Ditadura militar

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O QUE É UMA DITADURA MILITAR? Ditadura militar é uma forma de governo cujos poderes políticos são controlados por militares. O significado de ditadura se refere a qualquer regime de governo em que todos os poderes estão sob autoridade de um indivíduo ou de um grupo. No caso de uma ditadura formada por militares, estes chegam ao poder quase sempre através de um golpe de Estado. Um golpe de Estado liderado por militares significa que um governo legítimo é derrubado com o apoio de forças de segurança. Algumas ditaduras militares que não conseguem apoio popular são marcadas pela crueldade e pela falta de respeito aos Direitos Humanos nas perseguições aos defensores da oposição. No Brasil, o regime militar durou mais de 20 anos (entre 1964 e 1985). No dia 1 de Abril de 1964, o governo de João Goulart (após renúncia do presidente Jânio Quadros) foi deposto e o regime militar teve início alguns dias depois. O fim da ditadura militar no Brasil aconteceu em 1985, sendo João Figueiredo o último presidente deste período. Fonte: www.significados.com.br Fatores que influenciaram o Golpe: Instabilidade política durante o governo de João Goulart; Ocorrências de greves e manifestações políticas e sociais; Alto custo de vida enfrentado pela população; Promessa de João Goulart em fazer a Reforma de Base (mudanças radicais na agricultura, economia e educação); Medo da classe média de que o socialismo fosse implantado no Brasil; Apoio da Igreja Católica, setores conservadores, classe média e até dos Estados Unidos aos militares brasileiros; O clima de crise política e as tensões sociais aumentavam a cada dia. No dia 31 de março de 1964, tropas de Minas Gerais e São Paulo saem às ruas. Para evitar uma guerra civil, Jango deixa o país refugiando-se no Uruguai. Os militares tomam o poder. Em 9 de abril, é decretado o Ato Institucional Número 1 (AI-1). Este, cassa mandatos políticos de opositores ao regime militar e tira a estabilidade de funcionários públicos. Fontes: www.suapesquisa.com e www.historiadobrasil.net GOVERNOS DO PERÍODO MILITAR NO BRASIL 1. CASTELO BRANCO (1964-1967) Castelo Branco é eleito presidente do Brasil pelo Congresso Nacional, em 1964, o que legitima o endurecimento do regime no país. Castelo Branco promulga novos atos institucionais que: ampliam os poderes do Executivo; cria o Sistema Nacional de Informações (SNI) e o Plano de Ação Econômica do Governo, para contenção da inflação e crescimento da economia; unifica institutos previdenciários; decreta o fechamento do Congresso Nacional; implementa o bipartidarismo com a Arena e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB). O presidente promulga uma nova Constituição em 1967 e implementa duas leis: a Lei da Imprensarestringe a liberdade de expressão, e a Lei de Segurança Nacional define como crime atos contra a segurança nacional e a ordem política nacional. No final do seu governo, em 1967, institui-se o cruzeiro novo como moeda nacional. Fonte: www.brasil.gov.br 2. COSTA E SILVA (1967-1969)

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O QUE É UMA DITADURA MILITAR?

Ditadura militar é uma forma de governo cujos poderes políticos são controlados por militares. O significado de ditadura se refere a qualquer regime de governo em que todos os poderes estão sob autoridade de um indivíduo ou de um grupo. No caso de uma ditadura formada por militares, estes chegam ao poder quase sempre através de um golpe de Estado. Um golpe de Estado liderado por militares significa que um governo legítimo é derrubado com o apoio de forças de segurança. Algumas ditaduras militares que não conseguem apoio popular são marcadas pela crueldade e pela falta de respeito aos Direitos Humanos nas perseguições aos defensores da oposição. No Brasil, o regime militar durou mais de 20 anos (entre 1964 e 1985). No dia 1 de Abril de 1964, o governo de João Goulart (após renúncia do presidente Jânio Quadros) foi deposto e o regime militar teve início alguns dias depois. O fim da ditadura militar no Brasil aconteceu em 1985, sendo João Figueiredo o último presidente deste período. Fonte: www.significados.com.br Fatores que influenciaram o Golpe:

Instabilidade política durante o governo de João Goulart; Ocorrências de greves e manifestações políticas e sociais; Alto custo de vida enfrentado pela população; Promessa de João Goulart em fazer a Reforma de Base (mudanças radicais na agricultura, economia e

educação); Medo da classe média de que o socialismo fosse implantado no Brasil; Apoio da Igreja Católica, setores conservadores, classe média e até dos Estados Unidos aos militares

brasileiros; O clima de crise política e as tensões sociais aumentavam a cada dia. No dia 31 de março de 1964, tropas de Minas Gerais e São Paulo saem às ruas. Para evitar uma guerra civil, Jango deixa o país refugiando-se no Uruguai. Os militares tomam o poder. Em 9 de abril, é decretado o Ato Institucional Número 1 (AI-1). Este, cassa mandatos políticos de opositores ao regime militar e tira a estabilidade de funcionários públicos. Fontes: www.suapesquisa.com e www.historiadobrasil.net GOVERNOS DO PERÍODO MILITAR NO BRASIL 1. CASTELO BRANCO (1964-1967)

Castelo Branco é eleito presidente do Brasil pelo Congresso Nacional, em 1964, o que legitima o endurecimento do regime no país. Castelo Branco promulga novos atos institucionais que: ampliam os poderes do Executivo; cria o Sistema Nacional de Informações (SNI) e o Plano de Ação

Econômica do Governo, para contenção da inflação e crescimento da economia;

unifica institutos previdenciários; decreta o fechamento do Congresso Nacional; implementa o bipartidarismo com a Arena e o Movimento Democrático

Brasileiro (MDB). O presidente promulga uma nova Constituição em 1967 e implementa duas leis: a Lei da Imprensarestringe a liberdade de expressão, e a Lei de Segurança Nacional define como crime atos contra a segurança nacional e a ordem política nacional. No final do seu governo, em 1967, institui-se o cruzeiro novo como moeda nacional. Fonte: www.brasil.gov.br 2. COSTA E SILVA (1967-1969)

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O governo Costa e Silva (1967-1969), consolidou a ditadura no Brasil. Nele, que foram cessadas totalmente as liberdades democráticas. Assim que ele assumiu o governo, aumentou a repressão policial e acabou com possíveis oposições ao regime. A justificativa do presidente Costa e Silva para a permanência dos militares no poder era que havia muita oposição naquele momento. Em resposta às constantes oposições ao Regime, o presidente fechou o Congresso Nacional e editou o AI-5. Com esse Ato Institucional, foram suspensas todas as liberdades democráticas e os direitos constitucionais, dando permissão à polícia para efetuar investigações, perseguições e prisões sem que fosse necessário solicitar um mandato judicial. Com essa suspensão, várias violações aos direitos humanos foram cometidas. O mandato de Costa e Silva foi interrompido porque ele foi acometido por um derrame cerebral. O seu vice, Pedro Aleixo, por ser um civil, não tomou posse. Sendo assim, foi organizada uma Junta Militar com o Exército, Aeronáutica e a Marinha para assumir de forma provisória o governo. O afastamento de Costa e Silva somente foi solucionado com a escolha do general Emílio Garrastazu Médici para ser o novo presidente do regime militar. Fonte: governo-militar.info 3. JUNTA MILITAR (31/8/1969 - 30/10/1969)

