avaliação de riscos contra a corrupção eprevisão de medidas a serem implementadas por todas as instituições

públicas que lidam com recursos públicos

António Eugénio

Angolavai contribuir, de formaefectiva, para a excelência docontrolo e fiscalização da gestãodos recursos públicos naComunidade dos Países deLíngua Portuguesa (CPLP),garantiu, ontem, em Luanda,a juíza conselheira presidentedo Tribunal de Contas.

Exalgina Gambôa falavan a a s s emb l e i a - g e ra lextraordinária virtual daOrganização das InstituiçõesSupremas de Controlo (ISC)da CPLP, subordinada aotema “A cooperação entreas ISC de Língua Portuguesa- 25 anos de desafios eoportunidades”, organizadaa partir da cidade de Bra-sília, Brasil.

A presidente do Tribunalde Contas apontou o esforçopermanente e resiliênciana missão de fiscalizaçãodos dinheiros públicos,recursos que apresentam“escassos para a dimensãodos problemas derivadosda Covid-19, que fez emergiruma crise severa que assolao Universo”.

Essa situação, disse, temobrigado os países à adopçãode novos procedimentos detrabalho, por forma a fazerface às necessidades emer-gentes de cuidados de saúde,biossegurança e de protecçãosocial das famílias e de todosaqueles que o actual con-texto de crise os coloca emcondições de vulnerabili-dade temporária.

A magistrada manifestouorgulho por algumas acçõesrealizadas representarem acontribuição do Tribunal deContas, no esforço e orga-nização, para as ISC traba-lharem “para um erário mais

eficiente, transparente eresponsável, a todos osníveis, conforme os Objec-tivos de DesenvolvimentoSustentável”.

Além disso, adiantou, faceàs recomendações da Decla-ração de Díli, Angola assinoumemorandos de cooperaçãotécnica com a UniversidadeAgostinho Neto, visando acapacitação dos auditoresangolanos no quadro doreforço das competências.

A participação na elabo-ração do primeiro PlanoEstratégico do Tribunal deContas para o per íodo2020/2023, é consideradapela juíza “uma experiên-cia positiva” daquela orga-nização “na par t i lha esolidariedade entre os paí-ses membros”.

Exalgina Gambôa mani-festou, também, empenhode Angola no compromissode interacção com a Orga-nização das InstituiçõesSupremas de Controlo (ISC)da CPLP referente à execuçãodo Plano de Acção para opróximo biénio, com vistaà definição de uma políticae Plano Executivo de Comu-nicação e Imagem.

PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA

Angola ajuda no controlo dos recursos

APELO A MARROCOS E À FRENTE POLISÁRIO

Angolaapelou, em Nova Ior-que, ao engajamento de Mar-rocos e Frente Polisário emnovas negociações que ace-lerarem uma solução pací-fica, justa e duradoura parao Sahara Ocidental em con-formidade com resoluçõesdas Nações Unidas e dodireito internacional.

A exortação foi feita, naterça-feira, pela represen-t a n t e p e rman en t e d eAngola junto das NaçõesUnidas em Nova Iorque,embaixadora Maria de JesusFerreira, numa reunião daComissão de Política Espe-cial e Descolonização daONU (Quarta Comissão) daAssembleia Geral destaorganização global.

A diplomata disse que anomeação de um novoenviado para o Sahara Oci-dental é imprescindível emerece atenção e conside-ração urgentes, a fim de ace-lerar o processo de realização

de um referendo, para umasolução acordada pelas par-tes, segundo a resoluçãodo Conselho de Segurançada ONU.

“Encorajamos a imple-mentação do Plano de Reso-lução das Nações Unidas e daOrganização da Unidade Afri-cana (OUA) - actual UniãoAfricana (UA) - aceite porambas as partes e aprovadopelo Conselho de Segurança,em 1990 e 1991, para imple-mentar o mandato da Missãodas Nações Unidas sobre oreferendo no Sahara Ocidental(MINURSO)”, ressaltou .

Maria de Jesus Ferreiraafirmou que a independência,soberania e unidade dos Esta-dos representam direitos legí-timos de todos os povos,muitas vezes prejudicados,pois nem todos os territóriosbeneficiam dos compromissosda Declaração sobre a Con-cessão da Independência aosPaíses e Povos Coloniais.

País quer solução pacífica para o Sahara Ocidental

DR

Juíza Exalgina Gambôa

O inspector-geraldo Estado negou as decla-rações de alguns políticos que consideramque o combate à corrupção é selectivo. “Não há combate selectivo! Não é pos-

sível falar-se em combate selectivo dacorrupção, na medida em que está a nívelde todo o país. Tem-se assistido que res-ponsáveis da mais alta esfera militar, dagovernação provincial e local têm estadoa responder a processos-crime. Entãoque selectividade é que se quer referir?Quem são as pessoas que estão a ser com-batidas selectivamente? Que agentespúblicos que, tendo prevaricado, ficaramà margem?”, questionou.Sebastião Gunza lembrou que o combate

à corrupção também obedece ao princípioda presunção de inocência. “As pessoas,enquanto não forem julgadas e condenadase sem essa condenação transitar em julgado,não podem ser postas na praça públicacomo prevaricadores”, afirmou.A IGAE actua a nível de toda Adminis-

tração Pública e onde há erário, esclareceuSebastião Gunza, lembrando que todosos gestores públicos estão sujeitos à fis-calização daquele órgão.O inspector-geral do Estado considerou

que existe, no país, um aumento da culturado cuidado dos recursos públicos, financeirose patrimoniais e, com isso, o sentimentoda impunidade está a desaparecer nas ins-tituições. “Há o receio muito evidente do

gestor ou agente público utilizar, anarqui-camente os recursos públicos que lhe sãocolocados à disposição”, disse.

Transparência da gestãoO representante residente do PNUD emAngola, Edo Stork, disse que com o Memo-rando de Entendimento, o programa dasNações Unidas pretende reforçar a con-tribuição aos esforços de Angola de for-talecer a transparência na gestão pública,através da prevenção contra a corrupção,modernização dos sistemas de gestão,incentivo aos actores públicos, formaçãoe reforço institucional. O PNUD, informou, quer interligar a

acção de prevenção contra a corrupçãocom outras áreas importantes, em que cola-bora com o país, como na gestão e execuçãodo fundo global do HIV, redução da pobreza,funcionamento dos orçamentos participa-tivos nos municípios e fortalecimento ins-titucional do controlo externo das finançaspúblicas, em parcerias com instituiçõessuperiores de controlo, o Parlamento eMinistério das Finanças, entre outras. Esta forma interligada de intervenção,

segundo Edo Stork, alinha-se ao programado PNUD, aprovado com o Governo para2020-2022, que visa promover soluçõesintegradas para desafios complexos e inter-ligados de desenvolvimento em Angola,com foco na erradicação da pobreza e no

crescimento económico inclusivo,aumento da resiliência a choques e crisese aprimoramento da gestão de recursosnaturais para a conservação e desenvol-vimento económico. Para o representante do PNUD, a falta

de transparência e a corrupção prejudicamo cumprimento dos Objectivos de Desen-volvimento Sustentável (ODS) e têm impactonegativo sobre a paz, segurança e estabilidade. Edo Stork disse que a corrupção na

prestação de serviços, como saúde e edu-cação, agrava a pobreza e a desigualdade,aumentando os custos dos serviços públicos,diminuindo a qualidade e distorcendo aalocação dos respectivos activos. “Dentro do Programa das Nações Unidas

para o Desenvolvimento, somos, também,servidores públicos internacionais e, por isso,pretendemos cooperar para buscar as práticaspara melhorar o serviço público”, realçou. Edo Stork entende ser preciso iden-

tificar sempre as melhores práticas, subli-nhando que a parceria com a IGAE é umagrande oportunidade para trabalhar,ainda mais, de modo a melhorar a eficáciada gestão pública. “É muito importante que todo o dinheiro

público seja gasto da melhor maneira ecom o impacto máximo possível”, defendeuStork, lembrando que Angola tem um Planode Desenvolvimento Nacional muito impor-tante apoiado pelas Nações Unidas.

Inspector-geral do Estado: “Combate à corrupção não é selectivo”

P0LÍTICA

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Xavier António

Angola registou,ontem, 265pessoas recuperadas daCovid-19 , um númerorecorde que supera os 220anunciados no dia 3 de Outu-bro, elevando para 3.305cidadãos livres da doença,desde Março último.

Das 265 pessoas livres dovírus, 243 foram registadasna província de Luanda, seteno Zaire, seis em Cabinda,três em Benguela, duas no

Cuanza-Norte, uma noBengo e igual número noCuanza-Sul, Huíla e Moxico,com idades entre um mês e93 anos.

244 novos contágiosNa semana em que o númerode contágios continua a subir,nas últimas 24 horas foramnotificadas 244 novas infec-ções de Covid-19, das quais229 em Luanda , 1 1 emCabinda, três no Cuanza-Norte e um em Benguela.

Os dados foram avançadospelo secretário de Estado paraa Saúde Pública, FrancoMufinda, esclarecendo que,os casos da capital foramreportados nas localidadesde Be l a s , I ngombo ta ,Maianga, Samba, Cazenga,Rangel, Cacuaco e Sambi-zanga. O país tem agora umtotal de 8.582 infecções.

Ainda ontem, mais cincopessoas morreram de Covid-19, das quais três homens eduas mulheres, residentesem Luanda, com idades entre29 e 83 anos, contabilizandoagora um total de 260 óbitos.

Doentes activosHá 5.017 activos, menos 26em relação aos dias anteriores,dos quais nove em estado crí-tico, 23 graves, 117 moderados,438 leves e 4.432 assintomá-ticos. Nas unidades de trata-mento estão internados 591pessoas.

O secretário de Estadoreferiu que ontem foram pro-cessadas 1.334 amostras porRT-PCR, das quais 244 posi-tivas e o cumulativo apontapara 139.016 até à data, dasquais 8.582 positivas.

Em relação às altas, anun-ciou, foram dadas 73, sendo72 na província do Cunene euma no Namibe. A nívelnacional cumprem o isola-

mento institucional um totalde 158 cidadãos e 4.071 con-tactos são vigiados.

DesobediênciaFranco Mufinda disse que aComissão Multissectorial dePrevenção e Combate àCovid-19 tem acompanhadocom preocupação a práticade actos e realização de acti-vidades que desobedecemas regras estabelecidas epõem em risco a saúde indi-vidual e colectiva.

A Comissão, realçou, con-dena tais actos e esclareceque continuam interditadasas praias, zonas balneares episcinas de acesso ao público.

“Continuam proibidas asactividades festivas de carác-ter não domiciliar, assimcomo mantém-se encerra-dos os estabelecimentos dediversão nocturna, comodiscotecas, casinos e simi-lares”, explicou.

De acordo com o gover-nante, um estudo elaboradopela Comissão Multissectorialdemonstra que um terço detodos os casos confirmados,até à data, foram observadosnas duas últimas semanas.Franco Mufinda apelou aonão ajuntamento popula-cional, excepto aquele neces-sário decorrente da satisfaçãodas necessidades.

4 DESTAQUE Sexta-feira23 de Outubro de 2020

PERISCÓPIO

Sopro de esperançaLuciano Rocha

A maioria dos luandensessentiu, na quarta-feira, umsopro de esperança aoserem-lhe prometidas medi-das destinadas a reduzir abagunça em que se trans-formou a capital, designa-d am e n t e o t r â n s i t orodoviário e de peões.

A promessa, feita pelodirector-geral do Institutode Estradas de Angola (INEA),quando falava sobre umaproposta do Novo PlanoRodoviário de Angola, incluio fim da “anarquia que sevê na cidade” de Luanda.

Morales de Abril, aindasobre a capital,” lamentouque haja, “espalhados pelacidade”, -muitos deles “semcritério” - dispositivos des-tinados a obrigar “os con-duto res a reduz i rem avelocidade e a compatibilizaros automóveis” com os direi-tos dos transeuntes.

O que o responsável peloINEA disse foi, no fundo,aquilo que o luandensecomum sabe, mas foi bom

ouvi-lo, até pelas funçõesque exerce, comungar a ideiacom quantos estão obrigadosa conviver, diariamente, com“a anarquia que se vê nac idade”. E que tende aaumentar se não forem toma-das medidas impeditivas,por exemplo, da colocação,“sem critério”, de dispositivosque deviam facilitar a cir-culação de automobilistase peões ao invés de a com-plicar, como sucede.

A promessa está feita. Aoluandense comum restaaguardar, com esperançaacautelada - “gato escaldadode água fria tem medo”-,que as palavras se trans-formem em actos e nãosejam mais umas levadaspelo vento das intenções.Até porque o êxito da ini-ciativa, quando concreti-zada, também se deve, entreoutras entidades, àquelaque tem a responsabilidadede fazer cumprir as obri-gações de automobilistas,motociclistas e pedestres.E aí é que, muitas vezes, “aporca torce o rabo”.

244 NOVOS CASOS E CINCO ÓBITOS EM 24 HORAS

João Pedro

A ministra da Educação, LuísaGrilo, admitiu, ontem, emLuanda, que são precáriasas condições de regresso àsaulas presenciais no país.

“As condições de regressoàs aulas presenciais no meupaís, sobretudo no EnsinoPrimário, são precárias”,af i rmou a governante ,quando discursava na reu-nião global da Organizaçãodas Nações Unidas para aEducação, Ciência e Cultura(UNESCO), realizada emvideoconferência. Luísa

Grilo acrescentou que, poresta razão, optou-se por ummodelo híbrido, alternandoas aulas presenciais com oensino à distância.

“Foi preciso reorganizaros horários lectivos e as tur-mas, organizando-as emsubgrupos de até 30 alunoscada uma e turnos de duashoras e trinta minutos paraevitar que as crianças per-maneçam muito tempo naescola e garantir o distan-ciamento físico entre elas”,destacou a governante.

A ministra da Educaçãodisse que, para isso, foi

necessário a mobilização deparcerias estratégicas quetem permitido a criação das

condições de biossegurançanas escolas, bem como adifusão de aulas na televisãoe na rádio para garantir queum maior número de crian-ças continue a aprender

mesmo não estando pre-sente na escola. “Por estarazão, há a capacitação per-manente dos professores paraserem capazes de se adap-tarem à nova realidade e

garantir que as aprendizagensocorram em segurança”, fri-sou Luísa Grilo, para quem,desta maneira, estão a garan-tir uma educação de quali-dade para todos.

EDUARDO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBROMINISTRA DA EDUCAÇÃO

“Condiçõesde regresso às aulas sãoprecárias”

País regista maiornúmero de pessoas

recuperadas da Covid-19

Luísa Grilo, que discursava na reunião global daOrganização das Nações Unidas para a Educação,

Ciência e Cultura (UNESCO), realizada emvideoconferência, frisou que a falta de condições é

mais preocupante no Ensino Primário

JOÃO

GOMES | ED

IÇÕES NOVEMBR

O

“Por esta razão,há a capacitaçãopermanente dosprofessores paraserem capazes

de se adaptaremà nova realidade

e garantir queas aprendizagens

ocorram emsegurança”

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5DESTAQUE Sexta-feira23 de Outubro de 2020

Alfredo Ferreira | Caxito

A directora do GabineteProvincial da Acção Social,Família e Promoção daMulher do Bengo, Felis-berta da Costa, defendeuontem, em Caxito, maiorenvolvimento da mulherrural na sensibilização dascomunidades sobre asmedidas de prevençãocontra a Covid-19.Em d e c l a ra ç õ e s à

imprensa, à margem do22º Fórum Provincial daMulher Rural, Felisbertada Costa exortou as mulhe-res rurais a continuarema observar as medidas debiossegurança para evitaro contágio da doença elevar às comunidades amensagem sobre os cui-dados e perigo que repre-senta a pandemia.Lembrou que a mulher

o c up a a c t u a lmen t elugares de destaque emdiferentes vertentes edu-cacionais, sobretudo naeducação familiar, for-mação académica dosf i l ho s , e ducação d acomunidade cristã e dasociedade em geral.A responsável lamentou

o comportamento dealguns cidadãos no incum-primento das recomen-dações do Governo. “Oacatamento das medidassó visam ajudar o Governona prevenção e combateà pandemia nas comuni-dades”, disse.A província do Bengo

conta, até ao momento,com oito casos positivosda Covid-19, sendo um nomunicípio de Nambuan-gongo e sete no Dande.

O embaixador de Portugalem A ng o l a d e f e n d e uontem, em Luanda, que ouso de máscara é um actode cidadania e liberdade,pois permite aos cidadãosprosseguirem com a suavida mesmo em tempos deCovid-19, noticia a Lusa.“Esta pandemia trouxe-

nos o medo, mas ao mesmotempo despertou-nos paraa coragem que temos deter para viver com essemedo”, disse Pedro Pessoae Costa, após a inauguraçãoda exposição “UsaMáscarano Centro Cultural Portu-guês de Luanda”.A exposição apresenta 33

obras que têm como tema aprevenção e o combate à pan-demia de Covid-19, com des-taque para a utilização damáscara, e resultou de uma

iniciativa do ELA – EspaçoLuanda Arte e da revista40.ena!, que convidaramartistas plásticos angolanosa reflectirem sobre o tema.O objectivo, sublinhou o

diplomata, é mostrar outrasmaneiras de ver a máscaraque não estejam associadasà falta de liberdade e à opres-são. “Usar máscara é reforçar

a liberdade para poder con-tinuar com a nossa vida”,destacou Pedro Pessoa eCosta, afirmando que osvisitantes sairão “com umamensagem reforçada e per-ceber que usar a máscara éum acto de cidadania e, até,de liberdade”.O embaixador acrescen-

tou que o comportamento

colectivo vai fazer a diferençana luta contra o vírus. “Temosde fazer a diferença com onosso comportamento sequeremos ganhar este vírus,que um dia vai perder, massó nessa altura é que tiramosas máscaras”, disse, reite-rando que este é um assuntoque convoca toda a socie-dade e que todos têm defazer o seu papel.Pedro Pessoa e Costa

salientou ainda que a pre-sença de público é importantenesta altura de pandemiapara apoiar os artistas e asindústrias criativas.Ao todo foram submetidas

62 obras por parte de 57 artis-tas, entre as quais foramseleccionadas 33 obras,usando técnicas diversas,que estarão em exibição até20 de Novembro.

PREVENÇÃODA PANDEMIANO BENGO

Defendidomaior

envolvimentoda mulher

rural

RUPTURA DE STOCK

Lunda-Nortetem apenas 15 testesserológicos rápidosA porta-voz da Comissão Multissectorial de

Prevenção e Combate à Covid-19, Filomena Simão,disse que tal situação tem estado a condicionar atestagem de cidadãos que violam a cerca sanitáriade Luanda e daqueles que pretendem se deslocar à

capital do país

COMISSÁRIO ALBERTO MENDES “LIMÃO”

EMBAIXADOR DE PORTUGAL EM ANGOLA

“Uso de máscara é um acto de cidadania e liberdade”

BENJAMIN CÂNDIDO | EDIÇÕES NOVEMBRO

DR

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A província da Lunda-Norte regista ruptura nostock de testes rápidosda Covid-19, informou,quarta-feira, a porta-voz da Comissão Mul-tissectorial de Prevençãoe Combate à Covid-19,Filomena Simão.Em declarações à

imprensa no final deuma reunião ordináriada referida Comissão,Filomena Simão avançouque dos mil testes rápidosapenas restam 15 doses,in sufic ien te pa ra ademanda da região.A responsável sublinhou

que tal situação temestado a condicionar atestagem de cidadãosque violam a cerca sani-tária de Luanda e daque-les que pretendem sedeslocar à capital do país.Ava n ç o u q u e a

escassez de testes está,igualmente, a condi-cionar o regresso dosvoos da companhia deBande i ra Nac i ona l(TAAG). De acordo como responsável, trata-sede uma s i tuação j áreportada à ComissãoMultissectorial Nacio-nal , que assegurou

para breve a resoluçãodo problema.Por outro lado, infor-

mou que a província foireforçada com materialde biossegurança paraintensificar as medidasde prevenção nos hos-pitais de referência, esco-las e instituições públicas.As autoridades sani-

tárias na Lunda-Nortecontrolam 71 cidadãos emquarentena domiciliar. Aprovíncia tem o registo,há três meses, do únicocaso de Covid-19, resi-dente no município doCuango e já recuperado.

PORTUGAL

Sobe para 93 angolanosinfectados com Covid-19

O número de angolanosinfectados pela Covid-19 emPortugal subiu, quarta-feira,para 93 casos, com mais doiscasos de cidadãos com oestatuto de não-residente.Segundo as autoridades

sanitárias portuguesas,trata-se de um homem euma mulher com 22 e 26

anos de idade, respecti-vamente.Assim, dos 93 casos

implicando angolanos emsolo luso, 43 continuam acti-vos, entre eles 23 residentes,14 não-residentes e seis daJunta Médica. Há ainda aregistar 45 pessoas recupe-radas e cinco óbitos.

João Upale | Moçâmedes

O comandante provincialdo Namibe da Po l íc iaNac ional , comissár ioAlberto Sebastião Mendes“Limão”, anunciou ontem,em Moçâmedes, que testoupositivo à Covid-19 e quenão apresenta qualquersintoma da doença.“Para que não haja espe-

culação, eu, Alberto Sebas-tião Mendes “Limão”,delegado do Ministério doInterior e comandante pro-vincial do Namibe da PolíciaNacional, sirvo-me da pre-sente, para levar ao conhe-cimento da sociedadenamibense, que testei posi-tivo à Covid-19 e nestaaltura encontro-me na con-dição de assintomático”,lê-se num comunicadochegado à Redacção do Jor-nal de Angola.No documento, o comis-

sário Alberto SebastiãoMendes “Limão”, assegurouque, de acordo com as reco-mendações das autoridadessanitárias, cumpre isola-mento domiciliar e recebetratamento médico.O comandante provin-

cial do Namibe da PolíciaNacional exortou a popu-lação namibense a redobraras medidas de prevençãoe combate à Covid-19,como o distanciamentofísico, a lavagem frequentedas mãos e o uso correctoda máscara, na medida emque a doença é grave e dealto nível de propagação.“Peço à população do

Namibe a manter-se tran-quila, porquanto as forçasque dirijo se mantêm está-veis e continuam a desen-volver com normalidadeas acções de manutençãoà ordem e tranquilidadepúblicas, investigação edetenção dos prevaricado-res da lei, segurança dosestabelecimentos peniten-

ciários, socorro e extinçãode incêndios, bem como arealização e fiscalização detodos os actos migratórios”,refere o comunicado.

Bairros afectadosPor seu lado, o porta-vozda Comissão Multissectorialde Prevenção e Combate àCovid-19, Coríntios Miguel,disse que, até às 12 horasde ontem, o Namibe tinhaum cumulativo de 36 casospositivos, dos quais dois emestado grave e 34 assinto-máticos. Os pacientes gravesencontram-se no centro detratamento do bairro ForteSanta Rita. Acrescentou queos três pacientes do muni-cípio do Tômbwa estão está-veis e assintomáticos.“Todas as ocorrências

depois das 12 horas sãoa n u n c i a d a s n o d i aseguinte”, realçou CoríntiosMiguel, tendo acrescentadoque além dos bairros cita-dos acima, juntam-se osda Juventude, Centralida-des da Praia Amélia e dacomuna da Lucira.Neste momento, a pro-

víncia tem 20 pessoas emquarentena institucional emais de 300 pessoas emquarentena domiciliar, quesão contactos directos doscasos positivos.

Comandante do Namibetestou positivo à Covid-19

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6 DESTAQUE Sexta-feira23 de Outubro de 2020

A directora regionalda Orga-nização Mundial da Saúde(OMS) para África anunciouontem que os testes rápidosao novo coronavírus, comresultados em minutos, estãoa chegar ao continente e aju-darão a superar as “enormesnecessidades” da região.

Na conferência onlinesemanal sobre a Covid-19em África, ontem dedicadaaos testes rápidos de diag-nóstico, Matshidiso Moetianunciou que os países afri-canos estão a preparar-separa introduzir em grandeescala os testes de diag-nóstico rápido, baseadosem antigénios.

“Isto será uma mudançana nossa luta contra a Covid-19. Estes testes rápidos dealta qualidade irão ajudar asatisfazer as enormes neces-sidades não satisfeitas emÁfrica”, afirmou.

Em África, disse, “a maiorparte dos testes utilizadossão os PCR (Polimerase ChainReaction, que verifica se ovírus SARS-CoV-2, que pro-voca a doença Covid-19, estápresente numa amostra), oque implica laboratórios,reagentes e especialistas”.

E sublinhou a “lacuna sig-nificativa” que continua aexistir em África, em matériade testes: “Por exemplo, oSenegal aumentou signifi-cativamente a sua capacidadede testes, mas continua atestar 14 vezes menos do queos Países Baixos e a Nigériaestá a testar 11 vezes menosque o Brasil”.

“Os novos testes rápidossão fáceis de utilizar, maisbaratos que a reacção emcadeia da polimerase (PCR)e fornecem os resultados emmenos de 30 minutos, per-mitindo aos países descen-tralizar os testes e aceleraro tempo de resposta paraque os resultados cheguemrapidamente”, adiantou.

Um avanço bem-vindopelas autoridades do Uganda,que se debatem com asnecessidades laboratoriaisque os testes PCR exigem,além do transporte.

Susan Ndidde Nabadda,responsável pelo LaboratórioNacional de Saúde e ServiçosCentrais de Saúde Públicado Uganda, congratulou-secom a chegada destes tes-tes rápidos, que, acredita,vão possibilitar um maior

número de testes.“Usamos os testes PCR,

porque é o recomendado”,disse, durante a sua interven-ção da conferência virtual.

Pa ra S u san Nd i ddeNabadda, como o país tempoucos laboratórios, a rea-lização dos testes envolvefrequentes deslocações, oque atrasa o processo deidentificação dos casos.

“Os novos testes permitemacelerar o acesso aos resul-tados e a imediata actuaçãojunto do doente”, referiu.

O Uganda registou atéontem 10.933 casos deinfecção pelo novo coro-navírus, 98 dos quais mor-tais, e contabiliza 7.154doentes recuperados.

Também o director-geraldo Instituto Nacional de SaúdePública da Guiné-Conacri,Abdoulaye Toure, congratu-lou-se com a possibilidadeque estes testes oferecem,nomeadamente ao nível doacesso e da rapidez.

Os testes rápidos são “umaoportunidade. Vão facilitara segurança da doença e aju-dar a gerir a epidemia”, disseo responsável do InstitutoNacional de Saúde Pública

da Guiné-Conacri, paísque contabi l iza 1 1 .635casos, 71 mortos e 10.474doentes recuperados.

No encontro virtual coma Comunicação Social, Mats-hidiso Moeti disse ainda quea OMS está a trabalhar emconjunto com os países quevão receber os testes rápidos,“enviando documentos-chave de orientação políticae operacional, desenvol-vendo um pacote de forma-ção e destacando peritos noterreno para apoiar a reali-zação destes testes”.

O director-geral da OMS,Tedros Adhanom Ghebre-yesus, anunciou, no passadodia 28 de Setembro, que aorganização vai disponibi-lizar, para países mais pobres,120 milhões de testes rápidosde Covid-19, com resultadosem 30 minutos.

Na altura, o responsávellembrou o papel que a orga-nização já teve na dissemi-nação dos reagentes PCR,para que os países pudessemtestar a presença do vírus,tendo vindo a trabalhar paradesenvolver testes mais rápi-dos e simples de utilizar emqualquer local.

Funcionários de estabeleci-mentos comerciais e vende-dores de mercados são o grupomais exposto ao novo coro-navírus na província deMaputo, revela um inquéritoseroepidemiológico divulgadoontem pelo Instituto Nacionalde Saúde (INS).

O estudo, que inquiriu8.536 pessoas, revela que osestabelecimentos comerciaise mercados apresentam amaior taxa de exposição àCovid-19, com 5,88% e 4,97%,respectivamente.

“A taxa de seropositividadenos mercados é heterogéneae, na maioria dos mercados,é superior à taxa na comuni-dade (que é de 3,56 %)”, acres-centa o documento.

O inquérito revela aindaque a transmissão ocorre demaneira dispersa, com asmulheres a apresentarem amaior taxa de seropositivi-dade, com 3,80%, contra3,20% dos homens.

“Entre os profissionais desaúde, os farmacêuticos, téc-nicos de Medicina Preventivae técnicos de Nutrição apre-sentam maior taxa de expo-sição”, lê-se no documento.O estudo acrescenta que umterço da comunidade nãousa regularmente a máscarade protecção.

