DOENÇAS DO APARELHO AUDITIVO
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DOENÇAS DO
APARELHO AUDITIVO
PROF. WALDIR CARREIRÃO FILHO
DOENÇAS DA ORELHA EXTERNA
DOENÇAS CONGÊNITAS
Pavilhão – implantação baixamacrotia+hipo SN = S. Turner (X0)
- microtia - orelha de abano (+ comum)
Conduto – atresia de conduto
DOENÇAS CONGENITAS50% DA - doenças genéticasTC (extensão do problema)Avaliação audiologicaOtorrino + C. plásticoPróteses auditivas
DOENÇAS INFLAMATORIAS – OTITES EXTERNAS
Fatores protetores do conduto auditivo externo:
- auto limpeza (descamação migratória do epitélio)- PH ácido ( 6.5 - 6.8 ) piscinas- pele resistente à água-amplo suprimento sangüíneo e linfático (a. temporal superficial, rr.auriculares posteriores)- propriedades antibacterianas do cerúmen (lisozima)
OTITE EXTERNA AGUDA DIFUSA
Nadadores Ato de Coçar ExostosesEtiologia - stafilo strepto pseudomonasSintomas – otalgia hipoacusia otorreia eventual pruridoOtoscopia – ausência de cerumem hiperemia e edema de conduto secreção purulenta no condutoTratamento - gotas otológicas e ou cremes
- anti-inflamatórios não hormonais - antibioticoterapia sistêmica
Profilaxia das otites externas é aconselhável: · Evitar limpeza dos ouvidos com cotonetes Secar os ouvidos após entrada de água, gotas de álcool comum· Mergulhadores com predisposição a otites recomenda-se o uso de
protetores auriculares (plugs).
OTITE EXTERNA AGUDA DIFUSA
discreta moderada severa
OTITE EXTERNA AGUDA LOCALIZADA - FURUNCULOSE
Pequenos abcessos originados no foliculo piloso 1/3 ext. caeEtiologia – stafiloSintomas – otalgia sem hipoacusia ou otorreiaOtoscopia – hiperemia e edema localizado ou flutuação no folículoTratamento – tópico ou sistêmico Drenagem s/nRecidivas - diabetes
PERICONDRITE DO PAVILHÃO
Historia de trauma ou cirurgia recenteInspeção – > de volume, endurecido, deformado, hiperemiado Sequelas – orelha em couve-florTratamento – antibioticoterapia endovenosa e cirurgia
OTOMICOSE
Otite crônica conduto e mtEtiologia – aspergillus e candidaSintomas – prurido com mau cheiro Otoscopia – lama escura com mau cheiro epitelio hiperemiadoTratamento – limpeza e antimicóticos tópicos
OTITE EXTERNA MALÍGNA
infecção progressiva e necrótica por Pseudomonas no ouvido Idosos, imunodeprimidosPode ser fatal 50%Tramento – amicacina EV carbenicilina
OTITE EXTERNA VIRÓTICA
HERPES ZOSTER ÓTICO (S. DE RANSAY-HUNT) otite externa com paralisia facial e perda auditivaTratamento –predinisona oral debridamento local
MIRINGITE BOLHOSAAssociada a virose de vias aéreas superioresLocalização na MTSintomas – otalgia intensa hipoacusia eventualOtoscopia – vesícula avermelhada MT (bolha)Tratamento –paracentese e analgésico calor
local
OTITE EXTERNA ECZEMATOSA
Pavilhão e ou CAEReação de hipersensibilidade alérgica (alimentos ou gotas)Sintomas – prurido, otorreia serosa, descamação epitelial, edemaInfecção secundária ( otorreia purulenta, otalgia)Tratamento – curativo e prescriçao de corticoides tópicos e anti-histamínicos sistêmicos.Não mexerNão molhar
ROLHA CERUMINOSA
Rolha ceruminosa - Rolha epidermica
Sintomas – hipoacusia súbita e acentuada, indolorOtoscopia – tampão de cerumen(escuro) ou epidérmico(claro)Tratamento – irrigação ou extração sob microscopiaUso do cerumin
CORPO ESTRANHO DE OUVIDO
CORPO ESTRANHO ANIMADO – extremamente sintomáticoPaciente agitado, emergência hospitalar, insetos, acidentalTratamento – uso de álcool comum e retiradaRetirada – irrigação ou instrumental sob microscopia
CORPO ESTRANHO INANIMADO – algodão, sementes, isopor, pérolas, papel, pilhasPoucos sintomasColocação voluntáriaTratamento - irrigação ou instrumental sob microscopia Pequenas pilhas e sementes não devem ser irrigadas
CORPO ESTRANHO DE OUVIDO