Doente, Costa e Silva foi substituído por uma junta militar formada pelos ministros Aurélio de Lira Tavares (Exército), Augusto Rademaker (Marinha) e Márcio de Sousa e Melo (Aeronáutica). Dois grupos de esquerda, O MR-8 e a ALN sequestram o embaixador dos EUA Charles Elbrick. Os guerrilheiros exigem a libertação de 15 presos políticos, exigência conseguida com sucesso. Porém, em 18 de setembro, o governo decreta a Lei de Segurança Nacional. Esta lei decretava o exílio e a pena de morte em casos de "guerra psicológica adversa, ou revolucionária, ou subversiva". No final de 1969, o líder da ALN, Carlos Mariguella, foi morto pelas forças de repressão em São Paul o. Fonte: www.sohistoria.com.br 4. MEDICI (1969-1974)

No mandato de Garrastazu Médici, foi registrado o maior crescimento econômico do Brasil. O setor industrial crescia e as exportações também e isso acarretava em milhares de contratações. Eram tantas vagas de empregos, que alguns setores disputavam funcionários. Esse período de crescimento da economia ficou conhecido como “milagre econômico”. Porém, o motivo para esse crescimento era devido aos empréstimos estrangeiros que foram feitos e quando a economia internacional passou por problemas, a do país começou a declinar. O “milagre econômico” contribuiu bastante para a grande desigualdade socialda época, pois ocorreu uma grande concentração de renda, que impediu o desenvolvimento das camadas mais pobres da população. Para oprimir os opositores, o governo realizava ações principalmente contra as organizações deguerrilha. Os principais grupos de guerrilha buscavam derrubar o governo e instalar no país o socialismo. Realizaram diversas ações como assaltos a bancos, sequestros de embaixadores e atentados contra autoridades. Todas as guerrilhas urbanas acabaram destruídas, com seus militantes sendo mortos pela repressão. Durante o mandato do Médici, as torturas contra os presos políticos foram intensificadas e quando também, foram verificados os maiores números de casos. O governo negava qualquer ação ou prática de tortura. Entretanto, não era isso que ocorria, porque existiam locais próprios para a realização de torturas nos presos e eram feitos por pessoas especializadas. Devido ao sucesso de seu mandato, por diversas razões, Médici pode escolher quem iria sucedê -lo: ele optou por Ernesto Geisel. Fonte: governo-militar.info 5. GEISEL (1974-1979)

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Iniciou o mandato presidencial em 15 de março de 1974, seu governo durou até 15 de março de 1979, tendo como vice-presidente Adalberto Pereira dos Santos. Seu governo foi dedicado a abertura política, enfrentando forte oposição dos militares radicais. Houve durante o seu governo, a necessidade de administrar as crises da ditadura e o amadurecimento da oposição dentro e fora do governo. Mario Henrique Simonsen foi indicado para o Ministério da Fazenda, que logo anunciou o II Plano Nacional de Desenvolvimento, na tentativa de retomar o crescimento econômico e conter o avanço da inflação. O Plano falhou, o Brasil sofreu os efeitos da crise do petróleo que gerou crise econômica nas grandes nações do mundo. A crise econômica fortaleceu a oposição política oficial no cenário político nacional. Em outubro de 1975, ocorreu a morte no jornalista Vladimir Herzog na prisão do II Exército de São Paulo, sob indícios apresentados pelo exército como suicida. O fato fortaleceu a pressão pela anistia aos presos políticos e a abertura de uma nova Constituinte. Fonte: www.historiabrasileira.com 6. FIGUEIREDO (1979-1985)

A vitória do MDB nas eleições em 1978 começa a acelerar o processo de redemocratização. O general João Baptista Figueiredo decreta a Lei da Anistia, concedendo o direito de retorno ao Brasil para os políticos, artistas e demais brasileiros exilados e condenados por crimes políticos. Os militares de linha dura continuam com a repressão clandestina. Cartas-bomba são colocadas em órgãos da imprensa e da OAB (Ordem dos advogados do Brasil). No dia 30 de Abril de 1981, uma bomba explode durante um show no centro de convenções do Rio Centro. O atentado fora provavelmente promovido por militares de linha dura, embora até hoje nada tenha sido provado. Em 1979, o governo aprova lei que restabelece o pluripartidarismo no país. Os partidos voltam a funcionar dentro da normalidade. A ARENA muda o nome e passa a ser PDS, enquanto o MDB passa a ser PMDB. Outros partidos são criados, como: Partido dos Trabalhadores ( PT ) e o Partido Democrático Trabalhista ( PDT ). Fonte: www.suapesquisa.com DIRETAS JÁ

Diretas Já foi um movimento político democrático com grande participação popular que ocorreu no ano de 1984. Este movimento era favorável e apoiava a emenda do deputado Dante de Oliveira que restabeleceria as eleições diretas para presidente da República no Brasil. Durante o movimento ocorreram diversas manifestações populares em muitas cidades brasileiras como, por exemplo, passeatas e comícios. Estes eventos populares contaram com a participação de milhares de brasileiros. O movimento das Diretas Já contou com o apoio de diversos políticos da época como, por exemplo, Franco Montoro, Fernando Henrique Cardoso, Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, José Serra, Mário Covas, Teotônio Vilela, Eduardo Suplicy, Leonel Brizola, Luis Inácio Lula da Silva, Miguel Arraes, entre outros. Teve também a participação de artistas, jogadores de futebol, cantores, religiosos, etc. Em 25 de abril de 1984, a emenda constitucional das eleições diretas foi colocada em votação. Porém, para a desilusão do povo brasileiro, ela não foi aprovada. Em 15 de janeiro de 1985, ocorreram eleições indiretas e Tancredo Neves foi eleito presidente do Brasil. Porém, em função de uma doença, Tancredo faleceu antes de assumir o cargo, sendo que o vice, José Sarney, tornou-se o primeiro presidente civil após o regime de Ditadura Militar (1964-1985).

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As eleições diretas para presidente do Brasil só ocorreriam em 1989, após ser estabelecida na Constituição de 1988. Fonte: www.suapesquisa.com

EXERCÍCIOS SOBRE A DITADURA MILITAR

QUESTÕES OBJETIVAS 01. (Fuvest/FGV-SP)

A prisão e a morte do jornalista Wladimir Herzog e do operário Manoel Fiel Filho, a bomba no show de primeiro de maio no Riocentro, a carta-bomba enviada à Ordem dos Advogados do Brasil, episódios ocorridos nos governos dos generais Ernesto Geisel e João Figueiredo revelam: a) O recrudescimento da guerrilha urbana de esquerda no Brasil. b) São episódios isolados uns dos outros, sem nenhuma inter-relação. c) A luta entre duas facções militares, uma de extrema direita e outra de extrema esquerda, esta chefiada pelo capitão Carlos Lamarca. d) Uma política deliberada dos generais-presidentes de perseguição aos jornalistas, operários, artistas e advogados. e) Uma tentativa da chamada linha dura militar para desestabilizar o processo de abertura política. 02. (Ufrrj)

"(...) Considerando que, assim, se torna imperiosa a adoção de medidas que impeçam sejam frustrados os ideais superiores da Revolução, preservando a ordem, a segurança, a tranqüilidade e o desenvolvimento econômico e cultural e a harmonia política e social do país (...)." (Ato Institucional nº 5 - 13/12/1968.) A edição do AI-5 representou, há 30 anos, uma radicalização do poder gerado pelo golpe político-militar de abril de 1964 no Brasil. Diante do quadro que se apresentava na época, podemos entender que "os ideais superiores da Revolução" significavam a) a integração do capitalismo brasileiro ao grande capital internacional e a representação da segurança nacional por um anticomunismo radical. b) a implantação da chamada "República Sindicalista" e a vinculação econômica ao sistema financeiro internacional. c) o desenvolvimento capitalista independente e a aproximação político-cultural com os países latino-americanos. d) a maior aproximação com o capitalismo europeu, para romper a dependência com os Estados Unidos e a União Soviética. e) a criação de uma economia planificada e uma aproximação com outros regimes revolucionários da América. 03. (UEPG-PR)