O estudo na província deMaputo foi feito por 10 equipasde saúde, entre inquiridores,técnicos de laboratório esupervisores, além da cola-boração de 42 mobilizadores.

Depois da cidade de Maputo,com 1570 casos, a provínciade Maputo é o segundo pontocom o maior número de casosactivos, 239, do total de 11.331infecções já registadas emMoçambique, desde Março,mês em que foi anunciada aprimeira infecção.

As autoridades registaramainda a morte de 79 pessoase há outras 9.165 (80%)dadas como recuperadas deuma infecção, segundo asúltimas actualizações.

A província de Maputo foiaoitava a realizar um inqué-rito seroepidemiológico emMoçambique, depois deNampula, Pemba, Maputo-Cidade, Quelimane, Tete,Lichinga e Beira.

Comércio e mercados

mais expostosà infecção em Maputo

DIRECTORA REGIONAL DA OMS

Testes rápidos vão ajudar África a ultrapassar “enormes necessidades”Em África, “a maior parte dos testesutilizados são os PCR (PolimeraseChain Reaction, que verifica se ovírus SARS-CoV-2, que provoca a

doença Covid-19, está presente numaamostra), o que implica laboratórios,

reagentes e especialistas”

MOÇAMBIQUE

África registou, nas últimas24 horas, mais 271 mortesdevido à Covid-19, para umto ta l de 40 . 493 ca so s ,havendo 1.674.592 infecta-dos, mais 10.380, segundoos últimos dados.

De acordo com o Centro deControlo e Prevenção de Doen-ças da União Africana (ÁfricaCDC), nas últimas 24 horas,o número de recuperados nos55 Estados-membros da orga-nização foi de 7.670, para umtotal de 1.380.448, desde oinício da pandemia.

Segundo o África CDC, aÁfrica Austral continua a registaro maior número de casos deinfecção e de mortos, agora com21.153 vítimas mortais e 782.510infectados. Só na África do Sul,o país mais afectado do conti-nente, há 708.359 casos e 18.741vítimas mortais. O Norte deÁfrica, a segunda zona maisafectada pela pandemia, tem448.481 pessoas infectadase 12.795 mortos e a ÁfricaOriental contabiliza agora198.046 casos de infecção eregista 3.703 vítimas mortais.

Na região da África Oci-dental, o número de infecçõesé de 186.032, com 2.711 víti-mas mortais, e na África Cen-tral há 59.523 casos e 1.131óbitos. O Egipto, o segundopaís africano com mais víti-mas mortais, a seguir à Áfricado Sul, regista 6.155 mortose 105.883 infectados e Mar-rocos contabiliza 3.097 víti-mas mortais e 182.580 casosde infecção. A Argélia surgelogo a seguir, com 54.839infecções e 1.873 mortos.

Entre os seis países maisafectados estão também aEtiópia, que regista 91.118casos de infecção e 1.384vítimas mortais, e a Nigéria,com 61.667 infectados e 1.125mortos, o mesmo númerode há 24h.

Entre os países africanosque têm o português comolíngua oficial, Angola lideraem número de mortos (verPág.4) e Moçambique emnúmero de casos. Cabo Verdetem 90 mortos e 8.033, GuinéEquatorial 83 e 5.074, Moçam-bique 79 e 11.331, Guiné-Bis-sau 41 e 2.403 e São Tomé ePríncipe 15 e 935.

Mais 271mortes e 10.380infectados

ÚLTIMAS 24 HORASEM ÁFRICA

DR

A agência de notaçãofinan-ceira Standard & Poor's(S&P) colocou em Incum-p r imen to F i n ance i ro('default') a Zâmbia, que setorna assim o primeiro paísafricano na situação' devidoà pandemia da Covid-19.

“A 13 de Outubro , oGoverno da Zâmbia emitiuum comunicado segundo oqual seria incapaz de fazerpagamentos relativamente

às obrigações financeirasexternas, devido a pressõesde liquidez que foram criadaspela pandemia”, dizem osanalistas da S&P, na nota queacompanha a decisão decolocar o 'rating' do país em'Default Selectivo'.

“A S&P desceu ontem o'rating' do crédito soberanoem moeda externa de longoe curto prazo para SD (Selec-tive Default, no original em

inglês) e, ao mesmo tempo,manteve o nível de CCC-para os ratings relativos àsemissões de dívida emmoeda local”, anunciam osanalistas da agência de nota-ção financeira.

Com a decisão de colocara Zâmbia em 'default', estepaís africano, que faz fron-teira com Angola e Moçam-bique, torna-se o primeiroa entrar em incumprimento

devido ao aumento da des-pesa pública para combatera pandemia da Covid-19 e,simultaneamente, à descidado preço das matérias-pri-mas e da procura mundial.

Na semana passada, oGoverno falhou o paga-mento de uma prestaçãode 42,5 milhões de dóla-res, relativa à emissão demil milhões de dólaresque vence em 2024, já

depois de ter pedido aoscredores privados parasuspender os pagamentosdurante seis meses, ouseja, uma reestruturaçãoda dívida privada.

“A declaração de 13 deOutubro (na qual afirmavaque não iria pagar a pres-tação) segue-se a um anún-cio anterior de solicitaçãode consentimento, na qualpedia efectivamente aos

detentores de títulos dedívida que concordassemnum congelamento dospagamentos de d ívidadurante seis meses”, escre-vem os analistas, que afir-mam: “Vemos este pedidoaos detentores de títulos dedívida como uma ofertaproblemática ao abrigo danossa metodologia”, queimplica uma descida no'rating' para 'default'.

Zâmbia é o primeiro país africano a entrar em incumprimento financeiroAVALIAÇÃO DA STANDARD & POOR’S

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As autoridades de saúdebrasileiras divulgaram,quarta-feira, a morte de umvoluntário dos testes davacina contra a Covid-19,desenvolvida pelo laboratórioAstraZeneca e pela Univer-sidade de Oxford, emboranão tenham especificado ocontexto do óbito.A Agência Nacional de

Vigilância Sanitária (Anvisa),órgão regulador e de controlosanitário do Brasil, relatou,em comunicado, que foi noti-ficada da morte na segunda-feira, mas recusou-se adetalhar se a vítima tomoua vacina ou um placebo, ale-gando “compromissos deconfidencialidade ética”.Apesar de a Anvisa não

confirmar, uma fonte ligadaao consórcio que realiza ostestes afirmou que a vítimamortal, um médico de 28anos, do Rio de Janeiro, inte-grava o grupo de voluntáriosque tomava o placebo, e nãoo imunizante contra a Covid-

19, segundo a revista Veja.“É importante ressaltar

que, com base nos com-promissos de confidencia-lidade ética previstos noprotocolo, as agências regu-ladoras envolvidas recebemdados parciais referentes àinvestigação realizada peloComité Internacional deAvaliação de Segurança,que sugeriu pelo prosse-guimento do estudo. Assim,o processo permanece emavaliação”, indicou o órgãoem comunicado.De acordo com a imprensa

local, o jovem médico, queactuava na linha da frentede combate à pandemia,morreu devido a complica-ções da Covid-19, doençacausada pelo novo corona-vírus. Em conferência deimprensa na tarde de quarta-feira, o director-presidenteda Anvisa, Antonio Barra,lamentou a morte do brasi-leiro, mas negou-se a prestarmais detalhes sobre o caso.

“Está prevista uma con-fidencialidade ética em rela-ção a tudo que envolve osvoluntários de testes. Daí aescassez, neste momento,de maiores detalhes. Em 19de Outubro, tivemos a comu-nicação oficial do comitéinternacional independente,relatando o ocorrido e rela-tando, ao mesmo tempo, apossibilidade de prossegui-mento dos estudos, diferen-temente da interrupçãoanterior. No momento, ostestes prosseguem”, disseBarra. No início de Setembro,a farmacêutica AstraZenecasuspendeu os testes da fasefinal desta mesma vacina,que está a desenvolver emparceria com a Universidadede Oxford, após uma suspeitade reacção adversa séria numparticipante do estudo.Na ocasião, a 8 de Setem-

bro, a AstraZeneca frisouque se trata de “uma acçãode rotina, que deve acontecersempre que houver uma

doença potencialmenteinexp l i cada num dosensaios, enquanto ela éinvestigada”, de forma agarantir que é mantida “aintegridade dos ensaios”.Contudo, cerca de uma

semana depois, os testesacabaram por ser retomadosem todo o mundo.A vacina da AstraZe-

neca/Oxford é uma dasprincipais apostas do Brasilcontra a Covid-19. No país,já foram vacinados apro-ximadamente 8.000 volun-tários nos testes desteimunizante. O executivobrasileiro prevê ter dispo-níveis cerca de 100 milhõesde doses dessa vacina noprimeiro semestre de 2021.Num cronograma apre-

sentado na semana passada,o Ministério da Saúde bra-sileiro indicou que os resul-tados da fase de testes davacina AstraZeneca/Oxforddevem ser finalizados em Novembro.

DR

FALTAM DETALHES SOBRE O “INCIDENTE”

Voluntário que morreu em teste da vacina de Oxfordpode ter tomado um placeboApesar de a Anvisa não confirmar, uma fonte ligada ao consórcio que realizaos testes afirmou que a vítima mortal, um médico de 28 anos, do Rio de Janeiro, integrava o grupo de voluntários que tomava o placebo, e não o imunizante contra a Covid-19, segundo a revista Veja

REUNIÃO MARCADA PARA QUINTA-FEIRA

O s C h e f e s d e E s ta d o e deGoverno da União Europeia vãoreunir-se pela terceira vez estemês, desta feita por videocon-ferência, no dia 29, para discutira s ituação da pandemia deCovid-19, anunciou o presidentedo Conselho Europeu.“Convido os líderes para uma

videoconferência informal, a 29de Outubro de 2020, sobre aCovid-19. Temos de reforçar onosso esforço colectivo paracombater a Covid-19”, escreveuao início da noite de quarta-feiraCharles Michel, na sua contaoficial na rede social Twitter.Esta reunião dos 27 segue-se

aos Conselhos Europeus presen-ciais, realizados em Bruxelas a 1e 2 de Outubro e na passadasemana, dias 15 e 16, tendo nestaúltima cimeira os Chefes de Estadoe de Governo acordado falar entresi “regularmente” sobre a situaçãoda pandemia na Europa.“Ficou estabelecido que não

só em todos os Conselhos pre-senciais haverá um ponto dedi-

cado à Covid-19, como a pre-sidência alemã (do Conselhoda EU) i rá o rgan izar , comalguma regularidade, reuniõesinformais por videoconferência,para todos irmos continuandoa acompanhar a evolução dapandemia, procurar harmonizarpráticas, definir critérios idên-ticos para as quarentenas ereconhecimento mútuo dos tes-tes”, indicou na passada sexta-feira o Primeiro-ministro dePortugal, António Costa, nofinal da cimeira de Bruxelas.A situação epidemiológica

tem vindo a agravar-se em todoo território europeu, levando ageneralidade dos Estados-mem-bros a adoptar de novo medidasmais restritivas para tentar travaro aumento dos contágios.A Europa registou, na semana

passada, um novo recorde deinfecções pelo novo coronavírus- 927 .000, segundo dadosdivulgados pela secção europeiada Organização Mundial deSaúde (OMS).

Líderes da UE abordama pandemia em cimeira

SOBRE A PANDEMIA

A América Latina é a região domundo mais afectada pela “info-demia”, a epidemia de notíciasfalsas sobre a Covid-19, que aumen-tam a desconfiança nas instituiçõese afecta o cumprimento das medidaspara combater a doença.Os números são assustadores:

o Observatório de Infodemia Covid-19 da Fundação Bruno Kesslerrefere que, dos 83 países em estudo,os 15, onde a fiabilidade das infor-mações sobre a doença, difundidasatravés dos meios digitais é a maisbaixa, encontram-se na AméricaLatina, onde 59% do que se publicaé considerado “fiável”.Em países como o Peru e a

Venezuela, a proporção de notíciasfiáveis alcança os 25%, que é omesmo que dizer que apenas umaem cada quatro mensagens deTwitter, por exemplo, respondeaos critérios de validação, com-provação dos factos ou com origemnuma fonte rigorosa e fiável.Estes dados fazem parte do

último relatório “Graph for tought:Onde a pandemia encontra ainfodemia”, realizado pelo Pro-grama das Nações Unidas para oDesenvolvimento (PNUD), umaanálise estatística orienta para areflexão onde se vê como a região,um dos epicentros globais daCovid-19, é também um epicentroglobal da “infodemia”.“Aqui há elementos impor-

tantes: baixa confiança nos gover-nos, alta capacidade de difundirinformação, porque o custo baixougraças à tecnologia, e níveis muitoaltos de incerteza que levam ausar a informação disponível. Aconjugação disto faz difundir umagrande quantidade de informaçãoe torna difícil filtrar entre o queé confiável e correcto do que nãoé”, afirmou à Efe Luís FelipeLópez-Calva, director regionalda América e Caribe no PNUD.Os dados da Fundação Bruno

Kessler, analisados pelo organismo

internacional, com base em quase520 milhões de twits, constatamque “há uma enorme quantidadede informação” não fiável que oslatino-americanos recebem.Esta situação gera, de facto,

um grave problema na hora deresponder à situação da pandemiade Covid-19, pois o elementocentral para o seu controlo é “ocomportamento individual”.Ora, “o comportamento indi-

vidual responde a incentivos, regrase custos de informação disponíveise, nesse sentido, a política públicaé fundamental, pois a respostados governos à Covid-19 é tentarinduzir um certo tipo de com-portamentos. Mas se te dizemtoma isto, ou faças outro, semque as pessoas saibam se sãoconfiáveis ou não as informaçõesque recebem, induzem-se outroscomportamentos”, acrescentouo mesmo responsável.“E não é tanto porque haja

um esforço deliberado para difun-dir esta informação falsa, massim porque é muito fácil recebê-la. E, por isso, é cada vez maisimportante fazer exercícios deverificação e que as pessoas pro-curem fontes fiáveis”, adiantouo funcionário da ONU.López-Calva salientou, no

entanto, que, embora o estudonão permita concluir se o fluxode informação é deliberado, con-sidera necessário e importante“analisar padrões” e ver “dondevem esta informação sistemati-camente falsa e qual pode ser amotivação por trás da sua pro-dução e persistente difusão”.“Pode haver coisas normativas,

ou crenças religiosas, essa pode seruma motivação. E outra pode serpara deliberadamente debilitar aspolíticas públicas ou a certas ins-tituições. É tudo possível, por issoé importante saber de donde vema informação falsa e entender assuas motivações”, acrescentou.

América Latina é a regiãomais afectada por Fake News

Ensaios vão prosseguirESTÁGIO FINAL

A Universidade deOxfordgarantiu que o estágio finaldos testes da sua vacinacontra a covid-19 no Brasilvai continuar, após a mortede um voluntário que par-ticipava no programa.Os investigadores escu-

saram-se a não comentarincidentes específicos,mas informaram que umarevisão independente não

encontrou motivos parapreocupação com a segu-rança do ensaio brasileiro.Ensaios sobre a segu-

rança e eficácia desteimunizante contra onovo coroanvírus (Sars-Cov-2) estão em anda-men to em d ive r s o spaíses , incluindo osEstados Unidos, ReinoUnido e o Brasil.

O Brasil foi incluído noprograma de testes de umaoutra vacina contra a Covid-19, que está a ser desen-volvida pelo laboratórioChinês Sinovac em parceriacom Instituto Butantan.Também estão em testes

no país duas opções devacina desenvolvidas pelasempresas BioNTech e Pfi-zer e de um outro imuni-

zante pesquisado e desen-volvido pela farmacêuticaJanssen-Cilag, do grupoJohnson & Johnson.O Brasil é o país lusófono

mais afectado pela pande-mia e um dos mais atingidosno mundo, ao contabilizaro segundo número de mor-tos (mais de 5,2 milhões decasos e 154.837 óbitos),depois dos Estados Unidos.

7Sexta-feira23 de Outubro de 2020DESTAQUE

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8 Sexta-feira23 de Outubro de 2020

REPÚBLICA DE ANGOLAGOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDAADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DE VIANAGABINETE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

EDITAL N.º 001

CONVOCATÓRIA

A Administração Municipal de Viana vem, por este meio, solicitaraos directores ou representantes das empresas MSS, CHISA EARISTOTE, todas vocacionadas à construção civil, a comparece-rem, a partir da data de publicação deste edital até sexta-feira, 29de Outubro, na sede da Administração Municipal, localizada na Vilade Viana, para tratar de assuntos do interesse das partes.

Devem para tal, contactar o Gabinete de Estudo, Planeamento eEstatística, nas horas normais de expidente.

GABINETE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA ADMINISTRAÇÃOMUNICIPAL DE VIANA, AOS 19 DE OUTUBRO DE 2020.

DIRECTORANTÓNIO FRANCISCO SALVADOR MIGUEL

RECRUTAMENTO

A QUINTA DE JUGAIS – ANGOLA, LDA., com sede na Estrada de Viana, Km 12,Estalagem, em Luanda, pretende recrutar, para a unidade industrial de transfor-mação de produtos à base de carne que vai implementar na ZEE, candidatos comos perfis abaixo indicados:

UM(A) DIRECTOR(A) DE PRODUÇÃO:

- Proactividade, dinamismo e capacidade de liderança;- Disponibilidade imediata;- Experiência comprovada em funções equivalentes por um período de 5 a 10anos;- Experiência comprovada em implementação e gestão de sistemas HACCP e sis-temas de Gestão de Qualidade (IFS Food e FSSC 22000);- Excelentes conhecimentos práticos de software de Produção (PHC);- Formação superior concluída em Engenharia Alimentar;- Excelentes conhecimentos em Qualidade e Segurança Alimentar.

UM(A) DIRETOR(A) DE QUALIDADE:

- Proactividade, dinamismo e capacidade de liderança;- Disponibilidade imediata;- Experiência comprovada em funções equivalentes por um período de 4 a 8 anos;- Experiência comprovada em implementação e gestão de sistemas HACCP e sis-temas de Gestão de Qualidade (IFS Food e FSSC 22000);- Excelentes conhecimentos práticos de software de Produção (PHC);- Formação superior concluída em Engenharia Alimentar;- Excelentes conhecimentos em Qualidade e Segurança Alimentar e Higiene eSegurança no Trabalho.

UM(A) TÉCNICO(A) SALSICHEIRO SÉNIOR:

- Proactividade, dinamismo e capacidade de liderança;- Disponibilidade imediata;- Experiência comprovada em funções equivalentes por um período mínimo de15 anos;

- Domínio completo do processo de fabrico de salsicharia em todas as vertentes;- Conhecimentos de informática na óptica do utilizador;

UM(A) TÉCNICO(A) SALSICHEIRO JÚNIOR:

- Proactividade, dinamismo e capacidade de liderança;- Disponibilidade imediata;- Experiência comprovada em funções equivalentes por um período mínimo de10 anos;- Excelentes conhecimentos do processo de fabrico de salsicharia em todas asvertentes;- Conhecimentos de informática na óptica do utilizador.

UM TÉCNICO DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL SÉNIOR:

- Proactividade, dinamismo e capacidade de liderança;- Disponibilidade imediata;- Experiência comprovada em funções equivalentes por um período mínimo de15 anos;- Domínio completo de máquinas e equipamentos de fabrico de salsicharia emtodas as vertentes;- Conhecimentos de informática na óptica do utilizador.

O preenchimento dos requisitos enunciados é condição necessária à validaçãodas candidaturas, sob pena de exclusão liminar.As candidaturas devem ser efectuadas até ao final do terceiro dia útil após a datade publicação do presente anúncio, para o endereço de correio electrónico:[email protected], anexando o respectivo currículo, cópia do Certificadode Habilitações Literárias, bem como os documentos comprovativos da experiên-cia profissional e/ou dos conhecimentos referenciados.

Luanda, 18 de Outubro de 2020.

O Gerente,Ricardo Carvalho

(10819)

(500.1368) (500.1360)

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9Sexta-feira23 de Outubro de 2020

(10920)

República de AngolaMinistério da Cultura, Turismo e Ambiente

Instituto Nacional da Biodiversidade e Áreas de Conservação(INBAC)

ABERTURA DE CONCURSO PÚBLICO PARA PROJECTO

O Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente em parceria com o Pro-grama das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e como financiamento do Fundo Global para o Ambiente (GEF) faz umConcurso público para o Projecto “Expansão e Fortalecimento doSistema de Áreas Protegidas em Angola”. Este concurso temcomo finalidade seleccionar Empresas com capacidade técnica eoperacional para apresentar propostas para o seguinte serviço:

• Instalação do Sistema de Rádio na Parte Norte do Parque Na-cional da Quiçama.

Os interessados deverão solicitar os Termos de Referência pelo e-mail [email protected].

As propostas (1 cópia impressa) devem ser remetidas em envelopeselado, marcado “Sistema de Rádio PN Quiçama”, ao Instituto Na-cional da Biodiversidade e Áreas de Conservação (INBAC), Rua 26de Janeiro, Quarteirão Nini Yaluquene, Edifício Q11, Luanda - Ci-dade do Kilamba, até ao final do dia 23 de Novembro de 2020.

A DIRECTORA-GERAL INTERINA ALBERTINA NZUZI MATIAS

(10757)

Somos uma empresa de direito angolano, vocacionada para o ramo da constru-ção civil e obras públicas, exploração e venda de inertes, com vários tipos de gra-nito nacional (100%) e outros produtos. Estamos localizados nas províncias deLuanda (sede), Bengo, Zaire e Benguela (Lobito).

NOSSAS PEDREIRAS

1- PROVÍNCIA DO BENGOa) Município do Dande, comuna das Mabubasb) Município do Dande, comuna da Barra do Dande, povoação do MussequeTrindade (km8)c) Município do Dande, comuna da Barra do Dande, povoação dos Libongos(km28)

2- PROVÍNCIA DO ZAIREa) Município do Nzeto, comuna da Musserrab) Município do Tomboco, comuna do Kinzau, povoação do Diambo

FÁBRICA DE ROCHAS ORNAMENTAISNa Província do Zaire, Município do Nzeto, comuna da Musserra

PRODUTOS À VENDA1- Britas, Tout-Venant, Rachão2- Mosaicos, Cantarias (Granito), cubos Lancis e Lajes

ENDEREÇO DA NOSSA SEDERua Rainha Ginga n.º 35, 3.º andar, Luanda-Angola

Telefone Fixo: +244-222392601/222332612Telemóvel: +244-923 65 10 57/928 30 31 13/ 923 09 82 42

EMAIL: [email protected] / [email protected]: www.coreangol.co.aoOBS: Produtos de boa qualidade, durabilidade, e preços acessíveis incluindoIVA.

(10722)

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Combater a pobrezaMuito se fala sobre o combate contraa pobreza, mas presumo que a lei-tura que numerosas famílias e pes-soas singulares, que vivem essarealidade fazem, está relacionadacom o peixe, em vez do anzol.Acho que as pessoas deviam exigiranzol e não se contentarem coma oferta de peixe, recusando-se in-clusive, muitas vezes, de trabalhar.As populações que vivem o espectroda pobreza não podem ficar con-tinuamente com as mãos estendi-das à caridade das instituições pú-blicas e privadas. A melhor formade combater a pobreza passa pelaobtenção dos meios eficazes , per-manentes e sustentáveis para afu-gentar a pobreza de uma vez portodas. Em muitas localidades, nointerior das sedes municipais, so-bretudo quando a braços com pro-blemas ligados à fome e pobreza,as populações habituaram-se acruzar os braços para ficar à esperade ajuda. E as ajudas que esperamresumem-se à comida, quandoprovável e seguramente poderiamexigir um bocado mais de si mes-mas e das autoridades. Estas últi-mas, às vezes, ficam sem saber oque fazer quando confrontadascom populações que acabam pornão ajudar, preferindo sempre omais rápido e o mais fácil, recebercomida e água. Está na hora de as

autoridades mudarem o paradig-ma, “forçarem”, se necessário, amudança de comportamento daspopulações para que estas ganhemconsciência de que não existirãoajudas suficientes e permanentespara um problema que pode tam-bém passar pelo trabalho. Traba-lhar a terra , além de proporcionardignidade, contribui para reduzirou eliminar a dependência. Nãohá dúvidas de que grande partedo comportamento que se registano seio da população se deve tam-bém à forma como as autoridadese alguns parceiros sociais intera-giram com as comunidades. Naânsia, natural, de ajudar aos maisnecessitados, acabaram por osmoldar a um comportamento queos torna quase que dependentesdas ajudas para sobreviverem. Urgemudar o panorama porque, talcomo mostra a experiência emtodo o mundo, o assistencialismosocial nunca ajudou a resolver osproblemas de pobreza das popu-lações. Fica mais fácil quando elaspróprias tenham a atitude viradapara reduzir a dependência e

ganharem os seus próprios meiosde vida. As populações devemsaber que a pobreza não é uma fa-talidade e que, independentementedas situações pelas quais passam,podem sempre vencer o ciclo dapobreza se forem expeditas, dili-gentes e viradas para empreender.FERNANDO MANZAMBISoyo

Taxa de desemprego Acompanhei, há dias, os núme-ros da taxa de desemprego, talcomo divulgados por um estudo.Diz-se que Angola possui, nestemomento, uma taxa de desem-prego de 32 por cento. Acho quesão números preocupantes e queas instituições do Estado, aolado dos seus parceiros, deverãofazer mais para que tais indica-dores baixem. Embora existamexplicações sobre os númerosdo desemprego, nesta fase difícil,ela deve servir também para abusca de novas oportunidades.Aliás, a teoria do economistaaustríaco Joseph Shumpeter, so-bre a “Destruição Criativa”, aler-ta-nos de que os períodos de di-ficuldades destroem empregosao mesmo tempo que permitema criação de outros.AMÉLIA TCHIPILICACaála

10 OPINIÃO Sexta-feira23 de Outubro de 2020

NICOLAU VASCO | EDIÇÕES NOVEMBRO | CUANDO CUBANGO

EDITORIAL

C A R T A S D O S L E I T O R E S

IMAGEM DO DIA

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOVíctor Silva (presidente)

ADMINISTRADORES EXECUTIVOSCaetano Pedro da Conceição Júnior

José Alberto DomingosRui André Marques Upalavela

Luena Kassonde Ross Guinapo

ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOSFilomeno Jorge Manaças

Mateus Francisco João dos Santos Júnior

DIRECTOR: Víctor Silva

DIRECTOR-ADJUNTO: Caetano Júnior

DIRECTOR EXECUTIVO: Guilhermino Alberto

EDITOR EXECUTIVO: Diogo Paixão

SUB-EDITOR EXECUTIVO: Cândido Bessa

GRANDE REPÓRTER: Luísa Rogério

EDITORIAS: POLÍTICA:

Bernardino Manje (editor-chefe), Fonseca Bengui (subeditor) e Santos Vilola (subeditor)

Adelina Inácio, João Dias, Edna Dala, Garrido Fragoso

OPINIÃO: Ambrósio Clemente (editor-chefe), Faustino Henrique (subeditor)

SOCIEDADE: Nhuca Júnior (editor),

Alberto Pegado (editor), José Meireles (editor),

Rodrigues Cambala, André da Costa, Kilssia Ferreira, Manuela Gomes,Augusto Cuteta, Alexa Sonhi, César André, César Esteves, Edivaldo Cristóvão,

Carla Bumba e Mazarino da CunhaREGIÕES:

Sérgio Chivaca (editor-chefe), Béu Pombal (subeditor),

Filipe EduardoECONOMIA:

Cristóvão Neto (editor-chefe),Armando Estrela (subeditor),

Ana Paulo, Kátia Ramos, Madalena José, Natacha Roberto e Victorino JoaquimMUNDO:

Bernardino Fançony (editor-chefe), António Canepa

DESPORTO: Amândio Clemente (editor-chefe),

Anaximandro Magalhães (subeditor), António Cristóvão, Armindo Pereira, Teresa Luís, Vivaldo Eduardo, António de Brito, Honorato Silva, Job Franco

CULTURA: António Bequengue (editor-chefe), Adriano Melo (subeditor),

Francisco Pedro (subeditor), Amilda dos Santos, Manuel Albano, Mário Cohen e Roque SilvaGENTE E FIM-DE-SEMANA: António Cruz (editor-chefe),

Isaquiel Cori (editor)

Edna Cauxeiro (subeditora), Ferraz Neto (subeditor) e Pereira Dinis

EDIÇÕES ESPECIAIS: Adalberto Ceita, André dos Anjos, Domingos dos Santos,

Leonel Kassana e Yara Simão

FOTOGRAFIA: Kindala Manuel (editor-chefe),

José Cola (editor),Dombele Bernardo, Domingos Cadência, Eduardo Pedro, João Gomes,

Maria Augusta, Miqueias Machangongo, Mota Ambrósio, Paulo Mulaza, KindalaManuel, Santos Pedro, Agostinho Narciso, Vigas da Purificação, Contreira Pipas

CORRESPONDENTES PROVINCIAIS: Adão Diogo (Lunda-Sul),

Bernardo Capita (Cabinda), João Mavinga (Zaire),

Vladimir Prata (Namibe), Isidoro Natalício (Cuanza-Norte),

Luís Pedro (Cuanza-Sul), Pedro Bica (Bengo),

Francisco Curinhingana (Malanje) Miguel Ângelo (Huambo), João Constantino (Bié),José Chaves (Andulo),

Jaime Azulay (Benguela), Jesus Silva (Lobito),

Estanislau Costa (Huíla), Joaquim Aguiar (Lunda-Norte),

Silvino Paulo (Uíge), Lourenço Manuel (Cuando Cubango),

Quinito Kanhamei (Cunene), Samuel António (Moxico),

PAGINAÇÃO E ARTE: Salvador Escórcio (Editor), Soares Neto, Eugénia Victor, Augusta Lucéu, Tomás Cruz,

Noé Pungue, Evaristo Sacupalica, João Augusto, Josefa Abreu, Maria Messele, Alberto Bumba, Inês Quingando, Margarida Zilungo, Maria da Silva, António Saldanha,

Henrique Faztudo, António Quipuna, Raúl Geremias, Ana Paula Dias, Isabel Fragão,Manuel Cassinda, Francisco da Silva, Rui Jacinto, Bruno Bernardo, Luquemba Pedro

CARTOON E ILUSTRAÇÃO:Armando Pululo e Casemiro Pedro

COPY DESK: Rui Ramos e Arlindo Soares

O Jornal de Angola utiliza os serviços da ANGOP, AFP, Reuters, EFE e Prensa Latina

PUBLICIDADE: (+244) 937 550 262

(+244) 949 770 006 e-mail: [email protected]

O génio criador angolano existe, está presente em muitas demonstrações e apenas precisade atenção e ajuda de quem de direito para a promoção do “Made in Angola”

PROPRIEDADEEdições Novembro, E.P.

