DOCÊNCIA E JUSTIÇA AMBIENTAL NA BAIXADA FLUMINENSE · da pesquisa “(In)justiças ambientais,...
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PROPEP 2014
DOCÊNCIA E JUSTIÇA AMBIENTAL NA BAIXADA FLUMINENSE
Aluno: Ana Cláudia Gomes Colaboradores:
Orientador: Cleonice Puggian Curso / Instituição de Ensino Superior: Pedagogia / UNIGRANRIO
Introdução / Objetivos / Material e Métodos / Conclusões / Resultados / Referências Bibliográficas
Introdução
Este projeto de iniciação científica dedica-se à investigação do conceito de justiça ambiental na perspectiva de professores que atuam em três escolas da Baixada Fluminense. A primeira escola localiza-se no entorno do Aterro Sanitário de Gramacho; a segunda na Reserva Biológica do Tinguá e a terceira na Praia de Mauá. Este estudo faz parte da pesquisa “(In)justiças ambientais, tecnologias e culturas juvenis”, que está em desenvolvimento. Argumentamos que os professores, quando informados pelos debates já estabelecidos pelos movimentos de educação ambiental crítica, justiça ambiental e ecologia política podem engajar-se em um “processo argumentativo contínuo de ressignificação ideológica da questão ambiental, agindo como contraponto das interpretações hegemônicas do senso comum acerca do fenômeno socioambiental” (LOUREIRO; LAYRARGUES, 2013, p. 68).
Objetivos
Os objetivos desta pesquisa são: investigar o conceito de justiça ambiental na perspectiva de professores que atuam em três escolas da Baixada Fluminense atingidas por problemas socioambientais; explorar como as injustiças ambientais são abordadas pelos docentes em sua prática cotidiana; e descrever, na perspectiva dos próprios docentes, proposições para a formação inicial e continuada de docentes que atuam em áreas atingidas por injustiças ambientais.
Metodologia
Adota uma metodologia qualitativa, com viés participativo e visual. Dados estão sendo coletados através de observação participante, entrevistas semiestruturadas e atividades integrando produção visual (fotografia e filmagem) e grupos de discussão. Os participantes do estudo são professores do nono ano da Escola Estadual Lara Villela (Jardim Gramacho, Duque de Caxias), Escola Vale do Tinguá (Tinguá, Nova Iguaçu) e Escola Estadual Oswaldo Cruz (Mauá, Magé). As análises são orientadas por uma abordagem conhecida como “grounded theory”, que apóia a eleição de categorias, a formulação de argumentos explicativos e a construção teórica.
Resultados
Resultados preliminares, baseados em observações e entrevistas em três escolas, indicam que poucos professores incluem as injustiças ambientais como parte do currículo formal de suas disciplinas. Embora os diretores e professores reconheçam a importância das injustiças ambientais na constituição das identidades e da cidadania dos jovens, há uma grande preocupação com as exigências curriculares provenientes do governo do estado e das expectativas referentes ao desempenho dos alunos em exames estaduais e nacionais. Notamos também na narrativa de um dos diretores certa desilusão com as políticas governamentais para a escola, que desmantelou projetos anteriores destinados a integrar as experiências dos jovens ao trabalho da escola. Segundo o diretor, agora esses projetos são reduzidos a pequenas iniciativas, em sua maioria desenvolvidas por ONGs. Notamos também que o diálogo sobre injustiças ambientais é frequentemente realizado por professores cujas perspectivas pessoais e valores incluem a preocupação com questões ambientais. Nota-se portanto, a necessidade de investir na formação dos docentes, tanto na universidade como nas escolas.
Referências bibliográficas
LOUREIRO, Carlos Frederico; LAYRARGUES, Philippe Pomier. Ecologia política, justiça e educação ambiental crítica: perspectivas de aliança contra-hegemônica. Trabalho, Educação e Saúde, v. 11, n. 1, p. 53-71, jan/abr 2013.
Bolsa de Iniciação Científica (IC): CNPq FAPERJ UNIGRANRIO SANTANDER FUNADESP Outros
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