Sobre o período do regime militar no Brasil (1964-1985), identifique o que for correto. a) Os militares raramente atuaram em bloco na esfera política. Dividiram-se em diversas correntes, embora houvesse pontos de aproximação entre elas. Castelistas, nacionalistas, a linha-dura, o poder de cada um desses grupos variou ao longo do período. b) O regime consistiu num simples instrumento da classe dominante, que foi be neficiária de todas as políticas governamentais, participando efetivamente da condução da esfera econômica. c) Os militares deram destaque a uma burocracia técnica de Estado, em especial o setor ligado à política econômica. d) Esse período conheceu três fases de institucionalização do Estado. Na primeira, abrangendo os governos Castello Branco e Costa e Silva, foram lançadas as bases do Estado de Segurança Nacional; na segunda, governo Médici, foram desenvolvidos o modelo econômico e o aparato repressivo; e na terceira, governos Geisel e Figueiredo, foram adotadas práticas políticas conhecidas como "dissensão".

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e) O regime não teve características fascistas, pois não se realizaram esforços para organizar partido único acima do Estado e para organizar o apoio das massas. 04. (UFF-RJ)

A economia brasileira, em fins da década de 1960, apresentou um novo direcionamento analisado de modo ambíguo pelos especialistas: tanto corresponderia a uma política distributivista, quanto a uma política econômica altamente concentracionista da riqueza e da renda do país. Apesar dessa ambigüidade, não se pode negar que, nesse período: a) o aspecto concentracionista da economia foi determinado pela violência da perseguição política movida pelo regime militar aos setores médios urbanos. b) o novo direcionamento econômico elevou o nível médio salarial da classe operária no Brasil. c) o cunho-distributivista da economia brasileira, para os que o defendem, teve sua origem no caráter altamente democrático de participação no mercado financeiro. d) a característica distributivista deveu-se ao aumento da renda dos trabalhadores do setor primário da economia. e) a economia concentracionista deveu-se à política de arrocho salarial seletiva, praticada pelos governos militares. 05. (Fuvest-SP)

Sobre o fim do período militar no Brasil (1964-1985), pode-se afirmar que ocorreu de forma a) conflituosa, resultando em um rompimento entre as Forças Armadas e os partidos políticos. b) abrupta e inesperada, como na Argentina do general Galtieri. c) negociada, como no Chile, entre o ditador e os partidos na ilegalidade. d) lenta e gradual, como desejavam setores das Forças Armadas. e) sigilosa, entre o presidente Geisel e Tancredo Neves, à revelia do exército e dos partidos. 06. (Fatec)

O período compreendido entre a Redemocratização de 1945 e o início das "aberturas democráticas" pelo ex-presidente Ernesto Geisel apresentou diferentes momentos com relação às políticas econômicas adotadas. Assim, podemos dizer que: a) João Goulart tentou, durante seu governo, retomar o crescimento econômico do Brasil com o Plano Salte (que visava ao pagamento de nossa dívida externa e o combate à inflação), o que lhe daria amplo apoio dos grupos financeiros internacionais. b) No governo de Jânio Quadros, o apelo nacionalista de grande impacto sobre a classe média urbana levou ao desenvolvimento da capacidade produtiva dos setores ligados à energia e aos combustíveis, sendo exemplo disso a fundação da Petrobrás. c) Juscelino Kubitschek, com seu Plano de Metas, possibil itou o desenvolvimento industrial em função de um vigoroso monopólio nacional dos chamados setores de ponta de nossa economia e, para tal, obteve forte apoio da burguesia nacional. d) O período compreendido entre 1970 e 1973 representou o apogeu do conheci do "milagre brasileiro", que se baseava no investimento de capitais estrangeiros, na participação do Estado nos chamados setores básicos e na expansão do sistema de crédito ao consumidor. e) O populismo do governo de Getúlio Vargas tentou orientar a políti ca econômica no sentido de favorecer as classes agrárias, que constituíram o segmento político mais expressivo naquele momento. 07. (Unicamp 2012)

O movimento pelas Diretas Já provocou uma das maiores mobilizações populares na história recente do Brasil, tendo contado com a cobertura nos principais jornais do país. Assinale a alternativa correta. a) O movimento pelas Diretas Já, baseado na emenda constitucional proposta pelo deputado Dante de Oliveira, exigia a antecipação das eleições gerais para deputados, senadores, governadores e prefeitos.

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b) O fato de que os protestos populares pelas Diretas Já pudessem ser veiculados nas páginas dos jornais indica que o governo vigente, ao evitar censurar a imprensa, mostrava-se favorável às eleições diretas para presidente. c) O movimento pelas Diretas Já exigia que as eleições presidenciais de 1985 ocorressem não de forma indireta, via Colégio Eleitoral, mas de forma direta por meio do voto popular. d) As manifestações populares pelas Diretas Já consistiram nas primeiras marchas e protestos civis no espaço público desde a instituição do AI-5, em dezembro de 1968. 08. (UFPI)

Leia, com atenção, o depoimento do general Bandeira a respeito da participação dos militares na política brasileira: "No movimento de 1964, a ideologia política foi puramente a de preservar o regime democrático. Essa foi a grandemolaqueconduziu o movimento". (D'ARAÚJO, Maria Celina et al. Visões do golpe: a memória militar sobre 1964. Rio de Janeiro: Relume -Dumará, 1994.) Considerando a tendência interpretativa da História, na atualidade, é correto afirmar que: a) a real compreensão da situação política nacional fundamenta-se na objetividade do conhecimento histórico, isento de intencionalidade política. b) a interpretação do referido militar é inaceitável, pois no estudo da história torna-se imprescindível um maior distanciamento cronológico entre o depoente e a realidade estudada. c) a renovação metodológica, decorrente da valorização da história oral no Brasil, propiciou um novo entendimento a respeito da visão democrática dos militares. d) a marca da objetividade, nos estudos históricos, com prova a validade da opinião apresentada, evitando uma versão partidária da história. e) o testemunho apresentado, mesmo considerando a realidade políti ca brasileira, vivida a partir de 1964, comprova a presença da subjetividade na interpretação histórica. 09. (Unesp 2010)

Um editorial do jornal Folha de S.Paulo gerou polêmica e protestos no início de 2009. No entender do editorialista (...) as chamadas “ditabrandas” – caso do Brasil entre 1964 e 1985 – partiam de uma ruptura institucional e depois preservavam ou instituíam formas controladas de disputa política e acesso à Justiça (...). (Folha de S.Paulo, 17.02.2009.) O termo “ditabranda” reporta-se ao: a) golpe político aplicado por Getúlio Vargas; encerramento da chamada República Velha; repressão ao Partido Comunista; políticas econômicas de cunho nacionalista; suicídio de Vargas e divulgação da carta-testamento. b) período do coronelismo na política brasileira; ocorrência de fraudes nas eleições, através do chamado voto de cabresto; polícia política constituída por capangas e jagunços. c) período de Juscelino Kubitschek; imposição do crescimento econômico através da industrialização; slogan governamental “50 anos em 5”; tempo de democracia restrita, com voto censitário. d) golpe político-militar que instalou a ditadura; imposição de Atos Institucionais; extinção dos partidos existentes; instituição do bipartidarismo – ARENA e MDB; repressão à oposição e censura à imprensa. e) período de redemocratização; eleições diretas para o executivo, legislativo e judiciário; urbanização acelerada e enfraquecimento do poder dos presidentes da república. 10. (Cftmg 2010)

A Lei da Anistia, de 1979, teve como significado político a(o) a) alteração na ordem constitucional para perpetuar os mecanismos de controle estatal. b) regulamentação legal da violência praticada pelo Estado contra os opositores do governo. c) engajamento da população na defesa das reformas de base propostas pelos trabalhadores e estudantes.