SEDE: Rua Rainha Ginga, 12-26

Caixa Postal 1312 - LuandaRedacção: 222 020 174

Telefone geral (PBX): 222 333 344Fax: 222 336 073

Telegramas: Proangola

ESCREVA-NOS Cartas recebidas na

Rua Rainha Ginga, 12-26 Caixa Postal 1312 - Luanda

ou por e-mail:

[email protected]

O dilema vivido por muitos países relativamente ao regresso gradual à normalizaçãoda vida em sectores como a Educação, pelo menos para mencionar este, e o con-dicionante problema da pandemia, numa altura em que o Ensino Geral se prestaa reiniciar, constitui também em Angola um tema fracturante. A sociedade estádividida, as famílias, naturalmente, apreensivas e as autoridades, atendendo àsresponsabilidades acrescidas das mesmas, atentas a todos os desenvolvimentosem torno da actual conjuntura para a tomada de decisões e medidas que melhorsirvam os interesses do Estado.

Obviamente que, em todas as ponderações, a salvaguarda da vida humana ea defesa da Saúde Pública acabam por condicionar e influenciar o chamadoprocesso de formulação de decisão política. As nossas autoridades precisam, na-turalmente, de reunir dados fiáveis, números convincentes e informações concretasque permitam uma avaliação correcta da situação por que passamos todos, deforma directa e indirecta, por causa da Covid-19.

Há dias, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, lembrou que todas as avaliaçõesestão a ser feitas, mormente as relacionadas com o previsível reinício das aulasao nível do primeiro nível, envolvendo as classes desde a primeira à quinta,atendendo ao percentual de infecções divulgado pela Comissão Multissectorial,com tendência altista nos últimos dias.

Acreditamos que a concertação social deverá funcionar e, por razões de precisãoe fiabilidade, o mais importante poderão não ser, necessariamente, os númerosdiários, tal como divulgados, mas o verdadeiro funcionamento e o impacto dacadeia de contágio.

Nós não temos ainda implantado, nos principais focos de contágio, ummecanismo, ainda que empírico ou rudimentar, para um acompanhamento quepermite estatisticamente segmentar os locais e pessoas com maior propensãopara a infecção. Nesta altura, já devia existir um mecanismo ou espécie deobservatório junto dos principais locais de ajuntamentos humanos, como os mer-cados, as paragens de autocarros e os locais de concentração de pessoas nosbairros, para monitorar a cadeia de contágio.

Não é recomendável que fiquemos apenas pela discussão em torno da criaçãodas condições ou, por eventuais razões ligadas à falta delas, encerrar-se simplesmenteo actual ano lectivo, tal como defendem alguns círculos. Nada está descartado eas autoridades acompanham todas as incidências, com a ajuda dos seus parceirossociais, de maneira que, embora tenhamos reiniciado as aulas, com as classes deexame, e com a perspectiva de outras classes, saibamos aprender com os nossoserros, melhorar e seguir em frente.

O mais importante, além do exercício de aprendizagem sobre todo essecomplexo processo que envolve avanço, acompanhamento sobre o que se está apassar e um eventual recuo, é que saibamos retirar as melhores lições.

Não precisamos de promover o pânico, nem de exagerar na avaliação quefazemos, por excesso ou defeito, quando o mais importante continua a ser aaprendizagem por que passamos.

Aprender com os problemas

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A pandemia da Covid-19 ainda não terminou e, portanto, aindaé cedo para se ter uma percepção global e multidisciplinarsobre o seu impacto na economia mundial. Mas é certo que osprejuízos causados até agora, cerca de nove meses após o seuaparecimento, devem rondar as centenas de biliões de dólaresque o mundo perdeu por força das restrições e da paralisaçãode muitas actividades económicas.

A acrescer a isso, há as perdas humanas, cujos númeroscontinuam a subir todos os dias. A segunda vaga de infecçõespelo novo coronavírus está agora a varrer os países europeuse as notícias sobre o aumento do número de casos positivose de mortes são acompanhadas de outras, sobre as medidasrestritivas que os diferentes Governos estão a adoptar parafazer face à situação.

No Reino Unido, na Alemanha, em França, na Itália, em Es-panha, em Portugal e noutros países, o grau de preocupaçãoem relação à pandemia é o mesmo que se verificou quando aenfermidade começou a fustigar o mundo. A diferença está emque há, agora, mais experiência e sabe-se como lidar da melhormaneira com a doença, o que não significa dizer que, só porisso, os contágios e as mortes não aconteçam.

Diante do alto grau de complexidade que o combate à Co-vid-19 requer e face ao seu alto índice de letalidade, o confina-mento obrigatório regressou e a hipótese de o estado de emer-gência voltar a ser decretado está em cima da mesa, comoopção para vários países, tendo em conta os focos de resistênciaao cumprimento das regras de prevenção e biossegurançaque as autoridades recomendam, mas que um certo númerode cidadãos teima em não observar. Mesmo estando a vivera realidade dramática espelhada pelo número de óbitos quecontinuam a acontecer, mesmo tendo conhecimento da in-formação diária que é passada sobre a evolução da pandemianos seus países e no mundo, pessoas há que teimam em negara existência da Covid-19 e a querer levar uma existência comose nada tivesse acontecido, que implicasse alterações nonosso modo de vida.

A mesma arrogância, que - diz-se dito - é a mãe de toda a igno-rância, de que nos chegam relatos de fora das fronteiras por viada imprensa, também vimos ser replicada, aqui no país, atravésde declarações e imagens televisivas que nos deixaram comple-tamente estupefactos. Uma multidão de gente a frequentarpraias, sem observar o distanciamento físico e mandando àsurtigas as medidas de biossegurança; um indivíduo que dizque a Covid-19 não existe em Angola; aglomerados de pessoasem festas que, nesta altura, são desaconselháveis, uma vezque a circulação comunitária do vírus está instalada faz tempoem Luanda. É o cenário de irresponsabilidade a toda a dimensão,a propiciar que tenhamos um aumento vertiginoso do númerode infecções e, consequentemente, de mortes devido à pandemia.É, agora, além da luta contra a doença em si, o grande desafioque o país tem de enfrentar.

Não estão a ser suficientes os alertas das autoridades sa-nitárias e policiais, as campanhas de sensibilização feitas pelacomunicação social e desenvolvidas, também, pelos diferentesactores da sociedade civil, no sentido de levar as pessoas aacatarem as orientações que o momento exige que sejampostas em prática.

Pelo que foi dado a ver, é sobretudo em Luanda onde maisse verificam as situações de violação das regras sanitárias. Cabe,obviamente, uma grande dose de responsabilidade sobre apessoa enquanto indivíduo em pleno uso das suas faculdades.Como impendem, também, obrigações sobre os proprietáriosde estabelecimentos onde se aglomeram pessoas em festas oua consumir bebidas alcoólicas para além das 18 horas.

Os números da Covid-19 no país estão aí e não devem serencarados como mera estatística. São pessoas, que fazem faltaao país, aos seus familiares directos, aos amigos, que estão apartir. São avós, pais, irmãos, tios, sobrinhos de alguém que,amargurado, impotente, viu o seu ente querido lutar com todasas forças contra um inimigo invisível, silencioso, que atacaquando menos se espera, contra o qual são poucas as chancesde resistir, se o organismo não estiver provido das defesas ne-cessárias, se o destino for mais forte do que a fé.

Precisamos de “cair na real” e entender que, enquanto durara pandemia, enquanto não houver vacina eficaz contra a doença,enquanto ela não estiver disponível e acessível a todos, o nossonovo normal passa por restrições e cumprimento rigoroso dasmedidas de biossegurança. É o bem vida que está em causa. Umavez perdida, todas as outras ilusões com ela desaparecem. Denada vale, diante da tempestade, não querer encarar a realidade,procurando enterrar a cabeça na areia, como faz a avestruz. Temosde enfrentar a pandemia com responsabilidade.

Filomeno Manaças

FACTOS & ILAÇÕES

Outro dia, eu estava a conduzir, passando pela ci-dade do Huambo e notei várias filas. Pensei queos compatriotas estavam nas filas à espera de Bi-lhete de Identidade, ou então documentos quesó podiam ser adquiridos nos bancos. As filaseram o reflexo de uma falta de organização e pla-neamento. Em Angola, uma afirmação deste géneropassa a ferir muitas sensibilidades, infelizmenteexiste a ilusão de que ter umtítulo, a gigantesca viatura,o escritório e o salário cho-rudo é sinónimo de ser com-petente. Em Angola, dá-semais importância as aparên-cias e não ao resultado.

Precisamos, em Angola,da valorização de uma cul-tura de planeamento, quetambém está ligada à culturade disciplina. A cultura dedisciplina começa na escolae mesmo em casa. Em Lon-dres, onde vivi por décadas,vê-se filas e filas de criançasa fazer visitas aos museus,às galerias e a outros lugaresde interesse de mãos dadase andando ordenadamente.No Reino Unido, vi uma cenade um filme da II Guerra Mun-dial que me marcou bastante.Os alemães já estavam pró-ximos do Porto onde os bri-tânicos estavam a embarcarnum navio devido às ordensde evacuação. Os militaresbritânicos não entraram empânico, a fila manteve-se in-tacta. O último homem en-trou no barco que logo me-teu-se no alto mar, os tanquesalemães não podiam alcan-çar ninguém. Neste caso, adisciplina na fila fez a dife-rença entre a vida e a morte.

Aqui no Planalto, é muitocomum os ATMs não teremdinheiro. Já houve casos emque nenhum ATM no Kat-chiungo, Chinguar, Bailundoe até mesmo no Alto Hamaestivesse a funcionar. Claro que os comerciantesestrangeiros, que são altamente eficientes, tinhamdinheiro nos seus TPAs — só que eles cobravamaté vinte por cento por cada transacção. Na filados ATMs, os chefes com carrões grandes e bembarrigudos não tinham que se alinhar atrás dosoutros, eles iam logo para frente. Membros da Po-lícia e Forças Armadas também não ficam na fila.Recentemente, no Katchiungo, esperei por quaseuma hora no ATM. É que havia polícias que vinhamcom cinco, sete, ou mesmo oito cartões, elesfaziam transacções para os amigos. Lembro-me,também, que apareceu uma ambulância, com asirene aos gritos, que parou e que teve alguémque foi logo para frente da fila. Este passou vinteminutos a fazer transferências com vários cartões,ele só saiu quando o público reclamou com barulho.

Eu fico com esperança porque o público sabeexactamente como as coisas deveriam ser feitas.Quando os chefes, com as viaturas gigantescas,vão para a frente sem passar pela fila, seguem-se,logo, longuíssimas mini discussões sobre a inca-

pacidade das lideranças africanas em mostrarbons exemplos. Mesmo os que nunca estiveramfora de Angola sabem exactamente como as coisassão feitas por lá.

A cultura que não enaltece a disciplina tem re-sultado no descrédito das instituições. Esta faltade disciplina resulta, também, no surgimento dosChico Espertos. No Huambo, a rota que leva ao fa-

moso “Mercado da Alema-nha” desde a rota principalque vai à Caála, está semprecheia de engarrafamentos. Sóque uma análise da situaçãorevela logo que estes são com-pletamente evitáveis se cadamotorista mantiver na sua li-nha e o tráfego pode prosse-guir suavemente. É que oschefes com as suas viaturasgigantescas tentam ultrapas-sar os candongueiros que tam-bém não cedem. Depois háos manos dos kaleluyas (oumotorizadas de três rodas, di-tas kupapatas). Estes, que àsvezes levam mais mercadoriaque camiões, também me-tem-se naquela fúria que re-sulta numa anarquia totalda qual ninguém sai vencen-do. A anarquia que resultada falta de disciplina é alta-mente perigosa.

Alguns anos atrás, no Aero-porto Internacional de Luanda,eu tinha que viajar para umpaís africano com urgência.No aeroporto, notou-se quenão havia uma imunização vá-lida contra a febre tifóide. Láno aeroporto apareceram, lo-go, alguns homens que tenta-ram me vender um certificadofalso por cinquenta dólares.Recusei comprar, saí do aero-porto, apanhei uma boleia nu-ma motorizada e fui para umaclínica, na Maianga, onde de-ram-me uma vacina genuína.O resultado disto é que passeia duvidar da integridade de

muitas instituições. Em Londres, há algumas décadas,uma amiga minha foi passar férias na Serra Leoa eregressou com cartas de condução. Lembro-medela dizer-me “já tenho cartas de condução quecomprei na Serra Leoa, agora, aqui em Londres,vou ter aulas de condução para ter cartas genuínas.”

Há países africanos onde, até no sistema go-vernamental, quadros vindos de universidadeslocais são tratados com uma certa desconfiança.Isto é porque as elites locais fazem tudo para man-dar os seus filhos estudar no exterior. Na Nigéria,num almoço, ouvi um antigo ministro a gabar-seque nenhum dos seus filhos tinha feito o ensinosecundário ou universitário no seu país — todos,segundo ele, tinham estudado nas melhoresescolas do Reino Unido. O ministro nigeriano disseque era quase impossível alguém comprar um di-ploma no Reino Unido. Muitos nigerianos, hoje,querem que as instituições do seu país sejam tãoeficientes como as do Ocidente. Porque razão éque as repartições no Huambo não podem sertão eficientes como as da Suíça ou Noruega?

Sousa Jamba

EPÍSTOLAS DO OCIDENTE

DR

Há países africanos onde,até no sistema

governamental, quadrosvindos de universidadeslocais são tratados comuma certa desconfiança.Isto é porque as eliteslocais fazem tudo paramandar os seus filhosestudar no exterior. NaNigéria, num almoço,

ouvi um antigo ministro agabar-se que nenhumdos seus filhos tinha feitoo ensino secundário ouuniversitário no seu país— todos, segundo ele,tinham estudado nasmelhores escolas doReino Unido. O ministronigeriano disse que eraquase impossível alguémcomprar um diploma no

Reino Unido

“O município da Nharêa

é potencialmenteagrícola. Cerca

de 85% de seu solo

é cultivável. Possui umacapacidade em termos de recursoshídricos quepermite fazer

agricultura emtodas as épocas”

Lúcia ChicapaAdministradora municipal

“Embora a arteafricana

contemporâneaesteja emascensão

internacionalmente,desenvolverhabilidades eenvolver o

mundo da arteinternacionalainda é umdesafio paramuitos jovenspintores nocontinente” Valerie Kabov

Presidente da EmergingAfrican Art GalleriesAssociation (EAAGA)

“Temos discutidocom os parceiros,

mormente, oGoverno e outros,no sentido de se

definir aconjuntura, pois,

temos de tercuidado para não

se iniciar umprocesso quepode abortar

imediatamentepor se constatar

situações depandemiasdifíceis para os nossos atletas

e respectivasfamílias” Artur Silva

Presidente cessante daFederação Angolana de

Futebol (FAF)

“Dada adependência

da África das viagens

intercontinentais,especialmentepara o turismo,essas restriçõescorrem o risco de prejudicar a capacidade

de o continenterecuperar dos efeitos

económicos da pandemia”

Relatório do InstitutoTony Blair

C I T A Ç Õ E S

Enfrentar a pandemiacom responsabilidade

A grande ilusão

11Sexta-feira23 de Outubro de 2020OPINIÃO

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12 Sexta-feira23 de Outubro de 2020

(500.1367)

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13Sexta-feira23 de Outubro de 2020

(500.1228)

(500.1333) (10210)

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14 Sexta-feira23 de Outubro de 2020

ABANDONO DE TRABALHO

NECYCRÉDITO - SOCIEDADE DE MICROCRÉDITO, S.A. comu-nica ao trabalhador abaixo mencionado que será declarado culpadona situação de abandono de trabalho, artigo 229.º da Lei Geral doTrabalho, Lei 7/2015 de Junho, pelo que, solicita a presença domesmo, no prazo máximo de 5 dias úteis, a contar da data da pu-blicação deste anúncio, para os devidos esclarecimentos que fun-damentem a citada ausência, à entidade empregadora de acordo oartigo 114.º da LGT.

• CLÁUDIO FERREIRA DA SILVA MADRUGA

Luanda, aos 22 de Outubro de 2020.

A ADMINISTRAÇÃO(10860)

MORADORES DA URBANIZAÇÃO NOVA VIDA

A Comissão Instaladora para a constituição da COMISSÃO DE MORADO-RES na Urbanização Nova Vida informa a todos os moradores que a eleiçãorealizar-se-á no dia 21 de Novembro, devendo os moradores interessadosem participar nas acções que visam a melhoria da Urbanização, contactar a

Comissão Instaladora para os devidos esclarecimentos adicionais, através

do e-mail: [email protected]: 926 996 299 / 912 244 878 / 923 312 970 / 946 503 275

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Os interessados deverão enviar as suas candidaturas para o e-mail:[email protected] juntando para o efeito os respectivos Currículos Vitae.

Luanda, aos 16 de Outubro de 2020

A Direcção de Recursos Humanos

(8484)

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(10844)

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15Sexta-feira23 de Outubro de 2020

TERCEIRA REGIÃO TRIBUTÁRIA(Luanda e Bengo)

AVISO DE APREENSÃO N.º 44A Terceira Região Tributária avisa aos importadores abaixo indicados, que nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 509º conjugado com os artigos481.º e 512.º todos do Código Aduaneiro, procedeu à apreensão das mercadorias demoradas abaixo indicadas:

TERMINAL: SANTIBRAGA

O prazo para a interposição do recurso hierárquico com fundamento na não suscetibilidade do confisco das mercadorias apreendidas, é de dez (10)dias úteis, contados da data da publicação do presente aviso, conforme preceitua o artigo 514.º do Código Aduaneiro.As mercadorias apreendidas estão sujeitas ao confisco, no caso de não ser interposto, no prazo fixado, o recurso a que se refere o parágrafo anterior.

Terceira Região Tributária aos, 8 de Outubro de 2020.

A DIRECTORA REGIONALNARA DJAMILA BERNARDO JÚNIOR (500.1365)

COMUNICADO

CONSULTA PÚBLICA DA PROPOSTA DO CÓDIGO DOS BENEFÍCIOS FISCAIS

A Administração Geral Tributária (AGT) comunica que está aberto o processo de consulta pública da Proposta de Código dos Benefícios

Fiscais, de modo a permitir a análise prévia do documento pela sociedade civil. Pretende-se, assim, obter subsídios que concorram para

a apresentação de um Diploma Legal que corresponda aos desígnios do Executivo e dos seus parceiros sociais.

A proposta estará disponível para consulta até ao próximo dia 30 de Outubro de 2020 no website da AGT e do Ministério das Finanças,nomeadamente www.agt.minfin.gov.ao ou www.minfin.gov.ao. Os contributos podem ser enviados para o correio electró[email protected].

A presente sugestão de Código congrega os benefícios fiscais existentes em diplomas avulsos e prevê a introdução de novos incentivos

fiscais que se revelam necessários à prossecução de determinados objectivos extra-fiscais relevantes. Contempla, igualmente, as regras

e princípios gerais que norteiam a criação, a concessão, o controlo e gestão dos benefícios fiscais de forma transparente e parcimoniosa.

A Administração Geral Tributária apela à máxima participação da sociedade, especialmente da comunidade académica, da classe empre-

sarial e dos profissionais que actuam no segmento da fiscalidade e áreas afins.

GABINETE DE COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL, em Luanda, aos 21 de Setembro de 2020.

O DirectorBRÁULIO E. ASSIS (500.1238)

Nº CONTENTOR TIPO DESIGNAÇÃODA MERCADORIA IMPORTADOR BL DATA DE

CHEGADA NAVIO PROVENIÊNCIA DU CANAL DESELETIVIDADE

1 MEDU4990183 40 MUNIDOS DE PEÇASDE CONEXÃO BESPOKE INTERIORS, LDA. MEDUDR653178 05/03/2020

MSC GABRIELLA ÁFRICA DO SUL 35651 LIBERADOCANAL VERDE

2 DRYU2127867 20 9VLMS COMMAT.DIVERSOS JOEL & FILHOS, LIMITADA MEDUL1583300 20/04/2020

MSC CAPRI PORTUGAL 27931 LIBERADOCANAL VERDE

3 MEDU5096991 20 PALM OLEIN(ÓLEO DE PALMA) BISCUIT ANGOLA LDA MEDUJ2435769 11/06/2020

MSC GABRIELLAPORT KLANG

(PELABUHAN KLANG) NÃO TEM DU AGUARDALIQUIDAÇÃO

4 CAIU6213432 20 PALM OLEIN(ÓLEO DE PALMA) BISCUIT ANGOLA LDA MEDUJ2435769 11/06/2020

MSC GABRIELLAPORT KLANG

(PELABUHAN KLANG) NÃO TEM DU AGUARDALIQUIDAÇÃO

5 FCIU5508988 20 PALM OLEIN(ÓLEO DE PALMA) BISCUIT ANGOLA LDA MEDUJ2435769 11/06/2020

MSC GABRIELLAPORT KLANG

(PELABUHAN KLANG) NÃO TEM DU AGUARDALIQUIDAÇÃO

6 MSCU3491579 20 PALM OLEIN(ÓLEO DE PALMA) BISCUIT ANGOLA LDA MEDUJ2435769 11/06/2020

MSC GABRIELLAPORT KLANG

(PELABUHAN KLANG) NÃO TEM DU AGUARDALIQUIDAÇÃO

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16 Sexta-feira23 de Outubro de 2020

(500.1366)

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17Sexta-feira23 de Outubro de 2020

(500.1317)

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18 Sexta-feira23 de Outubro de 2020NECROLOGIA

SERVIÇO NECROLÓGICO: DIAS ÚTEIS DAS 9H ÀS 14H, SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS DAS 9H ÀS 14H

RECORDAÇÃO

Não há dor nenhuma que se compare à perdade um ente querido. Resta apenas a saudadeeterna pela presença que não poderá mais servivida. Restam-nos as lembranças dos momentospassados. Querido tio Cabé, sempre foste muitoamado e para sempre serás lembrado pelos teussobrinhos: Djion, Zini, Tantine, Jujú, Gely, Dite,Dinha, Hamy, João, Tery, Jânia, Rosa, Janito,Nelo, Julinho, Saty, Jessyca, Daniel, Kayla, Joel,Aurélio, Ângelo, Kizzy, Bebeca, Gonçalo, Lili,Edy, Nelinha, William, Ibra, Beya, Álvaro, Iolanda,Carla, Sara, Pedro e Rúben. Paz à tua alma! (10837)

CARLOS ALBERTO TOMÁSDE MEDEIROS (Cabé)

FALECEU

Rosa Helena (esposa), Cláudio Sucacuexe,Ana Sucacuexe, Liliana Sucacuexe (filhos),Sousa Sucacuexe, José Sucacuexe, MadalenaSucacuexe, Arão Sucacuexe, Maria Sucacuexe,Marta Sucacuexe (irmãos), primos, sobrinhos,netos e demais familiares comunicam o fale-cimento de BERNARDO PAULO SUCACUEXE.O funeral realiza-se hoje, sexta-feira, às 10h00,no Cemitério do Benfica. (10738)

BERNARDO PAULO SUCACUEXE

FALECEU

A Banca de Despachantes Oficial, ArãoPaulo Sucacuexe comunica o falecimentodo irmão do Despachante Oficial BER-NARDO PAULO SUCACUEXE, ocorridono dia 18/10/2020, por doença. O funeralrealiza-se hoje, sexta-feira, 23/10/2020,às 10h00, no cemitério do Benfica.

(10738a)

BERNARDO PAULO SUCACUEXE

FALECEU

Ferreira Neto, Joaquim de Aguiar QuaresmaNeto, Guiomar da Conceição Quaresma Netoe Hermenegilda Quaresma Neto (irmãos)comunicam o falecimento de PIEDOSA DACOSTA SOUSA NETO. Que a sua alma descanseem paz. (10823)

PIEDOSA DA COSTASOUSA NETO

FALECEU

1952-2020Tirone, Chico-Zé, Bany, Zequinhas, São, Rui,Tony Luís, Nelson e Dido( irmãos), cunhados,Assunção e de mais familiares cumprem odoloroso dever de comunicar o passamentofisico de seu muito querido irmão GetúlioRibeiro Agostinho (Tulas), ocorrido dia21/10/2020. Que a sua alma descanse em paz.