TRAUMATISMO DE MEMBRANA TIMPÂNICA
Otorragia por trauma (cotonete, estiletes, agulhas, explosões)Não usar gotas otológicasTraumatismo do conduto – tamponamento
Traumatismo da MT – (perfuração traumática)antibióticoterapia sistêmica profiláticaAnalgesia sistêmica Não mexer e não molharFechamento espontâneo da MT é regra desde que não haja contaminação através da perfuração
PERFURAÇÃO TRAUMÁTICA MT
HEMOTÍMPANO
FRATURAS DO TEMPORAL 20-40% das fraturas de crânio+ frequentes ac. trânsito e de trabalhoLongitudinais + frequentes que transversais. (70-90%)Otorragia pos TC geral/ fratura longitudinalParalisia facial + frequente na fratura transversalTC é o exame gold para avaliar fraturas de base de cranioTto clínico – corticóides e antibióticosNa presença de hemotímpano fazer paracentese.
DOENÇAS DA ORELHA MÉDIA
DOENÇAS DA ORELHA MÉDIA
Muito comuns na infânciaAleitamento materno protegeAlterações de função da tuba auditiva favorecemFendas palatinas favorecem
DIVISÃO: SUPURATIVAS E NÃO SUPURATIVAS
OTITE MÉDIA AGUDA SIMPLES
Geralmente associada a IVAS ou crise de rinite alérgicaMais comum no invernoMais comum na infânciaAté os 2 anos geralmente bilateraisEtiologia – streto, pneumo, haemofiloSintomas – otalgia súbita, hipoacusia, plenitude,zumbidoOtoscopia – hiperemia e edema de MT, exsudato OMSinal de ScheibeTratamento – antibioticoterapia sistemica e descongestionantePrognóstico – bom, perfuração puntiforme, não cronificam
OTITE MEDIA AGUDA SIMPLES
COMPLICAÇÕES DA OTITE MEDIA AGUDA
MASTOIDITE AGUDA – sulco retro-auricular apagado, dorPARALISIA FACIAL – reversível (facial deiscente)ABCESSO CEREBRAL – febre com perda de consciência
MASTOIDITE AGUDA
OTITE MEDIA AGUDA NECROSANTE
> virulencia e ou < resistenciaSintomas – otalgia, otorreia abundante, hipoacusia, zumbidoOtoscopia – perfuraçao ampla MT + destruiçao cadeia ossicularPrognóstico –tendencia a cronificarTratamento – clínico + cirúrgico
OTITE MÉDIA LATENTE
Também chamada otoantriteCompromete a caixa e a mastoideSintomas – febre alta, diarreia, vomitos e perda de pesoOtoscopia – MT normalTratamento – paracentese e antibioticoterapiaLactentes – tuba mais curta, larga e horizontalizada favorecendo contaminação do rinofaringe
OTITE MEDIA CRONICA SIMPLES
Otoscopia – Perfuração central MT por + 2 mesesOtorreia mucocatarral ou mucupurulentaOtorreia continua ou intermitente, geral/ não fétidaSem otalgiaHipoacusiaTratamento – clínico – gotas otologicas
cirúrgico – timpanoplastia
OTITE MEDIA CRONICA SIMPLES
OTITE MEDIA CRONICA COLESTEATOMATOSA
Bolsa cística formada de camadas epiteliais justapostasOtoscopia - perfuração de MT marginalSintomas – otorreia cronica fétida + hipoacusiaRaio X de Schuller – grau de pneumatizaçao da mastoideTratamento cirúrgico – timpanoplastia + mastoidectomiaA persistência da otorreia crônica após tratamento clínico não contra-indica o tratamento cirúrgico
OTITES MEDIAS NÃO SUPURATIVAS
OTITE MEDIA SECRETORA
Também denominada de otite media serosaAcúmulo de líquido seroso no OM, tipo mucoso inicial/Que torna-se mais espesso (glue ear)Frequente/ bilateral nas criançasRendimento escolar e otite serosaHipertrofia adenoideana é fator causal em criançasRinite alérgica é fator causal em adultosSecreção é um exsudato inflamatorio infeccioso50% das efusões cronicas de OM tem cultura positivaDiagnóstico diferencial no adulto é otoscleroseTimpanometria – curva timpanometrica tipo BAudiometria – hipoacusia de transmissão Tratamento clínico – valsalva, corticoterapia, antibioticoterapiaTramento cirúrgico – miringotomia com colocação de dreno
OTITE MEDIA SECRETORA
OTITE SECRETORA - DRENO
COMPLICAÇOES DAS OTITES MEDIAS