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d) desdobramento do processo de abertura política, marcado pelas lutas contra a limitação das liberdades democráticas. 11. Sua Pesquisa

Qual das alternativas abaixo aponta uma importante decisão que abriu caminho para a redemocratização no país e fim da ditadura militar? a) Em 1984, a Campanha das Diretas Já conquistou seu objetivo e as eleições diretas para presidente voltou ao país em 1985. b) Em 1979, o presidente Figueiredo estabeleceu o fim da ditadura e convocou eleições diretas para presidente. c) Em 1978, o presidente Geisel acabou com o AI-5, restaurou o habeas-corpus e abriu caminho para a volta da democracia no Brasil. d) Em 1980, com apoio dos EUA, uma guerra civil derrubou o governo militar e colocou no poder um presidente civil. 12. (Ufu)

A respeito do panorama sócio-cultural no Brasil entre os anos 1970/1979, assinale a alternativa INCORRETA. a) Para encobrir sua face cruel, os governos militares gastavam milhões de cruzeiros em pro paganda demagógica destinada a melhorar sua imagem junto à população, divulgando slogans, tais como "Brasilame-o ou deixe-o" que, na prática, significava "apóie o regime militar ou abandone o país". b) O tricampeonato mundial de futebol, conquistado pelo Brasil em 1970, no México, foi exaustivamente explorado pelo sistema de propaganda do governo, para a criação de um clima de euforia e ufanismo. A exploração deste clima procurava mascarar a repressão, a censura e a tortura, praticados pelo governo Médici. c) Neste período não existiram movimentos de contestação ao regime militar, pois as associações de bairros, os grupos de jovens, os clubes de mães, os círculos bíblicos, o Movimento do Custo de Vida e os metalúrgicos do ABC paulista só puderam expressar sua insatisfação com a abertura, criada pela Nova República. d) As músicas "Eu Te Amo, Meu Brasil" e "Você Também É Responsável" (exaltando o MOBRAL) da dupla Don e Ravel, contribuíam para o clima nacionalista-ufanista da época. e) A imprensa alternativa, representada pelos jornais "Pasquim, Opinião e Movimento", constituiu importante espaço de crítica à ditadura militar e de defesa das liberdades democráticas. GABARITO DAS QUESTÕES OBJETIVAS

01. E 02. A

03. D 04. E

05. D 06. D

07. C 08. E

09. D 10. D

11. C 12. C

QUESTÕES DISCURSIVAS 01. (Unicamp-SP)

Em 13 de dezembro de 1968, o governo brasileiro promulgou o Ato Institucional n' 5, que, segundo opiniões da época, transformava o regime militar em uma ditadura "sem disfarces". a) Qual o pretexto utilizado pelo regime militar para editar esse Ato? b) Cite duas das principais medidas adotadas por esse Ato. c) Caracterize dois elementos da democracia que a diferenciam da ditadura. 02. (Fuvest)

"...Meu Brasil... que sonha com a volta do irmão do Henfil com tanta gente que partiu num rabo de foguete chora a nossa pátria mãe gentil choram Marias e Clarices no solo do Brasil..." Esse trecho de O BÊBADO E A EQUILIBRISTA, de João Bosco e Aldir Blanc, expressa qual momento político brasileiro? Analise o panorama cultural do período retratado. 03. (Unesp)

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O regime político instalado em 1964 conseguiu, em cinco anos, reduzir consideravelmente a inflação. Enumere alguns problemas graves que os governantes militares não conseguiram resolver, apesar dos poderes excepcionais que a legislação lhes conferia. 04. (Unicamp)

O movimento das Diretas-Já em 1984 chegou a reunir centenas e milhares de pessoas na Praça da Sé em São Paulo e em outras cidades do Brasil. Ao final de cada comício, cantava-se o Hino Nacional, que expressava o descontentamento da sociedade civil com o regime político, cada vez mais, antipopular e deslegitimado. a) O que foi o movimento Diretas-Já? b) De que maneira o Hino Nacional, cantado nas praças públicas, marcava uma nova relação entre o estado e a nação? 05. (Unesp)

Manifestações de repúdio ao Governo Goulart precederam o movimento militar que golpeou as instituições do país a partir de 31 de março de 1964. Nos protestos veiculavam soluções salvacionistas sobre a pátria, a ordem democrática, a liberdade, Deus e a família, habilmente articuladas por forças políticas de direita, membros da Igreja Católica, grandes proprietários rurais, banqueiros e empresários nacionais e estrangeiros, que visavam a adesão do povo. Ao final de 1965, estava na praça a seguinte peça musical de Zé Queti: "Marchou com Deus pela democracia, agora chia, agora chia (...)". Com base no texto: a) esclareça o rumo que os militares, detentores do poder, imprimiram ao re gime instalado; b) a partir da expressão "agora chia", procure indicar a quem o autor da composição dirigia sua sátira. 06. (Unesp)

O movimento de 31 de março de 1964 foi o estágio final de um longo processo iniciado na Década de 40, após o término da Segunda Guerra Mundial. Revele o tipo de regime político que derivou do golpe militar e o que ele significou para a sociedade brasileira. 07. (Uff)

No período após 1964, o regime militar inaugurou uma política econômica que, entre 1968 e 1974, ganhou a denominação de "milagre brasileiro". a) Mencione dois resultados econômico-sociais observados durante o "milagre brasileiro". b) Analise as repercussões desse período histórico (1968 - 1974) na sociedade brasileira Gabarito das Questões Discursivas

01. a) A recusa da Câmara dos Deputados em autorizar que o governo militar processasse o deputado federal Márcio Moreira Alves, do MDB, devido ao discurso por ele proferido, o qual fora considerado ofensivo pelas Forças Armadas. b) Restabelecimento das cassações de mandatos e da suspensão de direitos políticos; suspensão do direito de "habeas corpus". c) Na democracia, existe liberdade de expressão, a qual é cerceada na ditadura. Na democracia, há também a liberdade de organização político-partidária e, conseqüentemente, a liberdade de voto, as quais inexistem na ditadura 02. Fase de intensa repressão cultural e política que abrange o governo Médici e parte do governo Geisel (1969-1977). Perseguição aos opositores do regime e censura dos meios de comunicação são os principais temas abordados no plano cultural da época. 03. Os problemas dos trabalhadores urbanos e rurais, reforma agrária, miséria, pobreza, dívida externa, saúde pública, educação e etc. 04. a) Mobilização popular em prol da emenda do deputado Dante de Oliveira pelas eleições diretas. b) Era o clamor popular exigindo, pela maioria, a democratização plena do país. 05.a) Regime autoritário, sem democracia. b) A aqueles que inicialmente apoiaram as forças reacionárias, ligadas a igreja católica. 06. Estado autoritário, regime anti-democrático, censura, mortes, torturas, exílio e concentração de renda para as elites do país. 07. a) O candidato poderá citar:

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I) arrocho salarial sobre os operários e trabalhadores de baixa renda; II) favorecimento das grandes empresas - sobretudo as estrangeiras - pelo Estado; III) obtenção de empréstimos externos pelo governo para financiar as multinacionais; b) O "milagre brasileiro" trouxe para a classe trabalhadora um brutal achatamento salarial, com o conseqüente encarecimento da cesta básica. Face a esse arrocho, os operários foram obrigados a trabalhar mais de 44 horas semanais, em vários turnos de trabalho, de modo a tentar recuperar o poder de compra de seu salário. Desse processo decorreram tanto o aumento do número de acidentes de trabalho no Brasil (pelo cansaço e má alimentação), quanto o crescimento do trabalho feminino e infantil como forma de recomposição salarial da família. Faz parte, ainda, desse quadro, o aumento dos índices de subnutrição e mortalidade infantil no país. Ademais, com o fim da estabilidade instaurada no pós-64, o "milagre brasileiro" consolidou a alta rotatividade no sistema de trabalho fabril, com perdas evidentes para o operariado. CAUSAS DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

"... a decisão de qualquer guerra nem sempre deve ser considerada como um caso absoluto: muitas vezes o Estado vencido vê na sua derrota um mal transitório, a que as circunstâncias políticas ulteriores poderão fornecer um remédio." – Clausewitz A crise econômica se abate sobre o sistema capitalista mundial a partir de 1929. A crise levou os países capitalistas a tomarem medidas protecionistas visando salvar os mercados internos das importações estrangeiras, ocorrendo uma verdadeira guerra tarifária. O desemprego atingiu os principais países industrializados: 11 milhões nos Estados Unidos, 6 milhões na Alemanha, 2 milhões e meio da Inglaterra e um número um pouco superior na França. Uma nova luta por mercados e novas fontes de matérias-primas levaria o mundo à Segunda Guerra Mundial. O sentimento de revanchismo e o desespero alemão conduzem Hitler ao poder em 1933. Deu -se início à "Revolução Nacional-socialista" que tinha como objetivo fazer a Alemanha retornar ao grau de potência européia. Para tal, foi necessário o rompimento com o tratado de Versalhes. Hitler coloca-se como campeão do anti-comunismo a nível mundial, assinando com o Japão (novembro de 1936) e com a Itália (janeiro de 1937) o Pacto Anti-Comintern - cujo fim é ampliar o isolamento da URSS e, quando for possível, atacá-la. O Japão dá início em 1931, a uma política externa agressiva, explorando o enfraquecimento dos Impérios Coloniais europeus que se mostram impotentes para superar a crise econômica. Fonte: www.suapesquisa.com O Início

O marco inicial ocorreu no ano de 1939, quando o exército alemão invadiu a Polônia. De imediato, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha. De acordo com a política de alianças militares existentes na época, formaram-se dois grupos : Aliados: Inglaterra, URSS, França e Estados Unidos; Eixo: Alemanha, Itália e Japão. Fonte: www.suapesquisa.com O Desenrolar da Guerra (Resumo) O período de 1939 a 1941 foi marcado por vitórias do Eixo, lideradas pelas forças armadas da Alemanha,

que conquistou o Norte da França, Iugoslávia, Polônia, Ucrânia, Noruega e territórios no norte daÁfrica. O Japão anexou a Manchúria, enquanto a Itália conquistava a Albânia e territórios da Líbia.

Em 1941 o Japão ataca a base militar norte-americana de Pearl Harbor no Oceano Pacífico (Havaí). Após este fato, considerado uma traição pelos norte-americanos, os estados Unidos entraram no conflito ao lado das forças aliadas. De 1941 a 1945 ocorreram as derrotas do Eixo, iniciadas com as perdas sofridas pelos alemães no rigoroso inverno russo. Neste período, ocorre uma regressão das forças do Eixo que sofrem derrotas seguidas. Com a entrada dos EUA, os aliados ganharam força nas frentes de batalhas.

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O Brasil participa diretamente, enviando para a Itália (região de Monte Cassino) os pracinhas da FEB, Força Expedicionária Brasileira. Os cerca de 25 mil soldados brasileiros conquistam a região, somando uma importante vitória ao lado dos Aliados. Fonte: www.suapesquisa.com O Holocausto

"Holocausto" é uma palavra de origem grega que significa "sacrifício pelo fogo". O significado moderno do Holocausto é o da perseguição e extermínio sistemático, apoiado pelo governo nazista, de cerca de seis milhões de judeus. Os nazistas, que chegaram ao poder na Alemanha em janeiro de 1933, acreditavam que os alemães eram "racialmente superiores" e que os judeus eram "inferiores", sendo uma ameaça à auto-intitulada comunidade racial alemã.

Durante o Holocausto as autoridades alemãs também destruíram grandes partes de outros grupos considerados "racialmente inferiores": os ciganos, os deficientes físicos e mentais, e eslavos (poloneses, russos e de outros países do leste europeu). Outros grupos eram perseguidos por seu comportamento político, ideológico ou comportamental, tais como os comunistas, os socialistas, as Testemunhas de Jeová e os homossexuais. No início do regime nazista o governo Nacional-Socialista criou campos de concentração para deter seus oponentes políticos e ideológicos. Nos anos que antecederam a Guerra as SS e as autoridades policiais prenderam um número grande de judeus, ciganos e outras vítimas do seu ódi o étnico e racial naqueles campos. Para concentrar, monitorar, e facilitar a deportação futura da população judaica, os alemães e seus colaboradores criaram guetos, campos de transição e campos de trabalho escravo para judeus. As autoridades alemãs também estabeleceram um grande número de campos que exploravam o trabalho forçado de não-judeus, tanto no chamado Grande Reich Alemão quanto nos territórios ocupados pela Alemanha. Entre 1941 e 1944, as autoridades nazistas alemãs deportaram milhões de judeus da Alemanha, dos territórios ocupados e dos países aliados ao Eixo para guetos e campos de extermínio, muitas vezes chamados de centros de extermínio, onde eram mortos nas instalações de gás criadas para cumprir esta finalidade. Após o Holocausto muitos sobreviventes encontraram abrigo nos campos para deslocados de guerra (DP) administrados pelos poderes Aliados. Entre 1948 e 1951, cerca de 700.000 sobreviventes emigraram da Europa para Israel. Muitos outros judeus deslocados de guerra emigraram para os Estados Unidos e para outras nações, tais como o Brasil. O último campo para deslocados de guerra foi fechado em 1957. Os crimes cometidos durante o Holocausto devastaram a maiorias das comunidades judaicas da Europa, eliminando totalmente centenas destas comunidades centenárias. Fonte: www.ushmm.org Final e Consequências.

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Ao término da Guerra, as potências do Eixo estavam destruídas e a Inglaterra e a França também sofreram grandes perdas. Foi a partir dessa época que o mundo passou a ser dividido conforme a ideologia dos EUA e da URSS. Com o crescimento da Rússia, ocorreu uma maior procura pelo socialismo marxista e diversos países passaram a ter um governo comunista. Apesar das enormes perdas, muitos países se beneficiaram com a Segunda Guerra. O Canadá se tornou um grande fornecedor de aviões e navios. A guerra ajudou o país a ter diversas indústrias de metais pesados. Os EUA também tiveram um grande crescimento de seu parque industrial. Após a guerra, foram realizadas diversas conferências a fim de decidir a divisão territorial e os rumos da Alemanha no pós-guerra. A Alemanha foi multada e boa parte da indenização seria destinada para a União Soviética. Vários líderes nazistas foram condenados e a indústria bélica foi proibida de produzir. Enquanto os soviéticos tomavam conta da região oriental da Europa, os Estados Unidos influenciavam a parte ocidental do continente. Eram os prenúncios para a Guerra Fria. Com o fim da guerra, os Estados Unidos comandavam o bloco econômico capitalista e a União Soviética, estava à frente do bloco socialista. Além disso, ocorreu na Europa uma grande crise. Os países haviam perdido não só a guerra como também seu caráter econômico, político e cultural. Surgiu a ONU - Organização das Nações Unidas em 1945. É uma organização mundial que reuniu países com o intuito de assinar a Carta das Nações Unidas. Essa carta dava poderes de mediação à organização de modo a intervir em possíveis conflitos para evitar as consequências da Segunda Guerra Mundial. Além disso, sua função também era de manter a paz mundial. Fonte: segunda-guerra.info EXERCÍCIOS Questões Objetivas 01. (Fuvest)