(10903)

GETÚLIO RIBEIROAGOSTINHO(Tulas)

FALECEU

Teresa Saturnino Fontes Neto (sogra),Teresinha, Saturnino, Novato, Júlio, Mariada Conceição, José Carlos e Leonor Paula(cunhados) cumprem o doloroso deverde comunicar, em nome da família MateusNeto, o falecimento do seu ente queridoCARLOS ALBERTO TOMÁS DE MEDEIROS(Cabé), ocorrido no dia 19/10/2020, emLisboa. O funeral realizou-se ontem,22/10/20,15:00, em Lisboa. (10837a)

CARLOS ALBERTO TOMÁSDE MEDEIROS (Cabé)

FALECEU

Maria Alice Mateus Neto de Medeiros (esposa),Edna Zarina, Yeda Ailyn, Carla Patrícia, DanielaSofia (filhas), Elísio Marques (genro) e demaisfamiliares comunicam o falecimento de CARLOSALBERTO TOMÁS DE MEDEIROS, ocorrido dia19/10/2020, em Lisboa. O funeral realizou-seontem, 22/10/20, às 15h00, em Lisboa.(10837b)

CARLOS ALBERTO TOMÁSDE MEDEIROS (Cabé)

MISSA

Os familiares de INÊS MANUEL DA SILVAAUGUSTO (Mana Avó) agradecem a todosquantos se dignaram em acompanhá-losneste momento difícil de dor, e comunicamque será rezada Missa do 7º Dia, sábado, dia24/10/2020, às 6h30, na Igreja de Cristo Rei,sita na Terra Nova. Paz à sua alma. (10820)

INÊS MANUEL DA SILVAAUGUSTO (Mana Avó)

RECORDAÇÃO

Querida mãe, faz hoje 1 ano desde que partistee deixaste um grande vazio nas nossas vidas.Connosco, fica a lembrança da mãe, irmã,avó e bisavó exemplar que sempre foste. Emtua memória, será rezada Missa no Sábado,às 18H30 na Igreja do Carmo. (10826)

GEORGINA POULSONDE ALMEIDA

FALECEU

Fernando Luís(esposo) Manuela Gomes Muginga,Regina Gomes Muginga dos Santos, AldimiroAssureiro Luís, Sildes Fernado Luís, DélcioGomes Muginga e Elizeth Luís (filhos), comu-nicam o falecimento de JULIANA ASSUREIRA,ocorrido no dia 16 de Outubro de 2020, pordoença. O funeral realiza-se hoje, às 10h00,no cimitério das Mabubas (Caxito). (10877)

JULIANA ASSUREIRA ( Tia Jú)

FALECEU

O Comando da Unidade de Segurança Presidencial,em nome dos seus Oficiais Generais, OficiaisSuperiores, Capitães, Subalternos, Sargentos,Praças, Agentes e trabalhadores civis comunicao falecimento do Sr. Capitão CARLOS JOÃOBERNARDO, ocorrido no dia 20/10/2020, pordoença. O funeral realiza-se hoje, dia 23/10/2020,às 11H00, partindo o préstito fúnebre de suaresidência, sita no Município de Viana, para oCemitério do Benfica. (10875)

CARLOS JOÃO BERNARDO

RECORDAÇÃO

Mano Enoque, como carinhosamente lhe tratávamos, o seu desaparecimento abalou-nosprofundamente e provocou em todos nós um grande desequilíbrio, porque para nós semprepersonificou a amizade sincera e o companheirismo. Ocupa um lugar especial dentro de nós,efez por merecer, tudo porque nos ensinou com a sua vida repleta de exemplo, mostrando-nos ovalor da integridade ao posicionar-secomo Homem de fortes convicções.Com a sua forma humanade ser, ensinou-nos que a humanidade é suprema e está acima de tudo e com o seu agir humilde,nos orientou a nos desviarmos do caminho da arrogância que destrói o próximo. O seu apreçoaos valores, fizeram de si um homem nobre e o amor que nutria pelo próximo fez de si um mestreda solidariedade.Foi digno e o caminho que encontrou para viver com dignidade foi o trabalho.Eporque sabia como andar, tornou-se um grande conselheiro, amigo dos seus amigos, conservandoa fidelidade para com todos e cada um. Todo seu ensinamento e exemplo é um legado, que hojeconduz os nossos passos. A sua ausência física nos abala, pois perdemos um amigo, um irmão,um pai. Mas como quem ama verdadeiramente nunca morre, hoje continua vivo em nossoscorações, em nossas memórias, em nossas vidas. Hoje é o infinito, unido e presente em cada umde nós na sua finitude. Éa estrela que reluz no firmamento conduzindo nossos passos. Recordamcom muita saudade,Nata Rangel Dias dos Santos e Filhos. (10802)

PEDRO ANTÓNIO FILIPE

FALECEU

Demise Ferreira, Djamila Lopes, Maura Ferreira,Victor Ferreira (filhos), Rui Lopes, LeonardoRebelais ( genros), Sónia Ferreira (nora) comunicamo falecimento de sua mãe e sogra FERNANDAGOMES FURTADO FERREIRA, ocorrido no dia21/10/2020, por doença. O funeral realizar-se-á em data anunciar oportunamente. (10836)

FERNANDA GOMESFURTADO FERREIRA

FALECEU

Ilídia Lopes Furtado, Palmira GomesFurtado Faucher, Felismina Gomes Fur-tado, Anita Gomes Furtado, ElizabethGomes Furtado (irmãs) cumprem o dolo-roso dever de comunicar o falecimentode sua querida irmã FERNANDA GOMESFURTADO FERREIRA, ocorrido no dia21/10/2020, por doença. O funeral rea-lizar-se-á em data a anunciar oportu-namente. (10850a)

FERNANDA GOMESFURTADO FERREIRA

FALECEU

Denise Tatiana Gomes Ferreira, DjamilaPatrícia Gomes Ferreira da Costa Lopes,Maura Vaneza Gomes Ferreira, VictorEmanuel Gomes Ferreira, Deolinda GomesFurtado (filhos), genros, netos e sobrinhoscomunicam o falecimento de sua queridaFERNANDA GOMES FURTADO FER-REIRA, por doença. O funeral realizar-se-á em data anunciar oportunamente.

(10850)

FERNANDA GOMES FURTADO FERREIRA

FALECEU

Zé Adão, Avelino (B10), Maria Adão, Mavua,Conceição, Vicente Domingos, Manuel Cus-tódio Domingos, Adão Domingos (filhos),primos, sobrinhos, netos, genros, noras edemais familiares cumprem o dolorosodever de comunicar o passamento físico deseu ente querido ANTÓNIO DOMINGOS,ocorrido no dia 18/10/2020, por doença. O funeral realiza-se hoje, sexta-feira,23/10/2020, às 10h00, no cemitério do Altodas Cruzes. (10830)

ANTÓNIO DOMINGOS (Tio Adão)

FALECEU

Christine Ntsiene Filipe (esposa), Tchalo,Cameia, Luc, Pedro, Alexandre, Ursula,Nacatolo (filhos), Wadi (genro) e Mbali(nora) comunicam o falecimento dePEDRO ANTÓNIO FILIPE (Mano Enoque),ocorrido dia 18/10/2020, nesta cidade.O funeral realiza-se, sexta-feira,23/10/2020. (10848)

PEDRO ANTÓNIO FILIPE(Mano Enoque)

FALECEU

Luísa Filipe, Antónia Filipe Mingas (ausen-tes), Gabriela Filipe Bunga, Salomão Filipe,Nené Filipe (irmãos), sobrinhos e netoscumprem o doloroso dever de comunicaro falecimento de PEDRO ANTÓNIO FILIPE(Mano Enoque), ocorrido dia 18/10/2020,nesta cidade. O funeral realiza-se, sexta-feira, 23/10/2020. (10848a)

PEDRO ANTÓNIO FILIPE(Mano Enoque)

FALECEU

Rosária de Fátima Filipe, Rosa Baptista Filipe(cunhadas), filhos e demais familiares cumpremo doloroso dever de comunicar o falecimentode PEDRO ANTÓNIO FILIPE (Mano Enoque),ocorrido no dia 18/10/2020, nesta cidade. O funeral realiza-se , sexta-feira, 23/10/2020.

(10848b)

PEDRO ANTÓNIO FILIPE(Mano Enoque)

MISSA

Virgínio António da Cunha Pinto (Gino),filhos e demais familiares comunicam quea missa do 7º Dia, em memória de MARIAJOSÉ ALCÂNTARA MONTEIRO DA CUNHAPINTO (Betucha) se realiza, sexta-feira,23/10/2020, em sua residência, no Benfica,entrada do BFA, Rua 27, pelas 18H00.(10914)

MARIA JOSÉ ALCÂNTARA M.DA CUNHA PINTO (Betucha)

RECORDAÇÃO

Mateus Morais de Brito, ainda lembro como se fosse ontem, doúltimo aniversário seu que passamos juntos, você estava sorrindoe abraçando todos os convidados. Hoje você não está mais aqui,mas é estaimagem que levo no coração. Se estivesses aqui, seique estariamos celebrando seu dia, 60 risonhas primaveras comonunca. Queria tanto lhe abraçar e desejar um feliz aniversário.Espero que possa sentir minha energia de alguma forma e saibaque estarei pensando em você. Mesmo sem ver você desejo umdia de paz dessa sua irmã que tanto o ama, Júlia de Brito, AlbertoSuana (Cunhado) Joice Suana, Erica Suana e Célio Brito (sobrinhos)Eterno descanso. (10895)

MATEUS MORAIS DE BRITO

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19Sexta-feira23 de Outubro de 2020

SERVIÇO NECROLÓGICO: DIAS ÚTEIS DAS 8H ÀS 18H, SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS DAS 8H ÀS 14H

FALECEU

Os filhos de GETÚLIO RIBEIRO AGOSTINHO(Tulas) com muita tristeza participam o fale-cimento de seu pai. Nesta hora de tristezaagradecemos a Deus por teres sido nosso paie deixares a honestidade como valor principalda nossa vida. A morte é só uma viagem! Atésempre General. (10873a)

GETÚLIO RIBEIROAGOSTINHO (Tulas)

RECORDAÇÃO

Brito meu filho! Completarias hoje 60 anos, mas prematuramentepartiste sem deixar os nossos olhos apreciarem os teus fios decabelo branco. Filho, no mundo tereis tribulações, mas tendebom ânimo, eu venci o mundo, João 16-33. Restando-nos saudadee lembranças dos bons momentos. Descansa em paz, Salmo 91.Recordam-te mãe, irmãos e sobrinhos. (10851)

MATEUS MORAIS DE BRITO(Brito)

CONDOLÊNCIAS

Foi com profunda dor e consternação que o colectivo de trabalhadoresdo Ministério da Saúde (MINSA) tomou conhecimento dopassamento físico do senhor Dr. JOÃO BAPTISTA BENTO SARDINHA,chefe de Departamento dos Serviços Médicos da Polícia Nacional,ocorrido no dia 21 de Outubro de 2020, em Luanda. O Dr. JOSÉSARDINHAnotabilizou-se como Médico e fundador dos Serviçosde Cirurgia Cardiotoráxica Vascular no País, com vasta experiênciaassistencial e deixou a sua marca indelével, digna de ser seguidapelas novas gerações de Médicos. Perante este trágico acontecimento,o colectivo de trabalhadores do MINSA inclina-se perante a suamemória e endereçam à família enlutada, o mais profundosentimento de pesar. Que a sua alma descanse em paz. (500.1369)

JOÃO BAPTISTA BENTO SARDINHA

RECORDAÇÃO

É impossível não lembrar de ti nesta data especial do teu aniversárionatalício, farias 60 anos de idade! Sabemos que se estivessesaqui, estaríamos em comunhão familiar celebrando o teu dia,como sempre nos acostumaste. Guardamos connosco muitaslembranças boas, sobretudo as que passamos lado a lado. Tenhaum feliz aniversário papá, e mesmo não estando aqui, esperamosque possa sentir todo o nosso amor! Recordam-te tua esposa,filhos e netos. (10881)

MATEUS MORAIS DE BRITO

CONDOLÊNCIAS

A Direcção do Instituto Marítimo e Portuário de Angola –IMPAe o seu colectivo de trabalhadores tomaram conhecimento dopassamento físico do Sr. GERÓNIMO ANTÓNIO FORTUNATO,ocorrido no dia 10 de Outubro de 2020 por doença. Perante esteinfausto acontecimento, o Instituto Marítimo e Portuário deAngola e o colectivo de trabalhadores endereçam à famíliaenlutada os seus mais profundos sentimentos de pesar.(10847)

GERÓNIMO ANTÓNIO FORTUNATO

RECORDAÇÃO

O Conselho de Direcção, os Membros Fundadores e a Direcção Executivada LARDEF-Liga de Apoio à Integração dos Deficientes lembram comprofunda dor e consternação que, há 2 anos se registou o passamentofísico do seu colega e amigo, o Sr. IVO FERREIRA DE JESUS (Ivo Naval),Membro Fundador nº 1, primeiro Presidente, Director Executivo, Consultore Conselheiro da LARDEF. Ivo de Jesus foi uma notável personalidade naluta pela defesa dos Direitos da pessoa com deficiência. Neste triste dia,a LARDEF enaltece a sua grande contribuição pela construção de umaSociedade Inclusiva. Que a sua alma descanse em paz. (10876)

IVO FERREIRA DE JESUS(Ivo Naval)

RECORDAÇÃO

Já se passaram 2 anos desde que partiste, querido amigo, colegae companheiro Ivo! Ainda custa acreditar. E a lembrança daqueletriste dia 23/10/18 acompanha o derramar das nossas lágrimas.Nos, a família, amigos e colegas recordamos-te com eternasaudade e vergamo-nos em tua memória perante a dor e o vazioque deixaste. Exaltamos a certeza de ter sempre presente o teuexemplo de vida. A convivência contigo foi um verdadeiroprivilégio para todos nós e jamais te esqueceremos. Que a tuaalma descanse em paz. (10876a)

IVO FERREIRA DE JESUS(Ivo Naval)

CONDOLÊNCIAS

É com profunda dor e consternação que, os Accio-nistas, e o colectivo de trabalhadores da empresaPoliedro Oil Corporation S.A tomaram conhe-cimento do passamento físico do seu Accionista,Dr. PEDRO ANTÓNIO FILIPE, ocorrido dia 18do mês em curso por doença. Nesta hora deincontida comoção curvamo-nos perante amemória do malogrado, endereçando à famíliaenlutada as mais sentidas condolências. Que asua alma descanse em paz. (10900)

PEDRO ANTÓNIO FILIPE

FALECEU

António Luciano Correia e Marcelina PedroCorreia têm o doloroso dever de comunicaro falecimento de seu padrinho MANUEL FRAN-CISCO DOMINGOS, ocorrido dia 20 de Outubrode 2020. O funeral realizar-se-á em data aanunciar oportunamente. (10872)

MANUEL FRANCISCODOMINGOS

MISSA

Jailos Barros, Kerby, Keven, Célia, Isabel,Rebeca, esposo, filhos e irmãs comunicamque se celebra no dia 23 de Outubro de2020 a Missa do 6º mês, em memóriado passamento físico de CARLA MARIADIAS BATALHA, na Igreja da SagradaFamília, pelas 17h00. (10902)

CARLA MARIA DIAS BATALHA

CONDOLÊNCIAS

É com profunda dor e consternação que o ComandoGeral da Polícia Nacional de Angola comunicao passamento físico do Comissário JOÃO BAPTISTAGASPAR BENTO SARDINHA, ocorrido no dia21/10/2020, por doença. O funeral realizar-se-á em data a anunciar oportunamente. (10870)

JOÃO BAPTISTA GASPARBENTO SARDINHA

FALECEU

Domingas Maya André (esposa), Joaquim JorgeF. Bravo da Rosa, José Carlos F. Bravo da Rosa,Marina da Conceição F. Bravo da Rosa Manuel,Adriana Salomé A.B. Rosa Katialo, Elsa PaulaC.P. Bravo da Rosa (filhos) comunicam que o fu-neral de JOAQUIM PEREIRA BRAVO DA ROSAse realiza amanhã, sábado, dia 24/10/2020, às11h00, no cemitério de Sant'Ana. (10905)

JOAQUIM P. BRAVO DA ROSA

MISSA

Maria Formosa (mãe), Moniz Dombaxe, MariaDombaxe, Diambi Dombaxe, Diocola Dombaxe,Dombaxe Sungua, Dongala Dombaxe, ÁlvaroDombaxe, Vicente Dombaxe (irmãos), familiares,amigos e colegas comunicam que a Missa do30º Dia, em memória de LUÍS DOMBAXE serárealizada sábado, dia 24/10/2020, na Paróquiado S. António, na Cuca, às 6h30. (10896)

LUÍS ÁLVARO DONGALADOMBAXE

FALECEU

Francisco, Alberto, Hélio, Ndongala, Suzana,Osvaldo, Arlete, Aurora (filhos) e demais fami-liares cumprem o doloroso dever de comunicaro falecimento de seu ente querido MIGUELPANGUE, ocorrido no dia 21/10/2020, pordoença. O funeral realizar-se-á em data aanunciar oportunamente. (10874)

MIGUEL PANGUE(Papá Miguel)

FALECEU

Lucília Ribeiro Agostinho, filhos, nora e netoscumprem o doloroso dever de participar o fale-cimento de seu querido filho, irmão e pai GETÚ-LIO RIBEIRO AGOSTINHO (TULAS). Nestemomento de tristeza, agradecemos a Deus porteres sido parte da nossa família. (10873)

GETÚLIO RIBEIROAGOSTINHO (Tulas)

RECORDAÇÃO

Querida irmã, Mãe. Hoje, completas seis mesesdesde a tua partida e nunca mais iremos nosacostumar com a tua ausência. Este vaziodeixado pela inesperada partida, não existempalavras capazes de consolar os nossos corações.Que a tua alma descanse em paz.Recordam-te teu cunhado Afonso Ngunza, irmãos, filhos,esobrinhos. (10886)

FILOMENA FIANÇA ( Tia Filó)

FALECEU

Fátima Jacinto Sebastião "São" (esposa)e filhos cumprem o doloroso dever departicipar o falecimento de seu esposoe pai GETÚLIO RIBEIRO AGOSTINHO(TULAS), ocorrido no dia 21 de Outubro2020. (10873b)

GETÚLIO RIBEIROAGOSTINHO (Tulas)

RECORDAÇÃO

Hoje, no seu aniversário de falecimento, dei-xamos aqui a nossa homenagem à mulherincrível e forte que foi. Ela era a nossa melhoramiga. Mãe, saiba a falta que nos fazes, e porisso tem sido difícil, mas ao mesmo tempo,sei que estamos nos tornando pessoas maisfortes, pois, sua memória jamais se apagarános nossos corações. Descanse em paz!(10897a)

MARIA VIRGÍNIA DOMINGOSCASTEL BRANCO

RECORDAÇÃO

Há 6 anos, nesta data, 23 de Outubro de2014, vivemos o dia mais difícil de nossasvidas. Nossa querida MARIA VIRGÍNIADOMINGOS CASTEL BRANCO, maezinha,avó, tia, irmã, esposa e amiga partiu, enós? Nós tivemos que aprender a lidarcom a dor. (10897)

MARIA VIRGÍNIA DOMINGOSCASTEL BRANCO

RECORDAÇÃO

Naquele fatídico dia em que te perdemos, fica-mos sem chão, completamente desorientadoscom a tua partida repentina. ESCRIVÃO JOSÉSEBASTIÃO, é com carinho, muito amor e sau-dade que nos lembramos de ti todos os dias,honraremos o teu legado. Recordam-te esposa,filhos, netos, bisnetos e genros. (10899a)

ESCRIVÃO JOSÉ SEBASTIÃO

MISSA

Antónia Pereira dos Santos (esposa), MarcelaJosé, Maria do Carmo, Argentina, Gizela, Caro-lina, Manucha, Tucha, Avozinha (filhos), netos,bisnetos e genros comunicam que será rezadaMissa do 7º Dia, em memória do seu ente que-rido ESCRIVÃO JOSÉ SEBASTIÃO, no sábado,dia 24/10/2020, às 7h00, na sua residência, sitano Bairro Palanca, Rua do Angalo. (10899)

ESCRIVÃO JOSÉ SEBASTIÃO

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REPÚBLICA DE ANGOLAMINISTÉRIO DOS RECURSOS MINERAIS, PETRÓLEO E GÁS

DIRECÇÃO NACIONAL DE RECURSOS MINERAIS

EDITAL N.º 061/DNRM/20202.º AVISO

Em conformidade com o estipulado no artigo 104º do Código Mineiro e tendo em contaque a Empresa STONES ANGOLA MINING SERVICES, LDA., requereu os direitosmineiros para a Prospecção de Quartzito, numa superfície de 90 ha, localizada na co-muna do Virei, Município do Virei, Província do Namibe, com as coordenadas geográ-ficas a seguir discriminadas, são notificadas todas as pessoas singulares ou colectivaspara junto à Direcção Nacional dos Recursos Minerais fazerem valer os seus direitos,sob pena de preclusão do direito à reclamação, no prazo de 15 (Quinze) dias, a contarda data da publicação deste Edital.

DIRECÇÃO NACIONAL DE RECURSOS MINERAIS, em Luanda, aos 02 de Outubrode 2020.

O DIRECTOR NACIONALANDRÉ FRANCISCO BUTA NETO

REPÚBLICA DE ANGOLAGOVERNO PROVINCIAL DE LUANDA

ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DE VIANA

EDITAL N.º 114/2020Tendo, o senhor Abel Esteves Matias, requerido uma parcela de terra com uma áreatotal de 2.060.00 m2, localizado no Bairro Kikuxi, Distrito Urbano de Kikuxi, Municípiode Viana, com as coordenadas geográficas a seguir discriminadas:

São, por este meio, convocadas todas as pessoas singulares ou colectivas, que se jul-garem com direitos sobre o mesmo terreno a comprová-lo junto da Direcção Municipalde Infra-Estruturas, Ordenamento do Território e Habitação desta Administração Muni-cipal ([email protected]), no prazo de 30 dias a contar da data da publicaçãodeste Edital.

ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DE VIANA, EM LUANDA, 14 DE OUTUBRO DE 2020.

O ADMINISTRADOR MUNICIPALFERNANDO EDUARDO MANUEL

20 Sexta-feira23 de Outubro de 2020

(10.817)

CONCURSO ABERTO AOS INTERESSADOS+

As Empresas de Segurança devem ter as habilidades profissionais relevantes,experiência, recursos técnicos e capacidade financeira para fornecer os serviçosde segurança necessários para garantir um serviço de excelência.

Convidamos Empresas de Segurança a registarem-se no link abaixo e enviar a docu-mentação necessária: https://fco.bravosolution.co.uk. Notem que devem acessar olink: Provision of Security Guarding Services at British Embassy Luanda –CPG/3757/2020, ITT_3997, Project_4476Informação adicional: uma visita obrigatória será feita ao local de trabalho proposto,a Embaixada Britânica localizada na Rua 17 de Setembro n.º 4, Cidade Alta, Luanda,na segunda-feira, 26 de Outubro de 2020, às 09h00. Todos encargos relativamente àdeslocação para a visita à embaixada ficam ao encargo das Empresas de Segurançainteressadas. Para o efeito, devem informar que pretendem conhecer o local de traba-lho através do sistema Bravo ou através deste email: [email protected],até ao dia 22 de Outubro de 2020. Caso não estejam registados no sistema, não vãoconseguir efectuar a visita de campo. NOTA: Apenas serão aceites candidaturas e emails redigidos em Inglês, feitos noslinks supramencionados. A Embaixada Britânica em Luanda reserva-se ao direito ape-nas de responder à organização mais adequada e de não seleccionar nenhum presta-dor de serviço caso note que estes não estão devidamente qualificados.

(10.825)

VÉRTICES LATITUDE LONGITUDEV1 8°57'8.76" 13°22'35.33"V2 8°57'6.70" 13°22'33.33"V3 8°57'6.05" 13°22'33.76"V4 8°57'6.27" 13°22'35.93"

(10.127)

VÉRTICES LATITUDE LONGITUDEA 15º 36’ 12’’S 12º 34’58’’EB 15º 36’ 32’’S 12º 35’22’’EC 15º 37’ 00’’S 12º 35’08’’ED 15º 36’ 44’’S 12º 34’45’’E

REPÚBLICA DE ANGOLATRIBUNAL DA COMARCA DO LUBANGOSALA DO CÍVEL E ADMINISTRATIVO

ANÚNCIOO Magistrado Judicial da Sala do Cível e Administrativo do Tribunal Provincial da Huíla, LISENDERCABRAL, Juiz de Direito.No dia 6 de Julho de 2020, pelas 9 horas, na Sala do Cível e Administrativo deste Tribunal, nosautos de Execução para Pagamento de Quantia Certa, com processo Ordinário, contra os Exe-cutados Firma Joaquim Chiloia Francisco Nguendje, Joaquim Chiloia Francisco Nguendje,Aida Mateus Salomão Nguendje e José Alberto Miguel, pendente no Cartório desta Sala, hão-de ser postos em praça, pela primeira vez, para ser arrematado ao maior lanço oferecido, acimado valor que a seguir se indica, o imóvel penhorado à referida Executada e que são:

VERBA ÚNICAUm prédio rústico com hipoteca voluntária constituída e registada a favor do Exequente inscritosob o n.º do livro B-22, folhas 48 e número de Descrição em livro 7595, localizado no Bairro Co-mandante Cow-Boy, Município do Lubango, com a área total de 2.601m2, com o prédio n.º 1054,avaliado em Akz 17 773 050,49 (Dezassete Milhões, Setecentos e Setenta e Três Mil, CinquentaKwanzas e Quarenta e Nove Cêntimos).Lubango, aos 16 de Junho de 2020.

REPÚBLICA DE ANGOLAMINISTÉRIO DOS TRANSPORTES

INSTITUTO NACIONAL DA AVIAÇÃO CIVIL

EDITALO Instituto Nacional da Aviação Civil (INAVIC), ao abrigo do disposto na Lei da Aviação Civil e nosRegulamentos de Segurança Aérea de Angola, vem, pelo presente, informar que realizará no pe-ríodo de 5 e 18 de Novembro de 2020, exames teóricos para PCA, PLAA, PLA/H, e TMA, nasseguintes datas:

PCA - 5.11.20PLAA - 9 e 10.11.20PLA/H - 12.11.20TMA/ERA - 16 e 18.11.20

Os interessados deverão concluir a inscrição até ao dia 29 de Outubro de 2020.Instituto Nacional da Aviação Civil, em Luanda, 9 de Outubro de 2020.

O DIRECTORGASPAR SANTOS

(10607)

(500.1354)

O JUIZ DE DIREITOLISENDER CABRAL

A ESCRIVÃ DE DIREITOMÓNICA INDUNGU

“HR – SERVICES, LIMITADA”

ASSEMBLEIA - GERAL

Aos sócios da “HR – SERVICES, LIMITADA”

CONVOCATÓRIANos termos do artigo 275.º n.º 1 da Lei n.º 1/04 de 13 de Fevereiro - Lei das Sociedades Comercias (LSC) e do artigo8.º dos Estatutos da sociedade comercial por quotas, de direito angolano, denominada “HR – SERVICES LIMITADA”inscrita na Conservatória do Registo Comercial de Luanda, sob o n.º 261/2001, portadora do NIF 5402113726, o sócio-gerente, Sr. Angelino Manuel Mateus Estêvão, serve-se da presente para convocar todos os sócios para uma As-sembleia-Geral, com a antecedência mínima legal de trinta (30) dias, a realizar-se nesta Cidade de Luanda, Municípiode Luanda, Distrito Urbano da Maianga, Bairro Maianga, Travessa Dr. Agostinho Tomé das Neves, n.º 15 R/C, no dia10 de Novembro de 2020, a partir das 9 horas. A mesma terá a seguinte ordem de trabalhos:

Um:Alargamento do objecto social da sociedade;Dois:Alteração da sede social da firma;Três: Aprovação de cessão de quotas;Quatro: Aumento do capital social da sociedade;Cinco: Alteração dos Estatutos da sociedadeSeis: Diversos.

A presença de todos os sócios é indispensável, podendo estes fazerem-se representar por procurador, nos termosda lei.

Luanda, aos 12 de Outubro de 2020.

O Sócio-GerenteAngelino Manuel Mateus Estêvão (10375)

RECRUTAMENTO

Oferta de postos de Trabalho: A Direcção da Kosan Crisplant Angola, empresa totalmente an-golana, no ramo Industrial e Manutenção Oil And Gas, abre candidatura para admissão de duasvagas, nacionais ou estrangeiros, para sua UNG – Unidade de requalificação de garrafas de gás,Produção e fabricação de garrafas.

1º - Vaga para responsável Fabril. Linha de produção- Técnico Superior de Engenharia - Experiência Industrial mínima 5 anos

2 º - Vaga para responsável de Manutenção fabril. - Técnico superior ou Profissional. - Experiência Industrial mínima 5 anos.

Os candidatos deverão enviar suas candidaturas para o seguinte email: [email protected], Juntamente com o seu currículo Vitae.

Contacto: 923216899(10855)

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21Sexta-feira23 de Outubro de 2020

(500.1364)

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22 ÁFRICA

Breves

Sexta-feira23 de Outubro de 2020

Um tiroteio, na terça-feira ànoite, durante um protestocontra a corrupção e a bru-talidade policial, esta terça-feira (20.10), causou umnúmero incerto de vítimasem Lagos, na Nigéria. Imagenschocantes de manifestantesatingidos por disparos circulampelas redes sociais no país.

A Amnistia Internacional(AI) atribuiu os tiros às forçasde segurança e divulgou queteria recebido provas “cre-díveis e perturbadoras” deque o uso excessivo de forçaocasionou mortes em LekkiToll Gate - uma área da maiorcidade de África. A AI estaria“a trabalhar na verificação”do número de mortos.

Testemunhas disseram quehomens armados abriram fogosobre a multidão para dis-persá-la após a imposição dorecolher obrigatório com oobjectivo de acabar com pro-testos, contra abusos cometidospela Brigada Especial Anti-Roubo (SARS) da Polícia, quejá duram duas semanas.