Complicações extracraneanas – mastoidite aguda, paralisia facial, labirintitesComplicações intracraneanas – abcesso cerebral, meningites, tromboflebite do seio lateral.A contaminação via óssea é exclusividade do colesteatomaSintomas como cefaléia, vômitos, convulsões, fotofobia em OMC é sinal de complicação intracraneanaVertigem na presença de OMC é fístula do canal lateral e labirintite
OTOSCLEROSE
Osteodistrofia da cápsula labirintica e ancilose estapedio-vestibularEtiologia desconhecidaRara na raça negraGeral/ bilateral 10% dos casos unilateralHistoria familiarSintoma – hipoacusia bilateral progressivaZumbido em 70% dos casosOtoscopia – normal ou Sinal de Schwartze (hiperemia do promontorio)Audiometria – hipoacusia de transmissão > neurosensorialTimpanometria – curva de rigidez tipo AsTratamento cirúrgico – estapedectomiaProtetização
PARALISIA FACIAL
1) Fraturas do osso temporal - Fraturas longitudinais + comuns e em 20% dos casos dão paralisiaFraturas transversais + raras e em 50% dos casos dão paralisiaTratamento clínico – monitoração eletrofisiológicaTratamento cirurgico – após 3 semanas
2)Neoplásica – massa cervical ou parotidea e ausencia de otite
3) Infecciosa – otite media aguda e paralisia (facial deiscente) otite media cronica – colesteatoma (descompressão)
4)Paralisia de Bell – 50% dos casosTambém chamada de idiopática10% com historia familiarDiagnóstico de exclusãoRessecamento corneano (lágrima artificial e curativo oclusivo)
BAROTRAUMA
Barotrauma do ouvido externo – mergulhador com cerumem impactado formando vacuo relativo entre cerumem e MT – otalgiaBarotramuma do ouvido medio – mergulhadores, + descidas aereasHemotimpano – hemorragia no OM no barotraumaPerfuração de MT pode ocorrer no barotrauma e fecha em 8 semanasBarotrauma do ouvido interno – vertigem persistente, hipoacusia sensorioneural, zumbidos altosLactentes e crianças tem m. tensor do veu palatino mal funcionanteIVAS e viagens aereasMascar chicletes nas viagens aereas
BAROTRAUMA
DOENÇAS DA ORELHA INTERNA
DOENÇAS DO OUVIDO INTERNOTRAUMA SONORO E PAIR
TRUAMA SONORO - quadro agudo determinado por sons de alta intensidade (explosões)Hipoacusia sensorio neural com queda em 4000hzPode estar associado a hemotimpano, ruptura traumática MT
PAIR – doença cumulativa e insidiosaPrincipal causa de doença sensorioneural prevenívelAmbientes profissionais e hábitosTolerancia normal 80dbPredisposição individualDegeneração irreversível das células do Órgão de CortiSeguimento: audiometria (subj.) emissões otoacústicas (obj.)Prevenção – uso de protetores de ouvido – 50db de intensidade
DOENÇAS INFECCIOSAS DO OUVIDO INTERNO
VIRAIS – sarampo, caxumbaPerdas neurosensoriais profundas geral. unilaterais
BACTERIANAS –por propagação do O.M. atingindo cóclea e labirinto
OTOTOXIDADE
Podem alterar função do equilíbrio e ou da audiçãoAs principais drogas ototóxicas são os aminoglicosideos
ATB vestíbular coclear streptomicina +++ + tobramicina + + gentamicina ++ + netilmicina + + kanamicina + +++ amicacina + +++ neomicina + ++++As lesões vestibulares são reversíveis (compensação central)As lesões cocleares são irreversíveis (lesão do órgão de corti)Salicilatos e quinino dão discreta ototoxidade temporáriaFurosemide EV em pctes insuf. Renal – ototoxidade transitoria
NEUROMA DO ACÚSTICO
Tu benigno + comum no ramo vestibular que no coclear SchuanomaSintomas – hipoacusia neurosensorial unilateral, vertigem e zumbidoDiagnóstico – RM e audiometriaAudio – hipoacusia neurosensorial com baixa discriminação vocalTratamento - cirúrgico
SURDEZ SÚBITA
Perda neurosensorial abrupta e intensa Causa desconhecida (idiopática)50% recuperam expontaneamente+ comum unilateral1/3 dos pacientes relatam IVAS recenteTimpanotomia exploradora na ruptura da janela redonda.