"Esta guerra, de fato, é uma continuação da anterior." (Winston Churchill, em discurso feito no Parlamento em 21 de agosto de 1941). A afirmativa acima confirma a continuidade latente de problemas não solucionados na Primeira Guerra Mundial que contribuíram para alimentar os antagonismos e levaram à eclosão da Segunda Guerra Mundial. Entre esses problemas identificamos: a) crescente nacionalismo econômico, aumento da disputa por mercados consumidores e por áreas de investimentos. b) desenvolvimento do imperialismo chinês na Ásia, com abertura para o Ocidente. c) os antagonismos austro-ingleses que giraram em torno da questão Alsácia-Lorena. d) oposição ideológica que fragilizou os vínculos entre os países, enfraquecendo todo tipo de nacionalismo. e) a divisão da Alemanha que levou a uma política agressiva de expansão marítima. 02. (Mackenzie)

Sobre fatos antecedentes à Segunda Guerra Mundial, assinale a alternativa incorreta. a) Os E.U.A. cortaram o envio de ferro, aço, petróleo e borracha e bloquearam capitais japoneses na América do Norte por causa da invasão da Manchúria pelo Japão. b) Passando por cima das disposições dos tratados do pós-guerra, em 1938, Hitler, com o apoio de fascistas austríacos, ordenou a ocupação da Áustria. c) Em 1936, um grupo de generais, chefiados por Franco, iniciou uma revolta contra o governo de esquerda, legalmente constituído, na Espanha. d) A euforia econômica decorrente da valorização da Bolsa de Nova Iorque em 1929 favoreceu a recuperação econômica e a consolidação das democracias na Europa. e) Em 1939, Stálin conseguiu se aproximar da Alemanha através do Pacto Germano-Soviético, negociado por Ribbentrop e Molotov. 03. (Fatec)

A ocupação da Polônia marca o início da Segunda Guerra Mundial. A tentativa de manter a paz a qualquer custo, como foi feito em Munique, se revelou impossível. Hitler não se dava por satisfeito com a reconquista do "espaço vital", queria mais e mais. Sobre a Segunda Guerra, é correto afirmar:

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a) A Itália, aliada da Alemanha desde a assinatura do Pacto de Aço, declarou guerra à Inglaterra e à França em junho de 1940. Em setembro do mesmo ano, a Itália atacou o Egito e a Turquia. b) Em 1941, tropas alemãs invadiram o território soviético e dominaram definitivamente Leningrado e Moscou. c) A partir dos sucessos na frente ocidental, da invasão e conquista da Bélgica, Holanda e França e do recuo inglês para o outro lado do canal, Hitler voltou sua atenção para a Polônia. d) O sucesso definitivo alemão deveu-se à sua tática militar, conhecida como "guerra relâmpago"; essa consistia no uso de forças motorizadas, tanques e aviação, conjugados e combinados entre si, em uma ação defensiva. e) A partir da declaração de guerra, feita por Inglaterra e França contra a Alemanha, outros países foram entrando no conflito, de ambos os lados. A cada novo beligerante, a relação de forças se alterava, e a guerra entrava em uma nova fase. Inicialmente uma guerra européia, estendeu-se paulatinamente à Ásia e a África. 04. (Fgv 2009)

Uma das conferências que selaram o fim da II Guerra Mundial (1939-1945), a Conferência de São Francisco, originou a Carta de São Francisco (26 de junho de 1945), que estabeleceu a Organização das Nações Unidas (ONU). Seu artigo 23 estabelece os Estados Unidos da América, a União Soviética (URSS), a França, a Grã- Bretanha e a China como membros permanentes do Conselho de Segurança, órgão responsável pela “manutenção da paz e segurança internacionais”, podendo declarar ou vetar guerras em nome de todos os membros. A escolha desses países deve-se: a) Ao reconhecimento jurídico da contribuição da China, aliada ao Japão do imperador Hiroito, para a derrota da Alemanha nazista. b) À preocupação de repartir o poder numa nova ordem internacional, para que não houvesse qualquer nova potência hegemônica. c) À recusa de Alemanha, Japão e Itália ao convite para integrar o Conselho de Segurança devido ao ressentimento popular com respeito aos países aliados. d) À preocupação de proteger os países em desenvolvimento de agressões imperialistas e dificultar o surgimento de regimes totalitários. e) À nova correlação internacional de forças que, em 1945, já prenunciava a polarização entre estadunidenses e soviéticos, além de conceder poder decisório aos países que haviam enfrentado as potências do Eixo. 05. (Pucsp 2012)

A charge acima, de autoria desconhecida, foi publicada em 1939. Ela se refere ao tratado assinado naquele ano pela Alemanha e a União Soviética, que a) assegurou a aliança militar entre os dois países durante a Segunda Guerra Mundial e a partição da Polônia.

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b) consagrou o apoio bélico dos dois países aos fascistas na Guerra Civil Espanhola e ampliou a influência política alemã no leste europeu. c) impediu a eclosão de guerra aberta entre os dois países e freou o avanço militar nazi -fascista na Europa. d) determinou a nova divisão política do leste europeu, no período posterior à Segunda Guerra Mundial, e consolidou a hegemonia soviética na região. e) estabeleceu a intensificação dos laços comerciais e o compromisso de não-agressão mútua entre os dois países. 06. (Upe 2010)

As grandes guerras mundiais provocaram dificuldades nas relações internacionais, gerando ressentimentos e disputas diplomáticas. Os Estados Unidos procuraram fazer valer sua influência no mundo e confirmar suas conquistas políticas. Na Conferência de Potsdam, as divergências eram evidentes entre os aliados. Nessa perspectiva, as relações entre as nações a) permaneceram tensas, destacando-se o enfraquecimento do poder da Inglaterra e as perdas europeias provenientes da 2ª guerra mundial. b) tiveram um momento de paz, com acordos que fortaleceram a economia mundial e a democracia nos países do Ocidente. c) ajudaram a debilitar o poder político da União Soviética, liderada por Stálin e o Partido Comunista, com um socialismo totalitário. d) facilitaram o soerguimento imediato da Alemanha com o auxílio de empréstimos norte -americanos e a vitória da democracia parlamentar. e) modificaram-se, trazendo o fim dos governos totalitários com suas ideias imperialistas e sua violência política contra seus opositores. 07. (Fatec 2010)

Considere o texto e a charge para responder à questão.