Tiros esporádicos aindapodiam ser ouvidos na maiorcidade da Nigéria na quarta-feira de manhã, disse um jor-nalista da agência de notíciasAFP. O governador do Estadode Lagos, Babajide Sanwo-Olu, disse que 25 pessoas foramferidas, tendo duas delas rece-bido cuidados intensivos.

“Esta é a noite mais duradas nossas vidas, uma vezque forças fora do nosso con-trolo directo moveram-separa manchar com tons som-brios na nossa História”,disse Sanwo-Olu no Twitter,

Os 60 deputadosda bancadada Renamo no parlamentomoçambicano vão descontarum dia de salário, cada, paraum fundo destinado às vítimasda violência em Cabo Delgado,anunciou, ontem, o principalpartido da oposição.

“Solidarizámo-nos com asvítimas da guerra em CaboDelgado, e é por isso que vamosdescontar um dia de salário”,afirmou o porta-voz e depu-tado da Resistência NacionalMoçambicana (Renamo).

O deputado fez o anúnciodurante o discurso após ainformação anual do Prove-dor de Justiça. O porta-vozda Renamo avançou que osofrimento infligido à popu-lação de Cabo Delgado é maisuma prova de que a justiçaestá a ser negada à maioriada população moçambicana.

“De que justiça se fala,quando milhares de pessoassão obrigadas a fugir das suascasas por causa da violênciaarmada em Cabo Delgado”,questionou Arnaldo Chalaua.

O porta-voz da Renamonão especificou o valor da doa-ção dos deputados da Renamoàs vítimas de violência em

Cabo Delgado, mantendo essapostura mesmo perante ospedidos dos jornalistas no finaldo seu discurso.

O salário mensal maisbaixo de um deputado emMoçambique é de 65 milmeticais (752 euros) e o maisalto ultrapassa 100 mil meti-cais (1.157 euros).

Em Outubro, os 184 depu-tados da Frente de Libertaçãode Moçambique (Frelimo),partido no poder, descon-taram dois dias de salário,cada, e ofereceram 10 tone-ladas de produtos diversospara as vítimas da violênciaarmada em Cabo Delgado.

Além da Frelimo, com184 assentos, e Renamo, com60 deputados, tem assentona AR o Movimento Demo-crático de Moçambique(MDM), terceira bancada,com seis deputados.

A província de Cabo Del-gado é palco, há três anos,de ataques armados desen-cadeados por forças classi-ficadas como terroristas. Aviolência provocou uma crisehumanitária com mais demil mortos e cerca de 300.000deslocados internos.

divulgando fotografias delea visitar hospitais nas pri-meiras horas de quarta-feira.Vou trabalhar com o GovernoFederal para chegar à raizdeste infeliz incidente”,acrescentou.

Reacção das forças de segurançaO exército nigeriano nãoemitiu uma declaraçãodirecta, mas rotulou os relatosde soldados a disparar sobremanifestantes como “notíciasfalsas” no Twitter.

Diante da intensificaçãodos protestos contra a SARS,Sanwo-Olu tinha anunciadorecolher obrigatório indefi-nido, desde terça-feira àtarde, na cidade de oitomilhões de habitantes, depoisde ter afirmado que as mani-festações tinham sido “cap-turadas por criminosos”.

O chefe da Polícia orde-nou também que unidadesanti-motim fossem desta-cadas para todo o país. Foto-grafias e vídeos sobre oepisódio foram partilhadosnas redes sociais.

“São cinco da manhã, eainda estamos a receber cha-madas das pessoas em Lekki.Durante toda a noite, algunsesconderam-se ali perto,outros foram feridos e entra-ram em pânico”, disse noTwitter o podcaster nigerianoFeyikemi Abudu, que temestado activamente envolvidonos protestos.

Repercussão internacionalO candidato presidencialamericano Joe Biden exortouo presidente e os militares“a cessarem a violenta repres-são contra os manifestantesna Nigéria, que já resultouem várias mortes”.

“Os Estados Unidos devemmanter-se ao lado dos nige-rianos que se manifestampacificamente a favor dareforma da Polícia e procurampôr fim à corrupção na suademocracia”, disse Bidennuma declaração.

“Encorajo o governo a ini-ciar um diálogo de boa-fécom a sociedade civil, paraabordar estas queixas delonga data e trabalhar emconjunto para uma Nigériamais justa e inclusiva”.

Várias celebridades apoia-ram os manifestantes noapelo para a demissão doPresidente MuhammaduBuhari. Até terça-feira, aomenos 18 pessoas tinhammorrido nas manifestações.Os protestos têm sido mar-cados pela indignação contracrimes policiais e por amplasexigências da juventude pormudanças radicais na naçãomais populosa de África.

Esta é a noite maisdura das nossas

vidas, uma vez queforças fora do nossocontrolo directomoveram-se paramanchar com tonssombrios a nossaHistória”, disseSanwo -Oluno Twitter

VIOLÊNCIA NA NIGÉRIA CABO DELGADO

MALI

Deputados da Renamo criam fundo para vítimas

DR

Protestos contra corrupção são reprimidos com violência exagerada pelas forças da ordem

AI acusa as autoridadesde uso excessivo de força

O ex-Presidente do Mali,Ibrahim Boubacar Keita der-rubado num golpe militarem meados de Agosto -regressou a Bamako naquarta-feira à noite, apósuma visita médica aos Emi-rados Árabes Unidos. A infor-mação foi avançada pelaagencia de notícias AFP.

Keita, de 75 anos, foi detidopor militares a 18 de Agosto,e renunciou à Presidênciaalgumas horas mais tarde.Após duas semanas, a JuntaMilitar o autorizou a deixaro Mali a 5 de Setembro parareceber tratamento nos Emi-rados Árabes. O seu aviãoaterrou e o ex-Presidente foiconduzido por militares à suaresidência na capital do Mali.

“É o Presidente IBK queacaba de chegar”, disse ummembro da guarda presi-dencial do lado de fora dasua casa. Algumas dezenasde residentes locais sauda-ram-no, cantando “Vive

IBK” e “Bonne arrivée”. Asua partida para o estran-geiro para tratamento tinhasido solicitada, segundo osseus médicos, devido a umcurto AVC.

Os militares tinham expli-cado que tinham autorizadoa “evacuação médica porrazões humanitárias por umperíodo máximo de ummês”. O período poderia ser“prorrogável apenas por con-selho médico” e “não poderiaexceder três meses, caso emque o acompanhamentomédico seria feito no Mali”.

A Comunidade Econó-mica dos Estados da ÁfricaOcidental (CEDEAO) “com-promete-se a assegurar oregresso do ex-PresidenteIbahim Boubacar Keita ime-diatamente após a sua estadiamédica nas condições acimamencionadas”, afirmounuma declaração o CoronelMalick Diaw, o segundo emcomando da junta.

Presidente deposto regressa ao país

Amnistia Internacional (AI) atribui tiros às forças de segurança ediz ter “provas credíveis e perturbadoras” do uso excessivo de força

VIOLÊNCIA PÓS-ELEITORAL PROVOCA NOVEMORTOS EM CONACRIA violência continua emConacri, três dias depoisdas eleições presidenciaisde domingo. Pelo menos,nove pessoas morreram emconfrontos entre apoiantesda oposição e as forças desegurança. Entre as vítimasmortais está um agente da Polícia.Em comunicado, oMinistério do Interiorrefere-se aos confrontoscomo uma “estratégia decaos (que foi) orquestradapara prejudicar as eleiçõesde 18 de Outubro”.Na segunda-feira, oopositor Cellou DalienDiallo declarou que venceuas presidenciais, mas aComissão EleitoralNacional Independente daGuiné-Conacri (CENI)considerou o anúncio“prematuro”. Na terça-feiraà noite, a CENI anunciou osresultados de quatro dos38 círculos eleitorais. Alpha Condé, que concorrea um terceiro mandato na Presidência, venceu nos quatro.

MOÇAMBIQUEFORÇAS DO GOVERNO OCUPAM POSIÇÕES DE REBELDES EMCABO DELGADO As forças de defesa e segurança (FDS)moçambicanas e veteranosda luta de libertaçãotomaram posições derebeldes em Cabo Delgado,numa ofensiva realizadaentre segunda e terça-feira,anunciou quarta-feirao portal Notícias da Defesa na Internet.Os relatos de uma investidasobre insurgentes nasmatas de Auasse, nodistrito de Mocímboa da Praia, são referidos poroutras fontes, sendo queo portal Notícias da Defesaanuncia que 270 rebeldesterão sido abatidos.Auasse fica a cerca de 40quilómetros de Mocímboada Praia, vila costeira queem meados de Agosto foiocupada por insurgentes,sendo desde entãodisputada a informaçãosobre quem controla alocalidade e o seu cais.

Ao todo, o Governomoçambicano e asorganizações de socorro,nomeadamente asagências das NaçõesUnidas, apontam para umtotal de 300 mil deslocadosdevido ao conflito armadoem Cabo Delgado.

DR

DR

Ibrahim Boubacar Keita voltou após tratamento no exterior

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23Sexta-feira23 de Outubro de 2020

DR

Joe Biden e Donald Trump confrontaram ideias esta madrugada

O director dos Serviços deInformação dos EUA disse,na quarta-feira, que Irão eRússia obtiveram informa-ções dos eleitores e estão atentar interferir nas presi-denciais de 3 de Novembro.“Queremos alertar o públicode que identificámos doisactores estrangeiros, Irão eRússia, que tomaram acçõesespecíficas para influenciara opinião pública em relaçãoàs nossas eleições”, afirmouJohn Ratcliffe durante umaconferência de imprensa.Segundo o responsável,

tanto a Rússia quanto o Irãoacederam a dados de eleitoresdos EUA, informações queTeerão já teria usado paraprejudicar o Presidente,Donald Trump. “Já vimos oIrão a enviar e-mails falsoscom o objectivo de intimidaros eleitores, incitar tensõessociais e prejudicar o Pre-sidente”, adiantou.Em relação à Rússia, o

director nacional dos Serviçosde Informação disse não haverprovas até ao momento deque tenha utilizado as infor-mações que obteve.“Esses dados podem ser

usados (...) para se tentar darinformações falsas aos elei-tores registados, na esperançade semear confusão e o caos,e minar a confiança na demo-cracia americana”, explicou. As declarações de Ratcliffe

ocorrem depois de eleitoresdemocratas em estados comoFlorida ou Alasca receberem'e-mails' intimidatórios nosúltimos dias, supostamenteenviados pelo grupo deextrema direita Proud Boys.Os e-mails, que os Estados

Unidos disseram terem sidoenviados pelo Irão, orde-nando os democratas a vota-rem em Trump.Na mesma conferência de

imprensa, o director do FBI,agência encarregada de garan-tir a segurança eleitoral, disseque “não vai tolerar interfe-

rência estrangeira” nas elei-ções norte-americanas.“Trabalhámos durante

anos para construir resiliên-cia na nossa infra-estruturaeleitoral e hoje essa infra-estrutura continua forte. (...)Podem estar confiantes deque o seu voto conta”, asse-gurou Christopher Wray.

Falta de seriedadeO antigo Presidente dos Esta-dos Unidos, o democrataBarack Obama, acusouontem o sucessor, o repu-blicano Donald Trump, denunca ter levado o cargo “asério”, e apelou à mobilizaçãoem favor do candidato demo-crata, Joe Biden.“Não é um reality show, é

a realidade”, vincou Obama,durante um discurso em Fila-délfia, citado pela agênciaFrance-Press (AFP), acres-centando que os norte-ame-ricanos têm de “viver com asconsequências” das decisõesde Trump, que foi “incapazde levar o cargo a sério”.“'Tweetar' enquanto se

vê televisão não resolve osproblemas” do país, criti-cou o ex-chefe de Estadonorte-americano.As eleições presidenciais

estão agendadas para 3 deNovembro. Na corrida estão oactual Presidente e Joe Biden,que a pouco mais de duas sema-nas do sufrágio está à frente deTrump nas sondagens.Depois do primeiro debate,

que foi considerado caóticoe pouco esclarecedor para oseleitores indecisos, e do can-celamento do segundofrente-a-frente por causade Trump ter contraído aCovid-19 - que foi substituídopor outro formato -, o terceiroe último debate decorreuesta madrugada.Desta vez, os microfo-

nes dos dois candidatosforam silenciados, até quefoi necessária a discussãoentre ambos.

Irão e Rússia acusadosde nova interferência

A oposição democrática naBielorrússia venceu, estaquinta-feira, o Prémio Sakha-rov para a Liberdade de Pen-samento de 2020, anunciouo presidente do ParlamentoEuropeu, David Sassoli.“É com grande honra que

informo que a conferênciade presidentes decidiu atri-buir o prémio Sakharov paraa Liberdade de Pensamentoaos representantes da opo-sição na Bielorrússia”, afir-mou David Sassoli.“Queria congratular os

representantes da oposiçãoda Bielorrússia pela coragem,resiliência e determinação,já que encarnam no quotidianoa defesa da liberdade deexpressão e pensamento queo Prémio Sakharov gratifica,e continuam a mostrar-sefortes perante um adversáriomuito potente. Aquilo queos ajuda é que a violêncianunca poderá ganhar”,salientou o presidente doParlamento Europeu.O prémio distingue o Con-

selho de Coordenação da Bie-lorrússia, qualificado pelo PEcomo uma “iniciativa demulheres corajosas e figurasda sociedade civil e política”,e que engloba diferentes per-sonalidades, como a recentecandidata à presidência dopaís, Svetlana Tikhanovskaya,ou a laureada com o PrémioNobel da Literatura em 2015,Svetlana Alexijevich.Referindo que “os gran-

des protestos nas ruas daBielorrússia comoveram omundo e já estão em cursohá 11 semanas”, o presidentedo PE sublinhou tambémque “à medida que aumentaa admiração perante a popu-lação bielorrussa”, aumentatambém a “condenação dasrepresálias violentas de

Lukashenko (presidenteda Bielorrússia), os actosde tortura e de negaçãoda verdade”.“Caros laureados deste

prémio, mantenham-se for-tes, não renunciem às vossasbatalhas, e nós estaremosdo vosso lado”, apontou.A UE reitera a condenação

à violência e apela às auto-ridades da Bielorrússia paraque libertem todos os detidose se empenhem num diálogonacional inclusivo.O presidente do Conselho

Europeu, Charles Michel,também reagiu ao anúncioatravés da sua conta oficialna rede social Twitter. “OPrémio Sakharov deste anorecompensa a coragem daoposição na Bielorrússia ehomenageia a sua luta pelademocracia e liberdade”, afir-mou Charles Michel no 'tweet'.

O Alto Representante da UEpara a Política Externa, JosepBorrell, também congratu-lou os laureados em nomeda Comissão.“O Prémio Sakharov vai

para todos aqueles na Bie-lorrússia que defendemdestemidamente a demo-cracia e os direitos funda-mentais face à repressão.A UE saúda a coragem eapoia totalmente as suas

ambições”, salientou Borrellna mensagem no Twitter.A entrega do prémio está

prevista para 16 de Dezem-bro, durante a sessão plenáriaque deverá ocorrer emEstrasburgo, França, e temo valor de 50 mil euros.Além da oposição bielor-

russa, eram também finalistasa ambientalista hondurenhaBerta Cáceres e os activistasde Guapinol, e o arcebispode Mossul (Iraque), NajibMikhael Moussa.O grupo de activistas

ambientais de Guapinolencontra-se detido pela par-ticipação num acampa-mento de protesto pacíficocontra uma companhiamineira, cuja actividadeprovocara a contaminaçãodos rios Guapinol e SanPedro, na Guatemala.Berta Cáceres, incluída

na categoria dos activistasGuapinol, foi assassinadaem 2016, nas Honduras,após ter protestado contraa extracção ilegal de madeirae a apropriação de terrasdas populações indígenas.Já o arcebispo da cidade ira-quiana de Mossul, ajudouà retirada de cidadãos cris-tãos, sírios e caldeus parao território iraquiano recla-mado pelos curdos e, desde1990, contribuiu para a sal-vaguarda de mais de 800manuscritos históricos quedatam dos séculos XII e XIX.A União Europeia (UE)

recusa-se a reconhecer osresultados eleitorais de 9 deAgosto na Bielorrússia, quederam como vencedor Alek-sander Lukashenko, com80 por cento dos votos, tendoaprovado um pacote de san-ções a várias personalidadesdo regime, incluindo o pró-prio Lukashenko.

“Queria congratularos representantes

da Bielorrússia pelacoragem, resiliênciae determinação, jáque encarnam no

quotidiano a defesada liberdade de

expressão epensamento”

LIBERDADE DE PENSAMENTO

DR

União Europeia atribuiu distinção a representantes do movimento divergente bielorrusso

Oposição na Bielorrússiavence Prémio Sakharov Parlamento Europeu distingue Conselho de Coordenação da Bielorrússia pela “coragem, resiliência e determinação”

ELEIÇÕES/EUA

MUNDO

China e Vaticano renovam acordosobre nomeaçãopor dois anos

BISPOS

A Chinaanunciou, ontem,a renovação de um acordopreliminar com o Vaticanosobre a nomeação de bispos,um ponto de discórdia hádécadas entre a Igreja Cató-lica e o Governo chinês.“A China e o Vaticano

decidiram, após consultasamistosas, estender o acordotemporário sobre a nomea-ção de bispos por dois anos”,disse o porta-voz da diplo-macia chinesa, Zhao Lijian,aos jornalistas.Pequim e o Vaticano assi-

naram um acordo emSetembro de 2018, que deve-ria encerrar quase 70 anosde uma disputa centradaem torno da nomeação debispos. O texto, com duraçãoprovisória de dois anos, pre-via a sua renovação.Os católicos da China

há muito se dividem entreuma Igreja “clandestina”,ilegal aos olhos de Pequime tradicionalmente fiel aoPapa, e uma Igreja “patrió-tica”, subserviente aoregime comunista.Sob o acordo de 2018,

o Papa Francisco reco-nheceu oito bispos ori-ginalmente nomeadospor Pequim sem a suaaprovação. Por outro lado,pelo menos dois antigosbispos da Igreja “clan-destina” foram reconhe-cidos por Pequim.Mas as concessões ofe-

recidas por Roma não faci-litaram a vida dos seguidoresda Igreja “clandestina”,que supostamente cons-tituem cerca de metadedos cerca de 12 milhões decatólicos chineses.Os católicos chineses,

como outros crentes, têmenfrentado uma políticade “tornar tudo chinês”há vários anos. Isso vê-sena destruição de igrejasou cruzes colocadas notopo dos edifícios, bemcomo no encerramento deescolas católicas.Apesar de tudo, o Papa

Francisco, que no passadoevocou seu “sonho” de irà China, busca restabeleceros laços com o regime, quehavia sido cortado diplo-maticamente em 1951.A China e a Santa Sé

“continuarão a comuni-car-se e a se consultarestreitamente, e continua-rão impulsionando o pro-cesso de melhoria dasrelações”, disse Zhao.O Vaticano é um dos últi-

mos 15 Estados do mundoa reconhecer o Governo deTaiwan, uma ilha governadapor um regime rival dePequim desde 1949, masda qual a China Popularamargamente reivindicasoberania. O catolicismoenraizou-se na China apartir do século XVI, coma presença de missionáriosjesuítas, notadamente oital iano Matteo Ricci(1552-1610).

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ICOLO E BENGO

Alberto Quiluta

As mulheres rurais do muni-cípio do Icolo e Bengo, pro-víncia de Luanda, solicitaram,ontem, mais acções forma-tivas sobre boas práticas daagricultura, de modo amelhorar e promover odesenvolvimento na produ-ção agrícola e o escoamentodos produtos.O apelo foi feito no acto

da abertura da Jornada daMulher Rural, que decorreuem todo o país, até 31destemês. A actividade, uma pro-moção da Direcção Nacionalde Políticas Familiares eIgualdade de Género, serviupara auscultar as principaispreocupações desta camadada sociedade do municípiode Icolo e Bengo. Sob o lema “Empoderar

a Mulher Rural é promovero desenvolvimento local ediversificação da economia”,as mulheres de Icolo e Bengoapontaram a degradação dasvias como a principal difi-culdade para o escoamentodos produtos do campo paraos principais mercados.Em resposta, a directora

Nacional das Políticas Fami-liares e Igualdade de Género,Santa Ernesto, disse que amulher rural ocupa um lugarimportante na sociedade e,por isso, deve ser valorizada,mesmo que não tenha for-mação, pelo facto de 40 porcento destas estarem em plenaactividade com uma produçãode 80 por cento no país.Santa Ernesto considera

que para se atingir tal meta

requer investimento, refor-mas legais, políticas de inclu-são das mulheres rurais nasdecisões que afectam as suasvidas, no bem-estar, meiosde subsistência e resiliênciadas mulheres rurais.A responsável do MAS-

FAMU disse que as mulheresrurais representam a metadeda população e, por isso, sãoconsideradas importantesna busca diária de soluções,no que diz respeito à energia,produção de alimentos, edu-cação e gestão de recursos. O vice-governador de

Luanda para o sector Econó-mico, Lino Sebastião, pediuunião entre as cooperativase aconselhou as mulherescamponesas no meio ruralda província a organizarem-se para obterem melhor bene-fício dos apoios do Governo.Já a representante das

mulheres rurais no municípiode Icolo e Bengo, MargaridaSolinga, também vencedorado prémio da mulher demérito municipal, disse queno ano passado existia nalocalidade 300 associaçõese ONG que acabaram pordesaparecer com o fim doprojecto de emergência.A feira da mulher rural no

município de Icolo e Bengocontou com seis cooperativas,com destaque para Kakaluca(Quissama), Agrícola Paciên-cia (Quiminha), AgrícolaPecuária dos CamponesesCambembeia (Cassoneca),Agrícola e Pecuária NemaKiocamba (Cassoneca), Agro-pecuária e Avícola dos Sacri-fícios e a Agroactivo (Catete).

Mulher rural defendea promoção da agricultura

Livro é lançado hojena União dos Escritores

24 SOCIEDADE Sexta-feira23 de Outubro de 2020

DESENTENDIMENTO ENTRE OS “HOMENS DA SERINGA”

“COMO VENCER O MAL DESTE SÉCULO”

A bastonária da Ordem dosMédicos de Angola, ElisaGaspar, disse que nunca seregistou na organização des-vio de fundos e alega que foicriada, há algum tempo, umacabala para a sua destituição,porque os colegas de direcçãoexigiam salário mensal. Para a médica, a sua demar-

cação durante a marcha pelamorte do médico Sílvio Dalaé, apenas, uma capa de outrasintenções que havia paratomar de assalto a Ordemdos Médicos. “Quando começámos a

trabalhar, muitos pensaramque, na Ordem, havia muitodinheiro. Por duas vezes,disseram-me, em reunião,que tinham de os pagarsalário”, disse a médica,lembrando que se retirouda marcha porque os cole-gas exigiam que a organi-zação fizesse um combateao Governo. “Indicámos, na altura,

um médico-legista paraacompanhar a autópsia, masos colegas disseram quecumpririam uma decisão doSindicato dos Médicos paradepositar as batas na sededa Ordem”, esclareceu. Em c on f e rên c i a d e

imprensa, realizada ontem,a bastonária forneceu ummaço de documentos comcerca de 50 páginas paramanifestar a sua inocênciaem relação ao desvio de fun-dos. Ao assegurar que estáa ser vítima de calúnia e difa-mação , in formou que ,enquanto bastonária, nãorecebe salário e o que ganhavem do Ministério da Saúde,na qualidade de médica naMaternidade Lucrécia Paim. “Aqui trabalhamos volun-

tariamente. Ninguém ganhasalário”, garantiu Elisa Gas-par, que acrescentou quecolegas da Ordem escreve-ram a instituições para pedirpatrocínio, sem o consen-timento da bastonária. Alguns membros de direc-

ção escreveram à ministrada Saúde , s o l i c i t andodinheiro que seria utilizadopara fins pessoais. Elisa Gas-par conta que só tomouconhecimento mediante umacomunicação da ministraSílvia Lutucuta, por isso os

falsificadores e caluniadoresvão responder à justiça. “O meu director do gabi-

nete falsificou documentos,foi exonerado e é uma daspessoas que está a fazercalúnia. Alegou que eu tinhadesviado 19 milhões deKwanzas”, afirmou, reve-lando que outros documentosda organização foram extra-viados por um técnico finan-ceiro que, depois de estarquatro meses ausente dolocal de trabalho, sofreu des-contos justos no salário. Depois do processo dis-

ciplinar, o funcionário demi-tiu-se, levando as pastas dedocumentos da Ordem. “Deuas pastas a um colega queestá a ser usado, com recursoà falsificação e montagem,para denegrir a organização”. “Eles estão a montar os

documentos”, denunciou,sublinhando que há umaambição desmedida por partede alguns colegas que pen-saram ser a Ordem um lugarpara ganhar dinheiro. Os 19 milhões de Kwan-

zas atribuídos pelo Minis-tério da Saúde, que algunsmembros apontam ser des-viado, serviu para pagarsa lár ios em at raso , naordem de 10 milhões deKwanzas, e aquisição de

equipamentos informáticos. Os documentos em posse

do Jornal de Angola fazemreferência a relatórios emapas de despesas correntesde 2019, ordem de saque,gastos com os eventos rea-lizados, relatório de viageme cópia do bilhete de passa-gem da bastonária para oBrasil, patrocinado por aquelepaís da América do Sul, ecópias de processos disci-plinares submetidos a algunsfuncionários por má conduta.

Segundo Elisa Gaspar,encontrou uma dívida de 21milhões de Kwanzas naOrdem dos Médicos de Angola. Ao afirmar que o Conselho

Norte nunca esteve dispo-nível para trabalhar, disseque não vai desistir do man-dato, uma vez que ganhouas eleições democráticas noseio da organização. Pediu a união dos médi-

cos para combater à Covid-19, dizendo que a destituiçãopode acontecer, mas deveser com base nas normas.“Temos os tribunais pararesolver, sobretudo noscasos de omissão nos esta-tutos”, indicou. Elisa Gaspar disse que o

número de médicos que rea-lizou a assembleia para a suadestituição não totaliza 10%dos médicos do ConselhoRegional Norte, e afirmouque a maioria dos médicosnão paga quotas. Nesta altura, os médicos

começam a beneficiar deseguro bonificado de res-ponsab i l i d ade s o c i a l ,devendo comparticipar com50%, numa parceria entre aOrdem dos Médicos e a ENSA. O jurista da Ordem dos

Médicos, Gabriel Correia,disse à imprensa que aassembleia do ConselhoRegional Norte é uma mani-festação de proposta, que sóé válida se passar pelo Con-selho Nacional Executivo,dirigido pela bastonária.

Alguns membrosde direcçãoescreveram à

ministra da Saúde,solicitando dinheiroque seria utilizadopara fins pessoais.

Elisa Gaspar conta que só

tomouconhecimentomediante umacomunicação daministra Sílvia

Lutucuta

A bastonária Elisa Gaspar apresentou à imprensa documentos para manifestar inocência

Bastonária nega desvio de fundos na Ordem dos Médicos de Angola Elisa Gaspar assegura que não vai abandonar o cargo de bastonária porqueconcorreu e foi eleita democraticamente pela classe médica há dezoito meses

A obra “Como vencer o maldeste século”, da autoria daangolana Jandira Adão, élançada hoje, pelas 16h30,na União dos Escritores ango-lanos (UEA), em Luanda.

Em declarações à Angop,Jandira Adão disse que setrata de uma obra de auto-ajuda destinada a auxiliaras pessoas a vencerem osproblemas de depressão e

bipolaridade, mal que temassolado e ceifado milharesde vidas.De acordo com a autora,

a publicação do l ivro émotivada pelo facto de terpassado, em 2017, por umquadro depressivo e bipo-lar, levando-a a escrevero livro onde conta a suaexperiência.Afirma ter passado por

uma fase com várias tenta-tivas de suicídio. No livroconstam depoimentos de

duas mulheres, uma que teveuma depressão pós parto,outra com depressão e bipolar(vítima de abusos sexuaispor parte de um irmão).A obra foi editada pela

Legis Suma Ltda- Brasil enuma primeira fase estará àdisposição do público 300exemplares. Jandira Adão é formada

em Engenharia de RecursosNaturais e Ambiente, pelaUniversidade Independentede Angola.