DOENÇA DE MENIERE
Devido a hipertensão do sistema endolinfáticoUnilateral em 80% dos casos75% das vertigens otologicas são meniereSintomas – hipoacusia sensorioneural flutuante, zumbido flutuante e vertigem flutuanteVertigem é do tipo rotatóriaDuração – 2-3 horasNistagmo horizontal Presença de nauseas, vomitos, palidez e sudorese na criseTratamento clínico – vasodilatadores periféricos, diazepan e apoio psicológicoTratamento cirúrgico – 10% casos
PRESBIACUSIA
ou surdez fisiológica ou senescencia auricularInicio aos 40 anos e progressão lentaAcometimento bilateral + - simétricoDevida a degeneração do orgão de cortiTratamento – prótese auditiva
OUTROS DISTURBIOS VESTIBULARES
VERTIGEM POSTURAL PAROXÍSTICA BENÍGNA – precipitada por movimentos específicos da cabeça (virar-se na cama) com duração menor que 1 minuto. Comum em idosos. Usualmente os sintomas desaparecem expontanea/ após algumas semanasNEURITE VESTIBULAR – etiologia virótica inespecífica, inicio súbito, com duração de dias ou semanasFÍSTULA PERILINFÁTICA – derrame de perilinfa no OM pela janela oval ou redonda. Pode estar associada TC ou barotrauma. Teste da fístula +, timpanotomia exploradoraINSUFICIENCIA VERTEBRO BASILAR – idosos com vertigem abrupta por isquemia transitória devido a arteriosclerose ou artrose com duração de vários minutos
Consiste em um conjunto de procedimentos que permite a exploração semiológica dos sistemas auditivo e vestibular e de suas relações com o sistema nervoso central.- historia clínica: é a parte central do exame otoneurologico, fornecendo pistas para a provável etiologia da vertigem. - Em relação a idade do paciente podemos dizer: na infância são mais comuns labirintopatias de origem infecciosa, otites, viroses, a vertigem paroxística benigna, traumas e ototóxicos. Após os 20 anos de idade são mais freqüentes as neuronites, labirintopatias hormonais e metabólicas e a Doença de Meniére. A partir dos 50 anos de idade prevalece as causas vasculares e síndromes cervicais.- Em relação ao sexo do paciente lembrar das disfunções hormonais nas mulheres.- Em relação as características da vertigem tem importância: geralmente é a queixa principal. As vertigens rotatórias acompanhadas de hipoacusia e zumbidos nos orientam para o labirinto periférico. Quando em crises e com flutuação da audição nos fazem pensar em Meniére. As do tipo instabilidade com alterações visuais, quedas repentinas nos induzem a pensar em moléstia vascular ex.: insuficiência vertebro-basilar. As instabilidades com quedas e perda de consciência sugerem possível afecção central.Outros fatores desencadeantes como mudanças posturais sugerem vertigem postural paroxística benigna.
EXAME OTONEUROLÓGICO
CINETOSEENJOO DO MOVIMENTO
Palidez, tontura, transpiração, inquietação, seguida de salivação excessiva, nauseas e vomitos.Causa: conflito sensorial entre velocidade das mensagens que o cerebro recebe dos olhos e do labirinto.Predisposição genética. + em enxaquecososDisparados os sintomas é de dificil controlePrevençao: antidopaminérgicos, anicolinérgicos e antihistaminicos