GDANSK - O presidente e o primeiro-ministro da Polônia, Lech Kaczynski e Donald Tusk, comandaram nesta terça-feira, 1, em Gdansk, a cerimônia que lembrou o momento exato dos 70 anos do início da Segunda Guerra Mundial. Às 4h45 de 1º de setembro de 1939, o encouraçado alemão Schleswig-Holstein abriu fogo contra a guarnição da península de Westerplatte, nas cercanias de Gdansk, dando início à Segunda Guerra Mundial. “Westerplatte é o símbolo da luta do fraco contra o forte”, assinalou Kaczynski, em discurso n o qual reivindicou o papel de vítima da Polônia contra “os totalitarismos nazista e bolchevique”. (http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,polemica-historica-marca cerimonia-de-70-anos-da-2-guerra, 427842, 0.htm acessado em 05.09.2009)

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O trecho do artigo e a charge de Belmonte remontam a um importante e polêmico episódio ligado à 2ª Guerra Mundial. Esse episódio foi a) a divisão da Alemanha, logo após a 2ª Guerra Mundial, em Alemanha Ocidental, pertencente ao bloco capitalista, e Alemanha Oriental, pertencente ao bloco comunista. b) a operação Barba Ruiva, executada pela Alemanha e por ela descrita como uma cruzada para salvar a Europa do bolchevismo judaico. c) a batalha de Stalingrado, em que soldados e civis russos defenderam a cidade de Stal ingrado do ataque alemão, interessado no domínio do centro industrial existente às margens do rio Volga. d) o Dia D, momento que marcou o avanço da força aliada, liderada pela Rússia, sobre o exército alemão, ocorrido na região da Normandia. e) a assinatura do pacto de não agressão, assinado pela Rússia comunista e pela Alemanha nazista, pacto esse que previa, em segredo, a divisão da Polônia entre as duas partes. 08. (Unesp 2010)

Observe a figura.

A Europa já não é a liberdade e a paz, mas a violência e a guerra. Durante a ocupação alemã de Paris, a alguns críticos alemães que virão lhe falar de Guernica, Picasso responderá com amargura: Não fui eu que a fiz, fizeram-na vocês. (Giulio Carlo Argan. Arte moderna, 1992.) O comentário de Pablo Picasso, em relação à sua obra Guernica, refere-se a) à separação entre manifestações artísticas e realidade histórica. b) ao bombardeio alemão da cidade basca em apoio ao general Franco. c) aos massacres cometidos pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. d) à denúncia da anexação do território espanhol pelas tropas nazistas. e) à aliança dos nazistas com os comunistas no início da Segunda Guerra Mundial. 09. (Enem cancelado 2009)

O objetivo de tomar Paris marchando em direção ao Oeste era, para Hitler, uma forma de consolidar sua liderança no continente. Com esse intuito, entre abril e junho de 1940, ele invadiu a Dinamarca, a Noruega, a Bélgica e a Holanda. As tropas francesas se posicionaram na Linha Maginot, uma linha de defesa com trincheiras, na tentativa de conter a invasão alemã. Para a Alemanha, o resultado dessa invasão foi a) a ocupação de todo o território francês, usando-o como base para a conquista da Suíça e da Espanha durante a segunda fase da guerra. b) a tomada do território francês, que foi então usado como base para a ocupação nazista da África do Norte, durante a guerra de trincheiras. c) a posse de apenas parte do território, devido à resistência armada do exército francês na Linha Maginot. d) a vitória parcial, já que, após o avanço inicial, teve de recuar, devido à resistência dos blindados do

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general De Gaulle, em 1940. e) a vitória militar, com ocupação de parte da França, enquanto outra parte ficou sob controle do governo colaboracionista francês. 10. (Enem cancelado 2009)

O ataque japonês a Pearl Harbor e a consequente guerra entre americanos e japoneses no Pacífico foi resultado de um processo de desgaste das relações entre ambos. Depois de 1934, os j aponeses passaram a falar mais desinibidamente da “Esfera de coprosperidade da Grande Ásia Oriental”, considerada como a “Doutrina Monroe Japonesa”. A expansão japonesa havia começado em 1895, quando venceu a China, impôs-lhe o Tratado de Shimonoseki passando a exercer tutela sobre a Corea. Definida sua área de projeção, o Japão passou a ter atritos constantes com a China e a Rússia. A área de atrito passou a incluir os Estados Unidos quando os japoneses ocuparam a Manchúria, em 1931, e a seguir, a China, em 1937. REIS FILHO, D. A. (Org.). O século XX, o tempo das crises. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008. Sobre a expansão japonesa, infere-se que a) o Japão tinha uma política expansionista, na Ásia, de natureza bélica, diferente da doutrina Monroe. b) o Japão buscou promover a prosperidade da Coreia, tutelando-a à semelhança do que os EUA faziam. c) o povo japonês propôs cooperação aos Estados Unidos ao copiarem a Doutrina Monroe e proporem o desenvolvimento da Ásia. d) a China aliou-se à Rússia contra o Japão, sendo que a doutrina Monroe previa a parceria entre os dois. e) a Manchúria era território norte-americano e foi ocupado pelo Japão, originando a guerra entre os dois países. 11. (Enem cancelado 2009)

O Massacre da Floresta de Katyn foi noticiado pela primeira vez pelos alemães em abril de 1943. Numa colina na Rússia, soldados nazistas encontraram aproximadamente doze mil cadáveres. Empilhado em valas estava um terço da oficialidade do exército polonês, entre os quais, vários engenheiro s, técnicos e cientistas. Os nazistas aproveitaram-se ao máximo do episódio em sua propaganda antissoviética. Em menos de dois anos, porém, a Alemanha foi derrotada e a Polônia caiu na órbita da União Soviética — a qual reescreveu a história, atribuindo o massacre de Katyn aos nazistas. A Polônia inteira sabia tratar-se de uma mentira; mas quem o dissesse enfrentaria tortura, exílio ou morte. Disponível em: veja.abril.com.br. Acesso em: 19 maio 2009 (adaptado). Como o Massacre de Katyn e a farsa montada em torno desse episódio se relacionam com a construção da chamada Cortina de Ferro? a) A aniquilação foi planejada pelas elites dirigentes polonesas como parte do processo de integração de seu país ao bloco soviético. b) A construção de uma outra memória sobre o Massacre de Katyn teve o sentido de tornar menos odiosa e ilegítima, aos poloneses, a subordinação de seu país ao regime stalinista. c) O exército polonês havia aderido ao regime nazista, o que levou Stalin a encará-lo como um possível foco de restauração do Reich após a derrota alemã. d) A Polônia era a última fronteira capitalista do Leste europeu e a dominação desse país garantiria acesso ao mar Adriático. e) A aniquilação do exército polonês e a expropriação da burguesia daquele país eram parte da estratégia de revolução permanente e mundial defendida por Stalin. 12. (PUC-SP-2002)

Às 6 da manhã, do dia 7 de dezembro de 1941, aviões japoneses bombardearam a base norteamericana de Pearl Harbor, no Havaí. A ofensiva iniciava o avanço japonês que, oito meses depois, controlava parte significativa do Oceano Pacífico. Sobre os conflitos no Pacífico, durante a Segunda Guerra Mundial, pode -se dizer que

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a) demonstram a instabilidade política do Pacífico e do sudeste asiático, antes dominados principalmente pela França e pela Inglaterra, e alvo, durante a Guerra, de interesses norte -americanos japoneses. b) ilustram o combate de japoneses e norte-americanos contra chineses e soviéticos, que tentavam estabelecer na região a hegemonia de Estados guiados pela ideologia socialista. c) desembocam na explosão das bombas atômicas em Hiroxima e Nagasaki, responsáveis pela vitória final dos países Aliados sobre os países do Eixo e pela rendição incondicional de A lemanha e Japão. d) iniciam uma seqüência de combates aéreos e navais, dos quais participaram ativamente todos os países envolvidos na Guerra, especialmente Alemanha e Itália, empenhadas em defender as posições japonesas. e) abrem espaço para a proliferação do islamismo, que acabou por conquistar, por meio de revoluções populares, o controle de Estados como o Paquistão, a Índia ou as Filipinas. 13. (FUVEST-2009)