SANTUÁRIO DOS IMBONDEIROS

Detidos em tumulto conhecem sentença

Roque Silva

As mais de 40 pessoasdeti-das na sequência dostumultos registados naterça-feira, no Santuáriodos Imbomdeiros, arredoresda Centralidade do Sequele,vão conhecer hoje a sen-tença, no Tribunal Municipalde Cacuaco, em Luanda.Os detidos respondem,

desde quarta-feira, peloscrimes de ofensas corporais,destruição de bens públicose danos materiais praticadosna via pública, em retaliaçãoà demolição, por efectivosda Fiscalização do municípiode Cacuaco, de casebresconstruídos ilegalmente, noSantuário dos Imbondeiros.Do grupo, constam ainda

cidadãos acusados de ocu-pação e construção ilegalde terrenos, por efectivosda Polícia Nacional, cha-mados a intervir no tumulto.Uma fonte do Tribunal

Municipal de Cacuaco disse,ao Jornal de Angola, quederam, igualmente, entrada

naquela instituição nove pro-cessos de indivíduos que res-pondem por desacato, depoisde terem criado barricadase atearem fogo nos dois sen-tidos da via principal de acessoà Centralidade do Sequele.No tumulto, um cidadão

perdeu a vida por disparode arma de fogo e três outrosficaram feridos.OJornal de Angolaapu-

rou que alguns casebres,construídos ilegalmente,estão a ser demolidos porelementos dos Serviços deFiscalização do municípiode Cacuaco, numa opera-ção que envolve as Forçasde Defesa e Segurança eque deve prosseguir nospróximos dias.Ontem, um grupo de

aproximadamente 200 pes-soas deslocou-se à Esquadranº 1 do Sequele para se intei-rar da situação carceráriados seus familiares, detidosno tumulto. Os mesmosproferiram ameaças aosagentes da Polícia Nacionale das Forças Armadas.

KINDALA MANUEL| EDIÇÕES NOVEMBRO

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Mateus Cavumbo

O B a n c o d e Fo m e n t oAngola (BFA) lidera a quotade bancarização dos mer-cados informais de Luanda,secundados pelo BancoAngolano de Investimentos(BAI) e Banco BIC. No mercado do Asa Branca,o BFA lidera com 18,1%,BIC (18,1%), BPC (16%),BAI (11,1%) e BSOL (10,4%).Nos Congolenses, o BFAcom 21,9%, BAI (17,6%),BIC (11,2%), BCI (9,1%) eBMA (9,1%), enquanto noCatinton o BIC lidera com23,9%, BFA (22,5%), BMA(16,9%), BPC (11,3%), BSOL(7%) e BAI (7%). Já no mercado do Kikolo 1,o BFA tem maior quota com22,7%, BAI (19,1%), BMA(15,2%), BIC (10,5%) e BSOL(9,4%) e no Kikolo 2: BAI(29,2%), BFA (13,6%), BIC(13,3%), BSOL (12,1%) eBMA (11,2%). O BFA estáem primeiro com (25,9%)no Mercado do 30, a seguiro BIC (22,2%), BPC (15,4%),BSOL (11,7%) e BMA (9,3%). Os números apresen-

tados constam dos prin-cipais resultados dosinquéritos relativos àinclusão financeira rea-lizados pelo ConselhoNacional de EstabilidadeFinanceira (CNEF) no mer-cado popular do “Km 30”,Kikolo, Asa Branca, Con-

golenses e Mercado 1.º deAgosto (Catinton), e trans-creve também as recomen-dações resultantes da análisedos resultados. Os inquéritos, a serem

lançados hoje no site doCNEF, foram criados poruma equipa do SecretariadoExecutivo do CNEF e rea-lizados em parceria com oBanco Nacional de Angola(BNA), a Comissão do Mer-cado de Capitais (CMC), aAgência Angolana de Regu-lação e Supervisão de Segu-ros (ARSEG) e o InstitutoNacional de Defesa do Con-sumidor (INADEC), emMarço de 2020, tendo con-sistido no questionamentode 2.940 pessoas, num uni-verso estimado de 25.000comerciantes.

Conta bancária por sexoNos mercados, apurou-seque 51,3 por cento doshomens e 29,4 por centodas mulheres têm contabancária. O banco BAI é omais eleito pelos homense o BFA pelas mulheres. Noentanto, segundo o estudo,mais de 90 por cento doshomens e mulheres nãotêm seguro, mas entre oshomens (8%) há maistomadores de seguro do queentre as mulheres (4%). Oshomens (60%) poupammais do que as mulheres(56%) e, apesar do baixo

grau de endividamento, asmulheres (19%) estão maisendividadas do que oshomens (14%).O inquérito avança que

mais de 38,1% dos comer-ciantes obtiveram créditomais de 10 vezes. Na gene-ralidade, o crédito é pes-soal ou contraído pelakixiquila e o montante éigual ou inferior a Kz 17,8por cento, mais de 5 vezese 16,8, entre 3 a 5 vezes.

OperaçõesQuanto à realização de tran-sacções comerciais, a uti-lização de dinheiro físicorepresentou 88,2% dasoperações de pagamento,tendo a utilização do TPAcorrespondido a 1,2% dototal das operações, mas80% dos comerciantes gos-tariam de disponibilizaraos seus clientes essemétodo de pagamento. Os comerciantes banca-

rizados (66%) poupam maisdo que os não bancarizados(44%) enquanto os comer-ciantes bancarizados obti-veram montantes de créditosignificativamente maiselevados do que aquelesque estão excluídos do sis-tema bancário. O inquérito revela ainda

que apenas 17,6% dosinquiridos bancarizados e1,7% dos não bancarizadosobtiveram crédito por via

bancária e os comerciantesbancarizados (38%) sãomais propensos a venderos seus produtos/serviçosonline do que os não ban-carizados (21%).

Método de pagamento O dinheiro físico em todosos mercados predomina opagamento. No Mercadodo 30 e do Catinton, 99,8%e 97,3% das operações depagamento, respectiva-mente, são transaccionadascom dinheiro físico. No AsaBranca, 86,1%, Congolen-ses, 82,1%, Kikolo 2, 79,6%e no Kikolo 1, 81,3%.Quanto ao pagamento

digital há o registo de 35 casos,sendo o Kikolo 1 o mercadoonde mais se verificam uti-lizadores deste método depagamento, seguido doKikolo 2, com 10 casos. NoCatinton foram observadosapenas 2 casos, no Asa Branca4 e nos Congolenses 5. Nãose verificaram pagamentosdigitais no Mercado do 30,segundo o inquérito. Em relação ao pagamento

por via de TPA verificam-se mais casos nos mercadosdo Kikolo 2, Kikolo 1 e AsaBranca, com uma taxa deutilização de 1,4%, 1,3% e1,1%, respectivamente. Emtodos os mercados, mais dedois terços dos comerciantesgostariam de ter um TPApara receber pagamentos.

INCLUSÃO FINANCEIRA

BFA lidera quota nos mercados informais

Os inquéritos a apresentar hoje apuraram que 51,3 por cento dos homens e 29,4 por cento das mulheres têm conta bancária

VIDEOCONFERÊNCIA

A “SegurançaAlimentar e Agri-cultura Sustentável” é o temado 4° fórum virtual, promovidopela Academia de Santa Cata-rina, com apoio do GovernoBritânico, a realizar-se na pró-xima segunda-feira, 26.Este evento pretende mobi-

lizar Angola junto dos mercadosinternacionais e apoiar na faci-litação do crescimento e desen-volvimento sustentável no país.“A demanda actual de pro-

dução de milho é de 4.500 tone-ladas, mas a produção localsatisfaz menos de 40 por cento.Para alcançar a sustentabilidadee resiliência agrícola em Angola,devemos empregar práticas ino-vadoras que irão reduzir as lacu-nas de produtividade, que aindapermanecem significativas”,fundamenta a ASC a opção daabordagem escolhida.De acordo com o programa

a que o Jornal de Angola teveacesso, o painel de oradoresinclui a embaixadora Britânicaem Angola, Jessica Hand, o PCA

da AIPEX e ZEE, António Hen-riques da Silva e o membro daAdministração do PresidenteBarack Obama, como membrodo Conselho Consultivo paranegócios em África, & CEO daHello Tractor, Jehiel Olivier.Ainda a expert regional em agro-negócios da ONU para a Ali-mentação e Agricultura (FAO),Barbora Hladka, o CEO do BDA,Henda Inglês, o fundador daAgroPortal, Chris Masters e odirector de Estratégia do sectorde Alimentos & Agro-negócioda Grupo CDC, instituição finan-ceira de desenvolvimento comseis mil milhões de activos sobgestão, Sami Khan. A Co-Fun-dadora da Academia Santa Cata-rina (ASC), Lilian Sousa, vai sera anfitr iã e moderadora doevento. Esta sessão tem comoobjectivo abordar questões-chave sobre como maiores esfor-ços e inovação são urgentementenecessários para aumentar deforma sustentável os rendimen-tos das colheitas.

Segurança alimentar conta com apoio britânico

NOVO REGIME JURÍDICO

Algumas empresasdo sector petro-lífero têm o processo de angolani-zação atingido acima dos 75 porcento, ultrapassando a meta definidainicialmente que é de 70 por cento. O dado foi avançado pelo director

Nacional de Formação e ConteúdoLocal do Ministério dos RecursosMinerais, Petróleo e Gás, DomingosFrancisco, quando comentava sobreo novo regime jurídico, aprovadoem Agosto pelo Governo, cuja publi-cação em Diário da Republica (ISérie n. 167), aconteceu na terça-feira desta semana. O responsáveldisse que, fruto da implementaçãodos pressupostos da legislação emreferência, já se constata algumasempresas internacionais cuja lide-rança são angolanos. Questionado se haverá maior

eficácia na prática com a entradaem vigor do regime jurídico do con-teúdo local do sector petrolíferoangolano, afirmou que ajudará noreforço do posicionamento da ango-lanização, considerando ser umprocesso que tem já os pés bemassentes ao abrigo do Decreto-Leinº 17/09, de 26 de Junho. Domingos Francisco considerou

que a grande novidade é que existe,pela primeira vez, um diplomaespecífico sobre o conteúdo local.Nele, concentra a questão do Regimede Preferência que dá uma certavantagem às empresas nacionais,mas não descurando as bases fun-damentais da concorrência. Parase preferir as empresas nacionaisem concursos públicos, deve-seolhar para a sua maturidade com-petitiva, quer em termos técnicos,quer em termos financeiros.Relativamente às empresas inse-

ridas no sector, disse que ainda hámuito por se fazer. A capacidadefinanceira e o “know-how” cons-tituem a maior barreira para a inser-ção efectiva das empresas doConteúdo Local no sector. “Já temosalgumas com uma certa capacidadecompetitiva, mas a ausência deuma lei que as assegurasse fez com

que perdessem contratos e, con-comitantemente, a perda dos prin-cipais quadros. Desta feita, asexperiências das empresas nacionaisvão se diminuindo e dando primaziaàs empresas internacionais emresultado de terem vantagens finan-ceiras e tecnológicas”. O sector petrolífero é bastante

dinâmico e dentro da cadeia devalores tem infinitas actividadesa serem desenvolvidas pelasempresas nacionais. Com a divul-gação do diploma em questão,sublinha Domingos Francisco, hámaiores probabilidades das empre-sas locais serem inseridas no “corebusiness” do sector. Actualmente,há o registo de acima de 700 empre-sas nacionais das quais apenasduas são operadoras, nomeada-mente, a Sonangol P& P e a Somoil. A Agência Nacional de Petróleo

e Gás (ANPG) vai gerir o processoe o Ministério de tutela terá a missãode fiscalizar os actos de gestão doconteúdo local. O processo teve vários debates

para se chegar a versão final dalegislação do conteúdo local. “Temosfé que sai o nosso país a ganhar por-que permitir-nos-á arrecadar maisreceitas e mais emprego como resul-tado da entrada e afirmação dasempresas locais no sector”, concluiDomingos Francisco.O diploma, que define o novo

regime jurídico aplicável ao con-teúdo local no sector, é apresentadona sequência das áreas prioritáriasprevistas no PDN 2018-2022, bemcomo da necessidade de se pro-mover o uso e serviços de origemnacional na indústria petrolífera.Quanto aos trabalhadores, o regimedefine que as entidades devemfazer a contratação de nacionaispara garantir a necessária formaçãotécnico-profissional e a prestaçãode condições salariais e sociaiscompatíveis com a sua qualifica-ção, sendo proibido qualquer tipode discriminação.

Mateus Cavumbo

Angolanização do sectorpetrolífero cresce a bom ritmo

Silvino Fortunato/Ambuila

O centro turístico doNzenzo, localizado no his-tó r i co mun ic íp io deAmbuila, província do Uíge,está ao abandono, pornecessitar de significativosinvestimentos, que afugentaos turistas, disse ao Jornalde Angola, o administradorlocal, Pedro Zó.As d ificuldades de

acesso, a falta de infra-estruturas de acolhimentodos turistas e outros ser-viços ligados ao lugar delazer foram apontadoscomo as principais razões

que afugentam quem querque se interesse em visitaro recinto.“Além das suas carac-

teristicas naturais, domi-nadas por furnas, quedasde água cristalinas e outrosactractivos, o Nzenzo comolugar turístico não dispõede outras infra-estruturasadicionais, para acomodare atrair os visitantes”, subli-nhou Pedro Zó, tendo porisso convidado o investi-

mento privado a intervirneste ramo.Defendeu ser o momento

para os empresários come-çarem a olhar também parao investimento ao sector turís-tico, que, ao seu ver, podeser uma grande fonte de arre-cadação de receitas, quer parao interece individual, querpara os cofres públicos.O administrador preci-

sou que o centro turísticodo Nzenzo necessita de uni-

dades hoteleiras de médiaou de pequenas dimensões,resotes e estabelecimentoscomerciais que possamcorresponder ao interessedos visitantes. As Grutas do Nzenzo

ficam a cerca de sete qui-lómetros do centro da vilade Ambuila, dominadas porcantinas, que vendem,sobretudo, produtos da cestabásica e outros de interesseda comunidade rural.

25Sexta-feira23 de Outubro de 2020ECONOMIA

Grutas do Nzenzo perde turistas UÍGE

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26 Sexta-feira23 de Outubro de 2020ECONOMIA

INDÚSTRIA EXTRACTIVA

A actividade de exploraçãode ouro, embora residualno país , é responsávelainda este mês pela expor-ta ç ão d e 3 3 q u i l o s d ominério, totalizando 55qu i l o s j á vend ido s aoestrangeiro, depois de umprimeiro carregamento depouco mais de 20 quiloshá alguns meses.Uma fonte da Direcção de

Geologia do Ministério dosRecursos Minerais, Petróleoe Gás esclareceu ao Jornalde Angola que a extracçãode ouro em Angola , noperíodo pós-Independência,é matéria nova.Segundo a fonte, o início

dessa actividade, apesar deainda ser residual, é ummarco e alinha-se com aestratégia de diversificaçãode recursos exportáveis. Os dados do sector avan-

çam que, neste momento,a actividade desenvolve -se no município de Chi-pindo, província da Huíla,existindo outros projectosem prospecção avançada,com destaque para o Sam-boto, no Huambo.

Pólo diamantífero O Polo de DesenvolvimentoDiamantífero de Saurimofica pronto em meados de2021 , ga rant iu sábadoúltimo, naquela cidade, oministro dos RecursosMinerais, Petróleo e Gás,Diamantino Azevedo. O ministro, que falava à

margem da visita do Pre-sidente da República, JoãoLourenço, àquele empreen-dimento em construção,destacou as valências dopólo como potencial gera-dor de emprego.

Nova exportação de ouro

CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO

Secretário de Estado para o Planeamento, Milton Reis

PRIMEIRA QUINZENA DE NOVEMBRO

O Plano Anual (PA) 2021, acomponente do Plano deDesenvolvimento Nacional(PDN) 2018-2022 para opróximo ano, foi apresentadaao Ministério das Finançasna quarta-feira, devendo serapreciado pela ComissãoEconómica do Conselho deMinistros na primeira quin-zena de Novembro.A informação foi avançada

pelo secretário de Estadopara o Planeamento, MiltonReis, durante o “briefing”bissemanal com jornalistas,ontem consagrado ao balançodas actividades executadaspelo pelouro do Planeamentono período de 8 a 22 do cor-rente mês de Outubro.As informações concedidas

por Milton Reis indicam queo documento a ser adoptadopela Comissão Económica doConselho de Ministros prevêa implementação de 8.809acções prioritárias, com vistaa concretizar 345 metas de 182objectivos em seis eixos.No domínio do desenvol-

vimento humano e bem-estar, o primeiro eixo, estãoconcebidos 23 programas,5.197 projectos, 67 objectivose 110 metas, enquanto no dodesenvolvimento económicosustentável, diversificado einclusivo prevalecem 20 pro-gramas, 774 projectos, 45objectivos e 106 metas, tendoa questão das infra-estruturasnecessárias ao desenvolvi-mento com 10 programas,946 projectos, 33 objectivose 63 metas.O eixo da consolidação da

paz, reforço do Estado demo-crático e de direito, boa gover-nação, reforma do Estado edescentralização congregaoito programas, 253 activi-dades, 18 objectivos e 34metas, o de desenvolvimentoharmonioso do território temseis programas, 1.477 projec-tos, 11 objectivos e 23 metas,estando a o eixo da garantiada estabilidade e integridade

do território e o reforço dopapel de Angola no contextointernacional constituído portrês programas, 162 activi-dades, oito objectivos e novemetas.

Avanço nas parceriasMilton Reis anunciou, poroutro lado, a indicação dosrepresentantes sectoriaispara a monitorização e acom-panhamento das ParceriasPúblico-Privadas, uma ins-tância coordenada peloministro da Economia e Pla-neamento, Sérgio Santos.Além disso, foram ins-

tituídas no domínio dessasparcerias reuniões regularesdessa estrutura, criado ummecanismo de partilha deinformação sobre a evolu-ção dos projectos e elabo-rado um cronograma geralde implementação.O secretário de Estado

destacou a participação vir-tual de representantes dopelouro em encontros daAssembleia Anual Conjuntado Banco Mundial e FundoMonetário Internacional(FMI), realizada de 12 a 17deste mês, apontando a reu-nião da Constituência ANSA(Angola, Nigéria e Áfricado Sul) junto do BancoMundial, além do 3º Encon-tro de Alto Nível Conjunto(BM-FMI) sobre a África.Técnicos do Ministério

da Economia e Planeamentoparticiparam ainda em reu-niões com o director-geraldas Operações do BancoMundial, Axel Van Trosen-burg, com o vice-presidentedo Banco Mundial, VphafezGhanem, com o presidentedo Banco A f r i c ano d eDesenvolvimento, Akin-wumi Adesina, bem comono encontro entre os gover-nadores do Caucus Africanocom o presidente do BancoMundial, David Malpass, ea directora-geral do FMI,Kristalina Georgieva.

Plano Anual de 2021 noConselho de Ministros

Um totalde 66 estudantesuniversitários da área dasengenharias das provínciasde Luanda, Benguela,Namibe e Malanje termina,hoje, o programa de capa-citação em tecnologiasavançadas e imersão cul-tural Seeds for the Future(Sementes para o Futuro),auspiciado pela Huaweie a Unitel.A companhia chinesa,

que ontem anunciou estesnúmeros, declarou em notade imprensa que, devidoàs restrições impostas paraconter a propagação daCovid-19, a formação, queteve início segunda-feira,foi realizada online, coma abordagens sobre solu-ções inovadoras de redesde banda larga fixa e móvel5G, de computação emnuvem, Internet das Coisas(IoT) e sobre o conceito decidades inteligentes.A formação foi minis-

trada por especialistas glo-bais da Huawei e incluium programa de imersãocultural, bem como deintrodução ao mandarim,de acordo com a nota, queafirma que os estudantestambém tiveram contactocom o ambiente de traba-lho da Huawei , umaempresa “gigante” da áreadas tecnologias de infor-

mação e comunicação.O programa seleccionou

os melhores estudantes dopaís com menos de 30 anosde idade, matriculados apartir do terceiro ano emuniversidades ou institutossuperiores acreditados peloGoverno em áreas deestudo de Engenharia Elec-trotécnica e Telecomuni-cações, de Informática,Electromecânica, Ciênciasda Computação, de Redes,Informática de Gestão,Mecatrónica e Electrónica.De periodicidade anual,

o programa Seeds for theFuturepromove, de acordocom a Huawei, “a exce-lência dos melhores estu-dantes das universidadesangolanas”, aos quais acompanhia oferece a pos-sibilidade de participaremna competição global detecnologia de informaçãoe comunicação, a ICTCompetition. Em 2019,quatro jovens estudantesangolanos representaramo país nas eliminatóriasregionais em Joanesburgo,na África do Sul, conse-guindo incluir o país nalista dos quatro países querepresentaram a região daÁfrica subsariana nagrande competição finalque aconteceu em Shen-zen, na China.

Universitários findamformação da Huawei

Componente do PDN 2018-2022 para o próximo ano em vias de ser adoptada

DR

Curso introduz a excelência das universidades angolanas

TECNOLOGIAS

Victorino Joaquim

A produção da Refinaria deLuanda cobre, desde há algunsmeses, o consumo do com-bustível de aviação Jet A1 dopaís, dando lugar a uma pou-pança de reservas cambiaisestimada em 250 milhões dedólares por ano, declarou aSonangol, ontem, em Luanda.Numa visita organizada

para jornalistas à Refinariade Luanda, onde, desde oano passado, decorrem obrasde expansão avaliadas em235 milhões de dólares, odirector de Comunicação,Marketing e Responsabili-dade Social da Sonangol afir-mou que cem por cento doJet A1 consumido no país éproduzido naquela unidade.Dionísio Rocha Júnior

acrescentou que, com essaevolução, o país anulou aimportação de Jet A1, deixandode pagar ao estrangeiro umamédia anual de 250 milhõesde dólares, além de que jáexporta pequenas quantida-des de combustível de aviaçãopara países africanos comoSão Tomé e Príncipe.De 2018 para 2019, a Refi-

naria de Luanda teve umaumento da produção de deri-vados na ordem dos 37 porcento, fruto de trabalhos demanutenção de periodicidadequinquenal programados paramelhorar a eficiência da ope-ração, coincidiram em afirmaroficiais da Sonangol paraexplicar as novas “perfor-mances” da unidade de des-tilação de crude.

Quatro vezes mais A construção da nova uni-dade da Refinaria de Luandavai aumentar a produção degasolina de 72 mil para 450mil toneladas por ano, quatrovezes mais, sublinhou ocoordenador do projecto deexpansão da unidade.João Mayer, que falava à

imprensa no final da visita,lembrou que as obras de cons-trução da referida unidadetiveram início o ano passado,estando a um nível de exe-cução de 36 por cento, coma conclusão prevista para 2022O projecto decorre numa

área de 170 hectares, con-sistindo na ampliação darefinaria, com a construçãode uma maior e modernaunidade de produção degasolina. “Todo o trabalhode engenharia está con-

cluído”, disse João Mayer,sublinhado que uma partedos matérias e equipamentojá está no país.Está prevista para os pró-

ximos meses a chegada daparte adicional dos materiaise equipamentos, ao mesmotempo que decorrem traba-lhos de acabamento paraposteriormente ser instaladasas estruturas metálicas, indi-cou João Mayer.Actualmente, cerca de 5,0

por cento da gasolina con-sumida no mercado nacionalé proveniente da Refinariade Luanda, mas esta cifrapode aumentar para cercade 50 por cento com a con-clusão das obras da nova uni-dade de produção, avançouo coordenador do projectode ampliação da unidade. Esse aumento, estima João

Mayer, representa um pou-pança financeira superiorde 200 milhões de dólares,uma vez que o país importaperto de um milhão de tone-ladas de gasolina por ano,com um custo médio 600milhões de dólares.Relativamente ao gasóleo,

o país assume o pagamentode custo médio de 900milhões de dólares, comimportação em média de1,6 milhões de toneladaspara o gasóleo por ano, masexistem outros projectos deconstrução de refinarias,como é o caso da Refinariade Cabinda que, em 2022,entra em operação com umaquota de cerca de 40 porcento da oferta de gasóleo,bem como a do Lobito, disseIgor Francisco, responsávelda Refinaria de Luanda.

Oferta disponívelDurante a visita, a Sonangoldescartou um cenário deescassez de combustíveis nopaís, atribuindo quebras daoferta verificadas na Lunda-Norte e Lunda-Sul, bem comoem regiões do Norte do paísà chuva, à má qualidade dasestradas , que levam a frotade cisternas da companhiaa absorver mais tempo parafornecer essas províncias.Dionísio Rocha Júnior,

que proferiu estas declara-ções, acrescentou que o “ciclode importação de combus-tíveis” da Sonangol “está afuncionar de acordo com asprevisões”, havendo com-bustível suficiente para oabastecimento do país.

CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO

Obras de expansão da refinaria terminam dentro de 16 meses

COMBUSTÍVEL DE AVIAÇÃO

Refinaria cobre a procurade Jet no mercado nacional

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Alberto Quiluta

Os preços dos principais pro-dutos da cesta básica no mer-cado mereceram a análise noespaço “Voz do Cidadão”, numaaltura em que se aproxima aquadra festiva. O Jornal deAngolaapurou que grande partedas superfícies comerciais emercados informais da capital,os preços aumentaram entre40 e 60 por cento.

No mercado informal, opreço de um quilo de arrozpassou de 350 para 500 kwan-zas - o saco de 25 quilos custa14.000 kwanzas, um recordede vários meses - e o de umalata de leite condensado de700 para 1000 kwanzas.

O engenheiro InformáticoPaulo de Castro lamentou enão entende as razões queestão na base da subida galo-pante dos preços no mercadoinformal e formal.

Apontou o caso do super-mercado Candando que vendeum pacote de massa espar-guete a 500 kwanzas e um litrode óleo vegetal a 1.500.

Paulo de Castro disse aindaque com o mais recenteaumento dos preços das comu-nicações telefónicas veio com-plicar ainda a difícil situaçãodos angolanos e em muitaslojas os preços dos aparelhossão incompatíveis com o poderde compra dos cidadãos.

“É um absurdo. A minhafamília por exemplo é consti-tuída por sete pessoas e pra-ticamente a pessoa tem degastar mais de 100 mil kwanzaspara a compra de frescos neces-sários para o mês”, reclamouo engenheiro Informático.

Já a estudante do cursode Gestão na UniversidadeAgostinho Neto, Olímpia Mau-rício, para se resolver esteproblema da escassez dosprodutos da cesta básica énecessário que o Executivotrabalhe na reabilitação dasestradas nacionais para faci-litar o escoamento de produ-tos. “Há bens da cesta básicaque nós não produzimos emgrande escala, por isso pre-cisamos de trabalhar paradiminuir as exportações e darmaior poder aos produtoresnacionais”, disse.

A estudante afirmou aindaque não se admite um país comterras aráveis depender exces-sivamente de importações,pelo que sugere a intensificaçãoda produção rural em grandeescala. “As políticas que oExecutivo está a implementarsão boas, mas vamos ver oproblema das vias porquecom elas teremos um bomescoamento dos produtosdiversos”, salientou.

Olímpia Maurício defendeuuma maior produção nacionalpara se poder baixar os preçosda cesta básica e pediu que oExecutivo revitalize as estradaspara maior escoamento dosprodutos nacionais.

Para a doméstica Teresa

Há produtos da cestabásica que nós não

produzimos em grandeescala, por isso

precisamos de trabalharpara diminuir asimportações”

VOZ DO CIDADÃO

Preços dos produtos da cesta básica

Os vendedores sóaumentam os preçosporque os grossistase distribuidores

vendem os produtoscaros

É urgente que seponha fim à onda deespeculadores, poisnão é normal que osbens essenciais

continuem a onerar obolso dos cidadãos

Não é admissívelque no

SupermercadoCandando umpacote de massaesparguete évendido a 500

kwanzas

Leonel Kassana

O anúncio pelo Governoangolano sobre a intençãode estudos para a execuçãode vários projectos estrutu-rantes, a adjudicar a empre-sas nacionais e estrangeirasaté 2021, no âmbito das par-cerias público-privadas,reanima as esperanças deum consórcio turco/ame-ricano e angolano, BETA TEKConstrução, que há dezmeses apresentou um pro-jecto de melhoramento dotraçado das estradas nacio-nais, para transformá-lasem oito mil quilómetros deauto-estradas.

Segundo o ministro daEconomia e Planeamento,Sérgio Santos, em recentesdeclarações aos jornalistas,no final de uma reunião daComissão Económica doConselho de Ministros, entreesses estudos, consta o daconstrução de uma auto-estrada, de 1.400 quilóme-tros no corredor Norte-Sul,para ligar as províncias doZaire e do Cunene, algo emque se encaixa a propostadesse consórcio.

O seu representante,Eugénio Clemente reafirmouao Jornal de Angola o apoioà “visão do Governo emdesenvolver e modernizaras infra-estruturas rodoviá-rias, com realce para a redede auto-estradas”.

“Acreditamos que 2021pode ser, efectivamente, oano de arranque desse pro-jecto, já que o Governo mos-tra , com esse anúncio,vontade de consolidar asPPP (Parcerias Público-Pri-vadas), abrindo portas aoentendimento sobre a moda-lidade BOT (um modelo deconstrução e operação deinstalações por períododeterminado, após o que étransferido para a esfera

pública) “, sublinhou.Esse é o modelo defen-

dido pelo Estado para aconstrução de infra-estru-turas em larga escala, con-forme referiu o empresário.Eugénio Clemente consi-derou que o arranque deauto-estradas nos diferenteseixos rodoviários terá umimpacto muito significativona economia por colocarAngola na rede viária noespaço da SADC e fomentaro turismo e a circulação depessoas e mercadorias.

“Essa rede vai incentivaro surgimento de mais empre-sas de transporte colectivotransnacional e internacionalno segmento rodoviário emaior circulação interna”,sublinhou, destacando, entreas principais infra-estruturas,a intervenção da expansãodas faixas de rodagem, colo-cação de portagens, pontese passagens hidráulicas.

Segundo Eugénio Cle-mente, a proposta do con-sórcio prevê a subcontrataçãode várias empresas angola-nas, de reconhecida capa-c idade técn ica , para afiscalização das empreitadas,que podem criar mais dedois mil postos de trabalho.

“A proposta não consagra

uma posição de monopóliona execução do projecto”,sublinhou.

Financiamento garantidoA proposta apresentada peloconsórcio BETA TEK Cons-trução representa um finan-ciamento de cerca de oitomil milhões de dólares,segundo Eugénio Clemente,para quem o objectivo é esta-belecer parcerias para a exe-cução de empre i tada sprioritárias do Governo.

“Os consórcios de cons-trução vão à procura degrandes obras e têm finan-ciadores, que apostam nosprojectos a desenvolver”,sublinhou, referindo-se àexperiência de mais de cin-quenta anos da BETA TEKConstrução na edificaçãode grandes infra-estruturas,destacando-se a conhecidaponte de Istambul, capitalda Turquia.

Segundo os promotores,a proposta para a interven-ção no melhoramento dotraçado das estradas nacio-nais não implica quaisquertipos de garantias soberanasdo Estado.

“Não há compromissos,petróleo ou gás a hipotecar”,realça a fonte, indicando queas parcerias público-privadasdevem levar os empresáriosnacionais à busca dos melho-res investidores no mercadointernacional.

“O investimento pode serrecuperado em, pelo menos,cinquenta anos de explora-ção”, previu o representantedo consórcio, indicando, noentanto, que a proposta deinvestimento do seu consór-cio esteve próximo ser pro-telado por conta do quechamou de “pequenos gestosde atraso e burocracia”, que,d i s s e , c omp rome tem e desencorajam os investi-dores estrangeiros.

DR

Olímpia Maurício

Teresa Soares

Benvinda Baianda de Castro

Paulo de Castro

Soares, a constante subidados preços deixa as famíliasangolanas com menos poderde compra. Por exemplo, disseque o saco de arroz que cus-tava oito mil kwanzas passoupara 14 mil kwanzas. Já o sacode fuba de milho que era ven-dido a sete mil agora custa 10mil kwanzas e a caixa de óleoalimentar de quatro mil para11 mil kwanzas.

Teresa Soares disse que osvendedores só aumentam ospreços porque os grossistase distribuidores vendem osprodutos caros, daí o apeloao Executivo a estudar uma

forma de baixar os preços pra-ticados actualmente.

A estudante do curso deGestão e Recursos Humanos,Benvinda de Castro, disse que,por causa deste forte aumento,algumas famílias recorrem emfazer “sócias”, porque passoua ser incomportável levar umsaco de arroz inteiro para casa,devido ao seu preço alto.

“As pessoas estão a se juntarpara comprar o arroz, as caixasde frango e de peixe congeladoporque deixaram de ter poderde compra, tudo por causa dacrise que teve início em 2014”,recordou. A estudante lem-brou que com a situação dapandemia da Covid-19, ascoisas estão a ficar cada vezmas complicadas.

“Veja hoje que um litro deóleo vegetal que custava 800kwanzas está agora a sercomercializado a 1.300 kwan-zas”, afirmou, para quem é“urgente que se ponha fim aisto, pois não é normal que ascoisas subam assim”. Reforçouque os especuladores devemser responsabilizados peloaumento dos preços dos prin-cipais bens de consumo.

INFRA-ESTRUTURAS RODOVIÁRIAS

Estudo da construção de auto-estrada satisfaz

investidores

No mercadoinformal, o preço deum quilo de arrozpassou de 350 para500 kwanzas - osaco de 25 quiloscusta 14.000kwanzas, um

recorde de váriosmeses

O arranque deauto-estradas nosdiferentes eixos

rodoviários terá umimpacto

significativo naeconomia, por

colocar Angola narede viária no

espaço da SADC efomentar o turismo,

assim como acirculação depessoas e

mercadorias

Consórcio internacional tem uma proposta financeira decerca de oito mil milhões de dólares para melhorar oito

mil quilómetros de estradas nacionais

Eugénio Clemente

27Sexta-feira23 de Outubro de 2020ECONOMIA

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Agostinho Chitata

Angola sem capacidade deatracção de cruzeiros e comvalores muito inferiores àmaioria dos países subsaa-rianos. O número médio dechegadas por ano de cruzeirosem países costeiros da ÁfricaSubsaariana é de 38, sendoque o nosso país regista umamédia de 15 chegadas porano, consta da Revista sobre“Estudos da Cadeia de Valor

do Turismo em Angola”.Ao fazer-se uma carac-

terização sobre as principaisfragilidades relacionadascom oferta de alojamento eprodutos turísticos e iden-tificação desta cadeia devalor, revela que apesar daimportância que este seg-mento turístico de negóciostem no turismo angolano, éum segmento cujo potencialnão está a ser totalmenteaproveitado devido à falta

de segurança ainda sentidaem Angola.

Na análise feita, concluiu-se que não obstante o factoda possibilidade de se desen-volver uma matriz turística,apoiada em vários tipos deprodutos turísticos comple-mentares, falta uma visão eestratégia ligada ao “turismode natuereza”, “turismo deSun , S ea & Sand” e de“turismo cultural”.

Entretanto, sustenta o

estudo, existem fragilidadesna oferta hoteleira que éreduzida se se considerar asua distribuição pelas difre-rentes províncias e, mesmoassim, “regista taxas de ocu-pação muito reduzidas”.

Por exemplo, adianta-sena observação feita que seconstatou na Ilha do Mussulocom diversos problemas quepodem bloquear o aprovei-tamento do seu potencialenquanto produto turístico,

ou seja, ausência de infra-estruturas adequadas deapoio ao turista para apanharo barco, insegurança no par-queamento automóvel, cons-t rução de ca sa s mu i topróxima da linha de água etratamento de resíduos e aolixo que vem para as praiase mar quando chove.

Em Luanda, queixa-se,os museus possuem poucadiversidade de oferta culturale a necessitar de actualizaçãoe também com condiçõesimpróprias para o visitante(demasiado calor no museude História Natural e deAntropologia em Luanda),bem como museus comausência de informações emlínguas estrangeiras (Luandae Moçamedes).

Refere o estudo do Prodesique apesar de haver algumalojamento de qualidade eas taxas de ocupação, nogeral, serem baixas, tem sidosuficiente para dar respostaà procura. Escreveu-se tam-bém que “faltam parques decampismo (com bunga-lows)”. O de Moçamedesencontra-se degradado equase abandonado, nãosendo possível utilizar omesmo em segurança.

Apontam-se tambémentre as fragil idades, aausência de rotas turísticasestruturadas e cultura deAngola pouco aproveitadaturisticamente. Cita-se CaboLedo que tem cerca de 11mil e 700 habitantes regis-tados, mas verifica-se umenorme crescimento, semum plano de gestão desteperímetro, independente-mente das suas valências epotencialidades turísticas.

“Não existem dotaçõesfinanceiras do Estado que per-mitam tornar este espaçonuma verdadeira referêncianacional e internacional amédio e longo prazos emmatéria de turismo.

MOTA AMBRÓSIO | EDIÇÕES NOVEMBRO

Ismael Botelho

o primeiro semestre do anoem curso continua a ser o períodomais negro da história da Car-nival, a maior operadora de cru-zeiros do mundo, que além deanunciar um prejuízo gigantescode 4,4 bilhões de dólares norte-americanos no segundo trimestrede 2020, colocou desde o mêsde Junho, a venda parte dassuas embarcações.

A declaração de prejuízosda maior operadora de cruzeirosdo mundo é a prova de um negó-cio milionário que foi fortementeafectado pela pandemia, quecolocou a maior parte das frotasde navios de empresas atraca-das, dada a ausência de clientes,que baixou drasticamente àprocura mundial.

A estratégia de venda, emboraa empresa não revelou no seusite oficial o quanto vai cobrarpor cada embarcação, é encaradacomo forma de equilibrar ascontas, cujos dados apontampara gastos em administraçãoe manutenção de navios atra-cados na ordem dos 250 milhõesde dólares por mês.

cenário incertoDe acordo com a operadora, asituação da Covid-19 piorou ocenário do turismo marítimointernacional, que continuaincerto sem uma possível esta-bilização do mercado nos pró-ximos seis meses.

“Quanto mais longa for apausa nas operações com hós-pedes, maior será o impacto naliquidez e na posição financeirada empresa”, lê-se no últimorelatório financeiro da empresanorte-americana.

Apesar de a empresa ter criadouma estratégia para aliciar osclientes com a possibilidade deremarcação das suas reservas,50 por cento solicitou o reembolsodo dinheiro.

De acordo com a multinacio-nal norte-americana, embora omercado mostre sinais de umaligeira melhoria nas últimassemanas, o número de novasreservas feitas em Maio para cru-zeiros em 2021 caíram em com-paração com o ano passado,uma realidade que faz anteverum ano difícil para o sector.

Empresas de renome inter-nacional como a Royal CaribbeanInternational, Disney Cruise Line,Azamara Club Cruises, OceaniaCruises, Regent Seven Seas Cruises,Silversea, Crystal Cruises, Nor-wegian Cruise Line, Cunard Linee a Seabourn, companhias quejá foram classificadas as melhoresdo mundo, vivem hoje uma situa-ção difícil, de incerteza para ospróximos meses.

O alastramento do novo coro-navírus pelo mundo fez com queo sector de turismo marítimoentrasse em colapso total, princi-palmente depois que muitos navios,incluindo alguns pertencentes àPrincess Cruises e da Carnival, noti-ficaram infectados a bordo, levandoa que muitas entidades sanitáriasdeclarassem esses locais comofocos de contaminação.

A nível global existem cercade 21 mil funcionários retidos emquarentena, em 49 navios dife-rentes, que ainda não conseguiramatracar devido às restrições impos-tas pelos governos.

Soluções para salvar perdas

Grupo ASAS projecta fábrica de enchidos na Aldeia Camela AmõesMiguel Ângelo/Huambo

O grupo empresarial ASASestá a projectar a construçãode uma fábrica de enchidos,na aldeia Camela Amões,município do Cachiungo,província do Huambo, paraa produção de chouriçocaseiro, carne de porco sal-gado e seus der ivados,estando, nesta fase, a decor-rer contactos com fornece-doras de equipamentos,trabalhos de edificação deinfra-estruturas e criaçãode suínos apropriados eadaptáveis as condições cli-matéricas da região.

O arranque do projecto,de acordo com AntónioSegunda Amões, presi-dente do grupo, estava pre-vista para Março último,mas o surgimento da pan-demia do novo coronavírus“estrangulou as etapas tra-çadas”, uma vez que seaguardava a vinda ao paísde especialistas do sector,de Portugal, Brasil e Áfricado Sul, para a realizaçãode “estudos mais detalha-dos” de implementação dauma fábrica.

“Adquirimos, em finaisdo ano passado, de um pro-dutor nacional, um númeroconsiderável de suínos, deexcelente raça, com propósitode construirmos uma fábricade enchidos e seus derivados.Mas a Covid-19 estranguloutodas as etapas traçadas.

Agora, com as novasregras de circulação e aber-tura de fronteiras, vamosretomar os contactos”, disseo empresário, sem avançarvalor do investimento.

Pelo menos quatro pocil-gas já estão, de momento,construídas, contando comum plantel de aproxima-damente 250 suínos, emque, diz, “à medida que osleitões começarem a nascer,far-se-á a separação”, sendouns para reprodução, outrosà produção de chouriçocaseiro e carne de porcosalgado. “Esperamos, casonão haja contratempos, ter-mos o projecto concluído opróximo ano”.

A actividade de suinicul-tura, na Aldeia CamelaAmões, será desenvolvidaem paralelo com a piscicul-tura, cuja previsão, avançaAntónio Segunda Amões, éconstruir, até 2025, cincomil tanques de criação depeixe, perspectivando queos dois projectos, quandoconcluídos na plenitude,venham a gerar mais de qui-nhentos postos de trabalhodirecto e indirecto.

desafio à classeempresarial  O empresár io AntónioSegunda Amões considerouo discurso do Presidente da

República, João Lourenço,sobre da Estado da Nação,proferido há semana passada,na Assembleia Nacional,como “um desafio à classeempresarial nacional” e “ummomento desta demonstrara sua capacidade inovadora”de contributo para a saídada crise.

O Chefe de Estado marcouno discurso, disse, uma“posição de não-retorno”as reformas em curso e de“coragem e puro realismo”perante a difícil situação eco-nómica e financeira que opaís enfrenta.

“Foi mais uma vez umaabordagem realística dosproblemas que enfrenta-mos”, disse, em João Lou-renço reconhecer havermuito trabalho pela frente eque a situação só se alteracom “engajamento da socie-dade, em todos aspectos”.Frisou que o discurso foi“bastante elucidativo”, doponto de vista económico efinanceiro, classificandocomo um “alerta às ideiascriativas” e em que empre-sários nacionais não devemficar à margem, mas, sim,

procurar “novas alianças eparcerias” para manteremas empresas e as cadeias deprodução funcionais.

“A crise não veio só paraAngola. Há muitos paísesem crise, mas, agora, éimportante que nós, ango-lanos, saibamos que a crisedeve ser vencida por todos,o Executivo, as famílias,sobretudo os empresários,procurando inovar, no sen-tido de sermos mais cria-tivos, trabalharmos mais,para que possamos ultra-passar este momento difí-cil”, sustentou.

Para ele, é de “tamanhainjustiça” quando não sereconhece, no mínimo, osavanços que o país regista,como a criação de um ade-quado ambiente de negócios,o levantamento das restriçõescambiais para as importa-ções, a consolidação fiscal,entre outros instrumentosde regularização da activi-dade económica e financeira,apelando à classe empresariala não “cair em ruídos des-necessários”, mas apenasestar focado na produção debens e serviços.

Angola sem capacidade para acolher navios de cruzeiro

huAmbo

A médiA dE chEgAdA AnuAl é dE 15 fErry boAts

DR

Empresário António Amões

28 Sexta-feira23 de Outubro de 2020ECONOMIA

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Agostinho Chitata

Qual é importância de se teruma infra-estrutura que sirvapara os cruzeiros?Havendo infra-estruturasadequadas para dar suportea chegada e partida de cru-zeiros aos nossos portos é deuma vital importância parao turismo e para a economianacional. Se não tivermoscais apropriados para embar-que e desembarque de pas-sageiros é óbvio que nuncairemos atrair esse movimentoturístico praticado em muitoslocais a nível mundial.

E quais devem ser estas con-dições?O cais de embarque e desem-barque têm de ter profundi-dade suficiente para os navioscruzeiros atracarem com amaior segurança, tem de estarverdadeiramente equipado,mobiliário apropriado paraespera, balcões de atendi-mento, controlo de vistos,iluminação adequada, cli-matização para os dias maisquentes, material informativopara a chega e partida dospassageiros, equipamentoinformático, câmaras de vídeovigilância que funcionem eque registem o movimento.Pequenas lojas de conveniên-cia para atender algumasnecessidades básicas.Pessoalqualificado e hospitaleiro.

Tudo isso assegurado...... será sem dúvida uma garan-tia para os navios cruzeirossentirem-se atraídos em passarpor um dos nossos portos evisitar as nossas cidades.

E o que representaria para oturismo e economia angolana?Representaria uma grandefonte de receita para o país egerava muitos empregos. Avinda de um navio cruzeiropara Luanda, por exemplo,traz inúmeros turistas quepodem ficar entre 12 a 24 horasaté a partida para o próximodestino. Durante esse períodode estadia, os turistas procu-ram visitar os pontos maisturísticos da cidade.

O que é que essas visitas pode-riam gerar?Havendo uma calorosa recep-ção e não precisa de ser nadamuito folclórico, basta atenderbem, para deixar o turista tãosatisfeito que irá fazer a melhorcampanha de marketing, queé passar a palavra da expe-riência que viveu e isso atrairmais turistas.Daria empregopara centenas de jovens comoguias turísticos, os jovensteriam uma grande oportu-nidade de ler um pouco mais,investigar, estudar a históriae geografia do país e dos locaisde visita para se apropriar dematéria credível para informarcom verdade e deixar os turis-tas mais curiosos.Daríamosa oportunidade de pequenosnegócios de artesanato e saboresda terra serem comercializados,muitas famílias poderiam viverdessa indústria, com um tra-balho digno e um salário. Lojasdentro dos cais de embarque edesembarque, pequenas lojaspróximas dos locais turísticoscom venda de vários artigosligados à nossa cultura, história,geografia.Poderia fazer nascere crescer algumas agênciasde turismo com serviços detáxi para os destinos turísticos

e dando emprego aos jovensguias turísticos. Os bancos eas lojas de câmbio poderiamter a oportunidade de vendere comprar moeda estrangeiradiretamente dos turistasSeria sem dúvida um ganhopara a economia nacional,gerando emprego o Estadoteria mais contribuintes.

Quais os factores , nestemomento, tirando a pandemia,que jogariam contra este movi-mento para Angola?Falta de infra-estruturas apro-priadas, dificuldades naobtenção de vistos de entradana fronteira, burocracia naschegadas e partidas, quantomais célere for o processomelhor é para essas agên-cias/navios de turismo umavez que há horários a seremcumpridos nas rotas e destinosde cada país. Episódios deassaltos, roubos, crimes tam-bém podem ser um factor debloqueio, preços exorbitantesna venda de pacotes de visitasaos locais de interesse turísticoque possam afugentar qual-quer turista, falta de trans-parência e desonestidade.

Já por cá cruzaram cruzeiros,foi uma experiência válida elucrativa?A experiência foi válida, deupara sentir um gostinho deoportunidade de negócio, masnão creio que tenha sido lucra-tiva porque não estávamosdevidamente preparados, nãotínhamos a experiência neces-sária para tirarmos o maiorproveito da quantidade deturistas que pisaram o nossosolo. Não tínhamos e creio queainda não temos as lojas quepossam atrair a atenção dos

turistas num curto espaço detempo. Um navio que estejaparado por 12 horas, pouco ounada dá para o turista visitaralguns pontos e ao mesmotempo ir até ao Benfica porqueé quase o único mercado quehá de peças de artesanato, comoo turista (especificamente osdos cruzeiros) têm pouco tempoem terra, tudo deve estar quasepróximo para ele consumir eter tempo para as visitas.

A questão está em investir emmeios para apoiar este seg-mento, ou primeiro no sectordo turismo?Penso que o investimentodeveria ser no turismo de umaforma geral e dessa forma estesegmento dos cruzeiros tam-bém sairia beneficiado, porqueo turismo é um sector poucoexplorado em Angola, quevive exclusivamente dos turistasinternos, nacionais e estran-geiros que trabalham emAngola, pois o país tem umpotencial turístico incalculável,paisagens, fauna, flora, costamarítima, rios, montanhas eainda não conseguimos olharpara tudo isso como fonte derendimento. Se já olhamos entãodeve estar a faltar o próximopasso que é a ação e isso é queainda está lento. O investimentotem de ser em todas as frentes:vias rodoviárias, ferroviárias,marítimas e aéreas seguras efiáveis com ligação as províncias.Meios de transportes de apoioao sector, de preferência privado,para gerar emprego e ter melhorgestão. Hotéis e outras moda-lidades de acomodação paraos turistas . Alimentação obe-decendo as regras internacio-nais de saúde e higiene. Políciafronteiriça treinada para aten-der ao fluxo de turistas, semcriar transtornosUm mecanismo mais célerena aquisição de vistos de fron-teira. Melhor atendimento eceleridade nos processos deaquisição de vistos de turistasnos consulados de Angola,quanto mais burocracia e maisbloqueio tivermos, menosatraímos e quanto menosturistas tivermos, mais afec-tamos todos os negócios queprecisam dos turistas paragerar receita e serem dignoscontribuintes para o estado.

E a questão segurança? Garantir a segurança dos turis-tas é um chamariz para maisturistas. Por exemplo, não

impedir que o turista fotografeo nosso país, é uma óptimacampanha de marketing,devemos ter orgulho do paísque temos, da beleza que teme que poder ser partilhadacom outros povos.

Pa r e c e f a l t a r a l g um a sincronização?Havendo uma verdadeira sin-cronização de todos os res-ponsáveis, cada um fazendoa sua parte e bem feita, todossaem a ganhar, o turista ficarásatisfeito porque quer voltare quer trazer mais pessoas,as pequenas e médias empre-sas ganham, geramos maisempregos, garantimos maissalários para as famílias, osjovens têm uma grande opor-tunidade para serem maiscriativos, o país ganha maiscontribuintes, passamos umaimagem melhor de Angolapara o exterior e consequen-temente o atrairemos maisinvestimento estrangeiro paraa economia nacional. Ganha-mos todos se pensarmos todoscom o mesmo propósito.

Quais as estratégias, políticas,

que o Executivo deve apelarpara uma possível materia-lização e tornar esta fragili-dade numa verdadeira fontede receita?A Covid-19 veio fazer umreset em todas as economias,obrigando os governos e asociedade de uma forma gerala reprogramarem-se, apren-der a conviver com esta novarealidade não é um exercíciodo dia para noite, estamostodos a aprender. A vantagensde alguns governos/socie-dades é que são mais estáveis,mais robustas, com níveis dedesenvolvimento que per-mitem passar pelas crises esaírem mais fortes.

Neste caso, qual deve ser a visãoimediata?É a de pensarmos Angola paramédio/longo prazo. Investirno turismo é para ontem, masnão temos como voltar atráse calcular o que já perdemos.Por isso, temos de investirhoje, pensando em 2023/2025,altura em que voltaremos aver o turismo a voltar ao “nor-mal” um pouco por todos ospaíses e é nessa altura que

deveremos estar minima-mente prontos para receber.Aproveitar que o mundo estátodo “parado”, pensar ondeé que queremos estar e comoqueremos estar quando eleacordar. Temos de estar pron-tos em várias frentes, prin-c ipa lmente na força detrabalho, os jovens têm aquiuma grande oportunidadepara se capacitarem, investirem formação porque quandoo mundo “acordar”, vai pre-cisar de gente pronta, quali-ficada para os novos tempos.Estamos a atravessar umasituação pandémica a nívelmundial o que significa dizerque o fluxo de turistas dimi-nuiu consideravelmente,criando um caos para as com-panhias aéreas, navios cru-zeiros , para a indústr iahospitaleira, restauração,espetáculos, teatro, uma redu-ção da força de trabalho muitogrande, mandando inúmerostrabalhadores para casa Porisso, deveríamos aproveitareste interregno até voltarmosa ter novamente circulaçãoentre fronteiras e construirmostudo que for necessário.

Não impedir que oturista fotografe onosso país, é umaóptima campanha

de marketing,devemos ter

orgulho do país quetemos, da beleza

que tem e que podeser partilhada

com outros povos

Pequenas lojas próximas das chegadas

ENTREVISTA COM O EMPRESÁRIO JOSÉ CARLOS DA SILVA

Havendo infra-estruturas adequadas para darsuporte a chegada e partida de cruzeiros aos

nossos portos é de uma vital importância para oturismo e para a economia nacional

“Se não tivermos caisapropriados nuncairemos atrair esse

movimento turístico”

Isto daria um investimento ava-liado em quanto em termos demontagens destas infra-estru-turas de apoio?Bem esta pergunta requer umpouco mais de avaliação/estudo,levantamento de tudo que é neces-sário e depois orçamentar, porqueo objectivo não é pensar em turismopensando apenas em Luanda,uma vez que existe mais potencialno resto das províncias, por isso,teria de se avaliar as necessidadesde todas as províncias.

Onde se poderia montar esteslocais de atracção?Basicamente em todos os luga-res de atracção turística dopaís, respeitando um certodistanciamento como formade protecção da fauna, flora,costa marítima, montanhasetc. Construir seja o que forjustamente no coração dessasatracções, é um risco. Estamosa falar de restaurantes, lojaspara venda de artesanato elembranças sobre Angola, agu-çaria à imaginação dos artesãosem produzir mais variedadesao invés de ficarem só pelas

estátuas de madeira e dos qua-dros de areia, sobre as pro-v ínc ias , sobre os lugaresvisitados, bares, agências deturismo para venda de serviços,venda de cartões de telefoniamóvel temporário, rosas deporcelana artificiais, os nossosquitutes devidamente emba-lados para serem transporta-dos, venda da fruta local comtoda a informação calórica evitamínica, daria a oportuni-dade de jovens escreveremlivros com contos das vilas,das cidades e dos locais e dis-ponibilizar para venda em 3línguas etc. Dentro das cidadeso conceito é diferente, há muitocomércio espalhado por cen-tros comerciais, lojas, restau-rantes, bares, mas não nosdevemos esquecer de construirpequenas lojas o mais próximodas chegadas e das partidas.

Em termos de emprego, quantose empregaria e como faria esteexercício custo/benefícios?Havendo movimento de pessoas,naturalmente surgem os proble-mas. Havendo problemas, tem

de existir a solução para essesproblemas, solução é igual aoportunidade de todos encon-trarmos a resposta para os pro-blemas e nessa corrida para seencontrar a solução para o pro-blema A, B ou C, vence quem formais criativo, quem pensarmelhor na satisfação do cliente,quem está sempre a inovar, quemfor amigo do meio ambiente,quem vender o melhor produto,melhor serviço ao melhor preço,quem for honesto, porque asoportunidades serão para todos,desde o empregado de limpezada casa/hotel/acomodação ondeo turista se hospeda até ao moto-rista que conduz os turistas, omecânico no percurso que temo pneu para substituir, o óleopara trocar, do fotógrafo quevai tirando alguns momentose que depois disponibiliza paravenda, do jovem mais atendoque cria as histórias e que publicaem livros, dos empregados daslojas, postos de combustívelpassam a ter mais movimento,venda de artigos de todas asespécies desde que seja atractivopara os turistas.

29Sexta-feira23 de Outubro de 2020ECONOMIA

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ESPECTÁCULO

Analtino Santos

Moniz Almeidae Jojó Gouveiasão a atracção da “Live noKubico” da Televisão Públicade Angola (TPA), destedomingo, onde vão interpretarsucessos dos Irmãos Almeida.

Temas como “Tio Zé”,“Vizinha”, “Guilhermina”,“Kussukula os adobe”,“Morainha”, “É duro”, “Ficarcom as duas”, “Minha Viola”,“Ngapa”, “Vamue”, “Úria”e “Paciência” fazem partedo alinhamento do sohw,que será transmitido a partirda 14h30, no canal principalda TPA, no Internacional enas plataformas digitais.

Nos últimos anos, Monizde Almeida tem partilhadoo palco com Jojó Gouveia,que tem um timbre seme-lhante ao do seu finado irmãoBeto de Almeida, em muitasactividades como o Show doMês, Palco do Semba, Tour-née Irmãos Almeida, sendoa mais recente nas TerçasCulturais no Yanel Club.

Jojó Gouveia vai interpretaralguns temas do seu reper-tório como “Tenho Medo”,a sua versão de “Carta Pa Bó”e “Recado”, canção que oconsagrou entre os dez artis-tas finalistas do Top dos MaisQueridos, edição de 2019.