As bombas atômicas, lançadas contra Hiroshima e Nagasaki em 1945, resultaram na morte de aproximadamente 300.000 pessoas, vítimas imediatas das explosões ou de doenças causadas pela exposição à radiação. Esses eventos marcaram o início de uma nova etapa histórica na corrida armamentista entre as nações, caracterizada pelo desenvolvimento de programas nucleares com finalidades bélicas. Considerando essa etapa e os efeitos das bombas atômicas, analise as afirmações abaixo. I. As bombas atômicas que atingiram Hiroshima e Nagasaki foram lançadas pelos Estados Unidos, único país que possuía esse tipo de armamento ao fim da Segunda Guerra Mundial. II. As radiações liberadas numa explosão atômica podem produzir mutações no material genético humano, que causam doenças como o câncer ou são transmitidas para a geração seguinte, caso tenham ocorrido nas células germinativas. III. Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, várias nações desenvolveram armas atômicas e, atualmente, entre as que possuem esse tipo de armamento, têm-se China, Estados Unidos, França, Índia, Israel, Paquistão, Reino Unido e Rússia. Está correto o que se afirma em a) I, somente. b) II, somente. c) I e II, somente. d) II e III, somente. e) I, II e III. 14. (Mack-2005)

A respeito do período anterior ao início da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), é correto afirmar que: a) o fracasso do pacto de não-agressão, entre a URSS e a Alemanha precipitou a ofensiva germânica, que invadiu a Polônia, dando início à guerra. b) a política de apaziguamento, adotada pela Inglaterra e pela URSS, foi uma calculada manobra a fim de protelar o começo do conflito e aumentar o arsenal bélico daqueles países. c) com a intervenção militar da Itália e da Alemanha na Guerra Civil Espanhola, apoiando Franco, as nações européias romperam relações diplomáticas com esses países. d) o Anschluss, ocorrido em 1938, sob a alegação de necessidade de formação de uma única nação ariana, acarretou a expulsão da Alemanha da Liga das Nações. e) diante da política expansionista alemã, Inglaterra e França acreditavam que a política de apaziguamento seria a única saída para impedir o avanço do socialismo. 15. (Faap-1996)

"Na guerra eterna a humanidade se torna grande - na paz eterna, a humanidade se arruinaria." Este discurso, pelas idéias que defende, só pode ter sido proferido por: a) o atual Rei da Espanha b) Hitler c) O Primeiro Ministro atual de Portugal d) Getúlio Vargas e) Malthus

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QUESTÕES DISCURSIVAS 01. (UFRJ-2003)

“Quase todos os espanhóis pensavam na sua guerra civil em termos nacionais, enquanto quase todos nós, por nosso lado, pensávamos em termos internacionais. Tínhamos ambos razão”. Herbert L. Matthews, correspondente do The New York Times Na Guerra Civil Espanhola. In MATHEWS, Herbert L. Metadeda Espanha morreu: uma reavaliação da Guerra Civil Espanhola. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1975, p. XIV A Guerra Civil Espanhola (1936-1939) resultou do acirramento de tensões internas, mas acabou por transformar-se em um conflito internacional de grandes proporções, a ponto de ser por muitos considerado como a primeira etapa da Segunda Guerra Mundial. Explique um dos conflitos sociais presentes na Espanha que se manifestaram na Guerra Civil. 02. (PUC - RJ-2005)

Em 2005, completam-se 60 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. Entre 1939 e 1945, em conseqüência do conflito que mobilizou o maior poderio bélico já utilizado pela humanidade, morreram mais de 40 milhões de pessoas e diversas cidades ficaram arrasadas. Devido às proporções catastróficas desse episódio, ele representou um divisor de águas na História do século XX. a) Cite DUAS características do cenário internacional da década de 1930 cujos desdobramentos se relacionam à eclosão da Segunda Guerra Mundial. b) Caracterize DUAS instituições criadas após a Segunda Guerra Mundial cujos objetivos eram a instauração de uma nova ordem internacional. 03. (UNICAMP-1997)

A charge a seguir (extraída Antonio Pedro, A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, São Paulo, Editora Atual/Campinas, Editora Unicamp (co-edição), 1986, p. 14) retrata de forma crítica a assinatura, em 23 de agosto de 1939, de um pacto de não-agressão.

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a) Identifique os personagens do desenho e os países que respectivamente representam. b) Relacione esse pacto à defragação da Segunda Guerra Mundial. 04. (UFES-1997)

"A partir de 1927, a guerra civil opõe uma ideologia ao nacionalismo chinês. Ela terminará com a vitória do comunismo. Durante muito tempo, Chiang Kaichek será o mais forte: acuará os comunistas , obrigando-os à longa marcha, êxodo que dura o ano inteiro, estende-se por 5.000 quilômetros e acaba fazendo o comunismo chinês deitar raízes nas províncias mais setentrionais." (RÉMOND, René. O Século XX. De 1914 aos nossos dias. São Paulo: Cultrix, 1993, p. 180). A Revolução Chinesa foi um longo processo revolucionário que culminou com a instauração da República Popular da China (1949). Considerando o texto acima, explique por que a Longa Marcha (1934/35), liderada por Mao Tsé-tung, é considerada um marco muito importante nesse processo revolucionário. Gabaritos 1. Gabarito das questões objetivas

01- [A] 02- [D] 03- [E]

04- [E] 05- [E] 06- [A]

07- [E] 08- [B] 09- [E]

10- [A] 11- [B] 12- [A]

13- [E] 14- [E] 15- [B]

2. Gabarito das questões discursivas

01. A Guerra Civil Espanhola confrontou os “nacionalistas” franquistas, apoiados por grande parte das Forças Armadas, pelos católicos tradicionalistas e pelos grandes proprietários de te rra, de um lado, e os republicanos, apoiados pelos camponeses, operários, setores da classe média, estudantes e intelectuais, de outro. Do ponto de vista ideológico, opôs fascistas contra socialistas, comunistas e anarquistas. Assim, o candidato deverá explicar que na Guerra Civil Espanhola manifestaram-se alguns dos conflitos sociais que há muito existiam na Espanha, dentre os quais: a oposição entre os defensores da primazia da Igreja Católica e de seus agentes e as forças que defendiam a laicização do Estado; os conflitos gerados pela distribuição das terras, opondo os grandes proprietários de terras (“tierratenientes”), notadamente da região da Extremadura, e o grande número de trabalhadores rurais sem terras.Tudo isso tendia a se expressar por meio de conflitos entre monarquistas e republicanos, fascistas e esquerdistas. 02. a) Características que podem ser citadas: - a ascensão dos regimes nazi-fascistas, de cunho nacionalista, expansionista e militarista. - a adoção por parte de diversos países de medidas de protecionismo econômico associadas aos desdobramentos da crise de 1929. - os efeitos devastadores da crise de 1929, no que diz respeito à estagnação econômica e à pauperização da população. - a falência das estratégias diplomáticas criadas após a I Guerra Mundial, através da Liga das Nações.

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b) Possíveis tópicos que podem ser citados: - a criação da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1945, como a instituição capaz de intermediar as relações diplomáticas internacionais. - a criação da UNESCO, da OIT, da FAO e de outras agências relacionadas à ONU, que atuaram em setores específicos (educação, trabalho, alimentação e outros) na proposição de medidas de cooperação internacional. - a criação do FMI e do Banco Mundial, que deveriam atuar no planejamento e regulação do sistema econômico internacional. 03. a) Hitler da Alemanha e Stálin da URSS. b) Com este pacto Hitler garantia a neutralidade soviética na possibilidade de um conflito internacional, possibilitando a continuidade de sua política expansionista próximo as fronteira da URSS. 04. A Longa Marcha liderada por Mao Tse-tung contra o General Chiang Kai-shek, líder nacionalista que tinha apoio financeiro da burguesia e que se opunha ao Partido Comunista Chinês, então Mao reúne mais de 100.000 homens para resistir aos nacionalistas.