Moniz de Almeida e Betoda Almeida começaram comcarreiras individuais noCuando Cubango e Huíla,antes de optarem por actuarem

em dupla. Segundo Moniz,os Irmãos Almeida foraminicialmente formados porSérgio de Almeida, Leonorde Almeida e ele próprio,mas esta formação não tevesucesso. Beto de Almeida erapequeno. Depois recriou-secom Beto e em determinadosmomentos introduzia-se oTurbo de Almeida. Moniz deAlmeida nasceu no Bié em1969, mas os pais vão daraulas no Cuando Cubango elá nasceram a Leonor, o Betoe o Turbo.

Beto de Almeida começouna canção infantil nas acti-vidades da Organização dePioneiros Agostinho Neto(OPA), no Lubango. BetoViola, como era chamado,animava acampamentos elares infantis. Em 1989, com-pôs “Prima boa”, “Paciência”e “Úria”. Veio para Luandaa convite do irmão Moniz deAlmeida, que começou acantar com 12 anos e ficouem segundo lugar no pri-meiro concurso provincialda canção infantil do CuandoCubango, realizado em 1982.Em 1986, grava “Tio Zé ”,com Eduardo Paím, nos estú-dios da Rádio Nacional deAngola. O tema teve grandesucesso. A seguir, gravou asmúsicas “Sulêmue” e “MariaMulata”, que fizeram comque Moniz de Almeida setornasse conhecido no musichall angolano e conquista oTop dos Mais Queridos.

Os Irmãos Almeida na “Live no Kubico”

Dupla ensaia há dias para apresentar um concerto a altura

CONCURSO

Roque Silva

Os cantores Salu B e Jota MCMelutu chegaram à fase finalda primeira edição do con-curso digital African Handi-Talents, cujas votaçõesdecorrem até este domingo.

Os artistas, que disputama categoria de canto, foramescolhidos para representaro país, nesta competição vol-tada à descoberta de valores,com primazia para os por-tadores de deficiência docontinente africano.

Numa lista de 19 finalistas,de vários países, além dosangolanos, ambos cantoresde rap, estão a participar,também, cantores de CaboVerde, Zimbabué, BurquinaFaso, Guiné Bissau, Nigéria,

Angolanos na finaldo African Talents

Benim, Senegal, Serra Leoa,Gana e da Costa do Marfim.

Nomes como Mig, Urba-nito Filho e Nelo Trovão nãotransitaram na primeira eli-minatória, por insuficiênciade votos. José Valdinho“Fresh Niggaz” e EmildyKennedy ficaram na faseanterior (meia-final). Osdois finalistas fazem partede uma lista antes integradapor 13 angolanos.

A competição é uma ini-ciativa do grupo de médiaonline marfinense, “Ivoi-rehandicaptv.net”, que tra-balha em prol das pessoascom deficiência e idosos.Esta primeira edição do con-curso decorre sob o lema“A Integração Social atravésda Cultura”.

DR

Manuel Albano

A 5ª edição do Circuito Internacionalde Teatro (CIT) acontece este ano sempúblico, de 31 deste mês a 28 de Novem-bro, na Liga Africana, em Luanda, ape-nas com “lives” em directo, nas váriasplataformas digitais.

Com a participação de 13 grupos deteatro, devido à pandemia da Covid-19, a organização informou, ontem,numa conferência de imprensa, noMemorial António Agostinho Neto, emLuanda, que depois de vários adiamentosdecidiram optar por este formato.

O director do festival, Adérito Rodri-gues, disse, ontem, que, contraria-mente ao programado, ainda estão anegociar com a TPA para a transmissãodos espectáculos. Devido à pandemia,adiantou, vão apenas contar, nestaedição, com grupos de Luanda.

O CIT decorre, este ano, sob o lema“Angola 45 anos com teatro na promoçãoda cultura de paz”. O grupo CatarseTeatro abre o festival com o espectáculo“A Visita”, adaptado do livro de Fragatade Morais, o homenageado do festival.

A gala de abertura acontece no halldo Memorial Dr.António Agostinho Neto,numa cerimónia com vários momentosculturais e a exibição de peças curtasdos grupos Tremura Show e CIT. O músicoe compositor Gabriel Tchiema é o con-vidado especial da cerimónia.

As oficinas de teatro e as palestras,denominadas “Bate Papo Teatral”,acontecem, nos dias 14 e 21 de Novem-bro, respectivamente, estando divi-didas em dois temas: “Diário deobservação de um espectáculo”, “DoTexto à encenação, da representaçãoà expressão” e “O ciclo da oscilaçãoda criatividade teatral em Angola”,sob a coordenação do encenadorFrancisco Makiesse.

PrémiosA organização vai premiar e distinguir,este ano, os melhores grupos queparticiparem no festival e outorgar oprémio de melhor adaptação do livro“A visita”.

Este ano, a organização pretendedistinguir os melhores grupos de teatronas categorias de carreira, artista,

actor, actriz, dirigente, revelação,figurino e melhor grupo. Os valoresa serem atribuídos aos vencedoresdependem das disponibilidades dopatrocinador oficial, a SociedadeMineira de Catoca.

O festivalO CIT está enquadrado no projecto“Cultura para Todos”, uma iniciativada Companhia de Teatro Pitabel. Oteatro para crianças também integrao programa de actividades do festival,que este ano não conta com gruposinfantis, devido à Covid-19.

Entre os vários projectos criadoseste ano para melhorar o CIT, a orga-nização destacou a assinatura do pro-tocolo de cooperação com a SociedadeMineira de Catoca e outro com a Comis-são Nacional da Organização das NaçõesUnidas para a Educação, Ciência eCultura (Unesco) em Angola.

O director do CIT, Adérito Rodri-gues, fez, no encontro, um balançopositivo das quatro últimas edições,devido ao número elevado de públicona assistência.

KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO

Organização do festival pretende manter as homenagens aos fazedores de teatro que realizarem as melhores performances

ESTE ANO

Circuito Internacional de Teatroacontece em formato digital

30 CULTURA Sexta-feira23 de Outubro de 2020

MÚSICA

João Pedro

“Birimbau” é o título dodisco de estreia do cantorValdemiro Pedro, a ser apre-sentado ao público em Abrildo próximo ano.

Actualmente em fase degravação, o CD está a serterminado no estúdio do DJPôster, que tem participaçãoespecial no álbum, assimcomo o grupo Grina.

Com temas já disponíveisem algumas plataformasdigitais, o CD, informou ocantor, traz composiçõesno estilo afro-house. “É umgénero com o qual os jovensse identificam facilmentenos dias de hoje e temestado a ter muita saída no

Talento nacionalprepara a estreia

mercado nacional”, disse,acrescentando que pensaapostar, no futuro, em tra-balhos mais versáteis, deforma a atingir um públicomais amplo.

DIRECTO

Eduardo Paim , um dosexpoentes máximos e dasprincipais referências dakizomba e da música ango-lana, é o destaque estedomingo, a partir das 17h00,do “A Nossa Kizomba”, ediçãoespecial do Bar da Luandina,emitido na TV Zimbo.

Branca Celeste é a artistaconvidada da iniciativa quetem como director artísticoRoxanne Fernandes. Marga-reth do Rosário e Ivan Alekxeiestiveram em destaque naedição anterior.

Para animação da tardede domingo na TV Zimbo,espera-se que Eduardo Paiminterprete temas como“Minha Vizinha”, “Chikitita”,“Rosa Baila”,“Mbora Curtir

“A Nossa Kizomba” com Eduardo Paim

Lisboa”, “Nguenda”,“NzambiZa”, “Saudades”, “EsseMúdiê”, “Foi Aqui” e outrossucessos que marcaram acarreira do músico.

A convidada Branca Celesteé uma jovem cantora que estáa impor-se na cena musicaldepois de se notabilizar comocorista de vários artistas.

Referência obrigatória dakizomba, General Kam-buengo, como também éconhecido, esteve ligado aomovimento de produção demúsica infantil e está nabase do sucesso de referên-cias da nossa música comoJacinto Tchipa, Paulo Flores,Maya Cool, Mito Gaspar,Simmons Mancini, NeloPaim e tantos outros.

DR

Cantor tem recebido apoiodo público nas redes sociais

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Melo Clemente

O atraso na entrega do testeda Covid-19 “forçou” o líderda lista B, Armando Filipeda Conceição Dala “Dokas”,a alterar o início da campa-nha eleitoral, inicialmenteestava prevista para a capital,tendo em vista o sufrágiodo dia 22 de Novembro, parao quadriénio 2020/24.Ao contrário do inicial-

mente previsto, o presidentedemissionário da AssociaçãoProvincial de Basquetebol, deBenguela (APBB), dá início àcampanha apenas na próximasemana, no Lubango, Huíla,seguindo posteriormente paraa província do Namibe.Apesar deste constrangi-

mento, Armando Filipe daConceição Dala “Dokas”assegurou, ao Jornal deAngola, que tudo fará paracumprir escrupulosamenteo programa de campanha,visando o pleito eleitoral dodia 22 de Novembro.“Infelizmente, fui forçado

a alterar o programa da nossacampanha, em virtude doatraso que se verificou naentrega dos testes da Covid-19, um imperativo para sepoder entrar e sair de Luanda.Portanto, em função disso,vamos começar a nossa cam-panha apenas na próximasemana começando pelaRegião Sul do país para pos-teriormente atacarmos outrospontos do país”, revelou oantigo presidente da APBB.A campanha eleitoral para

o sufrágio da Federação

Angolana de Basquetebol(FAB), para o ciclo olímpico2020/24, arrancou ontem,à meia noite, e encerra às23h59 minutos do dia 20 deNovembro próximo.José Moniz da Silva, líder

da lista A, e Manuel Moreira,comandante da l ista C,deram início ontem à cam-panha em Luanda, maiorpraça eleitoral, com quinzeeleitores, dos vinte e nove(29) que compõem a popu-lação votante.Os candidatos acima refe-

renciados vão trabalhar na“caça ao voto” por um períodode uma semana, para pos-teriormente seguirem viagempara as outras províncias dopaís , des ignadamente,Malanje, Huíla, Benguela eNamibe, respetivamente.José Moniz da S i lva ,

Armando Filipe da ConceiçãoDala “Dokas” e Manuel Moreiravão aproveitar o período decampanha, para convenceremo eleitorado, no sentido deamealharem o maior númerode votos, que garante a vitórianas urnas.Uma Comissão deGestão “ad hoc” , coorde-nada por Gustavo da Con-ceição, comanda nesta alturaos destinos da modalidade.O pleito do dia 22 de

Novembro próximo, vai con-firmar o sétimo presidenteda FAB, depois de José Jaimede Castro Guimarães “Peri-quito”, Carlos Manuel PatrícioTeixeira “Cagi”, António PiresFerreira, Gustavo da Con-ceição, Paulo Madeira e Hél-der Martins da Cruz “Maneda.

Armando Dala atrasainício de campanha

31Sexta-feira23 de Outubro de 2020

ELEIÇÕES NA FAB

Angola abre torneio frente à África do Sul

TAÇA COSAFA

DESPORTO

JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO

DR

Welwitschias aprimoram táctica para uma boa figura na prova em que vão representar o país

1º DE AGOSTO

António de Brito

Os médios Ipamy, ex-TPMazembe, e Asumani, ex-Motemba Pembe, reforçoscontratados pelo 1º de Agosto,na República Democráticado Congo, são as ausênciasnotórias nos treinos da equipa,e aguardam pelos trâmitesadministrativos para integra-rem o plantel, tendo em vistaa época futebolística 2020/21. Paulo Duarte, novo trei-

nador da formação militar,espera pelos internacionaiscongoleses para trabalharcom o grupo completo.Ipamy e Asumani reforçama linha intermédia do tetra-campeão angolano, após adispensa de Ibukun e Kila.O central Bobó já retomouos trabalhos da equipa,depois de ter estado ao ser-viço da Selecção do CongoDemocrático, no âmbito daData-FIFA. Em consequência do

aumento de casos da Covid-19, em Luanda, a direcçãodo 1º de Agosto entendeuconfinar o plantel na CidadeDesportiva,de modo a evitarinfecções aos jogadores,equipa técnica e pessoal deapoio, depois da testagemrealizada recentemente. O confinamento deve

acon te c e r a q u a l que rmomento, uma vez que oelenco liderado por CarlosHendrick da Silva cria ascondições ideias, para quejogadores e corpo técnicopossam realizar uma prepa-ração sem sobressaltos. No entanto, o conjunto do

Rio Seco esmera-se na pre-paração, visando o jogo daprimeira “mão” da prelimi-nar de acesso à fase de gru-pos da Liga dos ClubesCampeões Africanos de fute-bol, a realizar-se nos dias20 e 22 de Novembro. Apesar de os jogadores

saírem de um defeso pro-longado de seis meses, porforça da pandemia da Covid-19, Ivo Traça acredita que aequipa, muito antes do jogodas Afrotaças, vai atingir aforma desportiva desejada. “ Penso que sim, porque

os jogadores começam jáfamiliarizar-se com os novosmétodos de trabalho de PauloDuarte. Treino após treino,os atletas superam as debi-lidades e apresentam melho-rias na preparação que otécnico tem vindo a imple-mentar. Portanto, estamossatisfeitos com a entrega ededicação da rapaziada”,disse o técnico-assistentedos rubros e negros.

Paulo Duarte aguarda reforços

Qualificam-se automaticamente para as meias-finaisos vencedores dos grupos e o melhor segundo classificado

A organização defensiva eofensiva domina, hoje, às 9h00,as sessões de treinos da Selec-ção Nacional de Honras defutebol feminina num doscampos Anexos do EstádioNacional 11 de Novembro, emLuanda, visando a participaçãona Taça Cosafa, de 3 a 14 deNovembro, na Baía de NelsonMandela, África do Sul. Antes,na primeira parte, os trabalhosestão reservados para os exer-cícios físicos com bola.

Na segunda e última fasedo treino, o técnico ManinhoLoide vai repartir as jogadorasem dois grupos, para as atletasensaiarem os aspectos de jogocom saídas pelas laterais emelhorar a eficácia das ata-cantes. Depois dos aspectosdas situações de jogo, as joga-doras vão exercitar as cobran-ças de bolas paradas (livrese pontapés de cantos).

Maninho Loide assume,provisoriamente o comandotécnico da Selecção Nacionaldevido à infecção por Covid-19 do treinador principal

Sousa Garcia. Para o palco dacompetição, a comitiva des-portiva segue no dia 2 deNovembro, onde o corpo téc-nico pretende levar 20 atletasque serão conhecidas nas vés-peras da viagem.

Ontem, foram integradasnos t rabalhos as at letasLucinda, Lena, Laura, Núriae Queta, devido à infecçãoda Covid-19 de oito das 26jogadoras da Selecção Nacio-nal e do técnico principal,Sousa Garcia. O corpo médicodo Gabinete Técnico dasSelecções Nacionais, chefiadopor Pedro Miguel, recusou-se revelar a identidade dasatletas infectadas.

As cinco futebolistas tra-balharam separadas das res-tantes companheiras, com otécnico Felício Emana, pararecuperação da condição física.As defesas centrais LídiaLubano e Paula foram dispen-sadas ontem pelo corpo téc-n i c o p a r a t r a t a r em d eproblemas pessoais e devemintegrar o grupo hoje.

Depois da preparação,efectuada no recinto habitualde treinos, o grupo entrouem regime de estágio, numadas unidades hoteleiras domunicípio de Viana. Antesda concentração, as atletase os membros da equipa téc-nica efectuaram no princípioda tarde, um novo teste daCovid-19 nas instalações daFederação Angolana de Fute-bol (FAF) para mitigar os efei-tos do contágio.

As sessões de treinos dasWelwitschias Mirabilis inicia-ram nesta segunda-feira, numdos Anexos do Estádio Nacio-nal 11 de Novembro, com oshabituais exercícios para amanutenção da condição físicado grupo.

Maninho Loide está a tra-balhar com as guarda-redesRita, Mimi, e Sandrinha, asdefesas Indira, Fátima, Dorkaciae Sara, as meia-campistas Chi-quita, Marizeth, Bia, Lídia,Paula, Lucinda, Lena, Laura,Núria e Queta.

António Cristóvão

Equipa aprimora situações de jogo

António Cristóvão

A Selecção Nacional joga nodia 3 de Novembro dianteda África do Sul, às 14h30,no Estádio Isaac Wolfson,arredores de Nelson MandelaBay (África do Sul), para aprimeira jornada do GrupoA da Taça Cosafa, cujo sorteiorealizou-se ontem no localda competição.Para a segunda jornada,

as Welwitschias Mirabilisdefrontam a 6 de Novembro,às 11h30, a similar das IlhasComores, no município deKwazakele Ibhayi, arredoresde Nelson Mandela Bay.Na terceira e última jor-

nada, Angola mede forçascom a congénere de e-Swatinino dia 9 de Novembro, às11h30, no Estádio Gelvandale.Na edição anterior da com-

petição, a Selecção Nacionalfoi goleada pela adversária,por 0-4, no Estádio IsaacWolfson, para a segunda jor-nada do Grupo C.

No ano passado, a equipafoi orientada pela treinadora“China” Lutonda, coadju-vada pela técnica VeróMiguel. A Selecção Nacional,

actualmente com um gruporenovado (atletas e equipatécnica)tem fortes possi-bilidades. Ou seja, vai quererdesforrar-se da goleada dotorneio passado. A África do Sul, anfitriã

e actual campeã da com-petição, é a cabeça-de-sériee assume o favoritismo dechegar para à fase seguinteda prova, com maior oumenor dificuldades.Para as meias-finais,

qualificam-se, automati-camente os vencedores dosgrupos, mais o melhorsegundo classificado dacompetição. A selecção daZâmbia, vice-campeã daedição anterior, está noGrupo B, ao lado das simi-lares do Malawi e Lesotho.No C estão o Zimbabwe,Botswana e Tanzânia.

“A SelecçãoNacional,

actualmente comum grupo renovado(atletas e equipa

técnica), tem fortespossibilidades. Ouseja, vai quererdesforrar-se da

goleada do torneiopassado.

Reino do Marrocos adia “Africanos” de andebol

EM CADETES E JUNIORES

A Confederação Africanade Andebol (CAHB)cancelou a disputa doscampeonatos africanosmasculinos de cadetese de juniores, apraza-dos para seis a 19 deDezembro em Marro-cos. Segundo uma notada Rea l Fede ra l ç ãomarroquina de Andebolendereçada à CAHB, aque o Jornal de Angolateve acesso a decisãofoi tomada na sequên-cia do estado de emer-gência sanitária que sevive em Marrocos, noâmbito das limitaçõesimpostas pela pande-mia da Covid 19.No documento , o

país mostra-se dispo-nível a acolher as provasnoutra ocasião.A prova de juniores

devia disputar-se de seisa 12 de Dezembro e a decadetes de 13 a 19 domesmo mês. A última pre-sença de Angola nos cam-peonatos de juniores e de

cadetes foi em 2018, naedição disputada emArgel, Argélia.Eram as últimas pro-

vas de selecções queainda constavam docalendário da CAHB,depois do adiamento do“africano” de senioresfeminino, inicialmenteprevisto para o mês deDezembro em Yaoundé,Camarões. A prova foiremarcada para 11 a 20de Junho de 2021. Do ca l endá r io de

competições de clubesa CAHB prevê a indarealizar a 42ª edição dataça dos Clubes Cam-peões, prevista para 13a 22 de Novembro noCairo, Egipto. A instituição anulou

a Taça das Taças e man-tem indefinida a disputada Supertaça BabacarFa l l . O 1 º de Agos todetém o título femininoda taça dos campeões eda Babacar Fall.

Silva Cacuti

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SEX23OUT

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ALEMANHA

EstradasReabilitação da EN 230

Avenida Brasil Buracos

Há cerca de dois meses, no dia 25de Agosto, o ministro das ObrasPúblicas e Ordenamento do Terri-tório, Manuel Tavares de Almeida,consignou os contratos de reabili-tação de 300 quilómetros da EstradaNacional 230, que liga as cidadesde Malanje e Saurimo (Lunda-Sul).As obras deverão estar concluídasno prazo de 18 meses e no terrenojá se vê algum movimento de ho-mens e máquinas. Esperamos queseja o princípio do fim do autênticomartírio que os cidadãos daquelasprovíncias enfrentam sempre queprecisam de se deslocar. A estradapercorre um dos principais corre-dores logísticos do país, porque in-terliga o mar com o Leste do terri-tório. No entanto, actualmente seencontra num deplorável estadode conservação, que resulta emlongas e desconfortáveis viagens(cerca de 12 horas para completar630 quilómetros).

O péssimo hábito de tentar re-solver um problema depois deganhar raízes não é boa opção,pois a solução pode ser maiscomplicada. Não é por acasoque se diz que “é de pequenoque se torce o pepino”. Vem istoa propósito do buraco que existena ex-Avenida Brasil, junto aolocal onde estava erguido o edi-fício da extinta DNIC. Era peque-no, foi crescendo e hoje constituium risco à segurança rodoviária.O mais grave é que está próximoa um separador de betão. O mí-nimo descuido pode ser fatal, jáque é um local que habitualmen-te está às escuras. Trata-se deuma situação comum em muitasruas e avenidas de Luanda.

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A L T O

B A I X OOs ministros da Defesa daOrganização do Tratado doAtlântico Norte (NATO) con-cordaram ontem em abrirum centro espacial em Rams-tein, na Alemanha, para“coordenar as actividadesespaciais” e “proteger os sis-temas de satélite” da Aliança,anunciou o secretário-geral,Jens Stoltenberg. “O centro ajudará a coor-

denar as actividades espaciaisda Aliança, a apoiar as missõese operações da NATO a partirdo espaço - incluindo comu-nicações e imagens de satélite- e a proteger os sistemas espa-ciais aliados, através da partilhade informações sobre ameaçaspotenciais”, referiu Stoltenberg,em conferência de imprensano final do primeiro dia deuma cimeira virtual que reúneo conjunto dos ministros deDefesa dos países membrosda NATO até sexta-feira. Afirmando estar “preocu-

Macau nega influência no fecho do World Press Foto

EXPOSIÇÃO INCLUÍA IMAGENS DE PROTESTOS

O embaixador de Portugalem Pequim afirmou, ontem,que as autoridades de Macaugarantiram não terem tidoinfluência no encerramentoprematuro do World PressPhoto, exposição de fotografiaque incluía imagens dos pro-testos em Hong Kong, em 2019. A exposição, inaugurada

em 25 de Setembro, deviadecorrer até 18 de Outubro,mas, no passado fim desemana, as portas já estavamfechadas, sem aviso prévio. A presidente da Casa de

Portugal, a associação queorganiza, há anos, a mostraem Macau, contactada pelaLusa, no dia 8 de Outubro,escusou-se a explicar asrazões para o encerramento.Amélia António limitou-sea dizer que “questões de ges-tão interna não são para dis-cutir em público”. Em conferência de im-

prensa em Macau, o embai-xador José Augusto Duarteapontou que a questão da Casade Portugal foi abordada comas autoridades do território,assegurando que estas lhegarantiram que “não houveinterferência de autoridadeslocais nesta questão”. A Fundação Macau, através

No entanto, Kucherenaacredita que Snowden nãoconsidera a possibilidadede se candidatar à cida-dania russa, por agora. Antes de solicitar a resi-

dência permanente, Snow-den pediu, por duas vezes,uma autorização de residên-cia temporária. O ex-analista,exilado na Rússia há quasesete anos, após fugir dosEstados Unidos, quandorevelou pormenores dos pro-gramas de espionagemnorte-americanos, em 2013.

da qual o Governo patrocinoua exposição, limitou-se aafirmar, numa resposta àLusa, que teve conhecimentodo fecho antecipado da expo-sição “por causa de um pro-blema de gestão interna daCasa de Portugal”. Para reforçar, José Augusto

Duarte afirmou que muitasassociações portuguesas lherecordaram o apoio imenso econstante que têm tido porparte da Fundação Macau aolongo dos anos. O embaixador admitiu,

contudo, ser preferívelque e s ta s i tuação nãotivesse existido. Na segunda-feira, a Ini-

ciativa Liberal (IL) ques-tionou o Governo portuguêssobre o encerramento,“sem explicações concre-tas”, da exposição. Na pergunta, a IL citou o

director de exposições da fun-dação, Laurens Korteweg, quedisse que as razões para oencerramento da exposiçãopermanecem “pouco claras”e que a organização está “aacompanhar as notícias dos“media” locais, nas quais sesugere que pode ser o resultadode pressão externa sobre oconteúdo da exposição”.

DR

NATO anuncia abertura de centro espacial em Ramstein

pado” com as movimentaçõesda China e da Rússia, que estãoa “desenvolver sistemas quepermitem cegar ou destruirsatélites”, Stoltenberg referiuque a NATO “tem de garantir”que tem “sistemas seguros efidedignos” no espaço. “O que acontece no espaço

tem grande relevância para oque conseguimos fazer naTerra. Comunicações, nave-gação, telemóveis, transmissãode dados: muitas das activi-dades no ar, mar e terra,dependem das capacidadesno espaço, sobretudo em ter-mos de satélites”, sublinhou. O novo centro espacial

ficará localizado em Ramstein,na Alemanha, onde se encon-tra o actual Comando AéreoAliado da NATO, o que per-mitirá o aproveitamento “dacompetência e conhecimento”dos funcionários locais. “O número de pessoas

[envolvidas no funcionamento

do centro] será limitado ini-cialmente, mas o nossoplano é expandir e aumentaro tamanho e a importânciado centro à medida que for-mos avançando”, afirmouo secretário-geral. Stoltenberg sublinhou ainda

que cada aliado “tem capa-cidades diferentes no espaço”e que, como tal, é necessário“garantir que as actividadesaliadas no espaço são maiscoordenadas” de maneira a“ajudar e reforçar a Aliança”. A França já tinha anun-

ciado, em Julho de 2019, acriação de um comando militardo espaço, tendo o Presidentefrancês, Emmanuel Macron,referido na altura que o projectoservia para “proteger melhor”os satélites franceses. Estima-se que cerca de

metade dos 2.000 satélitesque se encontram em órbitapertencem a países quefazem parte da aliança.

Taxa de Câmbio Actual

o do Sul - (BCS)

CIAISOMEROS CANCB USD/KZ

édito de CrBanc 649,796

ernacional - (BNI)

VB)alor - (Bo VBanc 655,767

tócios Ino de NegBanc 636,800

e - (BKEVE)veo KBanc 636,137

as de Câmbio dos BancxaTTa

a de Câmbio Actual

a

649,796

xaTTa

Compr endaV

USD/KZ EUR/KZ USD/KZ EUR/KZ

766,512 679,960 807,037

636,800

655,767 778,066 679,937 806,855

755,531 679,037 805,643

636,137 751,182 678,329 801,005

ciaisos Comeras de Câmbio dos Banc

o BIC - (BIC)

e - (BKEVE) 636,137

Banc 644,923

649,796

654,719

647,000

652,948

o Sol - (BSOL)Banc 643,298

667,666

a - (VTB)

658,107

VTB Áfric 643,298

tu)

632,440

etu - (Yeo YBanc 656,725

A)ola - (SBd Bank AngandarSt 656,550

649,796

644,923

636,137 751,182 678,329 801,005

765,168 677,412 803,715

654,719

649,796 770,950 677,389 803,688

776,651 676,051 801,955

652,948

647,000 767,481 676,000 801,788

770,230 675,983 797,402

667,666

643,298 763,241 675,788 801,788

787,591 675,385 796,698

643,298

658,107 777,126 674,478 811,923

763,241 672,539 819,520

656,725

632,440 743,517 671,560 789,507

766,512 669,860 803,842

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Rússia concede direito de residência permanente a Edward Snowden

PEDIDO FOI FEITO EM ABRIL

A Rússiaconcedeu, ontem,autorização de residênciapermanente a EdwardSnowden, ex-analista dasagências de informaçãonorte-americanas CIA eNSA, informou o seu advo-gado, Anatoli Kucherena. “Os serviços de imigração

russos concederam, ontem,a Snowden o direito de resi-dência permanente”, disseo advogado, acrescentandoque o norte-americano podebeneficiar deste estatutograças às mudanças na legis-lação de imigração russa,aprovadas em 2019.

“A demora em responderao nosso pedido deveu-se àsdificuldades enfrentadas pelasinstituições estatais por causadas limitações impostas pelapandemia de Covid-19”,explicou o advogado, lem-brando que o pedido foi feitoem Abril deste ano.

Abertura de um novo centro espacial na Alemanha vai monitorar possíveis ameaças